Exposição "Música e Palavras: Obras da Coleção de Serralves"

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Música e Palavras: Obras da Coleção de Serralves Music and Words: Works from the Serralves Collection

pp. 8-10

Vasco Araújo pp. 12-13

Dara Birnbaum pp. 14-15

Luís Paulo Costa pp. 16-17

Luisa Cunha pp. 18-20

João Paulo Feliciano pp. 33-37

Dan Graham pp. 38-39

Ricardo Jacinto pp. 40-43

Tony Oursler pp. 44-45

Tone Scientists pp. 46-47

Rui Toscano pp. 48-49

Pedro Tudela

Exposição integrada no projeto “Primeira Avenida—Dinamização Económica e Social da Baixa do Porto” / Exhibition integrated in the ‘Primeira Avenida—Social and Economic Promotion of Porto’s downtown area’. Edifício AXA. Av. dos Aliados, nº 211. 12 Out/Oct—15 Dez/Dec, 2013


Hugo Neto

Diretor Geral da PortoLazer

O “Primeira Avenida—Dinamização Económica e Social da Baixa do Porto”, resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal do Porto, através da PortoLazer e a Porto Vivo, sendo cofinanciado pelo POVT, do QREN, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. A lógica pretendida visou essencialmente o reforço da dinâmica de criatividade e intervenção social e cultural no centro da cidade, bem como a aproximação dos vários pólos da Baixa, servindo de centro nevrálgico de um conjunto de iniciativas e intervenções que, partindo dos Aliados e da sua envolvente, fossem aptas a contaminar toda a Baixa, sustentando a longo prazo o processo de reabilitação e revitalização já em curso e potenciando o incremento da atratividade turística da cidade. E assim tem acontecido desde a abertura do projeto à cidade em 2012, sendo hoje possível afirmar que foram muitos os caminhos que já se cruzaram nesta Avenida! Atrair ao centro da cidade entidades basilares da atual energia criativa e cultural da cidade, desafiando-as a pensar e criar para este espaço, neste tempo, devolvendo-o à cidade e, sobretudo, valorizando-o, foi o ponto de partida para a estratégia traçada e que contou desde a primeira hora com o entusiasmo e a entrega da Fundação de Serralves e de toda a sua equipa, que aproveitamos para agradecer. Não podemos deixar de referir a colaboração da AXA, que cedeu aquele que é hoje o edifício âncora do projeto e que recebe agora esta terceira exposição de Serralves no âmbito do Primeira Avenida, a par de outras iniciativas que, ao longo dos seus 7 pisos, tornaram “o AXA” num “espaço de partilha”, habitado por vários agentes culturais e artísticos da cidade bem como por criadores emergentes. Esta terceira exposição de Serralves no Primeira Avenida é assim prova da relevância do papel que a Fundação de Serralves, a par de outros parceiros, tem vindo a assumir neste projeto e cujo somatório de esforços e criatividade foram, e são, essenciais para o cumprimento do desafio lançado a todos, de se cruzarem com esta, e nesta, zona da cidade! E que assim continue a acontecer!

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Hugo Neto

Prefácio da Diretora

Managing Director of PortoLazer

Suzanne Cotter, Diretora do Museu de Serralves

‘Primeira Avenida—Social and Economic Promotion of Porto’s downtown

“Música e Palavras: Obras da Coleção de Serralves” é a terceira exposição

area’, is a partnership between Porto Municipal Council, through PortoLazer

organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves no âmbito do

and Porto Vivo that is co-financed by the POVT, of the NSRF, via the

projeto Primeira Avenida, uma parceria com a Câmara Municipal do Porto,

European Regional Development Fund.

através da PortoLazer e da Porto Vivo SRU. Para Serralves, este programa

The project aims to strengthen creativity and social and cultural intervention in the city centre, and thus bring the various parts of the Porto downtown area closer together, forging a nerve centre of initiatives and

dinâmico permite estabelecer contextos fora das paredes do Museu e tornar a Coleção acessível a um público mais vasto. “Música e Palavras”, patente no edifício da companhia de seguros

interventions. Commencing in the Avenida dos Aliados and its surrounding

AXA na Avenida dos Aliados, inclui obras de artistas nacionais e internacio-

area, the initiatives aim to catalyze the entire downtown zone, thereby

nais de renome cujo trabalho explora a relação entre o som, a palavra

fostering long-term sustainability of the ongoing urban rehabilitation and

e o visual. O artista enquanto performer, a relação da arte com os meios

revitalization process and reinforce the city’s rising tourism appeal. This

de comunicação social e as possibilidades materiais e performativas do som

has occurred since the project was unveiled in the city in 2012, and it’s now

como meio são alguns aspetos abordados nesta exposição.

possible to say that many paths have crossed each other in this Avenue! The strategy’s starting point was to attract the city’s key creative and cultural agents to the city centre, and challenge them to think about,

Estamos especialmente gratos a todos os artistas incluídos nesta mostra pela sua colaboração e pelas suas contribuições para esta publicação. Em Serralves, gostaríamos de agradecer a Ricardo Nicolau pela

and create in, this space, thus reincorporating it within the city, and above

conceção curatorial. Marta Moreira de Almeida e Juan Luis Toboso

all valuing it. The Serralves Foundation and its entire team have been

asseguraram a coordenação da exposição em colaboração com a registrar

involved in the project from the outset, and we are deeply grateful to them.

Ana Sofia Andrade. Uma palavra de reconhecimento é ainda dirigida à equipa

We must also express our gratitude to AXA, that has provided the project's

técnica, Ana Amorim, João Brites, Vítor Costa, Ricardo Dias e Carlos Lopes,

anchor building, which is now hosting Serralves’ third Primeira Avenida

que instalou as obras com o seu cuidado habitual.

exhibition, together with other initiatives that, across its seven floors, have

A habilidade para trabalhar com diversos públicos e comunidades

transformed the AXA building into a ‘sharing space’, inhabited by various

é crucial para o projeto de Serralves. Gostaríamos de expressar o nosso

of the city’s cultural and artistic agents as well as emerging artists.

agradecimento ao Serviço Educativo, em especial a Liliana Coutinho,

This third Primeira Avenida exhibition, organized by Serralves, highlights

Coordenadora do Serviço Educativo e a Elvira Leita, consultora, pelo programa

the key role that the Foundation has played in this project, alongside other

de atividades desenvolvido, através do qual diversos públicos podem

partners, whose combined efforts and creativity have been, and continue to

contactar com a exposição e com os conceitos e ideias gerados.

be, essential in order to respond to the challenge posed to us all—to cross

Agradecemos também a Maria Burmester, Coordenadora Editorial desta

paths with, and in, this part of the city! And thereby ensure that this

publicação, bem como a Maria João Macedo pela sua inteligente conceção

intermingling continues!

gráfica e colaboração neste projeto. Uma última palavra de gratidão para o nosso parceiro, PortoLazer, em particular a Hugo Neto e Francisca Ramalhosa, cuja colaboração tornou este projeto possível.

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Director’s Foreword

Suzanne Cotter, Director of the Serralves Museum

‘Music and Words: Works from the Serralves Collection’ is the third exhibition organized by the Serralves Museum of Contemporary Art as part of ‘Primeira Avenida’, a partnership with the City Hall of Porto through PortoLazer and Porto Vivo SRU. For Serralves, this dynamic programme is an opportunity to engage with contexts outside of the walls of the Museum and to make the Collection accessible to a larger public. ‘Music and Words’ is presented in the AXA insurance company building on the Avenida dos Aliados and includes works by a number of leading Portuguese and international artists whose work addresses the relationship between sound, the spoken word and the visual. The artist as performer, the relationship between art and mass media, and the material as well as the performative possibilities of sound as medium are some of the aspects brought to light in the exhibition. We are especially grateful to all artists included in the exhibition for their collaboration and for their contribution to this publication. At Serralves we are grateful to Ricardo Nicolau for his curatorial conception of the exhibition. Marta Moreira de Almeida and Juan Luis Toboso, they have ensured the exhibition’s coordination with the support of the registrar Ana Sofia Andrade. A word of appreciation is also due to our technical team, Ana Amorim, João Brites, Vítor Costa, Ricardo Dias, and Carlos Lopes, who have installed the works with their usual care and diligence. The ability to engage with diverse communities and publics is crucial for the Serralves project. We would like to express our gratitude to the Educational Department, especially to Liliana Coutinho, Head of Education, and Elvira Leite, our Educational Consultant, for developing a programme of activities through which diverse publics can engage with the exhibition and the thoughts and ideas that it will generate. Our appreciation also goes to Maria Burmester, Editorial Coordinator for this publication, for ensuring its production, and to Maria João Macedo for her thoughtful design ideas and collaboration on this project. Finally, we would like to express our continued gratitude to our partner, PortoLazer, in particular to Hugo Neto and Francisca Ramalhosa, whose collaboration has made this project possible.

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Vasco Araújo

A ópera, o canto, o recital são a matéria com que

Opera, singing, recital are my work material, just

trabalho como outros trabalham a pedra,

as other people work with stone, wood or other

a madeira ou qualquer outro material. A ópera é

kinds of material. I use opera as my raw material

a matéria-prima porque a conheço e pratico.

because I’m familiar with it and practice it.

O modo como tenho abordado a voz e

The way that I’ve approached the voice and

o texto no meu trabalho, ou melhor, a voz ou o

text in my work, or to be more precise, the voice

texto remete para uma outra palavra que, também

or text, is linked to another word that I also tend

costumo usar: encenação. Encenação não do

to use: staging. Staging, not only of the text, in

texto no sentido dramatúrgico, mas encenação da

the dramaturgical sense, but also staging of the

voz. Julgo aliás que encenação é também um dos

voice. I believe, moreover, that staging is also

princípios genéricos que melhor permite abordar

one of the general principles that provides the

a totalidade do meu trabalho. Neste sentido a voz

best overall means of understanding my work.

tem sido um importante (e estratégico) elemento

In this sense, the voice has been an important

na construção de personagens que uso para falar

(and strategic) element in the construction of

do humano. Ela é um veículo singular da alma e da

characters that I use to speak about humanity.

identidade e, por isso, não raras vezes, nos meus

It is a unique vehicle of the soul and identity, and

trabalhos a voz como protagonista justapõe-se

for this reason, the voice often acts as a protag-

à imagem. A voz diz mais que o próprio conteúdo

onist in my work, juxtaposed to the image. The

das palavras e possibilita-me desarranjar ideias,

voice tells us more than the actual content of

por exemplo quando estabeleço visualmente uma

the words and enables me to mix ideas, that is

relação entre texto e voz e não entre voz e imagem.

when visually establishing a relationship between

Voz, gestos e linguagem são utilizados como

text and voice rather than between voice and

mecanismos de desconstrução dos discursos

image. Voice, gestures and language are used

dominantes sobre a identidade, convertendo

as mechanisms in order to deconstruct dominant

a arte numa linguagem de sensações.

discourses concerning identity, thus turning art into a language of feelings.

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Vasco Araújo, Hipólito, 2003

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10

Vasco Ara煤jo, Hip贸lito, 2003

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Dara Birnbaum

Dara Birnbaum, in Talking Back to the Media, Amesterdão/Amsterdam: Stiching De Appel, 1985, p. 49.

[…] Para mim, todas as obras realizadas entre 1978−85 são “estados alterados” que levam

[…] For me, all the works completed form 1978−85 are ‘altered states’ causing the viewer

o observador a reexaminar esses “visuais” que à primeira vista parecem tão banais que até a

to re-examine those ‘looks’ which on the surface seem so banal that even the super-natural

transformação sobrenatural de uma secretária numa “mulher maravilha” se resume a uma explosão de luz intensa e uma torção do corpo—

transformation of a secretary into a ‘wonder woman’ is reduced to a burst of blinding light and

dispositivos rítmicos, fáceis como uma brincadeira de crianças, inseridos na beligerância morosa do pasto que é a nossa dieta média de televisão diária. Considero que é nossa responsabilidade sensibilizarmo-nos cada vez mais para as

a turn of the body—a child’s play of rhythmical devices inserted within the morose belligerence of the fodder that is our average daily television diet. I consider it to be our responsibility to become increasingly aware of alternative perspectives which can be achieved through our use of

perspetivas alternativas que se alcançam através do modo como usamos os meios de comunicação

media—and to consciously find the ability for expression of the ‘individual voice’—whether it

social—e descobrirmos conscientemente a capacidade de exprimir a “voz individual”—seja

be dissension, affirmation, or neutrality (rather than a deletion of the issues and numbness,

ela divergência, afirmação ou neutralidade (em vez de supressão de problemas e entorpecimento,

due to the constant ‘bombardment’, which this medium can all too easily maintain.) In the 1970s

devido ao “bombardeamento” constante que esse meio cumpre com demasiada facilidade). Nos anos

it seemed best to approach this task by directly appropriating imagery from the mass media—

1970 parecia melhor abordar essa tarefa através da apropriação direta da imagística dos meios

imagery which had made itself unavailable for redirected use within the public’s domain while

de comunicação social—imagística que se tornara indisponível para uso redirecionado no domínio

still being allowed to issue itself at that public. In the 1980s, I feel that it is a better strategy to

do público, embora continuasse aprovada para se dirigir a esse público. Nos anos 1980, sinto

openly re-engage the issue of possible new forms of representation, image, and meaning through

que é melhor estratégia retomar abertamente a questão da possibilidade de novas formas de

our own use of the tools and by-products of the industry. We could approach these tools as

representação, imagem, e significado através da nossa própria utilização das ferramentas e

possible ‘folk instruments’, creating works which would allow new issues to surface and engaging

dos subprodutos da indústria. Podíamos encarar essas ferramentas como possíveis “instrumentos

in a practice which could reveal new ‘views and values’—while created through a dominant

populares”, criando obras que permitiriam a emergência de novos temas e empenhando‑nos

language and form.

numa prática que revelaria novos “valores e visões”—embora criados por meio de uma linguagem e uma forma dominantes.

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Dara Birnbaum, New Music Shorts, 1981

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Luís Paulo Costa

N.T. ver https://www.sporl.pt/Portals/0/Revista/PDFs/vol49_n4_dez2011.pdf / See http://www2.utmb.edu/otoref/Grnds/GrndsIndex.html

Estima-se que a incidência da surdez neuro‑ -sensorial súbita idiopática (SNSSI) seja de

aproximadamente 5 a 20 em cada 100,000 pessoas por ano, embora possa ser ainda maior porque alguns doentes que recuperam espontaneamente de SNSSI talvez não recorram ao médico. A frequência parece aumentar com o avançar da idade, de 4,7 em cada 100,000 pessoas com 20-30 anos a 15,8 em cada 100,000 pessoas com 50-60 anos de idade. A média geral da idade dos doentes com surdez neuro-sensorial súbita idiopática é de 46-49 anos. A incidência do envolvimento bilateral é bastante variável (1-80%). Não existe predileção em relação ao

The incidence of idiopathic sudden SNHL is estimated to be approximately 5 to 20 per 100.000 persons per year, although the incidence may be even higher because some patients who recover spontaneously from sudden SNHL may not seek medical attention. The frequency appears to increase with advancing age, ranging from 4,7 per 100.000 persons 20-30 years of age to 15.8 per 100.000 persons 50-60 years of age. The mean overall age for sudden SNHL ranges from 46-49 years of age. The incidence of bilateral involvement is quite variable (1-80%). There is no predilection to sex, and sudden SNHL does not occur in a seasonal pattern.

sexo e a SNSSI não ocorre num padrão sazonal.

Luís Paulo Costa, In a Silent Way, 2007

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Luís Paulo Costa, Drums, 2007

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Luisa Cunha

Nunca memorizei a letra de uma canção. Também nunca entoei uma música. No entanto, oiço canções e peças de música em loop até à exaustão. Só uma ou duas durante um tempo que pode ir até meses. Até se tornarem visuais e performativas. Até ganharem um outro corpo.

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Luisa Cunha, Words for Gardens, 2006-07

I’ve never memorized the lyrics of a song. I’ve also never chanted a piece of music. However, I listen to songs and music in endless loops. Only one or

two tracks at a time, sometimes over many months. Until they become visual and performative. Until they gain another body.

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João Paulo Feliciano

A minha relação com a música é igual á minha relação com a arte: gosto, penso e faço. Tão simples quanto isso.

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My relationship with music is identical to my relationship with art: I like, think and do. It’s as simple as that.

João Paulo Feliciano, Crash Music, 1991

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Discos / Records

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Jo達o Paulo Feliciano, Crash Music, 1991


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4

1. Andy Warhol Capa do LP 12” / 12” LP cover, The Velvet Underground, The Velvet Underground & Nico, Verve Records, 1968 2. Ed Ruscha Capa do LP 12” / 12” LP cover, Mason Williams, Music, Warner Bros., Seven Arts Records, 1969

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3. Andy Warhol Capa do LP 12” / 12” LP cover, The Rolling Stones, Sticky Fingers, Rolling Stones Records, 1971 4. Robert Frank Capa do LP 12” / 12” LP cover, The Rolling Stones, Exile On Main St., Rolling Stones Records, 1972

5. Robert Mapplethorpe Capa do LP 12” / 12” LP cover, Patti Smith, Horses, Arista Records, 1975


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6. Sol Lewitt Capa do LP 12” / 12” LP cover, Philip Glass, Music in Twelve Parts. Parts 1 & 2, Caroline, 1976 7. Peter Saville Capa do LP 12” / 12” LP cover, Brian Eno, David Byrne, My Life In The Bush Of Ghosts, EG. Polydor, 1981

10

8. Jean Cocteau Capa do LP 12” / 12” LP cover, Rip Rig + Panic, You're My Kind of Climate, Virgin, 1982 9. Andy Warhol Capa do LP 12” / 12” LP cover, Diana Ross, Silk Electric, RCA, 1982 10. Paulo Nozolino Capa do LP 12” / 12” LP cover, Heróis do Mar, Amor, Philips/Polygram, 1982

11. Willem De Kooning Capa do LP 12” / 12” LP cover, Edvard Lieber, Music to Paintings, White Records, 1983


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18

12. Robert Rauschenberg Capa do LP 12” / 12” LP cover, Talking Heads, Speaking in Tongues, Sire, 1983 13. Jean-Michel Basquiat Capa do LP 12” / 12” LP cover, Rammellzee, K-Rob, Beat Bop, Tartown, 1983

14. Peter Saville Capa do LP 12” / 12” LP cover, New Order, Blue Monday, Factory, 1983 15. Roy Lichtenstein Capa do LP 12” / 12” LP cover, Bobby “O”, I Cry For You, BMC Records, 1983 16. Keith Haring Capa do LP 12” / 12” LP cover, Malcolm McLaren, Keith Haring, World's Famous Supreme Team, Scratchin, Virgin Records / Charisma Records, 1984

19

17. Jean-Michel Basquiat Capa do LP 12” / 12” LP cover, The Offs, First Record, CD Presents, Ltd., 1984 18. Lawrence Weiner Capa do LP 12” / 12” LP cover, Thick Pigeon, Thick Pigeon—Too Crazy Cowboys, Factory, 1984

16

19. Keith Haring Capa do LP 12” / 12” LP cover, Keith Haring, George Delmerico, A Diamond Hidden in the Mouth of a Corpse, Giorno Poetry Systems, 1985


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20. Keith Haring Capa do LP 12” / 12” LP cover, Keith Haring, Someone Like You, Warner Bros. Records Inc., 1986 21. Alberto Lopes e/and Henrique Cayatte Capa do LP 12” / 12” LP cover, Júlio Pereira, Miradouro, Schiu!, 1987

22. Robert Mapplethorpe Capa do LP 12” / 12” LP cover, Laurie Anderson, Strange Angels, Warner Bros, 1989 23. Jorge Martins Capa do LP 12” / 12” LP cover, António Pinho Vargas, Os Jogos do Mundo, EMI, 1989

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24. Raymond Pettibon Capa do LP 12” / 12” LP cover, Sonic Youth, Goo, DGC, 1990 25. Damien Hirst Capa do LP 12” / 12” LP cover, David Stewart, Heart of Stone (The “Sure is Pure” Remixes), Anxious Records, EastWest, 1994 26. Barbara Kruger Capa do LP 12” / 12” LP cover, Consolidated, Business of Punishment, London Records, 1994

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27. João Paulo Feliciano Capa do LP 12” / 12” LP cover, Sonic Youth, Blastic Scene, Moneyland Records, 1995 28. Marnie Weber Capa do LP 12” / 12” LP cover, Sonic Youth, A Thousand Leaves, Geffen Records, My So Called Records, 1998

29. Heitor Alvelos Capa do LP 12” / 12” LP cover, Rafael Toral, Violence of Discovery and Calm of Acceptance, Staubgold 17, 2001 30. Daniel Malhão Capa do LP 12” / 12” LP cover, Rafael Toral, Space, Taiga Records, 2007

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Todos os discos pertencem à Coleção Salvador Massala em depósito na Fundação de Serralves —Museu de Arte Contemporânea, Porto. / All records belong to the Salvador Massala Collection on long-term loan to Fundação de Serralves— Museu de Arte Contemporânea, Porto.

Dan Graham, Past Future / Split Attention, 1972

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Dan Graham, Past Future / Split Attention, 1972

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Dan Graham

Dan Graham, “Past Future / Split Attention”, in Brian Wallis (ed.), Rock My Religion: Writings and Art Projects, Cambridge Mass.: MIT Press, p. 66.

Duas pessoas que se conhecem uma à outra

Two people who know each other are in the same

estão no mesmo espaço. Enquanto uma prevê

space. While one predicts continuously the other

continuamente o comportamento da outra, a outra

person's behaviour, the other person recounts

narra (de memória) o comportamento passado

(by memory) the other's past behaviour.

dessa pessoa. Ambos os intérpretes se encontram no

Both performers are in the present, so knowledge of the past is needed to continuously

presente, portanto é necessário o conhecimento

deduce future behaviour (in terms of causal

do passado para deduzir de forma contínua

relation). For one to see the other in terms of the

o comportamento futuro (em termos de relação

present (attention), there is a mirror reflection or

causal). Para que um veja o outro em termos do

closed figure-eight feedback/feedahead loop of

presente (atenção), há um reflexo de espelho ou

past/future. One person's behaviour reciprocally

loop em forma de oito com feedback/feedahead

reflects/depends upon the other's, so that each

sobre o passado e o futuro. O comportamento de

one's information is seen as a reflection of the

um reflete/depende reciprocamente do comporta-

effect that their own just-past behaviour has had

mento do outro, de modo a que a informação

in reversed tense, as perceived from the other's

de cada um seja vista como o reflexo do efeito que

view of himself.

o próprio comportamento de ambos no passado imediato exerce no tempo invertido, tal como é percecionado pela visão que o outro tem de si próprio.

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Dan Graham, Past Future / Split Attention, 1972

37


Ricardo Jacinto

Ricardo Nicolau, “Ricardo Jacinto”, in Culturgest, Lisboa, disponível em / available at <http://www.culturgest.pt/docs/cdp07_06.pdf> [acedido em 1 de outubro de 2013 / accessed on 1 October 2013].

Artista plástico, músico e arquiteto de formação

An artist, musician and architect by training,

transpõe para as suas peças a sua formação

Ricardo Jacinto transposes his versatile training

polifacetada. Os seus trabalhos recorrem com

to his works. His works frequently resort to real

frequência a objetos reais (funcio-nais e do

objects (functional and everyday items) in a

quotidiano) num gesto de apropriação que se

gesture of appropriation, that moves away from

afasta do readymade na medida em que não

the readymade, to the extent that it does not

negligencia o contexto pragmático do objeto

overlook the pragmatic context of the chosen

escolhido, mas antes sublinha-o em temáticas

item, but instead underlines it via recurrent

recorrentes: o jogo, o desporto e os dispositivos

themes: games, sport and exhibition devices

de exibição (palcos, projetores, bancadas,

(stages, projectors, seating rows, concerts,

concertos, instrumentos e espectáculos).

instruments and performances).

Tão cenográficas quanto escultóricas, as

His works are both scenographic and

suas peças recorrem ao registo sonoro e a vários

sculptural, and use sound recording and various

tipos de intervenção social em que o público

types of social intervention, in which the general

ou a audiência têm um papel predominante na

public or audience have a predominant role in

“ativação” das peças ou das performances. O

‘activation’ of the works or performances. Space,

espaço como campo performativo de inter-relação

as a performative field of the inter-relationship

entre a audiência e os intérpretes tem uma

between the audience and the performers that

existência limitada no tempo e ocupa um lugar

has a limited existence in time, occupies a central

central na obra de Ricardo Jacinto.

place in Ricardo Jacinto’s work.

38

Ricardo Jacinto, Locator, 2008

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40

Tony Oursler (em colaboração com / in collaboration with Sonic Youth), Tunic (Song for Karen), 1990

41


Tony Oursler

Tony Conrad, “Who Will Give Answer to the Call of My Voice? Sound in the Work of Tony Oursler”, in E. Janus & G. Moore (eds), Tony Oursler, Barcelona: Ediciones Póligrafa, pp. 150-66.

Praticamente qualquer das exposições de Tony Oursler confronta o visitante com uma cacofonia de vozes gravadas que se combinam por entre um aglomerado de imagens projetadas, cada uma dando expressão às suas próprias queixas, observações introspetivas ou censuras. Para Oursler, a música serve em grande medida para condicionar o estado de espírito do observador

Almost any of Tony Oursler’s shows has confronted the visitor with a cacophony of voice tracks, mingling among a melange of projected images, each voicing its own complaints, introspective remarks, or censorious social commentary. For Oursler, music, has served largely to condition the viewer's emotional ambiance

tornando-o recetivo às mensagens das suas vozes, depois de o olho do observador ser

toward a receptivity to the messages of his voices, once the viewer's eye is bedazzled by his images. Tony Oursler's exploration of sound has

deslumbrado pelas suas imagens. A exploração do som por Tony Oursler

led from stream-of-consciousness narration and voiceover of inanimate objects to collaborations

passou da narração “corrente-de-consciência” e das falas gravadas por cima de objetos inanimados

with acclaimed musicians and sound artists. In the late 1970s and early 80s, he experimented with sound and collaborated with Mike Kelley and

a colaborações com aclamados músicos e artistas do som. Em finais dos anos 1970, início dos anos 1980, realizou experiências com som e colaborou com Mike Kelley e John Miller em The Poetics, uma

John Miller as part of The Poetics, an art band that united the artists’ interest in music and performance.

banda artística que congregava o interesse dos artistas pela música e pela performance.

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Tony Oursler (em colaboração com / in collaboration with Sonic

Youth), Tunic (Song for Karen), 1990

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Tone Scientists

Miguel Wandschneider, “Tone Scientists”, in Slowmotion, Caldas da Rainha: ESTGAD, 2001, n.p.

Uma tripla projeção mostra Valério à esquerda na guitarra, Roque ao centro na bateria e Toscano à direita no Baixo. Mais uma vez recortados sobre fundo branco, assemelhando‑se a bonecos animados, os Tone Scientists interpretam o que

era suposto ser um acorde. Criam um fluxo sonoro minimal-repetitivo a que se vêm aliar surpreendentes efeitos de animação das imagens (com destaque para a levitação, os fantasmas e a rotação dos corpos de Toscano e Valério) numa peça de enorme impacto percetivo. […] Os Tone Scientists são um coletivo formado em 1996 por Rui Toscano (1970), Rui Valério (1969) e Carlos Roque (1969), que transpõe para a prática artística referencias e convenções do universo da música pop/rock, usando como estratagema a analogia com uma banda desse género.

A triple projection shows Valério on the guitar to the left, Roque on the drums in the centre, and Toscano on the bass guitar to the right. Once again they are cut out against a white background, thus resembling animated dolls. The Tone Scientists perform what was supposed to be a chord. They create a minimal-repetitive sonic flow complemented by amazing animation effects of images (in particular levitation, ghosts and rotation of the bodies of Toscano and Valério) in a work of huge perceptive impact. [...] The Tone Scientists is a band formed in 1996 by Rui Toscano (1970), Rui Valério (1969) and Carlos Roque (1969), which transposes references and conventions from pop/rock music into artistic practice, using this as a stratagem to establish an analogy with a pop/rock band.

One Chord was recorded at Estúdio Diabolaget and edited at Praça do Chile, in Lisbon, mid 2001. Rui Valério plays guitar; Rui Toscano, bass; and Carlos Roque, drums. Play it loud as possible.

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Tone Scientists, One Chord, 2001

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Rui Toscano

É possível definir duas situações distintas para

It’s possible to define two different situations

a exploração do som no meu trabalho: uma no

for exploration of sound in my work: one in the

contexto das obras videográficas, outra relativa-

context of video works, the other in relation to

mente às peças que precisamente denomino de

works that I call ‘sound sculptures’. In relation to

“esculturas sonoras”. Em relação aos vídeos, o

videos, sound serves as a soundtrack, according

som funciona enquanto banda sonora, segundo

to the canonical principles of video production,

princípios canónicos da prática do vídeo, da

film history and the moving image.

história do cinema, das imagens em movimento. Já nas esculturas sonoras—peças feitas com rádio-gravadores portáteis (os ‘tijolos’,

(the ‘Brixton briefcases’ and boomboxes/

boomboxes/guetto-blasters dos anos 1980)—

ghetto‑blasters of the 1980s)—sound emerges

o som surge enquanto matéria estranha ao

as an alien matter to the sculptural object,

objeto escultórico, pelo próprio entendimento

through understanding of the sculpture as a

da escultura como objeto perene, estático,

perennial, static silent object… This under-

silencioso… Entendimento ainda mais evidente

standing is even more evident in the principles

nos princípios do minimalismo. E quando o som

of minimalism. And when the sound is emitted from

provém de um tijolo/boombox, objeto paradig-

a ghetto-blaster/boombox, a paradigmatic object

mático das subculturas de rua, do hip-hop, o

of street subculture, hip-hop, the counterpoint

contraponto é exponencial entre esta matéria

is exponential between this alien matter and

estranha e o minimalismo—base estruturante

minimalism—the structural basis of this entire

de todo este corpo de trabalho.

body of work.

Nestas peças, a utilização do som, estra-

46

Rui Toscano, Light Corner, 2006

In terms of sound sculptures—works made with portable radio-cassette recorders

In these works, sound is used strategically,

tegicamente adiciona informação à equação do

in order to add information to the equation of the

objeto para a produção de sentido. Mas o som

object and thereby produce meaning. But sound

também funciona como um pretexto. Para apontar

also works as a pretext. To identify the work to

a peça ao espectador. Para mostrar que a peça

the viewer. To show that the work is there. And

está ali. E talvez seja o mais importante.

perhaps this is the most important aspect.

47


Pedro Tudela

Pedro Tudela entrevistado por / interviewed by Maria Leonor Nunes, “A matéria do segredo”, in Jornal de Letras, Artes e Ideias (Lisboa), janeiro/January 2008, disponível em / available at <http://pedrotudela.org/txt/48/> [acedido em 2 de outubro de 2013 / accessed on 2 October 2013].

A música e o som tiveram vários tipos de peso

Music and sound have assumed various levels

ao longo do meu percurso. Foi instintiva parceria

of importance during my career. It’s been an

e inspiração. Também entusiasmo e perfilhação,

instinctive partnership and a source of inspiration.

compreensão e apropriação, adequação e

Also a source of enthusiasm and profiling,

composição. A minha formação musical não é

understanding and appropriation, adaptation

académica, fez-se de todas estas fases. Mas

and composition. I have no academic musical

a minha abordagem e desenvolvimento é tão

training, I’ve learnt my skills over the course

plástica quanto a de um artista plástico, pintor

of these different stages. But my approach and

de formação.

development is as visual as that of any artist, as any academically-trained painter.

48

Pedro Tudela, A idade do cacifo, 1997

49


Lista de obras / List of works

Vasco Araújo, Hipólito, 2003

Vídeo (DVD), cor, som, 14’03” / Video (DVD),

Tony Oursler (em colaboração com / in collaboration with Sonic Youth), Tunic (Song for Karen), 1990

colour, sound, 14’03”. Col./Coll. Fundação de

Vídeo, cor, som, 6’17” / Video, colour, sound,

Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto

6’17”. Col./Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto

Dara Birnbaum, New Music Shorts, 1981

Vídeo (Pal), 4:3, cor, som, 6’16” / Video (Pal),

Tone Scientists, One Chord, 2001

4:3, colour, sound, 6’16”. Col./Coll. Fundação de

3 projeções vídeo (DVD Pal transferido para DVD),

Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto

cor, som, 15’, loop / 3 video projections, (DVD Pal transferred to DVD), colour, sound, 15’, loop.

Luís Paulo Costa, In a Silent Way, 2007

250 x 1000 cm. Col./Coll. Fundação de Serralves

Tinta acrílica sobre fio elétrico e colunas /

—Museu de Arte Contemporânea, Porto

Acrylic paint on electric wire and speakers. Dimensões variáveis / Dimensions variable. Col./

Rui Toscano, Light Corner, 2006

Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte

9 rádio-gravadores portáteis, som / 9 boom

Contemporânea, Porto

boxes, sound. 209 x 185 x 188 cm. Col./ Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte

Luís Paulo Costa, Drums, 2007

Contemporânea, Porto

Bateria pintada, sensor de movimento, som / Painted drum set, movement sensor, sound.

Pedro Tudela, A idade do cacifo, 1997

Dimensões variáveis / Dimensions variable. Col./

Técnica mista e som / Mixed media and sound.

Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte

160 x 34,5 x 40 cm. Col./Coll. Banco Privado, em

Contemporânea, Porto

depósito na / on long-term loan to Fundação de Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto

Luisa Cunha, Words for Gardens, 2006-07

Banco de jardim, auscultadores, leitor de CD, voz gravada (5’42”, loop) / Garden bench, speakers, CD player, recorded voice (5’42”, loop). Dimensões variáveis / Dimensions variable. Col./ Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto João Paulo Feliciano, Crash Music, 1991

50 LPs atirados contra a parede / 50 LPs thrown against the wall. Dimensões variáveis / Dimensions variable. Col./Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto Dan Graham, Past Future / Split Attention, 1972

Vídeo (Pal), 4:3, p/b, som, 17’03” / Video (Pal), 4:3, b&w, sound, 17’03”. Col./Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto Ricardo Jacinto, Locator, 2008

Tubo multicamada de PVC e alumínio, latão / Multilayer PVC and aluminium tube, brass. Dimensões variáveis / Dimensions variable. Col./ Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto

50


Programa Serralves na Primeira Avenida Serralves Programme in the Primeira Avenida O programa Serralves na Primeira Avenida insere‑se

Exposição / Exhibition

no projeto “Primeira Avenida—Dinamização Económica e Social da Baixa do Porto” que resulta

Curadoria / Curator

de uma parceria entre a Câmara Municipal do Porto,

Ricardo Nicolau

através da PortoLazer e a Porto Vivo SRU, sendo

Coordenação / Coordination

cofinanciado pelo Programa Operacional Temático

Juan Luis Toboso

Valorização do Território, do QREN, através do

Registo e transporte / Registration and transport

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Ana Sofia Andrade

/ The Serralves programme in the project ‘Primeira

Equipa de montagem / Installation team

Avenida—Social and Economic Promotion of Porto’s downtown area’ is a partnership between Porto Municipal Council (through PortoLazer), and Porto Vivo SRU, co-financed by the Thematic Territorial Enhancement Operational Programme of the National Strategic Reference Framework (NSRF), via the European Regional Development Fund.

João Brites Ricardo Dias Carlos Lopes Vídeo / Video

Ana Amorim Som / Sound

Vítor Costa Publicação / Publication

Conceção / Concept

Ricardo Nicolau Coordenação / Coordination

Filipa Loureiro Organização / Organization

Fundação de Serralves Promotores / Promoters

Câmara Municipal do Porto / PortoLazer 3ª Exposição / 3rd Exhibition Música e Palavras: Obras da Coleção de Serralves / Music and Words: Works from the Serralves Collection

Conceção / Concept

Ricardo Nicolau Design gráfico / Graphic design

Maria João Macedo Coordenação / Coordination

Maria Burmester Fotografias / Photos

Filipe Braga, © Fundação de Serralves, Porto, exceto/except p.45: Rita Burmester, © Fundação de Serralves, Porto Traduções / Translations

Martin Dale Sofia Gomes Edição / Copy-editing

12 de outubro a 31 de dezembro de 2013 12 October to 31 December 2013

Paul Buck Maria Burmester Pré-impressão, impressão e acabamento / Pre-press, printing and binding

Empresa Diário do Porto ISBN: 978-972-739-297-1 © 2013 Fundação de Serralves, Porto © das fotografias, dos textos e das traduções: os autores, salvo menção contrária / of photographs, texts and translations: the authors, unless otherwise mentioned Todos os direitos reservados. Esta obra não pode ser reproduzida, no todo ou em parte, por qualquer forma ou quaisquer meios eletrónicos, mecânicos ou outros, incluindo fotocópia, gravação magnética ou qualquer processo de armazenamento ou sistema de recuperação de informação, sem prévia autorização escrita dos editores. / All rights reserved. No part of this publication may be printed or used in any form or by any means, including photocopying and recording, or any information or retrieval systems, without permission in writing of the publisher.


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