corpos estranhos (engasgos). Os sintomas são a distensão acentuada do rúmen e retículo (flanco esquerdo), o que poderá levar a um quadro de dificuldade respiratória e circulatória, com asfixia e morte do animal. O tratamento varia de acordo com a causa, em caso simples à moderado deve-se forçar o animal a caminhar além de utilizar uma sonda ruminal para aliviar a pressão, desfazer pequenas obstruções e auxiliar na administração de medicações, tais como, os agentes antiespumantes. Em casos mais graves poderá ser necessário o uso de trocarte e cânula para perfurar o rúmen e promover a eliminação do gás, e até a ruminotomia (procedimento cirúrgico). Nestes casos, deverá ter a presença um médico veterinário. A prevenção é feita pelo fornecimento de uma dieta balanceada. Uma das frequentes causas de mortalidade nos rebanhos, é a ingestão de plantas tóxicas que ocorrem principalmente nos períodos em que há menor disponibilidade de pastagens e os animais estão passando por carência nutricional. Sendo este, um dos fatores que causam dificuldade no tratamento das intoxicações. O tratamento geralmente é feito de acordo com a sintomatologia apresentada pelo animal, com o uso de antitóxicos, hidratação e medicações específicas. A principal medida profilática é a identificação das plantas nos pastos, erradicação ou isolamento das áreas onde estas estejam presentes e suplementação alimentar do rebanho na época seca.
Nome Científico
Forma de Intoxicação
Sintomas
Tinguí, timbó
Mascagnia rigida
Ingestão das folhas
Alterações cardíacas, neuromusculares, morte súbita
Mamona, carrapateira
Ricinus communis
Ingestão das folhas e sementes
Tremores musculares, desequilíbrio, salivação excessiva, deitam-se com frequência, seguido de morte
Cafezinho
Psicotrya barbiflora
Ingestão de folhas e brotos
Dificuldade respiratória e desequilíbrio com morte súbita
Orelha-de-negro, orelha-de-macaco, timbaúba
Enterolobium contortisiliquum
Consumo de vagens
Distúrbios gastrintestinais
Barbatimão-donordeste
Stryphnodendron coriaceum
Ingestão das favas
Apatia, anorexia ressecamento do focinho, atonia ruminal, tremores musculares
Algaroba
Prosopis juliflora
Ingestão excessiva de folhas e vagens
Redução da atividade ruminal, paralisia parcial da língua, salivação excessiva, edema submandibular
Chumbinho
Lantana spp
Ingestão de folhas, flores e caules
Fotossensibilização* e hepatotóxidade
Leucena
Leucaena leucocephala
Ingestão de brotos, folhas e vagens
Queda de pelos nas regiões da cabeça e inserção da cauda
Mandiocas e maniçobas
Manihot spp
Ingestão de folhas e tubérculos (sem o devido tratamento)
Elevação da frequência cárdio-respiratória, colapso e morte
Braquiária
Brachiaria ssp
Consumo de Braquiária por animais não adaptados (principalmente ovinos)
Fotossensibilização(*)
Tabela 15 - Plantas que podem causar intoxicação Nome Comum
Nome Científico
Forma de Intoxicação
Sintomas
Salsa
Ipomea asarifolia
Ingestão de folhas
Sonolência e tremores musculares
Ingestão de grande quantidade de folhas
Nas primeiras semanas os animais perdem peso, andando sem equilíbrio
(*)Fotossensibilização - alta sensibilidade da pele aos raios solares, normalmente está associada à intoxicações.
Folhas e sementes
Tremores musculares, dificuldade respiratória e desequilíbrio, chegando à morte súbita
Dar um destino adequado aos animais mortos deve fazer parte da rotina da criação e tem como objetivo evitar a contaminação do rebanho. O método mais utilizado consiste em enterrar os animais em valas e acrescentar cal virgem sobre toda a carcaça. A terra colocada em
Canudo, matacabra, capa-bode
Erva-de-rato, café
100
Ipomea fistulosa
Palicourea marcgravii
Fonte: Codevasf
10.6 Destino de Animais Mortos
101
Manual de Criação de Caprinos e Ovinos
Manual de Criação de Caprinos e Ovinos
10.5.5 Intoxicações por plantas
Nome Comum