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Viver, saber, poder saiba como a Casa do Saber vem mudando a relação da cidade com o conhecimento, fazendo estrelas dos mais ecléticos estudiosos e dando acesso irrestrito ao bálsamo e à delícia da sabedoria Por Heloísa Noronha Fotos madalena leles
São 10h da manhã de um sábado chuvoso e cinzento e a sala de aula 1 da unidade Jardins (também chamada de Mário Ferraz, nome da rua em que se localiza) da Casa do Saber está cheia. Dos 37 inscritos para assistir à aula de Escrita Criativa de Noemi Jaffe, apenas três não compareceram. Compreensível, se levarmos em consideração que o tal sábado chuvoso e cinzento é o primeiro dia dos festejos de Carnaval – ou seja, há pouca gente nas ruas da capital paulista devido ao “feriadão” prolongado em pleno mês de março, o que torna ainda mais relevante a presença de quem decidiu ampliar os conhecimentos antes de cair na folia. Esse cenário, no entanto, já virou um clichê em um espaço que preza tanto a criatividade e a originalidade. Desde que abriu suas portas, em 2004, a Casa do Saber não só vive repleta como virou referência em São Paulo. Tanto, que hoje conta com mais três unidades: uma no shopping Cidade Jardim e duas no Rio de Janeiro. Mas qual o segredo de tamanho sucesso? São vários, na verdade. O primeiro deles é a programação de cursos livres fora do ambiente acadêmico. Até aí, nada demais,