Mais Educativa | Junho '12

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Aprende com quem sabe!

JUNHO 2012

Nº 4- Mensal - Distribuição gratuita - Não pode ser vendida

Playlist

Descobrimos o que aconteceu ao Filipe Pinto dos “Ídolos”

Profissã

do mês

o

Nelson Maltez conta-nos o que faz um Gerente de Balcão no BPI

Em Forma

Vítor Baía continua na defesa das causas sociais

QUERO ir para a Universidade!

O 12º ano acabou e vais ter de escolher um curso superior.

Como fazer?

Pdf disponível em

www.maiseducativa.com


“Anda conhecer

o IPBeja!”

Apelando às conhecidas e verdejantes paisagens alentejanas salpicadas por ovelhas, o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) quis mostrar ao mundo que a modernidade e a excelência também são ex-libris da cidade. Prova disso foi a mega mobilização em torno das filmagens do LipDub da instituição – onde nem os 33º marcados no termómetro deitaram a baixo os ânimos e a boa disposição dos participantes. Texto e fotos: Bruna Pereira e João Diogo Correia

MORTE À ESPERA!

Chama-se LipDub e podíamos dizer que é um filme sem cortes ou uma espécie de videoclip – se quiseres – onde no decorrer de uma ou várias músicas se dá a apresentação do IPBeja, pelas suas várias escolas: Escola Superior de Educação (ESE), Escola Superior de Saúde (ESS), Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG) e a Escola Superior Agrária (ESA). Para mascote desta iniciativa foi escolhida uma simpática ovelha, muito cool e munida de óculos de sol. “Esta escolha tem muito a ver com a nossa identidade local. Se pensarmos que a maior feira do Baixo Alentejo é a Ovibeja e juntarmos a essa matriz identitária o facto de que, através deste LipDub, estamos a projetar-nos no futuro, com inciativas na área dos Novos Media, das Tecnologias, dos Serviços Social, da Enfermagem…. O IPBeja é tudo isso e essa é precisamente a imagem que queremos transmitir”, diz Aldo Passarinho, coordenador do Gabinete de Imagem e Comunicação. Quanto à ideia do LipDub,“esta insere-se no contexto – chave inovação”, refere Vito Carioca. “Estamos a apostar em tudo aquilo que nos parece diferente, marcante e inovador, de forma a ultrapassar a mera retórica das coisas simples e a deixarmos de ser amadores para apostarmos na excelência”.

Dos malabaristas circenses às galinhas de campo, passando pelas já acostumadas tunas do IPBeja e as bailarinas orientais, destacamos os simpáticos enfermeiros zombies fãs da revista Mais Educativa, media partner do LipDub. “Esta é uma iniciativa fantástica e estamos muito animados para entrar em ação!”, disse Sara Fernandas, aluna finalista de Enfermagem da ESS, sem esconder os segredos de uma maquilhagem tão veridicamente assustadora – mesmo em plena luz do dia. “Isto foi rápido, nem meia hora demorou!”

‘TÁ A GRAVAR Arranca o primeiro take do LipDub do IPBeja e logo a puxar gargalhadas. Serafim chega de bicicleta, num blazer bem aprumado e protegido por um capacete, não vá a falta de equilíbrio tecê-las. “Ena tanta gentiii”, comenta com o inconfundível toque alentejano. “Isto no meu tempo não era assim”. “Já aterram aviões em Beja” é o nome do sketch de arranque e, para que Serafim não se sinta sozinho, é a deixa duma das alunas. “Devem ser aviões daqueles que andam muito baixinho”, responde o ciclista fortuito. Pelos vistos, está enganado. A aluna não se deixa ficar: “anda conhecer o IPBeja”.

QUANDO AS GALINHAS VÃO ÀS FILMAGENS Embora o bigode e as vistosas plumagens não ajudem a uma descoberta rápida, nós explicamos tudo: a Daniela, a Núria, a Joana e a Andreia são alunas do 3º ano de Educação Básica da ESE do IPBeja. Quanto ao sucesso causado nas filmagens do mega LipDub da instituição, esse foi mais do que garantido!

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OLHA A TESOURA DE PODA! Como nem só de estudantes e professores vive o LipDub do IPBeja, eis aqui a equipa verdinha do Serviço de Higiene e Limpeza do Município de Beja, bem equipada para a fotografia. Além da imponente varredora mecânica, não ficaram esquecidas as tesouras de poda, os ancinhos e até arbustos de eucalipto para dinamizar mais a aparição nas filmagens.

DO IPBEJA PARA O MUNDO As palhas do chapéu não enganam – nem tampouco o faz a máquina fotográfica ao pescoço e o mapa de Portugal bem estendido em jeito de lençol. Estamos perante algumas alunas do Curso de Turismo da ESTIG, prestes a entrarem em cena do LipDub do IPBeja.

VERDES SÃO OS CAMPOS… DA COR DOS ALUNOS Mesmo em época decisiva de exames, estas alunas do Curso de Saúde Ambiental da ESS do IPBeja não foram de modas: uma vez assegurados os estudos, transformaram-se em verdadeiras cheerleaders equipadas de verde, tal e qual as profissões que poderão vir a desempenhar no futuro mandam. A docente de Saúde Pública Raquel Santos esteve sempre ao lado das suas alunas e foi muito visível a cumplicidade que as uniu durante a tarde das filmagens do LipDub. “Não podia deixar de estar presente neste momento. Os alunos merecem tudo de nós”, disse-nos, sempre sorridente, a professora.


OS


//ÍNDICE . BINGO

JUNHO

2012

Viva o Santo António! Viva o São João! Viva a Mais Educativa, que te dá prémios e diversão.

4 //INDÍCE . BINGO 6 //TOQUE DE ENTRADA 8 //TOQUE DE SAÍDA 12 //PLAYLIST 13 //TAKE 1

PASSAT EMPO Jogo

Start the Party!

14 //MAIS GAMES 15 //EM FORMA 16 //DÁ-TE AO TRABALHO 20 //PROFISSÃO DO MÊS 22 //CONSULTÓRIO ESCOLAR

maresvivas.tmn.pt

Salva o Mundo!

Momentos de pura diversão

Refresca-te neste passatempo

exclusivo para facebook!

Junta os teus amigos, agarra no teu comando PlayStation Move e prepara-te para a diversão, com esta fantástica seleção de minijogos, onde o principal objetivo é derrotar o Dr. Terrível e salvar a Terra. A Sony Entertainement e a Mais Educativa juntam-se à festa e oferecem-te 5 jogos “Start the Party! Salva o Mundo!” (um exclusivo PlayStation Move para a PS3). Para te sagrares um dos 5 vencedores, apenas terás de responder à seguinte pergunta:

Então, estás aí? Ainda bem, porque temos 4 passes para os 4 dias do festival de verão que este ano conta com nomes como Franz Ferdinand, Gogol Bordello, Anastacia, Azeitonas, Garbage, Kaiser Chiefs e muitos mais! Faz à nossa página de facebook e descobre a maneira de marcar presença no Marés Vivas à borliú.

Salvar a Terra não é tarefa fácil. Mas há alguns pequenos-grandes gestos que todos fazemos diariamente e que nos tornam verdadeiros super-heróis. Conta-nos alguma coisa que faças e que possa servir para salvar o mundo. Os melhores exemplos ganham prémio. Não te esqueças de preencher devidamente o formulário online em www.maissuperior.com. Boa sorte! PVP: 29,90 euros

Esta informação foi facultada pelo departamento comercial.

facebook.com/maiseducativa

18,

21 de 19, 20 e

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a Vila Nov

Condições gerais dos passatempos da Mais Educativa 1. Os passatempos da Mais Educativa têm uma data de início e de fim (que corresponde à duração do mês da publicação da revista) fora das quais todas as participações recebidas serão recusadas. 2. Das respostas recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preencherem devidamente os campos solicitados no formulário de resposta. 3. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente. 4. Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados de acordo com o método de seleção e o número de prémios comunicados no respetivo passatempo.

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5. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que responderem acertadamente. 6. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os seus contactos corretos e atuais. 7. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail passatempos@maiseducativa.com.

Ficha Técnica Proprietário/Editor: Young Direct Media, Lda . Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852 . NIPC nº 510080723 . Diretora: Bruna Pereira, brunapereira@youngdirectmedia.pt . Sede de redação: Rua Ester Bettencourt Duarte, Lote 76, 2625 - 095 Póvoa de Santa Iria . Tlf. 21 155 47 91 . Fax. 21 155 47 92 . Email geral: geral@youngdirectmedia.pt . Tiragem: 50,000 exemplares . Peridiocidade: Mensal . Registo na ERC nº 126169 Depósito legal: 341259/12 . Tipografia e Morada: Lisgráfica - Rua Consiglieri Pedroso, nº 90, Casal de Santa Leopoldina, Barcarena . COLABORADORES: Administração: Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt . Diretora Geral da Empresa: Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt Diretor Adjunto da Empresa: Paulo Fortunato, paulofortunado@youngdirectmedia.pt . Diretor Comercial: Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt . Redação: Bruna Pereira, brunapereira@youngdirectmedia. pt e João Diogo Correia, joaocorreia@youngdirectmedia.pt . Colaboradores editoriais: Renato Paiva . Designer gráfico: Mónica Santos, monicasantos@youngdirectmedia.pt . Internet: André Rebelo, andrerebelo@youngdirectmedia.pt . Comunicação, Distribuição e Fotografia: Samuel Alves, samuelalves@youngdirectmedia.pt Esta publicação já se encontra escrita ao abrigo no novo Acordo Ortográfico.

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//TOQUE DE ENTRADA

Da falta de leitura ao caos na escrita A maneira de gesticular e proferir as frases não engana. Profissão? Professora. Professora de Português, de Francês, do Ensino Básico, do Secundário e até do Superior, pois foi assistente de Literatura Africana – literatura de que muito gosta, aliás. Um dia, ao ler um texto numa aula de Francês, atirou-se de cabeça à causa das crianças mal tratadas e optou por uma licença sem vencimento no ensino, porque o coração falou mais alto e porque “as crianças podem ser pobres, podem ser maltratadas, mas não são estúpidas, e aquilo que as minhas filhas aprendiam aprendiam eles também”, recorda. As aulas nunca ficaram esquecidas e Maria do Carmo Vieira continua a ser uma boca sem fechume no que ao ensino diz respeito. A Mais Educativa foi até à casa desta professora (que muitos conhecem dos programas televisivos onde aparece) para falar com ela sobre hábitos de leitura – e como uma coisa puxa a outra – sobre o polémico Novo Acordo Ortográfico. Texto: Bruna Pereira Foto: Maria do Carmo Vieira

Começou a gostar de literatura por causa duma avó que lhe contava Contos de Fadas – relatos esses que admite serem essenciais para que a paixão pela leitura se forme, juntamente com a personalidade: “É lamentável que às vezes os pais ponham os filhos em frente à televisão para verem desenhos animados – que normalmente são muito violentos - e que não haja um tempo para contar histórias, mesmo que sejam inventadas”, explica a professora, muito revoltada pelo facto de sentir que os educadores infantis quase que preferem mostrar um vídeo do que promover a paixão pelo livro, capaz de fazer voar a imaginação. “As crianças não são patetas: e se perdem os hábitos de leitura é porque não são estimuladas as capacidades que elas têm - com vídeos não há criança que se possa afeiçoar à palavra e ao livro, que se baseia num contacto muito afectivo, pois a pessoa leva o seu livrinho debaixo do braço e vai para a cama ou está sentadinho a ler.... Mas agora não se estimula isto, muito pela perversidade do próprio ensino e porque muitos professores já perderam o sentido de ensinar.” Ainda sobre o recurso às novas tecnologias – que considera excessivas quando aplicadas em tenra idade escolar -, Maria do Carmo Vieira recorda o drama da escrita das crianças de hoje: “a escrita delas é terrível, pois ainda nem manuseiam o lápis nem ajeitaram a mão à caneta, mas já sabem teclar no computador, porque são instigadas a isso mesmo”, alerta a professora, citando Ricardo Reis (heterónimo de Pessoa), que já dizia “cada coisa a seu tempo tem seu tempo”, e recordando que uma criança deve crescer com as histórias de encantar, com desenhos animados que não estimulem a violência e, sobretudo, com a afeição à palavra – nem que seja através de cantigas ou através de jogos: “dantes faziam-se as rodinhas - o cantar, o pular, o dar as mãos, o movimentar e o estar uns com os outros... Era algo mítico, ancestral e fazia parte da cultura tradicional que os próprios pais passavam às gerações seguintes, mas hoje em dia parece que está a morrer, porque o que vejo é os meninos de quatro anos a brincarem com telemóveis... Isto é inacreditável e as educadoras infantis permitem... E porquê? Porque isto demonstra conhecimentos tecnológicos, diz a avaliação, e não sei o que mais...”.

Sou totalmente contra este Novo Acordo Ortográfico

É assim que Maria do Carmo Vieira inicia a opinião sobre o tema, pois não acredita em nada que seja decretado, sobretudo na Língua, que é um património de toda a comunidade lusófona, cujas especificidades estão a ser aniquiladas, sustenta, acreditando que este passo além de “pouco científico” é , sobretudo, “muito desonesto intelectualmente”, pois obriga a que as pessoas, a partir de determinado momento, passem a escrever de determinada maneira. “Lembro-me que um linguista brasileiro disse-me num debate: 'mas a senhora ainda fala como Luís de Camões?' e eu respondi 'Não o estou a perceber bem... Como posso eu falar no século XXI como Camões no século XVI? O senhor até me esta a dar é razão, porque não houve um decreto para se deixar de falar como Luís de Camões NOTA: Este texto não se encontra ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico, a pedido da entrevistada

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e passar a falar assim agora: o que houve foi aquilo que acompanha a língua, que é a intervenção dos falantes e a passagem do tempo, isso é que é uma evolução - as coisas vão-se fazendo gradualmente e não por uma imposição'. É evidente que ele ficou calado, porque até neste argumentos estas pessoas que defendem o Novo Acordo são pouco inteligentes.” A professora sustenta ainda que tudo isto se prende “com uma atitude política” e com um “lóbi que vem do Brasil”, que se justifica por ter o maior número de falantes. “Isto é um exemplo grave de colonialismo: agora eu sou o maior e sou o mais forte e imponho-te as minhas regras... Quer dizer, humanamente isto não me parece aceitável”, acrescenta Maria do Carmo, sugerindo que a lógica deste Novo Acordo deixa muito a desejar: “É uma aberração que um aluno do 12º ano seja obrigado a corrigir a maneira de escrever sem lógica nenhuma – 'Egito' fica sem 'p' mas 'egípcio' mantém... Na família de palavras que lógica é esta? Como se pode levar o aluno a reflectir sobre a língua? E dizer que é científico: 'olha, como não pronuncias, não escreves!'. Isto é gravíssimo para a ortografia, acrescenta a professora, porque cada um passa a escrever como quer: “Eu digo 'igreija' mas escrevo um 'igreja', os do Norte dizem 'baca' e não vão escrever 'baca' – está-se a abandalhar a Língua Portuguesa. Além disso, dou o exemplo duma colega minha, cujos alunos já andavam a conjugar o verbo 'contactar' sem o 'c', porque esta palavra faz parte das que não perde o segundo 'c'... Isto agora é o caos, porque se uniformiza tudo”. Em relação ainda à conjugação verbal, Maria do Carmo Vieira não aceita que o verbo 'parar', por exemplo, perca o acento no imperativo e do presente do indicativo, ficando escrito da mesma maneira que a preposição 'para'. “Diz-se que depois se tira pelo contexto.... Mas afinal a escrita serve para quê? Serve precisamente para evitar esses equívocos e para dizer como a palavra é dita e lida. Isto dá azo a uma série de equívocos e é contrário ao princípio da ortografia”. Esta professora conclui que a língua mãe dos brasileiros é o português, o português vem do latim e, por isso, a etimologia é a história da palavra e não se pode dar cabo dessa marca cultural. “Não há aspecto que os alunos mais gostem do que quando reflectimos sobre a língua... Tive um aluno que se chamava Filipe e um dia perguntei-lhe: 'sabes qual é a origem da palavra?' Ele não sabia e então eu disse: 'É grega, vem de 'philos', que quer dizer 'amigo', e de 'hipos', que quer dizer 'cavalo', por isso 'Filipe' é o 'amigo dos cavalos''. Ele ficou felicíssimo e disse-me: 'a professora pode não acreditar, mas o animal que eu gosto mais é o cavalo!'”.

Salvem o Martinho da Arcada Em 1985, Maria do Carmo Vieira, juntamente com um grupo de alunos, conseguiu que o Martinho da Arcada (café histórico frequentado por escritores e artistas portuguesas, tais como Fernando Pessoa, Bocage, Cesário Verde, Almada Negreiros...) não fosse transformado num banco. “Continua vivo... Só que o Martinho que era um café tradicional e passou a ser um restaurante chique... Foi aviltado, com muita pena minha”, diz a professora, com alguma mágoa por ver que o Estado compactua com este tipo de situações.


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//TOQUE DE SAÍDA

Microfones abertos

com emissão a partir do Estoril Há nove anos começou uma história que não vem nos livros, mas que dava um: o amor pela radiofonia, pelos microfones e pela música levou à Escola Secundária de São João do Estoril uma rádio aberta à comunidade. Durante o tempo de aulas, das 10h às 18h, há emissão para toda a escola. Na internet, há todos os dias, 24 horas por dia, emissão para quem quiser. Escuta bem o que a SJ Rádio tem para te contar. Texto: João Diogo Correia Fotos: Samuel Alves

A ideia partiu de Fernando Ramos, adjunto da Direção Executiva da Escola Secundária de São João do Estoril, numa visita a Oliveira de Azeméis, para a 2ª Convenção Nacional de Rádios Escolares. Queria montar um estúdio e permitir que os alunos pudessem fazer e ouvir uma rádio própria. Eles também queriam e a prova disso é que, em 2003, a SJ Rádio ganhou voz. Na altura, um desses alunos era Bruno Barbacena, que viria a ser o carismático produtor do programa da SIC Radical, Curto Circuito. Agora coordenador de todo o projeto da SJ Rádio, é dele a palavra: “O nosso conceito nunca foi ser uma rádio de Associação de Estudantes, em que um aluno chega aqui, põe umas músicas a passar durante trinta minutos e vai-se embora”. Aproveitou a experiência que também trazia da telefonia e montou uma grelha “não muito ambiciosa, com 2/3 programas”. Hoje orgulha-se de contar com 10 programas de autor. “Tento passar a minha experiência. Eles têm sempre uma formação sobre como é trabalhar em rádio, como é que podem produzir o próprio programa ou onde devem ir buscar os conteúdos. Mas a proposta inicial é, normalmente, deles”.

sposição “Há sempre boa di r” s para trabalha e programas novo

Boca a boca enche-se a rádio de ouvintes O passa-a-palavra foi fazendo crescer o projeto e daí nasceu outra necessidade: “há cerca de três anos, lançámos o online, porque até ali só funcionávamos em circuito interno”. São 24 horas de emissão por dia, durante os sete dias da semana, com música e programas originais (“repetimos alguns deles, para não ser só playlist”). Bruno Barbacena não tem dúvidas de que a aposta na internet é a melhor rampa de lançamento: “temos o feedback dos alunos e a ideia que nos dá é que só ouvem rádio no carro, com os pais, por exemplo. Acredito que oiçam mais na internet”, que abre possibilidades como “estar no facebook e ter a rádio a tocar noutra página”. Depois de um inquérito inédito, feito a todos os alunos da escola, Bruno Barbacena concluiu que “todos conhecem a SJ, mas ela ainda é pouco ouvida fora da escola”. Curiosamente ou não, os acessos ao site vêm de bem longe - “para além de pessoas de todo o país, temos muitos dos Estados Unidos da América”. Pop, Rock e Hip-Hop são estilos com presença garantida, porque “é do que os alunos gostam, mas não queremos ter aquela conotação de rádio muito comercial”. Bruno Barbacena remata com a definição, “generalista a nível de playlist, de autor a nível de programas”.

rkenico de Comunicação, Ma Curso Profissional de Téc ega do col na um alu alg é a cer Silv ven a rai con So e “se tivesse de de ida blic Pu e poas dis a blic bo Pú pre ting, Relações muito, há sem e no projeto se aprende ção qu ma he for ia-l a diz um SJ dá a s a no par io ir a har e que a SJ Rád bal tra a par em qu vos r no po s o ma sição, progra é muito valorizad a ajudar os alunos e isso par s ma gra pro Faz . ma óti nos ouve”. sempre um grande io dos anos letivos, “há iníc no e, itas qu diz ena Bruno Barbac e radiofónica. Cristina Fre de dar asas à criatividad ene apr tad e r von nta e me o” eri asm exp usi m ent esse contacto, quere ram tive um ei nca nh nu “ga mo : sai “co acrescenta: gia fica e já não como para Soraia, a ma me s, já un e alg rqu a po Par e, ”. -m sas ada coi r agr de uar a seguir rádio tin con e io rád a”. la vid pe a nh sto sente na mi enorme go ar a ter a rádio sempre pre estou a começar a habitu

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O que pode fazer

a SJ Rádio crescer? “Ena, tanta coisa!”.

Para já, Bruno Barbacena tem três ideias-chave:

1.

ém Os universitários tamb estão convidados!

ti40 mil visualizações no site e “Fechámos o ano passado com tas Frei tina Cris ar”. ticip par rer que vemos alunos universitários a o o curso na área da comunicaçã está lá para o confirmar - “acabei Duas ”. tica prá ncia eriê exp a tinh não e vi que não sabia fazer nada, e idade entre a Escola e o local ond amigas a estagiar na SJ e a proxim sa sair. pen não hoje e vir idiu Dec . vive foram os passos que faltavam tas, porque isto não é como uma “A ideia é continuar a abrir as por ar as embrionário, onde vamos deix rádio generalista. É um projeto prona star apo a ano começámos pessoas experimentar. Mas este Barno Bru nte gara ”, fixa ipa equ uma fissionalização e queremos ter bacena. aa ara Municipal de Cascais continu É o que falta à SJ Rádio. A Câm pro de tipo te des impulsionadora apoiar (“tem sido uma grande ser e o de em deix ios ntár volu dos ns jetos”), mas é preciso que algu nos universitários pode ser o pripassem a profissionais. A aposta para ser a rádio oficial do II Enmeiro passo: “fomos convidados desde Ciências da Comunicação e contro Nacional de Estudantes bastou nto qua foi io Rád de liê Ate cobrimos lá grandes vozes”. Um der e “em princípio, vamos esco para Bruno Barbacena se surpreen soal pes o uind incl , mas gra pro r faze lher dez estudantes para vir ois mandar os formatos e nós dep do Porto, que pode gravar lá, pomos na emissão”.

2. 3.

Estrear um programa só de bandas do Secundário. “As bandas mandam o material, nós divulgamos e entrevistamos, fazemos o perfil. Se possível, isto no final dava um festival ou um evento parecido. Para além disso, era bom encontrar um patrocinador que pudesse pagar uma gravação de um disco à melhor banda”. O Tour SJ Rádio. “Levar o conceito a outras escolas, fazer crescer o bichinho”. Grande aposta na área da televisão. “Fui produtor do CC e para o próximo ano a ideia é reformular o estúdio, de forma a conseguir fazer uma grelha de TV, com programas e parte informativa”. A SJ TV já existe, tem Cristina Freitas como cara oficial, mas para já ainda só foram gravados alguns eventos, “que estão em loop no site”.

Ser grande na EPCI “Pensar Maior” foi o nome escolhido para ilustrar as Jornadas da Comunicação e Criatividade, da Escola Profissional de Comunicação e Imagem (EPCI), que chegaram à 19ª edição. O Auditório da Secundária de Camões, em Lisboa, encheu-se para receber dois dias plenos de imaginação, inovação e criatividade. Maria Teresa da Costa Macedo, Presidente da EPCI, quis acrescentar uma palavra ao slogan: “Pensar e Realizar Maior”, porque “se vocês não realizarem os vossos projetos, Portugal fica parado”, apelou. Se quiseres saber como correu o primeiro dia das Jornadas da EPCI visita o nosso site em www.maiseducativa.com. Foto: Presidente EPCI

Junho 2012 . MaisEducativa |

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//TOQUE DE SAÍDA

Imaginação e talento

à solta nos corredores

Polvilhada de projetos e exposições artísticas criadas pelos próprios alunos. Foi assim que a Mais Educativa encontrou a Escola Secundária Artística António Arroio que, durante o mês de maio, abriu portas à “Mostra das Artes”. Uma questão de ter talento e saber mostrá-lo. Texto: João Diogo Correia Fotos: Samuel Alves

O templo do ourives Na Oficina de Ourivesaria, fomos encontrar Diana Vozone em complexa tarefa: “o meu projeto tem vários elementos. Começa por ser um anel, passa para uma armadura de mão e vai acabar dentro de um frasco, que vai parar sobre o coração. No tubo vai estar sangue”. Confuso? Os alunos de Produção Artística partiram da palavra “templo”, “o que era para nós um templo, não a estrutura arquitetonicamente conhecida”, acrescenta Diana, e materializaram o conceito, “através de muita pesquisa e de referências que fomos buscar a várias fontes”, conclui.

Amputadas à nascença É organizada no âmbito da disciplina de Gestão das Artes e pretende incentivar os alunos a “produzir, criar, executar e apresentar trabalhos”. José Marques, professor da disciplina, não tem dúvidas quanto à eficácia da “Mostra das Artes” e garante que a proatividade e o empenho aumentam, graças ao efeito de contágio que se apodera dos estudantes mais novos, quando se deparam com as criações dos do 12º ano: “a criatividade contamina os alunos dos anos anteriores”. Várias expressões artísticas respondem à chamada, “desde a fotografia, à instalação, passando pelas artes plásticas, como a pintura, a escultura ou o desenho”, e são valores obrigatórios “a liberdade criativa e o talento individual”. É caso único no contexto do ensino artístico especializado. A disciplina de Gestão das Artes é uma exclusividade da António Arroio e oferece uma vertente de trabalho prático, “desde o processo de criação até chegar ao público, que dá skills aos alunos que provavelmente mais nenhuma escola dá”. José Marques realça os dois fatores fundamentais para estes estudantes, “fazer trabalho e conseguir mostrá-lo”. Em Gestão das Artes estão reunidos os conteúdos e as experiências para que tudo isso seja possível.

Fazer arte para melhor ouvir Foi lançado o desafio e a turma respondeu afincadamente. Reutilizar duas caixas em acrílico e fazer nascer um projeto artístico, sob o tema da reabilitação auditiva. António Castro faz-nos uma visita guiada pelas várias propostas e explica a sua: “uma das caixas foi moldada através de uma fonte de calor, a 600º, e a outra foi ao forno da cozinha e derreteu”. As caixas representam a doença, a cura está na criatividade de António: “a cabeça foi reabilitada e tem este ouvidão, uma turbina, por esse mesmo motivo”

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Num dos espaços exteriores da escola estão três modelos, no mínimo, peculiares. Chamam-se “As Amputadas” e é fácil perceber porquê - das pernas para cima, têm apenas guarda-chuvas a fazer de saia. António Castro, aluno de Gestão das Artes e um dos elementos do grupo responsável, resume o projeto, que cruzou conhecimentos de várias disciplinas: Chama-se Alumni (aluno em latim) e remete para o Português, porque foi feita a partir de dois poemas, um de Fernando Pessoa e outro de Sophia de Mello Breyner Andresen. “Lemos e interpretámos os textos e depois cada um desenhou a sua própria interpretação. Os desenhos estão alfinetados ao guarda-chuva”.

É Marie Antoinette. “Fomos buscar a parte barroca, mais especificamente o rococó, e usámos vários retalhos de tecidos que ela hoje poderia usar. Cortámos e alfinetámos também”.

Pollock – inspirado no artista Jackson Pollock, “pegámos no pincel e atirámos tinta industrial, à medida que rodávamos o guarda-chuva. A tinta depois escorre e é muito interessante. Era o que ele fazia”.


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//PLAYLIST

A vida depois

da TV

Chama-se Filipe Pinto, está prestes a completar 24 anos e a sua cara não te é estranha. Em 2009, não deu hipótese à concorrência e ganhou o programa “Ídolos”. Agora que a poeira assentou, prepara o primeiro disco e mostra-se satisfeito por continuar a receber “muitos sorrisos na rua”. A Mais Educativa foi tentar perceber o que faz um ídolo de Portugal. Texto: João Diogo Correia Fotos: www.facebook.com/FilipePintoOficial

Nunca sentiu a vida pessoal invadida, nem mesmo nos tempos de maior assédio por parte dos fãs, porque “a privacidade é a barreira que cada um constrói, ao seu modo de viver”. Admite a dose de timidez que, por vezes, o invade e garante que esse foi o maior problema quando chegou ao concurso da SIC. Imaginando os milhares de olhos postos nas suas atuações, Filipe receou dar o passo seguinte: “de facto, a resistência que se criou na altura estava mais relacionada com o modo como eu iria aprender a expor o meu pequenino mundo a um ecrã de TV e as consequências que poderiam vir daí”. Decidido, arriscou e... Ganhou. Foi para Inglaterra usufruir do prémio pelo primeiro lugar no Ídolos (estudar 6 meses na London Music School) e afirma que “Londres se tornou, no fundo, uma experiência de vida, um trecho de vivências em que aproveitei, o melhor que consegui, a formação musical da escola e, conjuntamente, as comunidades e culturas daquela cidade cosmopolita”. No entanto, nem tudo foi colorido e Filipe não esquece “a confusão, a poluição sonora, o cansaço físico, o saudosismo de comida portuguesa da mãe e até os concertos para públicos mais sorridentes e com boa disposição, como nós portugueses”. É normal que Filipe Pinto se tenha habituado ao calor das plateias nacionais. Para além da infinidade de concertos para que é solicitado, esteve, como acontece no final de todas as edições do Ídolos, em digressão pelo país, para a “Ídolomania”. Junte-se a isso a iniciativa “A Band in a Van”, que Filipe considera “uma ideia bastante original”, e percebe-se a proximidade que tem do público.

Caso ainda não te tenhas cruzado co m ela, A Band in a siste numa série de Van conconcertos grátis e vo de promover o festival Super Bo ao ar livre, com o objetick Super Rock e an cidades. Este ano, im Lis dedicadas ao Sant boa é a escolhida, por altura da ar as s Festas o António, e o vo calista é, claro, Fil A partir de 15 de ipe junho, os bairros e zonas históricas Pinto. tal acolhem fins de da ca tarde animados e privar com os artis dão-te oportunida pitas - “comparativ amente com os co de de normais, existem ncertos fatores bastante vant to com o público , que é muito mais ajosos, como o contacdúvida, o conceit forte e interativo. o de música nas E, sem cid o percurso de Fil ipe Pinto no Supe ades”. Já podes apontar r Bock Super Rock in a Van: A Band 15 de Junho - Ca rnide Clube – Arra ial – 21h 16 de Junho – Es tação do Rossio – 19h 21 de Junho – La rgo de S. Paulo – 19h 22 de Junho – La rgo Museu do Fado – 21h 30 de Junho – Sa nta Engrácia – Ar raial – 21h

Estudos em primeiro lugar “Sempre tive dificuldade em terminar alguns assuntos, como escrever um diário, ler um livro ou compor um tema”. Vai daí que Filipe tenha garantido o futuro e terminado a licenciatura em Engenharia Florestal antes de aproveitar a viagem: “acho que se desse por mim sem terminar o curso, estaria em Londres a usufruir de um prémio e, ao mesmo tempo, a choramingar pelas ruas de Oxford Street por não tê-lo feito”, garante. E acrescenta, com um sorriso nos lábios: “além de que as propinas já andavam caras na altura”. O ambiente e a natureza são, por isso, fontes de inspiração para Filipe, que encontra pontos comuns com a música: “estão relacionados em tudo e, sem dúvida, que são dois mundos aos quais eu irei dedicar-me totalmente”.

Primeiro disco pronto a sair

Influenciado por artistas como “Zeca Afonso, Manuel Cruz, Eddie Vedder ou Andrew Bird”, Filipe canta em português por uma questão de identificação com a língua... Vai daí que já tenha disponibilizado quatro temas de originais na língua de Camões, para um álbum que não tem data de lançamento, mas que está prestes a chegar às lojas. “É um disco heterogéneo, que realça bem a presença do som de guitarras, voz, cordas”. Admitindo a dificuldade em responder a todas as solicitações, termina com um agradecimento a quem o segue, pessoas que considera “pequenos mestres”. Uma viagem, um concerto, uma nova experiência - “as pessoas têm sido mais do que meros espetadores. Cada espaço, cada região tem algo de novo e original para mostrar - cheiros, luz, cores, sorrisos - fico feliz por me receberem sempre como um membro da região”.

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da salsa Mesmo que não tenhas visto o primeiro, não te desorientes. “Street Dance 2” é um filme que corre ao ritmo da dança, que vibra e que te faz querer puxar pelo físico. E isso já são boas notícias. O filme conta a história de Ash, um excelente dançarino de rua, que é constantemente gozado pelo grupo Invincible e que decide procurar uma forma de vingança. Junta-se ao amigo Eddie e lançam-se à procura dos melhores dançarinos do mundo, formando um grupo que vai surpreender os rivais. Com uma mescla de estilos de dança, “Street Dance 2” inclui a paixão assolapada de Ash por uma calorosa bailarina de salsa. “Sem segredos, sem mentiras, só com a dança”

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O calor

//PLAYLIST

Foto de: www.facebook.com/StreetDance3D.lefilm/photos

//TAKE 1

Textos: João Diogo Correia

Título: Street Dance 2 (3D) País de Origem: Reino Unido Ano: 2012 Género: Musical Estreia: 21 de junho Site oficial: www.streetdancethemovie.co.uk FICHA TÉCNICA Realização: Dania Pasquini e Max Giwa Argumento: Jane English Elenco: Falk Hentschel, George Sampson, Tom Conti

Amor em tempos de guerra

Foto de: www.facebook.com/TheLuckyOneMovie/photos

Zac Efron já te habituou ao papel de galã, mas em “Lucky One” o seu personagem ganha contornos diferentes. Logan Thibault é um Sargento da Marinha dos EUA enviado para a interminável guerra no Iraque pela terceira vez. Pouco antes dum momento de tensão, em que viu a morte olhos nos olhos, encontra no meio dos destroços uma fotografia de uma rapariga que nunca viu, com a inscrição “keep safe”, mantém-te seguro. Como que por milagre, segundos depois, Logan sobrevive a um ataque que poderia ter sido fatal. Incapaz de esquecer o momento, Logan jura a si próprio que, caso consiga sair vivo desta odisseia, tudo fará para encontrar a rapariga da fotografia. Descobre-lhe o nome, a morada e acaba por conhecê-la. O resto é para conhecer na sala de cinema mais próxima.

Título: Um Homem com Sorte/The Lucky One País de Origem: EUA Ano: 2012 Género: Drama Estreia: 14 de junho Site oficial: theluckyonemovie. warnerbros.com FICHA TÉCNICA Realização: Scott Hicks Argumento: Will Fetters Elenco: Zac Efron, Blythe Danner, Charles Ferguson, Riley Thomas Stewart, Taylor Schilling

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//MAIS GAMES

O TETRIS faz anos!

Lançado no dia 6 de junho de 1984, o jogo com lógica de puzzle desenhado e programado pelo russo Alekséi Pázhitnov continua a ter um lugar muito especial no coração de todos os amantes dos videojogos, 28 anos depois da sua criação. Já agora, ficas a saber que o nome ‘tetris’ resulta da junção da palavra grega ‘tetra’, que significa quatro e se relaciona com o nome das peças do jogo (que contêm quatro unidades), e ‘ténis’, o desporto preferido de Pázhitnov. Presente na galeria de jogos de telemóveis, PDAs, computadores e dalgumas máquinas calculadoras, será difícil encontrares alguém que nunca jogou ou ouviu falar do Tetris. Tendo sido um êxito na década de 1980, este videojogo ficou ainda popularizado pela sua versão portátil para Game Boy, lançada em 1989. Textos: Bruna Pereira

Como jogar?

Imagina uma chuva de peças compostas por quatro partes. Tu não podes evitar a sua caída, mas podes ir montando as peças, através da sua rotação de 0, 90, 180 e 270 graus, e formando linhas completas, que vão desaparecendo – para que o jogo não acabe e fiques com espaço para continuar a rodar as peças que vãos continuar a cair. Foto de: Wwarby@Flickr.com

E CURIOSIDAD du-

um passageiro preso Sabias que em 2002 houve ter recusado a desligar o terante quatro meses por se que parece, o passageiro Ao lemóvel durante um voo? ou em continuar o jogo... estava a jogar Tetris e teim

JOGOS OLÍMPICOS DE LONDRES 2012

O ouro pode ser teu! A SEGA não vai deixar passar em branco o regresso dos Jogos Olímpicos de verão e anunciou já que o videojogo “London 2012: The Official Videogame of the Olympic Games” chegará às lojas no dia 29 de junho - para a Xbox 360, PS3 e PC (com compatibilidade com PlayStation Move e Microsoft).

Foto de: www.yamihoshi.org

Foto de: gamingbolt.com

gamesstore.com

Foto de: www.360

PLAYSTATION VITA

Branca mais branca não há

A Sony vai lançar uma versão branca da PlayStation Vita, com direito a uma gama de acessórios da mesma cor - o mercado japonês é, para já, o único a ter comercialização confirmada, já no próximo dia 28 de junho. Tal como na versão original da consola, a Vita branca vai estar disponível num modelo com WiFi e 3G ou apenas WiFi. As novidades continuam em agosto, altura em que aparecerá uma edição especial da Vita dedicada ao videojogo “Next Hatsune Miku: Project Diva”.

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Foto de: www.boainformacao.com.br

Foto de: www.so

larisjapan.com


//EM FORMA

NA DEFESA

DAS CAUSAS SOCIAIS Vítor Baía deixou a baliza e os relvados, mas continua na defesa – desta feita das causas sociais, através da Fundação Vítor Baía. O também embaixador Nacional da Danone Nations Cup, a única competição mundial de futebol sub-12 apadrinhada pela FIFA, não esconde a nostalgia que sente dos tempos dourados da bola, mas admite que “é um prazer poder passar alguns ensinamentos às crianças que estão a começar agora a descobrir o futebol”. Para ti que não gostas lá muito das aulas de Educação Física, o craque também dá dicas sobre a importância duma vida saudável com base na prática desportiva. Entrevista: Bruna Pereira Fotos: Fundação Vítor Baía

Como é que nasceu a ideia de criar a Fundação Vítor Baía, em 2004? Ao longo da minha carreira como jogador de futebol profissional recebi inúmeros pedidos de ajuda e apoio em diversas causas. Nesse sentido, decidi criar a Fundação Vítor Baía para conseguir dar um apoio mais concreto e contínuo a diversas causas.

contram e daí termos canalizado elevadas verbas para apoios em equipamento médico. Há um marco importante na história da Fundação que está relacionado com a satisfação por ter visto o trabalho da Fundação ser reconhecido através da obtenção do reconhecimento como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) em 2007, sendo esta uma Instituição que realizou até esta Ajuda com material desportivo e jogos, lê data todo o seu trabalho sem quaisquer vercontos infantis a crianças, sempre que pode bas ou apoios estatais. também colabora com produtos alimentares em parceria com outras marcas…. Há Todos conhecemos o Vítor Baía como um algum momento que guarde na memória grande nome do futebol que deu sempre tudo por tudo na sua profissão. Sente saupor considerar mais marcante? O nosso trabalho no terreno tem sido mui- dades dos relvados? to efetivo e dinâmico. Tentamos, dentro do Sim, fica sempre uma nostalgia. Continuo universo das crianças, apoiar diversas causas, a acompanhar o mundo do futebol - seja em qualquer ponto do país, com especial como espetador, seja nos relvados nalguns atenção para o seu desenvolvimento na área jogos de solidariedade em que tenho participado com antigos colegas, mas também do desporto. Existem vários momentos marcantes. Julgo nalguns projetos a que estou associado. Sou que as visitas aos serviços de pediatria das o Embaixador Nacional da Danone Nations unidades hospitalares públicas são sempre Cup, a única competição mundial de futebol muito marcantes, pela situação de fragili- Sub-12 apadrinhada pela FIFA. É um prazer dade em que as crianças e famílias se en- poder passar alguns ensinamentos às crianças que estão a começar agora a descobrir o futebol. Como era o Vítor Baía na Escola Secundária? Tímido? Rebelde? Já era o guarda-redes oficial da escola nos campeonatos? Sempre fui um estudante cumpridor. O meu pai sempre esteve atento ao meu percurso e dava conselhos sobre a importância da formação superior. Foi complicado tomar a decisão de passar os estudos para segundo plano, numa altura em que me tinha de dedicar 100% à carreira desportiva. Mais tarde, quando foi possível, voltei a estudar e terminei a minha formação académica superior em Gestão de Desporto.

Durante o tempo de escola, há sempre alunos que não gostam lá muito de Educação Física, no entanto, o Desporto deve fazer parte duma vida saudável, sobretudo a dos mais jovens... O desporto é muito importante e até mesmo fulcral para o bem-estar físico e mental das pessoas. Seja na prática de desportos coletivos, seja na prática de desportos individuais, é importante manter uma prática desportiva ativa, até porque muitas vezes esta potencia o convívio. Dos miúdos aos graúdos, como podemos todos ajudar a Fundação Vítor Baía? Existem várias formas de ajudar a Fundação Vítor Baía na concretização de projetos sociais com crianças: temos uma linha telefónica de apoio 760 20 60 50 (custo por chamada 0,60 euros + IVA), através de donativos em valor através do NIB: 0019 0008 00200044965 63. Para além disso, podem ajudar também na compra das nossas publicações, cujas vendas revertem 100% para a Fundação: o livro da minha autobiografia e o livro “Contos Redondos”. Podem ainda encontrar todas as informações no nosso site www.fundacaovitorbaia.com e página do facebook www. facebook.com/fundacaovitorbaia.

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//DÁ QUE FALAR

O 12º ano já lá vai. ? a r o g a E

Acabaste o Secundário e não há volta a dar, a boa vida acabou (mais ou menos, vá) e é o momento de tomar decisões – ir trabalhar ou continuar a estudar? Fazer um Curso Superior ou não fazer? Que área escolher? Onde? Como, quando, porquê? A fase pré-universitária parece querer dar-te um nó no cérebro. Tens de ser tu a desatá-lo. Texto: João Diogo Correia Fotos: Samuel Alves

Prosseguir os estudos depois do Secundário não é obrigatório, mas há quem o sinta como tal. Inês Guedes, 18 anos, estudante na Escola Secundária de São João do Estoril (ESSJE), até se sai com um “tem de ser”. Inês explica: “acho que é a melhor forma de termos sucesso e uma boa vida. Há dificuldades, mas ainda há mais se não formos para a universidade”. Joana Nunes estuda na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho (ESMAVC), já decidiu que o Desenho é o seu futuro, e pensa o mesmo: “apesar de podermos andar seis meses com a licenciatura na mão a trabalhar numa caixa de supermercado, nada nos diz que não vamos, um dia, conseguir ter o emprego que queremos”. Inês remata: “temos de tentar ser os melhores naquilo de que gostamos”. Parece ser uma ideia consensual. Os melhores, mesmo em tempos de crise, vão encontrar solução.

há um espaço de perguntas e respostas e a adesão, nessa parte, é muito grande”. Sob o lema “E depois do Secundário?...”, são fornecidos elementos como a oferta formativa, para que os alunos possam tomar uma decisão refletida e fundamentada. “Vejo-os um pouco apreensivos, até por causa dos Exames Nacionais, porque têm ouvido que o grau de dificuldade vai aumentar”. Exames mais difíceis podem significar médias de entrada mais baixas e as notícias sobre desemprego jovem não ajudam. Mas Sandra Branco não tem dúvidas, “o Ensino Superior é uma mais-valia e o Secundário não chega, porque todos o têm. São precisas outras ferramentas, seja no Superior, seja noutro tipo de formação”. António Castro, aluno da Escola Secundária Artística António Arroio, vai apostar num outro tipo de mercado: “vou para Londres, estudar Design de moda, porque acho que em Portugal se dá pouca importância à cultura e acaba por se perder muita coisa boa”. Acerca desta fuga de estudantes, Fernando Ramos alerta: ir para o estrangeiro pode ser uma boa opção, mas “estamos a gastar recursos para os outros terem retorno? Agora que temos muito potencial humano, vamos pedir aos jovens para irem capitalizar o seu talento para outro lado?”

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Então, o que fazer para ser um dos melhores? Fernando Ramos é professor e adjunto da Direção Executiva da ESSJE e garante que é muito importante “criar currículo”. Fazer outra formação, outros cursos, partir para o voluntariado ou criar os próprios projetos. “É uma forma de eles serem confrontados com a realidade”, acrescenta Sandra Branco, professora e responsável pela Feira das Profissões que, todos os anos, leva à ESMAVC convidados de várias instituições do ensino universitário português. Com o fim de alguns gabinetes de apoio psicológico e vocacional nas escolas, como no caso da ESMAVC, iniciativas como a Feira das Profissões passam a ser ainda mais preciosas: “a Feira está distribuída por stands e há debates, separados por áreas de ensino, onde cada faculdade tem um tempo estimado de apresentação. No fim,

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Fernando Ramos elogia o Ensino Superior em Portug al, mas pede ligação ao mercado


//DÁ QUE FALAR

Os nossos estudantes superiores são do melhor que existe no mundo Fernando Ramos não duvida, “o nosso Ensino Superior é bom a esse nível”. Segue a sugestão: “tem de haver uma articulação com o mercado de trabalho”. Como? “Perceber para que áreas são precisos profissionais, porque há cursos que não têm correspondência no mercado”. António Castro diz que essa é a vantagem da sua Escola, já que “a António Arroio é muito profissionalizante”. E se as universidades também devem ajudar no processo de escolha dos estudantes, Sandra Branco, fruto da proximidade que com elas consegue através da Feira das Profissões, vê luzes positivas nesse sentido: “algumas faculdades fazem uma coisa que considero muito interessante, que é convidar os alunos a fazer workshops e a assistir às aulas, para saberem como é”. Fernando Ramos considera que a sua “tarefa enquanto educador é ser positivo, mas realista” e remata com um sinal de otimismo “a história prova que, depois de uma crise, existe um período de crescimento. Temos de o aproveitar”.

Uma questão de maturidade Liliana Félix, aluna do 12º ano da ESMAVC, não precisa de ir à Feira das Profissões, pelo menos para já, porque tem uma ideia bem vincada acerca da entrada na universidade: “acho que é preciso ter cabeça, para além de tempo e dinheiro”. Como ainda não se sente preparada, vai continuar a trabalhar e “quando tiver oportunidade, talvez vá”. Opinião semelhante tem Tomás Akslen, finalista na Escola Secundária de São João do Estoril – se não tens maturidade, não vais fazer nada à universidade. “Eu vejo pelos meus amigos, que é tudo igual. Escola, depois faculdade, estudar um bocado, mas é uma vida de não fazer nenhum. Eu quero ir para fora um bocado”. Já tem o percurso definido: começa na Holanda, lá fica por um período de seis meses, a trabalhar e a viver em casa de um amigo e, no resto do ano, regressa às origens dos antepassados, na Noruega. “O meu pai é norueguês e, em princípio, posso ir para lá trabalhar para uma fábrica de peixe”. E de onde surge esta vontade de viajar e trabalhar no duro? “Vai dar-me uma visão diferente da vida. Quero ganhar experiência em todos os aspetos. O curso não dá escola de vida e isso, às vezes, é o mais importante”. Se conseguires juntar ambas, serás bem-sucedido. “É o que eu quero fazer”, conclui Tomás.

A verdade dos números Não explicam tudo, mas são simples e diretos. A Direcção-Geral do Ensino Superior disponibiliza dados estatísticos sobre o Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior Público e alguns representam verdadeiras curiosidades. Na 1ª Fase de 2011, foi assim: Candidataram-se 46642 estudantes para 53500 vagas. Mais de 42 mil foram colocados. Lisboa, Porto, Coimbra e Braga foram as regiões com mais vagas, por oposição a Madeira, Beja e Açores, com menos. As Ciências Sociais, Comércio e Direito, juntamente com as Engenharias, Indústrias Transformadoras e Construção foram as áreas com maior número de lugares disponíveis. A Educação e a Agricultura ficaram no polo oposto.

58% dos candidatos eram do sexo feminino e 42 do masculino.

Em relação aos candidatos com preferência de colocação no próprio Distrito ou Região Autónoma, 83% dos Conimbricenses quiseram continuar na cidade dos estudantes, 90% dos lisboetas optaram por se candidatar a um curso na capital e 81% dos alunos do Porto tiveram preferência pela invicta. Do outro lado, estiveram Guarda, Portalegre e Santarém, que registaram um êxodo estudantil. Dentro dos alunos que conseguiram colocação na 1ª Fase, 7313 dos do sexo masculino entraram com média final de Secundário de 16 ou mais (135 destes rapazes acabaram com 20). No sexo feminino, 11920 conseguiram notas superiores a 16 e 209 dessas alunas alcançaram a classificação máxima.

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//DÁ QUE FALAR

Já falas 'universitês'? Mergulhar no Ensino Superior significa, também, aprender uma série de vocábulos que não faziam parte do teu dicionário. A Mais Educativa apresenta-te uma lista deles, para que não gaguejes na hora de falar esta nova linguagem.

Provas de Ingresso

(Prova que sabes o que queres)

Texto: João Diogo Correia

Ensino Superior

(Há quem lhe chame o 'queima pestanas') É o prolongamento dos estudos, depois do Ensino Secundário. É feito em Universidades, públicas ou privadas, e Institutos Politécnicos e oferece-te os graus de licenciatura (1º ciclo, para lembrar os velhos tempos), mestrado (2º ciclo) e doutoramento (3º ciclo).

Vagas

(Uma espécie de ‘jogo das cadeiras’ à moda das universidades) Representa o número de lugares que cada instituição disponibiliza para os seus cursos. Como as vagas são limitadas, é-te permitido concorrer a seis instituições, por ordem de preferência.

São as provas, isto é, os Exames Nacionais, das disciplinas exigidas por cada instituição. É natural que se te quiseres candidatar a um curso de História, tenhas de fazer um esforço suplementar para conseguir uma boa nota no Exame Nacional dessa disciplina. Cada curso pede no mínimo uma e no máximo três Provas de Ingresso.

Quem pode concorrer?

(‘Eu vou, eu vou, para a universidade agora eu vou’) Tens de ser titular de um curso de Ensino Secundário ou de habilitação equivalente. Tens de ter realizado, nos últimos dois anos, os Exames Nacionais exigidos para os diferentes cursos e instituições a que vais concorrer. A tua classificação nesses Exames tem de ser igual ou superior à mínima fixada.

Pré-requisitos

Média de entrada

O que andaste a fazer nos últimos três anos?) É a média com que te candidatas ao curso que escolheste. Neste cálculo entra a tua média final do Secundário e uma percentagem, que varia consoante a instituição, da nota que obtiveste na(s) Prova(s) de Ingresso.

(Só para alguns)

Nem todas as universidades ou cursos o pedem. São aptidões físicas ou vocacionais que deves juntar para te poderes candidatar. Acontece que tens de te informar junto das instituições sobre quais os requisitos exigidos. Normalmente, há uma data para os apresentares e convém que não a percas. Muitos dos pré-requisitos funcionam como fator eliminatório.

Colocação Apresentação de Candidatura (O momento da decisão)

Podes candidatar-te ao Ensino Superior sem sair de casa, através do site da Direcção-Geral do Ensino Superior (www.dges.mctes.pt). Pede a tua senha para candidatura online e entrega a confirmação do pedido na tua escola.

2ª Fase de Candidatura

(‘Dêem-me outra oportunidade!’) E se concorreste a um curso e não conseguiste entrar? Vais ficar a chorar sobre a vaga derramada? Tens duas hipóteses: ou segues o curso em que entraste e que não foi a tua primeira opção ou candidatas-te outra vez. As vagas são menos, mas as médias, muitas vezes, descem. Queres mais? Ainda há direito a uma terceira tentativa.

(Com quem vais passar a meia-noite?) Não, não estamos a falar da famosa festa do réveillon. É mais a fazer lembrar a meia-noite dos dias em que são lançados livros da saga Harry Potter, sabes? Quando as lojas estão a abarrotar de gente ansiosa? Aqui é mais ou menos o mesmo, mas com uma corrida de cliques. É na internet, precisamente à meia-noite, que podes saber se há ou não lugar para ti na instituição que escolheste.

Propinas

Contingente Especial

Para além dos trabalhadores-estudantes, há muito poucos alunos que não dependam de outros, normalmente os pais, para pagar os estudos. O valor anual a pagar é a chamada Propina e costuma estar dividido pelos dois semestres (podes também tentar abatê-lo em prestações). Varia consoante a instituição mas, para as Públicas, há uma lei oficial e, por isso, as diferenças não são tão significativas como, naturalmente, no caso do Ensino Superior Privado.

Existe uma determinada quantidade de vagas reservadas para alunos que se candidatem através dos vários Contingentes Especiais disponíveis na 1ª Fase (as outras têm apenas um Contigente Único). São chamados candidatos que cumpram as condições de cada contigente. A saber: Candidatos Oriundos dos Açores; Candidatos Oriundos da Madeira; Candidatos Emigrantes Portugueses e Familiares; Candidatos Militares em Regime de Contrato; Candidatos Portadores de Deficiência Física ou Sensorial.

(A parte que os pais menos gostam)

(Entrar pela porta VIP)

Para saberes mesmo, mesmo tudo vai a www.dges.mctes.pt

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//PROFISSÃO DO MÊS

Bom dia,

posso ajudá-lo?

Nelson Maltez é Gerente dos balcões do BPI do Campo Grande e do Campo Pequeno, mas já trabalha na instituição há 15 anos, “fez em dezembro passado”, recorda, com alegria, pelo percurso conseguido. Para este profissional, o dia começa bem cedo, por volta das 8h da manhã, altura em que Nelson reúne a equipa para planear o dia. Às 8:30h, com a chegada do primeiro cliente ao balcão, o sorriso nos lábios e a boa disposição são ferramentas essenciais, às quais se juntam a exigência, a descrição e o profissionalismo que trabalhar num Banco de referência implicam. Entrevista e fotos: Bruna Pereira

Quando percebeu que gostava do ramo bancário?

Na altura, havia uns especialistas em orientação vocacional na escola secundária, para quem acabava o 9º ano e precisava de seguir um rumo. Eu sempre gostei de Economia e de Matemática e, nesse sentido, perante as minhas preferências pessoais e perante aquilo que era também o nível das minhas notas, disseram-me que havia uma solução mais académica, que era seguir um curso Superior de determinada área, mas o que eu queria era começar logo a trabalhar e a ganhar dinheiro - e logo veria se continuava a estudar ou não. “Então, tens um curso profissional, por onde seguramente chegas mais depressa ao mercado de trabalho”, disseram-me, apresentando-me o Instituto de Formação Bancária (IFB). Para entrar no IFB, nesse ano, foi uma coisa épica, porque havia 110 vagas e qualquer coisa como mil pessoas para o nível dos testes psicotécnicos. Tive a sorte de passar os psicotécnicos, depois as provas de Economia e Matemática também foram as suficientes para passar e entrei. Acabado o IFB (com a equivalência ao 12º ano), aconteceu aquilo que esperava, que foi começar a trabalhar e a ganhar dinheiro. Mais tarde, achei que devia apostar num curso Superior de Gestão Bancária no ISGB – Instituto Superior de Gestão Bancária.

Agora trabalha no BPI. Fale-nos um pouco das tarefas que executa...

Sou Gerente de Balcão – noutros bancos chamam-lhe Diretor de Balcão, mas basicamente é a mesma coisa: trata-se dum responsável por uma unidade de negócio, que coordena uma equipa no sentido de atingir os objetivos comerciais impostos. Neste momento, tenho a faculdade de estar a gerir dois balcões: o Balcão do Campo Grande e o Balcão do Campo Pequeno – fisicamente, tenho dias específicos para estar em cada balcão, mas essa gestão é dinâmica, até porque a proximidade dos balcões também facilita essa gestão. As funções passam desde a coordenação da equipa ao atendimento direto dos clientes. Compete ao Gerente de Balcão administrar os objetivos individuais de cada membro da equipa, atribuí-los e acompanhar o cumprimento das metas, e compete ainda a decisão do crédito até um determinado nível

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– acima do qual já tem de ser uma Direção de Crédito do Banco a decidir. Compete-me igualmente organizar as carteiras de clientes pelos vários gestores, sendo que também eu tenho uma pequena carteira de clientes – digo pequena, porque como o Gerente tem todas as funções de coordenação que referi, acaba por não poder estar todo o tempo disponível para os clientes.

Qual é a parte mais exigente do trabalho que exerce atualmente?

Ao nível dos horários é uma profissão muito exigente – mais do que a maioria dos trabalhos de escritório, que funcionam em horários “nine to five”. O Banco abre às 8:30h e às 8:30h já temos o posto ligado e já tivemos uma conversa de equipa, o briefing, para programar o dia... Por isso, temos de estar aqui às 8:10h, 8:15h para que o primeiro cliente que entra às 8:30h possa ser bem recebido para fazer o que vem fazer ao Banco. Normalmente, o cliente da manhã é um cliente apressado - vem antes do trabalho para fazer aquelas coisas para as quais só tem 10 ou 15 minutos e não suporta estar mais do que três minutos parado numa fila. Temos de ter isso em atenção. O fim do dia... Eu costumo dizer às minhas equipas que não obrigo ninguém a trabalhar, só trabalha quem quer – naturalmente o resultado das avaliações e o resultado na progressão na carreira vai depender das horas que fizeram, mas na verdade não obrigo ninguém trabalhar mais do que a hora. Mas sim, a banca tem, por tradição, horários longos que me privam muitas vezes de estar com a minha família, que passa a vida a reclamar... (risos). Por outro lado, a pressão da concessão ao crédito é cada vez mais rigorosa e não nos permite responder a todos os sonhos de todas as pessoas. Também a pressão crescente ao nível dos objetivos que nunca reduziram, desde que eu me lembre, têm o seu quê de desgastante, trimestre, após trimestre, após trimestre... Estarmos sempre à procura de chegar ao objetivo proposto pode tornar-se desgastante, ao fim de muito tempo.

E o que é que o faz sorrir todos os dias?

O que me faz vir para o Banco satisfeito é ver que conto com uma equipa bem-disposta e com vontade de trabalhar, assim como

o facto de saber que naquilo que fazemos todos os dias podemos acrescentar um bocadinho de nós para mudar alguma coisa. Cada processo que recebemos, se olharmos para ele com empenho e esgotarmos todas as hipóteses, podemos estar a mudar uma vida: podemos estar a realizar o projeto dum cliente que quer comprar uma casa ou que quer comprar um escritório para mudar o seu negócio... E essa componente de influenciar a vida das pessoas, quando corre no sentido que as pessoas nos pedem, é muito gratificante.

Que mensagem de alento deixa aos finalistas do 12º ano que estão a pensar enveredar pela carreira bancária, mas estão com medo da situação económica atual que o país atravessa?

O grande motor do crescimento económico, não só em Portugal como noutros países, era a construção.... Portanto, se calhar ser engenheiro civil era uma boa saída há uns anos atrás, mas hoje em dia a construção em Portugal parou e não está a absorver os quadros que existem disponíveis. Ao nível de Enfermagem, se calhar estamos prestes a não admitir mais pessoas do que as que estão já nos quadros. Professores? Problema igual ou superior até e que já vinha do passado. Há uma coisa que eu ainda não vi, que é a Banca entrar numa recessão profunda: tivemos agora um problema, é verdade, mas já está resolvido ou em vias de se resolver – os bancos tiveram um ano de prejuízo, mas após muitos anos consecutivos de lucro, numa atividade sempre a florescer. Portanto, estou convencido de que continua a ser, apesar das dificuldades que se atravessam no momento, um ramo com enorme potencial de manutenção dos postos de trabalho no futuro. Destaco ainda que esta é uma área que para quem se especialize haverá espaço e que para quem não se especialize vai haver mais dificuldade - as pessoas têm de olhar para o que querem fazer da vida e têm de se especializar. Este é o conselho que fica, não há outra forma, porque se tivermos com um curso geral de qualquer coisa, no futuro vamos ter sempre um especialista sem emprego à nossa frente para aquela vaga.


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//CONSULTÓRIO ESCOLAR

Até ao 12º

estão todos,

no Superior

está quem quer

Para muitos alunos, está a aproximar-se uma mudança escolar de grande porte! A chegada ao Ensino Superior é um desejo antigo que está praticamente a ser concretizado. Finalizados os exames, para uma maioria significativa de alunos, entramos na universidade em setembro. BOA! Muita alegria e celebração lá em casa, um copo com os amigos e muita vontade de iniciar esta nova etapa de vida. Mas o que muda na faculdade? É muito diferente? É preciso estudar muito? Será agora que poderei descansar um pouco e aproveitar a vida que a faculdade já cá canta? Vou perder o contacto com os meus melhores amigos? Conseguirei igualmente fazer desporto? Texto: Renato Paiva

São muitas as dúvidas dos caloiros, pois o mundo universitário e a vida académica do Superior são uma novidade e diferente de curso para curso, de faculdade para faculdade! Conscientes de que vão existir mudanças os alunos estão, têm é dúvidas sobre que mudanças serão essas e se serão capazes de responder ao desafio! Uma das grandes mudanças é que de, facto, até ao 12º estão todos, e no Superior está quem quer! Nenhum aluno é obrigado a ingressar na faculdade, ao contrário do ensino obrigatório. Mas que diferença faz? TODA! Estar por vontade própria numa qualquer universidade altera o comportamento e atitude do aluno, assim como altera a sua perceção de envolvimento com a escola. Estou naquela faculdade porque eu quis e não porque era a escola mais próxima de casa! Neste sentido os alunos dedicam-se mais, esforçam-se mais, credibilizam mais o seu esforço e trabalho e a sua conduta enquanto estudante fica consideravelmente melhor. Existirão sempre as exceções daqueles que sempre foram excelentes alunos aplicados e continuarão a ser, assim como aqueles que se deslumbram com o facto de ser caloiro e se vão perdendo em festas, amigos, borgas e boa vida! Mas mesmo esses, este alívio de pressão escolar a que se obrigam, também não é muito duradoiro! Na faculdade entramos num círculo de interesse comum. Aqui encontramos diariamente colegas que partilham o mesmo interesse, compartilham semelhantes objetivos que os unem numa mesma turma. No Secundário a maioria tem interesses diferentes, com áreas

distintas e objetivos distintos! Falar da nossa paixão no Secundário é mais difícil! Esta exploração de interesse comum ajuda a balizar necessidades e a conseguir maior entreajuda “especializada” aos desafios académicos e, posteriormente, de trabalho. Muda também a exigência e o ritmo de trabalho. Encontramos professores mais exigentes, temáticas mais complexas e trabalhosas que envolvem um pensamento crítico constante, assim como uma dedicação e preocupação em não deixar acumular matéria de forma mais presente e consistente. A recuperação é sempre mais difícil e o professor dificilmente vai explicar um sem número de vezes a mesma matéria! Altera principalmente a responsabilidade. O aluno é que é responsável por si, não é o professor que se preocupa se o aluno vem ou fica em casa! Deixa de haver toque de campainha e é o aluno que se organiza! Nas cadeiras teóricas não há faltas e isto provoca geralmente um sentimento estudantil de maior poder. Já posso escolher livremente e sem complicações não ir às aulas! Claro que sim! Mas também pode escolher não ter de se dedicar X vezes mais para conseguir estudar as mesmas disciplinas e preparar o respetivo exame. São opções que exigem responsabilidade! Muitas outras coisas mudam, para melhor! E o melhor mesmo é vivenciar, experimentar e sentir na pele essas mudanças! Força, vão no bom caminho!

! Um abraço a todos os futuros caloiros Renato Paiva

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22 | MaisEducativa . Junho 2012


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