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Reportagem Entrevista exploração do terreno em termos de nutrientes, seja a retenção de água que ajuda em tempos de seca, e a proteção contra agentes patogénicos, estão presentes. As micorrizas conferem sempre estas vantagens. Nas micorrizas Ectoplant de produção há a vantagem acrescida de se obter cogumelos comestíveis. Atualmente que instrumentos de apoio é que um produtor florestal pode ativar que lhe permitam potenciar a rentabilidade da sua exploração? JPS – Os fundos do PRODER destinados à floresta esgotaramse. No entanto, ainda é possível submeter candidaturas, embora a sua aprovação esteja dependente de eventuais incumprimentos e desistências de projetos já aprovados. Será disponibilizado mais dinheiro no próximo QCA que abrirá em 2014. MBB – Na floresta o produtor tem de fazer primeiro o investimento, e depois é reembolsado na proporção do subsídio, que pode ascender a 60, 80 ou 100%, mediante a apresentação dos comprovativos de pagamento. Espera-se que ainda venha a ser disponibilizado algum dinheiro para os projetos que entraram depois da data anunciada pelo PRODER em que a dotação

esgotou, porque é provável que alguns desistam por não terem disponibilidade financeira para investir, e outros por falta de tempo para executarem as obras a que se propunham até 2014. E os pagamentos costumam ser muito demorados? MBB – As pessoas estavam desgostosas com os antigos quadros, por não receberem os pagamentos a tempo e horas.

Aplicação de inóculo Ectoplant produção com pulverizador.

Pastilha de micorrizas aplicada numa plantação de sobreiro.

Gastavam o dinheiro e depois tinham de enfrentar imensas complicações burocráticas, e é difícil alterar estas ideias que se formaram acerca dos fundos. Este quadro funcionou lindamente do princípio ao fim, com os pagamentos a serem feitos como nunca que eu me lembre de outros quadros comunitários. Já demoraram menos de 30 dias. O prazo médio são 60 dias. Qual foi o nível de apoio que os produtores receberam? MBB – Este quadro era interessantíssimo, com ajudas a 80% para a recuperação

dos montados nas zonas onde há maior declínio e com financiamento a 60% para melhoria dos povoamentos que já tinham valor económico. E depois tínhamos a recuperação das linhas de água e a manutenção das galerias ripícolas, apoiadas a 100%. Houve ainda projetos para florestação de terras agrícolas, como já tem sido hábito, que ofereciam não só as ajudas à instalação como ainda prémios à manutenção e perda de rendimento. Foram medidas que ajudaram os proprietários florestais, juntamente com o

ABOLSAMIA · novembro / dezembro 2013

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