Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 1 - 1949

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O rg A o o fic ia l do sin d ic ato DAS INDUSTRIAS GRÁFICAS NO ESTADO DE SÀO PAULO NÚMERO 1

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NDUSTRI A GRÁFI CA S. FERRAZ, diretor

SÃO PAULO, 15 DE NOVEMBRO DE 1949

ANO I

o4 <w ntout&d JU itote* Com o aparecimento hoje do primeiro número do BOLETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA, o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo sente-se satisfeito por poder apresentálo aos seus associados e demais leitores, porque o BOLETIM nasceu com o fito de estreitar as relações entre a família gráfica, bem como prestar seu modesto concurso às artes gráficas de nosso país, ventilando assuntos de interesse para a classe, propugnando pelo seu desenvolvimento e, acima de tudo, trazendo sua palavra de fé no muito que se poderá realizar com a coopera­ ção de todos aquêles que se interessam pelos nossos problemas e assuntos. Nosso órgão aparecerá, no inicio, quinzenalmente, a 1.° e 15 de cada mês, em modesta edi­ ção gráfica, isso para que possa ir crescendo de acordo com a acolhida que tiver e com o vasto plano de ação que desde já se traçou. A par das informações úteis que por dever se nos impõe darmos aos nossos associados e à indústria gráfica em geral, como já dissemos, manteremos secções interessantes e procuraremos obter colaborações que tornem, de edição para edição, nosso BOLETIM o órgão de eficiência comprovada, sadio e necessário ao nosso meio, atingindo com isso sua finalidade Isso o que tínhamos a dizer sôbre nosso aparecimento. Resta-nos mais uma vez solicitar a cooperação de todos os que nos lerem, pois serão benvindas tôdas as sugestões que visem o nosso aprimoramento.


B O L E T IM D A IN D Ú ST R IA G R Á FIC A

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CONCESSÃO DE LICENÇA PRÉVIA — O “D iário O ficial” da União, de 5-10-49 pu­ blica a Lei 842, que prorroga o prazo da lei que subordinou ao regim e de licença prévia o intercâm bio de im portação e exportação com o exterior, por m ais dois anos. O p a­ rágrafo prim eiro do artigo 2.°, da Lei em questão, esclarece que “serão sem pre conce­ didas licença prévia e prioridade cam bial p a­ ra a im portação de papel destinado à im pres­ são de jornais e revistas, e considerado in ­ dispensável ao pleno consum o nacional. Da m esm a m aneira, será concedida licença p ré­ via p ara a im portação de tintas, flans, blankets ou flex para rotativas, ligas de m etal para linotipia e estereotipia, chapas e m ate­ riais p ara fotogravura, linotipo e tipos, m á­ quinas, peças e accessórios p ara im prensa, desde que im portados para uso exclusivo das em presas editoras de revistas e jo rn ais’ . SERVIÇO M ILITAR — É a seguinte a Lei 847, de 5-10-49, sancionada pelo P resi­ dente da R epública: “A rt. l.° — Em 1950 se­ rão incorporados nas Fôrças A rm adas, para prestação do serviço m ilitar, som ente os cida­ dãos da classe de 1931. A rt. 2P — Revo­ gam -se as disposições em con trário .’ PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PAPEL — Segundo interessante gráfico com nota deta­ lhada publicado pela “A G azeta” de 18-5-49, São Paulo produz a m etade do papel nacio­ nal. Esse estudo diz respeito aos anos de 37 a 48. LEI DE IMPRENSA — As associações de im prensa de São Paulo e Rio têm -se re u n i­ do p ara estu d ar a situação criada pelo pro­ jeto de lei de im prensa no Senado, tendo fi­ cado decidido, até agora, com pleta rejeição ao referido projeto. ISENÇÃO DE IMPOSTOS MUNICIPAIS PARA A INDÚSTRIA E O COMÉRCIO DO LIVRO — D everia te r sido apresentado, pelo vereador José Cyrillo, à C âm ara M unicipal de São Paulo, com extensas considerações, o seguinte projeto de lei: “Art. l.° — É vedado ao m unicípio lançar qualquer im posto sôbre a indústria e o com ércio do livro. — A rt. 2.° — A P refeitu ra M unicipal de São Paulo ex ­ pedirá, dentro de 30 dias, a regulam entação necessária à aplicação da presente lei. Art. 3.° — Revogam -se as disposições em contrá­ rio, en tran do a presente lei em vigor na data de sua publicação.”

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EXCLUÍDO O LIVRO DO REGIME DE LICENÇA PRÉVIA — E ’ do seguinte teo r o art. 3.° do projéto n.° 143/49, aprovado pelo Senado, que prorroga o prazo de vigência da lei n.° 262, de 23-2-48, relativa ao regim e de licença prévia p ara o intercâm bio de im por­ tação e exportação com o ex terior: “A rt. 3.° — São excluídas do regim e de licença p ré­ via e assegurada prioridade cam bial para a sua realização: § b ) — as im portações de m a­ pas, livros, jornais, revistas e publicações si­ m ilares que tratem de m atéria técnica, cientí­ fica, didática ou literária, redigidas em língua estrangeira, assim como obras im pressas em P ortugal, em português, quando de autores lusos ou b rasileiros”.

Normalização de Material para as Indústrias Gráficas Segundo inform ações obtidas na Asso­ ciação B rasileira de N orm as Técnicas, estão sendo processados os trabalhos de norm ali­ zação de form atos e qualidade de papel, ligas para tipos e tintas p ara im pressão. Os es­ tudos feitos sôbre norm alização de form atos e qualidade de papel estão bem adiantados e são realizados por um a Comissão de Papel, constituída por técnicos, engenheiros, rep re­ sentantes de firm as produtoras e sindicatos de classe. Nesses trabalhos colabora o Ins­ titu to de Pesquisas Tecnológicas. Os futuros trabalhos de norm alização serão referentes aos sinais de revisão e às m edidas tipo­ gráficas. BOLETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA Órgão oficial do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo Redação e Administração: Praça da Sé, 399 — 5.° andar — sala 506 Telefone 2-4694 Composto e impresso na Escola de Artes Gráficas do SENAI


B O L E T IM L’A IN D O ST R IA G R A FIC A

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sjdn fjuluMd úeccãed dêdte 3 o£eUt*i Protestos de Títulos e Falências

Nosso BOLETIM m anterá um a secção em que publicará o m ovim ento dos C artórios com relação a protestos de títulos e req u eri­ m entos e decretos de falências. N aturalm ente não nos será possível publicar o m ovim ento com pleto, e só destacarem os aquilo que se relacionar com a indústria gráfica e corre­ latas, mesmo porque acham os o restante desinteressante aos nossos leitores. J á em nossa próxim a edição iniciarem os esta sec­ ção, que será m antida norm alm ente.

Movimento de consultas do Sindicato

O Sindicato m antém , como é sabido, um serviço de consultas destinado a assistir os seus associados e os gráficos em geral nas suas dúvidas quanto a leis, impostos, etc. Êsse serviço de consultas, agora com a cola­ boração do D epartam ento de Pesquisas em A rtes G ráficas, está sendo grandem ente am ­ pliado, e o núm ero de consultas tem cres­ cido, já agora abrangendo o setor técnico e outros. O BOLETIM, a p a rtir de sua próxim a edição, publicará norm alm ente o m ovim ento desse serviço de consultas m antido pelo Sin­ dicato, que, nunca é dem ais frisar, está à disposição de todos os gráficos.

Movimento da Junta Comercial

N esta secção publicarem os os contratos e distratos sociais, apresentados à Ju n ta Co­ m ercial da Secretaria de Justiça e Negócios do Interior, referen tes a firm as gráficas e correlatas, estas naturalm ente a nosso crité­ rio, a não ser que nossos leitores nos especi­ fiquem as de seu interêsse. Nossa fonte será o “D iário Oficial do Estado de São P aulo”, e a p artir de nossa próxim a edição iniciarem os norm alm ente esta secção.

Marcas e Patentes

N esta secção, o BOLETIM publicará os pedidos de registros de patentes que tenham relação com o nosso ram o. Farem os sim ples m enção dos títulos dos pedidos, p ara o rien ta­ ção dos nossos leitores. Àqueles que se in ­ teressarem por outros detalhes, poderão ser fornecidas fotocópias dos pontos característi­ cos das patentes pedidas, m ediante o paga­ m ento da im portância de vinte cruzeiros. Esta secção será m antida em colaboração com “A Serviçal S. A .”, que nos fornecerá tam bém cópias das m arcas requeridas e que poderão ser exam inadas pelos interessados em nosso Sindicato. A lém das inform ações por nós prestadas, o Sindicato se encarregará de encam inhar aos órgãos com petentes as oposições aos re ­ gistros de patentes e m arcas, quando se fizer necessário e a pedido de nossos asso­ ciados.

Concorrências Públicas

A fim de cham ar a atenção de nossos leitores, farem os referência, nesta secção, a tôdas as concorrências públicas estaduais e m unicipais, publicadas no órgão oficial do Estado, e que interessem aos fornecedores gráficos. N aturalm ente não será possível, nem sem pre, a transcrição do ed ital com ­ pleto, que costum a ser longo. Pensam os, no entanto, que mesmo que fôsse apenas um lem brete de nossa parte, já seria o ne­ cessário, pois a p ar disso, m anterem os um serviço de inform ações a respeito, as quais poderão ser obtidas telefonicam ente. Assim todos os detalhes referentes às concorrências por nós m encionadas, quando publicadas in ­ com pletas, poderão ser com pletadas por êsse nosso serviço de inform ações, o qual, diga-se de passagem , não será o único que p reten ­ demos m an ter em nosso Sindicato.

Procure usufruir tôdas as vantagens que são oferecidas às firmas que pertencem ao nosso quadro de associados. Defesa dos interèsses da classe, serviço completo de informações, distribuição de literatura gráfica, etc. Se sua firma ainda não é associada, faça o quanto antes sua proposta de ingresso. Fone 2 -4 6 9 4 . Campanha pró-aumento de sócios do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de S. Paulo


BOJL.ETIM D A IN D Ú ST R IA

G R Á FIC A

Sr. Francisco Cruz Maldonado J á se encontra en tre nós, tendo regres­ sado de sua viagem aos Estados Unidos, o sr. Francisco Cruz M aldonado, presidente do Sindicato das In d ústrias G ráficas no E sta­ do de S. Paulo, cargo que reassum iu em 26 de setem bro passado e do qual estava li­ cenciado. V iajou s. s. em com panhia de sua exm a. esposa, e teve oportunidade de não som en­ te p ercorrer boa p arte da te rra de Roocevelt como tam bém de diversos países da A m érica C entral. Em ligeira palestra que m antivem os com o sr. M aldonado, disse-nos do seu entusias­ mo pelas realizações am ericanas no setor gráfico, que são, já pelo seu alcance com er­ cial, já pela sua com preensão hum ana e p rá ­ tica das coisas e ainda pela alta expressão artística, dignas de serem im itadas. O BOLETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA deseja ao sr. M aldonado e sua exm a. espo­ sa feliz regresso.

"Brasil Gráfico" Nosso BOLETIM sente-se prazeiroso em noticiar o aparecim ento, nos fins dêste mês, de BRASIL GRÁFICO — revista brasileira de artes gráficas. Essa publicação, cujo lançam ento tem encontrado a m elhor acolhida possível nos meios gráficos brasileiros, contará, além de outros, com o patrocínio do nosso Sindicato, pois que se tra ta de um a realização digna de todo o apôio, m esm o porque pretende ser um a revista à altu ra da in d ústria gráfica brasileira. P ara tanto, segundo sabemos, já conseguiu re u n ir sob sua bandeira quase todos os nom es que ültim am ente têm se interessado pelos problem as e assuntos de nossas artes gráficas. A praz-nos ainda levar ao conhecim ento dos associados de nosso Sindicato que BRA­ SIL GRÁFICO rhensalm ente lhes será en ­ viado graciosam ente, por ním ia gentileza de seus diretores.

-GjomunícacLcw RELAÇÃO DE MENORES De acordo com o artigo 433 da Conso­ lidação das Leis do T rabalho, deverá ser enviada ao D epartam ento E stadual do T ra­ balho, até o dia 31 de dezem bro próxim o, relação de m enores. Os que desejarem fazê-lo por interm édio dêste Sindicato deverão nos enviar as guias até o dia 15 de dezem bro, no máximo. DA DURAÇÃO DAS FÉRIAS R ecentem ente foi m odificada a duração do período de férias a serem gozadas pelos em pregados, depois de cada período de 12 meses de serviços prestados ao mesmo em ­ pregador. T ranscrevem os abaixo a regula­ m entação a resp eito : “A rt. 132 — Os em pregados terão direito a férias depois de cada período de 12 meses, a que alude o art. 130, na seguinte prop orção : a) — vinte dias úteis aos que tiverem ficado à disposição do em prega­ dor, durante 12 m eses e não te­ nham m ais de 6 (seis) faltas ao serviço, justificadas ou não, nesse período; b) — 15 dias úteis aos que tiverem ficado à disposição do em pregador por m ais de 200 dias; c) — 7 dias úteis aos que tiverem ficado à disposição do em pregador, m e­ nos de 200 dias e m ais de 150. P arágrafo único — É vedado descontar do período de férias as faltas ao serviço do em pregado. A rt. 134 — As m odificações dêste artigo se referem apenas aos itens “d ”, “e ” e “f ”, que assim ficam redigido s: d) — O tem po de suspensão por m o­ tivo de inquérito adm inistrativo quando o mesmo for julgado im ­ procedente; e) — A usência da H ipótese do art. 473 e seus parágrafos; f) — Os dias em que por conveniência da em presa não tenh a havido tr a ­ balho, excetuada a hipótese da alínea “c” do art. 133”.

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DO TRABALHO DURANTE A GRAVIDEZ ' Nosso serviço de consultas tem atendido últim am ente diversos pedidos de esclareci­ m entos sôbre o trabalho da m ulher durante o período de gravidez. Acham os oportuno, portanto, tran screv er os artigos 392 e 393, da Consolidação das Leis do Trabalho, que regulam o assunto: “A rt. 392 — É proibido o trabalho da m ulher grávida no período de seis (6) se­ m anas antes e seis sem anas depois do parto. § í.o — P ara os fins previstos nêste artigo, o afastam ento da em pregada do seu trabalho será determ inado pelo atestado m é­ dico a que alude o artigo 375, que deverá ser visado pelo em pregador. § 2.° — Em casos excepcionais, os p e­ ríodos de repouso antes e depois do parto poderão ser aum entados de m ais duas (2) sem anas cada um , m ediante atestado m édico, dado na form a do parágrafo anterior. A rt. 393 — D urante o período a que se refere o artigo anterior, a m ulher terá d i­ reito aos salários integrais, calculados de acordo com a m édia dos seis últim os m eses de trabalho, sendo-lhe ainda facultado re ­ v erter à função que anteriorm ente ocupava. P arágrafo único — A concessão de auxílio-m aternidade por parte da instituição de previdência social não isenta o em pregadoi da obrigação a que alude o artig o ”.

Diretoria do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo

P re sid en te: Francisco Cruz M aldonado S ecretário: Ivo G iorgetti T esou reiro : Evaldo A sbahr Suplentes: Nicolino Spina, Luiz N icollini e N úncio Camano Conselho F iscal: João Gonçalves, R icar­ do R odrigues M oura e Felicio L anzara S up lentes: Orm indo Azevedo, H enrique Scheliga Jun io r e N estor F erraz de Campos.

B O L E T IM D A IN D Ú ST R IA

G R Á F IC A

Semana do Livro A C âm ara B rasileira do L ivro instituiu a Sem ana do Livro, no período de 21 a 26 do corrente. A iniciativa visa in crem entar a difusão do livro entre o povo, incentivando-lhe o gosto pela leitura. No próxim o dia 22, Dia do Livro, no T eatro M unicipal, sob os auspícios do D e­ partam ento M unicipal de C ultura, o escritor A gripino Grieco p ro nu nciará um a conferên­ cia sôbre “Livros, escritores, editores e li­ vreiros”. E ncerrando a Sem ana do Livro, no p ró ­ xim o dia 26, será realizado um alm oço de confraternização de editores e livreiros. D u­ rante o ág^pe, a C âm ara B rasileira do L ivro prestará hóm enagem ao m ais antigo livrei­ ro de São Paulo, sr. José V ieira Pontes, da L ivraria Teixeira, oferecendo-lhe um p e r­ gam inho. Inform ações m ais detalhadas sôbre as com em orações da Sem ana do L ivro poderão ser obtidas pelo telefone 6-2364.

Máquina fotográfica eletrônica Segundo notícia distribuída pela BNS, um a firm a britân ica deu a conhecer o ú l­ tim o tipo de um a m áquina fotográfica para instantâneos jornalísticos, com característi­ cas in teiram ente novas. A m áquina funcio­ na com lâm padas de m agnésio ou eletrô ni­ cas e sua objetiva, de 4,5, se conjuga com um telêm etro que abrange distâncias de um m etro ao infinito. Seu pêso é de m enos de três quilos. Não existem dificuldades que não pos­ sam ser vencidas. As pessoas que criam dificuldades p ara si, perm item que seu es­ pírito se distraia por um nada. Elas nunca vêm diferença en tre o que é e o qye não é im portante. Se um hom em quer prosperar, deve aprender a com andar seu cérebro e a fixar sua atenção sôbre o que lhe interessa, elim inando tôdas as outras coisas. (M. K ennedy Jones, em P rinters Jnic) N unca na história com ercial universal houve, como hoje, tantas oportunidades p ara vencer, oferecidas ao operário que aplica sua inteligência ao trabalho, que introduz novas idéias no serviço de seu patrão e que ousa assum ir a responsabilidade de suas criações. (D ixon’s M onthly)


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B O L E T IM D A IN D Ú ST R IA G R Á FIC A

Sociedade Cooperativo Gráfica de Seguros contra Acidentes do Iralraltio (Anexa ao Sindicato das Indústrias Gráficas no E. de S. Paulo)

Realizou-se no dia 30 de setem bro p.p. l.o Secretário. N estor F erraz Campos (da a Assem bléia Geral, em segunda convocação, G ráfica A lpha S. A .); 2.° Secretário, Álvaro da Sociedade Cooperativa G ráfica de Seguros Paupério (de A. Paupério & Cia. L tda.); C ontra A cidentes do Trabalho, para a apro­ l.° Tesoureiro, Paulo M onteiro (de Rotschild vação do balancete do prim eiro sem estre do Loureiro & Cia. L tda.); e 2 .o Tesoureiro, Gicorrente ano, o que foi feito por unanim i­ no M artini (da G ráfica M artini). Conselho dade. Fiscal: Dr. O rlando Fausto Alcides (de As­ Destacam os do docum ento que m otivou sunção T eixeira, Ind. G ráfica S. A .),-D r. N el­ a referida Assem bléia e pelo qual se pode son Palm a Travassos (da Em prêsa G ráfica da com provar a eficiência dos trabalhos da Revista dos T ribunais) e Pascoal Spina (de Cooperativa, os seguintes dados, que falam Indústrias R eunidas Irm ãos Spina S. A.). a linguagem eloqüente dos algarism os: Suplentes: H um berto Rebizzi (da Q uim igráAssistência m édica . . . . Cr$ 22.224,30 fica Radium L tda.), Ludowico Carlos H enAssistência hospitalar . . Cr$ 44.729,00 nies (de H ennies & C ia.) e Luiz De N ardi (de D iárias aos acidentados . . Cr$ 125.528,70 Irm ãos De N ardi). A dm inistração: G erenIndenizações por incapaci­ te-Técnico, José Mesa Campos. dade parcial perm anente CrS 26.031,30 Êsse, em síntese, o m ovim ento das ati­ vidades da Cooperativa, como já dissemos COMISSÃO TÉCNICO-CONSULTIVA DE ARTES durante o prim eiro sem estre de 1949, que se GRÁFICAS DO SENAI encerrou a 30 de junho do corrente ano. J á no segundo sem estre, pudem os v eri­ R euniu-se no dia 24 do m ês passado a ficar que até agosto havia sido paga, em nos­ Comissão Técnico-Consultiva de A rtes G rá­ so Forum , a im portância de Cr$ 21.471,40, ficas do SENAI, com posta dos srs. Francisco correspondente a indenizações por defeitos Cruz M aldonado, João Gonçalves, João Casfísicos em acidentados. Som ente durante o taldi e A ntônio Sodré C. Cardoso. Contou m ês de agosto foram socorridos 47 acidenta­ ainda a reunião com a presença do dr. dos, aos quais foram pagas diárias no total Roberto Mange, direto r regional do SENAI, de CrS 14.205,90. e do sr. S>. Ferraz, diretor deste BOLETIM. E ’ digno de nota que o Fundo de Retorno Foram apresentados à Comissão pedidos aos associados da Cooperativa, no ano passa­ feitos pela Escola de A rtes G ráficas para a do, foi de Cr$ 190.552,00, soma que corres­ aquisição de grande sortim ento de fontes ponde a 25,6% para cada firm a assegurada. de tipos, destinado a com pletar êsse m aterial A Cooperativa Gráfica, pelo que se vê, naquela Escola. Estudados os pedidos com em ótim a situação de prosperidade, m uito especial cuidado dos com ponentes da Comis­ deve ao seu gerente-técnico, Sr. José Mesa são, que para m elhor poderem se m anifes­ Campos, gráfico da velha guarda que há cêr- ta r deixaram para ap resentar posteriorm en­ ca de três anos vem se dedicando a êsse so- te o parecer. A inda outros assuntos foram dalício com o carinho que lhe é peculiar nas apresentados à. Comissão, bem como um responsabilidades a que se com prom ete, e que breve relato das atividades que se reali­ está atualm ente em penhado em um a cam ­ zam nessa im portante organização de apren­ panha para aum entar o núm ero de coopera­ dizagem industrial, tendo sido o sr. F ran ­ dos. Dado as grandes vantagens que a Coo­ cisco Cruz M aldonado convidado para pro­ perativa oferece aos seus sócios, a p ar da so­ nunciar um a palestra sôbre suas im pressões licitude com que são tratad o s todos os que de viagem aos Estados Unidos, no que con­ com ela privam , prognosticam os os m aiores cerne às A rtes G ráficas. Sôbre êste assun­ êxitos a essa cam panha. to darem os notícia detalhada em outro local. É a seguinte a sua diretoria, eleita para A reunião durou duas horas, encerrandoo triênio 1 949-1 951: Presidente, João Gon­ se com um a visita às instalações da Escola çalves (da Comp. Paulista de Papéis e A rtes de A rtes G ráficas, onde foram exam inadas G ráficas); V ice-Presidente, R icardo R odri­ as m áquinas recentem ente adquiridas e que gues M oura (da Cia. G ráfica P. Sarcinelli) já se encontram em funcionam ento.


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DEPARTAMENTO DE PESQUISAS EM ARTES GRÁFICAS (Anexo ao Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Sào Paulo)

Iniciadas no ano passado as atividades do D epartam ento de Pesquisas em A rtes G rá­ ficas, anexo ao Sindicato das Indústrias G rá­ ficas no Estado de São Paulo, êsse órgão de estudos, de divulgação e de pesquisas tem conseguido realizar alguns dos trabalhos constantes de seu program a, contando com o apoio e a sim patia das indústrias gráficas, fornecedores de m aterial gráfico, livreiros, editores, bibliotecários, todos, enfim , que se interessam pelos problem as das artes g rá­ ficas. O program a das suas finalidades, ap re­ sentado em interessante folheto, tem sido distribuido a todos que o solicitam e a m aior procura vem, principalm ente, do ex te­ rior, onde o interésse de intercâm bio por es­ sas atividades tem sido grande. EXIBIÇÕES DE FILMES TÉCNICOS Dos Estados Unidos, por interm édio da Cia. T. Jan ér Com ércio & Indústria, represen­ tante da N ational P ap er & Type. Co., recebeu o D.P.A.G. interessantíssim os film es colori­ dos sôbre artes gráficas. S|ío êles: “Como se faz um a boa im pressão”, da firm a am eri­ cana H arris-Seybold Co., onde se apresenta um a com paração en tre os três processos fu n ­ dam entais de im pressão e se descreve o pro­ cesso litográfico offset m oderno; “Os tipos falam ”, da firm a am ericana A m erican Type Founders, onde se vê de m aneira clara e objetiva como se faz um tipo para im pressão desde o desenho da letra até a fundição nas m odernas m áquinas fundidoras de alta veloçidade; e “A H istória do P ap el”, do Consu­ lado A m ericano, descrevendo em quadros de grande valor didático como se faz o p a­ pel. Êsses film es serão projetados em todos os principais auditórios da capital e do In ­ terio r do Estado, além de poderem ser ex i­ bidos, a pedido, nas próprias indústrias g rá­ ficas, sociedades, escolas é outros lugares. VISITAS ORGANIZADAS ÀS INDÚSTRIAS GRÁ­ FICAS O D.P.A.G. está organizando visitas às indústrias gráficas e aos jornais, durante o seu funcionam ento, p ara estudos e observa­ ções “in loco”. Essas visitas serão acom pa­ nhadas de instrutores que irão descreven­ do os porm enores que se sucederem , em au ­ las visuais de cunho altam ente educativo e prático. A Escola de A rtes G ráficas do SENAI colabora na organização dessas aulas p rá­ ticas rápidas, onde cada interessado te rá a oportunidade de e n trar . em contacto d ire­ to com o m aquinário gráfico, trabalhos de composição tipográfica, serviços de im pres­ são, pautação, encadernação, etc. INTERCÂMBIO EM ARTES GRÁFICAS O D.P.A.G. m antém -se a p ar de q ua­ se tôdas as iniciativas que se realizam no setor das artes gráficas, procurando cen tra­ lizar, dentro das finalidades do seu p ro gra­

ma, os principais m ovim entos em tôrno dêsses assuntos, e oferecendo a todos a sua co­ laboração e o seu apôio. Existem associa­ ções de artes gráficas na A rgentina, nos Es­ tados Unidos, no Canadá e na E uropa com as quais o D.P.A.G. m antém intercâm bio constante, recebendo já im pressos, livros e outros m ateriais gráficos para p erm u tar por m aterial congênere executado en tre nós. É um a interessante troca realizada com o ele­ vado espírito de fom entar um intercâm bio mais intenso com os outros povos. O D.P.A.G. tem recebido das indústrias gráficas, das em prêsas de propaganda, das editoras e dos fornecedores, m ostras de serviços em q uanti­ dades que perm item atender a êsse servi­ ço de intercâm bio. Os trabalhos recebidos são arquivados e estão ao dispor dos in teres­ sados. F uturam ente serão organizadas expo­ sições periódicas dêsses trabalhos gráficos. CONSULTAS SÔBRE ARTES GRÁFICAS Freqüentem ente o D.P.A.G. recebe con­ sultas sôbre artes gráficas, as quais tem si­ do atendidas a contento dos que as soli­ citam. Estão sendo organizados os fichários de inform ações gerais sôbre qualquer assun­ to referente à m atéria. Inúm eros catálogos e inform ações sôbre m áquinas, equipam entos e accessórios para as indústrias gráficas têm sido arquivados para atender a essa finali­ dade do D.P.A.G. No entanto, m uitos forne­ cedores não enviaram ainda inform ações sôbre o m aterial que vendem , distribuem ou im portam , e isso em prejuizo próprio, pois essas firm as não são referidas e nem lem bradas nas consultas que presta êste De­ partam ento a serviço das artes gráficas. A Biblioteca do D.P.A.G. está sendo bastante am pliada conta já com valiosos tra ­ balhos técnicos e inform ativos. LIVROS E REVISTAS SÔBRE ARTES GRÁFICAS As pessoas interessadas em livros e re ­ vistas técnicas sôbre artes gráficas e assun­ tos correlatos devem procurar o D.P.A.G., que possui relações das obras existentes sô­ bre essa especialidade nas livrarias, de acor­ do com as inform ações que lhe são constan­ tem ente fornecidas. Além disso, êsse D epar­ tam ento está se habilitando para inform ar aos interessados, em livros e revistas de a r­ tes gráficas, em que bibliotecas públicas e particulares são encontrados os livros pro­ curados. Da m esm a form a são aceitos pedi­ dos de livros e assinaturas de revistas sô­ bre o assunto. Um homem prático deve ter sem pre um caderno e um lapis para anotar as idéias que lhe surgem . As m elhores idéias vêm nos m om entos em que menos se espera, e de­ vem ser anotadas, porque isso raram ente acontece. (Bacon)


ESCOLA DE ARTES GRAFICAS DO SENAI SUA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO A Escola de A rtes G ráficas do SENAI, exem plo do quanto pode o esforço con­ jugado, foi instalada em l.o de O utubro de 1945, graças à colaboração eficiente dos Sindicatos das Indústrias G ráficas e das Emprêsas P roprietárias de Jornais e Revistas do Estado de São Paulo. De sua m ontagem provisória, em prédio adaptado, situado à ru a 21 de A bril, suas oficinas estão agora instalada? no edifício central do SENAI, onde funciona a Escola “Roberto Sím onsen”, à ru a M onsenhor A ndrade, 298, ocupando dois pavim entos de um a das alas do grande prédio. Com capacidade atual para 208 aprendi­ zes, na base de rotação 4, m inistra o ensino, diurno, dos seguintes ofícios: OFÍCIOS

Lugares

Composição M anual M ecanotipia Im pressão Encadernação Pautação

12 12 12 8 8

Capaci­ dade 48 48 48 32 32

52

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TOTAIS

Funcionam , ainda, à noite, Cursos R ápi­ dos para form ação de Tipógrafos, Linotipistas, Im pressores e E ncadernadores, com cerca de 80 alunos m atriculados, ou seja, o m áxim o da capacidade da oficina para êsses cursos. As inscrições para os cursos noturnos se esgotam sem pre no prim eiro dia da abertur^. Isto revela a atenção que a Escola vem despertando nos meios g rá­ ficos. Já se acham em planejam ento e instala­ ção os cursos de douração, litografia e fotogravura, bem como a am pliação das secções já existentes. DENSIDADE INDUSTRIAL E OPERÁRIA A indústria gráfica do Estado de São Paulo está. pràticam ente concentrada na Zo­ na C entral, conform e podemos apreciar pelo quadro de distribuição seguinte:

ZONAS C entral Mogiana Norte Paulista Sul Sorocabana TOTAIS

(C) (M) (N) (P ) (SU) (S)

N.o de Firmas 537 86 24 89 24 94 854

Empr. «PRÍNDIZfS 15% Quali!. 5 392 788 339 42 76 9 390 51 64 3 389 54 6 650 947

Por êste quadro podem os verificar que, para aten der às necessidades da Indústria G ráfica na base de 15%, sòm ente para a Zo­ na C entral seria necessária um a escola com capacidade para 788 aprendizes, to tal êste que não poderia ser atendido, não estivesse o SENAI planejando e am pliando instala­ ções da Escola de A rtes G ráficas, criando no­ vas secções e m elhor aparelhando as já existentes. P or nosso interm édio, o SENAI dirige um convite especial aos industriais gráficos de S. Paulo p ara visitarem sua Escola G ráfica, que funciona diariam ente em três períodos: das 7:00 às 11:00, das 13:00 às 17:00 e das 19:00 às 22:00 horas. CURSOS NOTURNOS PARA FORMAÇÃO DE GRÁFICOS A Escola de A rtes G ráficas do SENAI abrirá, no próxim o l.° de D ezem bro, às 19 horas, as inscrições para os Cursos Rápidos de form ação profissional para Tipógrafos, Linotipistas, Im pressores e Encadernadores, a funcionar no prim eiro sem estre de 1 950. Tais cursos são inteiram ente gratuitos e têm a duração de 5 meses, em aulas noturnas que funcionarão 4 vezes por sem ana, das 19:20 às 22:00 e se destinam ao adestram ento básico de qualquer pessoa que deseje aprenier trabalhos sim ples nestes 4 ram os gráficos. São condições exigidas para inscrição: ter o candidato idade m ínim a de 16 anos; pos­ suir conhecim entos correspondentes aos do curso prim ário; passar por um exam e m édi­ co no próprio SENAI; apresentar docum en­ to de Identidade e prova de quitação m ili­ tar (para os candidatos de 17 a 45 anos de idade). Aceitam -se inscrições de candidatos de ambos os sexos.


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