Concurso Conto de Natal

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Um Natal milagroso

Olá! Eu vou-vos contar a minha história. Eu sou um par de botas chamada Zézé que vivo numa sapateira em casa da família Silva. Lá vivem o Sr. António e a Sra Gertrudes, acompanhados pelas suas lindas filhas, Carolina e Rita. Mas eu sinto-me um pouco a mais naquela casa. Naquela casa há vários ténis, sapatos e sandálias. Eu sou o único par de botas e então desprezam-me. No Natal é quando eu fico mais triste pois penduram sempre um sapatinho no pinheiro e nunca me escolhem a mim. Este ano, na altura de Natal ouvi a mãe das meninas dizer: - Vamos lá meninas, temos que nos despachar, já é dia 24 de Dezembro, vamos pendurar os sapatos no pinheiro. Foram buscar um sapato cada uma, mas mais uma vez não me escolheram a mim.. De repente ouço a Carolina dizer: - Rita, este ano quero que seja diferente . Vou colocar um sapato diferente… Chegou à sapateira e disse: - Ah! Ao tempo que não coloco este par de botas no pinheiro! Levou-me e eu fiquei todo contente. No dia seguinte era Natal. Carolina acordou rapidamente e foi ver os seus presentes. As botas estavam cheias até cima. Ela até pensou que foi por o Pai Natal ter gostado da acção dela. E foi mesmo. Carolina pensou: - Estas botas dão-me sorte. Vou colocá-las todos os Natais no pinheiro. E assim é a minha história, com um Natal óptimo para mim e para a Carolina

Inês Pereira – 4.º ano A


O Natal da Maria Era Natal e, na pequena aldeia das Ameixas, as pessoas andavam felizes. As casas estavam enfeitadas, as ruas iluminadas de várias cores… Por onde se passava era uma alegria. Em casa da Maria estava toda a gente animada, especialmente ela que adorava o Natal, porque todas as pessoas andavam felizes e, também, por causa das prendas que ia receber. Uma coisa que a satisfazia era ver o Pai Natal e as suas renas. A Maria estava a pensar como seria o Pai Natal quando a sua mãe a interrompeu: - Filha, anda pôr a mesa. - Já vou, mãe – respondeu a menina. Era véspera de Natal, por isso andava toda a gente atarefada. Quando chegou à cozinha exclamou: - Tantos bolos! A mãe respondeu: - Pois, mas os bolos são para logo. - Está bem, eu também não os ia comer… – informou ela, empertigando-se toda. À noite, foram todos jantar e, de seguida, foram para a cama. A meio da noite, a Maria acordou e ouviu um barulho esquisito na sala. Então, foi ver o que era… - Pai Natal!!! Mãe, mãe, mãe, pai, pai, pai, venham cá ver! – gritou a menina. - Psiu!... Não chames ninguém! Não podem saber que eu estou aqui! – sussurrou o Pai Natal. - Porquê?! - Por causa da magia do Natal. Se algum adulto me vir, eu desapareço. - Ah, está bem! Mas… posso-te pedir uma coisa? – perguntou a Maria. - Sim, podes – respondeu o Pai Natal. - Dás-me uma boneca? – pediu rapidamente a menina. - Maria, não te vou dar uma boneca, mas sim duas – assegurou ele.


Depois de lhas ter dado, despediu-se e foi-se embora. Quando estava a sair da chaminÊ, disse: - Feliz Natal, Maria! Ho! Ho! Ho!‌ Este foi o Natal mais feliz da Maria, porque ela realizou um dos seus desejos. Filipa Cardoso, 5º A


Um sonho atribulado

No dia 23 de Dezembro, ia eu pela rua, muito entusiasmada com a chegada do Natal, quando reparei numa luz forte: - Segue-me, segue-me. – dizia a luz com uma voz arrastada. Achei estranho. Não tendo nada a temer, segui-a e fui parar à terra do Pai Natal. Os duendes estavam muito atarefados com os presentes porque todas as crianças se tinham portado bem. Havia uma excepção e chamava-se Alexandre. O Pai Natal veio ter comigo, pegou no pó que atirava às renas para poderem voar e deu-me um bocado e pediu-me para eu ir com ele. Percorremos muitas terras e quando chegámos a casa do Alexandre percebemos porque ele era assim. -Alexandre vai buscar a vassoura! – gritava a mãe. -Alexandre vai buscar o meu casaco que tenho de ir trabalhar! – gritava o pai. Nunca lhe davam atenção. À beira dos colegas, Alexandre queria sempre as atenções de todos. Voltámos para casa do Pai Natal. -Nunca pensei que fosse assim tão grave. Temos de o ajudar. A sua família trata-o muito mal. – dizia o Pai Natal. - Pai Natal, que tal se o perdoasse? -Não posso, são as regras. -Vá lá! Olhe que as crianças nem sempre fazem de propósito. De repente acordei, a minha mãe chamava-me: -Joana, Joana! -Diz, mãe. -Anda tomar o pequeno-almoço. -Está bem mãe. Tive um sonho muito mau, sonhei … -Não faz mal isso acontece. No dia seguinte era Natal. Quando acordei, desci as escadas, ajoelhei-me junto ao pinheiro e coloquei lá o seguinte bilhete:


“Pai Natal, Ontem a minha vida mudou por um sonho. Um sonho diferente dos outros, um sonho que alterou muita coisa. Peço-te apenas que, nesta noite, me deixes voltar a sonhar e terminar o que ainda não acabei. Um beijo, Joana” Depois disto voltei a subir as escadas e, entretanto no meu quarto, apercebime do quanto era feliz.

Cátia Mendes, 6.º A


A Gripe do Rodolfo Preparativos para o Natal. As horas que para muitos podiam ser as primeiras do dia, em casa do Pai Natal, não o eram. A equipa dos duendes, até ali, já tinha feito em média duzentos e dezasseis embrulhos, cento e noventa e três laços e cento e trinta cartões de Natal, onde as frases escritas eram repetidas vezes sem conta, para os diversos presentes: “Espero que tenhas um feliz Natal, com muitas prendinhas à mistura!”. Mas os duendes não eram os únicos a trabalhar para o tão importante e esperado dia 24 de Dezembro. Também o Pai Natal e as renas se empenhavam a aperfeiçoar a iluminação interior e exterior, pois não fosse a casa do Pai Natal! Todos tinham uma tarefa e ao Rodolfo calhou a iluminação exterior. Estava muito frio lá fora, mas este precioso colaborador não queria recusar uma tarefa que para todos era importante. - Atchim! Pronto, Pai Natal, já acabei. A casa lá fora está deslumbrante, cheia de luzinhas e luzinhas… Atchim! - O que se passa contigo? Não tens muito boa cara! - Não sei. Desde há bocado que não paro de espirrar. Atchim! Será alergia? - Não me parece. Todos os anos fazemos este mesmo “processo” para os preparativos do Natal e até agora nunca te aconteceu nada deste género. Quer parecer-me que é uma gripe. - Oh! Não pode ser! Todos os Natais participo na distribuição das prendas e pedir agora uma rena para a substituição é difícil. -Tem calma! Ainda faltam dois dias para o dia 24 de Dezembro e até lá vais ficar bom de certeza. No entanto, para que isso aconteça, vais ter de ficar de QUA-REN-TE-NA! E assim foi. Os dois dias passaram com menos um elemento na equipa. Só faltavam umas encomendas, que foram feitas à última hora. A véspera de Natal chegou finalmente e todos estavam curiosos para saber com estava Rodolfo. Será que está melhor? E se não estiver? Um Natal sem prendas? Um Natal sem a visita do Pai Natal? Tais como estas, várias questões surgiram na cabeça de todos, às quais ninguém conseguia


responder. Para acabar com o mistério, resolveram ir a casa do Rodolfo, para perceber de uma vez por todas o que se passava. - Podemos entrar? – perguntou uma voz preocupada, que parecia ser a do Pai Natal. - Sim, podem. – respondeu Rodolfo. - Como estás? – questionaram eles mal entraram no quarto. - Estou muito, muito, muito… Enquanto dizia isto, junto à porta do quarto estavam o Pai Natal, os duendes e as renas, ansiosos por saber a resposta. - Melhor! – exclamou Rodolfo, abraçando os amigos – Estes dois dias que estive de cama ajudaram-me a recuperar forças. Por isso, preparem-se, porque este Natal vai ser o melhor de todos e, de preferência, sem “atchim” à mistura. Nesse momento, soltou-se um enorme riso. E foi assim, com um sorriso na cara, que prepararam as renas e transportaram os presentes um a um até ao trenó. - Está na hora de partir. – lembrou o Pai Natal - Todos os meninos nos esperam! Despediram-se, pois do Pai Natal, vendo que o trabalho até ali feito estava a ser finalizado. A doença do Rodolfo em nada tinha prejudicado aquele Natal; pelo contrário, tinha servido para fortalecer os laços de amizade e de estima nos corações daqueles que, todos os anos, se preocupam em distribuir felicidade. Todas as crianças do país iriam estar junto das suas árvores, ansiosas que chegasse a meia-noite, para, num ambiente de paz e alegria, abrirem as suas prendas. Bem-hajas, Pai Natal!

Ana Filipa Campos - 7.º C


Robert Wilson era um jovem arquitecto de trinta anos que vivia sozinho numa pequena cidade da Califórnia, Forks. Robert levava e encarava a sua vida como uma rotina: durante a semana Robert ia para o escritório trabalhar e, ao fim-de-semana, sessões de cinema o dia inteiro (era apaixonado por comédias românticas), excepto, claro, ao domingo de manhã. No domingo de manhã Robert limitava-se a fazer a sua caminhada pelo centro da cidade. Todos os dias havia algo novo, e isso era um bom motivo para ele o fazer. Robert era tímido e arrogante, como as pessoas típicas de grandes cidades, por isso nunca cumprimentava ninguém, excepto, claro, o velho mendigo que estava sempre sentado num banco junto a um velho carvalho. Não o cumprimentava directamente, apenas trocavam olhares cúmplices e ternos como se fossem amigos de longa data. Era dia 20 de Dezembro e Robert saíra de casa curioso para ver a novidade do dia. Enfeites de Natal, as ruas estavam cheias de luzes que, de noite, iriam fazer brilhar os olhos de qualquer pessoa, de todas menos os de Robert. Ele não ligava ao Natal. Para ele, o Natal era apenas uma maneira de comerciantes e fabricantes de brinquedos ganharem mais dinheiro. Talvez Robert não soubesse o verdadeiro significado do Natal. Todos os anos era a mesma coisa. Chegado o dia 24 de Dezembro, as ruas ficavam desertas, a maior parte das pessoas ia trabalhar e, no fim do dia, ia ter com as suas famílias às aldeias. Robert já não via a sua família desde Março de 1998, quando recebera uma proposta de trabalho em Forks. Como o costume, Robert foi dar a sua caminhada matinal. Estava pouco movimento, apenas se viam carros a partirem para as aldeias, pessoas a comprarem os últimos presentes para a família e o velho mendigo. Robert sentou-se ao lado dele e, de repente, algo estranho aconteceu. - Bom dia, Robert! - O senhor sabe quem eu sou? - Sei tudo sobre si! Apenas não sei porque o Robert leva uma vida tão solitária. Ali, eles ficaram a falar durante a manhã inteira, até que Cristóvão, o mendigo, perguntou a Robert por que motivo não ia ter com a sua família. - Eu e a minha família nunca fomos muito ligadas. De vez em quando, eles telefonam-me, para saberem notícias, mas já não os vejo há muito tempo.


- De que é que está à espera para ir ter com eles? - Por que motivo é que eu iria ter com eles? - Porque é Natal! No Natal, as famílias unem-se, esse é o espírito natalício, é a união, a ternura, a solidariedade e o amor entre famílias. Vá lá, deve estar cheio de saudades deles. Após uma conversa, Robert dirigiu-se ao seu apartamento e saiu de carro apressado. Depois de ter atravessado quase toda a Califórnia, Robert chegou à aldeia. Todos o olhavam e o reconheceram, dentro do carro. Robert desenhou lentamente um sorriso no rosto à medida que se aproximava de sua casa. O jardim era o mesmo, as flores pareciam as mesmas e a luz da lareira que se via pela janela era a mesma. A Sra. e o Sr. Wilson ouviram o barulho de uma porta de um carro a bater. A Sra. Wilson abriu a porta e, ao ver Robert ao fundo do jardim do lado de lá do portão, emocionou-se. Os três abraçaram-se, e, pela noite dentro, foram-se abraçando com olhares ternos, enquanto conversavam de tudo e de nada, em frente à lareira. Robert descobriu, então, o verdadeiro significado do Natal.

Ana Rita Martinho, 8.º A


A magia do Natal Era uma noite fria, quase véspera de Natal, lá fora nevava, e eu estava bem quentinha, em frente à lareira, a beber uma caneca de leite com chocolate, que muito sinceramente me parecia ter um gostinho a canela (vício da minha mãe, porque quando era natal ela tinha de pôr uns pozinhos de canela em quase tudo). Com o cobertor de lã por cima das pernas, estava, com os meus pais e a minha irmã, a ver um filme. Na parede que fica por trás da televisão, via-se o reflexo colorido das luzes do pinheiro de Natal. Fez-se tarde e, por isso, fui dormir. Estava quase a “pegar” no sono, quando de repente o chão começa a tremer. Os brinquedos e jogos da minha irmã começam a cair e ouve-se um grande barulho! Levanto-me, visto o robe, corro lá para fora e o bolso do robe fica preso na maçaneta da porta. Puxo um pouco mais, sempre a olhar para o bolso e, quando levanto a cabeça, vejo um enorme comboio vermelho com um engraçado chapéu de Natal na ponta. Esfrego bem os olhos e fico um instante a observar aquela impressionante máquina a vapor! Sim, este comboio era alimentado a carvão. Não sei como foi parar à porta de minha casa, mas a verdade é que apareceu! De repente ouço o som da porta central do comboio a abrir e, de lá de dentro, sai um senhor muito rechonchudo e com um ar bastante formal, usava um chapéu azul, farda azul e um relógio de bolso na mão. Vejo-o muito apressadamente a chegar ao pé de mim: -Então, menina, não vai entrar? -Eu, mas eu nem bilhete tenho! -Então, olhe no seu bolso! Ponho a mão ao bolso e vejo uma coisa cor-de-pele a sair do buraco do bolso! -Não é nesse, menina, é no outro bolso! Levo a mão ao outro bolso e ouço o som de um papel a amachucar! Tiro-o de dentro do bolso e vejo um pequeno bilhete dourado, com um comboio desenhado de frente. O senhor tira-me o bilhete e com o furador marca o desenho da letra “N”! Volta a dar-me o bilhete e pede-me que entre. Entro, receosa, e vejo que já lá estavam muitas raparigas e rapazes. Sento-me ao


lado de uma rapariga alta, morena e de camisa de dormir! Na verdade estávamos todos de pijama! Jogámos, cantámos, brincámos e, quando o comboio parou, estávamos em frente de uma fábrica… Dou três passos em frente e caio num tapete rolante que muito depressa me levou para o cume de uma montanha de presentes. De repente aquela montanha começou a subir, lentamente, para um carro flutuante conduzido por um senhor vestido de vermelho e branco, com um chapéu de Pai Natal! Seria ele? Foi então que pensei “Meu Deus, hoje, estou completamente maluca”! Fui interrompida por um senhor muito gorducho, com uma barba comprida e branca que me gritou: -Senta-te, aqui, ao pé de mim! Sentei-me ao lado dele e ele retira do seu chapéu um sininho, que me manda guardar no meu bolso. De um momento para o outro, acordo! Estava na minha cama, com os lençóis fofinhos e com o robe vestido, “Teria mesmo sido verdade?”, Na noite de Natal, pela meia-noite, eram horas de abrir os presentes. Encontro uma caixa pequenina amarela, atada com uma fita de um vermelho brilhante. Abro aquele pequeno embrulho e adivinhem…Era aquele pequeno sininho! Abanei-o e escuto um som muito bonito, mas só eu e a minha irmã é que ouvimos. Porque será que a partir daquele momento fiquei a acreditar na magia do Natal?

Ana Rita Soares, 9.º C



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