O Corujinha - Edição nº 81 by Zulmar Faustino

JORNAL DE IDEIAS DA FILOSOFIA COM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS Ano XXIII | N.º 81 | 3.º Trimestre de 2015 | Florianópolis • SC | www.editorasophos.com.br

PROTAGONISMO . CRIATIVIDADE . INOVAÇÃO “Construir juntos a Comunidade de Aprendizagem Inves•ga•va, exercitando o diálogo e as regras para uma nova ‘inteligência cole•va’ e desenvolver um protagonismo infantojuvenil.”

Os vencedores do Troféu Amigos da Filosoﬁa 1.º Clio Weber C. de Souza Col. São Francisco Xavier - Ipa!nga/MG

2.º A resposta é um direito do dever de ques#onar - Fred Keller Col. Sagrada Família - Blumenau/SC

4.º Os bene$cios da autonomia do pensar - Monier J. Passos Col. São José - Tubarão/SC

3.º Água é vida João D.S. S. Ribeiro Ed. São José - Altos/PI

5.º Autores da história Daiane N. Schiniki Col. dos Santos Anjos - Joinville/SC

O sucesso da 6ª edição com todos os projetos

Filosoﬁa Viva acontece em colégios reﬂexivos pelo País Pág. 3

Págs. 4 a 11

Escolas parceiras recebem o livro histórico dos 25 anos Encarte

EDITORIAL CORUJINHA | N.º 81 | 3.º Trimestre 2015

Fazer filosofia com as crianças, os adolescentes e os jovens é o começo de uma transformação inimaginável na vida dos professores e principalmente na vida dos estudantes. Principalmente quando esse filosofar é vivo, exige cria•vidade, engajamento e compromissos. Quando o Centro de Filosofia Educação para o Pensar e a Editora Sophos, há 10 anos (2005), ins•tuíram o Prêmio Troféu Amigos da Filosofia para valorizar professores e escolas que acreditam ser o ensino filosófico essencial, queríamos que esse reconhecimento ficasse impresso na história e na vida dos envolvidos. A cada edição do prêmio surgiram peculiaridades e envolvimento das pessoas e ins•tuições. Nas primeiras edições, o Centro e a Sophos escolhiam, por critérios justos, educadores e ins•tuições. A par•r de 2013, a seleção passou a ser pela valorização de pro-

jetos ﬁlosóﬁcos desenvolvidos nas escolas parceiras - PROTAGONISMO. A 1ª fase que é a inscrição de um projeto. Os projetos aprovados conforme regulamentos vão para a 2ª fase, que é a votação popular - CRIATIVIDADE. Nessa etapa, consequente mobi-

lização da comunidade escolar e de toda sociedade, envolvimento, empenho, engajamento... – INOVAÇÃO. Neste ano, a realização da 6ª edição foi um sucesso em todos os sen•dos. Com a par•cipação de uma centena de projetos ins-

a•ngiremos a compreensão de todos os educadores no processo de Filosofar. Vocês já sabem, mas repito, sou admiradora dos trabalhos do Centro de Filosoﬁa e Sophos. Juntos con•nuaremos nossas caminhadas.

Opinião do Leitor Espaço para registros e participações dos amigos do S.E.R. Desanimar? Não podemos. É diante das dificuldades que podemos nos fortalecer, porque defendo e acredito na essência da Filosofia Viva. Já enfrentei diversas batalhas para que o Programa de Filosofia con•nue sendo desenvolvido em nosso Município (Campo Mourão/PR), e sempre com a esperança que um dia,

Prof.ª Eliane Amélia E. Meneses Campo Mourão/PR

Adorei o livro Filosofia Viva! Desculpe a demora em agradecer a bela homenagem que o Centro de Filosofia e a Editora Sophos proporcionou aos educadores que acreditam na educação e na proposta de uma Filosofia Viva oportunizada nesses 25 anos. Estamos todos de parabéns e agradeço o carinho para com minha pessoa. Fazer parte dessa história me deixa muito feliz e realizada. Prof.ª Marcia da Hora Senna Rio de Janeiro/RJ.

Sou educadora do 2.º ano do Ensino Fundamental e esse ano está sendo o primeiro que trabalho com o livro de filosofia da Editora Sophos, estou adorando os temas e a estrutura do livro e assessoria do Centro de Filosofia. Prof.ª Glaucione M. de Sousa Sete Lagoas/MG

Sou professor do Colégio Coração de Jesus e par•cipei do maravilhoso curso de formação em Filosoﬁa na modalidade EaD que a Editora Sophos nos ministrou. Sem dúvida alguma gostei muito do curso, também gosta-

critos, 41 deles cumpriram com os regulamentos. Estes passaram para a segunda etapa, da votação popular no site da Editora Sophos e, em um mês, muita gente de todo país pôde par•cipar. Protagonismo – Cria•vidade e Inovação acontecem quando o professor de ﬁlosoﬁa, junto aos demais educadores da sua escola, consegue mobilizar primeiro os alunos, estes seus familiares, amigos e parentes para votarem no projeto da escola. Nos envolvimentos, o sen•do de pertencer e ser autor levam a ações cria•vas e convictas, que fogem ao alcance do que podemos imaginar acontecer. Isso foi visto em quase todas as escolas par•cipantes. Por isso, a importância de colocarmos em nosso informa•vo do 3º trimestre sobre esses maravilhosos projetos. E voltando ao !tulo do nosso jornal, somos, enquanto Centro e Sophos, protagonistas, cria•vos e inovadores ao colocar esses projetos e os da 4ª e

ria de ter par•cipado do Troféu Amigos da Filosoﬁa mas, devido às minhas intensas a•vidades atuais, não consegui enviar o projeto a tempo. Mas sei que foi um sucesso. Prof. Alberto Mansur Cuiabá/MT

Ficamos imensamente felizes por essa proposta. A presença do autor e, interagindo com a comunidade educativa é de grande valia. Em virtude da grande gama de serviço, só foi possível responder hoje. Estarei repassando a sua proposta para a supervisora do Fund. 2. Acreditamos que serão momentos filosóficos de grandes reflexões.

5ª edição (síntese deles) na página de cada colégio em <www.editorasophos.com.br/suapagina> na Área da sua Escola. Lembrando que a síntese é para que você saiba sobre ele e gostando entre em contato com a escola e professor responsável. Assim criamos uma Comunidade de Aprendizagem Inves•ga•va. Teremos muitas novidades a par•r desta edição e dos resultados junto às escolas e aos professores. Aguardem.

Prof. Silvio Wonsovicz P"#$%&#'*# &+ C#'*"+ &# F%4+$+7%8 # &8 E&%*+"8 S+:;+$

Sou professora no colégio Imaculada Conceição, Anápolis/GO. Leciono ﬁlosoﬁa da educação infan•l I Fundamental I do 6º ao 9º e Ensino Médio. Gostei muito da proposta que a editora oferece, tenho interesse em adotar os livros do 1º, 2º e 3º ano da educação infan•l e o livro Eureka do Ensino Médio. Já passei para a coordenadora, pois ela está fazendo a lista de 2016. Aguardo visita de um representante e livros do professor. Desde já agradeço. Prof.ª Luciana N. F. Nascimento Anápolis/GO

Prof.ª Valdirene Campo Grande/MS

E X P E D I E N T E Colaboradores: ESCOLAS PARCEIRAS Diagramação: ZULMAR FAUSTINO Revisão Ortográﬁca: JORNAL DE IDEIAS DA FILOSOFIA COM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS

JAQUELINE TARTARI e CONTEXTUAR Participação com matérias, notícias e depoimentos das escolas parceiras do Centro de Filosoﬁa e Editora Sophos em todo o País.

O Corujinha é um jornal de ideias do Programa Filosóﬁco-pedagógico Educar para o Pensar: Filosoﬁa com Crianças, Adolescentes e Jovens.

END. P/ CORRESPONDÊNCIA: Rua Cristóvão Nunes Pires, 161 - Centro - Florianópolis - SC

Todas as matérias, ideias e opiniões aqui expressas são de responsabilidade das pessoas que contribuíram para este informativo.

E-MAIL: assessoria@editorasophos.com.br

Querendo reproduzir partes, favor citar a fonte.

SITE: www.editorasophos.com.br

FONE/FAX: (48) 3222-8826 / 3025-2909

TROFÉU

CORUJINHA | N.º 81 | 3.º Trimestre 2015

Troféu Amigos da Filosofia – 6ª edição Centro de Filosofia e Sophos – Florianópolis / SC O Troféu Amigos da Filosofia é uma demonstração de reconhecimento, um prêmio que valoriza a dedicação das pessoas e ins!tuições que são parceiras de uma mesma causa. O projeto de cada escola

par!cipante contempla a!vidades filosófico-pedagógicas sobre alguma temá!ca que tenha como linha de pensamento reflexões do nosso Programa Filosófico em alguma coleção da Editora Sophos.

P'()*++('*+, E+:(<=+ * P'(>*?(+, E+?=@(+, CQ@=@*+ * F=YZ<Q=+ Y([Q<Q\=@(+ *Y ?(']( @( “AMIGOS DA FILOSOFIA” Par!ciparam 41 escolas de 12 estados, totalizando 32 cidades diferentes, envolvendo um universo muito grande de pessoas que votaram no site para que cinco projetos fossem vencedores da 6ª edição.

Prof. Weber, educadores e alunos vibrando pela conquista do segundo troféu - Col. São Francisco Xavier

Estados e Cidades: - Piauí: Altos, Teresina - Rio de Janeiro: Barra do Piraí, Itaperuna, Macaé, Nova Iguaçu, Resende, RJ - Rio Grande do Sul: Passo Fundo, Santa Maria - Santa Catarina: Blumenau, Fpolis, Jaraguá do Sul, Joinville, Laguna, Tubarão - São Paulo: Cerqueira César, Embu das Artes, São Paulo, Votuporanga - Tocan#ns: Araguaína, Palmas

1. Eco Logos - Colégio Vicen!no São José - Henrique Pedro" 2. Juventude, fé e ateísmo: preconceitos e representação social do ateu - Escola SESI de Macaé - Roberta da R. Sales e Ricardo Valadão S. Matos 3. Simulado do Júri – Coop. Ed. Cerqueirense – CEC - André A. S.Barbosa 4. Diário dos meus avós – Col. Stella Maris - Rodrigo Bento e Enadir Cabral 5. Valores em Tela – Col. Olimpo Araguaína - Marcos C. dos Reis 6. Pensamento filosófico: "Ser crí#co e constru#vo" - Escola SESI de Corumbá - Aparecida dos Santos eFrancyL.Moraes 7. Respeito é bom e todo mundo gosta! -Escola SESI de Barra do Piraí - Vanda O. de Aquino e Laís H. O. de Vasconcelos. 8. Água é vida - Educandário São José João de Deus S. Ribeiro 9. Autores da história – Col. dos Santos Anjos - Daiane N.Shiniki 10. O que é bonito é para se ver e se pensar - Centro Ed. Dom Orioni - Emanuel I. M. Sousa 11. A resposta é um direito ao dever de ques#onar - Col. Sagrada Família - Fred Keller 12. “A caverna Sesi”: reflexões sobre

- Bahia: Salvador - Ceará: Fortaleza - Maranhão: Imperatriz, Paço do Lumiar, São Luís - Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Corumbá - Minas Gerais: Ipa!nga - Paraná: Campo Mourão, Foz do Iguaçu, Londrina

Professores – Projetos e Escolas: fair play, no esporte e na poli#ca - Escola SESI de Resende - Davidson Breves 13. Tá Chovendo Pensamento - Univ. Estácio de Sá -Angela Paiva 14. Valorização da vida - Col. Catarinense - Rodrigo N.Mar!ns 15. Em busca de bons exemplos - Escola SESI de Jacarépagua - Sóstenes A. Silva e Jairo R. Santos 16. Democracia representa#va e par#cipação polí#ca - Col. Londrinense Leonardo S.Ferreira 17. Projeto Liceu - Col. Olimpo – Palmas - Selma A.Noleto 18. “Somos Luz” - Escola SESI Itaperuna - Jussara M. T. dos Santos Garcia 19. Corujas I#nerantes: símbolos e sinais usados para representar filosofia - Inst. Madre Mazzarello - Rosimeire P.Gibbini 20. Conhecendo e respeitando as diferenças - E. M. Prof. Paulo Freire - Fernanda D. M. Carvalho 21. A filosofia e os conflitos da juventude “livre” no século XXI - Escola SESI Nova Iguaçu

- Filipe Guterres e Fernanda D. de Azevedo 22. Clio - Col. São Francisco Xavier Weber C. de Souza 23. Jardim Comes&vel Encantado - Escola SESI Santa Cruz -Cirlei de F. Sá 24. Semelhanças e diferenças - CMEI Tancredo A. Neves - Divina Ap. de A. Paulino e Susana J. Constan!no 25. Conhecer o mundo mais de perto Col. Marista São Luís -Jean Pre#e 26. #e#canasredessociais: uma reﬂexão crí#ca sobre o uso das redes sociais - SESI Barra do Piraí - Lusinete G.R. Fonseca - Elaine Sampaio e Daiana A. de Almeida 27. É#ca e indiferença: a Era do vazio - Col. Juvenal de Carvalho -Elda Campos 28. O mundo das sombras em Platão: ontem e hoje - SESI Santa Cruz -Brunno F. Amaral 29. Projeto meio ambiente: água e lixo Centro Ed. ARTECEB - Conceição Figueiredo 30. A arte do pensar par#ndo da música “O Pensamento” da Banda Cidade Negra SESI Campo Grande - Michelly C. L. Medeiros

31. Poli#cando -SESI Maracanã - Renato L. A. Ferreira 32. Jornal filosófico - Centro Integrado Vieira e Filhos - Dayana R. S. Cardoso eTarcito R. S. Silva 33. Os bene(cios da autonomia do pensar - Col. São José; Monier J. Passos 34. Filosofia, ressignificação do Mito da Caixa de Pandora e transformação - Col. Notre Dame Ipanema - Renata L.Carrara 35. A escola e a família devem ter as mesmas perspec#vas para o educando - Centro de Estudos Novo Ello - Ana G. Fonseca 36. Magister mostra o Piauí: O Piauí em busca de servir ao próximo - Inst. Magister -Getúlio de Farias 37. Filosofia na escola - Escola Santa Teresinha - Karine Dantas 38. A viagem da coruja - Col. Salvatoriano N. Senhora de Fá!ma -Cris 39. Tenho uma história e pertenço a uma terra: Rio Grande do Sul - Col.NotreDame Menino Jesus -Vaneli C. Dornelles 40. Observatório Cidadão / Ano III Col. Celta - Le$cia Semenzato 41. Fala Guri - Col. Metodista Centenário – Odilon Cu!

FILOSOFIA VIVA CORUJINHA | N.º 81 | 3.º Trimestre 2015

Protagonismos filosóficos Eco Logos Colégio Vicen•no São José – Foz do Iguaçu/PR “Olhar” para a natureza de forma racional, essa foi a preocupação da Filosofia desde as primeiras inves•gações dos présocrá•cos, que buscavam nos elementos naturais a explicação para a origem de tudo. Com intenção semelhante o prof. Pedro" e os alunos dos 9° anos A, B e C desenvolvem o projeto “Eco Logos”, com inspiração em “Ecologia” - Eco: casa/planeta terra; Logos: estudo racional. O projeto surgiu dos conteúdos de é•ca, esté•ca e polí•ca, abordados no livro Somos filhos da Pólis - 17° ed., da col. F.I.M. O Projeto “Eco Logos” iniciou na Semana Mundial do Meio Ambiente, de 01 a 05 de junho, quando os alunos receberam sementes de girassol para plantar em suas residências e na abertura do projeto plantaram sementes no próprio colégio. A par•r daí, muitas a•vidades: reflexão sobre o “Ano Internacional da Luz”; produção de cartões de conscien•zação sobre o uso da energia elétrica que foram fixados nos ambientes do colégio; visita à Usina Hidrelétrica e ao Eco Museu de ITAIPU; prá•cas de conscien•zação

nas residências dos alunos e, no dia 2 de setembro o 1° Dia do Escambo e Café Filosófico, tema: “Princípio da responsabilidade e consumo consciente”, onde os alunos debateram e trocaram objetos. São muitos os resultados ob•dos, como a conscien•zação e o debate sobre sustentabilidade; as a•vidades que os alunos realizaram em suas casas para a economia de água e luz; a implantação do Dia do Escambo e Café Filosófico. O projeto é con$nuo e temos a certeza que os resultados serão ainda mais eficazes, pois a Filosofia Viva e Atuante con•nua em nosso ambiente escolar. Prof. Henrique Pedro"

Simulado do Júri Coopera#va Ed. Cerqueirense – CEC – Cerqueira Cesar/SP Envolvendo alunos, professores e direção, com muita competência e ultrapassando expecta•vas de interpretação, análise, trabalho em equipe, encenação e envolvimento, pontos que neste aprendizado seria fundamental, aconteceu o projeto em nossa escola. Conforme o Prof. André, “(...) de todos os projetos, este ﬁcou gravado em cada um, onde o brincar se tornou algo sério e os alunos se mostraram audaciosos; onde adolescentes que pareciam imaturos ‘roubaram a cena’ e, o que antes era apenas um grupo de alunos tornaram-se advogados, promotores, auxiliares e réus de um processo onde não existe texto decorado e sim conhecimentos trabalhados; e, o que antes eram professores, tornaram-se amigos, mediadores e animadores na trajetória desse processo”. Estudando o tema É•ca, o “Simulado do Júri” surgiu a par•r de uma discussão sobre como julgar um assassinato. Para tal, os alu-

nos criaram uma situação, um assassinato com um nome fic$cio e teriam de levantar e criar toda uma argumentação levando-os a incorporar com garra e determinação, confiantes na busca do saber filosófico, do debater, do refle•r e do agir. Em outras palavras, ação e reflexão são pontos-chave, que mo•vam a trabalhar para uma análise cien$fica, analí•ca e crí•ca fazendo uma ponte com a atualidade. O prof. André pode perceber o quanto os alunos se envolviam, os desafios que enfrentados, as habilidades e competências na apresentação dos argumentos despertando o senso crí•co, analí•co e reflexivo. A par•r de toda informação iniciou-se a apresentação, então redigiram cartas convite, entregues pelo aluno “oficial de Jus•ça” para professores e funcionários que se tornaram jurados, e a todo o momento estudavam estratégias, horário e local. Prof. André Aparecido da Silva Barbosa Prof. André A. da Silva Barbosa

"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". (Filme Matrix – frase do personagem Morpheu).

Juventude, fé e ateísmo: preconceitos e representação social do ateu Escola SESI de Macaé – Macaé/RJ

Na Cons•tuição da República Federa•va do Brasil podemos perceber os valores e as virtudes morais que cons•tuem o Estado: liberdade, igualdade, jus•ça, solidariedade, paz, laicismo e a livre manifestação cultural, polí•ca e religiosa são apenas alguns dos elementos que compõem as leis brasileiras. Mas será que esses valores estão de fato inseridos no dia a dia do cidadão brasileiro? Será que realmente temos respeito à diversidade religiosa? Como é a vida dos jovens que se denominam ateus? Como a população vê esses sujeitos sociais? Essas são algumas das questões filosóficas, sociológicas e antropológicas que orientam esse projeto educacional de pesquisa da Escola SESI Macaé sobre as representações sociais dos ateus. Esse projeto teve como obje•vo principal perceber os preconceitos e as discriminações que os ateus e minorias religiosas sofrem na nossa cidade, buscando alterna•vas para uma cultura de paz, respeito e tolerância às crenças e ideologias presentes no nosso município. Para alcançar tal obje•vo cogni•vo, é•co e cidadão, par•mos de aulas interdisciplinares e intera•vas, fundamentadas no diálogo crí•co e na inves•gação filosófica coopera•va para formar jovens pesquisadores e protagonistas no combate aos preconceitos e conscientes da tarefa de consolidação dos direitos humanos. Esta-

belecendo como princípio a construção de uma comunidade de aprendizagem filosófica, onde os estudantes se tornam pesquisadores de campo e, acima de tudo, construtores e colaboradores de uma sociedade que respeite a diversidade do povo brasileiro, definimos como meta para os anos de 2014/2015 provocar o senso comum, desfazer mitos e tabus, gerando uma filosofia viva na nossa escola. Na primeira etapa, o incen•vo ao debate e à reflexão sobre a religião dos brasileiros u•lizando os dados do IBGE e buscando entender os preconceitos aos ateus na sociedade. Buscou-se nos filósofos que tema•zam a ideia de Deus e as religiões em vários capítulos do livro Eureka. Num segundo momento, os alunos par•ram para um trabalho de campo para entrevistar padres, pastores e outros mestres religiosos a fim de compreenderem as visões sobre os que não acreditam em Deus. Com os dados da pesquisa, as alunas Lara, Le$cia e Mariana se destacaram na Feira de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro, no Prêmio Jovem Inovador do Castelo e na Feira de Ciências da UFRJ de Macaé, promovendo o respeito à diversidade religiosa e a defesa dos direitos humanos. Prof. Ricardo Valadão Siqueira Matos

PROJETOS

CORUJINHA | N.º 81 | 3.º Trimestre 2015

Cria vidades ﬁlosóﬁcas

Vivemos um tempo de redescoberta da importância do pensamento filosófico nas escolas. Ao defendermos um ensino reflexivo e filosófico em todos os segmentos escolares, um filosofar como a tude que aprendemos e já realizamos desde a mais tenra idade = Protagonismo filosófico.

O que é bonito é para se ver e se pensar Centro Ed. Dom Orioni - São Luís/MA “Na sociedade contemporânea, as pessoas têm se limitado cada vez mais na busca de novos padrões de beleza que influenciem de modo simplório a vida de quem os buscam. Centros esteticistas, academias e clínicas clandestina têm se tornado grandes referências na busca de um corpo bonito, sarado e belo. Pautado nessa discussão que o projeto “O que é bonito é para se ver e se Pensar” por intermédio da coleção “Filosofia o inicio de uma mudança” especificamente “Aprendendo a viver juntos” do 8º ano e “Somos filhos da Pólis” do 9º ano, foi criado e trazido à tona para que a instauração do problema possa ser pensado e debatido de forma crítica e construtiva

pleiteando toda ideia massificadora instaurada pelos instrumentos midiáticos e mercadológicos. Sua criação foi em consequência do troféu Amigos da Filosofia, e tem como ponto de partida viabilizar discussões, em uma espécie de júri simulado tornando evidente a pluralidade de pensamentos, a partir de questões como: os padrões de beleza podem se universalizar? A bela está no objeto ou no sujeito? Por que cada pessoa tem julgamentos diferenciados a cerca do belo? Existe beleza interior? A beleza só existe nos planos de fundo das maquiagens, corpos sarados, e cirurgias plásticas? Em segunda instância propõese que os alunos visitem esses

locais que proporcionam certo “padrão de beleza”, onde pela pesquisa e entrevistas tentem entender quais os mo"vos que

É ca e indiferença: a era do vazio Col. Juvenal de Carvalho - Fortaleza/CE No troféu Amigos da Filosofia 6ª ed., tendo como inspiração o material didá"co de Filosofia da Editora Sophos, desenvolveuse um projeto que obje"va, principalmente, analisar filosoficamente a indiferença e os desafios é"cos da sociedade contemporânea que tem causado desesperança e vazio nos indivíduos.

Tendo como ar"culadora principal, junto à Comunidade Educa"va Pastoral, a Profª Elda que é Coord. Pedagógica dos anos finais, fundamentou-se a criação do referido projeto junto aos educadores da área de Filosofia. A abrangência vai do 6º ao 9º ano, par"ndo de algumas a"vidades de sensibilização, reflexões e ações concretas, dentre as quais: campanha de marke"ng, pesquisas e promoção de debates. Tudo isso sempre focando nas grandes ideias filosóficas de Jurandir Freire Costa e de Gilles Lipovetsky. Dessa forma, acredita-se incen"var ainda mais a excelência acadêmica e obter ganhos significa"vos na educação reflexiva e filosófica dos envolvidos. Profª. Elda Campos

levam as pessoas a essa busca incessante, trazendo os argumentos para a comunidade inves"ga"va e através da ﬁlosoﬁa buscar

clarezas significa"vas. A culminância do projeto darse-á em uma pequena exposição podendo ser visitada por toda comunidade local sendo organizada em dois ambientes o “book filosófico” espaço de leitura e entretenimento para os visitantes, e “beleza em tela” lugar para despertar a sensibilidade, emoção, e feição pelas imagens demonstrada. Conforme Prof. Sousa “todos os que visitarem a exposição com espírito racional e crí"co, terão um aperfeiçoamento dos sen"dos quanto aos julgamentos. Indico esse projeto para todos os professores de Filosofia do Brasil podendo ser realizado entre o 8º e 9º ano no assunto provocador esté"co”. Prof. Emanuel I. M. Sousa

Autores da história Col. dos Santos Anjos – Joinville/SC Com o intuito de envolver e encantar os alunos com a leitura, propomos a leitura de pensadores, filósofos, historiadores entre outros que de alguma forma contribuíram ou mudaram a história do homem. O projeto “Autores da História” aconteceu da seguinte forma: na primeira aula, os alunos foram incen"vados a refle"r sobre nomes que influenciaram e influenciam a vida em sociedade e o comportamento do homem contemporâneo, assim como cada aluno pôde escolher um personagem que tem curiosidade em conhecer mais. Logo depois iniciamos a leitura de diversos livros e uma pesquisa minuciosa e detalha referente ao personagem escolhido pelo aluno. Com todas as informações

necessárias, cada aluno do 2º ano do Ensino Médio montou uma apresentação de 15 minutos sobre o personagem escolhido, enfa"zando as caracterís"cas, a forma de vida, as frases marcantes, as ideias e o pensamento. No dia da apresentação, o aluno compareceu à escola caracterizado (ves"do) como o personagem pesquisado e se apresentou para a sala de aula. Este projeto também reﬂe"u em outras salas de aula de nossa escola, pois os alunos apresentaram-se aos demais alunos de outras salas de aula, despertando a curiosidade de toda comunidade escolar, bem como gerando o interesse por conhecer mais sobre os personagens apresentados. Profª.Daiane N.Shiniki

LIVRO COMEMORATIVO

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A resposta é um direito ao dever de ques•onar

“A caverna Sesi”: reﬂexões sobre fair play, no esporte e na polí•ca

Col. Sagrada Família - Blumenau/SC Somos todos iguais... não é? Toda sociedade é deﬁnida por seus paradigmas, ou seja, padrões ou modelos sociais impostos ao indivíduo por meio da educação e da convivência sob a roupagem de uma verdade universal. Alguns paradigmas, foram construídos com base na reﬂexão é#ca e sob o escopo de uma análise lógica, por exemplo: “É errado prejudicar terceiros em nome do ganho pessoal”. Alguns padrões estão enraizados, por exemplo: o modelo social de beleza feminina, para ser bonita a mulher deve estar abaixo de seu peso ideal (Gisele Bündchen, com 1,79cm de altura e 53 kg, recebe a alcunha de “modelo”). E, muito embora saibamos que estar tão abaixo do peso ideal possa ser prejudicial à saúde, assim como a obesidade, o paradigma e o

Escola SESI - Resende/RJ

padrão social se mantêm. O bullying é um exemplo claro do preço que pagamos pelo paradigma da igualdade. Xenofobia, intolerância religiosa, preconceitos etc. O aspecto do paradigma da igualdade que pretendo observar reflete na educação. A educação busca formar. Essa palavra deriva do substan#vo “forma” (como a bandeja usada para fazer gelo). Busca-se uma padronização constante do que e do como ensinar e aprender. Platão afirmou: “O dever da educação deve ser o de iden#ficar nos alunos suas diferenças e colocá -las a serviço da sociedade”. Eles reconheciam a singularidade da existência humana e buscavam enaltecê-la com a educação para que o indivíduo construísse em detrimento de formar-se. Ou a máxima de Nietzsche “torna-te aquilo que és” e, passamos a tentar nos transformar no que querem que sejamos, ou seja, uns iguais aos outros. Conforme o Prof. Fred “o projeto filosófico do colégio vê no ato de ques#onar livremente mais do que um mero direito e sim um dever. O direito está em ter suas dúvidas respondidas, seus ques#onamentos esclarecidos para que possa entender-se como indivíduo, único, inédito na criação, fornecendo-lhe os meios para construir-se enquanto tal”

Abordando o jogo limpo no esporte e na polí#ca, os alunos do 8.º e 9.º ano pensam a é#ca de maneira prá#ca e atual. De maneira cria#va, surpreendente e inovadora, apresentamos: “A Caverna SESI – 2015”. Um espaço de reﬂexões e cultura, em nossa escola. Os alunos produzem materiais como: pesquisas sobre a polí#ca de Maquiavel; textos sobre corrupções; pequenos vídeos e uma banda de música pop/rock dos alunos está

Prof. Fred Keller

se formando para a grande culminância que acontece em outubro, onde transformaremos o auditório de nossa escola em uma caverna! Conforme o prof. Davidson “nesta caverna iremos #rar as correntes do comodismo das pequenas e também grandes corrupções e levaremos os visitantes às novas possibilidades de uma experiência polí#ca e cidadã com mais fair play. Através de exposições, pequenos debates, exibição de curtas-metragens e vídeos. E terminando com um pequeno show promovido pelos alunos”. No contexto atual, de grandes corrupções e com a proximidade dos jogos Olímpicos - Rio 2016, os alunos e visitantes terão um espaço imparcial e inteligente para uma reﬂexão madura sobre uma sociedade que joga limpo em contraste com nossa cultura do jei#nho. Prof. Davidson Breves

Tá Chovendo Pensamento

Somos Luz Escola SESI – Itaperuna/RJ O projeto surgiu como forma de aproveitar a nossa energia trabalhando valores em nossa comunidade escolar. Serviu de inspiração o filme “A Corrente do Bem”. Por que passar essa ideia adiante? 1. “Porque é simples e fácil”; 2. “Porque girar a roda das boas ações é importante”; 3. “Porque é sempre gostoso causar um sorriso em alguém”. Objeto de estudo pela Ética no 8º ano e pela Política no 9º ano. A ação escolhida pelos alunos foi participar de uma manhã de lazer com contação de histórias, atividades lúdicas, oficinas preparadas pelos alunos e, a partilha de materiais de limpeza e higiene para a creche que atende crianças de até 5 anos no mesmo bairro da escola. O obje#vo central do projeto, conforme a Prof.ª Jussara “é conscien#zar os alunos sobre a importância de se realizar ações solidárias, dedicando parte do seu tempo em prol do bem social e comunitário, ou seja, mudar vidas através dos valores. Desejamos alcançar a transformação que essas a#tudes representam para o crescimento interior do próprio aluno. A oportunidade de conhecer uma realidade diferente da sua e de agir em função dela. O ato de empreender, de realizar, de liderar, de trabalhar em equipe e interagir com diferentes

par#r dos estudos da Filosofia com Crianças, e pelo conhecimento e pelos avanços das criações no programa do Prof. Silvio Wonsovicz, que muito adiante em teoria e prá#ca, sugere uma Educação para o Pensar. Temos como referencial o Centro de Filosofia de Educação para o Pensar, com estudos a respeito da valorização das habilidades do pensamento, assim como um ensino significa#vo capaz de desenvolver autonomia e valores para

uma educação emancipatória. O desenvolvimento do Projeto pode demonstrar e comprovar os estudos de como a criança é capaz de par#cipar e promover discussões ﬁlosóﬁcas, formular hipóteses, argumentar e concluir pensamentos. Encontramos na cena 12 do livro O Meu Quintal, o verso “que lindo dia de chuva!”, a par#r desse tema, valorizando o lúdico e a imaginação para Educação Infan#l. Prof.ª Angela M. P. Gama

Profª. Jussara M. T. dos Santos Garcia

Col. Londrinense – Londrina/PR Quem nunca ouviu a frase “eu não gosto de polí#ca”, ou “não sei como funciona a polí#ca”, ou ainda “não me interesso por polí#ca”? Esta opinião reflete o comportamento de boa parte dos cidadãos brasileiros. Por isso realizamos desde o ano passado, o projeto interdisciplinar de polí#ca, na qual os alunos do 8º e do 9º anos pesquisaram sobre os candidatos das eleições, suas propostas de governo e a filosofia do par#do polí#co. O obje#vo foi fazer com que os alunos levassem essas informações pesquisadas junto aos seus familiares para se tornarem, em tal medida, sujeitos transformadores da sociedade. É o monitoramento dos polí#cos eleitos nas eleições. Simultaneamente, os professores de história e filosofia estão realizando em suas aulas uma base teórica sobre as múl#plas formas de governo; o Estado moderno e a sua cons#tuição; o papel do Estado e seus múl#plos aspectos relacionados à história do Brasil; assim como pesquisas e a#vidades para compreensão do funcionamento do aparelho do Estado, em sua esfera municipal, estadual e federal no âmbito do execu#vo, legisla#vo e judiciário e do sistema eleitoral.. Com isso, buscamos a#ngir uma maior conscien#zação polí#ca do sujeito em sua conexão

com a realidade, com o todo e na sua condição de classe, na qual faz-se fundamental proporcionar um exercício teórico e prá#co sobre polí#ca, democracia e cidadania, possibilitando meios para que nosso aluno exerça a cidadania de forma prá#ca. Uma vez que todos “Somos filhos da Pólis”, devemos dar o exemplo de como cuidar, proteger e construir uma cidade melhor com pequenas ações. Que nossos alunos sejam transformadores da sociedade e tenham uma consciência polí#ca e, realizem uma filosofia viva, com sen#do e sen#mento. Prof. Leonardo S. Ferreira

Corujas I•nerantes: símbolos e sinais usados para representar ﬁlosoﬁa

Curso de Pedagogia Unv. Estácio de Sá – Rio de Janeiro/RJ E quem disse que só choveu na mente das crianças? Com muita alegria, cria#vidade e reﬂexão, as estagiárias puderam colocar em prá#ca nas escolas, espaço de estágios em docência, as a#vidades planejadas... O Projeto oferece, a par#r das histórias, a construção da CAI e considerando as hipóteses levantadas pelas crianças, ouvindo argumentos, transformar a sala de aula e cada aluno, em pequenos ﬁlósofos. “Tá chovendo pensamentos” surgiu a

níveis sociais, econômico e culturais são experiências de aprendizado úteis para o crescimento pessoal dos alunos e nosso também como comunidade escolar”.

Democracia representa•va e par•cipação polí•ca

Inst. Madre Mazzarello – São Paulo/SP Preocupados com esta reflexão diferenciada, foi que em nossas aulas de Filosofia passamos a levar os educandos a pesquisarem os diferentes símbolos usados para representar essa disciplina. Esse projeto pode propiciar aos alunos, pais e educadores a oportunidade de analisarem e verificarem o porquê da Coruja como símbolo da Filosofia e forma de conhecimento no conteúdo do programa Educar para o Pensar, que a escola defende junto a Sophos e

Centro de Filosofia. A par#r do desenvolvimento do projeto, passamos a ter um fio condutor para as nossas reflexões, percebendo que muitos acontecimentos de hoje são explicados num passado muito distante, e assim, os estudantes fizeram uma analogia entre a Filosofia na Grécia An#ga e a Filosofia atual. Conforme a Prof.ª Gibbini “levar meus alunos a um pensar diferenciado

sempre foi o meu sonho. Propiciar aos nossos alunos uma busca por um mundo melhor, através de valores como a é#ca, a cidadania, a solidariedade, o Ser, as virtudes e formação da pessoa humana e reﬂexiva como parte integral do mundo, sempre foram obje#vos da escola e, através desse projeto pudemos levá-los a uma reﬂexão bem diferenciada”. Profª. Rosimeire Gibbini

FILOSOFAR VIVO CORUJINHA | N.º 81 | 3.º Trimestre 2015

Conhecer o mundo mais de perto Col. Marista São Luís – Jaraguá do Sul/SC

Desde fevereiro, a ro•na da turma da 3ª série do E. M. está diferente. Nas tardes de sextafeira ao invés de relaxar com os amigos e familiares, eles se dirigem ao CMEI Anélia Enke Karsten e passam a tarde contando histórias e brincando com crianças de quatro e cinco anos com um único obje•vo: despertar nos pequenos o gosto pela leitura. O projeto, chamado de “Cidadania Literária em Ação”, é desenvolvido também no Abrigo Provisório Tifa Mar•ns no úl•mo sábado de cada mês. A inicia•va surgiu a par•r do

projeto “Conhecer o mundo mais de perto”, elaborado e proposto aos alunos pelos professores Jean Pre"e, de Filosofia, e Sandra M. Biazo"o, de Ensino Religioso. “Desenvolvemos uma sequência didá•ca que procurou gerar nos alunos a construção de reflexões individuais, com os colegas, professores, família, enfim, com a sociedade em geral. O obje•vo era despertar inicia•vas de solidariedade e cidadania a par•r do exercício da alteridade”, explica o professor Jean. Além dos momentos de contação de histórias e brincadeiras

que os estudantes estão realizando com as crianças, con•nua em andamento uma campanha de arrecadação de livros que estão sendo doados para as ins•tuições par•cipantes. Outra inicia•va realizada no dia 15 de agosto, quando o colégio abriu suas portas, no período da manhã para receber crianças, adolescentes e adultos que quisessem ouvir histórias. “42 alunos e três professores contaram histórias em português, inglês e italiano”, conta a professora Sandra. Foram realizadas, uma série de outras a•vidades lúdicas para as crianças, como pintura no rosto, cama elás•ca e desenhos. “Com esse projeto, desejamos mostrar aos nossos educandos que é possível sim dedicar tempo para pensar no outro e desenvolver o exercício da alteridade e da cidadania. Esperamos que nossos estudantes percebam que, além do foco no ves•bular e no ENEM, é importante exercitar para ser um cidadão solidário e par•cipa•vo. Queremos que nossos alunos percebam o quanto é gra•ﬁcante dedicar um pouco do seu precioso tempo para fazer o bem sem olhar a quem” Prof. Jean Pre"e

Cultura da Paz com chave de ouro Col. Clare!ano – Rio Claro/SP Trabalhando com o livro Novo Espaço Filosófico Cria•vo, os alunos do 2º ano do Clare•ano, aprofundaram suas reflexões filosóficas sobre o tema “Dialogando sobre a Cultura de Paz”.

A reflexão da turminha par•u da compreensão da palavra PAZ e iden•ficou quais elementos, em nossa sociedade, atrapalham a disseminação dessa cultura. Assim, a falta de respeito para com o próximo e os meios de comunicação foram apontados, pelos pequenos filósofos, como os maiores inimigos da cultura de paz. No entanto, um aluno lembrou-se da violência que alguns jogos de videogame podem apresentar às crianças. A conversa mudou de rumo e a turma ao invés de procurar culpados, achou mais proveitoso pensar em soluções: agir com gen•leza, cuidados ao escolher os jogos e quais desenhos assis•r. A ilustração dos seis princípios para uma cultura de paz fechou a a•vidade com chave de ouro: - Respeitar a vida - Rejeitar a violência - Ser generoso - Ouvir para compreender - Preservar o planeta - Redescobrir a solidariedade

A viagem da Coruja Col. N.S. de Fá!ma - Florianópolis/SC Este é o nosso Projeto Filosófico de 2015: fazer com que os estudantes do 1º ano do E.F. 1 sejam protagonistas da construção de um livro reflexivo e intera•vo. Além de envolver assuntos que despertem o interesse e a curiosidade dos estudantes, essa a•vidade busca o envolvimento e a par•cipação efe•va da família no processo de aprendizagem e do olhar crí•co dos filhos. Cada semana é feito um sorteio de um aluno que levará o livro e a mascote da turma a Coruja, para casa. A nossa mascote vai com um pequeno kit: uma sacola com um livro dentro, que será usado para registrar o que vivenciaram durante a resolução do “Desafio Filosófico”: - Chegando em casa, converse com seus familiares e escolham juntos um “VALOR” que devemos ter com os seres vivos, iniciando com a letra indicada na página do livro e reflitam sobre a

importância deste valor em nossas vidas. Numa gostosa brincadeira, monte a palavra com o seu alfabeto móvel. Depois, pesquise em revistas ou jornais as letrinhas que compõem esta palavra, para fazer uma colagem registrando este valor. Responda ao ques•onamento com cria•vidade, através de desenho no livro, colagens de gravuras, fotografias, palavras, frases, objetos que poderão ser apresentados no “buraco do livro”, enfim, deixe sua página bem expressiva! Logo em seguida convide nossa mascote para auxiliar na resolução do Desafio Filosófico! Depois de tudo pronto é só cur•r a visita da Coruja e trazê-la para o Colégio para socializar. E assim a Coruja estará pronta para mais uma Viagem! Estão curiosos? Preparem-se, pois é algo muito especial! Estudantes do 1º ano, professoras e Coordenação

FILOSOFAR VIBRANTE

CORUJINHA | N.º 81 | 3.º Trimestre 2015

Projeto meio ambiente: água e lixo Centro Ed. ARTECEB – Imperatriz/MA

A ideia do projeto surgiu com as discussões em sala de aula com os alunos dos 8º e 9º anos. Com os 8º anos, u•lizou-se o capítulo 4 - Os fundamentos da É•ca relacionados ao comportamento humano e suas ações na sociedade. Com os 9º anos, as ações polí•cas na cole•vidade, na Coleção Filosoﬁa sobre o início de uma mudança. O projeto teve início em 18 de maio, e término em 19 de junho com apresentações de todos os grupos na escola e exposição dos cartazes. O primeiro passo do projeto foi divulgar os temas e seus obje•vos a serem alcançados, seguido das divisões das equipes, agendamento para a realização e tarefas para cada equipe. O mesmo foi

explanado e realizado em vários ambientes e locais da cidade como shoppings, lanchonetes, padarias, residências, condomínios e lava carros, onde podem exis•r acúmulo de lixo e desperdício de água. Os alunos levaram cartazes que foram ﬁxados nos locais e explicavam e discu•am o tema e obje•vo do projeto, o uso da água e o encaminhamento do lixo. Sendo que o cartaz ﬁcou exposto nos locais com a autorização dos responsáveis. Finalizando em sala para as turmas com vídeos e fotos da realização do mesmo. Par•ndo da premissa de que a escola que temos é, geralmente, a escola que queremos, e de que o principio da construção do conhecimento deve ser fruto da

Clio

cola ARTECEB considera importante abordar a temá•ca ambiental e a visão integrada do mundo,

Prof.ª Conceição Figueiredo

Corujas I!nerantes

Col. São Francisco Xavier – Ipa!nga/MG Luz, câmera e ação! É assim que os alunos 7º ano do Ensino Fundamental II pra•cam uma Filosofia Viva com o Projeto Clio, por meio de releituras filosóficas de grandes contos clássicos infanto-juvenis (Alice no País das Maravilhas, Dom Quixote e O Mágico de Oz), que vão além das aulas de filosofia com o apoio das disciplinas de Português, História e Artes. Os alunos vão se apresentando em verdadeiras peças teatrais repletas de encenações, apresentações ar"s•cas de suas bandas e danças para familiares e amigos.

interação, da vivência de prá•cas prazerosas, cria•vas e inerentes às necessidades humanas. A es-

assim como a qualidade de vida, por isso propomos estudar a reciclagem, a separação sele•va do lixo, o desperdício e o uso racional da água, e a forma de como essas ações afetam nossas vidas e nosso co•diano. Conforme a Prof.ª Conceição, “(...) as ações morais e é•cas partem de como pensamos e agimos, por isso um estudo ﬁlosóﬁco voltado para o ser cidadão e que faz sua certeza de ser uma pessoa melhor, com isso teremos uma sociedade mais humanizada com valores respeitados igualmente. Com o meio ambiente conservado, todos nós teremos uma melhor qualidade de vida”.

O projeto recebe esse nome devido à musa da história e da cria•vidade da mitologia grega: a deusa Clio. Para a realização do projeto, os alunos par•cipam de uma viagem pedagógica a Inho•m, escrevem textos teatrais, contextualizam períodos históricos, criam seus próprios cenários, aproximam familiares e amigos e conseguem trazer para os palcos do Teatro Zélia Olguin, verdadeiros espetáculos ﬁlosóﬁcos contribuindo e valorizando a arte de pensar, falar, escrever e criar. Prof. Weber C. de Souza

Col. N. S. do Rosário - Volta Redonda/RJ O “Projeto Refle•ndo sobre símbolos e sinais” realizado no Colégio foi um sucesso. A Exposição foi um exemplo de como a Educação para o Pensar está incorporada em nossa prá•ca pedagógica e ensino reflexivo. De forma lúdica, a par•r das artes, a Filosofia se fez

presente. Recebemos muitos visitantes na exposição, entre alunos, educadores, pais e responsáveis para pres•giar e fortalecer este projeto, bem como a construção cole•va do pensamento reﬂexivo. O programa desenvolvido pelo Centro de Filosoﬁa e Sophos,

abraçado pelo Colégio N. S. do Rosário, vem contribuindo com a formação dos nossos alunos para o exercício do bem pensar, da argumentação e formação reﬂexiva, tornando-os “ﬁlósofos” e verdadeiros “amigos da sabedoria” – philo philósophos.

FILOSOFAR ATUANTE CORUJINHA | N.º 81 | 3.º Trimestre 2015

Como seria o mundo sem as mães? Filosofia na Escola Escola Santa Teresinha – Imperatriz/MA Isso aconteceu com os alunos do 5º ano A. Em uma das aulas de filosofia interdisciplinar com a Língua Portuguesa, levantouse um ques•onamento em cima do tema “Reconhecimento e Gra•dão”, atrelado ao acontecimento marcante para a turma no início desse ano: a falta de uma mãe. No início de fevereiro estávamos em uma aula de Ciências, quando uma no•cia triste nos abalou. O falecimento prematuro da mãe de uma das crianças da nossa sala. Nunca achamos que passaríamos por esse momento, mas veio o acontecimento. A mãe passara por um procedimento cirúrgico simples, mas veio a falecer. Como contar a criança? Como contar aos colegas de turma? Como seria a reação de todos? O que fazer nesse momento? São perguntas que por uma questão de minutos teríamos de encontrar as respostas. Com a aluna foi lamentável, triste, inconsolável, com a turma ainda pior, alunos que choravam a dor da amiga e ao mesmo tempo após o recreio não conseguiam concentrar-se na aula. Choravam pedindo suas mães. Nes-

Col. São José – Tubarão/SC

se ínterim veio o velório, no qual todos se mostraram solícitos à aluna levando seu abraço, seu afeto e sua comoção. Escola, amigos e familiares dos alunos foram ao encontro daquela que aos dez anos ficara sem sua mãe. Após o acontecimento mais precisamente no mês de maio, veio à indagação dos próprios alunos. O que faríamos no dia das mães? Comemorar? Para quem estava com sua mãe, ó•mo. Mas, e a aluna que perdeu sua mãe? Seria o primeiro dia das mães de uma aluna que •nha sua mãe com total disponibilidade e exclusividade na sua vida escolar. Viria outro ques•onamento. Em uma de nossas aulas de Filosofia sobre “Reconhecimento e Gra•dão”, levantamos o ques•onamento. Quem merecia reconhecimento e gra•dão? Unânime foi a resposta – AS MÃES. E como trabalhar esse assunto tão complexo com quem havia perdido sua mãe há poucos meses? Mais dúvidas surgiram... O que seria de nós sem a Filosofia? Filosofia do pensar. Filosofia do inves•gar. Filosofia do buscar. Filosofia do ajudar. Surgiu então a ideia de um projeto com o tema de um capítulo do nosso livro: Tecer as ideias com os outros: Filosofando, assunto “Reconhecimento e Gra•dão”. Compreender que podemos valorizar e agradecer pelo simples fato delas exis•rem e que não é preciso abrir os olhos somente após a perda. E também descobrimos que na falta de alguém tão especial, existem pessoas muito especiais que merecem nosso respeito e agradecimento pelo gesto humano de não nos deixar viver só. Prof.ª Karine Dantas

Conhecendo e respeitando as diferenças E.M. Professor Paulo Freire – Embu das Artes/SP A aceitação do outro depende de colocar em prá•ca o princípio da alteridade. Se colocar no lugar do outro. E para fazê-lo é preciso parar para olhar o outro, e não apenas vê-lo. Tendo isto, foi solicitado aos alunos uma pesquisa sobre as diferenças que convivem em nossa sociedade. Após palestra de sensibilização com todas as turmas, e análise de vídeos e reportagens, cada uma ficou responsável por um •po de diferença. Enquanto os 9º anos pesquisavam, discu•am e analisavam as diferenças culturais e seus reflexos violentos no mundo, no Brasil e mais especificamente no estado de São Paulo; os 6º, 7º e 8º anos trabalhavam sobre as diferenças sociais e as deficiências, sobretudo na própria escola.

Os bene"cios da autonomia do pensar

O que culminou em dois dias de exposição de resultados: sendo o primeiro de mostra com exposição das diversas influências culturais às quais somos submergidos em nossa sociedade, e outro com apresentações culturais e um grande desfile das diferenças, assis•do por toda a escola e com a presença de pais de alunos. Concluímos através de rodas de conversas protagonizadas por alunos ao fazer a avaliação do processo e em processo, pois essa busca pela ação humana não cessa, que é possível reestabelecer o elo entre o eu e o outro, e que cabe à escola oportunizar isso e à filosofia a prá•ca reflexiva que mantém a filosofia viva! Profª. Fernanda D. M. Carvalho

A nossa escola possui uma Filosofia Viva. O projeto escolhido e que está em votação é: “Os bene!cios da autonomia do pensar”. Dessa forma, os alunos do quinto ano estão construindo pensamentos e ideias sobre o tema “Paz”. Assis•ram a um vídeo sobre o assunto, fizeram um acrós•co a par•r da frase: “CULTURA DA PAZ” e responderam algumas perguntas sobre o tema proposto. Durante as aulas, os alunos filosofaram, puderam contribuir, dar opinião e sugestão de como o mundo e as pessoas poderiam viver melhor e com mais harmonia. Sabe-se que o pensamento filosófico se constrói através de a•vidades propostas que faz o aluno a pensar, criar sua opinião, saber diferenciar o certo do errado.

A aluna Gabriela Pickler escreveu: “A paz é o sossego, a tranquilidade da alma e também a razão dos bons sen•mentos” e “Compar•lhando ideias, cur•ndo sorrisos e valorizando o amor e o respeito ao próximo, faremos um mundo melhor.” A aluna Marielle Baldoino escreveu: “Podemos ajudar a construir a paz com pequenas a•tudes como um simples ‘Bom dia’ ao encontrar alguém”. Por isso, durante as aulas de Filosofia, o nosso aluno é desafiado a todo momento a saber o ponto de equilíbrio, a filosofar, ter sua opinião, entender o subtendido de textos filosóficos e o obje•vo das a•vidades desenvolvidas. Muita leitura, entendimento sobre o mundo ao qual vivemos e que podemos fazer a diferença foi o obje•vo conquistado. Como reflexão fica o pensamento de Mahatma Gabdhi: “Se desejamos criar a paz duradoura, se desejamos guerrear contra as guerras, devemos começar com as crianças”. Prof.ª Monier J. Passos 5º anos A, B, C, D

Filosofia, ressignificação do Mito da Caixa de Pandora e transformação Col. Notre Dame Ipanema – Rio de Janeiro/RJ Projeto filosófico e pedagógico desenvolvido com estudantes do 7º ao 9º Ano do Ensino Fundamental. Aconteceu no 1º trimestre e obje•vou explorar os significados possíveis do mito grego, a par•r da leitura. Assim, levou os estudantes a pensarem sobre o seu comportamento e sobre as relações estabelecidas no ambiente escolar. Dessa forma, de acordo com a educadora e idealizadora do projeto, Renata Carrara, os estudantes se conscien•zaram acerca das próprias a•tudes nega•vas e traçaram planos para transformá-las em caracterís•cas posi•vas. “O desafio proposto foi o de desenvolver ações que os provocassem a criar ambientes mais é•cos e a viver relações mais humanas”, complementa. Na mitologia grega, a Caixa de Pandora faz parte do mito que narra a criação da mulher para o mundo mortal. De acordo com a história, Pandora trouxe consigo uma caixa onde eram armazenados os males do mundo e que nunca deveria ser aberta. Consumida pela curiosidade, ela, contudo, abriu a embalagem e, então, doenças, guerras, inveja e ódio, por exemplo, se espalharam pelo mundo. Aflita, a mulher se apressou em fechar e caixa e conseguiu preservar o único

dom posi•vo que fora depositado ali: a esperança. Com intuito de ressignificar o Mito, relacionando-o com a atualidade, os estudantes criaram suas próprias “caixas de Pandora”. Usando colagem, pintura e desenhos, eles enfeitaram o exterior das caixas com o que lhes inspirava beleza e, em seu interior, cada um colocou, primeiramente, caracterís•cas nega•vas de si enquanto educando. Depois, depositaram suas caracterís•cas posi•vas e, ao final, deixavam “sair da caixa” (tal como no mito) seus próprios males para, então, rasgá-los, numa a•tude simbólica. As caixas confeccionadas na tarefa estão dispostas na Sala de Filosofia para que os estudantes possam sempre relembrar o seu compromisso. Prof.ª Renata L. Carrara

FILOSOFAR TRANSFORMADOR

CORUJINHA | N.º 81 | 3.º Trimestre 2015

Filosofia Viva na Escola - Vamos pensar e criar! Colégio Integral - Teresina/PI Com o obje•vo de fazer um filosofar par•cipa•vo, no 1º semestre, foi desenvolvido o projeto. Esta ação transformadora aconteceu com os alunos do 1º ano do Fund. I até os alunos do 9º ano do Fund. II, tendo como inspiração os livros da Editora Sophos. As aulas acontecem semanalmente, mas a vontade de filosofar é co•diana, haja visto que os projetos e ações em favor de uma filosofia viva no espaço escolar não param. Toda a escola abraça a proposta que tem como meta a educação para o pensar, numa proposta interdisciplinar. Com isso, os alunos desenvolvem o potencial cria•vo por meio de debates, construção de diálogos, intera•vidade, produção de painéis, roda de conversa, pesquisas, leitura de jornais (o Corujinha), apresentação de trabalhos com teatros e mural temá•co,

cação para o pensar que surge com a Filosofia, quando assumida de modo sistemá•co e cria•vo tende a fru•ficar”. No primeiro semestre, a escola pôde perceber a efervescência que a Filosofia promoveu com projetos sobre a paz, a amizade, o comportamento humano, os valores, as virtudes, o teatro, os filósofos e o saber, o pensar, Corujinha sou e Caixa dos sonhos. Todas estas ações são combus•veis para enriquecer a força e o empenho a ser trabalhado também no segundo semestre que trará outros projetos como: Nas asas do amor, Encontro filosófico, Corujinha sou e Cofre Solidário. Só temos a agradecer aos nossos queridos alunos por tão bela par•cipação e envolvimento.

dinâmica de grupo, estudo de textos filosóficos e de filósofos que ajudam a enriquecer a compreensão acerca da produção de conhecimento, do pensar crí•co e reflexivo e da valorização da pessoa humana como um ser que pensa, sente e age. Toda essa ação auxilia o método da C.A.I (Comunidade de Aprendizagem Inves•ga•va) que é trabalhado na escola. Percebemos uma maior interação entre os educandos, os pequenos filósofos par•cipam com esmero e terminam por perceber o que dizemos na teoria: a criança e o filósofo...quanta coisa em comum! De acordo com a professora Érika Rossana, que está à frente deste projeto na escola “Transformar, essa é a palavra. Para a construção do saber à luz da filosofia eis o maior ganho, o da transformação. Nossa escola fica mais viva, mais atuante e sabedora de que a edu-

Em busca de bons exemplos Escola SESI de Jacarepaguá – Rio de Janeiro/RJ Em meio a um ambiente social marcado pela corrupção, desigualdade e violência, trazer à cena exemplos de ações que fazem a diferença por seu conteúdo é•co e moral, torna-se imprescindível. Bons exemplos existem em todos os lugares: na escola, na vizinhança, em casa, dentre outros espaços de convivência, eles precisam ser valorizados como um horizonte de esperanças, assim como a possibilidade de vivenciarmos dias melhores. Nossa sociedade pode e deve ser melhor, entretanto é necessário que percebamos a importância de atribuir valores aos bons exemplos, para a construção de parâmetros de conduta eficazes. Nossa escola abraçou o desafio de es•mular, valorizar e divulgar ações que estejam fazendo a diferença na cidade do Rio de Janeiro. Isso foi possível por meio do projeto “Em busca de bons exemplos”. O projeto consiste na elaboração de uma revista produzida pelos alunos a par•r da inves•gação sobre indivíduos, associações e organizações que estejam contribuindo para a melhoria da sociedade e cujas ações sejam exemplos para todos nós. Desse modo, o projeto visa a refle•r a respeito da importância dos bons exemplos, a sua relevância sobre o cenário social e a razão pela qual cada um deve apresentar o melhor de si e tornarem-se bons exemplos para a sociedade. Prof. Jairo Ribeiro e Sóstenes Alberto

Prof.ª Erika Rossana

Lugar de Polí#ca também é na Escola Escola Sesi Maracanã – Rio de Janeiro/RJ Todos já ouviram falar que “religião e polí•ca não se discute”, mas na escola SESI Maracanã essa máxima não entra em nossas salas de aula. No início de junho os alunos do segundo ano sugeriram estudar polí•ca sobre uma perspec•va diferente. O professor de filosofia, Renato Atanazio, pensou junto aos alunos uma maneira de trabalhar a filosofia polí•ca de um modo mais palpável, dinâmico, diver•do e reflexivo. Desses alicerces nasce o projeto Poli•cando, que tem como obje•vo central estudar a filosofia polí•ca de modo prá•co. Embora haja similaridade com alguns projetos existentes, o grande diferencial do Poli•cando está no modelo de gestão aplicado pelos par•dos. Segundo o professor, os alunos foram convidados a criar par•dos polí•cos fazendo toda a gestão e par•cipando de um verdadeiro processo eleitoral. “Os alunos criam par•dos, com presidente, vice, tesoureiro, marke•ng e apoio. Criam sua plataforma polí•ca e buscam financiamento para concepção do material de campanha. Tudo vigiado pelos conselhos de é•ca, fiscal, esta•s•ca e eleitoral (também composto por alunos)”. O financiamento da campanha também é algo completamente novo, pois é feito com dinheiro fic•cio onde os par•dos precisam convencer os outros estudantes e funcionários da escola a patrocinar

sua campanha eleitoral. Desse modo eles conseguem entender como ocorre o financiamento eleitoral e as consequências desse processo para o sistema polí•co. Já as plataformas polí•cas são baseadas na percepção dos par•dos sobre a melhor maneira de repensar sua escola e a sua comunidade. Assim há uma reflexão é•ca e moral sobre esses dois aspectos de modo experimental. Segundo o professor: “É o vivenciar da polí•ca, que move esse projeto. A par•r desse processo empírico podemos introduzir todo o debate filosófico estudado em sala de maneira prá•ca, assim proporcionando um novo sen•do para polí•ca, usando como base a ideia de uma polí•ca para o povo”.

O projeto é interdisciplinar, envolvendo os demais professores, além de desenvolver o ensino técnico dos alunos na elaboração do material da campanha. Cada par•do escolhe um professor que tem o papel de orientador visando a nortear cada grupo e analisar cada etapa. Professores e alunos parecem animados com os primeiros resultados do projeto e todos estão muito ansiosos para o debate entre os presidenciáveis e com a eleição. O projeto terá sua conclusão em novembro de 2015, onde encerra com a eleição e posteriormente um debate sobre todo o processo eleitoral. Agora é analisar as propostas e votar no melhor par•do. Profª. Raphaela Oliveira

A Editora Sophos presente nas escolas brasileiras Existem diferenças entre os materiais didá!cos para o ensino da ﬁlosoﬁa encontrados no mercado e o que apresentamos nos 26 anos.

a preocupação com todo o processo, para que a aprendizagem seja signiﬁca!va e aconteça junto aos alunos, aos professores e família.

A Sophos não busca somente disponibilizar um material ﬁlosóﬁco, mas tem

A Sophos tem como obje!vo primeiro o aluno e o professor e, defende que,

mais importante do que o livro em si, é a forma como ele é u!lizado, dentro de uma metodologia e com obje!vos reﬂexivos (suporte do Centro de Filosoﬁa com Assessorias, projetos individualizados a cada escola e os cole!vos).

Por isso o SUCESSO de todas as Coleções e o lançamento da 8ª edição:

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ENCARTE COMEMORATIVO CORUJINHA | N.º 80 | 2.º Trimestre 2015

Região Sul – presenteando os parceiros de 25 anos

Equipe de Educadores, Ibirubá, RS

Col. Evangélico - Maringá, PR

Col. La Salle - Medianeira, PR

Col. N.S.Glória - Francisco Beltrão, PR

Col. Vicen#no São José - Foz do Iguaçu, PR

Col Intentus - Toledo, PR

Escola Dominus - Londrina, PR

Col. La Salle -Toledo, PR

Col. Paraná -Maringá, PR

Col. Vicen#no Sta. Cruz - Campo Mourão, PR

Col. Carlos Demia - Maringá, PR

Col. Sto. Inácio - Maringá, PR

Escola Evolução - Apucarana, PR

Col. Londrinense - Londrina, PR

Col. São Francisco Xavier - Maringá, PR

Col. N. S. Rosário - Cornélio Procópio, PR

Col. Universitário - Londrina, PR

Coop. Ed. Foz do Iguaçu - Foz do Iguaçu, PR

Escola Santos Anjos - Nova Boa Vista, RS

Educadores e Colégios, os Amigos da Filosofia, recebem o presente no aniversário dos 25 anos.

Col. Chamberlaien - Apucarana, PR

Esc. Sagrado Coração - Bela Vista Paraiso, PR

As nossas histórias que foram, que são e que serão escritas a várias mãos. Região Norte e Centro-Oeste - constantemente presente

ITECNE - Cascavel, PR

SUA ESCOLA QUER RECEBER ESTE LIVRO?

Col. La Salle, Manaus, AM. Prof Romualdo, Prof Edinelton, Prof Paulo

Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, Manaus - AM. Prof Geni e Prof Regina

Colégio Palas Atena, Manaus, AM, Prof Danieri.

Colégio Preciosíssimo Sangue - Manaus-AM. Prof Denilson

Colégio Santa Dorotéia, Manaus, AM. Prof Luis e coordenadora Alessandra

Colégio Santa Maria Mazzarello, Manaus, AM, Prof Raimundo e Coordenadora Conceição

Coordenadora Valdirene, Colégio Salesiano Dom Bosco, Campo Grande, MS

Escola Sesi Campo Grande, MS, Diretora Gláucia e coordenadora Roselaine

Escola Mace, Campo Grande, MS. Diretor Wilson e prof Daivid

Escola Santa Terezinha, Manaus, AM. Prof. Graciete

Entre em contato com a Editora que enviaremos este presente para vocês... PARA SABER MAIS SOBRE NÓS: • Editora Sophos • Centro de Filosoﬁa • Sistema de Ensino Reﬂexivo – S.E.R. www.editorasophos.com.br Fone (48) 3222 8826 – 3025 2909 vendas@editorasophos.com.br – assessoria@editorasophos.com.br

Ano XXIII | N.º 81 | 3.º Trimestre de 2015 | Florianópolis • SC | www.editorasophos.com.br

ENCARTE COMEMORATIVO

CORUJINHA | N.º 81 | 3.º Trimestre 2015

O Nordeste com todo o calor humano recebendo o presente

Escola N. S. de Lourdes - Diego - Maria das Graças - Maria Bethania - Na- Col. Alpha Kids - Cris!ane - Pedro tália - Fernanda - Pedro - Luciane - Thayzanne - Marcela - Jerumenha_PI - Maria da Saúde - Valter - Maria dos Navegantes -Parnaiba_PI

Col. Ba!sta Araújo - Luciana- Roberto- Maria Francisca – Pedro - Adriana – Caxias_MA

Col. Cristo Rei - IVO - São Luis - MA

Col. D`arc - Pedro e Carminha. Altos_PI

Região Centro Oeste - cada escola parceira um presente

Col. VIP, Lucas - DF

Col. Auxilium, Ir. Luiza - Anápolis, GO

Col. Mont Blanc, Coord. Edson Ribeiro Col. Ícaro -Doranny Araujo - Delma Col. Ideal - Valter - Francisca de Almeida - Pedro - Parnaiba_PI Pedro - Altos_PI

Col. Integral - Laiane Veloso - Paulo Machado

Col. Integral - Prof. Erika

Col. Madre Savina - Coord. Blenda Aline Marques de Albuquerque -Pedro e Josy

Col. Obje!vo (Unidade Leste) Gervilia - Pedro - Emília - Diego Teresina_PI

Col. Por!nari - José Nunes - Pedro - Fernanda -Teresina_PI

Col. São José - Profª. Socorro Teresina_PI

Ed. Cristo Rei - Pedro e Dorotéia Araujo - Parnaiba_PI

Col. Olimpo - Diretor Pedagógico do Grupo Olimpo Prof. Ronnie

Col. Projeção, Fábio e Ana Paula Tagua!nga, DF

Col. JK, Coord. Neila - Brasília, DF

Col. Olimpo, Diretor Marconi, Brasília, DF

Col. Santa Dorotóia, Coord. Candida Brasília, DF

Col. Marista Champagnat, Coord. Milton, Tagua!nga, DF

Col. Olimpo, Diretor Menzes e Coord. Aparecida - An_polis, GO

Col. Santa Rosa, Coord. Sandra Brasília, DF

Col. Victoria Figueiredo Coord. Patrícia Goiania, GO

Col. São José - Irmã Suely - Sâmela - Fábiula - Isadora - Marlene - Ana Domi"lha - Deydson - Akman Viana - Conceição - Socorro - Caxias_MA

Colégio Projeção, Bibliotecária Flor Guará I, DF

Col. Visão Kids - Valter - Paula Socorro e Pedro - Parnaiba_PI

Col. Dom Bosco, Coord. Jucilene Brasilia, DF

Col. Madre Savina - Francisco A. L. de Souza - Teresina_PI

Col. Sagrado Corações, Irmã Anízia Formosa, DF Col. Novo Oriente - Adrinan - São Luis_MA

Ed. Líder Infan!l – Carlota – Herlane – Pedro – Erica - Joselita -Caxias_MA

Ed. Santa Maria - Deretor - Juracy - Francisca - Pedro - Valter

EEd. São José - Socorrro Nobre Felipe Pereira - Juniel Lima - João Ribeiro - Pedro - Altos_PI

Ed. São Marcos – Roberto – Joseina – Delzuita – Edimundo – Pedro - Caxias_MA

Escola Mª Regueira dos Santos Escola São Jorge – Pedro – Patrícia - Roberto - Mª Jesus - Rosilene – Elizangela – Jéssyca – Sidinéia – Aurivanete - Andrea Nunes - Pedro Roberto - Caxias_MA - Coelho Neto_MA

Escola São José - Wenner Mariz Pedro - Silvia Cardoso e Valter

INEC - Tadeu Mar!ns e Lilian Rodrigues - Teresina_PI

Inst de Ensino Karl Marx - Roberto - Janayna - Suely -Teresina_PI

Inst. Ed. Ba!sta Shekiná - Madai - Eliezer - Conceição - Pedro Everaldo - Paço Lumiar_MA

Inst. Ed. Turma da Mônica Everardo - Maria da Sé - Paço do Lumiar_ MA

Inst. Franklin Rocha - Pedro - Francisca - Girleno - Valter e Maria

Inst. Magister - Maria do Perpetuo Socorro - Pedro - Maria Gorete Teresina_PI

Inst.Ed. Jardim do ABC -Pedro Geisa - Teresinha - Parnaiba_PI

Inst.Ed. Maciel – Francisco – Fabia- Memorial da Balaiada – Roberto – na – Alexsandra – Roberto – Pedro Mercilene – Pedro - Caxias_MA - Caxias_MA

Ins!tuto Farina, Irmã Cleude, São Luis_MA

Col. Santa Teresa, Rogener, Fernanda - São Luis_MA

Col. Presbiteriano, Cleuda - Beth, São Luis_MA

Centro Ed. Santa Teresinha, Angela Centro Ed. Renascer, Maria Mene Ta!ane - São Luis_MA des e Pedro, São Luis_MA

Centro Ed. Dom Orioni, Adeleina, Pedro, Emanuel, Ideuzilene, Ricardo - São Luis_MA

Colégios Stadium e O Pequeno Príncipe Prof. Odair

Inst. Maria Auxiliadora Raquel e L_a Goiânia, GO

Escola Monteiro Lobato, Coord. Januária Brasilia, DF

Região Sudeste - sempre presente

CEVA, Edna e Michele Campos dos Goytacazes,RJ

Col. Equipe Grau, Coord. Suzana e Elizabeth Nilópolis, RJ

CEC da Barra da Tijuca, Equipe Dire!va Rio de Janeiro, RJ

Col. São Francisco, Vilma e Elma Itabuapuana, RJ

Col. Notre Dame Recreio, Cris!na Rio de Janeiro, RJ

Co-autoras Angela Paiva e Márcia Senna

Equipe Doscente Col. e Curso Equipe Grau Nova Iguaçu, RJ

Inst Exito, Rosane - Cabo Frio, RJ

Col. NS do Sagrado Coração, Prof. Valen!m São Paulo, SP

Escola SESI, Coord. Roberta - Macaé, RJ

GEB -SESI, Assessoras Suzan e Ana Helena Rio de Janeiro, RJ