Mais Superior | Abril '12

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Valorizamos o teu futuro!

ABRIL 2012

Nº 3 - Mensal - Distribuição gratuita - Não pode ser vendida

Playlist

O DJ Ride explica-te o que vem a ser isso do Scratch/Turntablism

Look at me

Manicure caseira de pintar e chorar por mais

Limite de velocidade Não, afinal os carros a GPL não explodem...

Manual de instruções Já preencheste a tua declaração de IRS?

UNIVERSIDADES sintonizadas

m essa barreira: lta sa te en am pid ra s ma , ico ém ad Nascem no meio ac mais irem embora. Celebremos a nc nu ra pa m ra vie ias tár rsi ive un as rádios apaixonaram pela Voz. se dia um e qu s do ial nd Mu Dia o s com ela Pdf disponível em

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ABRIL 2012

4 //BINGO

Temos passatempos tão fresquinhos como os ares da primavera.

6 //Notícias em curso

Descobrimos um seguro inovador na Universidade Portucalense, conhecemos o presidente do ISCE e ficámos a saber que a “Química” da Universidade de Aveiro já está na TV!

12 //PLAYLIST

DJ Ride é um nome incontornável da eletrónica nacional e internacional e aterrou em dezembro na Polónia para se tornar campeão mundial de Scratch/Turntablism.

14 //take1

Entre os festivais de cinema e as estreias que te aguardam, vais ter muito poucos motivos para ficar em casa. Ah! A saga “American Pie” está de volta.

19 //EM FORMA

“O segredo é fruto de uma vida saudável”. A frase é apresentada no vídeo promocional do evento “comSUMOS Académicos”, que decorreu nos dias 9, 10 e 11 de março e tem uma mensagem para ti.

20 //ler para crer

Vivem muito do voluntariado, boa vontade e ideias dos que por lá passam. No Dia Mundial da Voz, é preciso lembrar os apaixonados que dão vida às rádios universitárias. A emissão passa agora para o Minho, Lisboa e Algarve.

23 //look at me

São mais do que muitas as opções de manicure caseira que tu própria poderás executar no conforto do teu quarto, sabias?

//ÍNDICE

Em já podes esticar o ‘pernil’ ao sol... il não abrMas te esqueças de estudar, claro! 25 //limite de velocidade

Até ao final do ano deixará de ser proibido o estacionamento de veículos GPL em parques subterrâneos, sendo também intenção do parlamento acabar com o dístico de identificação nas viaturas. Será uma boa medida?

26 //dá-te ao trabalho

A Medbone ajuda a reconstruir ossos de forma inovadora. De tal maneira que Cláudia Ranito, fundadora e CEO da empresa, ganhou o prémio Jovem Empreendedor da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).

28 //night & day

Para ver e sentir Fernando Pessoa, o homem que não cabia em si mesmo, tens até ao dia 29 de abril patente a exposição “Fernando Pessoa, Plural como o Universo”.

30 //manual de instruções

Se ainda não pensaste em preencher a tua declaração de IRS referente a 2011, se calhar está na altura de o fazeres... E nós ajudamos.

Conta-nos tudo!

O que andas a fazer na universidade? Qual foi a matéria mais interessante que aprendeste este mês? Para onde gostas de sair à noite? Quem é que faz melhores sobremesas lá em casa? A que festivais de verão vais? Há quanto tempo não aspiras o quarto?... Há toda uma série de coisas que gostávamos de saber de ti. Manda-nos um pombo correio, escreve-nos uma carta, dá-nos uma apitadela ou simplifica e envia-nos um e-mail com novidades, dicas ou com apenas um olá. Nós respondemos sempre e vamos ter contigo e tudo, porque o que queremos é saber notícias tuas.

Aproveita o mês!

Ficha Técnica Proprietário/Editor: Young Direct Media, Lda . Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852 . NIPC nº 510080723 . Diretora: Bruna Pereira, brunapereira@ youngdirectmedia.pt . Sede de redação: Rua Ester Bettencourt Duarte, Lote 76, 2625 - 095 Póvoa de Santa Iria . Tlf. 21 155 47 91 . Fax. 21 155 47 92 . Email geral: geral@youngdirectmedia.pt . Tiragem: 50,000 exemplares . Peridiocidade: Mensal . Registo na ERC nº 126168 Depósito legal: 339820/12 . Tipografia e Morada: Lisgráfica - Rua Consiglieri Pedroso, nº 90, Casal de Santa Leopoldina, Barcarena . COLABORADORES: Administração: Graça Santos, gracasantos@ youngdirectmedia.pt . Diretora Geral da Empresa: Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt Diretor Adjunto da Empresa: Paulo Fortunato, paulofortunado@youngdirectmedia.pt . Diretor Comercial: Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt . Redação: Bruna Pereira, brunapereira@ youngdirectmedia.pt e João Diogo Correia, joaocorreia@youngdirectmedia.pt . Colaboradores editoriais: Susana Albuquerque, Guilherme Ferreira da Costa . Designer gráfico: Mónica Santos, monicasantos@youngdirectmedia.pt . Internet: André Rebelo, andrerebelo@youngdirectmedia.pt . Comunicação e Distribuição: Samuel Alves, samuelalves@youngdirectmedia.pt Fotografia: Samuel Alves, samuelalves@youngdirectmedia.pt Esta publicação já se encontra escrita ao abrigo no novo Acordo Ortográfico.

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//BINGO

PASSATEMPOS Há filmes que nunca morrem O Titã Hiperião (Mickey Rourke) declara guerra à humanidade e procura desenfreadamente o Arco de Épiro para libertar o resto dos Titãs do Tártaro e vingar-se dos Deuses que provocaram sua queda! É então que entra em cena Teseu (Henry Cavill), o camponês escolhido por Zeus (Luke Evans), acompanhado pela sacerdotisa Fedra (Freida Pinto), para juntos vencerem esta batalha. Desperta o teu fascínio pela mitologia grega e mergulha no enredo de “Imortais”. Para te habilitares a um dos 10 DVD que a Mais Superior e a Pris Audiovisuais têm para te oferecer, apenas terás de responder à seguinte pergunta: Que papel interpreta Stephen Dorff no filme? De 5 em 5 respostas certas, atribuímos um DVD. Participa no formulário que temos disponível em www.maissuperior.com e que os Deuses estejam do teu lado! PVP: 14,99 euros

Queremos que vás ao Cinema Italiano, capice? Há um mundo para além das pizzas e da Esparguete à Bolonhesa que é igualmente italiano, prazenteiro e de chorar por mais: o cinema. A pensar no teu paladar cinematográfico, a Mais Superior e a Festa do Cinema Italiano querem presentear-te com 20 espetaculares convites individuais para três das mais significativas sessões da Festa do Cinema Italiano, que está de regresso a Lisboa, de 12 a 19 de abril. Para te habilitares a uma ida ao cinema grátis e à boa moda de Itália, vais ter de responder à seguinte questão: Em que ano nasceu Paolo Sorrentino, realizador em destaque na Festa do Cinema Italiano? De 5 em 5 respostas certas, atribuímos um bilhete. Atenção e não te esqueças de selecionar a sessão que pretendes no formulário disponível em www.maissuperior.com.

Esta informação foi facultada pelo departamento comercial.

Sessão 1 (20 convites individuais) “FLATFORM” - Masterclass e projeção Data: 18 de abril, quarta-feira Hora: 21h45 Local: Espaço Nimas (Avenida 5 de Outubro) Sessão 2 (20 convites individuais) “LA BOCCA DEL LUPO” + “IL PASSAGGIO DELLA LINEA” - com a presença do realizador Pietro Marcello Data: 17 de abril, terça-feira Hora: 21:15h Local: Espaço Nimas (Avenida 5 de Outubro) Sessão 3 (20 convites individuais) Curtas-Metragens - exibição de 5 curtas italianas Data: 17 de abril (terça-feira) Hora: 19:30h Local: Cinema Monumental

Condições gerais dos passatempos da Mais Superior 1. Os passatempos da Mais Superior têm uma data de início e de fim (que corresponde à duração do mês da publicação da revista) fora das quais todas as participações recebidas serão recusadas. 2. Das respostas recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preencherem devidamente os campos solicitados no formulário de resposta. 3. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente. 4. Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados de acordo com o método de seleção e o número de prémios comunicados no respetivo passatempo.

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5. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que responderem acertadamente. 6. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os seus contactos corretos e atuais. 7. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail passatempos@maissuperior.com.


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//Notícias em curso

Há química entre nós

Pede-se a atenção dos mais céticos que vem aí notícia que precisa ser lida duas vezes até dar para acreditar: a química está em quase tudo o que fazes no dia-a-dia. Achas que não está presente no teu sono? Enganas-te. Achas que não te aparece à frente enquanto tomas o pequeno-almoço? Errado outra vez. E no amor, não há química (a ciência, esquece agora aquela outra "química" de que falam)? É claro que há. E é de todos esses segredos, da química que se esconde por trás da banalidade do quotidiano, que o programa "A Química das Coisas" vai falar, na RTP2, com 26 exemplos que tanto podem fazer rir, como fazer pensar, mas sempre de olhos bem arregalados. Texto: João Diogo Correia Fotos: scienceoffice.org

"Era um descafeinado, se faz favor". Esta frase é capaz de ser repetida centenas de vezes, todos os dias, e uma das últimas coisas que passa pela cabeça de quem a diz é "onde está a química no meu pedido?" Pois bem, para fazer descafeinado é preciso primeiro lavar os grãos de café de forma a retirar-lhe a cafeína. Acontece que, antigamente, essa lavagem era feita com um solvente orgânico que resultava muito bem, mas retirava aroma e sabor ao café, para além de que podia ser altamente prejudicial à saúde caso deixasse alguns resíduos (a gasolina, por exemplo, é um solvente orgânico, dá para imaginar o que isso fazia às pessoas que achavam que,ao beber descafeinado, estavam a ser mais saudáveis). Hoje, graças ao desenvolvimento da química, a lavagem é feita através de dióxido de carbono supercrítico, que se obtém através do aumento da temperatura e da pressão do dióxido. Ou seja, se agora bebes um descafeinado mais saboroso e menos corrosivo, bem que podes agradecer aos químicos. Este é só um dos exemplos que poderás ver na televisão, ouvir na

Futurália Apresentação na março, na Futurália sas” foi apresentada a 16 de

“A Química das Coi smo dia que decorreu na FIL), no me (feira de formação e emprego a Mais is qua os re 2. Os presentes, ent em que se deu a estreia na RTP l, bem áve ons resp o com ar de de priv Superior, tiveram oportunida s episódios. como de assistir aos primeiro não pre e facilmente entendida (não, s ple sim em uag a nas Com uma ling and ela e ond mica para perceber caticisas de ser um génio da quí de a form a um ser e pod Coisas” ão caç nossas ações), “A Química das uni com de s, através de meios l nue var espíritos mais adormecido Ma . ine onl s rma tafo pla o ou as ciên privilegiados, como a televisã da o açã ulg UA, confirma que “a div António Assunção, reitor da lando a e despertar vocações, estimu hos son r cria a par io de cia contribui efíc ben em izar o conhecimento mica vontade de descobrir e de util quí A as”. tist cien de es açõ m as ger ço todos: é assim que se renova lmo o-a uen peq t-its, a dos cereais ao estu dos impermeáveis, a dos pos a -te pôr vai do rda aco r mir e esta ou a química que há entre dor ! dar, mesmo sem dares por isso

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rádio, ler no jornal, consultar na página da internet, no youtube ou no teu iPad. "A Química das Coisas" está mesmo em todo o lado e Pedro Ribeiro Claro, representante do Departamento de Química da Universidade de Aveiro e autor da ideia, explica como tudo começou: "em 2011 celebrou-se o Ano Internacional da Química e a Ciência Viva abriu um concurso para produção de conteúdos para a comunicação social, eu lancei a ideia e foi muito bem recebida". Com o apoio financeiro que o concurso lhe trouxe, Pedro Ribeiro Claro contratou duas empresas, uma de comunicação de ciência, a ScienceOffice, e outra de vídeo, a Duvideo, que chegaram a um consenso quanto ao rosto que deveria apresentar o programa na RTP2: Cláudia Semedo foi a escolhida. "Fizeram-me a proposta e eu aceitei, apesar de na altura não a conhecer. Devo dizer que estou bastante impressionado com o trabalho dela, é muito expressiva e, como já tinha experiência de apresentação de programas de ciência, transmite conhecimento, sente-se que sabe do que fala".


//NOTÍCIAS EM CURSO

Alunos da Portucalense

s o r u g e s m e b

A entrada no ensino superior é sempre um momento – além de emocionante, muito sério, já que decide o teu futuro. E embora sejam muitos os que conseguem pagar os estudos recorrendo a part-times ou a alguma bolsa de estudo, muito outros dependem dos pais para que as propinas estejam sempre em dia. E se um dos pais cair em situação de desemprego? Ou ficar de baixa médica por algum motivo de saúde ou acidente? Na Universidade Portucalense (UPT) existe um seguro que garante a continuação do aluno no curso, quando os recursos económicos da família escassearem – porque o desemprego pode tocar a qualquer um e aqui a formação académica está em primeiro lugar. Texto: Bruna Pereira Fotos: Universidade Portucalense

Em qualquer uma outra universidade, a situação de desemprego do pai ou da mãe poderia ser suficiente para que o aluno não visse outra saída que não a de abandonar os seus estudos. Não há dinheiro, e depois? Depois, na Universidade Portucalense (UPT) há uma luz ao fundo do túnel, ou antes um seguro inovador para propinas. Iniciativa da própria UPT e bem acolhida no mercado segurador, esta apólice está associada à do seguro escolar. O aluno tem apenas de pagar o seguro normalmente, no início do ano letivo, e indicar um encarregado pelas suas propinas (podendo ser o próprio). Em caso de desemprego, incapacidade temporária para o trabalho e hospitalização do encarregado do pagamento das propinas do aluno, a Universidade cobre a anuidade e impede que o aluno abandone os estudos por falta de pagamento das propinas. “A pessoa encarregue do pagamento tem incluído no valor da propina um seguro que lhe cobrirá toda a anualidade, caso esta entre em desemprego de longa duração ou possua qualquer outro problema de incapacidade temporária absoluta devidamente comprovado. Tentamos que os nossos alunos não sejam afetados por infelicidades que possam ocorrer na sua estrutura familiar e, por outro lado, protegemos a instituição”, explica Armando Jorge Carvalho, Presidente da Direção da UPT, empenhado em contrariar a tendência de abandono dos estudos superiores por parte dos alunos a que se tem assistido nos últimos tempos, devido à conjuntura económica (e por sua vez social) pouco favorável vivida em Portugal. Nascido no ano lectivo 2010/2011, este seguro inovador da Universidade Portucalense já ajudou 12 dos seus alunos a não desistir do seu sonho: acabar um curso superior numa universidade de prestígio. Em declarações à Mais Superior, uma das alunas que beneficia deste seguro em tempos menos favoráveis no que às receitas

familiares repeita, diz que se não fosse esta iniciativa da UPT havia fortes probabilidades de desistir do curso. “Como está complicado arranjar um novo emprego, provavelmente teria de adiar o prosseguimento dos estudos.” Visto que um curso superior implica algumas despesas, mas é um valioso investimento para toda a vida, a aluna, que preferiu manter a identificação no anonimato, deixa à Universidade Portucalense uma mensagem de agradecimento. “Gostaria só de realçar o empenho que a Universidade demonstra ao facilitar aos alunos esta possibilidade e de lhes proporcionar alcançar o objetivo a que se propuseram.”

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//NOTÍCIAS EM CURSO

“Uma instituição

para e com as pessoas” Sabias que até ser eleito Primeiro Ministro, Passos Coelho foi professor no Instituto Superior de Ciências Educativas (ISCE)? Com 40 anos de existência, esta instituição de renome é a escolha ideal de quem procura “o rigor, mas também a inovação no conhecimento” e “o ambiente familiar”. Em entrevista à Mais Superior, o presidente Luís Picado fala-nos dos cursos com mais empregabilidade, das vantagens da dupla titulação e do que vem a ser, afinal, a metodologia de aprendizagem B-Learning, na qual o ISCE é pioneiro em Portugal. Texto: Bruna Pereira Fotos: ISCE

A dupla titulação é uma das mais recentes apostas do ISCE. Quais as suas principais vantagens? A dupla titulação foi uma aposta formativa que iniciámos formalmente este ano letivo e que permite aos estudantes ficarem mais preparados e mais capacitados para o mer-

cado de trabalho, pois passam a ter uma amplitude profissional maior: ficam com dois cursos. Inscrevem-se primeiro num curso principal e depois, através de um sistema de unidades curriculares isoladas, vão fazendo unidades curriculares do curso complementar, finalizando a formação num período de tempo mais reduzido do que seria se somadas as duas licenciaturas. Os cursos de dupla titulação são obtidos através de três anos e meio de titulação (Animação Sociocultural mais Educação Social) ou em período de formação de quatro anos (Turismo mais Animação Sociocultural e Educação Musical mais Animação Sociocultural). Afinal o que vem a ser o B-Learning, do qual o ISCE é uma instituição pioneira? O ISCE foi efetivamente a primeira instituição portuguesa a funcionar com B-Learning desde 2006. B-Learning significa Blended Learning, que por sua vez significa Ensino Misto. Quando trabalhamos o Ensino Misto, isto significa que utilizamos uma trilogia no nosso modelo pedagógico: salas de aula convencionais + uma plataforma, neste momento uma das maiores plataformas de ensino à distância do mundo (Blackboard Learn) + contexto de trabalho. Todas as unidades curriculares do ISCE implicam uma

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conjugação destas três dimensões. O B-Learning ultrapassa aquela ideia convencional da junção do ensino presencial com o ensino à distância, sendo mais do que isso: é ensino presencial, é ensino à distância e é contexto de trabalho. (...) Até dia 30 de abril estão abertas as inscrições para o Acesso + 23. Quais os cursos disponíveis nestes moldes? (...) Apesar de por vezes considerarem que, do ponto de vista escolar não estão tão capacitados, trazem algo que Bolonha veio considerar algo verdadeiramente fundamental que é uma experiência de profissional e de vida que não pode ser descorada. Não haja dúvida de que os + 23 acabam por ser como qualquer estudante do ISCE, com a mesma oportunidade em tirar as suas formações. As turmas tornam-se heterogéneas, têm uma diversidade grande, o que permite que as diferentes experiências de vida e as diferentes visões das pessoas possam ser partilhadas e isso pode ser verdadeiramente enriquecedor. Cria uma universidade para todos, que é o que se pretende. A nível de empregabilidade, quais os cursos de maior sucesso aqui no ISCE? Destaco, por exemplo, e sem nenhuma ordem de prioridades, o Departamento de Ciências do Desporto, cuja licenciatura tem uma adesão massiva por parte dos nossos candidatos, esgotando as vagas que nos são dadas pelo Ministério da Educação e Ciência. É uma formação com muita adesão, porque tem uma empregabilidade muito grande, em termos de Health Clubs, Gestão Desportiva, com um mestrado profissionalizante permite docência de Educação Física e Desporto... Por outro lado, destaco outras duas áreas: a Educação Social e da Animação Sociocultural – nunca como hoje o país precisou tanto de educadores sociais. Os problemas sociais são emergentes e para alguns é efetivamente um problema, mas para os educadores sociais acaba por ser uma oportunidade, porque são cada vez mais necessários por parte das Câmaras Municipais, Juntas de Freguesias... É também um curso extremamente empreendedor, muitas pessoas têm aberto empresas na área ligadas à gestão de eventos socioculturais, por exemplo. Destaco ainda o Departamento do Turismo

– uma área de negócio por excelência no nosso país, enquanto país exportador de mais-valias. O curso de Turismo é um curso que tem uma grande adesão e tem muitas saídas profissionais. (...) O que é que existe aqui no ISCTE que não existe em mais lado nenhum? (...)Quem vem para o ISCE acaba por escolher também o rigor, mas também a inovação no conhecimento, porque isso é um aspeto importante: apesar de sermos uma instituição que tem um historial, é também inovadora do porto de vista da metodologia de aprendizagem, através do B-Learning, mas conservamos simultaneamente o ambiente familiar e orgulhamo-nos disso. Acho que esse é o ambiente diferenciador. Todos os cursos têm professores, professores esses que têm uma cara, um rosto: há um coordenador de curso, alguém que responde pedagogicamente pelo curso e que está sempre disponível para os estudantes e privilegiamos, sobretudo, as relações interpessoais. Existem ainda diversas atividades académicas, científicas, naturalmente, mas também muitas atividades de convívio que aproximam as pessoas umas das outras – a Associação de Estudantes é extremamente dinâmica na criação de eventos lúdicos e culturais... No fundo, somos uma instituição para com e as pessoas.

Ficaste curioso? Quere s sab sobre o ISCE? E talvez vir er mais a estudar lá? Continua a ler est a entrevista em www.maissuperior.c om!


//NOTÍCIAS EM CURSO

A Psicologia

da tua vida

Chama-se “Intervenção em Psicologia Clínica e da Saúde: Modelos e Práticas”, falará de palavrões como glicose e dopamina, de abordagens sistémicas e cognitivo-comportamentais, de intervenções psicológicas e de bases científicas. No entanto, todos estão convidados e percebe-se porquê: a Psicologia aplicada a temas como o desporto, a sexualidade, a família ou a saúde interessa a qualquer um. Ao pai, à mãe e aos avós, ao estudante de psicologia e ao de direito, ao ativo e ao desempregado. Texto: João Diogo Correia Foto: ISPA

O principal alvo são naturalmente os estudantes de psicologia, para além dos profissionais da área, mas há muito que te pode interessar, mesmo que as questões mentais não sejam a tua prioridade. A Unidade de Investigação I&D em Psicologia e Saúde (UIPES) do ISPA – Instituto Universitário realiza entre 4 e 5 de maio um colóquio que pretende, segundo Marta Marques, investigadora da UIPES e membro da comissão organizadora presidida pela Professora Isabel Leal, coordenadora da UIPES e docente do ISPA, “apresentar novos contributos que podem enriquecer a nossa área e contribuir para o bem-estar da própria sociedade”. E onde é que a psicologia clínica e da saúde entram no bem-estar da nossa sociedade, perguntam alguns? Pois bem, o colóquio divide-se em dois dias, onde haverá tempo e espaço para debater dez temas, cinco por dia. Comecemos pelo segundo, “Desporto e Atividade Física”. De que forma pode a psicologia intervir no quotidiano das pessoas e torná-las mais aptas a praticar desporto? Se preferires, numa linguagem mais técnica, o que se quer é mostrar “modelos psicológicos, principalmente motivacionais, que nos podem ajudar a promover comportamentos saudáveis, como é o caso da atividade física”, completa Marta Marques. E para que o debate não se esgote nas palavras, poderás conhecer exemplos concretos de como aplicar conhecimentos

e ter resultados - neste caso, um programa de caminhada para maiores de 65 anos, um programa de caminhada para maiores de 65 anos, de promoção de atividade física para pessoas com fadiga crónica, entre outras aplicações. Saltemos para o último tema do dia 4 de maio, “Sexualidade e Género”. A quem não interessa perceber a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais) e os segredos que ainda estão por desvendar? É neste painel que poderás conhecer um estudo sobre as experiências da homoparentalidade em casais homossexuais e discutir o desejo sexual, diferente no masculino e no feminino, e o sem-fim de mitos que ainda se espalham por aí. Admite que tens tema de conversa para muito mais do que uma hora e meia. “Psicologia Comunitária” e “Psicologia da Saúde” são duas vertentes que terão vida própria durante o colóquio, mas que se cruzam facilmente: “será apresentado um projeto de intervenção comunitária no âmbito da saúde mental”, afirma Marta Marques. Estas intervenções pressupõem a participação de organizações inseridas na comunidade, num ramo da psicologia que, garante a or-

ganizadora, tem crescido consideravelmente. E se a comissão organizadora do ISPA queria mostrar “novos contributos”, que melhor do que juntar áreas diferentes do conhecimento, que se apoiam e desenvolvem em mútua colaboração? É para isso que servirá o debate sobre “Psicobiologia”, uma área que une a psicologia à biologia e que terá como uma das oradoras a especialista na área do sono, Teresa Paiva. A forma como as interações sociais e o meio onde vives vão influenciar o teu cérebro e o teu comportamento futuro ou as bases biológicas da insónia são apenas um cheirinho do que se vai passar. A apresentação dos temas fica completa com “Perspetivas Psicanalíticas” e “Perspetivas Existenciais” no dia 4 de maio e “Psicocriminologia” e “Abordagens Comportamentais Cognitivas” no dia 5. Marta Marques convida todos os interessados a participar no debate, destacando que o painel de oradores foi escolhido segundo o critério de comunhão entre a base científica e a aplicação prática, com nomes conceituados oriundos do ISPA e não só.

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Tás surdo ou quê?

Foto de: a3.ec-images.myspacecdn.com/

//PLAYLIST

Diz que precisou de “sair da toca” (pode ler-se Caldas da Rainha), para na cidade se fazer músico. DJ Ride é um nome incontornável da eletrónica nacional e internacional e aterrou em dezembro na Polónia para se tornar campeão mundial de Scratch/Turntablism. Quer fazer música intemporal e que resista, mesmo que lhe tirem DJ de trás do nome. Texto: João Diogo Correia

Foto de: www.djride.com

“Você parece que é surdo!” Já lá vão mais de quatro anos, mas as palavras ainda soam na cabeça de DJ Ride. O seu primeiro álbum, de nome “Turntable Food”, tinha acabado de ser lançado e era preciso inovar. Já em 2007 se sentia o cheiro a depressão e uma boa ideia valia mais do que o dinheiro que nunca chega. Com MC Sagas, que colaborou no disco, pegou no equipamento e foi para as ruas de Lisboa mostrar serviço. Montou um palco na Praça da Figueira e fez abanar os ossos a quem passava. Como não levava autorização, dez minutos depois estava lá a polícia, “é circular!”. DJ Ride obedece e faz o mesmo no Chiado. Polícia outra vez, a perguntar se ouve bem. Ele afasta-se e, de pratos e bagagens, chega ao Miradouro do Adamastor. É o toca-e-foge que certamente aprendeu, ainda criança, nas Caldas da Rainha. “Com um evento que nos custou zero, chegámos a muita gente, tivemos montes de views no youtube e conseguimos furar a imprensa o que, com uma apresentação normal, nunca seria possível”. Foi assim, a inventar, que Oliveiros Tomás se fez DJ Ride. É do experimental que mais gosta e, para ele, ser DJ não é só pôr o disco,

carregar no play e acertar batidas: “hoje em dia, toda a gente quer ser DJ, ir a discotecas e pôr as pessoas a dançar, mas para te destacares precisas de fazer diferente”. Nunca teve um clique que o empurrasse para a música, o gira-discos dos pais no centro da sala foi quanto bastou. “Era um bocado aquela cena do fruto proibido, eles não me deixavam mexer no gira-discos e eu ficava sempre à espera que saíssem de casa”. Agulhas partidas à parte, aos 17 anos conseguiu juntar dinheiro para uma mesa de mistura e um computador. Do quarto para o palco, foram poucos dias de distância: “comecei a tocar na escola, com uma banda, uma coisa muito má. Era uma salada russa de hip-hop, rap e mais qualquer coisa”. Do hip-hop, DJ Ride guarda a cultura, especialmente “aquela cena das batalhas de MC's, os improvisos, a competição saudável”. E foram os campeonatos de Scratch/Turntablism que o atiraram para o mundo dos convites. Foi campeão nacional com 18 anos (agora, que tem 26, já foi mais três vezes) e, em dezembro do ano passado, chegou ao título mundial, com aquele a que gosta de chamar o “irmão mais velho”, Stereossauro (juntos formam os Beatbombers).

Não ao DJ em versão pop Foi numa conversa informal com alunos da Escola Técnica de Comunicação e Imagem (ETIC) que a Mais Superior o encontrou e quis saber da sua relação com o público, especialmente o universitário. “Tenho um tipo de público muito crossover, desde os muito novos até àqueles mais velhos que percebem melhor o lado nerd da música eletrónica. Como ainda cheguei a estudar na ESAD [Escola Superior Foto de: flashhead.com de Artes e Desing] nas Caldas, também tenho muito contacto com pessoal do vídeo, das artes plásticas, designers... na ETIC, especificamente, dou o módulo de Técnicas de Criação de Música Eletrónica, onde aparecem pessoas de backgrounds musicais completamente distintos, desde trance, rock, pop, dubstep, hip-hop e por aí fora”. No ensino superior, nunca foi propriamente aplicado, “às vezes até me arrependo um bocadinho de me ter baldado às aulas”, porque o chateava o lado convencional do estudo de música. “Só queria era samplar discos, pegar num som e fazer uma música”. Quer continuar a fundir estilos e a apostar na

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musicalidade do scratch, mesmo sabendo que a média de 100 concertos por ano o obriga a ir a espaços com os quais não se identifica: “tive, por exemplo, uma música, em colaboração com os Coldfinger, que passou nos Morangos com Açúcar, que é algo que não me diz muito”. O mesmo se passa com clubs e discotecas: “se calhar se vivesse nos Estados Unidos, em França ou Inglaterra podia selecionar melhor porque há um público e um circuito muito maior para este tipo de artistas”. Por agora, DJ Ride prepara novo trabalho, que promete voltar a ser mais funkie e mais alegre. “O último álbum [Psychadelic Sound Waves] foi o que vendeu menos, porque era um bocado denso, mas gostei bastante de o fazer. A questão é que nem toda a gente tem paciência para ouvir coisas muito experimentais”.

“O gira-discos é o meu instrumento musical” Afinal, o que vem a ser isso do scratch e do turntablism? Arranhar em português, scratch refere-se ao movimento, feito na ponta dos dedos, com o disco, para trás e para a frente, controlando os cortes de som na mesa de mistura. Quanto ao segundo palavrão, DJ Ride é claro: “às vezes as pessoas riem-se, mas turntablism é essa arte de ver o gira-discos como instrumento”.


//TAKE 1

Abril também é mês de festivais de cinema! Textos: João Diogo Correia

Para que tem servido o documentário português? Quem o vê e o que faz com a informação? Qual tem sido a evolução do estilo em Portugal? Acompanha as mudanças no mundo do cinema ou estagnou? Decorre de 13 a 21 de abril o festival “PANORAMA, 6ª Mostra do Documentário Português”, com programação prevista para o Cinema São Jorge e para a Cinemateca – Museu do Cinema. Uma oportunidade para refletires sobre um estilo cinematográfico que nem sempre é bem entendido.

Foto de: a5.sphotos.ak.fbcdn.net

Foto de: Panorama.org.pt

E se é de festivais que se fala, abril está muito bem servido já que, durante um mês, o cinema italiano vai andar pelas salas portuguesas (e pelas estradas, porque não?), através da 5ª edição da 8 ½ Festa do Cinema Italiano. Prepara-se para o arranque em Lisboa no dia 12 de abril até cortar a emissão no Porto a 13 de maio. Pelo meio, Funchal, Coimbra e Guimarães ajeitam as cadeiras para dar o “benvenuto” ao país da bota.

Os crimes que estavam escritos Não é o primeiro caso de alguém que vai aos livros buscar inspiração. Para o bem ou para o mal, já muitos o fizeram. Neste filme, o ídolo é Edgar Allan Poe e o seu seguidor um assassino. O escritor deixou um legado importante, sendo considerado um dos pioneiros na literatura de ficção científica e policial. Aqui, Edgar transforma-se em personagem de cinema, que tenta perceber porque é que um jovem está disposto a cometer os crimes que ele próprio criou nas suas obras. O escritor, juntamente com um detetive de Baltimore (cidade onde o verdadeiro Edgar morreu), são os responsáveis por evitar que os livros se tornem reais.

Título: O Corvo (II)/The Raven (II) País de Origem: EUA Ano: 2012 Género: Thriller Estreia: 25 de abril de 2012 Site oficial: www.theravenmovie.com Ficha técnica Realização: James McTeigue Argumento: Ben Livingston Elenco: Alice Eve, Brendan Coyle, Brendan Gleeson, John Cusack, Luke Evans

Foto de: www.horror-movies.ca

Foto de: www.filmofilia.com

O amor em português Título: Assim Assim País de Origem: Portugal Ano: 2012 Género: Comédia Estreia: 12 de abril de 2012 Site oficial: www.facebook.com/ assimassim.ofilme

“Assim Assim” é um filme que junta cinco personagens numa esplanada e que nos vai levando pelos caminhos das histórias de cada uma. O amor é o tema central e as relações são a gasolina que faz andar a película. As que correm bem, as que correm mal, as que deixam de correr, os amores e as complicações. Esta produção nacional conta com um elenco de luxo e promete uma pergunta: será que ainda vale a pena acreditar no amor? Esperemos que a resposta não seja assim-assim.

Ficha técnica Realização: Sérgio Graciano Elenco: Albano Jerónimo, Ana Brandão, Rita Blanco, Dinarte Branco, Eva Barros, Gonçalo Waddington, Joaqum Horta, Inês Rosado, Ivo Canelas, Cleia Almeida Foto de: a7.sphotos.ak.fbcdn.net

Foto de: c7nema.net

As saudades que tu já tinhas Jim, Michelle, Finch, Kevin e Stifler são nomes que bem conheces e que estão preparados para continuar a saga American Pie com o quarto filme prestes a chegar às salas. Chama-se “O Reencontro”, percebe-se bem porquê, e vem mostrar que há pessoas por quem os anos não passam. Diz-se por aí que este quarto filme não vai desiludir os fãs de uma das sagas mais hilariantes dos últimos tempos.

Foto de: www.filmofilia.com

Título: American Pie: O Reencontro/ American Reunion País de Origem: EUA Ano: 2012 Género: Comédia Estreia: 5 de abril de 2012 Site oficial: www.americanreunionmovie.com Ficha técnica Realização: Hayden Schlossberg e Jon Hurwitz Argumento: Jon Hurwitz Elenco: Alyson Hannigan, John Cho, Seann William Scott, Tara Reid

Foto de: www.filmofilia.com

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//EM FORMA

l o o c l á s o n Me

e mais comSUMOS “O segredo é fruto de uma vida saudável”. A frase é apresentada no vídeo promocional do evento “comSUMOS Académicos”, que decorreu nos dias 9, 10 e 11 de março, para te mostrar que não deves ter vergonha de dizer que o copo na mão é uma excelente companhia para uma noite universitária. Só tens de saber onde parar. O Secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, esteve lá o confirmar: “há um papel importante do álcool no nosso prazer diário, que não deve passar disso para mesmo: um prazer controlado”. Texto: João Diogo Correia Fotos: Consumos.org

E se agora os arraiais estudantis vendessem mais batidos naturais que bebidas brancas? E se a coca-cola substituísse a cerveja nas semanas académicas? Imagina um cartaz num festival a dizer “vende-se chá”, em vez do habitual “há sangria”. O que é que dirias? A ideia de aumentar a oferta de bebidas não alcoólicas nas festas universitárias partiu do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) e foi apresentada na cerimónia “comSUMOS Académicos”. Mais de 70 jovens de organizações estudantis de todo o país fizeram questão de ir até à Pousada da Juventude de Almada discutir os hábitos de consumo de álcool dos universitários, porque “os jovens não são o futuro, são o presente”, garante Fernando Leal da Costa. E qual será o futuro daqueles que abusam do presente? “Em saúde pública, o problema maior são os anos de vida potencialmente perdida”, responde. É aqui que entra o álcool outra vez, na alarmante capacidade de destruir. Ivo Santos, presidente do CNJ (responsável pelo evento), considera que é com iniciativas destas que se alteram comportamentos, porque “quando os jovens se associam e acreditam num projeto conseguem levá-lo a bom porto”. O aplauso surge por Alexandre Mestre, Secretário de Estado do Desporto e da Juventude: “a promoção de estilos de vida saudáveis nos jovens tem que ser feita pelo Estado, em articulação com plataformas como o CNJ”. E como quem fala de hábitos de vida saudáveis tem, normalmente, de falar de desporto, acrescenta: “é uma obrigação do Estado promover o direito ao desporto”. Para ligar os conceitos em debate, 12 atletas estudantes, entre eles Nélson Évora, Sónia Tavares, Tiago Marto ou a dupla olímpica de remo Pedro Fraga/Nuno Mendes, associaram-se à campanha, satisfeitos por dar um contributo. Muitos deles estiveram presentes na cerimónia, confirmando a dificuldade em gerir o tempo disponível entre estudos e atividade desportiva. “O segredo é fruto de uma vida saudável”, não se cansam de repetir. O repto é lançado aos estudantes universitários, mas os mais novos não são esquecidos, porque de pequenino se começa a construir o percurso que há-de vir. Por isso, Fernando Leal da Costa garante que “é intenção do governo adaptar a legislação para proibir a venda de álcool a menores de 18 anos”, concluindo que aquilo que de melhor fizermos pela nossa saúde “será claramente um ganho ao longo da vida”.

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Para além da Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude e da Saúde e do CNJ, estiveram presentes no evento a Federação Académica de Desporto Universitário (FADU), a Alcoholic Policy Youth Network (o presidente Jan Peloza falou via skype), João Goulão, do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), bem como outros embaixadores do projeto. Agora é tempo de esperar pela próxima festa para perceber se desce a percentagem de álcool que vai nos copos. A CNJ quer enchê-los de alegria... Mas só da tua.


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//LER PARA CRER

u t s Fala Começam normalmente por ser feitas por universitários e para universitários, mas rapidamente ultrapassam essa barreira. Vivem muito do voluntariado, boa vontade e ideias dos que por lá passam. Umas preocupam-se com publicidade, outras com serviço público, outras nem com uma coisa nem com outra. As Rádios Universitárias nasceram para nunca mais irem embora. Celebremos com elas o Dia Mundial dos que um dia se apaixonaram pela voz. Texto: João Diogo Correia

do que acontece te” não rendimento, ao contrário os autores do já extinto “Classicamen novamente que a prov que , na Rádio Zero eram dessa opinião. mesmo padrão. o ir segu de têm s toda nem daqui lemas que as Na Rádio Universitária do Algarve, prob s vário os ionar “Nós não tem para a frente RUA, nem tudo pode func os custos fixos. são que , têm os rádi as outr uma secassim. Ao contrário da Zero, que é do IST não pagamos Estudan- Como estamos dentro ção autónoma da Associação de internet”. O dinheiro ou de icida eletr a, rend ciação tes do IST, a RUA é parceira da Asso utenção chega de man e ento rve (AA para equipam Académica da Universidade do Alga dades culturais (a enti as outr com etos proj ifica mais an é um bom UAlg) e da própria UAlg, o que sign enki Gulb uste a prestar Fundação Calo responsabilidades com o serviço dores que está bora cola nos é e plo) exem de anaos estudantes. Pedro Duarte, diretor s rádios é precintrar o ganho. Se em todas esta só por gosto, tena da RUA, explica: “tentamos enco alhe trab que ém algu r have so eúdos o fazer: “auesse equilíbrio, entre os nossos cont de a form a outr há mente na Zero não g, administrae um certo serviço público, nomeada ketin mar ica, técn e part s, tore universina divulgação do que se passa na m ou alguma vez no dia ção, todos os que pertence dade. Fazemos emissões em direto ntários. E neste volu são Zero à ram ence pert a, por 80 pessoas, da UAlg e durante a semana académic de falar a mos ção téc- momento esta exemplo”. Para João Rebelo, da dire de 100”. mais ser a s ámo cheg já mas ersitária nica e de programas da Rádio Univ inhar é que, na Zero caraterís- O que não é difícil adiv do Minho (RUM), essa é uma das delas, todos estão a outr r lque qua em ou ão com a ticas a manter: “devido à forte ligaç Velhos ou novos, r. icipa part a ciação convidados Universidade do Minho e com a Asso com ou sem exs, dore ama ou ais ssion profi ilegiado Académica, a RUM é um meio priv edo que merece segr um é o es peda- periência, a rádi de promoção de todas as actividad o. ilhad part ser as instigógicas, culturais ou recreativas dest que deve tuições. É por isso um instrumento continuar a merecer todo o apoio”. e género E do que precisa uma rádio dest eiro para dinh , ento ipam Equ r? para funciona volundespesas fixas e voluntários, muitos dos além para : assim iona func tários. Na RUA financiadois sócios principais, AA e UAlg, o portal e mento vem de parcerias com um isam de “com projetos europeus que prec além de divulgação, e nós fazemo-la, para nal”. De outra tucio insti ade licid pub ma algu evistas Isto se considerarmos que fazer entr rte, era impossível onagens forma, garante Pedro Dua a compositores mortos, ter pers este ano vai ser assim mo mes “e er, eviv sobr reca” ho, a publicicomo um pato sem bico chamado “Lab Min do Na do”. “Cláudio muito complica nte fonte de e um repórter hiperativo de nome orta imp uma bém tam é e dad mente, Arbusto”, é ser estapafúrdio. Provavel

sto [de “Acontece-nos muitas vezes o opo ter um é que o], rádi r faze a ter um amador osco conn r alha trab r que que al ssion profi a pass se que do rário cont porque aqui, ao limitatem não s, onai enci conv os rádi nas e liberções nenhumas”. Experimentalismo Zero, no io Rád da dios estú nos iva criat e dad Lisboa. Instituto Superior Técnico (IST), em a porta a deix que lá é e eu nasc que lá Foi iram exaberta para todos os que se que sar de Ape o. rádi meio do vés atra sar pres prefeário, ersit univ do mun estar dentro do lhau, re ir para lá dessa etiqueta. João Baca , ação ram prog de to men diretor do departa são na explica que “é possível ligar a emis a seguir Zero, gostar muito, e ligar na hora ”. É o e achar completamente insuportável ideia a hum nen de E cia. preço da democra rdias. ser rejeitada, mesmo as mais estapafú

Foto de: Rádio Zero

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//LER PARA CRER

ou falo eu?

é que vos ouveor-? Mas afinal quem rádio local ter essa noção. Já é um

“É muito complicado uma ou de determinado programa gulho quando alguém diz que gost os tendo feedback nas redes da RUA”, afirma Pedro Duarte. “Vam boca”, conta João Bacalhau. a boca no ente sociais e especialm as para perceber a recetístic “Na RUM usamos ferramentas esta ntes”, o que faz com ouvi dos ião opin a e tividade dos projetos os tempo consoante men ou que um programa possa durar mais k continua a ser um boo face O . fiéis de ero a qualidade e o núm de um like?), mas os a gost bom meio para o perceber (quem não porque, confirma ntes orta imp são s cast pod acessos ao site e aos uma amostra peseja que mo Pedro Duarte, “dão um número, mes ero”. núm um s quena, conseguimo rem crescer e chegar a mais Objetivo principal ou não, todos que frequência FM o consenso uma ter é a tem o pessoas. E quando estar só na net. Na rua há aparece. “Continua a justificar-se não uma rádio FM. A Zero, por tar mon para a ajud até quem nos peça esse objetivo porque, tem exemplo”. Passemos a palavra: “a Zero nossa sociedade, é na ja este rnet inte a que por mais presente ir rádio no carro Ouv io. -rád difícil ultrapassar a barreira do auto ao contrário das ção, esta a num ece trop oa permite que uma pess Rebelo, da RUM, João ura”. proc rádios online, em que é preciso ir à l de rádios web dáve infin série uma tir “exis é acha que o problema ma visibilialgu am retir nos para públicos alvo específicos e que dade”. não matou a radio star: “a ráE afinal parece que o vídeo ainda ue soube adaptar-se. Se a sua porq a forç ta mui dio continua com acredito, será daqui a muito morte algum dia chegar, que eu não a aos locais mais remocheg "Ela . lhau Baca tempo”, vaticina João ta João Rebelo. scen acre ", tos sem grandes requisitos técnicos solução, "são um a vive que vras pala nas e Para eles, é na voz ta o locutor da scen acre , tais” guião para criarmos imagens men r a voz, a exalha trab a r nde apre que lui conc Zero. Pedro Duarte a ser transdevi que ação form primir emoções através dela, é uma er uma ideia vend de tens que gina “Ima s. área versal a todas as comunicar não te adianta ter em cinco minutos. Se não souberes atitude está na forma como a “e de, atitu iso boas imagens”. É prec . voz” falas. E a forma como falas está na Fotos de: RUM

Quando a cabeça não tem juízo a voz é que paga Tal como o resto do corpo, a voz vai mudando com o avançar da idade e não há grande coisa que possamos fazer quanto a isso (os rapazes que durante a puberdade só conseguiam falar em falsete, intercalado por um silêncio absurdo, que se acusem). No entanto, há comportamentos que te ajudam a melhorar a voz, para além dos que ajudam a estragá-la, e alguns bastante óbvios, pelo que não servem desculpas. A saber: fumar faz mal (olha a novidade), falar muito tempo ao telemóvel em locais ruidosos também (experimenta explicar alguma coisa quando as portas do metro se estão a fechar), abusar das bebidas com gás idem (provoca refluxo, isto é, a “subida” do suco gástrico até à garganta), ataques de tosse ou tentativas de limpar a garganta são de evitar (normalmente usamos muito os vocábulos “pigarrear” e “catarro”) e mudanças bruscas de temperatura também não ajudam. Por fim, para os humoristas de serviço, em casa, na faculdade ou na internet, imitar vozes de desenhos animados, cantores ou figuras conhecidas puxa um bocadinho pelas cordas vocais, provoca rouquidão e não é a melhor forma de aclarar a voz. Beber água, muita água, ter aulas de colocação de voz ou fazer desporto estão no pólo oposto. Fotos de: RUM

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©Depositphotos/ R-studio

//LOOK AT ME

, s i r í o c r a o Com Vermelho Ferrari para uma noite especial, preto para realçar o lápis dos olhos, rosa choque para o um look mais alegre e pin up ou até o tradicional transparente para quem estiver orgulhosa das suas unhas ao natural e as quiser luzir assim mesmo no dia-a-dia. São mais do que muitas as opções de manicure caseira que tu própria poderás executar no conforto do teu quarto. O objetivo desta página? Que reparem mais nas pontas dos teus dedos do que no dinheiro, quando fores a pagar alguma coisa no supermercado, bar, farmácia ou restaurante! Texto: Bruna Pereira

Poupa dinheiro e diverte-te Ficas a saber que não há desculpa nenhuma para unhas desmazeladas e sem cor. Há sempre uma meia hora que podes aproveitar para dar cor às mãos, tratar das cutículas e hidratar a pele – até mesmo enquanto estás a ver TV no sofá, em dias de estudo ou sempre que estiveres à espera que a esparguete do jantar esteja cozida. Além de poderes ser tu a escolher a hora e o sítio mais confortável para a manicure, poupas uns trocos que poderás aplicar noutras coisas e ainda podes convidar amigas lá para casa, para que o serão seja ainda mais divertido e inclua pôr a conversa em dia.

Caixa de ferramentas para vernizes? Todo o profissional precisa de ter o material bem guardado. Assim sendo, recomendamos o uso de uma caixa onde caibam todas as cores de vernizes que usas, purpurinas, limas, cremes, corta-unhas, tesouras, acetonas, lixas, algodões, alicates e afins necessários para uma completa sessão de manicure. Para este feito, são ideais as caixas de ferramentas em plástico com várias divisões ou até os kits de primeiros socorros à venda em supermercados ou nas antigas ‘lojas dos 300’. Por falar em primeiros socorros, e no meio de tantos vernizes, não te esqueças de ter contigo e sempre à mão álcool etílico para desinfetar as cutículas antes de as começares a arranjar ou para possíveis ferimentos – que esperamos nunca aconteçam.

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nas unhas Nada de destruir as cutículas! As cutículas não são para cortar a pente zero ou para destruir com os pauzinhos de madeira dos kits de manicure. Visto que fazem parte da proteção natural dos nossos dedos, o mais aconselhável é retirar apenas – e se existir mesmo – o excesso de pele com muito cuidado (para não propiciar o aparecimento de infeções ou micoses na unha). Podes ainda apenas empurrá-las um pouco com a espátula, caso estejam a cobrir grande parte da superfície da unha que é supostamente para pintar com verniz.

Não esquecer a base do verniz A cor final é o que mais salta à vista do olho, temos que admitir. No entanto, presta muita atenção! Antes de pintares com o verniz escolhido, não te esqueças de aplicar uma capa base de verniz – em último caso, aplica primeiro uma camada de verniz transparente, para evitar quebras e danificação da coloração natural da unha (sobretudo quando os vernizes comprados não apresentam muita qualidade). Não queres ficar com as unhas amareladas como se fosses uma fumadora compulsiva, pois não?

À segunda é de vez Quando a base do verniz secar, começa a pincelar as unhas, uma por uma, com a cor escolhida. Não tenhas medo de ultrapassar os contornos naturais da unha, porque no final um cotonete embebido em acetona faz autênticos milagres, acredita! Seja qual for a cor escolhida, clara ou escura, aconselhamos sempre passar o verniz uma segunda vez para eliminar possíveis imperfeições e realçar a cor. Depois, é só esperar que sequem todas muito bem – deixa atividades como falar ao telemóvel, coçar a cabeça e lavar a loiça para depois, de modo a que nenhuma unha fique logo borratada e se vá a manicure caseira pela água abaixo!



//LIMITE DE VELOCIDADE

factos e mitos sobre os carros a gás O entendimento dos partidos no parlamento é generalizado, a discriminação legislativa dos veículos movidos a Gás Petrolífero Liquefeito (GPL) tem os dias contados. Tudo indica que até ao final do ano deixará de ser proibido o estacionamento de veículos GPL em parques subterrâneos, sendo também intenção do parlamento acabar com a obrigatoriedade do uso de dístico de identificação nas viaturas. Será uma boa medida? Foi isso que a Mais Superior e o RazãoAutomóvel.com foram tentar descobrir. Texto: Guilherme Ferreira da Costa

Há uma série de mitos urbanos que ao longo dos anos têm feito os condutores fugirem dos veículos a GPL, como o diabo foge da cruz. Um dos mitos mais comuns é de que os carros a GPL podem explodir. Felizmente isso não é verdade, portanto escusam de chamar a brigada de minas e armadilhas da GNR, na eventualidade de verem um carro a GPL parado à porta de vossa casa… Descansem, é seguro. Sabiam que em toda a Europa, apenas em Portugal e na Hungria, existem restrições à circulação deste tipo de veículos? Para além de ser um combustível tão seguro quanto a gasolina, a opção do GPL face aos combustíveis convencionais acarreta uma vantagem que nos dias de hoje não é, de todo, de desperdiçar. Essa vantagem tem um nome: poupança. Embora seja verdade que os veículos movidos a GPL têm um consumo marginalmente superior aos movidos a combustível convencional, também é verdade que o preço do litro de GPL, comparativamente à gasolina, é manifestamente inferior. Atualmente o GPL é vendido a metade do preço da gasolina 95. Ou seja, com praticamente metade do que gastas atualmente em combustível podes andar o dobro de carro. Ou em alternativa, poupar para aquele projeto que tanto queres realizar. Nada mau ah? Depois há ainda um conjunto de outras vantagens que não podemos ignorar. Nomeadamente a nível ambiental - os veículos movidos a GPL emitem menos gases poluentes – e a nível da própria durabilidade do automóvel. O GPL, por ser um combustível mais refinado, liberta menos impurezas para os órgãos mecânicos do motor, aumentando a sua longevidade. Não penses no entanto que a alternativa GPL não tem desvantagens, porque tem, felizmente são cada vez menos. A rede de postos de abastecimento GPL são em menor quantidade do que a rede de postos de abastecimento para gasolina, no entanto já cobrem a totalidade do território nacional. A segunda grande desvantagem - as restrições ao estacionamento e obrigatoriedade de dístico - parece que têm os dias contados. Por último, há ainda o problema dos custos da montagem do kit GPL, que são elevados e que obrigam à imobilização do veículo durante o período de instalação. É no entanto um custo que a médio longo prazo compensa através da poupança no combustível. Em alternativa, há já algumas marcas que têm na sua gama carros que podem ser adquiridos já com o kit GPL instalado. E agora, ainda receias o GPL?

Sabias que… Sabias que os carros a GPL podem funcionar a gasolina ou vice-versa? E que todos os veículos a gasolina podem ser convertidos para GPL? Guilherme Ferreira Costa, estudante de Mestrado no Instituto Superior de Gestão e editor do site Razão Automóvel, colabora mensalmente com a Mais Superior na rubrica "Limite de Velocidade".

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©Depositphotos/ Kzenon

Quatro mitos sobre o GPL 1. Reservatórios de GPL explodem - FALSO

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Muitos condutores mantêm reservas sobre o GPL. E um dos principais argumentos é o receio de que o reservatório expluda em caso de acidente. 2. Estraga o motor dos carros - FALSO

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O GPL é um combustível com menos impurezas que a gasolina, pelo que a utilização do GPL poderá inclusivamente aumentar a durabilidade de alguns componentes. Em determinados automóveis, é no entanto necessário juntar um aditivo à mistura. 3. Consumos disparam – Parcialmente FALSO

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O aumento exponencial dos consumos, após a mudança para GPL, é um mito. De fato, um carro a GPL gasta mais, mas não muito mais. Mas também é preciso ter em conta que o custo deste combustível é muito mais baixo e acaba por compensar. 4. GPL retira a potência – VERDADEIRO Em tempos, quando a eficiência dos motores era menor e os sistemas GPL ainda não estava plenamente desenvolvidos, havia de facto uma perda de rendimento dos motores. Hoje em dia, com a gestão eletrónica dos motores essas perdas são marginais e raramente detetáveis pelo utilizador. Mas essa perda de potência existe.



//DÁ-TE AO TRABALHO

Ossos do ofício

Nascem connosco, mas nem sempre morrem connosco – os ossos. No entanto, para todos os que sofrerem a infelicidade de algum acidente ou tumor que exija a sua reconstrução óssea, a Medbone – Medical Devices Ltd. pode vir a ser a melhor empresa a que recorrer, já que desde 2008 desenvolve dispositivos médicos para a cirurgia ortopédica e dentária, recorrendo a tecnologias inovadoras... Tão inovadoras que mereceram à fundadora e CEO Cláudia Ranito o recente Prémio Jovem Empreendedor da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE). Texto: Bruna Pereira Fotos: Medbone

esperança de vencer, penso que todos os candidatos o tinham, pois foi para isso mesmo que concorremos. No entanto, deixo os meus parabéns e reconhecimento a todos que participaram. Para os mais distraídos, o core business da Medbone pode parecer saído de um filme de ficção científica, mas a verdade é que a empresa consegue desenvolver ossos sintéticos que apresentam soluções inovadoras em várias áreas... A Medbone é uma empresa de desenvolvimento de tecnologia, o que envolve investigação, caraterização de materiais, testes clínicos e depois temos know-how na certificação de produtos médicos, para implementação da produção e embalagem (tudo feito internamente) até à fase de comercialização, sendo que nesta última etapa estabelecemos parcerias com empresas distribuidoras. Até agora os nossos produtos são substitutos/enxertos ósseos sintéticos, essencialmente duas grandes gamas de produtos que atingem já cerca de 200 referências, bem como temos a tecnologia que nos permite fabricar implantes à medida de cada paciente. Como o osso faz parte de todo o nosso corpo, abrangemos muitas áreas, destacando-se a ortopedia, dentária, maxilo-facial e veterinária: pode ser desde a reconstrução de um acidente de trabalho, desportivo, bem como para preenchimento de osso originado por um tumor ou outro problema.

A Medbone foi, mais uma vez, reconhecida, desta vez pela ANJE. Estava à espera de sair vencedora, tendo em conta que estava inicialmente entre 186 projetos também empreendedores? Mais uma vez, superou as nossas expetativas. Temos tido muito sucesso nos prémios recebidos e neste em particular. Os restantes participantes eram extraordinariamente fortes, como potenciais vencedores ao mesmo nível da Medbone. Fomos nós, mas podia ter sido qualquer um dos finalistas a ganhar - quem sabe se daqui a uns anos algum projeto que, mesmo não tendo sido finalista, vai ter um grande sucesso? Seria muito bom. No fundo, admitimos que tínhamos alguma

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Além de muito jovem para o trabalho que apresenta já no seu currículo, a Cláudia Ranito surpreende pela vivacidade com fala sempre da Medbone. Como é que foi parar ao negócio da regeneração óssea? Sou apaixonada pelo que faço, acordo todos os dias com um sorriso e termino o dia ainda mais contente pelo que conseguimos atingir. Até chegar a esta área foi um caminho que agora me parece natural: gosto pela Matemática e Química, entrada em Engenharia de Materiais, nos últimos anos começando-me a especializar na área dos produtos médicos, bem como um Mestrado Nacional realizado no desenvolvimento e caraterização deste tipo de produtos, que conheço desde as origens, às diferentes formas e até termos desenvolvido os nossos produtos. Sempre

O bem-estar dos pacie ntes em primeiro lugar Sab

ias que os produtos de senvolvidos pela Medbone – Medical De vices Ltd. são biomateriais reabsorvíveis bas eados em fosfatos de cálcio, nomeadame nte hidroxiapatite (HAp) e trifostato de cál cio (TCP)? Estes produtos estão disponíveis em forma de grânulos, blocos, cilindros , cunhas e em forma injetável. Os produtos fabricados possuem propriedades semelhant es ao osso natural, possibilitando uma me lhor qualidade de vida às pessoas. acreditei que fosse possível implementar os projetos de investigação e desenvolvimento e torná-los num produto real e comercializável, pelo que tomei a decisão de avançar por mim para este projeto, tornando-o uma realidade. Tem algum conselho para quem está a ler esta entrevista e tem já uma ideia de negócio, mas está um pouco perdido e não sabe por onde começar? Por muito difícil que isto seja de explicar, sinto que é importante dizer que uma ideia por si só não é nada, nós temos semanalmente dezenas de ideias de pessoal novo, profissionais, etc. a baterem à nossa porta, mas quase a totalidade fica apenas pela ideia e não tem a mínima noção de como implementar essa ideia e fica à espera que sejam outros a pegar no assunto - este é o principal problema que identifico. Temos de passar da ideia à prática definir muito bem o caminho, testar, arriscar, errar, voltar a tentar e quando já tivermos conhecimento adquirido de como é possível materializar a ideia, aí sim estamos prontos. Se possível, devem proteger-se antes, recorrendo à propriedade industrial, com por exemplo pedidos de patentes provisórios para exporem algo concreto a eventuais parceiros futuros e a investidores. O mais importante é cada um de nós acreditar e ir para a frente com ou sem apoio inicial, pois se nós acreditamos e avançarmos os apoios vão naturalmente surgir. Acreditem, trabalhem muito e bem e mantenham o sonho com os pés bem assentes na terra para atingirem o sucesso.


//NIGHT & DAY

Pessoas, ide todas Que homem foi este que nasceu a 13 de junho de 1888? Tradutor de profissão em casas comerciais? Jornalista boémio que tinha por hábito sentar-se à mesas dos cafés lisboetas A Brasileira e Martinho da Arcada? Visionário autor da “Mensagem”? Maçónico fanático com o hobby do ocultismo? Poeta esquizofrénico que desabafava as mágoas das personalidades múltiplas sob a forma de heterónimos? Para ver e sentir Fernando Pessoa, o homem que não cabia em si mesmo, tens até ao dia 29 de abril patente a exposição “Fernando Pessoa, Plural como o Universo”, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Texto: Bruna Pereira Fotos: Márcia Lessa, Fundação Calouste Gulbenkian

a o s s e P r e v Ricardo Reis ainda vive? Sabias que dos três heterónimos mais conhecidos de Fernando Pessoa (Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis) só Ricardo Reis não possui data de falecimento? Por essa razão, José Saramago, Prémio Nobel da Literatura de 1998, escreveu o livro “O ano da morte de Ricardo Reis”.

Mais informações: Fernando Pessoa Plural como o Universo Fundação Calouste Gulbenkian Avenida de Berna, 45A 1067-001 Lisboa Telefone: 217823000 E-mail: info@gulbenkian.pt abril Data: De 10 de fevereiro até 29 de ingo de Páscoa Encerra na segunda-feira e no Dom -18h Horário: 10h Preço de entrada: 4 euros

Pela boca de Alberto Caeiro, disse um dia Pessoa que “Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, / Não há nada mais simples./ Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte./ Entre uma e outra todos os dias são meus.” Já sob a assinatura de Bernado Soares, a certeza foi bem mais sentimental, ao afirmar que "a minha pátria é a língua portuguesa", mesmo sendo exímio escritor e tradutor em mais dois idiomas, o francês e o inglês. Para conhecer um pouco mais deste misterioso homem que considerava todas as cartas de amor ridículas, nada melhor do que aproveitar o último mês desta exposição dedicada a Fernando Pessoa ortónimo e aos seus heterónimos, de forma a mostrar a multiplicidade da obra do poeta, conduzindo o visitante numa viagem sensorial pelo seu universo, para que leia, veja, sinta e ouça a materialidade das suas palavras. Patente no edifício sede da Fundação Calouste Gulbenkian, esta exposição reúne poemas, textos, documentos, fotografias e pintura, onde se incluem raridades como a primeira edição do livro “Mensagem”, com uma dedicatória escrita pelo poeta. “Fernando Pessoa, Plural como o Universo” é uma colaboração entre a Fundação Roberto Marinho e o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo (Brasil), com o apoio da Fundação Gulbenkian.

Fernando Pessoa na escadaria do Hall dos Congressos Não percas esta 4ª Sessão, subordinada ao tema “Pessoa em pessoa": família, relações amorosas, sexualidade, morte. Ironia, desespero. A experiência de “Orpheu – amizades e cumplicidades”, que decorre no domingo, dia 22 de abril, entre as 14:30h e as 18h. O evento conta com a presença do Professor Gonçalo M. Tavares, do Encenador Marco Martins, do Ator Vítor Roriz e do Designer de Som PZ Pimenta.

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//MANUAL DE INSTRUÇÕES

: S IR está na altura!

Já ouviste falar do IRS? O IRS – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares é a percentagem dos rendimentos que as pessoas recebem, por exemplo o seu salário, que é entregue ao Estado para comparticipação das despesas públicas – por exemplo a construção e manutenção de hospitais, estradas, escolas, etc. Assim, todos os anos os contribuintes estão obrigados a entregar a sua declaração de IRS. Para quem trabalha por conta de outrem, abril é o mês de entrega da declaração de IRS através da internet. Para quem é trabalhador independente, maio é o mês para apresentar contas ao Fisco. Texto: Susana Albuquerque

©Depositphotos/ Сергей Дашкевич

Se esta é a primeira vez que tens de fazer a declaração de IRS, começa por pedir a tua senha de acesso no site das finanças (www. portaldasfinancas.gov.pt). Mas atenção, não deves deixar para o final, já que os serviços demoram até cinco dias a enviar os códigos de acesso havendo penalizações, no montante mínimo de 50 euros, pela entrega fora do prazo. No que diz respeito ao tipo de despesas a considerar, podes deduzir 30% das despesas com educação, até um limite máximo de 760 euros. São aceites despesas com inscrições e propinas, quer de escolas públicas, quer de privadas, tanto para licenciaturas, como pós-graduações, mestrados ou doutoramentos. Também as faturas de material escolar, livros, explicações, alojamento caso estejas fora da tua área de residência e ensino de línguas são aceites. Na área da saúde, não há um limite máximo, sendo possível deduzir 30% de todas as despesas efetuadas. No entanto, é preciso ter em conta que as despesas isentas de IVA ou com taxa de 6% serão todas consideradas. Já as despesas taxadas a 23% de IVA só serão consideradas quando há uma prescrição médica. Mas atenção, porque para este tipo de despesas o limite é de 65 euros ou 2,5% do montante total das despesas de saúde. As faturas, para serem consideradas, devem conter obrigatoriamente o nome do contribuinte ou o seu número fiscal. Se tiveres direito a reembolso, 20 dias é quanto tempo terás de esperar para receber o teu dinheiro. Além da rapidez no tratamento dos dados, e da facilidade de todo o processo, fazer o IRS através da internet também permite simular o valor a pagar ou a receber. Este é um ponto muito importante para gerires o teu orçamento. Se a simulação indicar que vais receber, sugiro que definas um objetivo para este dinheiro, para que não se gaste sem dares conta. Podes investi-lo, de forma a fazeres ou complementares um pé-de-meia. Se houver lugar ao pagamento, deves começar de imediato a poupar dinheiro para efetuar o pagamento. Para começar, sugiro que juntes todas as faturas de 2011 e as se-

22 | MaisSuperior . Abril 2012

©Depositphotos/ Rui Santos

pares por tipos de despesa (educação, saúde com IVA a 6% e com IVA a 23%, para as quais necessitas de juntar uma cópia da receita médica). De seguida, pega numa calculadora e faz os somatórios. E pronto, agora é só ires ao Portal das Finanças, à secção Cidadão, preencher a declaração e posteriormente entregar na secção de IRS.

IRS Solidário Sabias que é possível, sem qualquer custo para ti, doares 0,5% do teu IRS? Além das campanhas das diversas instituições, no portal das finanças está disponível uma listagem com todas as entidades beneficiárias. Elege uma, a que consideras que deve receber o teu contributo pelo trabalho desenvolvido em prol da comunidade, e identifica-a no espaço existente para o efeito na declaração. Esta é uma forma de contribuíres para uma causa social, sem teres de despender de dinheiro.

Susana Albuquerque é Secretária-Geral e coordenadora do programa de educação financeira da ASFAC – Associação de Instituições de Crédito Especializado. A também autora do livro “Independência Financeira para Mulheres” colabora mensalmente na revista Mais Superior para te dar dicas práticas que poderás aplicar no teu dia-a-dia.




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