Revista do Avaí #16

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revista oficial

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#16 • aNO 4 ABR / MAI DE 2012 • R$

9 771984 736001 ISSN:1984-736X

er Pôst ial e c Espe éditas da in fotos onquista c

reportagem especial

O maior campeão de SC Após momentos de angústia e incertezas, o Avaí F.C. deu a volta por cima e honrou, mais uma vez, o manto azurra. De forma avassaladora contra o seu maior rival, conquistou o 16o título estadual e garantiu a hegemonia no futebol catarinense

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Com a palavra...

A ISO 9001 é nossa! J

á passamos dos cinco primeiros meses do ano de 2012 e o Avaí Futebol Clube segue formatando o principal projeto da temporada. O objetivo maior esse ano é chegar entre os quatro primeiros colocados da Série B e repetir o acesso à elite como em 2008. Para isso, serão necessários dias e noites de muito trabalho e acima de tudo união entre os segmentos do Clube. Com foco, determinação e garra, conforme prevê nossos valores, podemos até pensar no título. Mãos à obra! Mas não podemos deixar de destacar a grande conquista do Campeonato Catarinense 2012, o maior título estadual da história do Clube. Com muita raça, união e perseverança, o grupo conseguiu dar uma virada histórica a partir do comando de Hemerson Maria. Estudioso do futebol, Hemerson foi um dos grandes responsáveis pelo êxito conquistado nos jogos finais. Foram seis vitórias e dois empates que escreveram novos capítulos da história avaiana, em um campeonato marcado pela superação. Em Chapecó, na semifinal, uma vitória emblemática de virada com as garras do Leão. Na decisão, um espetáculo à parte justamente diante do coirmão Figueirense: 3 a 0 na Ressacada e 2 a 1 no Scarpelli. Esse é o Avaí que queremos para a Série B com a liderança absoluta de Cleber Santana, o craque do Campeonato Catarinense! Fora de campo, o Avaí obteve no dia 2 de fevereiro o tão sonhado Certificado da ISO 9001: 2008. O processo foi finalizado através de uma auditoria externa da Fundação Vanzolini que recomendou a certificação. Após quatro dias de análise, a empresa validou o trabalho de qualificação dos processos e investimentos em melhorias elevando o Avaí Futebol Clube à potência máxima na gestão da qualidade em relação ao futebol. O Avaí tornou-se o único clube de futebol profissional do mundo a obter a certificação ISO 9001: 2008 para todos os seus processos. No Brasil, outros três clubes possuem o certificado ISO 9001, mas apenas para as atividades de atendimento ao sócio. No mundo, alguns clubes possuem a certificação apenas para alguns dos seus processos. No caso do Avaí, a norma foi implantada

em todos os processos do Clube, incluindo a gestão das atividades do futebol. Essa conquista muito nos orgulha e é fruto de um trabalho árduo que começou no ano 2000, mas ganhou força e forma no ano de 2009. De lá para cá, a certificação da ISO 9001 passou a ser uma das prioridades do Clube em paralelo aos resultados dentro de campo. A implementação da ISO é um feito que comprova que estamos no caminho certo. Durante alguns meses tivemos o apoio de nossos colaboradores e neste momento é preciso agradecer a cada um pela dedicação na implantação da norma e durante a auditoria. O processo de organização do Clube contou ainda com a importante participação de colaboradores do setor de qualidade do Laboratório Santa Luzia. Na edição desta revista, os torcedores avaianos acompanharão o espírito do Clube nesta temporada. Vocês verão reportagens especiais com o professor Mesquita, técnico do time infantil supercampeão em 2011 e com o nosso mais novo auxiliar técnico, o ex-atleta Emerson Nunes. Complementa a parte editorial da revista a matéria com o ídolo Cavallazzi, craque e artilheiro das décadas de 60 e 70. Por fim, como sempre, o recado ao torcedor avaiano. De maio a novembro você entrará em campo com os 11 jogadores. Portanto, participe. Seja sócio, pague em dia e principalmente compareça aos jogos na Ressacada. Vamos repetir o feito de 2008 e colocar o Avaí no lugar que ele merece. A Série A é logo ali e somente na base da união de forças é que vamos obter as conquistas. Nós contamos com os corações de sangue azul.

João nilson zunino

Presidente do Avaí f.c.

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editorial

A supremacia avaiana! A

busca pelo terceiro título estadual em quatro anos serviu, antes de tudo, para testar os corações avaianos. Depois de um início avassalador, com uma série de cinco vitórias consecutivas, vimos o título estadual de 2012 cada vez mais longe a partir do clássico do turno. Aquela amarga derrota, mesmo com amplo domínio da partida, desmobilizou a equipe, que teve uma queda brusca de rendimento. A gangorra do Catarinense voltou a inclinar para nosso lado com a chegada do técnico Hemerson Maria e do auxiliar Emerson Nunes, que impuseram uma nova metodologia de trabalho. A nova fase avaiana culminou com uma série de bons jogos, esquema de jogo padronizado e eficiente formatação tática. O resultado foi a terceira melhor campanha nos 18 jogos, o que garantiu ao Leão da Ilha uma vaga nas semifinais do sempre disputado Campeonato Catarinense. Na fase final do Campeonato, as disputas contra a Chapecoense, na semifinal, e contra o time do continente, na final, provaram que o futebol do Leão da Ilha é o mais poderoso de Santa Catarina. Com apenas um empate e três vitórias avassaladoras (duas delas contra o arqui-rival, com placar agregado em 5 x1), o Avaí F.C. conquistou seu 16º título estadual, tornando-se o maior campeão do Estado. Nesta edição da Revista Oficial do Avaí F.C. iremos apresentar, numa reportagem especial da jornalista Carla Cavalheiro, todos os detalhes dos jogos avaianos no Campeonato Catarinense deste ano. Para auxiliar na compreensão da jornada azurra, saímos a campo em busca de entrevistas exclusivas, planilhas de desempenho dos atletas e súmulas dos jogos. Dois dos personagens mais marcantes do ressurgimento do Avaí no Catarinense 2012 são nossos destaques editoriais. O ex-jogador avaiano Emerson Nunes, hoje auxiliar técnico da equipe profissional, provou que, em suas veias, corre sangue azul. Após um término de carreira prematuro, com diagnóstico de grave enfermidade cardíaca, Emerson não esmoreceu e, em parceria com a diretoria avaiana, prosseguiu com seu trabalho no Clube, provando que, com força de vontade, determinação, raça e, acima de tudo, superação, o sucesso na vida e no esporte acontece. O outro grande protagonista do título estadual foi o técnico Hemerson Maria, timoneiro e grande comandante desta inesquecível conquista. O técnico provou ao longo

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de oito partidas (ele está invicto no comando azurra – seis vitórias e dois empates) ser um profundo conhecedor do futebol, ao oferecer padrão tático e unidade ao Leão. Também nesta edição, destacamos, em matérias dos repórteres Camila Spolti e Róbinson Gambôa, os jogadores Cleber Santana, Patric, Rafael e Cássio, todos com ampla identificação com o azul e branco do Leão. O eterno ídolo Cavallazzi, para muitos o maior jogador da história avaiana, também está em nossas páginas, assim como a história de amor pelo Avaí do escritor Adolfo Boss Jr., um dos maiores e mais premiados de Santa Catarina. Vale destacar, ainda, importantes matérias sobre a inédita obtenção do título ISO 9001 pelo Clube, sobre o eficaz sistema de monitoramento eletrônico, que garante segurança e conforto aos torcedores, e o inesquecível show do ídolo Paul McCartney na bela Ressacada. Não podemos deixar de mencionar a participação sempre certeira dos colunistas Sérgio da Costa Ramos e Amilcar Neves, este último empossado recentemente na honrosa cadeira de imortal da Academia Catarinense de Letras. Para nós, integrantes da Revista Oficial do Avaí F.C., é uma verdadeira honra. Parabéns, Amilcar! Torcedor avaiano, curta a leitura e não se esqueça: críticas e sugestões são sempre bem-vindas. Entre em contato conosco através de nosso e-mail oficial e das redes sociais. Afinal de contas, a Revista Oficial do Avaí F.C. é feita para você! Boa leitura, Os editores revista oficial

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reportagem especial

o maior campeão de sc Após momentos de AngústiA e incertezAs, o AvAí F.c. deu A voltA por cimA e honrou, mAis umA vez, o mAnto AzurrA. de FormA AvAssAlAdorA contrA o seu mAior rivAl, conquistou o 16o título estAduAl e gArAntiu A hegemoniA no Futebol cAtArinense

Capa: Nesta edição, o fotojornalista Rubens Flôres flagrou um belo instante da comemoração avaiana no estádio Orlando Scarpelli.


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Avaí Futebol Clube

CONTEÚDO DA edição...

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Fundado em 1 de setembro de 1923 expediente Diretoria Executiva

Coordenação de Infraestrutura Gilson Luiz Rufino (interino)

Técnico de Futebol Hemerson Jose Maria

Coordenação de Suprimentos Carlos César Souza

Secretaria do Futebol Lúcia Dziedicz

Coordenação de Serviços Gerais Adenir Pedro da Silva

Superintendente de Negócios Nerto Laudelino Machado (interino)

Planejamento Enio Gomes

Coord. de Log. de Jogos e de Eventos Luciano Correa (Interino)

Gestão e Finanças Nerto Laudelino Machado

Assistente Administrativo Sheina Alves

Coordenação da Qualidade Kelly Priscila Franzoni

Assessoria de Marketing Thiago Pravatto

Assessoria Jurídica Dr. Sandro Barreto Dr. Tiago Queiroz Dr. Bruno Camicholi

Assistentes de Marketing Guilherme Sauthier Caros Eduardo Bonatelli

Presidente João Nilson Zunino Vice-Presidente Nilton Macedo Machado

Projetos de Engenharia e Arquitetura David Ferreira Lima Patrimônio e Manutenção Odilon Furtado Ação Social, Comun. e de Filantropia Nesi Brina Furlani

Assessorias Especiais Procuradoria Jurídica Tullo Cavallazzi Filho

Coordenação de Comunicação Paulo Scarduelli

Assessoria de Projetos David Ferreira Lima Scheyla Vanderlinde Secretaria Geral Papiola Cristina Gomes Superintendente de Esportes Ênio Gomes

Projetos Especiais Amaro Lúcio da Silva Relacionamento com Consulados Francisco José Battistotti Qualidade Terezinha Gartner

Gerente de Futebol Profissional Marcelinho Paulista Coordenação de Futebol Profissional Julio Rondinelli Coordenação Operac. de Futebol Profis. Vinicius Peixoto de Almeida

Relações Internacionais Misaki Tsuruta

Superintendências

Gerente de Futebol das Categ. de Base Diogo Fernandes da Rosa Otacílio

Superintendência Executiva Nerto Laudelino Machado

Coord. de Futebol das Categ. de Base Flávio Roberto

Superintendência de Administração Luciano Corrêa

Coord. Operac. de Futebol das Categ. de Base Eduardo Gaspar

Gerência Financeira e Contábil Maria de Lourdes da Silva

Coordenação de Saúde Desportiva Dr. Luis Fernando Funchal

Coordenação de Contratos Ivone da Costa

Coordenação de Esportes Olímpicos Enio Gomes (Interino)

Gerência de Recursos Humanos Ana Paula Laurentino Gerência de Logística e Infraestrutura Gilson Luiz Rufino

Assessoria de Imprensa Alceu Atherino Neves Gastão Dubois Vandrein Bion

Coordenação de Licenciamento Otília Pagani Coordenação Comercial Herval Antônio de Maria Coordenação de Relac. com Sócios Maria Inês Halliday Coordenação de Eventos Carlos Eduardo Bonatelli

Conselho Deliberativo Presidente Nereu do Valle Pereira Vice-presidente Alessandro Abreu Primeiro secretário Edmundo Simone Neto Segundo-secretário Flávio da Cruz

Conselho Fiscal Presidente Claudio da Silva Membros Valdir Joao Marques Glauco Augusto Vieira Rafael Sardá

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FINALISTA

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#16 — Ano 4 — Abril–maio de 2012

revistadoavai@avai.com.br Jornalistas responsáveis Nikolas Stefanovich SC/JP 2122

Alceu Atherino Neves SC/JP 3245

Repórteres Camila Spolti Pereira Carla Cavalheiro Celso Martins Felipe Coelho Marcelo Tolentino Róbinson Gambôa

Editor-chefe Nikolas Stefanovich

Foto da capa Rubens Flôres

Editores executivos Alceu Atherino Neves Luciana Pons

Revisão Ana Maria Bessa

Editor de arte Isaias Pinto Editor de fotografia Rubens Flôres

Projeto gráfico e execução Isaias Pinto Colaboradores Alceu Atherino Neves Amilcar Neves

Clóvis Medeiros Frederico Tadeu Giordany Bossato Jamira Furlani Luciana Pons Manoel Bento Sérgio da Costa Ramos Vandrei Bion Colaboraram com fotos Avaí Futebol Clube Carla Cavalheiro Fernando Willadino Geremia Photography Impressão Coan Indústria Gráfica

A Revista do Avaí é uma edição bimestral. Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer artigo ou imagem desta obra sem a autorização por escrito dos editores. A Revista do Avaí não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas assinadas e dos anúncios publicitários. Todo conteúdo voltado a publicação na revista do avaí deve ser enviado devidamente identificado.

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catarinense 2012 Avaí F.C. conquista o Campeonato Estadual pela 16ª vez. Especial paul McCartney O histórico show da lenda do rock mundial na Ressacada

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38 Cleber e mais 10 “Gostei, quero ficar para sempre”, afirma a melhor contratação do Avaí Emerson Nunes O novo auxiliar técnico da equipe em busca de novas conquistas

e mais...

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O lateral Patric está de volta à Ressacada Monitoramento reforça a segurança dos torcedores Adolfo Boos Junior: um craque avaiano das letras

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Avaí recebe a certificação ISO 9001 Cavallazzi: o eterno ídolo dos avaianos Intercâmbio traz atletas japoneses para o Avaí

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Seções

e colunas Cartas....................................... 8 Flagrante Eternizado.............. 10 Sérgio da Costa Ramos.......... 16 Tabela do Brasileiro................ 34 Aconteceu no Avaí................... 64 Leoa Avaiana........................... 74 Avaianos de Berço................... 78 Avaianos Pelo Mundo............. 79 Crônica Amilcar Neves........... 86

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Fotos: Divulgação/Avaí F.C.

Seção cartas

Olá, pessoal Estou enviando minha foto para a seção Avaianos pelo Mundo. Ficaria extremamente contente em ser agraciado com este presente no mês de meu aniversário. Esta foto foi tirada em Brasília-DF, no Supremo Tribunal Federal. Pra variar, levei meu manto sagrado. É a mesma camisa que me acompanha em todos os jogos. Abraços e muito obrigado! Anderson Paulo da Costa Por e-mail Nota do editor: Anderson, parabéns pelo seu aniversário! Publicamos, ao lado, sua foto em forma de agradecimento pela sua participação e divulgação da marca Avaí!

AOS Editores Olá, meu nome é Fabrícia Silveira e do meu namorado é Odinilson Manoel Silvano. Ele fez aniversário no último dia 20 de março e gostaria muito de homenageá-lo. Uma das coisas mais importantes da vida dele é o Avaí. Por isso, acho que ele merece sair na revista. Desde já agradeço muito! Fabrícia Silveira Por e-mail Nota do editor: Fabrícia e Odinilson, escolhemos esta foto para registrar na revista do Avaí. Parabéns ao casal pelo companheirismo e ao Odinilson pelo seu aniversário!

Minha Vaquinha Será que eu e a vaquinha Manto Sagrado temos chance de sair nesta edição? Valeu! Giane Severo Por e-mail Nota do editor: Giane, é com alegria que recebemos e publicamos sua foto. Esta é a nossa função. Interagir com o torcedor avaiano. Abraços e continue participando!

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flagrante eternizado

A elasticidade de Nunes

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imagem pode parecer forte, de uma séria contusão, mas representa a elasticidade e o preparo de um jogador profissional. O atacante avaiano Nunes, fortemente marcado pelo zagueiro Canuto, do Figueirense, tenta dominar a bola no clássico do segundo turno, realizado no Orlando Scarpelli. Para controlar a jogada, a perna direita do atleta parece que “torce”, saindo do lugar. O lance, flagrado pelo fotojornalista Rubens Flôres, ilustra a determinação, a vontade e a raça avaiana em busca da vitória.

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flagrante eternizado

O balé

da bola

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bservado pelo capitão Leandro Silva, o polivalente Pirão ensaia um passe coreografado com o defensor do Joinville, na vitória avaiana na Ressacada, em partida válida pelo segundo turno. Em mais um belo flagrante de Rubens Flôres, a magia da fotografia nos brinda com uma lance típico de balé: o balé da bola.

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flagrante eternizado

Momento

do gol

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o segundo jogo da final do Estadual, no estádio Orlando Scarpelli, o Avaí começou a colocar a mão na taça com o primeiro gol anotado por Cleber Santana de pênalti. Na imagem, flagrada pelo fotojornalista Rubens Flôres, a concentração de nosso camisa 10 e a expectativa dos atletas Pirão, Robinho (Avaí), Igor, Pablo e Fernades (Figueirense) segundos antes da cobrança.

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coluna

sérgio da costa ramos

A ópera do Leão no salão de festa

Dezesseis

vezes Avaí

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stava escrito há 10 milhões de anos, quarenta minutos antes do Nada, que o Avaí sagrar-se-ia, pela 16ª. vez, campeão de todos os catarinenses, numa mansa tarde de céu azul, e ainda por cima no estádio Orlando Scarpelli, endereço do maior rival. Os primeiros 45 minutos, meu caro Nelson Rodrigues, foram jogados com a alma – e nenhuma técnica. Para desfazer a imensa vantagem avaiana, o alvinegro jogava com a faca entre os dentes, mas não havia lucidez em seus movimentos. Aliado do tempo, o Avaí trocava passes – e sofria faltas. E assim deixou escoar o tempo como água em cesto – e o “senhor da razão” determinou uma primeira etapa sem gols. O segundo ato não seria uma simples ópera, mas um drama cronometrado, já com a ausência de Túlio, mosqueteiro sem nenhum controle, que ficou no vestiário. Junto com um maço de “Caporal Amarelinho”, pito de tua predileção, mando-te, meu caro Nelson Rodrigues, o VT do jogo, para que vejas com os teus próprios olhos como foi a “ópera” napolitana do Scarpelli, com suas tragédias e seus “allegros”. Logo depois do intervalo o Figueirense resolveu investir-se da “persona” do seu símbolo e mascote: o “furacão” ventou, relampejou e trovejou sobre a grande área avaiana. Diego, arqueiro azurra, fechou sua porta com impecável atuação. Então, o ímpeto alvinegro feneceu, depois de dez minutos. O Avaí jogava o segundo tempo como os 300 das Termópilas, com a garra dos guerreiros do general Leônidas Hemerson Maria. Num agudo contra-ataque pela esquerda, Felipe Alves sofreu pênalti do argentino Canuto. Com técnica apurada e uma inenarrável frieza, Cleber Santana, o craque do campeonato, converteu e aumentou a vantagem, então agregada em quatro gols. O Scarpelli rendeu-se, com civilidade, diga-se, à voz dos 18 Brancaleones da torcidinha avaiana, os 300 que pareciam 30 mil. E, desta vez, a vitória foi completa: título merecidíssimo, com três vitórias no “quadrangular final”. Não chorem meus caros amigos alvinegros – que os tenho, vivos ou já na arquibancada do Além: o Figueira jogou um belo campeonato – e foi vítima de uma injustiça “desregulamentar”: fez mais pontos, mas não levou. Ressalte-se, para o bem da verdade, que este formato, esquisito, bizarro, nada teve de “pontos corridos”. Nas finais, o certame transformou-se num “mata-mata” – e neste, o Avaí foi soberano. Agora já sabes, meu caro “Anjo”, aí das alturas de onde praticas o teu voyeurismo: aos 27 minutos aconteceu o lance definitivo da ópera: Laércio “Carreirinha” enfileirou os inimigos, entrou sem cerimônia área adentro - e encestou o segundo. A tarefa que desafiava o Figueira, muito maior do que a de Hércules, dobrava de tamanho: agora seriam necessários cinco gols para descontar o prejuízo. Dirão agora os idiotas da objetividade, torcedores anticelestiais: “comemoram o quê, esses azuis? Um lugar ao sol na Série B?” Ora, em verdade vos digo, meus caros Nelson e “amicci” rivais: - Comemoramos a hegemonia de um campeonato que já atravessou o século – e se incorporou à história do velho esporte bretão em Santa Catarina. Foi uma final tão dramática, tão intensa quanto um “Macbeth”, um“Coriolano”, um “Julio César”, um “Otelo”, um “Hamlet”, um “Rei Lear” – que eu rapidamente adaptaria para “Rei Leão”. Daqui para a frente, o Avaí só conhecerá “happy-ends”. A Série A é logo ali. E o décimo sexto campeonato catarinense já reluz no alto da juba do Leão. www.avai.com.br

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coluna

sérgio da costa ramos

Direto ao que interessa:

Faltam cinco meses.

A “A” é ali

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ois é, vamos combinar assim: Campeonato Estadual sempre foi laboratório. Nosso lugar é na A, para onde retornaremos em novembro. Estar nas semifinais ou na final do Catarinão seria apenas um “mínimo”, uma espécie de “termômetro” para testar a nossa febre. Nossa obsessão deve ser a volta, o “reencontro” com a grande ribalta da Série A. Todo o resto, como diria Nelson Rodrigues, é paisagem. Excluindo alguns nomes inconspícuos do futebol (os ASA, Arapiraca, Salgueiro e outros espantalhos), a Série B é um campeonato de dura exigência, com equipes mais ou menos parelhas e uma “guerra” em torno das quatro vagas que equivalem a um “título”: a ascensão à Série A.

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Para tanto, o Avaí precisa qualificar o seu elenco, com uma coluna “cervical” digna de confiança. Mais um bom zagueiro interior, um cabeça de área marcador que não viva excluído pelos cartões amarelos, um meia-armador que reveze com o excelente Cleber Santana no meio de campo (Marquinhos Santos?) e, crucial, ao menos um “matador” daqueles que fazem gols de todos os tipos – de dentro ou de fora da área, de bicicleta ou de canela... Sejamos sonhadores: faltam cinco meses para voltar à Série A. Mas serão cinco meses de muito trabalho, luta, suor, paixão. E que o azurra não fique só. Que a Ressacada volte aos seus tempos de ululante caldeirão azul.


Crescemos bem

É

extraordinário o crescimento do futebol ilhéu nestes últimos dois lustros. De uma estrutura ingênua, artesanal, Floripa se consolida na Série A do futebol brasileiro, embora viva num perpétuo trapézio, equilibrando-se no arame sem rede de um campeonato dificílimo. O passado, no futebol, só é saudoso pela sua limpa ingenuidade. Hoje, o dito profissionalismo vive processos nem sempre asseados, mas o “progresso” é evidente. No único bar do velho pardieiro chamado Adolfo Konder – também conhecido como “Pasto do Bode” - os torcedores ficavam de costas para o gramado, entre uma “Faixa Azul” e um “Traçado” - para quem não sabe: uma cervejota geladinha, casco escuro e uma caninha branca misturada com vermute. Nas arquibancadas de meia dúzia de degraus, o mundo se dividia entre Avaí e Figueirense - e só funcionava de maneira bipolar. Quem era do PSD, em Florianópolis, frequentava os comícios do Largo Fagundes, tomava café no Bar Rosa ou no Café Nacional, torcia pelos “players” do Avaí e pelos remadores do Clube Náutico Francisco Martinelli. A UDN delirava nos comícios pelo brigadeiro Eduardo Gomes (“é bonito e é solteiro”) na Praça Pereira Oliveira, valsava no Lira Tênis Clube, torcia na Bocaiúva pelo Figueirense , nas raias pelo Aldo Luz e degustava a rubiácea escaldante e liquefeita no Café do Quidoca - a dois passos do café rival, em plena Felipe Schmidt.

bode no pasto

N

o início dos anos 1960, o campeonato local ainda era o “Citadino”. No Estadual, as duas principais equipes da Ilha amargavam terrível ostracismo, com os campeonatos dominados pelo interior do Estado, pontificando Criciúma, Itajaí e Joinville como protagonistas de títulos e glórias. Teixeirinha ainda jogava, em fim de carreira no Carlos Renaux – e de casquete, aquele “gorrinho” com a aparência de forma de pudim, ao contrário. O grande programa do futebol era o “Momento Esportivo Brahma”, com reportagens do menino Roberto Alves, “caçulinha” de uma equipe que tinha Lauro Soncini, Fernando Linhares da Silva, Luiz Osnildo Martinelli, Hamilton Alves, Luiz Gonzaga Lamego - e tantos outros que fizeram, em duas ou três emissoras, um competente rádio-esportivo. O gramado era uma ficção. Um terral de área a área, com tufos mal gramados nas laterais. As marcações de cal não se contrastavam contra o chão de terra batida. Impossível saber se a falta era “na risca” da área... O principal aparador de grama era o bode do Valoca, único “carteira assinada da FCF”, a Liga comandada durante 25 anos por Osni Melo precursor da atual “Capitania”, também no posto há mais de quarto de século... O “fonçonaro” da FCF morava numa casinha à esquerda do córner, que dava para a Rua Altamiro Guimarães. Sua mulher excomungava todos os jogadores pés-tortos, cuja bola enlameada “carimbava” o varal de roupas estendidas, bem distante daquele gol, oposto à Avenida Mauro Ramos. Glórias interestaduais, efêmeras, só as da Seleção Catarinense de 1959. Vitórias contra o Paraná e Rio Grande. No futebol de clubes, haveria uma desclassificação do Grêmio pelo Metropol, na Taça Brasil de 1964.

Levado pela paixão

C

om o retorno do Avaí à Série A, Santa Catarina recuperará sua autoestima futebolística. O Leão apenas “estará” na B, numa transição que não pode durar mais do que os cinco meses de um campeonato duro, pontos corridos e muito suor derramado. O papel de todo avaiano, agora em maio, é encharcar a Ressacada com uma indomável paixão. Só a torcida será capaz de “pegar” o Avaí no colo e levá-lo de volta ao altar de excelência de onde ele nunca deveria ter saído. O Avaí merece. Floripa merece. A paixão da torcida azurra precisa turbinar esse reencontro. Sérgio da Costa Ramos

Jornalista, torcedor do Avaí e colunista do Diário Catarinense/RBS www.avai.com.br

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futebol profissional

reportagem: carla cavalheiro Fotos: rubens Flôres súmulas: spyros diamantaras estatísticas: MiSAKI TSURUTA

É campeão! Nada como um jogo após o outro para que o Avaí reforçasse a máxima de que “faz coisa” e de que é sim o time da raça!

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Absoluto

no futebol de Santa Catarina D

O atacante Nunes comemora o primeiro gol avaiano no clássico na Ressacada: arrancada para o 16º título estadual

ois jogos foram o suficiente para comprovar a supremacia avaiana em campeonatos Catarinense. E essa supremacia não poderia ter sabor melhor. Foram duas vitórias contra o maior rival, o Figueirense. O time, que conquistou o turno e o returno do Catarinense 2012, não conseguiu levantar a taça e viu o time da raça invadir Santa Catarina com a cor azul e branca. A batalha até a festa que tomou a Avenida Beira Mar em Florianópolis no domingo, dia 13 de maio, não foi fácil. Por momentos foi até desacreditada. Após a vitória de virada contra a Chapecoense e a garantia da vaga à final, os avaianos foram com tudo para o primeiro jogo. Na Ressacada lotada como há muito não se via, o Avaí, ao natural, fez 3 a 0 no Figueirense. O jogo, como não poderia ser diferente, começou nervoso dentro de campo e nas arquibancadas. Só que a partir da metade do primeiro tempo o Avaí começou a pressão e, nos contra-ataques, dominou a partida. Melhor em campo, o Leão foi derrubando aos poucos o favoritismo do adversário. Quebrou a primeira barreira aos 31 minutos, quando Patric recebeu a bola de Robinho pela esquerda e passou para Nunes tocar na saída do goleiro Wilson. Placar aberto, pânico do outro lado do campo e na torcida adversária que observava o favoritismo escorrer no gramado da Ressacada. O desespero do lado de lá piorou no segundo tempo, quando aos cinco minutos Felipe Alves marcou o segundo gol, após receber cruzamento de Cleber Santana. Os nove minutos, Cleber Santana cobrou falta com perfeição e deixou o Avaí com grande vantagem para o confronto final. “Foi nossa melhor atuação no ano. E graças ao competente trabalho da equipe jurídica do Avaí, que conseguiu o efeito suspensivo, estive em campo e pude contribuir para que o time realizasse esse grande jogo e conquistasse essa grande vitória”, disse o atacante Nunes no final da partida. www.avai.com.br

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futebol profissional

A batalha final O polivalente Pirão dribla o meio-campo Fernandes: supremacia avaiana

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semana que antecedeu o jogo da final do Catarinense 2012 foi de muita especulação, suposição. Teve quem buscou nos astros um provável placar. Teve quem apelou para os santos pedindo apoio para a vitória. Mas como o jogo só acaba após o apito final, foram precisos mais 90 minutos de aflição para, enfim, o avaiano poder gritar “É campeão!”. O jogo no estádio Orlando Scarpelli também teve grande público. O nervosismo, no entanto, estava do lado de lá. O Figueirense precisaria reverter o placar do primeiro jogo para, nos pênaltis, tentar tirar a taça que já estava praticamente nas mãos do Avaí. A bola rolou e logo o torcedor do Leão começou a contabilizar quantos minutos faltavam para erguer o troféu. Mesmo com a vantagem, o time, como prometeu o técnico Hemerson Maria, foi para cima. No segundo tempo, Felipe Alves sofreu falta dentro da área. Na conversão do pênalti, batido com maestria pelo craque Cleber Santana, a ampliação da festa avaiana no setor de visitantes. O foguetório já era verificado em vários pontos da cidade. Sem forças para reagir, o Figueirense via a festa avaiana e a situação piorou quando, aos 27 minutos, Laércio Carreirinha fez 2 a 0. Poucos viram, mas Jean Deretti descontou aos 41 minutos e o jogo terminou em 2 a 1 para o Avaí, campeão Catarinense 2012.

Altos e baixos na

temporada 2012 A

estreia do Avaí no Catarinense 2012 foi contra um de seus maiores rivais na competição: a Chapecoense. Campeã do Estadual em 2011, fez valer o mando de campo e venceu o Avaí por 1 a 0. O resultado, porém, não refletiu a fase dos dois times. Ainda em entrosamento, os grupos realizaram um jogo com poucas emoções. A partida marcou a estreia do técnico Mauro Ovelha no comando do Avaí. Diferente do ano passado, nesta temporada o Avaí iniciou com o time projetado para ser o titular. Essa partida teve a participação de Moretto, Leandro Silva, Renato Santos, Bruno, Arlan, Marcinho Guerreiro, Pirão, Robinho, Aelson, Cleverson e Ronaldo Capixaba. Cássio, Carreirinha e Neílson foram as opções de substituições do técnico Ovelha. 24

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abril–maio DE 2012

Na segunda rodada, em casa, o Avaí venceu por 3 a 0 outro grande adversário no Estadual: o Criciúma, que também havia perdido o primeiro jogo. Como de costume, o confronto dos dois times foi pegado e começou com o Avaí na frente. Pirão, ex-Criciúma, marcou os dois primeiros gols para o Leão num intervalo de três minutos, pouco antes de encerrar o primeiro tempo. Na etapa final, o jogo perdeu a qualidade técnica, porém, foi vantajoso para o Tigre, que conseguiu empatar. Com gol de Diogo Orlando aos 48 do segundo tempo, o Avaí conseguiu somar os primeiros pontos na competição. Novamente na Ressacada, na terceira rodada do turno do Catarinense, o Avaí voltou a vencer. Dessa vez a vitória foi para cima do Atlético de Ibi-


O maestro Cleber Santana comandando o meiocampo avaiano na derradeira final no Scarpelli: o craque do campeonato ĂŠ nosso

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futebol profissional

rama pelo placar de 2 a 1. Laércio Carreirinha e Bruno foram os autores da façanha azurra. Com seis pontos, o Avaí se aproximou da ponta da tabela. O Brusque foi o adversário da quarta rodada do turno. No estádio Augusto Bauer, o Avaí venceu os donos da casa por 1 a 0. A partida, que teve domínio avaiano, teve gol anotado por Renato Santos aos 34 minutos do primeiro tempo. “Tínhamos uma proposta, uma estratégia para o jogo, que era de tentar apertar o adversário no primeiro tempo, tentar sair com o resultado na primeira etapa. Acho que a equipe conseguiu isso, apertou no seu campo, teve oportunidade e, felizmente para nós, conseguimos sair com o placar favorável no primeiro tempo. No segundo tempo, o adversário também não se abriu, procurou atacar com bolas longas ou com a bola parada, então a gente tentou - dentro daquilo que o jogo apresentou - administrar o resultado, que era o mais importante”, declarou o técnico Mauro Ovelha ao final do jogo. Enquanto ainda vibrava com mais uma vitória, o torcedor avaiano foi informado de um grato reforço. O lateral Patric, que integrou o grupo de 2010, quando disputou mais de 40 partidas com a camisa do Avaí, retornou à Ressacada. Na quinta rodada do Catarinense, mais uma vitória. Na Ressacada o Avaí aplicou 3 a 0 no Camboriú. A vitória colocou o time temporariamente na liderança da disputa, com 12 pontos. Ronaldo Capixaba, Pirão e Neílson anotaram para o time do Sul da Ilha de Santa Catarina. “Foi um jogo que conseguimos fazer os gols, tanto eu como o Neílson. Muito se falava do ataque, pois não havia gol, mas estávamos ajudando de outra forma, com a nossa movi-

cha 1 X 0 avaí chapecoense Nivaldo; Fabiano, Souza e Leonardo; Gilberto Matuto, Eliomar (Diego Teles), Neném, Wanderson e William; João Paulo (Nicolas) e Tiago Cavalcanti (Barbosa). Técnico: Gilberto Pereira.

avaí Moretto; Renato Santos, Leandro Silva (Cássio) e Bruno; Arlan, Marcinho Guerreiro, Pirão, Robinho e Aelson (Laércio); Ronaldo Capixaba e Cléverson (Neílson). Técnico: Mauro Ovelha.

1ª RODADA - TURNO Local: Arena Condá, em Chapecó/SC Data e hora: 22/01/2012 – 17h Arbitragem: José Acácio da Rocha/SC – Assist.: Josué Gilberto Lamin e José Roberto Larroyd Cartões amarelos: Marcinho Guerreiro, Arlan, Pirão(A); Wanderson, Fabiano, Souza, Diego Teles, William(C) Gol: Fabiano(C) 25’ do 2º tempo

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abril–maio DE 2012

Na vitória contra o Atlético de Ibirama, na Ressacada, o veloz lateral Arlan passa pelo marcador

avaí 3 X 2 cri avaí Moreto, Renato Santos, Cássio e Bruno(Diego Palhinha); Arlan, Marcinho Guerreiro, Diogo Orlando, Robinho (Mika) e Pirão; Ronaldo Capixaba (Laércio) e Neílson. Técnico: Mauro Ovelha.

criciúma Andrey; Fabinho Capixaba, Rodrigo, Nirley e João Victor (Marcel); Tiago Dutra, Jackson, Itaqui e Guilherme (André Gava); Valdo (Alisson) e Anderson Costa. Técnico: Márcio Goiano.

2ª RODADA - TURNO – Local: Ressacada, em Fpolis(SC) – Data e hora: 25/01/2012 – 22h00. Arbitragem: Jefferson Schmidt/SC – Assist.: Rosnei Hoffmann Scherer e Neuza Inês Back. Cartões amarelos: Bruno, Pirão, Marcinho Guerreiro e Ronaldo Capixaba(A); Rodrigo, Jackson, André Gava Tiago Dutra, Andrey, Itaqui e Fabinho Capixaba(C) – Cartões vermelhos: Marcinho Guerreiro(A); Alisson(C) – Gols: Pirão(A) 43’ e 45’ do 1º tempo; Anderson Costa(C)32’, Nirley(C) 34’, Diogo Orlando(A) 48’ do 2º tempo

avaí 2 X 1 her avaí Moretto; Cássio, Renato Santos e Bruno; Arlan, Mika (Diego Palhinha), Diogo Orlando, Robinho (Maurício) e Pirão; Neilson e Ronaldo Capixaba (Laércio). Técnico: Mauro Ovelha.

Hermann Aichinger Giovani; Alemão, Vitor Hugo e Sílvio Bido; Jefferson, Xipote, Marcelo Quilder, Maicon (Matosinho) e Santos; Rogério (Michel) e Adriano (Felipe) Técnico: Giovani Nunes.

3ª RODADA - TURNO Local: Ressacada, em Florianópolis(SC) Data e hora: 29/01/2012 – 19h30 Arbitragem: Rodrigo D’Alonso Ferreira/SC auxiliado por Josué Gilberto Lamin e Carlos Felipe Schmidt Cartões amarelos: Pirão, Robinho, Diogo Orlando(A); Alemão, Rogério, Jefferson, Xipote (H) Gols: Bruno(A) 29’, Laércio(A) 41’, Felipe(H) 47’ do 2º tempo


mentação na frente, a nossa dedicação. Lógico que a falta de gols incomoda e atrapalha um pouco na hora de finalizar, de concluir as jogadas”, disse Capixaba após o término da partida. O jogo no estádio Hercílio Luz, em Itajaí, garantiu mais uma vitória para o Leão. O placar de 5 a 2 iniciou sendo desenhado pelo zagueiro Rafael que, após um longo período de tratamento, voltou ao time. Cléverson marcou dois e Ronaldo Capixaba e Robinho marcaram os outros gols que colocaram o time na liderança do Estadual. Embalado pela sequência de vitórias, chegou a vez de realizar o maior clássico de Santa Catarina. Avaí e Figueirense tiveram o primeiro encontro desta temporada no dia 12 de fevereiro. Na Ressacada, o Leão acabou sendo derrotado por seu maior rival pelo magro placar de 1 a 0. Como em todos os mais de 380 confrontos já realizados pelos dois times, muita pegada, muita raça e um apoio incondicional da torcida. A derrota para o Figueirense refletiu na partida da oitava rodada. O Avaí perdeu por 3 a 0 para o Joinville na Arena e se distanciou da liderança. “Em nenhum momento estivemos bem no jogo. A responsabilidade é minha em relação à escalação, durante o jogo todo também. A apatia dos jogadores também é responsabilidade minha, e o resultado também vem para mim nesse momento. Não é vergonha alguma assumir a responsabilidade”, admitiu o técnico Mauro Ovelha, em entrevista coletiva após o jogo. Na última rodada, a terceira derrota seguida. Na Ressacada, o Avaí perdeu de 1 a 0 para o Metropolitano.

BRU 0 X 1 avaí brusque João Ricardo; Pereira, Heverton, Marcelo Guerreiro e Roger; Guto, Adriano (Marcelo Gaúcho), William e Talhetti(Thiago Maestri); Felipe Oliveira e Chris (Jonatan). Técnico: Marcelo Caranhato

avaí Moretto; Renato Santos, Cassio e Bruno; Arlan (Rafael), Marcinho Guerreiro, Diogo Orlando, Robinho (Diego Palhinha) e Aelson; Ronaldo Capixaba (Cleverson) e Neilson. Técnico: Mauro Ovelha

4ª RODADA - TURNO Local: Augusto Bauer, em Brusque(SC) Data e hora: 1º/02/2012 – 22h Arbitragem: Paulo Henrique de Godoy Bezerra/SC – Assist.: José Roberto Larroyd e por Juliano Fernandes da Silva Cartões amarelos: Marcelo Gaúcho(B); Arlan, Bruno(A) Gol: Renato Santos(A) 35’ do 1º tempo

avaí 3 X 0 cam avaí Moretto; Renato Santos, Cassio e Bruno; Arlan, Marcinho Guerreiro, Diogo Orlando, Robinho (Diego Palhinha) e Pirão; Ronaldo Capixaba (Laércio) e Neilson (Cleverson). Técnico: Mauro Ovelha

camboriú Cairo; Paulo Ricardo, Neris, Peixoto e Rodolfo; Willian Feijó, Ramon (João Paulo), Thiago Mendes e Geninho (Thiago Henrique); Almir e Mailson. - Técnico: Eduardo Clara

5ª RODADA - TURNO – Local: Ressacada, em Florianópolis(SC) – Data e hora: 04/02/2012 – 19:30h Arbitragem: Célio Amorim/SC – Assist.: Nadine Schramm Câmara Bastos e Eder Alexandre Cartões amarelos: Diogo Orlando, Bruno(A); Ramon, Rodolfo, Geninho(C) Cartão vermelho: Cássio(A) Gols: Ronaldo Capixaba(A) 29’, Pirão(A) 33’ do 1º tempo; Neilson(A) 45’ do 2º tempo

mar 2 X 5 avaí Marcílio Dias Nei, Régis, André Luiz, Diego Correia e Guarú; Rodrigo Pontes (Márcio Tinga), Givanilton (Willian), Nílson Sergipano e Thiaguinho; Flávio Dias (Cadu Mineiro) e Leandro Costa. Técnico: Ronaldo Alfredo.

avaí Moretto, Marcinho Guerreiro, Rafael e Renato Santos; Arlan, Diogo Orlando, Pirão, Robinho (Mika) e Aelson (Cleverson); Ronaldo Capixaba e Neílson (Nunes). Técnico: Mauro Ovelha.

6ª RODADA - TURNO – Local: Dr. Hercílio Luz, em Itajaí(SC) Data e hora: 09/02/2012 – 21:00h Arbitragem: Jefferson Schmidt/SC – Assist.: Ângelo Rudimar Bechi e Rosnei Hoffman Scherer Cartões amarelos: Tiaguinho, Leandro Costa, Márcio Tinga(M); Marcinho Guerreiro, Moretto, Cléverson(A) Gols: Rafael(A) 5’, Nilson Sergipano(M) 18’ do 1º tempo; Cleverson(A) 21’ e 25’, Ronaldo Capixaba(A) 23’, Robinho(A) 28’, Diego Correia(M) 41’ do 2º tempo

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futebol profissional

“O sentimento é de que a primeira parte da missão foi cumprida” Técnico Hemerson maria

estatísticas da equipe Jogador

Jogos Min. Gols Aprov.

ALEKS

1 90 0 5%

AELSON

11 871

0 44%

NUNES

15 1022

3 52%

ARLAN

17 1459

1 74%

BRUNO

18 1456

1 74%

CASSIO

13 863

0 44%

CLEBER SANTANA

16

7

CLEVERSON

11 548

DIEGO PALHINHA

1373

69%

2 28%

9

248

3

DIEGO

10

900

0

13% 45%

DIOGO ORLANDO

15

1107

1

56%

FELIPE ALVES

8

552

6

28%

GILMAR

2 48 0 2%

MARRONE

2 96 0 5%

JAILTON

0

0 0 0%

CARREIRINHA

12 248

3 13%

LEANDRO SILVA

13

1150

0

58%

LEO CAMPOS

1

90

0

5%

LEO LIMA

0

0

0

0%

PIRÃO

17 1502

MORETTO

11 990

0 50%

MARCINHO GUERREIRO

8

MAURICIO

5 119 0 6%

MIKA NEILSON

720

4 76% 0

36%

9 448

0 23%

14 793

2 40%

PATRIC

7 585

1 30%

RAFAEL

7 455

1 23%

RENATO

20 1778

1 90%

ROBINHO

17 1270

2 64%

RODINEI RONALDO CAPIXABA

0 14

Mudanças

para o returno

A

estreia do Avaí no returno aconteceu no dia 29 de fevereiro. Diferente do primeiro encontro, dessa vez a partida contra a Chapecoense, na Ressacada, terminou empatada e sem balançar as redes. A falta de gols e de emoção no jogo teve um fator preponderante que atrapalhou o retorno dos times para o segundo tempo. A chuva impediu que os dois times conseguissem apresentar um bom desempenho técnico. Na segunda partida do returno, o reencontro com a vitória. No estádio Heriberto Hülse, o Avaí venceu o Criciúma por 2 a 0 e encerrou a sequência de quatro jogos sem vitórias e sem gols. O atacante Neílson e o meia Cleber Santana foram os autores dos gols. “A equipe se comprometeu com a parte tática. Todos procuraram marcar e os jogadores ofensivos também ajudaram. É um conjunto de coisas que pode fazer o time vencedor”, avaliou Mauro Ovelha. Na terceira rodada o amargo sabor da derrota de virada. No estádio Hermann Aichinger, o Avaí perdeu por 3 a 2 para o Atlético de Ibirama. Os gols avaianos foram anotados por Cleber Santana. Para o técnico Mauro Ovelha, a expulsão do lateral Arlan, no início do segundo tempo, contribuiu para a virada. “Não deu nem tempo para respirar e levamos o gol. Demos espaço para o adversário que fez um bom jogo dentro daquilo que sabe”, avaliou. Na quinta rodada a partida que encerrou a participação de Ovelha no Avaí: derrota por 1 a 0 para o Camboriú, no estádio Roberto Santos Garcia. Na sexta rodada, um jogo para lavar a alma. Na Ressacada, no dia 28 de março, o Avaí venceu por 6 a 1 o Marcílio Dias. O resultado foi uma injeção de ânimo no torcedor, porém, decretou o rebaixamento do time de Itajaí. Da conta total, Felipe Alves foi responsável por três gols. Diego

0 0 0% 820

2

41%

VITOR

0

0 0 0%

SALDANHA

5 168 1 8%

Observação: Dados referentes ao Campeonato Catarinense.

avaÍ 0 X 1 fig avaí Moretto; Rafael, Renato Santos e Cássio(Cleber Santana); Arlan, Bruno, Diogo Orlando, Robinho(Neílson) e Pirão; Cleverson e Ronaldo Capixaba (Nunes). Técnico: Mauro Ovelha

Figueirense Wilson; Pablo, Canuto, Fred e Guilherme Santos; Ygor (Doriva), Túlio, Toró (Luiz Fernando) e Roni (Sandro); Aloisio e Julio Cesar. Técnico: Branco

7ª RODADA - TURNO Local: Ressacada, em Florianópolis(SC) Data:12/02/2012 – 19h30min Arbitragem: Rodrigo D’Alonso Ferreira – Assist.: Kleber Lúcio Gil e José Roberto Larroyd Cartões amarelos: Pablo, Roni, Aloísio, Túlio(F); Bruno, Rafael(A) Gol: Roni(F) 17’ do 2º tempo

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abril–maio DE 2012

O elegante volante Mika em atuação contra o Figueirense: não teve para ninguém


O zagueiro, xerife e capitão Leandro Silva sobe a afasta o perigo da área avaiana: ao lado de Renato Santos, uma das melhores defesas do Brasil

Palhinha marcou dois e Laércio Carrerinha encerrou a conta aos 43 minutos do segundo tempo. A vitória embalou o time e a torcida para o clássico no estádio Orlando Scarpelli. No domingo, 1º de abril, o Avaí arrancou o empate do Figueirense e a partida terminou em 2 a 2. Sob o comando de Hemerson Maria e do auxiliar técnico Emerson Nunes, o resultado deu ao time um resto de esperança de poder continuar na disputa para levantar a taça 2012. O primeiro tempo do jogo terminou com vantagem para os alvinegros, que abriram o placar logo no início da partida e não fizeram mais nada. No segundo tempo, a vantagem foi ampliada. Porém, aos 12 minutos, Nunes marcou o primeiro gol e Cleber Santana, na sequência, X joi 3 0 avaí Joinville Ivan; Eduardo, Enio, Linno e Gilton (Badé); Glaydson, Fabiano Silva, João Henrique (Cristiano) e Tiago Real (Tarcísio); Bruno Rangel e Lima. Técnico: Argel Fucks.

avaí Moretto; Marcinho Guerreiro, Rafael e Renato Santos; Patric, Bruno (Nunes), Diogo Orlando, Cleber Santana, Robinho (Neílson) e Pirão; Ronaldo Capixaba(Cleverson). Técnico: Mauro Ovelha.

8ª RODADA - TURNO Local: Arena Joinville, em Joinville(SC) Data e hora: 21/02/2012 – 22h Arbitragem: Ronan Marques da Rosa/SC – Assist.: Rosnei Hoffmann Scherer e Helton Nunes. Cartões amarelos: Ivan, Gilton(J); Bruno, Pirão, Patric(A) Gols: Bruno Rangel(J) 18’, Lima(J) 21’ do 1º tempo; Gilton(J) 1’ do 2º tempo

estragou a “festa antecipada” do maior rival do Avaí. “O time foi muito guerreiro. Não é fácil sair de um 2 a 0 no Scarpelli. Quero ressaltar a força do grupo. Nós tivemos muita força para conseguir esse empate que não nos deixou confortáveis, queríamos a vitória, porque tivemos futebol para isso”, disse o técnico Hemerson Maria após encerrada a partida. O empate garantiu a invencibilidade de cinco anos do Avaí no Scarpelli. Desde fevereiro de 2007 que o Leão não é derrotado pelo maior rival no estádio do Estreito pelo campeonato Catarinense. Em cinco anos foram sete partidas, com três vitórias para o Avaí e quatro empates.

avaí 0 X 1 met avaí Aleks; Renato Santos, Cássio (Ronaldo Capixaba) e Bruno; Patric, Diogo Orlando, Cleber Santana, Cleverson (Robinho) e Pirão; Neilson (Gilmar) e Nunes. Técnico: Mauro Ovelha

Metropolitano Flavio Kretzer; Willian (Leo), Thiago Couto e Élton; Rodrigo Ninja, Alex Albert, Iverton, Erlando (Danilo) e Thiago Cristian (Wellington Simião); Rafael Costa e Maurinho. Técnico: César Paulista.

9ª RODADA - TURNO Local: Ressacada, em Florianópolis(SC) Data e hora: 26/02/2012 – 16h00 Arbitragem: Braulio da Silva Machado/SC – Assist.: Angelo Rudimar Bechi e Eder Alexandre Cartões amarelos: Nunes, Patric, Ronaldo Capixaba(A); Rafael Costa, Willian, Welington Simião(M) Gol: Thiago Cristian(M) 19’ do 1º tempo

avaí 0 X 0 cha avaí Moretto; Renato Santos, Leandro Silva, Bruno; Patric, Marcinho Guerreiro, Diogo Orlando, Cleber Santana, Pirão (Cleverson); Neílson (Gilmar) e Ronaldo Capixaba (Nunes). Técnico: Mauro Ovelha

Chapecoense Nivaldo; Rafael Lima (Diego Teles), Leonardo e Souza; Gilberto Matuto (Fabiano), Marcos Alexandre, Wanderson, Neném e Esquerdinha; Tiago Cavalcanti (Nicolas) e Jean Carlos. Técnico: Gilberto Pereira.

1ª RODADA - RETURNO Local: Ressacada, em Florianópolis (SC) Data e hora: 29/02/2012 – 19h30 Arbitragem: Célio Amorim/SC – Assist.: Hélton Nunes e por Erbeval Lodetti Cartões amarelos: Marcinho Guerreiro, Bruno(A); Souza, Leonardo, Marcos Alexandre (C)

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futebol profissional

A classificação F

altando duas rodadas para encerrar o returno da competição, cabia ao Avaí buscar a classificação. E o time não “arregou”. Mais vivo do que nunca no Catarinense, venceu o Joinville por 1 a 0 na Ressacada na partida válida pela oitava rodada do returno. Num jogo disputado, Cleber Santana garantiu a vitória com o gol marcado aos sete minutos do segundo tempo.

Com a vaga praticamente garantida, o time foi a Blumenau para a partida de encerramento do returno. O jogo até que foi fácil, tanto que o Leão venceu por 5 a 2, com gols de Felipe Alves (dois), Robinho, Arlan e Diego Palhinha. “O sentimento é de que a primeira parte da missão foi cumprida”, disse o técnico Hemerson Maria após o confronto que garantiu a vaga.

O jovem Felipe Alves no ataque contra o Joinville na penúltima rodada do returno: vitória deu fôlego extra em busca do título

X CRI 0 2 AVAÍ CRICÚMA Andrey; Fabinho Capixaba, Nirley, Anderson Conceição e João Paulo (Andres Romero); Jackson, Diego Oliveira, Itaqui e Lucca(Jean Moser); Valdo (André Gava) e Zé Carlos. Técnico interino: Silvio Criciúma

AVAÍ Moretto; Renato Santos, Leandro Silva, Rafael; Patric, Marcinho Guerreiro, Diogo Orlando, Cleber Santana, Aelson (Arlan); Neílson (Cléverson) e Ronaldo Capixaba (Saldanha). - Técnico: Mauro Ovelha

2ª RODADA - RETURNO Local: Heriberto Hülse, em Criciúma(SC) Data e hora: 04/03/2012 – 16h Arbitragem: José Acácio da Rocha/SC – Assist.: José Roberto Larroyd e Rosnei Hoffmann Scherer Cartões amarelos: Nirley(C); Patric, Moretto, Rafael, Neílson(A) – Cartão vermelho: Cleverson(A) Gols: Neílson(A) 43’ do 1º tempo; Cleber Santana(A) 45’ do 2º tempo

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abril–maio DE 2012

HER 3 X 2 avaí Hermann Aichinger Giovani; Vitor Hugo, Alemão, Fabrício; Sagaz, Xipote, Maicon (Michel), Mateus (Dinho) e Santos; Rogério (Marcelo Quilder) e Adriano. Técnico: Giovani Nunes.

avaí Moretto; Renato Santos, Leandro Silva, Rafael (Laercio); Arlan, Bruno, Mika, Cleber Santana, Aelson; Neílson (Nunes) e Ronaldo Capixaba (Saldanha). Técnico: Mauro Ovelha

3ª RODADA - RETURNO Local: Hermann Aichinger(Baixada), em Ibirama (SC) Data e hora: 10/03/2012 – 18h30 – Arbitragem: Ronan Marques da Rosa/SC – Assist.: Josué Gilberto Lamim e Juliano Fernandes da Silva – Cartão vermelho: Arlan (Avaí) Cartões amarelos: Vitor Hugo, Fabricio, Alemão(H); Cleber Santana, Laercio, Aelson(A) Gols: Cleber Santana(A) 4’ e 28’, Adriano(H) 34’ do 1º tempo; Rogério(H) 7’, Michel(H) 29’ do 2º tempo

avaí 2 X 0 BRU avaí Diego; Renato Santos, Leandro Silva e Cássio; Marrone, Bruno (Mika), Cleverson (Saldanha), Cleber Santana e Pirão; Nunes e Neilson (Laercio). Técnico: Mauro Ovelha.

Brusque João Ricardo; Marcelo Gaúcho (William), Héverton e Léo Brenno; Cleberson, Pereira, Luiz Henrique, Marvyn (Talhetti) e Rafinha; Thiago Maestri (Fagner) e Cris. Técnico: Joceli dos Santos.

4ª RODADA - RETURNO Local: Ressacada, em Florianópolis (SC) Data e hora: 17/03/2012 – 19h Arbitragem: André Luiz Back/SC – Assist.: Helton Nunes e Clair Dapper Cartões amarelos: Heverton, Léo Brenno, Talhetti, Luiz Henrique(B); Pirão, Bruno, Mika(A) Gols: Pirão(A) 22’ do 1º tempo; Saldanha(A) 42’ do 2º tempo


Confrontos difíceis e necessários

Q

“É coisa nossa!”

ta da semifinal, no estádio Índio Condá, confirmou a crescente do time na disputa. O time sofreu antes de poder comemorar a classificação à final. A Chapecoense saiu na frente. O Avaí empatou no segundo tempo com gol contra de Leonardo. O empate favorecia ao time dono da casa. Porém, a máxima futebolística garante que só o “Avaí faz coisa”. E fez! Aos 37 minutos do segundo tempo, depois de cobrança de falta, Patric apareceu na área e garantiu a vitória avaiana e a desclassificação do time campeão do Catarinense 2011. Frederico Tadeu/Avaí F.C.

uatro times chegaram às semifinais do Catarinense 2012: Avaí, Joinville, Chapecoense e Figueirense. Enquanto JEC e Figueirense disputavam uma das vagas à final, Avaí e Chapecoense travavam a luta para ver quem avançaria para colocar a mão na taça. No primeiro jogo, em abril, no estádio da Ressacada, o Leão saiu perdendo. A partida terminou empatada em 1 a 1. O gol de Nunes deixou o time com menos pressão para a partida em Chapecó. Menos pressão não significa facilitação. Mas o jogo da vol-

O título, o técnico e o craque do Catarinense 2012 são nossos!

E

le foi aplaudido de pé no Top da Bola, quando foi aclamado o melhor técnico do campeonato Catarinense 2012. Nascido em Florianópolis, criado em São José, em oito jogos, o técnico Hemerson Maria conquistou uma vaga no memorial avaiano. Oito jogos invictos! E não foi uma conquista qualquer. Hemerson e seu grupo de jogadores fizeram do Avaí o time mais vezes campeão de Santa Catarina. E não é mais vezes campeão contra qualquer time. Mas sim contra o maior rival avaiano, o Figueirense. “Assumi o lugar do técnico Mauro Ovelha com a responsabilidade de superar as dificuldades. Agora estou muito aliviado. Realizamos, durante dois meses, um trabalho de muito empenho com os jogadores, que se entregaram de corpo e alma. Tivemos apoio incondicional da diretoria, um trabalho incansável da comissão técnica. Plantamos e hoje temos os frutos”, comemorou ao final do clássico do título. Nos oito jogos no comando do Avaí, Hemerson Maria venceu seis partidas e empatou duas. O time marcou 22 gols e sofreu oito. “Temos certeza que o crescimento do time, que não aconteceu só nesses oito jogos, foi decisivo. O grupo se encontrou em campo e o resultado está ai”, conta.

cam 0 X 1 avaÍ Camboriú André; Bruno, Gesiel e Ferreira; Neris (Edson Galvão), Mendes, Ramon, Geninho, e Rodolfo; ClEnio (Kal) e Thiago Henrique (Diego Jardel). Técnico: Suca.

avaí Diego; Renato Santos, Leandro Silva e Cássio (Saldanha); Arlan, Bruno (Neilson), Cleber Santana, Robinho e Pirão; Nunes e Cleverson (Laércio). Técnico: Mauro Ovelha.

5ª RODADA - RETURNO Local: Roberto Santos Garcia(Robertão), em Camboriú(SC) Data e hora: 24/03/2012 – 19h Arbitragem: Célio Amorim/SC – Assist.: Ângelo Rudimar Bechi e Josué Gilberto Lamim Cartões amarelos: Leandro Silva, Pirão(A); Ramon, Rodolfo, Thiago Henrique, Ferreira, André(C) Gol: Ferreira(C) 44’ do 1º tempo

O melhor de Santa Catarina: Hemerson Maria com o troféu na festa do Campeonato Catarinense

avaí 6 X 1 mar avaí Diego; Arlan (Marrone), Renato Santos, Leandro Silva e Aelson; Bruno, Cleber Santana, Robinho e Saldanha (Diego Palhinha); Felipe Alves (Laércio Carreirinha) e Nunes. Técnico: Hemerson Maria.

Marcílio Dias Segalla; Willian (Amaral), Carlos Eduardo, Anelka e Tiaguinho; André Luiz, Nilson Sergipano, Giva e Júnior (Leandro Melo); Waldir (Thomaz) e Cadu. Técnico: Mauro Ferreira.

6ª RODADA - RETURNO Local: Ressacada, em Florianópolis(SC) Data e hora: 28/03/2012 – 22h – Arbitragem: Evandro Tiago Bender/SC – Assist.: Neuza Inês Back e Thiago Americano Labes – Cartões amarelos: Saldanha, Robinho(A); Willian, André Luiz, Carlos Eduardo, Giva, Leandro Melo(M) – Cartão vermelho: Tiaguinho(M) – Gols: Felipe Alves(A) 21’, 35’ e 44’ do 1º tempo; Nilson Sergipano(M) 12’, Diego Palhinha(A) 37’, Laércio 45’, Diego Palhinha(A) 46’ do 2º tempo

X fig 2 2 AVAÍ Figueirense Wilson; Pablo, Sandro, Canuto e Guilherme Santos; Ygor (Luiz Fernando), Túlio, Toró (Doriva) e Roni; Júlio César (Guilherme Lazaroni) e Aloísio. Técnico: Branco.

AVAÍ Diego; Arlan, Renato Santos, Leandro Silva e Aelson (Maurício); Bruno, Robinho (Diego Palhinha), Pirão e Cleber Santana; Felipe Alves (Laércio) e Nunes. Técnico: Hemerson Maria.

7ª RODADA - RETURNO Local: Orlando Scarpelli, em Florianópolis(SC) Data e hora: 01/04/2012 – 18h30 Arbitragem: Bráulio da Silva Machado/SC – Assist.: Kleber Lúcio Gil e José Roberto Larroyd Cartões amarelos: Bruno, Leandro Silva, Robinho, Felipe Alves, Pirão, Nunes(A); Ygor, Canuto, Pablo, Guilherme Santos(F) – Gols: Aloísio(F) 2’ do 1º tempo; Júlio César(F) 4’, Nunes(A) 12’, Cleber Santana(A) 40’ do 2º tempo

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futebol profissional

Quando o “Inacreditável Futebol Clube” entra em campo

M

uito se falou que até o mais avaiano não acreditava no título. Mas não foi bem assim. As batalhas enfrentadas até a conquista da vaga à semifinal e depois às finais comprovaram que a confiança do torcedor no time não se abalaria por tropeços do início do campeonato. “É preciso acreditar sempre. E o nosso grupo de jogadores acreditou quando muitos falavam que era uma situação impossível. O Avaí é um clube com uma força tremenda, com uma torcida fantástica. E nossa reação por certo foi impulsionada por isso. Para mim também foi uma superação. Eu precisava mostrar que era capaz, que era um líder que poderia fazer o grupo reagir. E conseguimos! A festa daquele domingo de dia das Mães eu não vou esquecer!”, garante Hemerson.

Momento decisivo

M

uitos podem achar que o momento decisivo para o técnico Hemerson Maria foi a partida final do Catarinense 2012. Mas não. Para ele, o Avaí começou a colocar a mão na taça no empate em 2 a 2 contra o Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, no dia 1º de abril, partida válida pela sétima rodada do returno. “Foi um jogo marcante porque o Figueirense era o favorito ao título até aquele momento, pelo que havia feito na competição. Ali eu vi que o nosso time era tão capaz quanto os adversários”, avalia ao citar a partida anterior, vitória de 6 a 1 contra o Marcílio Dias. “Muitos disseram que aquela goleada só havia sido construída porque o adversário era mais fraco. Era preciso superar também o que os outros achavam do Avaí”.

avaí 1 X 0 joi avaí Diego; Arlan, Renato Santos (Cássio), Leandro Silva e Aelson; Bruno, Pirão, Diego Palhinha (Diogo Orlando) e Cleber Santana; Felipe Alves e Nunes (Maurício). Técnico: Hemerson Maria.

Joinville Ivan; Eduardo, Pedro Paulo, Linno e Gilton; Glaydson, Ricardinho, Tiago Real (Carlos Alberto) e João Henrique (Ramon); Bruno Rangel e Lima (Alex) Técnico: Argel Fucks.

8ª RODADA - RETURNO Local: Ressacada, em Florianópolis(SC) Data e hora: 08/04/2012 – 16h Arbitragem: Rodrigo D´Alonso Ferreira/SC – Assist.: Nadine Schramm Câmara Bastos e Josué Gilberto Lamin Cartões amarelos: Bruno, Pirão(A); Ricardinho, João Henrique, Glaydson(J) Cartão vermelho: Pedro Paulo(J) Gol: Cleber Santana(A) 7’ do 2º tempo

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met 2 X 5 avaí metropolitano Flávio, Nequinha, Thiago Couto, Willian Gaúcho e Rodrigo Ninja; Alex Albert, Andrei (Welington Simião), Erlando (Diogo Dolem) e Thiago Cristian; Pantico (Clodoaldo) e Rafael Costa. Técnico: Cesar Paulista.

avaí Diego, Arlan, Cássio, Leandro Silva e Aelson (Mika); Diogo Orlando, Pirão, Cleber Santana e Robinho (Diego Palhinha), Felipe Alves (Laércio) e Nunes. Técnico: Hemerson Maria.

9ª RODADA - RETURNO Local: Estádio do SESI, em Blumenau (SC) Data e hora: 15/04/2012 – 16h Arbitragem: Célio Amorim/SC – Assist.: José Roberto Larroyd e Eder Alexandre Cartões amarelos: Aelson (A) Pantico, Nequinha (M) Gols: Felipe Alves aos 28/1T e aos 3/2T, Robinho aos 36/1T, Arlan 30/2T, Diego Palhinha 48/2T (Avaí); Thiago Couto aos 23/2T e Clodoaldo 32/2T (Metropolitano)

avaí 1 X 1 cha avaí Diego; Arlan, Cássio, Leandro Silva e Aelson (Diego Palhinha); Bruno (Diogo Orlando), Pirão, Cleber Santana e Robinho; Nunes e Felipe Alves (Maurício). Técnico: Hemerson Maria.

chapecoense Rodolpho; Fabiano, Leonardo e Dema; William, Wanderson (Diego Telles), Athos, Neném e Esquerdinha; Eliomar (Jean Carlos) e Eber (João Paulo). Técnico: Itamar Schulle.

semifinal - jogo de ida Local: Ressacada, em Florianópolis (SC) Data e hora: 22/04/2012 – 18h30 – Arbitragem: : Célio Amorim – Assist.: Nadine Schramm Câmara Bastos e José Roberto Larroyd. Cartões amarelos: Robinho, Diogo Orlando, Nunes, Maurício (A); Wanderson, William, Dema, João Paulo, Jean Carlos (C) – Gols: Eliomar, aos 19’/1º tempo (Chapecoense); Nunes, aos 26’/1º tempo (Avaí)


Um grupo

raçudo

N

a humildade de quem foi criado na Procasa, em São José, Hemerson Maria “dividiu” a conquista do título com os jogadores avaianos. “Eles têm caráter e raça inigualáveis. São jogadores que estão no Clube e têm o espírito avaiano. São também disciplinados taticamente e mantém uma vida regrada. Logo, são merecedores do que estamos vivendo agora”, comenta. Hemerson Maria permanece no comando do time para a temporada da Série B 2012. “Esperamos realizar um bom trabalho, de olho no acesso. Agora o trabalho é mais longo e é necessário que seja dado um passo de cada vez. Quando o Avaí se une, ele é mais forte”, conclui.

cha 1 X 2 avaÍ chapecoense Rodolpho; Fabiano, Souza (Leandrinho), Leonardo; William, Diego Teles, Athos, Nenem (Rafael Mineiro) e Esquerdinha; João Paulo (Eber) e Eliomar. Técnico: Itamar Schulle.

avaí Diego; Arlan, Renato Santos, Leandro Silva e Aelson; Mika, Pirão, Cleber Santana e Robinho (Laercio); Felipe Alves (Ronaldo Capixaba) e Maurício (Patric). Técnico: Hemerson Maria.

semifinal - jogo de volta Local: Arena Condá, em Chapecó (SC) Data e hora: 29/04/2012 – 16h – Arbitragem: : Paulo Henrique de Godoy Bezerra – Assist.: Ângelo Rudimar Bechi e Eder Alexandre – Cartões amarelos: João Paulo, William, Athos (C); Pirão, Aelson, Mika, Cleber Santana (A) – Cartões vermelhos: Esquerdinha (C); Aelson (A) Gols: Esquerdinha, aos 42/1T (C); Leonardo, gol contra, aos 31/2T; Patric, aos 36/2T (A)

avaí 3 X 0 FIG avaí Diego; Arlan, Leandro Silva, Renato Santos e Patric; Bruno, Mika, Robinho (Laércio) e Cleber Santana; Felipe Alves(Diogo Orlando) e Nunes (Cássio). Técnico: Hemerson Maria.

Marcílio Dias Wilson; Pablo, Sandro, Canuto e Guilherme Santos; Ygor, Túlio, Doriva (Luiz Fernando) e Fernandes (Franco Niell); Roni e Aloísio (Júlio César). Técnico: Branco

FINAL - JOGO DE IDA Local: Ressacada, em Florianópolis(SC) Data e hora: 06/05/2012 – 16h Arbitragem: Paulo Henrique de Godoy Bezerra – Assist.: José Roberto Larroyd e Eder Alexandre Cartões amarelos: Arlan e Patric (A). Júlio César e Guilherme Santos (F) Gols: Nunes, aos 32/1T; Felipe Alves, aos 3/2T; Cleber Santana, aos 10/2T (Avaí)

X fig 1 2 AVAÍ Figueirense Wilson; Pablo, Fred, Canuto, Guilherme Santos; Ygor, Túlio (Jean Deretti), Luiz Fernando (Toró) e Fernandes; Roni e Julio Cesar. Técnico: Branco.

AVAÍ Diego; Patric, Renato Santos, Leandro Silva e Pirão; Bruno, Mika, Cleber Santana e Robinho (Diogo Orlando); Felipe Alves (Laércio) e Nunes (Ronaldo Capixaba). Técnico: Hemerson Maria.

FINAL - JOGO DE VOLTA Local: Orlando Scarpelli, em Florianópolis(SC) Data e hora: 13/05/2012 – 16h Arbitragem: Paulo Henrique de Godoy Bezerra – Assist.: Kleber Lucio Gil e Nadine Schramm Camara Bastos Cartões amarelos: Luiz Fernando, Guilherme Santos e Roni (F), Bruno, Mika, Nunes e Laércio (A) Gols: Cleber Santana aos 15/2T; Laércio aos 27/2T; (Avaí) Jean Deretti aos 41/2T (Figueirense)

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futebol profissional

Três conquistas incalculáveis!

O

Avaí conquistou o título do Catarinense 2012 e Hemerson Maria foi eleito o melhor técnico. O meia Cleber Santana escolhido o craque da competição. Três conquistas que contribuem para que a moral do torcedor se eleve após o rebaixamento no ano passado. Para o jogador, no entanto, essas três conquistas têm que servir de estímulo para a maratona de jogos que o Avaí tem pela frente na Série B.

Confir próxim a na matéria a edição sobre completa o Ava Série B í na

“Temos de começar o Brasileiro com o pé direito. Vou ficar no Avaí e tenho certeza de que vamos conseguir o acesso à Série A. Se jogarmos a Série B como jogamos as duas. últimas partidas da final do Catarinense, com certeza vamos atropelar muitas equipes. Por isso, temos de entrar em campo com esse pensamento e bem focados”, garante.

CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B 2012 – Relação de jogos do Avaí Data Hora Mandante Visitante Estádio Cidade

Data Hora Mandante Visitante Estádio Cidade

1ª RODADA TURNO

20ª RODADA RETURNO

19/05 Sab 16h20

Boa-MG X Avaí

Dilson Mello Varginha-MG

2ª RODADA TURNO 22/05 Ter 20h30

Avaí X São Caetano-SP Ressacada Fpolis-SC

3ª RODADA TURNO 29/05 Ter 20h30

América-RN X Avaí

Nazarenão Goianinha-RN

Avaí X Joinville Ressacada Fpolis-SC

Ipatinga-MG X Avaí

João Lamego Ipatinga-MG

Avaí X América-MG Ressacada Fpolis-SC

22/06 Sex 20h30 Guaratinguetá-SP X Avaí

Dário Leite Guaratinguetá-SP

Vitória-BA X Avaí

M. Barradas Salvador-BA

Rei Pelé Maceió-AL

Serra Dourada Goiânia-GO

Durival Britto Curitiba-PR

Brinco Ouro Campinas-SP

29/09 Sab A definir

Avaí X Vitória-BA Ressacada Fpolis-SC

06/10 Sab A definir

ASA-AL X Avaí

A definir A definir

13/10 Sab A definir

Avaí X CRB-AL Ressacada Fpolis-SC

16/10 Ter A definir

Atlético-PR X Avaí

A definir A definir

20/10 Sab A definir

Avaí X Goiás-GO Ressacada Fpolis-SC

23/10 Ter A definir

Bragantino-SP X Avaí

Nabi Abi Chedid Bragança Paulista

27/10 Sab A definir

Avaí X Paraná-PR Ressacada Fpolis-SC

03/11 Sab A definir

Ceará-CE X Avaí

Pres. Vargas Fortaleza-CE

06/11 Ter A definir

ABC-RN X Avaí

Frasqueirão Natal-RN

10/11 Sab A definir

Avaí X Guaraní-SP Ressacada Fpolis-SC

37ª RODADA RETURNO Avaí X Barueri-SP Ressacada Fpolis-SC

19ª RODADA TURNO

17/11 Sab A definir

Barueri-SP X Avaí

Arena Barueri Barueri-SP

38ª RODADA RETURNO Criciúma X Avaí

Herib. Hulse Criciúma-SC

Observação: Tabela sujeita a alterações pela CBF.

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Avaí X Guaratinguetá-SP Ressacada Fpolis-SC

36ª RODADA RETURNO Guaraní-SP X Avaí

18ª RODADA TURNO

21/08 Ter 20h30

22/09 Sab A definir

35ª RODADA RETURNO Avaí X ABC-RN Ressacada Fpolis-SC

17ª RODADA TURNO

17/08 Sex 20h30

Arena Jacaré Sete Lagoa-MG

34ª RODADA RETURNO Avaí X Ceará Ressacada Fpolis-SC

16ª RODADA TURNO

14/08 Ter 20h30

América-MG X Avaí

33ª RODADA RETURNO Paraná-PR X Avaí

15ª RODADA TURNO

07/08 Ter 20h30

15/09 Sab A definir

32ª RODADA RETURNO Avaí X Bragantino-SP Ressacada Fpolis-SC

14ª RODADA TURNO

04/08 Sab 16h20

Avaí X Ipatinga-MG Ressacada Fpolis-SC

31ª RODADA RETURNO Goiás-GO X Avaí

13ª RODADA TURNO

31/07 Ter 20h30

11/09 Ter A definir

30ª RODADA RETURNO Avaí X Atlético-PR Ressacada Fpolis-SC

12ª RODADA TURNO

27/07 Sex 20h30

Arena Joinville-SC

29ª RODADA RETURNO CRB-AL X Avaí

11ª RODADA TURNO

21/07 Sab 16h20

Joinville-SC X Avaí

28ª RODADA RETURNO Avaí X ASA-AL Ressacada Fpolis-SC

10ª RODADA TURNO

17/07 Ter 20h30

08/09 Sab A definir

27ª RODADA RETURNO

9ª RODADA TURNO

14/07 Sab 16h20

Avaí X América-RN Ressacada Fpolis-SC

26ª RODADA RETURNO

8ª RODADA TURNO

06/07 Sex 20h30

04/09 Ter A definir

25ª RODADA RETURNO

7ª RODADA TURNO

30/06 Sab 16h20

Anac. Camp. São Caetano-SP

24ª RODADA RETURNO

6ª RODADA TURNO 15/06 Sex 20h30

01/09 Sab A definir São Caetano-SP X Avaí

23ª RODADA RETURNO

5ª RODADA TURNO 08/06 Sex 20h30

Avaí X BOA-MG Ressacada Fpolis-SC

22ª RODADA RETURNO

4ª RODADA TURNO 02/06 Sab 16h20

28/08 Ter A definir

21ª RODADA RETURNO

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24/11 Sab A definir

Avaí X Criciúma Ressacada Fpolis-SC


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perfil avaiano

Cleber SANTANA

o CAMISA 10

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Adaptado a Florianópolis, o

craque promete muito empenho e luta para colocar o Avaí na série A reportagem: Róbinson Gambôa Fotos: rubens Flôres

P

rincipal contratação avaiana para 2012, o meia Cleber Santana não precisou de muito tempo para mostrar a que veio. Desde sua estreia com a camisa do Leão, na sétima rodada do campeonato catarinense, ele vem marcando gols, dando passes preciosos e mostrando muito empenho na marcação. O volante que virou goleador e que já marcou seus gols contra Barcelona e Real Madrid revela estar apaixonado por Florianópolis e garante que pretende ficar por muito tempo na Ressacada. “Minha família está adorando a cidade, muito limpa e organizada”, disse. Cleber alugou uma casa no bairro Trindade, mas

desde que chegou só conseguiu ir à praia uma vez, com a mulher e as filhas, na Daniela. “É tudo muito lindo, um lugar para ficar para sempre”, disse. Nas ruas da cidade, o reconhecimento e apoio dos torcedores têm sido bastante motivadores. “As pessoas aqui são muito educadas”, revela. Pernambucano de Recife, Cleber se profissionalizou no Sport e passou pelo Vitória, Kashiwa, Atlético de Madrid, Mallorca, Santos, São Paulo e Atlético Paranaense antes de chegar ao Avaí. Na Europa, em 2007, ajudou o Atlético de Madrid a se classificar para a UEFA Champions League, competição que o clube

Cleber em ação contra a Chapecoense, na Ressacada, na primeira rodada do returno: maestro do meio-campo avaiano

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perfil avaiano

Na partida contra o Joinville na Ressacada, na penúltima partida do returno, Cleber deixou sua marca e garantiu a vitória ao Leão

não disputava há 12 anos. Na temporada seguinte, defendeu o Mallorca, onde fez o gol da vitória contra o Barcelona, já coroado campeão espanhol. Na semana seguinte, voltou a marcar, desta vez contra o Real Madrid. Ter começado no futebol como volante dá a Cleber uma versatilidade bastante útil ao time, já que pode ser escalado em qualquer posição do meio para a frente. “Procuro fazer meu papel dentro de campo. Estou me sentindo bem na função, tanto que consigo correr, ajudar, volto para marcar, e ainda chego na frente. Estou bem fisicamente, confiante. O importante é a gente se ajudar, dar opção para o outro e conversar para que as coisas venham a melhorar”, afirmou. Para voltar à Série A, o Avaí vai precisar enfrentar verdadeiras batalhas neste ano. Mas Cleber garante estar preparado para as dificuldades. “O torcedor quer ver a gente dar o espetáculo e conseguir a vitória. O mais importante é vencer, porque o nosso objetivo é o título”, completou.

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Cleber comemora um de seus sete gols no catarinense: a alegria de um verdadeiro craque


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perfil avaiano 2

reportagem: róbinson gambôa Fotos: rubens Flôres

Patric de volta à Ressacada 42

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Na partida contra a Chapecoense, na Ressacada, Patric dribla os marcadores adversários.

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Patric na sala de musculação da Ressacada: amor ao Avaí motivou a volta do lateral à Ressacada

retorno do lateral Patric à Ressacada marcou no início deste ano a retomada do projeto avaiano de voltar à elite do futebol brasileiro. Ídolo e dono da camisa 2 durante os dois primeiros anos em que o Avaí disputou a Série A, Patric desembarcou na Ilha cheio de vontade de poder contribuir na luta pelas conquistas em 2012. Apesar de jogar na defesa, Patric apoia com tanta eficiência que se deu ao luxo de prometer gols tão logo foi reapresentado no Clube. “Agora estou feliz, posso beijar esse escudo”, disse. Patric volta para casa cheio de boas histórias para contar. Na Ponte Preta, foi titular na conquista da vaga para a Série A. No Atlético Mineiro, passou algum tempo parado por uma lesão na coxa direita, o que prejudicou sua temporada. Mas garante que tudo serviu de lição para se tornar um jogador ainda melhor do que era. “Recebi outras propostas, mas escolhi o Avaí”, declarou. Patric é natural de Criciúma, mas se considera um avaiano de coração, graças à relação de filho e pai que mantém com o presidente João Nilson Zunino. “Quero conquistar títulos para dar de presente a ele e à torcida”, afirmou o lateral. Contestado pelos torcedores quando chegou ao Clube pela primeira vez, Patric conquistou a confiança dos avaianos com talento, disciplina e demonstrações de amor à camisa. Seu gol num chute de trivela, numa vitória contra o Inter, no Beira-Rio, virou símbolo do seu bom desempenho. E agora ele está de volta, mais forte, mais maduro e experiente, para repetir o mesmo sucesso. Durante o tempo em que esteve fora, Patric teve bons e maus momentos. A morte do avô e do tio, em Criciúma, chegou a abalar seu emocional, mas não o fez desistir. Como um leão, Patric deu a volta por cima. Agora, seu primeiro filho vai nascer, mostrando que a vida cumpre seu ciclo. De volta à Ressacada, Patric diz ter encontrado um Clube ainda melhor e maior do que quando deixou Florianópolis. “O departamento médico foi ampliado e até a alimentação melhorou”, observou. Com contrato até 2014, o lateral terá tempo de sobra para mostrar para que veio e dar sua contribuição às vitórias e títulos. “Eu ainda vou dar muitas coisas boas ao Avaí”, disse. www.avai.com.br

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perfil avaiano 3

Cássio e Rafael

Irmãos de aço 44

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reportagem: Camila Spolti Fotos: rubens flôres

N

o dia 8 de julho de 1986 nascia em Porto Alegre (RS) Rafael de Souza. Quinze minutos mais tarde vinha ao mundo o irmão Cássio de Souza. Naquele momento poucos imaginavam que os dois seriam unha e carne. E imaginavam menos ainda que fossem brilhar juntos no futebol. Os gêmeos começaram a carreira aos sete anos nas categorias de base do Grêmio. Anos depois continuam unidos e a sintonia é levada para dentro de campo. “Temos uma ligação bem forte, sempre nos demos bem e isso ajuda no nosso desempenho nos gramados“, afirma Rafael, o irmão “mais velho”. Não bastassem os mesmos gostos, personalidades parecidas e a indiscutível semelhança física, os irmãos ainda escolheram a mesma posição para jogar, a zaga. Bom para o Avaí que hoje conta com um reforço em dobro em campo. Os irmãos são os únicos atletas que estavam no elenco do Avaí no acesso à Série A em 2008 e hoje permanecem no Clube. “Nunca vamos esquecer aquele jogo que colocou o Avaí novamente na elite do futebol. Era um sonho e foi muito bom podermos estar juntos nesta partida. Fazemos parte da história do Clube”, conta Rafael. Em 2011, Rafael teve uma participação curta no Lugano, da Suíça. Devido a uma fratura no tornozelo retornou ao Avaí, onde este ano completou a sexta temporada e alcançou a marca dos 150 jogos. Cássio, em 2009, foi para o Fluminense, onde passou dois anos e integrou o grupo que foi campeão Brasileiro em 2010. No ano passado, retornou para o Avaí. “Estamos mais maduros e experientes para ajudar o Avaí, que é nosso time do coração”, afirma. Rafael e Cássio não costumam fa­ lar de trabalho em casa, mas um sempre pro­cura dar conselhos para o outro. “Es­ t a­m o s s e m­p r e conversando. Se reparamos alguma coisa já damos um toque. É um querendo ajudar o outro”, destaca Cássio. www.avai.com.br

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Matéria de Capa

Rafael depois do clássico no Scarpelli pelo Catarinense de 2011: mais uma vitória avaiana

Cara de um, focinho do outro! A

semelhança entre Cássio e Rafael é motivo de brincadeiras e também de confusões. A família, os amigos mais chegados e os colegas de clube até são capazes de distinguir um do outro. Mas quem não convive com os gêmeos consegue provocar episódios hilários. “No clássico entre Avaí e Figueirense, na Ressacada, no primeiro turno do Catarinense 2012, eu fui tirar satisfação com um jogador de uma forma mais enérgica porque ele zombou da nossa torcida e um promotor viu pela televisão. O Rafael foi intimado no meu lugar”, conta Cássio. Rafael relembra que, por causa da aparência, passaram por algumas saias justas. “Quando a gente jogava na categoria de base do Juventude, em 2006, eu era o titular e fui expulso. Então o Cássio, que era o reserva, entrou 46

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em campo e a torcida ficou super-revoltada. Eles tiveram que me buscar e colocar ao lado do Cássio para provar que éramos pessoas diferentes”, conta. Poder jogar futebol juntos num clube como o Avaí, onde há afinidade, é uma honra para os irmãos. “Quando paramos para pensar na oportunidade que temos nas mãos, a gente se sente muito feliz e orgulhoso, pois isso é raro. Nos sentimos em casa”, afirma Rafael. Orgulho para eles e para toda família, principalmente para a mãe, Maristela. “Se já é difícil ver um filho em campo, imagina os dois. Quando tem alegria é dobrada e tristeza também, mas graças a Deus, no nosso caso, a alegria sempre foi maior”, encerra Cássio.


Autor do gol que garantiu o empate contra o América-MG no Brasileirão de 2011, Cássio estava na equipe que garantiu o acesso em 2008

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Superação avaiana

Emerson 48

Nunes

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Um coração que pulsa por novas

conquistas reportagem: camila spolti Fotos: rubens Flôres

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ascido em Belo Horizonte (MG) e criado em uma família humilde, Emerson Nunes deu os primeiros chutes ainda descalço nas ruas do bairro em que morava. Aos 11 anos foi aprovado em um teste no Cruzeiro, onde jogou por 10 anos, fez história e não parou mais. Em 2010, o zagueiro, que também atuou no Botafogo e Nacional, de Portugal, chegou ao Avaí e integrou o grupo que conquistou o campeonato Catarinense. Em 2011 foi o primeiro atleta a renovar o contrato com o Clube. Não sabia ele que aquela assinatura de contrato não poderia ser renovada. Passados alguns meses, a tão sonhada carreira de jogador precisou ser interrompida precocemente por causa de um problema cardíaco. Após uma série de exames, Emerson foi submetido a uma cirurgia para a colocação de um stent, um tipo de cateter que serve para desobstruir a artéria do coração. “Tinha alguns sintomas, mas não imaginava que seria algo tão grave. O primeiro momento não foi nada fácil. Chorei bastante porque achei que não tivesse mais solução. Foi difícil conseguir realizar o sonho de ser jogador e de repente isso tudo estava indo por água abaixo”, relata. Em um dos momentos mais difíceis de sua vida, o zagueiro de 29 anos contou com o apoio dos amigos que fez no Avaí. “Todos me mandavam mensagens positivas, desde o funcionário da limpeza até o presidente João Nilson Zunino. Isso não tem preço. Serei eternamente agradeci-

do por essa demonstração de carinho que me deu muita esperança e me fortaleceu”, recorda. Se havia o apoio dos amigos de Clube, havia também o apoio em casa. Foi na família, principalmente na esposa Kátia e no pequeno Arthur, de apenas dois anos, que ele conseguiu as forças que faltavam para superar o drama. “A minha maior alegria era quando eu chegava em casa e o Arthur me recebia com um abraço e um sorriso. Ele me mostrava que o importante é a família estar unida. Muitas vezes eu e minha esposa estávamos no sofá chorando e ele começava a enxugar nossas lágrimas e eu via que precisava ser forte por eles. Eu precisava vencer aquilo. Eu podia e queria superar aquele momento”, relembra. Emerson conta que, quando descobriu a doença cardíaca, relutou para não ter de pendurar as chuteiras. Largar os gramados era tão difícil quanto aceitar que estava doente. “O que nos fortalece diante destes momentos é definir prioridades na vida. Primeiro é Deus, em segundo é a família. Eu poderia tentar jogar mais uns anos, mas sempre haveria um pequeno risco. Diante deste um por cento de risco, eu preferi ficar com minha família, poder acompanhar o crescimento do meu filho. Eu sei que eles vão me amar independente de eu ser jogador ou não”.

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Superação avaiana

Ainda como atleta, Emerson durante treinamento na Ressacada

recomeço fora das quatro linhas

E

m fevereiro deste ano, Emerson Nunes começou uma nova caminhada. A atuação como jogador está registrada na história do Avaí e na mente de cada torcedor. Agora, a experiência adquirida em campo será repassada para outros atletas. Emerson foi contratado como auxiliar técnico do Avaí. “É uma grande alegria poder continuar envolvido com aquilo que eu amo fazer, que é jogar futebol. Estou muito motivado em poder orientar e comandar um grupo de jogadores e assim auxiliá-lo a conquistar um título e também realizar o sonho de jogar futebol”. Acostumado com desafios, Emerson garante estar preparado para essa nova fase. “É um momento de aprendizado. Acredito que assim como tive de superar etapas

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e mostrar que era capaz como jogador, vou ter de provar todos os dias que sou capaz de desempenhar esse papel. Quero ser um treinador que permaneça muito tempo no Clube, que crie identificação com o time e que sempre deixe as portas abertas por onde passa”, planeja. Para a torcida que sempre o apoiou, Emerson Nunes deixa um recado: “Vou me preparar bastante. Não sei quanto tempo vai ser necessário, mas acredito que logo vou poder retribuir à nação avaiana esta oportunidade e também retribuir o carinho que sempre recebi de todos desde que cheguei a Florianópolis. Um dia eu vou comemorar títulos aqui como treinador”.


Emerson com a esposa Kátia e o pequeno Arthur, de dois anos, no gramado da Ressacada: amor da família em primeiro lugar

Incentivo da esposa

S

abe aquele ditado “atrás de um grande homem existe sempre uma grande mulher”? No caso de Emerson Nunes essa expressão é perfeita. Ele e a esposa Kátia Dione de Sena Nunes se conheceram quando eles estudavam juntos no ensino médio, em Contagem, Minas Gerais. Casados há nove anos, ela sempre se dedicou ao marido e, nos últimos meses, precisou se fortalecer para enfrentar ao lado do companheiro o momento mais difícil da vida dele. Kátia conta que, dois meses antes do diagnóstico apontar que Emerson não poderia mais seguir com a carreira de jogador, ela tinha evidências do que poderia acontecer devido a conversas com o médico e pesquisas que fez sobre a doença. Durante este período, não perdeu a fé e sempre incentivou o marido. “Fiquei ao lado dele e não deixei que ele se frustrasse.

Eu enxergava outras possibilidades”. A esposa diz que não imaginava Emerson longe do futebol. Porém, chegou a pensar em outro ramo de atuação para ele. Para felicidade da família, veio a oportunidade de trabalhar como auxiliar técnico do Avaí. “Foi uma grande benção. Não conseguia ver ele feliz em outra função que não fosse com o futebol. Ele sempre foi um bom líder, foi referência e eu achei que seria natural que ele seguisse na área como técnico”. Segundo Kátia, por trás daquele atleta dedicado nos gramados que a torcida está acostumada a ver, existe um superpai, que cuida e ama o filho Arthur como um ser precioso e é um excelente companheiro. “Ele é a melhor metade de mim. Ele é o espelho de alguém que eu gostaria de ser. Um exemplo de luta e garra”, conclui.

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beatle mania

Paul

McCartney 52

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Uma noite para ficar registrada na história do rock e da Ressacada reportagem: Marcelo Tolentino Fotos: Fernando Willadino

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o dia 25 de abril, Florianópolis fez um golaço ao trazer o maior show internacional da história de Santa Catarina com o ex-beatle Paul McCartney. Com isso, o estádio da Ressacada, que recebeu o músico, entrou para a história do rock em uma noite de chuva constante, mas que não desanimou o público, como na final de um campeonato. Mas em vez do Leão, outra fera estava no centro das atenções. Assim que entrou no palco, Paul McCartney conquistou o público de cara com uma expressão típica da Ilha. “Olá, manezinhos”, disse o astro entre a segunda e a terceira música. Depois, para delírio das 30 mil pessoas que assistiam ao show, completou: “Oi, oi, oi, Floripa”. “Esta noite vou tentar falar um bocadinho de português, mas vou falar mais inglês, tá ligado?”. Com um repertório longo, 38 canções e quase três horas de apresentação, Paul deu uma aula de rock, gentileza e interação com seus fãs. O público, que envolvia faixas etárias diversas, pode ouvir canções que estão no imaginário popular e cantar sucessos como “All my loving”, “Hey Jude” e

“Let it be”, em um imenso caraoquê. Um dos momentos mais marcantes ocorreu durante a canção “The live and let die”,quando fogos saíram do palco e explosões surgiram dos telões, em um efeito visual que contagiou a platéia. O roqueiro também fez homenagens aos colega de banda já falecidos, tocando “A Day in the life”, de John Lennon, e “Something” de George Harrison. Acompanhado de uma banda tão profissional quanto competente, e bem humorada, o grupo lembrava o “clima Beatle”, com destaque para o impagável baterista Abe Laboriel Jr, que fez uma coreografia para o público durante a execução da música “Dance Tonight”. Ao longo do show, Paul McCartney continuava se aventurando no “mundo mané”, ao falar “Vocês são massa”, “Ilha da Magia” e “Istepô”. Tirando alguns contratempos, tanto a chegada quanto a saída do estádio foram tranquilas, levando em consideração a multidão que lotou a casa do Avaí F.C. Sem dúvida, agora, este público tem lugar cativo na história do rock and roll, bem como a Ressacada, onde não ocorreu uma única briga. www.avai.com.br

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beatle mania

Uma avaiana nos gramados do rock A

vaiana, a jornalista Juliana Bassetti pisou na Ressacada já sabendo que o jogo estava ganho e que iria presenciar um espetáculo. Por isso, não se importou de enfrentar a fria madrugada na fila da bilheteria para garantir o ingresso. “De cadeira de praia e caixa térmica para enfrentar aquela que foi a mais fria noite de março. Curti a madrugada entre barracas e lonas improvisadas, embalada ao som de Beatles e Mamonas Assassinas”, contou ela. Passadas 11 horas, ela e o amigo finalmente conseguiram comprar os ingressos para o gramado. Apesar da chuva, da grana curta, da cerveja cara e do cansaço, nada estragaria a noite. “A vibração do público, a empolagação dos amigos, a surpresa da próxima música, ser levantada no ombro e ver um mar de gente batendo palmas: tudo isso dava um novo gás e tornou o show especial e inesquecível”.

Show de rock e interação com o público “N

unca fui uma beatlemaníaca, mas confesso que me arrependi de não ter sido”, lamenta a jornalista Dariene Pasternak, depois de ter visto o show do Paul McCartney. Para ela, escutar os sucessos do ex-beatle foi viajar no tempo, relembrar do passado, e presenciar um verdadeiro showman no palco, alguém que deixou sua marca na história do rock. “Paul McCartney dá um show como músico no palco e um show de gentileza e interação com a plateia. Acho que todo mundo saiu da apresentação emocionado e também extasiado”, relatou a jornalista. “Foram quase cinco décadas de música e história passadas ao vivo com Paul e sua fantástica banda”.

“Paul McCartney não é Deus, mas Deus é Paul McCartney.”

Gautam Ailawadhi, ao tentar traduzir o que foi o show de Paul McCartney, sem medo de fazer comparação semelhante a feita por John Lennon, quando comparou os Beatles a Jesus Cristo. 54

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Diário de bordo Sim, os Beatles estavam lá!

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ara mim, que ouço os Beatles desde pequeno e que dormia ouvindo Black Bird, estar em um show do Paul McCartney foi mais do que a realização de um sonho. Foi ter a certeza de que eu tenho uma banda preferida que está na ativa. Porque os Beatles estavam ali, no palco, naquele dia, na Ressacada. Pelo menos eu os ouvia quando fechava os olhos. E poder ouvir os Beatles tocando com o mais moderno equipamento de som e potência musical não tem preço. Chorei ao ouvir The long and winding road, lágrimas que se misturaram a água da chuva que começava a cair. Quem disse que eu liguei pra chuva? Na verdade, eu nem sei em que música vibrei mais. Até Ob-La-Di, Ob-La-Da me tirou do chão, a canção que eu menos gosto deles. Não seria justo citar só Hey Jude, Let It be e Yesterday. Cheia de efeitos e marcada por fogos de artifício, The live and let die levou a galera ao delírio. Viajei em Something, que Paul dedicou ao amigo George Harrison e vibrei com o peso de I gotta feeling. A banda de Paul lembra muito a formação dos Beatles, com todos os integrantes muito bem-humorados, principalmente o baterista Abe Laboriel Jr. Ou seja, há muitos elementos dos tempos mágicos, talento e o clima beatle”. Se eu pudesse resumir como foi o show de Paul, eu diria mágico, transcendental, elétrico, a ficha ainda não caiu... Eu vi, ao vivo, um beatle... Agora eu faço parte da história do rock mundial. E agora eu posso dizer com toda a certeza, sim, minha banda está na ativa, seja no imaginário popular ou nas palhetadas de Paul McCartney em seu baixo Hoffman. Vida longa ao Sr. Paul.

Marcelo Tolentino é beatlemaníaco www.avai.com.br

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iso 9001

Presidente João Nilson Zunino: busca constante pela excelência nos serviços prestados pelo Avaí F.C.

Vitória

fora de campo 56

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Avaí recebe certificação ISO 9001 reportagem: Giordany Bossato Soave Fotos: Rubens Flôres

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o mês de fevereiro o Avaí conquistou a certificação ISO 9001: 2008 para todos os seus processos. Esse certificado tem por objetivo padronizar as ações e melhorar a qualidade dos serviços prestados. Para conseguir essa certificação foi necessário o empenho dos colaboradores de todos os setores do Clube. A intenção de instituir no Avaí Futebol Clube a ISO 9001 teve início por volta do ano 2000 e o trabalho foi intensificado com o acesso do Clube à Série A. De acordo com a coordenadora de Qualidade do Avaí, Kelly Priscila Franzoni, este tempo foi proporcionalmente ágil, devido ao número de superintendências e colaboradores que o trabalho envolveu. O primeiro passo para a conquista da certificação no


Professor Enio Gomes: conceitos da Administração em prol do Avaí F.C.

Clube foi mapear as áreas e criar o organograma de trabalho. Com base nesse organograma tiveram início os processos para modificar o que havia para ser melhorado, como, por exemplo, a implantação de um sistema de controle de documentos. Na sequência houve um treinamento para os colaboradores sobre como devem ser preenchidos e descritos os registros e documentos relacionados ao dia a dia de trabalho. Também aconteceu, de setembro a novembro de 2011, uma rigorosa auditoria interna que procurou por erros e oportunidades de melhoria para que não houvesse nenhuma “não conformidade”, que pudesse impedir a certificação. Já a auditoria externa aconteceu em duas etapas. A primeira, em dezembro de 2011, foi exclusivamente documental. Nesta etapa foram analisados os modelos e documentos gerados pelo Avaí, enquanto que na segunda etapa aconteceu a auditoria externa presencial, verificando se os processos estavam sendo realizados de acordo com os itens da norma. Como não foram encontradas não conformidades, o Clube foi recomendando pela auditora da Fundação Vanzolini (empresa contratada para realizar a auditoria)

Wagner Senabio – Supervisor técnico

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iso 9001

a receber a certificação ISO 9001. Em fevereiro desse ano, após reunião do comitê certificador da mesma fundação, foi concedido ao Avaí Futebol Clube o certificado ISO 9001:2008 em todos os processos relacionados à Gestão da Superintendência de Esportes e Gestão e operação das atividades de apoio e das atividades esportivas, desempenhadas pela Superintendência de Administração e pela Superintendência de Negócios. Mas o torcedor quer saber o que isso vai influenciar nas melhorias do Clube. Sobre isso Kelly Franzoni tem um pensamento muito interessante. “Nós trabalhamos pela satisfação do nosso sócio e torcedor. Os processos da ISO 9001:2008 nos possibilitam um bom trabalho em todos os setores na parte de gestão, obtendo melhorias no atendimento, recepção, infraestrutura, manutenção, comunicação com o cliente, marketing, entre outros. Nosso objetivo é a melhoria contínua da gestão e com isso a satisfação do cliente. Com essa certificação melhoramos nossos processos e temos ferramentas para medir e analisar o que pode ser melhorado, continuamente”, disse. Essa perspectiva fica ainda mais interessante se observarmos como as melhorias afetam diretamente o sócio e o torcedor: arquibancadas limpas, menos filas para entrar no estádio ou para comprar ingressos, melhoria da segurança e bom atendimento são apenas alguns dos inúmeros fatores que motivam o público a assistir a partida na Ressacada. Com mais gente no estádio a receita do Clube cresce, o que possibilita um time mais competitivo dentro de campo. O superintendente de Futebol e de Planejamento, Enio Gomes, também fala das melhorias que a ISO 9001 pode trazer para dentro do campo. “A prioridade do Clube é o futebol e nós temos de aprimorar cada vez mais a estrutura. A ISO visa melhorar todas as atividades”, avaliou. A certificação ISO 9001 busca a melhoria contínua dos processos de gestão, assim, todos os processos de trabalho precisam ser documentados e seguidos. Essa documentação detalhada dos processos permite que, ainda que haja uma mudança das pessoas, a qualidade no atendimento continua em alta, sempre buscando a melhoria do serviço. Para que a prestação do serviço aos clientes, neste caso torcedor, continue em alta o Avaí faz o monitoramento da satisfação deles. Com base nesse monitoramento é que são realizadas as alterações nos processos de atendimento, sempre visando à melhoria e a satisfação do torcedor. E, de acordo com Kelly Franzoni, essas melhorias têm acontecido. “Desde a implantação da ISO tivemos muitas melhorias na infraestrutura, no relacionamento com os sócios, na ouvidoria, qualificação dos fornecedores, monitoramento de terceirizados, entre outras”, comemorou. A ISO 9001 trouxe para o Clube, segundo o superintendente Enio Gomes, os conceitos da ciência da 58

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administração. Conceitos como planejamento, organização, execução, avaliação e controle. Além disso, também foram definidas a visão, missão, valores, negócio do Clube e metas nas áreas de trabalho. “Uma das estratégias para atingir as metas foi a qualificação, a melhoria da qualidade em todos os nossos setores”, garantiu Enio. A certificação ISO 9001 é uma conquista de todas as áreas do Avaí Futebol Clube e ela não teria sido atingida sem a participação de todos os colaboradores. “ É a complementação de todas as atividades desenvolvidas. O que foi planejado com dificuldade, às vezes até com sacrifício, foi superado, então devemos nos orgulhar muito disso. Agora nós servimos de modelo para outros clubes”, analisou. O presidente João Nilson Zunino também se orgulhou muito do feito atingido pelo Avaí. “A implementação da ISO é um feito que comprova que estamos no caminho certo. Durante alguns meses tivemos o apoio de nossos colaboradores e neste momento é preciso agradecer a cada um pela dedicação no processo de implantação da norma e durante a auditoria” exaltou. Mas o trabalho não se encerra aqui. Anualmente ocorrerá uma auditoria interna, realizada pelos funcionários do Clube, que visa medir como está o andamento dos processos da ISO. Também, anualmente, a Fundação Vanzolini realiza nova auditoria para manutenção da certificação conquistada. ‘’É um ciclo que não se encerra nunca. A cada ano e a cada nova auditoria, processos serão revistos e melhorados. Essa é a função da certificação ISO 9001:2008: buscar sempre a melhoria contínua nos processos de gestão do Clube’’, finaliza Kelly Franzoni.

Kelly Franzoni, uma das grandes responsáveis pela conquista da ISO 9001:2008 pelo Avaí F.C.

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Manoel Bento/Avaí F.C.

iso 9001

Orgulhosos, presidente Zunino e vice Nilton Macedo exibem o certificado ISO 9001:2008

Avaí recebe certificação

ISO na Fecomércio

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oi entregue ao Avaí Futebol Clube o Certificado ISO 9001:2008, no auditório da Fecomércio, em Florianópolis, no início de maio. O fato marca a história do Avaí, já que é o primeiro clube de futebol profissional do mundo a receber esta certificação para todos os processos. O objetivo deste certificado é padronizar as ações e melhorar a qualidade dos serviços. Para que isso fosse possível, foi necessário o empenho dos colaboradores de todos os setores do Clube. O superintendente de futebol, Enio Gomes, lembrou que o grande patrimônio avaiano é o quadro de colaboradores que se esforçaram ao máximo para que esta certificação se tornasse viável. De acordo com a coordenadora de qualidade, Kelly Franzoni, a ISO não entra em campo, mas possibilita um bom trabalho em todos os setores na parte de gestão, de atendimento, de recepção, infraestrutura e manutenção. Durante a cerimônia, também foi exibido um vídeo con-

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tando a história do Avaí. O vídeo mostrou o Clube desde a sua fundação em 1923, passando pelos principais momentos como o tetracampeonato de 1942-1945, a inauguração do estádio Aderbal Ramos da Silva, na década de 80, até os dias de hoje. Na sequência foi feita a entrega oficial do certificado ao presidente João Nilson Zunino e ao vice-presidente, Nilton Macedo Machado, pelas mãos de Ana Maria Araújo Sobrinho – representante da Fundação Vanzolini. Sobre este momento, o presidente Zunino confessou: “Gostaria de transmitir ao torcedor avaiano o orgulho dessa conquista do Avaí Futebol Clube”. No final, houve a assinatura por parte do presidente Zunino do termo de adesão ao Movimento Catarinense para Excelência e a confraternização entre todos os presentes no auditório da Fecomércio.


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#16 • aNO 4 aBR / MaI DE 2012 • R$

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er Pôst ial e c Espe éditas da in s foto onquista c

reportagem especial

o maior campeão de sc Após momentos de AngústiA e incertezAs, o AvAí F.c. deu A voltA por cimA e honrou, mAis umA vez, o mAnto AzurrA. de FormA AvAssAlAdorA contrA o seu mAior rivAl, conquistou o 16o título estAduAl e gArAntiu A hegemoniA no Futebol cAtArinense

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monitoramento

Carlos e Orizontina não tiram os olhos das imagens: mais proteção e tranquilidade aos torcedores

Olho no lance Avaí reforça a segurança e garante

mais conforto ao torcedor

reportagem: camila spolti Fotos: Rubens Flôres

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instalação de câmeras de vídeo em estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas é obrigação no Brasil, conforme a Lei Federal 10.671 do Estatuto de Defesa do Torcedor. A Ressacada não está enquadrada nesta especificação, mas mesmo assim a diretoria do Avaí optou pelo monitoramento como uma forma de garantir mais segurança. Arquibancadas, corredores, estacionamento, bilheteria, catracas e gramado, nada escapa das lentes das câmeras de monitoramento instaladas na Ressacada. Desde fevereiro de 2011, aproximadamente R$ 350 mil foram investidos em 28 equipamentos que estão espalhados pelo estádio, sendo que oito deles registram em ângulos de 360 graus, o que permite uma maior 62

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visibilidade da área. Nenhum detalhe é perdido. Cada passo, cada gesto é monitorado. Duas horas antes da partida, os funcionários Orizontina de Fátima Lopes dos Santos e Carlos César Souza ficam a postos na sala de controle e, em outra sala, um policial militar também monitora as imagens captadas pelas câmeras. Carlos, que trabalhou durante dez anos como policial, conta que a dupla observa atentamente todos os espaços do estádio e qualquer problema repassa imediatamente para os seguranças ou aos policiais. “Não dá nem para piscar. Prestamos atenção em tudo. Se tem alguém em atitude suspeita ficamos monitorando e qualquer ação fora do normal chamamos reforço”.


Polícia Militar de SC também está presente na Ressacada e garante a segurança de todos

Os equipamentos têm capacidade de aproximação de imagens, o que permite a identificação em casos de torcedores que invadem campo, briga entre torcidas, arremesso de objetos nos gramados, furto em estacionamento e até mesmo a ação de cambistas. Tudo fica armazenado nos computadores do Clube. “A polícia militar muitas vezes nos pede, depois da partida, a imagem para anexar uma prova na ocorrência, ou até mesmo o departamento jurídico do Clube. Já tivemos casos de ter que acionar os arquivos por causa de ocorrências de sinalizadores no estádio, o que acabaria interferindo na perda de mando de campo”, explica Orizontina. Para a funcionária a instalação das câmeras de monitoramento foi um investimento que valeu a pena.

Volnei Senabio – Idealizador do projeto

Segundo Carlos, os “olhos” a mais no estádio garantem tranquilidade para quem vai à Ressacada. “Antigamente não se via tantas mulheres e crianças em estádios. Hoje o ambiente é muito mais familiar e, por isso, a segurança precisa ser eficiente. E, no estádio do Avaí, é”. A diretoria do Clube pretende instalar novas câmeras este ano. Secretaria e recepção serão os próximos pontos que garantirão a segurança dos funcionários e também de quem vai à Ressacada.

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seção

aconteceu no avaí Jamira Furlani/Avaí F.C. Fotos: Divulgação/Avaí F.C.

colaborou: vandrei bion

Velejador avaiano

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velejador catarinense e avaiano Bruno Fontes garantiu sua participação nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. O atleta já havia assegurado a participação do Brasil na classe Laser, mas para confirmar a sua presença ainda precisava vencer a Semana Brasileira de Vela, evento seletivo para a Olimpíada, disputado em Búzios. O velejador é patrocinado pela Unimed/Eletrosul/Age do Brasil/Fundesporte. A Revista do Avaí o parabeniza por mais uma conquista e deseja boa sorte ao atleta nos Jogos Olímpicos de Londres.

Futebol Sete

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Thiago Marckiori/Avaí F.C.

e forma invicta, o Avaí F7/Buxa conquistou, no início de abril, o título da 5ª Sul da Ilha Cup de Futebol Sete. No jogo decisivo, o Leão da Ilha derrotou o Toca do Tigre por 6 a 5, com três gols de Maninho, um de Fabinho, um de Laion e um de Julinho. A campanha teve cinco vitórias e um empate. Os jogos foram disputados no Complexo Esportivo Fair Play. Com 32 gols em seis partidas, o Avaí teve o melhor ataque da competição. Mafra, Laion e Maninho ganharam prêmios individuais (melhor goleiro, melhor jogador da competição e melhor jogador da final, respectivamente). Veja abaixo a campanha:

projeto de ensino

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Fase de Grupos: Avaí F7/Buxa Avaí F7/Buxa Avaí F7/Buxa

5 × 0 Desportivo Califórnia 7 × 3 Figueirense/Beira Rio 6 × 3 Sport Clube do Porto

Quartas de Final: Avaí F7/Buxa*

3 × 3 Tata Imports

Semifinal: Avaí F7/Buxa

5 × 4 Space Food BMH

Final: Avaí F7/Buxa

6 × 5 Toca do Tigre

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(*) Vitória no shoot out

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Avaí Futebol Clube lançou um projeto educacional para os atletas das categorias de base no estilo EJA – Educação de Jovens e Adultos - , que vai atender, inicialmente, 18 atletas. Este modelo de ensino acontecerá com o apoio da Escola Anísio Teixeira, localizada no bairro da Costeira e foi idealizado, projetado e desenvolvido com o trabalho intenso da assistente social do Avaí, Angelita de Oliveira Costa, e da psicóloga Priscila Fernandes. Representaram o Clube na aula inaugural o vice-presidente, Nilton Macedo Machado, o diretor de Planejamento e de Esportes, Enio Gomes, a diretora de Ação Social, Comunitária e de Filantropia, Nesi Brina Furlani,o superintendente de Administração, Luciano Corrêa e o coordenador das Categorias de Base do Avaí, Diogo Fernandes. Todos estes falaram aos atletas alunos sobre a importância do ensino na vida de uma pessoa e como esta oportunidade pode fazer a diferença num futuro próximo. Um dos momentos mais festivos da noite foi quando o jogador Marrone recebeu seu diploma por ter cursado o EJA ainda na Escola Anísio Teixeira. Marrone foi saudado por todos os funcionários do Clube, da escola, além de receber o carinho dos companheiros das categorias de base, um verdadeiro exemplo a ser seguido pelos colegas.


Jamira Furlani/Avaí F.C.

Guga: um avaiano no hall da fama

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m craque dentro e fora de campo. Um guerreiro nas quadras e na área social. Gustavo Kuerten, o nosso Guga, embaixador avaiano onde for, se junta agora aos melhores do mundo entrando para o Hall da Fama do Tênis, ao lado da também brasileira Maria Ester Bueno. Um orgulho para a nação avaiana! Diretores, colaboradores e funcionários do Avaí Futebol Clube parabenizam o manezinho número 1 do mundo por mais essa grande conquista, que veio com muita superação. Guga, um símbolo do tênis. Um ícone do esporte. Um avaiano guerreiro!

Futsal: Avaí vence clássico

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equipe Avaí/Fucas Sub-15 começou com o pé direito no Campeonato Catarinense de Futsal. O time venceu as duas primeiras partidas disputadas na competição. Na estreia, vitória de 7 a 4 no clássico diante do Figueirense. Adrian, Matheus, Dionathan, Lincom e Vinícius Baiano três vezes marcaram os gols avaianos. Em seguida, o Avaí encarou o Colegial na casa do adversário e não teve dificuldades para vencer. O jogo terminou 4 a 1 (gols de Galeano e Adrian três vezes) para o Leão da Ilha.

A maior torcida no Estado

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Avaí é o time de Santa Catarina que tem a maior torcida. O resultado foi obtido através de pesquisa feita pela Pluri Consultoria, empresa de Curitiba especializada em projetos de consultoria para o mercado esportivo, abrangendo empresas patrocinadoras, investidores, clubes, entidades e atletas. As entrevistas foram realizadas durante o mês de janeiro e seguiram a metodologia do IBGE. Foram selecionados 144 municípios brasileiros, em todas as regiões. O número de entrevistados e base dessa pesquisa foi de 10.545 pessoas, maiores de 14 anos, com 53% de entrevistados do sexo feminino e 47% masculino. Cada entrevistado só pôde dizer o nome de um clube de preferência. O foco da pesquisa esteve voltado para a qualificação do torcedor em termos geográficos e socioeconômicos, permitindo estimar renda total e potencial de consumo. No quesito clube de preferência, o Avaí é o primeiro do Estado e aparece em 24º lugar entre todos os times brasileiros. Também de acordo com a pesquisa, o Leão aparece na frente de todos os clubes do país quando é avaliado o potencial de consumo individual dos torcedores.

Futsal em transição

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sando como metodologia de trabalho, a Coordenação das Categorias de Base do Avaí incluiu o futsal como uma das etapas de treinamento com transição para o futebol de campo. O projeto foi apresentado aos atletas e pais e conta com a parceria da Fundação Casan (Fucas). Com isso, o Avaí disputará o Campeonato Catarinense de Futsal nas categorias Sub -11, Sub -13, Sub -15 e Sub -17. Os atletas da categoria Sub- 17 são exclusivamente do futsal. Nas demais categorias, o projeto conta com os atletas que jogam também futebol de campo. www.avai.com.br

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Eternos Ídolos

Cavallazzi 66

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eterno no

coração avaiano

reportagem: Róbinson Gambôa Fotos: Rubens Flôres

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ara muitos avaianos, Milton Cavallazzi foi o maior ídolo da história do Clube. Pequeno, rápido e driblador, tinha o coração de um Leão e uma alma azul e branca como poucos até hoje. Por toda a década de 60, Cavallazzi reinou na Ressacada, destruindo as defesas adversárias com seu toque refinado e inteligência com a bola nos pés. Os registros oficiais dão conta de que, com 120 gols marcados pelo Avaí, Cavallazzi é o segundo maior artilheiro da história do Clube. No entanto, as anotações pessoais guardadas num álbum de páginas amareladas pelo tempo, organizadas pela esposa do ídolo, apontam 218 gols marcados. Com isso, Cavallazzi seria o maior goleador que já vestiu a camisa do Avaí em todos os tempos. Hoje, com 67 anos, Cavallazzi lembra que a diferença entre suas anotações e os dados oficiais ocorre porque, na época, não havia súmula em muitos jogos. “Tinha árbitro fardado, era jogo oficial, mas não se registrava nada como se faz hoje”, lembra. Milton jogou como profissional de 1963 a 71. Seu desempenho chamou a atenção de clubes de outros estados, como Botafogo, Santos, Palmeiras, Atlético Mineiro, Grêmio e Guarani. Mas nunca quis sair de Florianópolis, onde tinha um emprego garantido no Tribunal de Contas, indicado pelo então presidente do Avaí, o ex-jogador Saul. A adoração dos torcedores e a exposição na mídia da época, que publicava seu nome e suas fotos todos os dias, podem explicar sua decisão de nunca ter aceitado jogar fora. Certa vez, Cavallazzi foi para Porto Alegre fazer um teste no Grêmio, do técnico Carlos Fronner, apontado como mestre de Luis Felipe Scolari. “Fui aprovado e voltei para buscar minhas roupas em Florianópolis. Mas aqui eu desisti e não voltei nunca mais”, revela. Outra vez,

Cenas marcantes de uma carreira magnífica: para muitos, o maior de todos os tempos

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personalidade avaiana

Cavallazzi e o neto João Pedro: talento passado de avô para neto

Cavallazzi foi jogar uma temporada no Olímpico, de Blumenau. “Eu não quis ir, mas o presidente me explicou que era necessário para pagar as dívidas. Os salários estavam atrasados há seis meses”, conta. Se tivesse aceitado jogar no centro do país, Rio ou São Paulo, Cavallazzi poderia ter chegado à Seleção, onde jogaria com Pelé, Garrincha e tantos outros. Sua convocação chegou a ser cogitada quando foi artilheiro do brasileiro de seleções juvenil. “Mas não me arrependo de nada”, garante. Cavallazzi foi um talento precoce. Aos 16 anos, jogou apenas cinco jogos no juvenil do Avaí antes de ser conduzido aos profissionais. Logo na estreia, marcou três contra o São Paulo, da Capital. O técnico era José Amorim, que também se tornou presidente do Clube mais tarde. Para tristeza da nação avaiana, sua carreira foi tão curta como seus dribles. Cavallazzi deixou os gramados em 71, aos 26 anos, quando decidiu se casar e levar uma vida mais garantida, com emprego fixo. Mas continuou contribuindo com o Clube a seu modo, como tesoureiro. “Eram tempos difíceis, muitas vezes tirei do meu bolso para dar vale aos jogadores, que batiam na minha porta”, conta. Num tempo em que o amor ao clube e ao futebol falava mais alto, o Avaí só tinha dois ternos de fardamento, e as bolas dos jogos eram compradas no fiado. “Eu pegava na loja na sexta-feira e na segunda voltava para pagar com o dinheiro arrecadado com os ingressos”, lembra. 68

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Cavallazzi nunca foi campeão estadual, mas por duas vezes foi artilheiro do Catarinense e venceu também o Estadual de futebol de salão pelo Colegial. Hoje, o ídolo não vai mais aos estádios, mas acompanha de casa os jogos do Avaí. “Desespero-me, quase quebro a televisão. Como podem os jogadores de hoje estar sempre machucados? No meu tempo não havia isso, a gente jogava de qualquer jeito. E quando perdia, a gente nem saía de casa, de vergonha”, recorda. Cavallazzi mostra estar atento ao Avaí de 2012 e aponta a falta de um ídolo. “Não há mais as crias da casa. O nome de quem a torcida vai gritar? De ninguém”. Mas poupa o presidente de suas críticas. “Zunino não pode sair”, salienta. Perto de completar 70 anos, Cavallazzi ainda brinca com a bola, mas apenas na trave improvisada que construiu no quintal de casa para se distrair com o neto, João Pedro, de oito anos. “Ele tem talento, anote esse nome”, disse. Avesso às entrevistas, aceitou abrir uma exceção e conversar com a revista do Avaí, um amor por quem abdicou do sucesso nacional, abriu mão de ganhar muito dinheiro fora daqui e de, quem sabe, participar da Copa do Mundo. “Valeu a pena, fui muito feliz com essa camisa”, completa.


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personalidade avaiana

reportagem: Róbinson gambôa Fotos: Rubens Flôres

Adolfo Boos Jr. Um craque avaiano das letras, com sangue azurra nas veias O

goleiro Adolpho Boos, que defendeu o Avaí por 12 anos há quase um século, entrou para a história do futebol catarinense por suas mãos grandes, pelos quatro títulos estaduais que ajudou a conquistar pelo Leão da Ilha e, sobretudo, pelo amor ao Clube, num tempo em que se vestia a camiseta para jogar de graça. Seu filho mais velho, Adolfo Boos Junior, hoje com 81 anos, nunca conseguiu realizar o sonho de jogar futebol. Foi proibido pelo pai, que não queria ver o garoto numa profissão tão difícil e ingrata. No entanto, o menino que batia bola escondido no campo da Esteves Junior, atrás da leiteria, tornou-se um dos mais notáveis escritores catarinenses e um dos principais intelectuais que esse Estado já produziu.

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Adolfo nunca viu o pai jogar. Tinha seis anos quando o goleiro se despediu dos gramados para seguir na profissão de alfaiate, nos fundos de casa, na Rua Bocaiúva, bem perto do Campo da Liga, que em 1930 se transformou no estádio Adolfo Konder. Em 31, Adolpho foi de navio ao Rio de Janeiro, recomendado para o América e Fluminense. Lá, agendou o dia para começar os treinos, mas acabou voltando para casa. “Era muito tímido”, revela o filho, autor de oito livros até hoje, entre eles os premiados “Quadrilátero”, “As Famílias” e “A Companheira Noturna”.


futebol em família

A

dolpho era mesmo um apaixonado pelo Avaí. Em 1944, sete anos após ter abandonado os gramados, aceitou um convite para disputar um torneio amador pelo Paula Ramos, clube que naquele mesmo ano se profissionalizou. Na decisão do título, não deu outra: Paula Ramos x Avaí. “Na véspera do jogo, ele estava arrasado e nem conseguiu dormir. Não queria enfrentar seu clube do coração”, revela o filho. Em campo, deu Paula Ramos, 3 a 1. Dois irmãos de Adolfo também jogaram futebol. Artur foi cabeça de área no Avaí e Bruno, zagueiro do Paula Ramos, que ajudou a fundar nas areias da Praia de Fora. A paixão azurra segue no sangue da família até hoje, nas filhas e netos de Adolfo, que passou dez anos longe de Florianópolis, entre os anos 60 e 70, mas nunca abandonou o amor pelo Clube. Nos anos 50, o jovem Adolfo percorria os cafés de Florianópolis, quando conheceu escritores e poetas do Grupo Sul, uma turma de intelectuais que marcou a história das letras com o Círculo de Arte Moderna em Santa Catarina. Ali nasceu uma amizade de 60 anos com Salim Miguel, que lhe foi apresentado pelo amigo em comum Marcos Farias, que mais tarde virou cineasta, mas morreu muito jovem, no Rio de Janeiro. Após publicar seus contos na Revista Sul, Adolfo lançou seu primeiro livro “Quadrilátero”. Depois disso, ficou quase três décadas sem publicar uma nova obra, o que só ocorreu em 82, após se aposentar no Banco do Brasil. “Decidi que devia fazer o que mais gosto, escrever”, conta.

Produção literária e cultural

S

eu texto denso e consistente e seu rigor estético e social, sem concessões aos leitores e ao mercado editorial, impuseram respeito e lhe trouxeram reconhecimento. Nos anos 80, “As Famílias” lhe rendeu o prêmio Virgílio Várzea e com “A Companheira Noturna” e “Quadrilátero”, foi o primeiro brasileiro a receber duas premiações simultâneas na Bienal Nestlé de Literatura Brasileira, com o segundo e terceiro lugares. Como um verdadeiro artista, Adolfo também flertou com outras linguagens como a fotografia e a pintura. Amante da música, em especial MPB e Jazz, trabalhou na programação da Rádio Nereu Ramos, na época em que costumava reunir amigos em casa para sessões pela madrugada onde se escutava de tudo. “Ficávamos sentados pelo chão, pra não matar o samba”, lembra.

Em 64, logo após o Golpe Militar, Adolfo foi intimado a depor em Brusque, onde trabalhava. “Queriam saber se meu livro era subversivo. Expliquei que até a Bíblia parece ser, mas não é”, disse. Hoje, apesar das oito décadas de vida, Adolfo segue produzindo cultura como um garoto apaixonado pela vida. Nos fundos de casa, fez de um quarto de empregados um escritório, onde cria seus textos entre milhares de livros e discos de vinil. Ao contrário de seu pai, o ídolo que pendurou as chuteiras cedo demais, Adolfo promete trabalhar até os 100 anos e brindar os catarinenses com pelo menos mais quatro livros, dois deles já prontos, outros dois ainda em ideias nascendo na sua cabeça de gEnio, um verdadeiro craque avaiano que Santa Catarina aprendeu a admirar.

Nota do editor: A Revista do Avaí destaca, com muita satisfação, que a ideia inicial para a produção da reportagem com o grande escritor avaiano Adolfo Boos Jr. surgiu a partir de uma pesquisa no excelente blog Memória Avaiana (www.blogmemoriaavaiana.blogspot.com.br), que recomendamos a leitura. www.avai.com.br

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base avaiana

O futuro avaiano está aqui: investimento cada vez mais forte na base começa a dar resultados

Onde nascem

as estrelas!

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odo sonho precisa de um ponto de partida. E para aqueles que sonham em ser grandes jogadores de futebol, o futuro pode iniciar no gramado da Ressacada. O Avaí conserva um verdadeiro celeiro de novos talentos nas instalações do seu estádio. Seis categorias formam os times de base do Leão: pré-mirim (formada por atletas com idade entre nove e 11 anos), mirim (com pré-adolescentes com 12 e 13 anos), infantil (14 e 15), juvenil (16 e 17) e os juniores (18 a 20). O time ainda conta com a categoria feminina, formada por atletas com idade a partir dos 15 anos. São, em média, 25 atletas por categoria. A categoria infantil, em especial, vem se destacando sob a tutela do treinador e professor João Gaulberto Mesquita. O sucesso deste trabalho pode ser traduzido em nú-

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meros. Em 2011 foram realizadas 47 partidas, das quais 31 foram ganhas pelo infantil. Sofrendo apenas sete derrotas e nove empates, o time fechou o ano com uma média extraordinária: 4,3 gols por partida. Um saldo excelente que reflete a garra e o potencial destes jovens campeões. As crianças que sonham em ingressar na categoria infantil passam por uma rigorosa triagem. São levados em conta critérios como identificação com o Clube, qualidade técnica individual, condicionamento físico, cultura tática em equipe e controle emocional e psicólogo. Tanto controle e cuidado em selecionar seus integrantes garantiram ao Avaí uma verdadeira coleção de prêmios no ano que passou.


Infraestrutura para títulos e mais títulos

E

m 2011 o Leão fez bonito e conquistou o campeonato citadino invicto. Dois jogadores foram destaques da competição: o goleiro Lucas, que em 11 jogos sofreu apenas um gol e Vinícius, que brilhou como artilheiro, com um total de 20 gols. Além do Citadino, a equipe infantil ergueu a taça do campeonato Estadual em novembro do ano passado, em Criciúma. A partida, que rendeu o título ao time, foi uma das mais emocionantes, tendo como desfecho a cobrança de penalidades máximas com um placar apertado: oito a sete para o Avaí. Vale destacar, também, outros jovens atletas que tiveram excelente desempenho nos títulos conquistados em 2011, como Matheus Cassarotto, Lucas de Sá e Marcos Nascimento, além de Ítalo e Luizinho. A categoria infantil ainda fechou o ano com chave de ouro, sagrando-se campeã da Copa Biguá invicta. Em sete jogos, o infantil venceu seis no tempo normal e um na disputa de pênaltis. O time marcou 25 gols e sofreu apenas quatro. Tanta inspiração e talento só poderiam ser fruto de muito esforço e dedicação. O treinador Mesquita descreve a sua rotina com as crianças: “O dia da garotada Avaí Sub-15 começa às 7h30min. É neste horário que todos chegam ao Clube para tomar o seu café. Às 8h30min iniciam os treinos, que às vezes começam com um vídeo antes das atividades. As atividades acontecem todos os dias da semana, inclusive aos sábados”. Mesquita usa como base a metodologia do

Barcelona, que consiste em um treino em pequenos espaços de campo, com toques rápidos, privilegiando as técnicas de domínio e passe para controlar o jogo. O Leão tem orgulho de planejar o futuro destes jovens atletas. O Clube oferece uma infraestrutura completa, que inclui alojamento, alimentação, cuidados com a saúde, apoio financeiro e, principalmente, educação. “Os garotos alojados são matriculados na escola próxima ao Avaí e monitorados regularmente pela assistente social e psicóloga do Clube. São marcadas visitas regulares à escola para conferir o desempenho de cada um”, descreve o professor Mesquita. Todos os garotos vão à escola no período vespertino, após os treinos. A preocupação com a formação não só esportiva, mas também pessoal, é uma marca registrada do Avaí, que sempre prezou pelo futuro dos seus jogadores: “O Clube não forma só atletas; antes de tudo, forma cidadãos”, relembra o presidente João Nilson Zunino. Se depender da equipe do Avaí, 2012 vai ser um ano tão bem-sucedido quanto foi em 2011: “Para 2012, a maior expectativa é o incentivo em categorias menores como sub11 e sub-13, que servirão como porta de entrada do Clube. Temos a necessidade de formar os nossos próprios jogadores desde cedo, podendo moldar dentro do perfil do atleta da base do Avaí”, fala o coordenador dos times de base, Diogo Fernandes. O horizonte está mais azul do que nunca.

Presidente Zunino e técnico Mesquita: grandes incentivadores da base avaiana.

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leoa avaiana

camila

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vaiana desde criança, a Leoa desta edição é a agente administrativa Camilla Macedo Ventura, de 22 anos. Fã declarada do atacante Cleverson, Camilla, sempre que pode, acompanha os jogos na Ressacada. “Só não vou a todos devido ao trabalho”, afirma a apaixonada torcedora. Acompanhe o ensaio exclusivo produzido pelo fotógrafo Geremia.

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leoa avaiana

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Fotos: Geremia Photography/Avaí F.C.

Troca de passes

Nome: Camilla Macedo Ventura Data nascimento: 11/06/1989 Apelido: Millão Altura: 1,72m Peso: 71,5Kg Cintura: 67cm Signo: Gêmeos Profissão: Agente Administrativa MÚsica que gosta: Pura Adrenalina – Belo Filme: Tropa de Elite 1 e 2 Comida preferida: Massas Sonho: Ser uma pessoa realizada profissionalmente Jogador Preferido: Cleverson, ex-atacante do Avaí

Equipe técnica Fotos: Geremia Photography & Diretor de Cena – Florianópolis/SC www.photogeremia.blogspot.com Modelo: Camila Macedo Ventura Produtora de moda: Marisa Remor Make up: Nana Souto Cabelo: Alex Noronha & Robson Leno Assistente de fotografia e fotos making of: Douglas Melo

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Fotos: Divulgação/Avaí F.C.

avaianos de berço

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1) Amanda Bento Pepes; 2) André Luiz de Souza Oltramari; 3) Arthur Henrique Schlemper Silva; 4) Fernanda Klemba e sua mãe Simone Klemba; 5) João Pedro Morgan de Campos; 6) João Victor Raça; 7) Júlia, com o pai Jean Carlos; 8) Manuela com o paizão Fábio na Ressacada; 9) Maria Eduarda, apaixonada pelo avai; 10) Maria Luiza de Souza; 11) Isabella Leal França, de 1 ano e 1 mês; 12) Maria Clara Molgaro Thiemann, com cinco meses. 78

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Fotos: Divulgação/Avaí F.C.

avaianos pelo mundo

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1) André Conceição Costa, na praia dos Carneiros, Recife/PE; 2) Eduardo Rosa da Silva, em visita ao Palácio de Versalles, em Paris; 3) Guilherme Zaia e Gustavo Machado, em Miami, na Florida/EUA; 4) Henrique e Guilherme, em Orlando, na Florida/ EUA; 5) João Vitor e Luiz Gustavo Machado, na Costa do Sauípe; 6) Marcelo Scharf, na cidade de Bogotá, na Colombia; 7) Augusto Miguel da Silva e seu filho, Eduardo, na avenida Champs Elysées, em frente ao famoso Arco do Triunfo, Paris www.avai.com.br

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Intercâmbio

Intercâmbio Avaí recebe atletas japoneses D urante dez dias, dois jogadores de futebol japoneses participaram, na Ressacada, de um intercâmbio esportivo e cultural. Os jovens de 17 anos, Takao Suzuki, atacante, e Daiki Kato, zagueiro, treinaram com o time Sub-17 do Avaí. Além da formação esportiva, eles participaram de vários programas sociais do Clube e desfrutaram a beleza natural e o patrimônio cultural da cidade de Florianópolis. Os dois jovens vieram da província de Fukushima, região que há um ano sofreu com o terremoto seguido por tsunami que atingiu a costa nordeste do Japão. Mais de 15 mil pessoas morreram nesta tragédia e outras 25 mil ficaram feridas. O Avaí já havia demonstrado seu espírito de solidariedade com as vítimas daquela região, colocando a bandeira do Japão com a mensagem ‘Força Japão’ na camisa no jogo do campeonato Catarinense contra o Metropolitano no dia 23 de março de 2011. Com a chegada dos japoneses ao Avaí, houve uma coletiva para imprensa japonesa sobre esta ação de solidariedade e a repercussão no Japão foi muito boa.

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Durante a coletiva foi exibida uma mensagem-vídeo de solidariedade e carinho enviada pelo presidente João Nilson Zunino, pelos jogadores Aleks e Marcinho Guerreiro e por Édio Manoel Pereira, superintendente da Fundação Municipal de Esporte de Florianópolis. Nesta mesma coletiva Misaki Tsuruta, coordenador de Relações Internacionais do Avaí, explicou o projeto ao vivo, por telefone, aos jornalistas japoneses. A passagem aérea dos atletas foi patrocinada pela Famima.com, uma subsidiária da Family Mart, que é patrocinadora oficial da Seleção Japonesa. Os dois atletas e Yuichi Hosono, diretor geral da Famima.com, chegaram ao aeroporto de Florianópolis no dia 19 de março. O presidente do Avaí, João Nilson Zunino, o superintendente da Fundação Municipal de Esporte de Florianópolis, Édio Manoel Pereira, o presidente da Associação Nipo-Catarinense (Sr. Luiz Nakayama) e alguns jogadores do Avaí recepcionaram o grupo. O retorno ao Japão aconteceu no dia 30 do mesmo mês.


Avaí na mira da

seleção do Japão

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Avaí Futebol Clube poderá receber a Seleção Japonesa para treinamentos durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. A ideia partiu de Yuchi Hosono, diretor-geral da empresa Famina.com, que veio junto com os dois jovens atletas japoneses da província de Fukushima para um período de intercâmbio na Ressacada. De acordo com Hosono, o Avaí possui uma estrutura acima da média em relação aos clubes que ele já visitou. “Fiquei muito feliz com o que já vi aqui no Avaí. O Clube tem um excelente estádio, bons campos de treinamento

e potencial para receber qualquer seleção na Copa”, afirmou o empresário. Yuchi Hosono irá encaminhar um documento à Federação Japonesa de Futebol referendando o Avaí e a cidade de Florianópolis. “Faremos esse contato direto com os dirigentes japoneses para que eles possam analisar a possibilidade e projetar a vinda da Seleção para Santa Catarina”, disse Hosono.

Luciano Corrêa e Yuchi Hosono: real possibilidade de receber a seleção japonesa na Copa do Mundo de 2014

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Mais um avaiano na Academia Catarinense de Letras O

escritor catarinense Amilcar Neves tomou posse na cadeira 32 da Academia Catarinense de Letras no mês de abril. Amilcar Neves é avaiano, colunista da Revista do Avaí e autor de oito livros, um deles em parceria com o escritor Francisco José Pereira. É também colunista do jornal Diário Catarinense. Recentemente, na edição número 15 da Revista do Avaí, Amilcar foi homenageado na seção Personalidade Avaiana. A diretoria executiva do Avaí Futebol Clube parabeniza o torcedor ilustre e deseja vida longa.

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Fotos: Regina Brasil/Avaí F.C.

ilustre avaiano


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Fotos: Manoel Bento/Avaí F.C.

terceiro uniforme

Coleção

Guerreiros

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conteceu no dia 15 de maio, no Beiramar Shopping, na região central de Florianópolis, o desfile de lançamento da coleção Guerreiros, o terceiro uniforme avaiano. Participaram do evento jogadores, comissão técnica, os desportistas Thiago Tavares e Bruno Fontes, além da musa avaiana e sócios.

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Rubens Flôres/Avaí F.C.

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crônica

amilcar neves

COM 5 X 1 NA FINAL

ATÉ O ADVERSÁRIO APLAUDE T

ermina neste instante o jogo no bairro do Estreito. Nossos atletas ainda nem saíram de campo: receberam as medalhas de campeão, levantam a taça e comemoram com a torcida eufórica, delirante, o 17º título do futebol profissional catarinense, 16 dos quais como vencedor do Campeonato Estadual da divisão de elite. O Avaí é o Clube mais vezes campeão do Estado em todos os tempos. Confesso que há um mês, assim que nos classificamos para as semifinais, eu apostava que nossa conquista se daria em cima do Joinville, pois me parecia que o Figueirense já vinha apresentando sinais de exaustão e começava a perder rendimento. Mas o time do Norte do Estado não teve forças e deixou para a Capital, pela terceira vez apenas, na História, a decisão do título. Para a nação azurra, pouco importava quem viesse pela frente: nossos olhos estavam postos, com seriedade e confiança, sobre a taça — a qual já era nossa desde que o campeonato começou. O que era preciso fazer para conquistar o título? Ganhar o primeiro e o segundo turno da competição, ou ao menos um deles? Não. Bastava chegar em quarto lugar na classificação geral. E aí o Avaí já foi além do necessário: chegou em terceiro. A partir desse ponto, foi só eliminar a Chapecoense (empate em casa e vitória no Oeste) e o Figueirense, num 5 x 1 que se desenrolou, dolorosamente para eles, numa penosa agonia que se perpetuou por toda uma semana, em duas metades de noventa minutos: um brilhante 3 x 0 na Ressacada e um fenomenal 2 x 1 no Estreito. E mais: com o time azul e branco jogando uma bola finíssima, esbanjando um futebol de campeão catarinense e de campeão brasileiro da Série B deste 2012. São curiosas determinadas certezas que se vendem por aí, verdades absolutas que não resistem aos fatos, nem a uma análise mais isenta, nem à memória do passado recente. O Figueirense, por exemplo, foi vendido como o melhor time de todo o campe-

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onato, desde o início. Mas no início a sensação, o inusitado, era a Chapecoense: cinco jogos com cinco vitórias, a primeira, por sinal, sobre o Avaí, enquanto o Figueirense era criticado por ter começado muito tarde sua pré-temporada. Mas na sexta rodada o time de Chapecó perdeu e o Avaí venceu — e pouca gente percebeu que fomos para os respectivos sétimos jogos em igualdade de condições, com 15 pontos cada um. Na partida da Ressacada, jogando melhor, tomamos aquele magro 1 x 0 de um Figueirense que chegava ali com 11 pontos apenas — e então nada mais deu muito certo para nós até o 2 x 2 “de virada” no Estreito. Um empate de virada é possível, sim, quando se está perdendo por 2 x 0. A partir dali, tudo passou a dar certo para o Avaí, ou melhor, tudo prosseguiu conforme o planejado: conquistar ao menos dois títulos no ano, o estadual e o nacional. Outra “verdade” propagada diz respeito às virtudes do técnico Branco, o ex-jogador da Seleção que virou revelação de estrategista até ser demitido, quatro horas depois de perder o título em casa, só porque não conseguiu fazer 4 x 0 no Avaí. Mas isto somente seria possível se eles jogassem melhor do que nós na Ressacada e, simultaneamente, se nós fôssemos piores do que eles naquela partida em que foram totalmente anulados pela eficiência avaiana. Dois nomes a destacar na histórica conquista deste domingo em que vos escrevo: o do técnico Hemerson Maria, simbolizando toda a comissão técnica, e o do maestro Cleber Santana, representando todo o aguerrido e bravo elenco azurra.

Amilcar Neves

Avaiano, autor de oito livros publicados e, agora, escritor empossado na Academia Catarinense de Letras


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