Mais Superior | Junho '12

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Valorizamos o teu futuro!

JUNHO 2012

Nº 5 - Mensal - Distribuição gratuita - Não pode ser vendida

Dá-te ao trabalho O Miguel Gonçalves ensina-te a ‘bater punho’!

Tarabytes

Às gargalhadas com o Salão Neurótico

Night & Day

Como sobreviver às festas populares

ESTUDAR MAIS a d i v a e m u o mud

duação complementar ra s-G Pó ma nu u to os ap em qu de Histórias reais pende. depois da Licenciatura e não se arre

www.maissuperior.com

Pdf disponível em



//ÍNDICE . Bingo

JUNHO

PASSATEMPO

2012

Entre as festas populares e festivais de verão, o melhor é teres boas notas para poderes festejar à grande!

Para saberes o que tens que fazer para participar, vai a www.facebook.com/maissuperior e faz um Like na nossa página.

3 //Indíce . BINGO 4 //NOTÍCIAS EM CURSO 6 //PLAYLIST 8 //TAKE 1 10 //TARABYTES 12 //LER PARA CRER 16 //LOOK AT ME 17 //NIGHT & DAY 18 //LIMITE DE VELOCIDADE 20 //DÁ-TE AO TRABALHO 22 //MANUAL DE INSTRUÇÕES Muda de vida ão! Com uma Pós-Graduaç já o refere o ditado Quando não estamos bem – e mudarmo-nos. Mas popular - , o melhor é mesmo E no que ao Ensino mudar para melhor, sempre! olha de Pós-GraSuperior diz respeito, uma esc mento acertada no duação, Mestrado ou Doutora período de trabafinal da Licenciatura ou de um to em termos de valho pode fazer a diferença, tan os de ordenado lorização pessoal como em term ao final do mês.

Ficha Técnica Proprietário/Editor: Young Direct Media, Lda . Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852 . NIPC nº 510080723 . Diretora: Bruna Pereira, brunapereira@youngdirectmedia.pt . Sede de redação: Rua Ester Bettencourt Duarte, Lote 76, 2625 - 095 Póvoa de Santa Iria . Tlf. 21 155 47 91 . Fax. 21 155 47 92 . Email geral: geral@youngdirectmedia.pt . Tiragem: 50,000 exemplares . Peridiocidade: Mensal . Registo na ERC nº 126168 Depósito legal: 339820/12 . Tipografia e Morada: Lisgráfica - Rua Consiglieri Pedroso, nº 90, Casal de Santa Leopoldina, Barcarena . COLABORADORES: Administração: Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt . Diretora Geral da Empresa: Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt Diretor Adjunto da Empresa: Paulo Fortunato, paulofortunato@youngdirectmedia.pt . Diretor Comercial: Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt . Redação: Bruna Pereira, brunapereira@youngdirectmedia.pt e João Diogo Correia, joaocorreia@youngdirectmedia.pt . Colaboradores editoriais: Susana Albuquerque, Tiago Luís . Designer gráfico: Mónica Santos, monicasantos@youngdirectmedia.pt . Internet: André Rebelo, andrerebelo@youngdirectmedia.pt . Comunicação, Distribuição e fotografia: Samuel Alves, samuelalves@youngdirectmedia.pt . Banco de imagens: Todas as imagens utilizadas na publicação, salvo as que estão creditadas, são retiradas do depositphotos.com . Esta publicação já se encontra escrita ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. Junho 2012 . MaisSuperior

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//Notícias em curso

Em Beja a vida não

é só estudo Foi dia de LipDub em Beja. E que dia! Arrancou com humor, viveu da música, da dança e da animação que nem o calor disfarçou. O vídeo promocional do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) já é um sucesso e juntou a comunidade escolar a uma cidade que, daqui para a frente, nunca mais será a mesma. Texto e fotos: João Diogo Correia e Bruna Pereira

Chama-se LipDub e podíamos dizer que é um filme sem cortes ou uma espécie de videoclip – se quiseres – onde no decorrer de uma ou várias músicas se dá a apresentação do IPBeja, pelas suas várias escolas: Escola Superior de Educação (ESE), Escola Superior de Saúde (ESS), Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG) e a Escola Superior Agrária (ESA). Para mascote desta iniciativa foi escolhida uma simpática ovelha, muito cool e munida de óculos de sol. “Esta escolha tem muito a ver com a nossa identidade local. Se pensarmos que a maior feira do Baixo Alentejo é a Ovibeja e juntarmos a essa matriz identitária o facto de que, através deste LipDub, estamos a projetar-nos no futuro, com inciativas na área dos Novos Media, das Tecnologias, dos Serviços Social, da Enfermagem….”, diz Aldo Passarinho, coordenador do Gabinete de Imagem e Comunicação.

'Tá a gravar! O primeiro take do LipDub do IPBeja foi gravado em alto ritmo e logo a puxar gargalhadas. Serafim chega de bicicleta, num blazer bem aprumado e protegido por um capacete, não vá a falta de equilíbrio tecê-las. “Ena tanta gentiii”, comenta com o inconfundível toque alentejano. “Isto no meu tempo não era assim”. Uma aluna responde-lhe e dá o mote “Anda conhecer o IPBeja”. E é aí que os espíritos se libertam, numa correria ao som dos primeiros acordes de “Moves Like Jagger”, dos Maroon 5.

Há muitas formas de educar Por momentos, temeu-se que a ESE viesse abaixo, tal o rebuliço que por lá se instalou quando a câmara de filmar do LipDub tentava a aproximação. Do bar ouviam-se os cânticos do grupo de capoeira de Beja, das varandas eram os alunos de Serviço Social de mãos ao alto e, na rua, havia quem não se deixasse intimidar pelas temperaturas acima dos 30º (fazer de estátua sem borrar a pintura não deve ser tarefa fácil).

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Bebés voadores

Há crianças que nascem tão depressa que chegam a voar. A frase não tem nenhuma confirmação científica, mas na ESS bem que se podia tirar tal conclusão. Enquanto se gravava o LipDub, as alunas do 1º ano de Enfermagem decidiram improvisar. “Sou uma enfermeira muito distraída e atirei o bebé ao ar”, ri-se Jéssica Gomes. “Foi para dar tempo para simular a entrada do bebé na maca”. Fala da velocidade a que foi gravada a cena, porque a câmara não espera. Para que não restem dúvidas, acrescenta: “não tínhamos pessoas, aqui eram só bonecos a parir”.

Do IPBeja para o mundo

As palhas do chapéu não enganam – nem tampouco o faz a máquina fotográfica ao pescoço e o mapa de Portugal bem estendido em jeito de lençol. Estamos perante algumas alunas do curso de Turismo da ESTIG, prestes a entrarem em cena do LipDub do IPBeja. Prontos para a viagem?

Há lugar para todos Habituados a lidar com animais e com tudo o que vem deles e que serve para enchermos os pratos de comida diariamente (achavas que o fiambre e os bifinhos vinham donde? Das árvores?), descobrimos este grupo de alunos de Engenharia Alimentar da ESA. “Esta é a Pombinha e portou-se muito bem nas filmagens, sem destruir o nosso equipamento laboratorial, que utilizamos nas aulas práticas para fazer experiências”, disseram, animados.


//notícias em curso

Fintar a crise com uma especialização Carlos Braumann é reitor da Universidade de Évora e não tem dúvidas de que “apesar de todas as contingências financeiras que marcam o quotidiano, a posse duma formação superior e duma formação pós-graduada são hoje condições indispensáveis para a integração no mercado de trabalho”. Além de uma menor taxa de desemprego, possuir um título superior significa, em média, ter ainda um maior salário ao final do mês... Entrevista: Bruna Pereira Fotos: Susana Rodrigues | Gabinete de Comunicação e Imagem da UE

O que diferencia a Universidade de Évora doutras instituições de Ensino Superior? A Universidade de Évora (www.uevora.pt) dispõe duma oferta formativa alargada que compreende áreas como as Artes, as Ciências Humanas e Sociais, as Ciências e Tecnologias e a Saúde. Nestas áreas, disponibiliza uma oferta ao nível de licenciaturas, mestrados e doutoramentos e assegura ainda um número importante de pós-graduações e cursos de curta duração que procuram ir ao encontro das necessidades do mercado e da necessidade de uma formação recorrente ao longo da vida. O ensino na Universidade de Évora assegura uma formação de qualidade certificada pela Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior, em estreita ligação com o setor produtivo e integrando componentes transversais como a formação para o empreendedorismo. A Universidade de Évora é membro de organizações internacionais altamente prestigiadas como a Magna Carta Universitatum, a European University Association, o Grupo de Tordesilhas ou a UNIMED, entre outras. Localizando-se numa cidade classificada como Património Mundial, a Universidade de Évora carateriza-se por um forte espírito académico, afirmado de forma recorrente pelos alunos que a frequentam e que guardam para toda a vida saudades da sua Universidade. O acesso muito fácil dos estudantes aos seus docentes para esclarecimento de dúvidas, orientação de trabalhos, aconselhamento tutorial, participação em projetos e apoio à inserção profissional é uma característica que nos distingue entre as Universidades portuguesas. Talvez por isso, são muitos os trabalhos dos nossos estudantes premiados em certames nacionais e internacionais.

A nível de pós-graduações quais são as principais ofertas da Universidade de Évora? Entre os cursos mais procurados destacam-se as formações nas áreas da Economia e Gestão, da Psicologia, da Sociologia, das Artes e da Arquitetura, da Biologia e da Biotecnologia, da Enfermagem e da Saúde, das Ciências Agrárias, da Engenharia, da Informática, da Estatística, das Línguas, do Desporto e das Ciências da Educação e Formação de Professores, mas cursos de outras áreas, ainda que com menor número de alunos, têm também boas saídas profissionais e são igualmente muito importantes para o desenvolvimento económico, social e cultural. A formação pós-graduada assume-se hoje como uma formação indispensável à integração no mercado de trabalho ao conferir um conjunto de competências e de conhecimentos especializados. A este nível a articulação entre ensino e investigação é particularmente importante, pelo que os cursos que asseguramos estão articulados com centros e laboratórios de investigação, com projetos de investigação nacionais e internacionais e com empresas sediadas na região. Dos centros de investigação, permita-me destacar o CEFAGUE, classificado de Excelente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e que apoia a investigação e ensino na área da Economia e Gestão. Dos laboratórios de investigação, permita-me destacar o Laboratório Hércules, dado tratar-se de um laboratório interdisciplinar de referência internacional, dotado de tecnologia de ponta, onde as ciências, as artes e as humanidades se aliam para o estudo e preservação do património artístico, arqueológico e monumental. Mais recentemente a formalização do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, de que a Universidade é o principal promotor, abriu caminho ao estabelecimento de novas parcerias com o mundo empresarial e a uma ligação mais estreita entre ensino, investigação e comunidade. O Instituto Português de Energia Solar que promovemos com a participação das principais empresas e instituições do setor, é outro bom exemplo de apoio à investigação e transferência de conhecimento, com forte articulação com a Licenciatura em Engenharia de Recursos Renováveis (a primeira do país) e o novo mestrado em Energia Solar.

Quer deixar alguma mensagem de alento a todos os nossos leitores sobre as mais-valias de ter apostado nos estudos para além do 12º ano? Apesar de todas as contingências financeiras que marcam o quotidiano, a posse duma formação superior e de uma formação pós-graduada são hoje condições indispensáveis para a integração no mercado de trabalho, em particular num mercado de trabalho cada vez mais globalizado, que ultrapassa as fronteiras nacionais. Algumas mensagens que têm passado para a opinião pública são muito enganadoras. É certo que a taxa de desemprego entre os que têm formação superior subiu ultimamente em resultado da difícil conjuntura económica. Será que isso significa que não vale a pena ter formação superior? Antes pelo contrário, ela é cada vez mais necessária. Basta olhar para a taxa de desemprego muito mais elevada que grassa entre os que não têm formação superior e para os salários, em média bem maiores, de quem tem formação superior. Esta é também uma excelente ocasião para investir na formação pós-graduada (mestrados, doutoramentos e pós-graduações de atualização e reciclagem) de qualidade como a oferecida na Universidade de Évora. O leitor pode fazê-lo pela pura satisfação intelectual ou pela importância crescente da formação avançada num mundo em constante mudança e com exigências crescentes de qualificação. Em qualquer caso, ficará surpreendido com o nível de esforço financeiro exigido dada a nossa preocupação em manter as respetivas propinas bastante acessíveis. Em caso de carência económica, há bolsas de estudo e outras formas de apoio financeiro, pelo que, mesmo quem esteja desempregado (eu diria, sobretudo quem esteja desempregado), deveria aproveitar esta oportunidade de qualificação. Para aqueles que têm licenciaturas pré-Bolonha de 4 ou 5 anos de duração, como já obtiveram parte da formação que hoje é ministrada no mestrado, sugiro a adesão ao programa “Vale a Pena Ser Mestre”, que reconhece essa formação adicional e permite assim a conclusão do mestrado em menos tempo.

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//PLAYLIST

O Jazz sai à rua A ideia é afastar dias cinzentos e tornar a cidade mais feliz, aproveitando as boas vibrações que o verão sempre traz. Desde 2007, de maio a setembro, há um festival a marcar tardes solarengas na capital. Este ano não foge à regra e o Out Jazz 2012 já está na rua, que é como quem diz, nos jardins, becos e miradouros duma Lisboa que respira boa música. Texto: João Diogo Correia Fotos: www.facebook.com/outjazz2012

Começou há cinco anos, parceria entre a produtora NCS, a Câmara Municipal de Lisboa e a Empresa Municipal de Gestão dos Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), com o objetivo de levar música e chamar pessoas aos jardins da cidade de Lisboa. Conseguiu-o de tal maneira que arrancou o mês passado para a 5ª edição, com um novo nome, em forma de patrocínio – MEO Out Jazz. Não há nada que enganar. De maio a setembro, todas as sextas-feiras, a partir das 18h, abrem-se as hostilidades para o fim de semana, com uma seleção de músicos e DJ's a passar por vários pontos estratégicos de Lisboa e com uma novidade - para além dos concertos em praças e miradouros emblemáticos, a organização decidiu brindar os transeuntes com música a percorrer hóteis, museus, ascensores e estações de comboio. Um aperitivo para o prato forte que chega todos os domingos, a partir das 17h, quando o Out Jazz confortavelmente se instala num jardim alfacinha. Todos os meses, um novo espaço verde. Maio foi altura para encher o Jardim da Estrela, em junho segue-se o Anfiteatro Keil do Amaral, em Monsanto, julho pede visitas ao Jardim do Parque Eduardo VII, no quente agosto as sombras do Jardim da Torre de

Belém podem vir a ser muito úteis, até que em setembro o ambulante festival se muda, de malas e trapinhos, para o Jardim da Tapada das Necessidades. A oferta musical é variada, mas já sabes que há um lugar especial reservado ao Jazz e à Soul. Jahvai, Jungle Jazz Orquestra, Kumpania Algazarra, Tora Tora Big Band, Júlio Resende Trio, Filipe Melo Trio, Elisa Rodrigues e Kumpania Algazarra, e DJ's como Johnny, Mike Stellar, Lady G Brown, Lucky e Kamala são alguns dos nomes a marcar presença. Em pé, nos bancos, no chão, na relva ou nos puffs espalhados, esta é a melhor forma de celebrar a vida e dar graças à natureza que nos abençoou, promovendo a cultura urbana, o ambiente e o bem-estar, num festival que convoca os mais novos, os mais velhos e os do meio. Cinco meses, 22 domingos e mais de uma centena de artistas, em cinco jardins lisboetas, “a música invade a capital” e segue contigo até que o sol decida que é hora de recolher. A organização diz que “este é um festival que gosta de ver o seu público feliz” e nós acreditamos. E também concordamos que o Out Jazz é “uma experiência obrigatória para os que fazem de Lisboa uma cidade vibrante, singular e cheia de soul”.

A edição deste ano arrancou a uma sexta-feira, 4 de maio, no Miradouro de Santa Catarina. O Jardim do Príncipe Real (no passado dia 11), o Muse u do Chiado (a 18) e o Hotel Sheraton (a 25) são alguns dos novos que já receberam o Out Jazz, naquela que é a grand espaços e novidade de 2012. A entrada em qualquer dos espaços é gratuita. Vais com casais apaixonados, com grupos de jovens amigo cruzar-te mílias inteiras, entre crianças a correr e mais velhos s e com faa fazer uma pausa na 'sueca'. Porque o Out Jazz é mesmo para toda a gente.

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//PLAYLIST

A vila do surf

também sabe dançar Foto de : ww w.sumolsum

Texto: João Diogo Correia

dos mais aplaudidos), mas é o destaque nacional do género, a par dos Mercado Negro, e tem material acabado de sair do forno... Jamaicano - “That's How We Roll” é um single que vai marcar este verão a tinta colorida e que foi gravado na pátria do reggae. O novo álbum ainda não saiu e a Ericeira pode ser o local perfeito para as apresentações. Acompanhado pela sua 911 Band, Richie Campbell vai continuar a provar que merece o reconhecimento em Portugal e além-fronteiras. Foto de: www.myspace.com/alphablondy

Foto de: www.myspace.com/richiecampbellmusic

Richie Campbell não é novidade no palco Sumol (o ano passado o álbum “My Path” foi

O que valem afinal os Fun.?

Por estes dias, não será fácil encontrar alguém que não os conheça ou, pelo menos, ao orelhudo single “We Are Young”, que anda a polvilhar as rádios nacionais. Os Fun. confirmaram a presença em Portugal lá para o outono e a dúvida é só uma: será esta banda apenas mais uma 'one hit wonder'? O que se segue ao sucesso do single? Para além de “We Are Young”, gostas do que conheces do álbum “Some Nights”, o segundo trabalho de estúdio da banda? O que valem em palco? Os Fun. ainda andam à espera de aprovação.

Eles estão de volta

Foto de: www.myspace.com/themarsvolta

Vai para a quarta edição, é o primeiro dos grandes festivais de verão à tua espera e brinda-te logo no primeiro dia com um concerto de uma das grandes lendas vivas do reggae: Alpha Blondy já leva 30 anos de carreira, vários discos aclamados no currículo (“Jah Victory” ou “Jerusalém” só para avivar a memória) e um trabalho mais recente pronto a ser saboreado, neste seu regresso a Portugal. “Vision” é o nome da obra que entrelaça reggae, roots e rock, mantendo o estilo revolucionário, virado para o humanismo e para as causas sociais. Por isso mesmo, Blondy foi nomeado Embaixador da Paz na Costa do Marfim, o seu país de origem, pela Organização das Nações Unidas (corria o ano de 2005). As mensagens políticas e a sensacional colaboração com a banda The Wailers, fazem dele uma espécie de Bob Marley à africana.

mer fest.com

Foto de: www.myspace.com/fun

Um prato principal feito à base de muito reggae e dancehall, com os habituais condimentos de dubstep e drum'n'bass e, para a sobremesa, eletrónica e techno minimal. É o que te espera este mês na Ericeira, juntamente com mar, calor e tardes relaxadas, numa descontração contangiante. O Sumol Summer Fest já tem cartaz completo e tu não vais querer perdê-lo.

Foto de: www.myspace.com/gabrielopensadoroficial

As boas notícias não acabam aqui: Gabriel O Pensador mantém a crítica social em cima do palco, no dia 30, com rimas arrojadas e incursões em estilos diversos. O músico (ou poeta) brasileiro é antecedido pelos conterrâneos Ponto de Equilíbro, referências reggae do outro lado do Atlântico, quase tanto quanto Barrington Levy, o representante da Jamaica. Gui Boratto e Booka Shade fazem as honras das After-Hours e trazem a garantia de que, até que o sol nasça, o espírito é para durar. Este ano, a novidade é a Welcome Party, preparada para quem comprar o passe para os dois dias. O festival decorre a 29 e 30 de junho, mas 28 é dia de receber os festivaleiros e especialmente os que têm campismo incluído – mais uma noite no Ericeira Camping é um atrativo para quem quiser ficar até altas horas da madrugada ao som de , Camo & Krooked, Alif (dos Drop Top) d! Soun BTR e Boy e Jami r, Zede

Os The Mars Volta já tinham agitado as águas do rio Tabuão em 2008, no festival Paredes de Coura, e agora preparam-se para atirar a capital, rio Tejo incluído, completamente abaixo. Omar Rodriguez-Lopez e Cedric Bixler-Zavala fazem magia na maior parte das coisas em que tocam e é provável que o Coliseu de Lisboa o testemunhe, no próximo 14 de junho. O mais recente trabalho dos The Mars Volta, “Noctourniquet”, vai andar a espalhar rock progressivo por esse mundo fora e para que a festa seja completa só falta mesmo que os At The Drive In (a banda que deu origem a esta e que também vai andar em digressão) marque na agenda uma passagem por terras lusitanas. Quem já está de caneta na mão, pronto a colocar o evento na agenda, és tu e é melhor que tires também umas notas do bolso – 30 euros, preço único, Coliseu de Lisboa a 14 de junho. Vai aquecendo. Junho 2012. MaisSuperior

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//TAKE 1

Tem vampiros mas to de um Caçador Título: Diário Secre re am Lincoln: Vampi de Vampiros/Abrah Hunter (3D) A País de Origem: EU Ano: 2012 Género: Suspense ho Estreia: 21 de jun facebook.com/ w. ww l: cia ofi e Sit ampireHunterlnV co AbrahamLin MovieUK Ficha Técnica BekmamRealização: Timur betov GrahameArgumento: Seth berg -Smith e Simon Kin alker, W in am nj Elenco: Be c Cooper, ini m Do k, dy Tu an Al tead Mary Elizabeth Wins

Abraham Lincoln ficou para a história como o 16º Presidente dos Estados Unidos da América, capaz de lutar pela união em tempos de guerra civil no país e pela libertação dos escravos negros. Foi assassinado em Washington, decorria o ano de 1865. Neste filme, há uma proposta alternativa: não só falar de vampiros fugindo ao que se tem feito ultimamente (“Twilight” diz tudo), como fantasiar um lado secreto da vida de Lincoln. O pormenor a reter é que esta película tem o cunho do genial Tim Burton, um nome que também dispensa comentários. Adaptado do bestseller de Seth Grahame-Smith com o mesmo nome, “Abraham Lincoln: Vampire Hunter” imagina o protagonista como um feroz caçador de vampiros, que tenta vingar a morte da mãe, também ela doce tentação das criaturas sobrenaturais. Com uma abordagem entre o histórico e o satírico, terás sangue e suspense, numa Washington em pleno século XIX. Produzido por Tim Burton, com realização a cargo do russo Timur Bekmambetov (o mesmo de “Wanted”, com Angelina Jolie a espalhar bom cinema), resta saber se a receita do livro passa para a sétima arte com o mesmo sucesso. Textos: João Diogo Correia

Caça ao forasteiro

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Aqui o horror é bem real

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Foto de: www.filmofilia.com

É provável que já tenhas ouvido a expressão, ainda mais se tiveste a sorte de viajar pela América Latina: ‘Gringo’ é o que se chama a um estrangeiro que reside ou está de passagem por um país desta zona do globo. Usam-na os falantes de espanhol, mas também em português está correta: os brasileiros não se cansam dela. Apesar de se ter generalizado, aplica-se especialmente a quem tem o inglês como língua de expressão. No filme, o aclamado Mel Gibson (na pele de Driver) é mais do que um ‘gringo’. É um criminoso de profissão, capturado pelas autoridades mexicanas e colocado numa das mais duras prisões do México, onde a violência é o prato do dia. Já estás a imaginar que, para ele, a vida na cela pode ter contornos ainda mais delicados. Porém, através de uma amizade com um rapaz de 9 anos, o empertigado forasteiro vai aprender a sobreviver. Título: Apanha-me esse Gringo/ Get The Gringo País de Origem: EUA Ano: 2012 Género: Ação/Drama Estreia: 7 de junho

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Fotos de: www.facebook.com/AbrahamLincolnVampireHunterMovieUK

não é para adolescentes

MaisSuperior . Junho 2012

Ficha Técnica Realização: Adrian Grunberg Elenco: Mel Gibson, Bob Gunton, Jesús Ochoa, Patrick Bauchau, Scott Cohen

Fotos de: www.facebook.com/chernobyldiaries

De Chernobil recordas certamente o terrível acidente de 1986, mesmo que na altura ainda não passasses dum projeto de ser humano - a explosão, seguida de um incêndio, dum dos reatores da central nuclear situada na ex-URSS foi classificada com o nível máximo na escala de acidentes nucleares e ainda hoje se sentem os seus efeitos. A nuvem radioativa destruiu pessoas, animais e meio ambiente e o lugar passou a ser um fantasma. “Chernobyl Diaries” acompanha a viagem atípica, de seis jovens e aventureiros turistas, pela cidade de Pripyat, junto a Chernobil, casa da maioria dos trabalhadores da central nuclear. Mas quando pensam estar sozinhos num dos locais que piores recordações traz à história da humanidade, apercebem-se de que há perigos reais com os quais vão ter de contar. Do mesmo criador que já te aterrorizara em “Paranormal Activity”, Oren Peli, “Chernobyl Diaries” vai trazer-te uma boa dose de calafrios. Título: Os Diários de Chernobil/Chernobyl Diaries País de Origem: EUA Ano: 2012 Género: Terror Estreia: 14 de junho Site oficial: http://chernobyldiaries. warnerbros.com/

Ficha Técnica Realização: Bradley Parker Argumento: Carey Van Dyke, Shane Van Dyke Elenco: Jesse McCartney, Jonathan Sadowski, Nathan Phillips, Olivia Dudley


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//TARABYTES

Piadas facebook adentro Se a Brigitte Bardot pega numa trincha de tinta, passa a ser Brigitte Barbot. O Silvester Stallone com uma fita vermelha na testa e metido numa boia salva-vidas transforma-se em Ramboia. Se o dia estiver a correr mesmo muito mal e rir for mesmo o melhor remédio, alguém coloca o Eddie Murphy a segurar uma batata frita e concluímos que tudo se resume à Lay de Murphy. As risadas estão absolutamente garantidas à distância dum ‘gosto’ na página do Salão Neurótico, que já conta com um número seguidores para além dos 27 mil. Texto: Bruna Pereira Fotos: Salão Neurótico

Variam entre as 70 e 160 as pessoas que, todos os dias, partilham conteúdos no mural do Salão Neurótico, em www.facebook.com/ salaoneurotico. Ao todo, o baú de trocadilhos ronda as 7 mil contribuições em forma de imagem. “Tudo conteúdo feito por artistas / seguidores da página. A estas acrescem cerca de duas centenas feitas por mim”, diz João Silva, o rapaz que se apresenta como sendo “o autor, gestor e anfitrião do Salão Neurótico”. O copywriter de 30 anos que também tem uma banda “que nunca saiu da garagem de nome os ‘Os Rins’, diz que é a criatividade que o move, razão pela qual anda sempre “a 1000”. “Muitas das coisas que publico no Salão surgem-me durante brainstorms no trabalho”, refere, acrescentando que mesmo não se considerando um humorista, porque “um humorista é outra coisa: é uma pessoa que sabe fazer rir e sorrir numa multiplicidade de temas”, fica sempre muito contente por ter criado “uma página na qual as pessoas se riem e ganham um sorriso para o resto do dia”.

O rapaz dos trocadilhos

“Sempre gostei de fazer trocadilhos. Não consigo parar. Faço-os constantemente durante conversas, acho que é uma das minhas formas de comunicar. Já me disseram que tenho tourette dos trocadilhos...”, confessa João Silva, remontando-se ao primeiro trocadilho que converteu em imagem: “foi antes de ter conta de facebook, num blog que tinha. Chamava-se George Duche e representava uma cabine de duche a discursar na Casa Branca. A execução é péssima, mas diverti-me tanto a fazê-lo que decidi continuar. Um amigo meu fez também uns quantos e quando criei a conta de facebook, fiz um todos os dias. Os meus amigos pareciam gostar e acabei por ficar viciado”. João cedeu ao vício e acabou por criar uma página dedicada aos trocadilhos para ver se mais alguém acharia piada - no entanto, quis que a página fosse aberta à participação de todos: “sempre me fez confusão que abordemos as redes sociais num sentido de comunicação único, quando representam uma enorme oportunidade para a partilha, para gerar ideias, para o maior brainstorm de sempre. Acho que o Salão é uma brincadeira, mas tem alguns objetivos sérios, principalmente na sua natureza de comunidade criativa”.

do Salão Neurótico? Qual é a tua imagem preferidamud a todos os dias, acho! Da-

“Ahahah! A resposta a essa pergunta e Pilar, da Branca de Neve e o quelas que eu fiz, gosto muito do José s como ideias. Como imagens Chat Anões e do Medí na Carreira. Esta Crocodilo Gandhi”. do e gosto do Ramboia, Stalking Heads

Neurónios de todo o mundo,uni-vos!

Antes de mais, ficas a saber que toda a gente pode participar no Salão Neurótico. “O facto de ser uma mecânica de participação muito simples, de não se privilegiar a imagem enquanto resultado final mas sim a ideia, acho que facilita a participação de todos”, diz João, exemplificando que o desafio é lançado de forma a que as pessoas concretizem um trocadilho, um jogo de palavras numa imagem. “Por vezes acontece que o trocadilho esteja na própria imagem. Também acontece haver participações em os autores pegaram numa palavra e a decompuseram em diversas palavras separadas, cada uma com a sua própria imagem. Nesse sentido a abordagem é livre. Se quero que toda a gente participe, tenho de dar espaço à criatividade também na forma de abordagem”. Estão, por isso, todos convidados a participar. “É só chegar e partilhar no mural. Eu intervenho apenas quando acho que há conteúdo claramente ofensivo ou obsceno. Também gosto de dar feedback às imagens, acho essencial que a coragem de participar seja valorizada”, convida o mentor da página.

Ideias repetidas? Não faz mal, venham elas!

É normal haver trocadilhos repetidos, isto porque, devido à dimensão da página, “torna-se difícil ‘vasculhar’ o arquivo a fundo”, admite João, desviando a ideia de plágio. “Não acredito que haja plágios no Salão Neurótico, apenas pessoas que chegaram à mesma ideia separadamente. Além disso, como há um grande número de artistas e seguidores a chegar diariamente, o público acaba por renovar-se. Uma pessoa que chegue hoje ao Salão Neurótico pode estar a ver o seu primeiro ‘Capuccino Vermelho’ quando na realidade já houve uns 30”. Por isso, já sabes, mesmo que a ideia seja repetida, João Silva deixa ficar todos os trabalhos criativos, “não só porque pode ser uma novidade para quem chega, mas também porque não posso censurar uma pessoa que concretiza a sua vontade de participar. Pelo contrário, acho fantástico”.

Coça r os Ti nt ins

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//LER PARA CRER

Muda de vida Com uma Pós-Graduação! Quando não estamos bem – e já o refere o ditado popular - , o melhor é mesmo mudarmo-nos. Mas mudar para melhor, sempre! E no que ao Ensino Superior diz respeito, uma escolha de Pós-Graduação acertada no final da Licenciatura ou de um período de trabalho pode fazer a diferença, tanto em termos de valorização pessoal como em termos de ordenado ao final do mês. Texto: Bruna Pereira

Estávamos a 30 de agosto de 2011 e o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, participava num encontro da Universidade de verão do PSD em Castelo de Vide. À pergunta do eurodeputado Carlos Coelho, sobre qual deve ser a prioridade na alocação dos recursos e se faz hoje sentido que se aposte na educação, o ministro respondeu que “Sim, vale a pena a aposta na educação nestes tempos de crise”, fundamentando a resposta com vários argumentos, entre eles

“porque temos um problema que é fundamental para o país que é a formação dos nossos jovens”, “porque o desenvolvimento do país faz-se com massa humana” e “porque estudar vale a pena para poder ganhar mais dinheiro”. Mesmo parecendo um pouco materialista, esta passagem noticiosa serve para darmos início a este texto a propósito das vantagens do prosseguimento dos estudos superiores para além da Licenciatura.

Estudar mais para quê? Aquando do término do Ensino Secundário, Pedro Silva teve a oportunidade de prosseguir estudos para um curso superior. “A escolha recaiu sobre uma instituição conceituada e sobre um curso que se adequava ao meu perfil: a Licenciatura bietápica em Contabilidade e Administração do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP)”, refere Pedro, acrescentando que ainda antes de terminar o curso, começou a trabalhar numa empresa de Auditoria, onde pôde aplicar muitos dos conhecimentos obtidos academicamente e que foram “fulcrais para o desenvolvimento do seu percurso profissional”. Um ano depois de concluir a Licenciatura e já com praticamente dois anos de experiência profissional, Pedro Silva decidiu renovar e ampliar os seus conhecimentos em Auditoria, uma vez que seriam úteis para melhorar o seu trabalho e para o desenvolvimento pessoal de competências. “A escolha da área de estudos foi óbvia, dado que o gosto pela Auditoria sempre me acompanhou e se enquadrava perfeitamente no contexto profissional. Quanto ao tipo de curso e

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à instituição de ensino, a decisão foi complexa. Optei por um curso de Mestrado no ISCAP, uma vez que considero que me formou de uma forma bastante plena na Licenciatura”. Pedro Silva acrescenta ainda que quem procura um curso desta natureza já passou por um percurso académico, conhece a realidade e a exigência do Ensino Superior, tem um espírito crítico desenvolvido, pelo que leva a que tenha expetativas fortes: “Em muitos casos, os cursos pós-graduados (sejam Mestrados, Pós-Graduações, MBA ou outros) são frequentados por pessoas que já têm experiência profissional, seja alargada ou recente, e surgem associados à necessidade de desenvolvimento de competências teóricas e práticas numa área específica. Neste sentido, enfrentam uma nova aprendizagem com um alto nível de maturidade e com exigências e necessidades acrescidas. Daí que um dos fatores muito publicitados pelas instituições que oferecem formação para pós-graduados seja a composição do corpo docente, preferencialmente com alargada experiência académica e/ou profissional”.


//LER PARA CRER

Passaporte para o emprego Entrou para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa para cursar Sociologia e, após a conclusão dessa licenciatura, voltou a escolher a mesma paixão para se dedicar a um Mestrado. “Desde o 2º ano, comecei a colaborar nalguns projetos de investigação com vários professores, desenvolvendo pequenas atividades, como realização de inquéritos, inserção de dados em programas informáticos ou mesmo supervisão de aplicação de questionários. Como gostei dessa experiência de investigação, começou a surgir a ideia de continuar a estudar, e encarei o Mestrado em Sociologia como um seguimento da Licenciatura (que já fora apenas de três anos). Além disso, no último ano, um professor desafiou-me para integrar a tempo inteiro um projeto que iria começar no verão seguinte à conclusão da minha licenciatura e que me daria a possibilidade não só de participar na investigação como desenvolver a minha própria tese de Mestrado”, explica Susana, contente pela aposta feita na continuação da formação.

A caminho do Doutoramento Quando perguntámos a Susana de que forma melhorou a sua vida a aposta na continuação dos estudos, a resposta não podia ser melhor: “Ao proporcionar-me o contacto com a investigação, este Mestrado marcou o início da minha experiência profissional. Finalmente, motivou o diálogo e discussão nos vários seminários, entre professores e colegas e também na defesa da dissertação, que me tornaram mais fluente na exposição dos resultados e argumentos”. Nesse sentido, Susana acabou por desenvolver as ferramentas necessárias para poder iniciar com sucesso o seu percurso profissional, bem como definir melhor o que queria seguir – acabando por motivar esta aluna para o ainda prosseguimento de estudos em direção ao Doutoramento.

Susana Batista

Vantagens de estu para além da Lice dar nciatura Aumentas a po ssibilidade de progress

ão na carreira; ficar aumento de salário; Estimulas as tu as capacidade oratória; s de investigaç ão, escrita e Refrescas os en sinamentos já possuídos; Podes experim entar outra ár ea de estudos cenciatura; diferente da Li Melhoras o teu CV; Aumentas a tu a valorização pe ssoal; Se optares por um a es pe cial outras cultura s, idiomas e esização no estrangeiro, absorv tilos de vida. es Mais qualificaçõ

es podem signi

Mais autonomia de pesquisa e de trabalho por Susana sobre o A principal caraterística destacada ia de pesquisa e nom ensino de Pós-Graduação é a auto icular, onde tecurr e part na só não de trabalho: “Isto os seminários vári dos mos que adaptar os conteúdos o na parte etud sobr mas s, ática tem às nossas próprias a escrita foi caso meu do trabalho individual, que no de trapo tem e ão icaç ded s mai lve da dissertação. Envo , onde tura ncia Lice à balho 'em casa', por contraponto res esso prof s pelo s rado uad enq s mai acabamos por ser os ite-n perm te, men das várias cadeiras. Simultanea ida em med na es, ress inte os noss os aprofundarmos ”, conclui. que é mais especializado numa área

Foto: Susana Batista

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//ler para crer

Pedro Silva

am a ganhar Vida pessoal e profissional saírAdmin istração no Institu-

Após uma Licenciatura bietápica em Contabilidade e (ISCAP), Pedro Silva into Superior de Contabilidade e Administração do Porto voltar ao ISCAP decidiu , depois anos dois Quase o. tegrou o mercado de trabalh rcionou-me o propo do Mestra para um Mestrado em Auditoria. “Este curso de colocam no se que es questõ as r pensa e ar abord de desenvolvimento na forma sempre que a cia exigên de dia-a-dia profissional. Na senda dos elevados níveis e relato Bacha do aluno r melho de os prémi nos me auto-propus (espelhados nidade oportu a tive mico da Licenciatura), no final deste novo percurso acadé o crítico e, naturalde constatar que enriqueci em termos de raciocínio, espírit em especial pelas muito área, mente, aprofundamento dos conhecimentos na este profissional, refere , tação” disser da ação elabor na dificuldades enfrentadas colegas e com outros com ência não esquecendo a troca enriquecedora de experi juda enentrea e grand uma e nota-s s estudo de nível o corpo docente. “Neste mais eta, compl mais seja tre colegas, proporcionando a que a aprendizagem utos contrib tragam ual individ mento pensa de tivas dinâmica e que as perspe tenham os colhid frutos os que positivos para o trabalho de todo o grupo. Daí pessoal”, conclui. sido úteis tanto para a vida profissional, como para o campo

Foto: Pedro Silva

Ricardo Santos

Aprofundar conhecimentos já adquiridos

A primeira formação superior de Ricardo foi uma Licenciatura em Direito na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecn ologias (ULHT) de Lisboa. “Fiz várias escolhas na altura de ingressar no Superior, que passavam por Gestão de Marketing , Turismo e Direito, mas visto que os resul tados de colocação resultaram ser em Seia e em Évora, preferi ficar em Lisboa e cursa r Direito. Ficava mais barato”, refere Ricar do Santos, que acabou por gostar muit o da Licenciatura escolhida. Após alguma experiência de trabalho, a vontade de sabe r mais traduziu-se no prosseguimento dos estudos, através duma Pós-Graduação em Administração Pública e Direito Público e Económico, na Escola de Administr ação de Lisboa. “Senti a necessidade de aprofundar conh ecimentos, até por uma questão de valorização pessoal”, refere Ricardo, acres centando que vê esta Pós-Graduação como uma espécie de complemento aos conhecimentos que tinha adquirido ante riormente na Licenciatura. A todos os que estão indecisos em prosseguir estudos, Ricardo Santos sugere que “o saber não ocupa lugar, sobretudo quando estamos a falar duma área de que se gosta e sobr e a qual se quer saber ainda mais”.

Luís Lobo

Foto: Ricardo Santos

o”

“Esta aprendizagem ajudou-me a exercer ainda melhor a minha profissã

ina Veterinária da Universidade TécLicenciado em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medic de atividade profissional no Hosanos vários lando nica de Lisboa em 1992, Luís Lobo foi interca Atualmente, dirige o departamento de pital Veterinário do Porto com Pós-Graduações variadas. a 30 de janeiro deste ano que deu mais foi mas ógico, Cardiologia, onde é diretor científico e pedag concluiu o Doutoramento, no Instituto um importante passo pessoal e profissional da sua vida: do Porto. “Sempre gostei de invessidade Univer da ) de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS gostava de fazer e o Doutoramento tigação clínica, tinha até um projeto que há muito tempo Entretanto, tive uma formação em isso. tizar concre acabou por ser uma maneira de eu poder m me animou a seguir para o DouItália com um cardiologista de veterinária que depois també to que lhe daria a valorização ramen Douto um para u toramento”. E foi isso que Luís fez, avanço sobre “Cardiomiopatia Dilatada e perturpessoal que tanto ansiava e cuja tese de mestrado versa da Estrela”, passa este veterinário a Serra da cães em co bações do sistema de condução eléctri Cardiomiopatia Dilatada e que afeta, explicar porquê: “Há uma doença nos cães que se chama da Estrela. Este cão tem uma forma Serra da cão o é que em particular, uma raça portuguesa, prática clínica, via muitas perguntas às Foto: Luis Lobo específica de Cardiomiopatia Dilatada e eu, na minha foi direcionada para este estudo e o tese minha a to, quais não conseguia responder. Portan em duma tese em vantag a é esta e porqu prática ção aplica com e santes que é certo é que cheguei ao fim com dados muito interes neste caso, na cardiologia veterinária”. Medicina Veterinária com aplicação na prática clínica, ganhar com o prosseguiafirma Luís Lobo. No entanto, o trabalho também ficou a As mais-valias foram, sobretudo, de valorização pessoal, a exercer ainda melhor -me ajudou izagem coisa que eu gosto, esta aprend mento de estudos no Superior: “Além de estar a fazer uma termos de valorização coisa que deu muito trabalho, mas que compensa em a minha profissão - é claro que o Doutoramento foi uma pessoal e profissional, claro”.

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//LOOK AT ME

As Saudades

que tu já tinhas da

Madonna Das pulseiras de couro às rendas, passando pelos sutiãs em formato de cone, as calças de ganga ou as leggins de lycra brilhante, Madonna surpreende ao longo de décadas pela ousadia na maneira de ser, mas também de vestir. Aproveitando o tão aguardado concerto de Madonna para dia 24 de junho, no Estádio Cidade de Coimbra, a Mais Superior recua na máquina do tempo e mostra alguns dos looks mais famosos da rainha da pop.

1990

O famoso sutiã-cone

Desenhado por Jean-Paul Gaultier para a “Blond Ambition Tour” de Madonna, este ousado modelo de sutiã marcou a moda dos anos 90 e catapultou a sensualidade da mulher para a lingerie quotidiana continuando a ser reinventado por variadas marcas de lingerie nos dias de hoje.

Foto: 2.bp.blogspot.com

1997

Não chores por mim... Evita!

Para encarnar no grande ecrã a diva argentina Evita Perón, Madonna surpreendeu com um visual retocado e elegante, enriquecido por vestidos e muitos chapéus a adornar os cabelos impecavelmente penteados. Não faltaram ainda acessórios como sapatos, brincos e colares (sobretudo de pérolas) também escolhidos a rigor para o musical.

Texto: Bruna Pereira

Foto: gallery.celebritypro.com

1998

Quarentona, mãe e morena

Madonna chegou aos 40 anos de idade e experimentou as alegrias da maternidade. Aproveitando os novos ritmos mais dançantes de “Ray of Light”, a cantora alterou também os cabelos e tornou-se... Morena! O videoclip do primeiro single “Frozen” serve para testemunhar o feito.

Foto: 3.bp.blogspot.com

1984

Rendas e bijutaria com fartura

2005

Diva disco

“Like a Virgin” explodia no volume máximo de todos os leitores de cassete do planeta! Vestida de noiva rebelde, Madonna era fã de vestidos brancos rendados, de bijutaria com fartura e de maquilhagem bem pesada combinada com cabelos frisados, descolorados e volumosos, muito em voga na altura. Quanto à depilação.... Digamos que as sobrancelhas por fazer e os sovacos à mostra falam por si e refletem as tendências ‘ao natural’ da época.

Com o álbum “Confessions on a Dance Floor”, o regresso de Madonna às pistas de dança dos anos 70 veio acompanhado das meias de lycra (de preferência brilhantes) e do visual à Farrah Fawcett – destaque para o penteado aprumado com laca e os leves caracóis frontais.

1985

Luvas, joias e semelhanças com Marylin

Foto: imguol.com

O videoclip de “Material Girl” foi dirigido por Mary Lambert e mostra uma Madonna transformada em estrela de Hollywood: vestida de gala em rosa choque (com glamorosas luvas compridas a condizer) e cercada de homens ricos e diamantes – cena visivelmente inspirada no filme “Os homens preferem as louras”, com Marilyn Monroe no papel principal.

2012

Rainha para sempre

Foto: 3.bp.blogspot.com

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Foto: img2.timeinc.net

Com 53 anos bem vistosos, Madonna não deixa de surpreender no que a visuais irreverentes se refere. No intervalo do campeonato de futebol americano Super Bowl, em fevereiro passado, a diva recorreu à alta-costura de Givenchy e, com traços egípcios e uns longos cabelos ondulados loiros, demonstrou que ainda promete reinar durante uns bons anos.

Foto: trashlounge.co.uk


//NIGHT & DAY

Viva o ! o i Santo Antón Viva o São João! Esperamos que tenhas regado o teu manjerico nos últimos meses e guardado o teu martelinho do São João do ano passado (procura bem no baú, porque deve andar por lá.... Junto aos gorros do Natal de 2008 ou ao cachecol do teu clube desportivo), porque elas aí estão: as festas populares que abanam a cidade à noite, como se fosse de dia. Ficam aqui algumas palavras-chave para que aproveites ao máximo estas datas onde a folia impera. Texto: Bruna Pereira

Alho-Porro Vampiros fora da festarola

Tudo poderia bater certo para os vampiros (as festas passam-se de noite e tudo...), mas eis que o alho-porro aparece em cena, como fazendo parte duma das mais tradicionais atividades São Joaninas: bater com alho porro nas pessoas, com aquela agressividade carinhosa que carateriza as gentes nortenhas e que ninguém deve levar a mal.

Martelinho Só porque sim, toma lá

Não tem nada que enganar: com aspeto de fole, em plástico e ruidoso como um apito, o martelinho de São João não se dispensa por terras do Porto. Por um ou dois euros fazes a festa, podendo escolher as cores e os tamanhos do ‘brinquedo’. Quanto às marteladas, presta atenção à direção com que atiras, para evitar feridos graves.

Sardinhas

A pingar no pão é que é bom Tens bifanas, cachorros, pizzas e pães com chouriço - mas nada que se compare às maravilhosas sardinhas. Aproveita o que a nossa fabulosa costa portuguesa nos dá e aumenta os teus níveis de Ómega 3 com uma bela sardinhada capaz de baixar os níveis de colesterol dum batalhão de hipertensos. Recomenda-se o acompanhamento dum bom naco de pão caseiro, assim em jeito de agradar à tradição.

Manjerico

Aqui não se mete o nariz!

Vendido tanto em barraquinhas alfacinhas como tripeiras, o manjerico que se preze vem sempre acompanhado duma bela quadra popular com rima curiosa, brejeira ou jocosa. Como além de aromática esta planta pode ser aproveitada para efeitos culinários, a utilidade do manjerico ultrapassa os dias 13 e 24 de junho – podes então aproveitar para temperar uma bela carne para fazeres uma churrascada com os teus amigos.

Binóculos É para veres melhor...

Seja os balões de ar do São João ou as marchas populares antoninas, o que é certo é que um par de binóculos pode vir a dar muito jeito mesmo na hora de saíres à rua. Tentar evitar ficar atrás de nativos da Suécia e árvores. Levar um banquinho debaixo do braço também pode resultar lindamente na tua missão “conseguir ver alguma coisa do que se está a passar, já que meço pouco mais que metro e meio”. Junho 2012 . MaisSuperior

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//LIMITE DE VELOCIDADE

O teu automóvel é uma sauna no verão? Estamos a escassos dias da estação mais quente do ano e aquele bafo abrasador que tanto odiamos já se faz sentir dentro de nossos carros. Esta é talvez uma das piores consequências do verão, pois torna-se impossível sobreviver dentro de um carro que esteve com a chapa ao sol a tarde inteira... Texto: Tiago Luis

Para lidares com este problema da melhor maneira, a Mais Superior e o RazãoAutomóvel.com trazem-te algumas sugestões para acabares com este inferno de uma vez por todas, mas atenção, não existem métodos infalíveis... Mesmo aquela estupenda ideia de encher o carro com cubos de gelo e torná-lo num enorme glaciar ambulante, pode não ser a melhor opção. Provavelmente nunca te apercebeste, mas num típico dia de verão a temperatura no interior do teu automóvel pode ser de mais 10 a 20ºC do que a temperatura exterior. Fazendo as contas, se estiverem, por exemplo, 30ºC de temperatura ambiente, poderão estar 50ºC dentro de um automóvel, o suficiente para "fritar" todo o nosso oxigénio em poucos minutos... Contudo, existem algumas formas de prevenir este absurdo e é isso que vamos realçar agora:

Cinco formas de prevenir o calor dentro de um automóvel Deixar o carro à sombra Este é o método de prevenção mais lógico, mas não te iludas, mesmo à sombra o teu carro terá uma temperatura interior superior à do exterior. Ainda assim, aconselhamos vivamente a tentares encontrar sempre um lugar à sombra, afinal de contas, 40ºC sempre é melhor do que 50ºC e um carro estacionado ao sol favorece a evaporação da gasolina, algo que ninguém quer...

Deixar as janelas ligeiramente abertas Apesar de não adiantar muito, deixar as janelas entreabertas ajuda a uma melhor circulação do ar dentro do automóvel, o que originará a um pequeno (mas importante) ganho de refrigeração.

Usar protetor dobrável no para-brisas Para os menos crentes, usar um protetor no para-brisas é ridiculamente feio e não ajuda em nada no arrefecimento do habitáculo. Mas enganam-se... Estes protetores têm uma tarefa simples e muito importante: Não deixar o volante e todos os outros componentes a escaldar como um forno quando está a assar um apetitoso frango.

Proteger volante, assentos e manete das mudanças Este ponto complementa um pouco o ponto anterior, mas é talvez mais eficaz visto individualmente. Experimenta deixar um pano húmido a proteger o volante e a manete das mudanças e deixar uma toalha sobre os assentos, quanto mais não seja vai ajuda-te a conservar o material do veículo e a evitar aqueles choques térmicos sempre que tocas no volante.

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Usar películas nos vidros As películas escurecem os vidros e consequentemente diminuem o calor no interior do automóvel, evitando assim o desgaste dos estofos e dos plásticos. Em Portugal existem algumas dificuldades na homologação destas películas, mas já existem várias marcas a tratar de todas estas burocracias sem grandes problemas. Estes cinco mandamentos vão dar-te algum trabalho, mas se por ventura és daqueles que não está para grandes cerimónias e não gostas de ver o teu carro a competir com uma árvore de natal em concursos de beleza, fica a saber que também para ti há forma de contornar o problema do calor. A solução é simples: Ar condicionado! Mas como em tudo na vida, tem os seus prós e contras...

Vs.

Ar Condicionado Janelas Abertas

O ar condicionado é um aliado de peso para combater aquelas temperaturas mais estonteantes, mas sabias que se este estiver a funcionar a 50% da sua capacidade pode aumentar em 10% o consumo do combustível? O A/C para trabalhar vai buscar forças ao motor do carro e consequentemente origina um maior esforço do mesmo, daí o aumento do consumo de combustível ser inevitável. Em tempos de contenção tudo serve para poupar, por isso, o melhor é abrir as janelas do carro. Mas também aqui há um problema... A aerodinâmica é essencial para a estabilidade do veículo, e ao abrires as janelas existe uma perda gradual da aerodinâmica. Confuso? Imagina que vais na autoestrada a 120 km/h com as janelas abertas, além de ser uma turbulência nada confortável para os teus ouvidos, vai haver uma maior resistência do carro ao ar, o que significa, que o atrito existente vai pedir ao motor que se esforce mais para andar o mesmo. Segundo alguns estudos, é mais eficiente ligar o A/C em velocidades elevadas (mais de 90 km/h), pois o consumo de combustível derivado das perdas aerodinâmicas é superior ao consumo do ar condicionado. Por isso já sabes, sempre que circulares a mais de 90 km/h é preferível ligares o A/C, caso contrario, o melhor é abrires as janelas do carro e sentires aquela brisa escaldante na cara. Tiago Luís, estudante de licenciatura em Gestão de Empresas na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) e fundador do site Razão Automóvel. Também colabora com a revista Mais Superior, dando-te dicas práticas sobre como poupares o máximo com o teu veículo.


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ORGANIZAÇÃO


//DÁ-TE AO TRABALHO

Duas cadeiras,

uma conversa

e várias ideias

Depois de Braga, a comitiva do So Pitch aterrou na cidade de Lisboa, pronta para mais um casting de jovens empreendedores prontos a pôr as suas ideias de negócio em prática. A partir das 8:30h da manhã, o sono deu lugar aos sonhos e muitos foram os candidatos a treinar os dotes de oratória e persuasão nos bastidores – tudo para impressionar o painel de jurados. Texto: Bruna Pereira Fotos: Bruna Pereira e So Pitch

“Não se pode olhar de canto os estágios grátis – grátis não: eu vou fazer um investimento em mim para conseguir ter um maior retorno. No fim do estágio, e no fim de terem trabalhado duro, vocês pegam e dizem a quem manda: está a ver isto? Isto é o que havia antes de eu cá ter chegado. E isto aqui é o que há depois de eu cá ter trabalhado”, continua Miguel Gonçalves, que num momento mais ou menos cómico responde a duas candidatas que viam impedimento numa parceria conjunta, porque uma morava em Sintra e outra no Baixo Alentejo, o que consideravam ‘longe’. “O meu tio foi a pé para França, isso é que é longe, pá!”, exclamou Miguel, alertando para o mundo global em que vivemos, onde as distâncias não podem ser medidas em quilómetros.

A voz da experiEncia Não é o “Ídolos”, mas bem podia ser. No entanto, aqui a música é outra: os negócios. Ao som de “Dog days are over” de Florence and The Machine, os primeiros candidatos chegaram ao Instituto de Ciências de Trabalho e Empresa (ISCTE – Instituto Universitário) e quebraram o primeiro gelo com um “Olá!” e um outro “O que te traz cá?”. As respostas sucediam-se como os minutos do relógio e eis que chegava a hora de ir buscar o mítico autocolante com o número de candidatura para colar ao peito. O painel dos sonhos em forma de post-its coloridos já tinha um “Diretor de Marketing da Coca-Cola” e um “Web designer da TAP”, mas ainda havia muito espaço para outras profissões perfeitas na cabeça de muita gente. “Pensamos oferecer a 20 participantes a oportunidade de passarem um dia a fazer aquilo que escreveram, acompanhados da pessoa que descreveram nas empresas que mencionaram”, disse Pedro de Almeida à Mais Superior, muito confiante quanto às prestações dos candidatos do dia de hoje.

Foi no intervalo da manhã que houve tempo para perguntar a Isabel Calado, Diretora de Marketing da Galp Energia e um dos jurados, o que estava a achar da iniciativa. “Estou a achar muito gira e devo dizer que têm aparecido pessoas com 16, 17 e 18 anos com muita mais garra do que aquela que eu tinha na idade deles – eu e os meus colegas… Naquela altura acho que se pensava era em acabar o curso… Mas eles hoje não e acho que estão de parabéns por isso”.

A hora da verdade

Dicas que valem ouro O autocolante diz MT 522, mas acompanha o nome de Patrícia, a jovem com experiência no Jornalismo que quer, afinal, enveredar por uma nova área dentro da Comunicação Empresarial e da Estratégia de Marketing. “Mas qual é a tua ideia mesmo, diz-me lá?”, pergunta Miguel Gonçalves (que todos ficámos a conhecer depois do programa “Prós e Contras”, com a expressão ‘bater punho’). A candidata diz querer muito começar a trabalhar numa nova área que não é a sua de formação, mas Miguel repreende: “Se não tens experiência, não te vão deixar começar! Entra já aqui na sala e começa a procurar malta de Marketing – se sonhas trabalhar em estratégias de Marketing e não te souberes ajudar a ti própria, como vais poder ajudar os outros?”. Segue-se uma conversa, várias dicas e a esperança de mudar o rumo de vida, que durante os últimos seis meses tem dado pelo nome de desemprego, “a profissão mais em voga nos últimos tempos”, completa outro candidato na mesma situação.

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Dividido entre as áreas de Gestão e de Ambiente, o Sérgio fez um casting em Braga e decidiu tentar novamente a sua sorte em Lisboa. “Mal saí da sala, achei que podia ter feito muito melhor e vim tentar outra vez. As oportunidades são para agarrar e aqui estou eu!”, disse com entusiasmo por poder apresentar as suas ideias a Isabel Calado. “Como me interesso particularmente pela área das energias renováveis, poder estar frente a frente com a Diretora de Marketing da Galp Energia é muito bom mesmo”.


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Pitch, essa iniciativa que te Para não perderes pitada do So sas – o que inclui novidaaproxima de 101 fantásticas empre grande final do So Pitch, endes sobre todo o ecossistema e a tra no site oficial: http://sopitch.com

O Miguel ensina-te a 'bater punho'!

Tornou-se rapidamente uma vedeta das redes sociais, um sucesso na televisão e um exemplo em forma de pessoa para qualquer empresa, por altura de reuniões motivacionais. A garra vem-lhe como o sotaque, do Norte, mas os elogios e as apreciações, essas, ficam reservados para os outros – porque ele próprio não gosta muito de falar de si, por se achar muito ‘sem interesse’. Mesmo assim, conseguimos roubar uns minutos de entrevista a Miguel Gonçalves, mentor do So Pitch, que faz questão de nos brindar com algumas dicas de combate à crise nos empregos. “À maior parte das pessoas falta é trabalhar, não é uma grande Ciência”, começa por dizer Miguel sobre os candidatos que chegam mais mal preparados aos castings do So Pitch – ou porque acabaram a licenciatura muito recentemente ou porque ainda estão a tirar o curso e nutrem uma ideia preconcebida do mercado de trabalho. “Depois também há muita gente que quer tudo perfeito, que quer acertar em tudo à primeira, que não está disposta a fazer investimento e que não está disposta a trabalhar, a trabalhar e a trabalhar até ser bom nalguma coisa”.

Quanto às ideias de negócio, Miguel sublinha a existência dalguma ingenuidade no que respeita a números: “um negócio tem de ser sobre mudar o mundo, verdade, mas tem também de assentar em métrica e sustentabilidade.... E o pessoal que quer acertar à primeira depois fica extremamente desiludido, quando percebe que tem de experimentar uma, duas, três, quatro, cinco e seis vezes até encontrar aquele produto forte que cresça - mas isso é um ponto de chegada e não um ponto de partida”.

Antes que termines o teu curso superior, o Miguel tem isto para te dizer: - Não esperes para acabar o curso: um universitário tem o melhor logótipo do mundo e faz sentido capitalizar e fazer uma aproximação antecipada para conseguir sentir já o pulso do mercado – se conseguires trabalhar nas férias de verão, perfeito; - Se conseguires pagar as propinas, também perfeito, porque não há almoços grátis e na vida tu tens sempre de comprar as coisas, vais ter de te esforçar e vais ter de ser tu a ‘dar ao caniço’ - se não fores tu a fazer, ninguém vai fazer por ti; - Não tenhas receio de não saberes efetivamente qual é a tua paixão, porque isso só se sabe a fazer, descobre-se a fazer. Tens muito tempo de trabalho pela frente, portanto explora, experimenta e faz-te à luta. O mais importante é trabalhar e não é estar à procura da coisa certa e perfeita, porque essa não aparece e se aparece é no decorrer da tua atividade de trabalho; Tens de ser realmente bom: bom como pessoa e bom como profissional. Se tu fores, por exemplo, o melhor tipo a fazer este caderno (pega num caderno que traz consigo), nunca vais ter problemas de dinheiro e é só fazer um caderno.... Ou seja,

mais do que ir atrás de dinheiro, tens de ir atrás das competências, porque no fim de seres mesmo bom nalguma coisa, a primeira consequência é o dinheiro; - Não há empresas grandes nem pequenas, há empresas boas e más. Por exemplo, uma empresa de 5 mil pessoas pode ser péssima para mim e uma empresa de 10 pessoas pode ser incrível – portanto,

há empresas boas para aquilo que eu quero, para os meus sonhos, para as minhas ambições e para aquilo que eu penso que sou capaz de fazer para amansar o mundo e o mudar. Há, por outro lado, empresas onde eu não vou crescer e onde eu vou estar ali permanentemente sentado a bater teclas, sem nunca dar o salto. Junho 2102 . MaisSuperior |

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//MANUAL DE INSTRUÇÕES

s o r i e l a v Festi mas poupados!

Verão não é verão sem sol, idas à praia e… Concertos nos diversos festivais. O problema é escolher. A oferta é muita e variada e é normal quereres ver tudo! Mas como em tudo na vida, há que fazer opções. Começa por definir quanto podes gastar com este tipo de atividades. Depois, analisa os cartazes com muita atenção para perceberes onde não podes mesmo faltar. Texto: Susana Albuquerque

Posteriormente, vê quais os custos envolvidos, nomeadamente, o valor da entrada no festival ou no concerto, os custos de deslocação, o alojamento e as refeições. A ida a um festival perto de casa implica gastos muito diferentes face à necessidade duma deslocação. Fala com amigos e familiares, pois pode ser possível diminuir os custos se fores em grupo. Por exemplo, ir de carro pode sair mais económico se forem várias pessoas. Mas atenção, esta opção terá de ser sempre comparada com a possibilidade de ir de transportes públicos, uma vez que em alguns casos, são feitas ofertas especiais para este tipo de eventos. Quem sabe se não tens um familiar ou amigo que resida perto do local do concerto e te ofereça alojamento? Caso isso não aconteça, avalia a hipótese de acampares, é sempre uma solução económica e divertida, além de que permite o contacto com a natureza. Em alguns casos, sobretudo quando estamos a falar de eventos fora das cidades, é possível acampar no recinto do festival. No que diz respeito a refeições, há que comer de forma saudável e económica. Comer em restaurantes sai sempre mais caro e nem sempre é saudável. Assim, e dependendo do local para onde vais – uma vez que pode estar afastado das zonas de comércio –, sugiro que procures levar alguns alimentos que não se estraguem e que sejam fáceis de transportar, nomeadamente, pão de forma, néctares, leite, atum, temperos para saladas, assim como produtos de higiene. Para o primeiro dia, podes levar alguns salgados ou massas já prepa-

Susana Albuquerque é Secretária-Geral e coordenadora do programa de educação financeira da ASFAC – Associação de Instituições de Crédito Especializado. A também autora do livro “Independência Financeira para Mulheres” colabora mensalmente na revista Mais Superior para te dar dicas práticas que poderás aplicar no teu dia-a-dia.

22 | MaisSuperior . Junho 2012

radas. Adota a moda do saco térmico para conservares os alimentos. Depois, se estiveres perto de uma zona comercial, compra saladas e prepara-as tu. Faz uma pesquisa para te informares o que há na zona, antes de tomares qualquer decisão e comprares o bilhete. Fazer a organização das refeições em grupo pode ser vantajoso e menos cansativo para cada um, já para não falar que terás, certamente, refeições mais variadas. Não há um segredo ou uma poção mágica que nos permita poupar, é preciso fazer contas e ver o que é mais benéfico. Há que estudar diferentes hipóteses para a mesma situação. Para o mesmo festival podes gastar quantias completamente distintas, tudo depende das opções tomadas. As redes sociais podem ser uma boa ajuda neste tipo de planeamento, não só para a formação de grupos, como para perceber se há alguém na zona que te possa acolher ou facultar transporte. E, muito importante, antes de comprares o ingresso de entrada, pesquisa bem se há passatempos a que possas concorrer ou outras formas de conseguires o ingresso a preços mais reduzidos. As marcas que se associam aos eventos costumam desenvolver iniciativas em que oferecem entradas. Está atento e participa, quem sabe não serás um dos felizes contemplados e consegues poupar o preço do bilhete! Como podes ver, o planeamento é a base do controlo dos gastos. Tudo depende de ti e da tua capacidade de gestão das finanças pessoais!

Serões caseiros

E, porque antes dos fes tivais há muito que est udar, aqui ficam algumas dicas para distraíre so aproveitando todo o tem corpo e a mente sem grandes gastos e po disponível! Convida os amigos e jun tem-se, ao final do dia, para ver um filme lá em casa. Com o bom tempo, faz uma caminhada ou um passeio de bicicleta. Pela praia ou pelo cam po, sabe sempre bem. E que tal um jantar em gru dos, seguido de uma ses po com a refeição confecionada por tosão Se tens um amigo ou fam de karaoke ou de um jogo de mesa? iliar com uma casa de pra des ir para lá uns dias. ia ou campo, poSerá, certamente, uma forma de estudares e relaxares, já que sais do teu quotidiano.




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