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Gráfica Gonçalves/Sucessão

Texto: Tânia Galluzzi

Gonçalves consolida processo sucessório

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Oplano já estava traçado há pelo menos cinco anos. Isso não significa que tenha sido fácil para Paulo Gonçalves sair de cena, deixando o palco para que sua filha Juliana ocupasse definitivamente o protagonismo de uma história de sucesso, ao lado de seus irmãos. Mais do que compreensível. Foram 66 anos, uma vida inteira devotada à gráfica que leva o nome da família. Fundada em 1939 por

Na presidência do seu avô, Humberto, sob o bastão de Paulo grupo desde dezembro a Gonçalves se tornou referência no segdo ano passado, Juliana Gonçalves tem como meta o crescimento sustentado, buscando segmentos nos quais inovação mento de embalagens cartonadas, inclusive rompendo limites geográficos. Caminhando na retaguarda há 15 anos, Juliana Sivieri Gonçalves assumiu a presidência da empresa em dezembro de 2021, em decisão unânime e sustentabilidade do conselho administrativo. Dele fafaçam a diferença. zem parte seus irmãos mais velhos, Paulo Gustavo e André, respectivamente diretor geral e diretor industrial da planta instalada na Cidade do México em 2008. Na diretoria de operações desde 2019, Juliana trouxe frescor e profissionalismo à administração da gráfica, implementando ferramentas de gestão à altura do porte e representatividade da convertedora, principalmente em áreas como governança e compliance. “Eu já estava com uma carga alta de responsabilidade e a presidência do grupo foi um caminho natural”, afirma Juliana. Além dos três, a terceira filha de Paulo, Silvia, também integra a equipe, só que de forma terceirizada. Chefe de cozinha, ela é responsável pelo restaurante da fábrica de Cajamar, na qual trabalham 500 pessoas. Outro membro da família, Marcelo Franco, sobrinho de Paulo, é o gerente financeiro no Brasil.

PILARES ESTRATÉGICOS O primeiro fruto da troca de comando foi a elaboração de um planejamento estratégico, algo inédito na Gonçalves. Os principais pilares são crescimento sustentado, inovação e responsabilidade social. “Atuamos num mercado maduro, com uma concorrência muito forte e sabemos que para crescer temos de buscar segmentos onde não trabalhamos, como os que estão migrando do plástico para o papel mirando a sustentabilidade”, diz Juliana.

Para atender as novas demandas, no ano passado estruturou-se uma área de inovação, reunindo desenvolvedores de embalagem, focada sobretudo em novos formatos, acabamentos especiais e matérias-primas diferenciadas. O quesito substrato é, inclusive, um diferencial competitivo da Gonçalves. Já era uma questão tática e ganhou ainda mais relevância nos últimos dois anos. “Para atender clientes que precisam de maior flexibilidade no prazo de entrega, mantemos um estoque de matéria-prima para três a quatro meses e uma certa capacidade ociosa. É claro que isso tem um custo, mas faz parte da nossa estratégia e nos ajudou muito, principalmente no primeiro ano da pandemia”, comenta a empresária. “Enquanto o pessoal estava desesperado porque não tinha cartão, nós estávamos preocupados porque nosso estoque estava baixo.” Essa reserva ainda não foi totalmente recomposta. Problemas de fornecimento continuam, mas o cenário já não é tão crítico e as cotas estabelecidas pelos fabricantes têm sido respeitadas, segundo Juliana.

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