História de fantoches antibullying

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Lélio Braga Calhau (Promotor de Justiça) Morgana Magalhães (Graduanda em Psicologia)

Bullying a de Históri he Fantoc

Seja um parceiro no combate ao bullying!

Niterói, RJ 2011

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A p r e s e n ta ç ã o

Muitas crianças e jovens sofrem, todos os dias, com perseguições rotineiras na escola e em outros ambientes sociais. Apelidos, xingamentos, empurrões, brincadeiras ofensivas e muitas vezes agressivas. A cada dia o bullying se torna mais comum sobretudo na escola, quem sofre se sente injustiçado, diferente e solitário. Bullying é todo ato ou intimidação em desnível de poder realizado de forma sistemática e sem motivação, contra vítimas que nada fizeram, com o objetivo de causar sofrimento físico e/ou emocional. Muitas destas vítimas passam por um sofrimento tão traumático que pedem transferência mudam de escola, cidades e, em casos mais graves, tentam suicídio ou apresentam outros tipos de reações violentas. É uma prática que vem ocorrendo há anos, e, muitas vezes, passa invisível dentro de uma sociedade individualista. É essencial que pais e educadores saibam identificá-la para ajudar e orientar seus filhos. As consequências do bullying podem ser irreversíveis, dependendo da vítima. Hoje o mundo sofre com este problema crônico, são milhares de pessoas perseguidas no ambiente escolar, no trabalho, pela internet, sem motivo algum, trazendo muito sofrimento. Nas próximas páginas, você encontrará uma história antibullying. Compartilhe esta ideia e tenha uma boa leitura!

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“A

regra de ouro”

Maria (M): Oi, Joãozinho! Joãozinho (J): Oi, Maria! M: Diga boa tarde para os nossos amiguinhos... J: Boa tarde, pessoal! M: Nossa, Joãozinho, que “boa tarde” mais barulhento? Por que você está tão animado assim? J: Estou muito feliz porque vou contar para nossos amiguinhos sobre uma coisa chamada a regra de ouro. M: Noooossa Joãozinho, mas que legal! O que é isso? É de ferro? J: Não, amiguinha. É apenas sobre como as pessoas devem se tratar pra serem mais felizes, e, de tão importante que é, passou a ser conhecida como regra de ouro. M: E como funciona isso? J: É o seguinte, Mariazinha. As pessoas acordam, vão pra escola e pro trabalho. Elas 4  •  História antibullying de Fantoche

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passam muito tempo juntas nesses lugares, e pra que tudo dê certo, é importante que se tratem bem em qualquer lugar que estejam. M: Como assim, qualquer lugar? J: Isso mesmo, qualquer lugar! Por isso é importante que as pessoas tratem as outras bem pra que possam ficar mais felizes. A gente deve tratar bem as outras pessoas, porque isso faz bem pra a gente e pra elas. M: Como assim, tratar bem? J: Tratar bem é ser educado e gentil com as pessoas. Isso faz as pessoas mais felizes. M: Ahhhh, então essa é a regra de ouro? J: É isso mesmo. Não coloque apelidos em ninguém e trate todas as pessoas, sem exceção, com respeito e educação. É assim que você quer ser tratado, não é? M: Sim, com educação e respeito. J: E por isso é a regra de ouro, pois precisamos primeiro aprender a agir com todos desse jeito. Devemos tratar as outras pessoas como queremos ser tratados. Se sabemos a regra de ouro, vamos fazer o bem pra outras pessoas e seremos mais felizes. M: Então quer dizer que se eu for legal com meus amiguinhos, eu também serei mais feliz? Lélio Braga Calhau & Morgana Magalhães   •  5

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J: Exatamente, Mariazinha, e tem mais! Devemos ficar de “olhos abertos” e prestar bastante atenção nos nossos amiguinhos. Sabe porque, Mariazinha? M: Não! Por quê? J: Porque têm muitos amiguinhos nossos que recebem apelidos malvados e sabe como eles ficam? M: Hummm... assustados? J: Não, Mariazinha! Apelido malvado é um pouco diferente de assustador. É aquele apelido que faz a gente ficar com vergonha. M: Ahhh, então eu já sei responder! Uma vez uma menina falou que eu era feia e baixinha. Aí, Joãozinho, eu fui pra casa muito triste, contei pra minha mãe, e ela me falou pra eu não ficar triste, porque eu sou linda, e ser baixinha não era defeito. Mas, no outro dia, ela me chamou de tampinha... E foi assim por vários dias, sempre um novo apelido, mas eu acreditei na minha mãe e não dei ouvidos a esses apelidos. E um dia ela parou de falar, mas eu sei como é receber apelidos malvados. J: Então, você pode me dizer como os nossos amiguinhos ficam?

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M: SIM. Essa eu sei! Eles ficam tristes e podem até perder notas, sabia? J: Sabia sim, Mariazinha, e é por isso que não podemos deixar os nossos amiguinhos colocar apelidos malvados uns nos outros, temos que contar pra eles que isso é errado, e é bem melhor tentarmos seguir a regra de ouro. M: É verdade Joãozinho. Porque assim ninguém vai ficar triste, nem com vergonha. A regra de ouro chegou para mudar o mundo! E assim posso fazer o meu amiguinho mais feliz e ser feliz também! J: Vivaaaaa a “regra de ouro”! M: Vivaaaaa! J: Pessoal! Vocês aprenderam o que é a regra de ouro? (Deixar a plateia interagir.) M: Isso mesmo! J: É hora de começarmos a viver a regra de ouro... M: Não é, pessoal? J: É isso aí! M: Tchau, pessoal! J: Tchau!

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Saiba mais sobre o autor:

Lélio Braga Calhau • Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. • Autor dos livros Bullying – O que você precisa saber, 3ª edição, RJ, Impetus – 2011, e Diário de uma vítima de bullying, 1ª edição, RJ, Impetus – 2011, entre outras obras. • Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela Universidade Gama Filho (UGF). • Coordenador do blog www.bullyingestoufora.blogspot.com. • Idealizador do jogo educativo “Vigilantes do bullying” e da cartilha antibullying do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

Visite os blogs do autor: www.bullyingestoufora.blogspot.com www.novacriminologia.blogspot.com www.novacriminologia.com.br

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