Edição 05

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ANO 2 | EDIÇÃO 5

VEGETARIANISMO E HIDROPONIA Um diálogo possível

De um lado, defensores da alimentação sem carne; de outro, produtores em busca de um plantio mais sustentável. O que falta para ambos sentarem juntos à mesa?

INSUMO

ENTREVISTA

Sementes exigem alto grau de tecnologia e investimento

Laura Pérez Echeverria, da Costa Rica, fala sobre o cultivo em seu país |1


A verdura nossa de cada dia Reportagem: Marcelo Franco

“Descobri uma gastrite crônica anos atrás e parei de comer carne vermelha e outros alimentos pesados, como frituras, fast food, etc, adotando uma alimentação mais natural. Meu ponto de vista não é totalmente contrário ao consumo em si, mas contra exageros e, principalmente, o atual sistema de produção, que coloca animais em condições de subvida.”

Ilustração: Alan Machado

“Respeito com os animais acima de tudo. Não creio que tenhamos o direito de usá-los pra alimento, roupa, transporte, entretenimento. São seres livres, com sentimentos e sensíveis. Não são matéria-prima!”

“Milhares de hectares de florestas são destruídos para criar espaço para pastos de gado, além de toneladas de água e cereais utilizados para alimentar o gado para consumo humano. Conseguiríamos alimentar mais pessoas, com um custo muito menor para o meio ambiente, com alimentos de origem vegetal.”

ROSITA NIKOLOF

LUDMILA NAUD

LUANA GUTHEIL STEFFEN

Motivações

Minha motivação inicial foi a solidariedade com os animais. Comecei a pensar que era muitíssimo contraditório ser amiga de uns e comer outros. Parece bobo falar assim, mas tudo é uma questão cultural. FERNANDA BARRETO, 30 anos Jornalista, voluntária da ONG Ingá (RS), vegetariana há 8 anos

REPRODUÇÃO

A

inda vistos com desconfiança por alguns e estranheza por muitos, os vegetarianos se multiplicam a cada ano no mundo todo, sem se abater com eventuais preconceitos. Não há como ignorá-los: apesar da ausência de uma estimativa global confiável, no Brasil já existe um parâmetro para discussão, fornecido pelo IBGE em 2011. Conforme o instituto, 17,5 milhões de brasileiros, o equivalente a 9% da população, declararam não consumir carne. Para os hidroponistas, este poderia representar um segmento prioritário, afinal, muito mais do que os carnívoros, são os herbívoros que consomem diariamente verduras, frutas e legumes em quantidades consideráveis. Na prática, porém, a proximidade ainda não acontece.

FOTOS ARQUIVOS PESSOAIS

ESPECIAL

Especial

Assim como na Hidroponia, entre os vegetarianos há também uma diversidade de motivos a justificar suas escolhas. Um ponto de convergência, porém, aproxima todos: a maioria é idealista e sabe muito bem o porquê de sua opção. Para quem se isenta de consumir carne, em geral as causas estão ligadas a reflexões ecológicas, de defesa dos animais, motivações existenciais, holísticas ou políticas. Ou ainda um misto de todos estes elementos. Contudo, não há regras fixas e as ideologias podem ser bastante radicais ou completamente moderadas. >>

Nunca fiz questão de carne, comia por comer, porque tinha, meus pais comiam. Mas a consciência de que aquele pedaço no meu prato era do corpo de um animal que sofreu muito começou a me incomodar. ANDRESSA PAZZINI, 23 anos Jornalista, vegetariana há 14 anos e vegana há 6 meses

Sinceramente falando, não concordo que tenhamos que matar os bichos pra comer, pois temos muitas outras alternativas para nos alimentarmos. MONICA S. DE SOUZA, 31 anos Assistente social, sem carne há 16 anos

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ESPECIAL PAI? MÃE?

Os níveis de

vegetarianismo Se são diversas as motivações, também variam os tipos de vegetarianismo. Em meio à predominância carnívora nas práticas e discursos, nem sempre é fácil transformar hábitos. Há desde os iniciantes no desafio de remodelar a dieta, que não abrem mão de alguns produtos, até os vegetarianos antigos e bastante convictos, para os quais já não faz sentido consumir algo de origem animal. Sou vegetariana mesmo! De início, parei com todas as possibilidades de carne. Um tempo depois, com tudo que pudesse ser proveniente do sofrimento de algum animal. Hoje em dia eu cozinho vários pratos e nunca perco o prazer na hora das refeições. FERNANDA DIEDRICH MIRON, 20 anos Professora de inglês, vegetariana estrita desde 2009

Sou ovolactovegetariano, mas não curto muito esses rótulos... Por enquanto, parei de comer apenas carne, mas quem sabe mais adiante?

Não sou vegan, como queijo, mas muitas vezes já pensei em parar de comer isso também. Tenho amigos que são vegans, não usam lã, couro ou qualquer coisa de origem animal. Ainda não cheguei a esse patamar, mas quem sabe.

Sou vegetariana estrita, não consumo mel, artigos de couro, lã, ossos, pérolas, penas ou qualquer produto fruto de exploração. Conchas, por via das dúvidas, também evito. A ração para gatos e cães é que ainda tenho que comprar o que o mercado dispõe.

AMITHIS WEISSHEIMER ANTUNES

JORDANA R. GOMES

MÁRCIO HABIGZANG BRUFATTO

JEAN MELLO

Sou vegana, não como nem utilizo nenhum produto de origem animal e nem de empresas que testam em animais. TAÍS DURANTI PEREIRA, 37 anos Assessora de imprensa, sem carne há 8 anos

LINHA DO TEMPO

Na sua trajetória, a Humanidade, em constante mutação e adaptação, já comeu basicamente de tudo. Consumir carne em certas épocas significou a própria sobrevivência; em outras, perdeu força diante da comodidade da agricultura. A seguir, alguns altos e baixos alimentares do maior predador que a Terra já abrigou:

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OVO-LACTO-VEGETARIANOS Além de vegetais, comem laticínios e ovos, mas nada mais de origem animal. LACTO-VEGETARIANOS Este grupo exclui os ovos da sua dieta, às vezes por motivos de saúde (muito colesterol), porém não abre mão dos laticínios. OVO-VEGETARIANOS Ao contrário do grupo anterior, alimentam-se de ovos, mas excluem o leite e seus derivados, às vezes por intolerância à lactose. VEGETARIANOS ESTRITOS Também chamados de puros, excluem todos os ingredientes de origem animal, até o mel, mas não boicotam roupas e objetos. VEGANOS Não consomem nada de origem animal, nem mesmo couro, seda e lã. Também não frequentam circos e touradas; por isso, há quem os considere “radicais demais”. FRUGÍVOROS (ou frutívoros) Alimentam-se apenas de frutos, grãos e sementes, mas se recusam a matar a planta. Não consomem raízes ou rebentos, tais como os de soja e alfafa. CRUDÍVOROS Comem única e exclusivamente alimentos crus, sem nenhuma intervenção culinária.

Sec. 10 a.C.

Egípcios que trabalhavam nas obras do faraó Ramsés IX ganhavam como ‘ração’, a título de salário, três pães e duas canecas de cerveja. Carne era reservada apenas à alta nobreza;


ESPECIAL

REPRODUÇÃO

As dificuldades e obstáculos TAMIRES DUTRA

Para quem opta por andar (ou melhor, comer) na contramão de uma sociedade ancorada no consumo e na qual até mesmo a comida serve como parâmetro para a medição de status, os obstáculos são constantes e diversificados. Apesar do aumento considerável do número de adeptos e das informações disponíveis, na prática quando uma pessoa rejeita o convite para um churrasco, pizza ou qualquer cardápio convencional, recheado de ingredientes com sangue, ela é vista com inquietude ou curiosidade, como se fosse um alien. As opções disponíveis, tanto para quem pretende comer fora, quanto para quem busca cozinhar em casa com qualidade, são bastante restritas. Isso acaba gerando uma espécie de isolamento dos vegetarianos, que ficam segregados a grupos e nichos específicos, nos quais finalmente conseguem se sentir em casa.

Quando comecei foi complicado. Eu tinha poucas informações e as opções de onde comer eram muito mais restritas. Reserva de parte do cardápio para vegetarianos nos restaurantes facilitaria.

A maior dificuldade com certeza é na hora de procurar um lugar (bom) pra comer. Nem todos estão preparados para receber pessoas que não se alimentam de carne - e por vezes nem fazem questão.

As embalagens deveriam informar se algo é vegano ou não, pois há muitos biscoitos, xampus e demais produtos que são originalmente veganos; mas não informam por considerar desnecessário.

GUILHERME LIMA GÜNTHER, 30 anos Jornalista, há 12 anos sem bife

JEAN MELLO, 29 anos Músico e tec. de informática, sem carne há um ano

JORDANA R. GOMES, 27 anos Secretária e quituteira, vegana desde 2011

Vivo em Buenos Aires, um grande desafio para quem é vegetariano. No primeiro mês, quase voltei para o Brasil, mas depois descobri os lugares e vi que não estava tão sozinha.

As pessoas têm muito preconceito, fazem ligações absurdas entre nossa alimentação e o uso de drogas, por exemplo. Existe muita ignorância até por parte de alguns médicos.

KIKA SIMONE

TAÍS DURANTI PEREIRA

Sec. 1 a.C.

Pitágoras, evocando nossa ligação com os demais animais, a quem considerava irmãos, defende a alimentação humana estritamente com vegetais, sem assassinatos;

Ano 72 a.C.

Registros descrevem que 40 mil romanos recebiam pão grátis do Estado. Foram invasores bárbaros que ampliaram os hábitos alimentares, apresentando sopas de legumes, aveia e centeio;

Questão de consciência   Em julho, uma notícia científica chegou para reforçar os argumentos de abstinência carnívora em função da preocupação com o sofrimento animal. Trata-se da comprovação, enfim, de que os animais possuem Seniciência, a “capacidade de sofrer, sentir prazer ou felicidade”. O pesquisador da Universidade Stanford (EUA), Philip Low (foto), parceiro do renomado físico Stephen Hawking, e mais 25 neurocientistas assinaram um tratado reconhecendo que as mesmas estruturas cerebrais responsáveis pela consciência em humanos também existem em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, inclusive polvos. Quem antes ridicularizava esta explicação vegetariana, agora terá que discutir com grandes nomes da ciência mundial.>>

Idade Média

Apenas os ricos têm acesso a uma alimentação farta em calorias e à carne. Plebeus se alimentam de sopas, vegetais, guisados à base de miúdos e, mais do que tudo, pães;

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ESPECIAL

Como eles veem a Hidroponia Mesmo com diversos pontos de convergência evidentes entre os ideais vegetarianos e os hidropônicos, bem como uma espécie de afinidade natural quanto aos dois temas, no mundo real este diálogo é uma ponte recém iniciada, cuja construção precisa ser mantida e ampliada. Como principal entrave, a pequena difusão das qualidades e vantagens do cultivo em água, que carece de maior publicidade e espaços mais privilegiados em feiras, supermercados, restaurantes e nos veículos de comunicação. Esta lacuna de informação conduz a maior parte dos vegetarianos a buscar apenas alimentos orgânicos, pois quase sempre o máximo de proximidade com a Hidroponia é “ter ouvido falar” ou considerar “difícil de encontrar”, enquanto os produtos sem agrotóxicos cultivados em solo têm recebido grande atenção da mídia e uma abrangência logística maior. Aqueles, porém, que degustaram vegetais hidropônicos têm uma visão positiva da experiência e até projetam-na como uma alternativa viável para a produção alimentar do futuro, sobretudo urbana.

Século 17

O inglês John Ray publica artigo afirmando não acreditar que “as outras criaturas foram criadas para o ser humano” e desmentindo que o Homem tem vocação para carnívoro;

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JORGE ASCON

Não lembro há quanto tempo conheço Hidroponia, mas seria uma linda maneira de renovarmos e trazermos um pouco de natureza às grandes cidades, principalmente as de muito concreto. Quantos prédios com terraços vazios existem? Casas abandonadas? Poderíamos ter uma imensa plantação natural, para alimentar uma cidade inteira! KIKA SIMONE, 37 anos – compositora/guitarrista, há 4 anos sem carne

Leio sobre Hidroponia de uns anos pra cá. Sei o que os leigos no assunto sabem. Já experimentei alguns vegetais hidropônicos e parecem de qualidade superior. Costumo frequentar restaurantes ovo-lacto vegetarianos e perguntar sobre os pratos, mas nunca se são orgânicos e hidropônicos, até porque não conheço lugares que oferecem hidropônicos. Os vegetais que não planto, acabo comprando no mercado. FERNANDA MIRON

Já ouvi falar de Hidroponia, mas não sei muito sobre o assunto. Consumi alguns produtos, comprados em supermercados, porém não presto muita atenção quando compro vegetais, talvez por não conhecer muito. Costumo cozinhar em casa, mas em restaurantes naturais dificilmente pergunto se os alimentos são orgânicos ou hidropônicos. LUANA GUTHEIL STEFFEN – 25 anos Relações públicas, vegetariana há 5 anos e meio

Conheço Hidroponia há uns 10 anos, mas tenho apenas noções de como funciona. Já experimentei, são bastante saborosos e parecem conservar maior vitalidade e propriedades nutritivas. E são mais bonitos. Quando eu residia em Porto Alegre, frequentava feiras semanalmente; agora que moro em Nova Santa Rita é mais esporádico. Raramente vi produtos hidropônicos em oferta - normalmente são mais caros. GUILHERME LIMA GÜNTHER

A técnica eu já conheço há cerca de dois anos. Ainda vai demorar para termos estudos suficientes que comprovem com exatidão se a qualidade nutricional da Hidroponia é realmente superior às demais. O custo mais elevado compromete a venda em larga escala, mas em São Paulo tem bastante opção de lugares para consumir esses produtos. LUDMILA NAUD, 25 anos – nutricionista, vegetariana pela segunda vez, começou a evitar carne em 2008

Século 19

O pastor estadunidense Sylvester Graham inicia uma pregação em prol da vida sã, na qual o Homem deve se eximir de carnes, álcool, drogas e outras fraquezas do espírito;

1847

É fundada, na Inglaterra, a Vegetarian Society, que reivindica ter criado a palavra vegetarian (vegetariano), que em latim significa vivo - como os primeiros vegetarianos disseram se sentir;


ESPECIAL

Aposta no futuro Se depender dos vegetarianos, o futuro é verde. Conforme suas projeções, um dia alcançaremos o patamar evolutivo de uma espécie que, contrariando outras teses, chegou ao ápice da cadeia evolutiva consumindo apenas recursos energéticos frugais, tais como frutas, verduras e outros quitutes desprovidos de sangue. É difícil achar números exatos em que se amparar, mas uma observação nos discursos, nos restaurantes, na internet, enfim, na vida cotidiana, parece apontar que eles talvez não estejam tão enganados. Vão surgir mais e mais vegetarianos. Pense com seu coração e seu cérebro, não por gula, impulso. Não é porque sua mãe, sua vó, seu bisavô comiam carne que você precisa. Não, você deve ser saudável, viver bem, feliz consigo e com suas escolhas. Eu fiz a minha. AMITHIS WEISSHEIMER ANTUNES, 27 anos Tatuadora, sem bife há 10 anos

A adesão a uma dieta mais saudável é sinal de evolução da consciência individual e coletiva. Em termos de quantidade, vejo como um movimento ondulatório, em que há períodos com mais pessoas aderindo e outros com menos. Este impulso tem que ser interno de cada um; a sociedade caminha em sentido contrário, então se a vontade não for sincera, você acaba desistindo.

Cada vez mais pessoas estão aderindo, pelos animais, pela saúde e pelo meio ambiente. Até há algum tempo era moda, por falta de informação das pessoas, que se tornavam porque era bonito; mas hoje há mais bases para pensar e adquirir essa postura.

GUILHERME LIMA GÜNTHER

MONICA SCHILLING DE SOUZA

ANDRESSA PAZZINI

As pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde, então não é apenas moda o vegetarianismo. O problema é alguns profissionais da saúde dizerem que podemos viver tranquilamente sem carne e outros que a proteína animal é essencial, aí fica a dúvida.

Infelizmente, não vejo tendência ao vegetarianismo, e sim pessoas falando em alimentos orgânicos e naturais. Isso se confunde um pouco com o veganismo. É bem comum me oferecerem peixe, por exemplo. ROSITA NIKOLOF, 46 anos Tradutora, vegetariana há 30 anos

1880

A britânica Anna Kingsford, considerada mãe do vegetarianismo ocidental, conquista o diploma de advogada, passando a defender com maior autoridade os direitos dos animais;

1960

Jordana: engajada em difundir os Veganics

Comer, refletir, compatilhar

Uma iniciativa que vem se multiplicando no Brasil são os encontros Veganics. Espécie de piquenique à moda antiga, porém apenas com alimentos veganos, a atividade não se restringe a compartilhar comida, mas principalmente momentos, experiências e, porque não, dicas e receitas sobre alimentação natural e saudável. Jordana Rockenbach, idealizadora e organizadora dos Veganics em Novo Hamburgo (RS), explica de onde veio a motivação para criar um grupo na sua região: “eu já havia visto em São Paulo e Porto Alegre, mas, ansiosa em participar, cansei de esperar e montei um convite muito simples; escolhi o Parcão da cidade por ser bonito, gratuito, ter mesas, banheiro, pias e espaço de lazer pra adultos e crianças. A data também foi muito sugestiva: da primeira vez comemoramos o Dia Mundial Vegano, em 01 de novembro. Depois surgiram outros e agora tenho que fazer o de pizzada!” >> Mais informações em: http://virou.gr/PSv0vj

O Movimento Hippie cresce, se propaga e espalha para diversos países suas ideias de vida alternativa, na qual não há espaço para alimentos processados, muito menos carne;

Hoje

Movimentos em prol da boa forma, da defesa dos animais e do meio ambiente se multiplicam em proporções inéditas, ampliando exponencialmente o número de vegetarianos.

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ESPECIAL

ELES DEFENDERAM Vardhamana

(540 a.C - 470 a.C.)

Mais conhecido como Mahavira (Grande Herói em sânscrito), desenvolveu a teoria Ahimsa, de não-violência a qualquer forma de vida.

Em pratos limpos Ainda hoje, hidroponistas e vegetarianos sofrem preconceitos derivados da falta de informação. Nos últimos anos, porém, graças ao aumento da preocupação com saúde e sustentabilidade, muitas pessoas estão revendo hábitos alimentares. É hora de pôr tudo em pratos limpos e aproximar os diálogos, não tão diferentes afinal. Isso reforçará as práticas de um comer mais saudável e colorido – um desejo de todos nós, não?

ELES DEFENDEM Lucélia Santos Atriz e cineasta, é vegetariana há mais de 20 anos, corre 10 Km por dia e é adepta da Astanga Yoga, também praticada por Madonna.

Marisa Monte

Asoka ou Ashoka

Um dos maiores nomes internacionais da MPB, só come vegetais há mais de uma década e é apoiadora da campanha Segunda sem Carne.

(304 a.C. – 232 a.C.)

Foi um dos mais sanguinários imperadores da Antiguidade, depois se converteu ao Budismo e propagou alimentação frugal.

Leonardo da Vinci

Paul McCartney

O maior gênio de todos os tempos, devido a seus inúmeros talentos, se indignava com a crueldade contra animais e não os comia.

Vegetariano desde os anos 70, é um dos maiores ícones mundiais da luta, tendo levado a campanha Segunda sem Carne para a Grã-Bretanha em 2009.

(1452-1519.)

Campanhas: umas das principais armas de conscientização dos vegetarianos

Isaac Newton (1643-1727)

Natalie Portman

Físico e matemático inglês, buscou encontrar as “leis gerais da natureza”, nas quais se incluíam também os animais.

Vegetariana desde os 8 anos, a atriz e diretora planeja adaptar ao cinema o livro Comer Animais, de Jonathan Safran Foer.

Liev Tolstói (1828-1910)

Um dos principais escritores russos, era pacifista e publicou o ensaio sobre vegetarianismo O Primeiro Passo, em 1892.

Meu pai tornou-se vegetariano quando eu tinha 22 anos. Por influência dele, parei de comer carne dentro de casa, depois aos poucos fui largando de vez. O que me fez largar em definitivo foi um vídeo da ONG Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) que assisti, o Meet your Meat. Fiquei em choque 3 dias e depois não dava mais pra encarar nada que tivesse carne, simplesmente não descia. TAÍS DURANTI PEREIRA

CULTURA SEM CARNE Foi-se o tempo de isolamento e dificuldade de compartilhar ideias e anseios. Graças à evolução da internet e das redes sociais, hoje há um rico e disponível acervo sobre vegetarianismo, nas mais variadas mídias. Bom apetite! 30 |

Patrik Baboumian Fisioculturista armênio-alemão, atualmente é detentor do titulo O Homem mais Forte da Alemanha, mesmo se alimentando só com vegetais.

Livros

Sites

Filmes

Comer Animais Jonathan Safran Foer 2011, Ed. Rocco, 320 páginas.;

Sociedade Veg. Brasileira www.svb.org.br União Veg. Internacional www.ivu.org/portuguese Cantinho Vegetariano http://virou.gr/PEbnXd Vista-se (portal vegetariano) www.vista-se.com.br People for the Ethical Treatment of Animals: www.peta.org

Térraqueos (EarthLings) Document., EUA, 2005, 95 min. Disponível para download em www.terraqueos.org.

100% Vegetariano Brenda Davis e Vesanto Melina 2012, Ed. Cultrix, 384 páginas; Alimentação Vegetariana: Chega de Abobrinha Mestre DeRose 2004, Ed. Nobel, 166 páginas.

The Meatrix (trocadilho com a palavra ‘meat’, que em inglês significa ‘carne’). Animação, EUA, 2003, 4 min. Disponível com legendas em http://virou.gr/QnOkE8


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