Jornal Outubro 2016

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Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança, Vigilância e Transporte de Valores de Petrópolis e Região Ano V - Edição 15 - Outubro de 2016 - Filiado à CNTV e UGT

Confira a nova tabela salarial Vigilante Transporte de Valores

Vigilantes de Transporte de Valores conquistam reajuste salarial acima da inflação Após diversas rodadas de negociações os vigilantes de Transporte de Valores de Petrópolis e região têm um novo acordo coletivo de trabalho 2016/2017. A categoria conquistou 10% de reajuste salarial para todas as funções. Já os funcionários do administrativo terão um aumento de 17,4%. O vale refeição da tropa passa para R$ 30 por dia, um aumento de 15,3%. Já para o restante dos funcionários, o valor será do tíquete será de R$ 25,50, reajuste de 14,1%. As negociações foram duras nos últimos meses, mas o Sindicato insistiu em ganhos para a categoria. Com os reajustes, o piso salarial do funcionário administrativo passa a ser de R$ 1.397,00. Outra conquista importante foi a extensão do plano de saúde aos dependentes dos vigilantes de

base podendo agregar até três dependentes legais. Também ficou acordado que o vigilante manobrista passa a receber a remuneração do piso do vigilante motorista de transporte de valores. A categoria conquistou ganho real nos salários e nos vales alimentação com o reajuste acima da inflação do período. O acordo foi fechado no dia 10 de outubro e as diferenças retroativas a 1º de julho serão pagas integralmente.

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Presidente do Sindicato participa de encontro de dirigentes sindicais da G4S no Uruguai O presidente do Sindicato e Secretário de Relações Internacionais da CNTV, Adriano Linhares, participou de uma grande oficina de planejamento sindical de trabalhadores ligados à empresa G4S, em Montivedéu, no Uruguai. O encontro debateu a situação dos trabalhadores da empresa em

todos os países onde a G4S atua. Foram dois dias de workshops com a participação de líderes sindicais na G4S e organizações de apoio dos Estados Unidos, Uruguai, Paraguai, Peru, Colômbia, Nicarágua, Brasil e El Salvador. O encontro aconteceu no escritório regional da Uni Américas.

Palavra do Presidente Companheiras e companheiros, após este conturbado período de crise politica nacional com a saída da Presidenta legitima e eleita democraticamente por mais de 54 milhões de votos, eis que uma nova realidade se configura no país. Com o atual governo que se instalou sem a aprovação popular e, sim, por uma elite de paneleiros bancados (patrocinados) pela classe patronal e a FIESP, desponta um cenário sombrio e preocupante. A realidade dos trabalhadores agora é outra. Como eu sempre disse: se você achava que estava ruim, pior ainda vai ficar. De agora em diante em nossas negociações coletivas de trabalho teremos que lutar para garantir os direitos já conquistados. O exemplo disso tudo está nas mazelas que o governo propõe como Negociado X Legislado (PL 4193/2012), a extinção da Súmula 277 do TST, a PEC 241 que congela investimentos em saúde e educação por 20 anos, os projetos de lei 7341/2014,PL 8294/2014, PL 427/2015 e PL 4962/2016 entre outras pautas bombas que estão por vir com a tal ponte para o futuro do atual governo TEMER. Para os trabalhadores essa ponte é para o inferno. Esse pacote de maldades faz parte do pagamento das dívidas e acordos que o atual governo assumiu com a classe patronal para pagar a conta do golpe contra os trabalhadores. Vamos permanecer atentos e vigilantes. Unidos para lutar contra qualquer retirada de direitos. Não vamos permitir que acabem com a CLT. Adriano Linhares - Presidente

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Informativo do Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança, Vigilância e Transporte de Valores de Petrópolis e Região Rua Paulo Barbosa, 233 – sala 02 - Email: sindvigpet@yahoo.com.br Centro – Petrópolis/RJ (24) 2237-4789 / (24) 2244-7882 Jornal Tribuna dos Vigilantes Edição e Jornalista Resp.: Willian Chaves – Mtb. 12.704/MG JP Contato: (21) 98874-8947 – wmcnoticias@gmail.com

Reforma trabalhista de Temer pode acabar com 13º e férias

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esde que o golpe começou a ser arquitetado, a CUT afirma que o alvo principal dos golpistas é classe trabalhadora. De acordo com o jornal O Globo, o alerta cutista pode se confirmar nos próximos dias. Isso porque, o governo ilegítimo de Michel Temer deve anunciar uma reforma trabalhista que prevê flexibilização de diversos direitos. Segundo O Globo, estão no alvo de Michel Temer os direitos assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O 13º salário, férias, adicional noturno, licença-paternidade e salário mínimo são alguns dos benefícios que podem ser atingidos. De acordo com o projeto, todos os itens listados poderiam ser negociados entre trabalhadores e empresários promovendo uma nova realidade nas relações trabalhistas. Após alterados em acordos coletivos, as novas regras não poderiam ser derrubados na Justiça. “Quando eles falam do negociado sobre o le-

gislado, na verdade querem apenas abrir uma porteira por onde vamos perder um século de direitos conquistados”, alerta Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT. Direitos assegurados pela Constituição estariam, por enquanto, garantidos, já que somente através de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) se pode alterar o seu texto. Mesmo assim, Graça Costa pede cautela. “Hoje, eles têm maioria consolidada no Congresso, estamos correndo um risco enorme. Qualquer proposta que for encaminhada pode ser aprovada. A classe trabalhadora precisa despertar antes que seja tarde”, explica Graça. O único caminho, segundo a dirigente Cutista, para barrar as propostas que virão de Temer, é a rua. “Temos que parar o Brasil. Somente uma greve geral pode fazer esse governo ilegítimo recuar dessas medidas. Não é uma luta de categoria, é luta de classe”, finaliza.


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Vigilantes do Santander almoçam às 9h da manhã e não podem ir ao banheiro Audiência discutiu o caso no Ministério Público do Trabalho de Niterói com as empresas Transvip e Sunset

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m audiência realizada nesta segunda-feira (17) no Ministério Público do Trabalho de Niterói (MPT), o Sindicatos dos Vigilantes de Petrópolis e região e de Niterói e região (SVNIT) questionaram as empresas Transvip e Sunset sobre o desrespeito à legislação e à Convenção Coletiva de Trabalho proibindo os vigilantes que prestam serviços em agências do banco Santander na região de usufruírem do horário de almoço. Em alguns casos os trabalhadores só podem fazer as refeições antes das 10h da manhã ou após o fim do expediente. A medida foi considerada uma agressão à dignidade do trabalhador pelos dirigentes sindicais. A mediação teve a participação do presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, do presidente do SVNIT, Cláudio José de Oliveira, e do diretor de Relações Internacionais e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região, Adriano Linhares, acompanhados da advogada do SVNIT, Dra Clarissa Costa. “Vamos trabalhar em conjunto com a CNTV e o SVNIT. Em Petrópolis os casos se repetem. Chegamos a paralisar as agências do Santander na cidade. Isso é um desrespeito aos trabalhadores”, relata Adriano Linhares. Uma nova audiência ficou agendada para o dia 26/10 e o SVNIT se comprometeu a entregar uma relação completa com o quantitativo de agências do Santander nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Rio

Bonito, a fim de possibilitar a adequada rendição dos vigilantes por ocasião do intervalo intrajornada assegurando a dignidade dos trabalhadores no momento da realização das refeições. Já às empresas, o MPT orientou e elas se comprometeram a avaliar a possibilidade de contratação de mais vigilantes para suprir as necessidades do contrato com o banco e garantir a rendição dos vigilantes para o horário de almoço. As empresas alegaram que não a denúncia do Sindicato não procede e que os trabalhadores não estão sendo impedidos de gozarem do horário de almoço. No entanto, o MPT solicitou que as empresas apresentem na próxima audiência as folhas de ponto referentes aos vigilantes que prestam serviços ao banco Santander no leste fluminense referentes aos meses de julho, agosto e setembro de 2016. “A audiência de mediação foi um acerto do Sindicato. Conseguimos mostrar ao MPT a gravidade da situação, bem como à própria segurança, uma vez que o vigilante sem fazer sua alimentação pode ocasionar em falhas. A saída para esse caso é o retorno dos demitidos e o cumprimento do horário de almoço dentro dos princípios normativos e necessidades fisiológicas dos trabalhadores. Vamos também fazer um levantamento nacional, estado por estado, para verificar onde ocorre essa situação nas agências do Santander para seguir o mesmo encaminhamento de Niterói no caso da necessidade de assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). A CNTV vai também encaminhar uma denúncia em órgãos internacionais como a OCDE e a OIT”, afirma Jose Boaventura. O caso também já foi denunciado na Polícia Federal durante reunião da CCASP. Nos próximos dias o SVNIT vai percorrer as agências do Santander nos municípios de sua base para realizar um levantamento minucioso sobre o caso. “Vamos fazer um relatório bem representativo para demonstrar que as empresas estão proibindo os vigilantes de almoçarem no horário correto. Esse absurdo é desumano e conta com a conivência do banco. Estamos empenhados em dar um fim a essa covardia e garantir os direitos dos trabalhadores. Não vamos aceitar trabalho análogo à escravo em nossa região”, assegura Cláudio José, presidente do SVNIT.

Sindicatos discutem mudanças no CBO de vigilantes e vigias Dirigentes sindicais de Duque de Caxias, Petrópolis e região, Niterói e região e Barueri/SP se reuniram na sede do Sindicato dos Vigilantes de Duque de Caxias/RJ para discutir mudanças no CBO – Classificação Brasileira de Ocupações de Vigilantes e Vigias. O motivo é a semelhança das duas profissões e artimanhas utilizadas por empresas de segurança e contratantes para substituir o vigilante na segurança patrimonial. A substituição por um vigia diminui o custo das empresas já que o piso salarial do vigia é menor e a categoria não têm direito ao adicional de periculosidade. Os dirigentes sindicais iniciaram a discussão e vão apresentar à CNTV – Confederação Nacional dos Vigilantes um relatório com propostas para alteração do CBO. A CNTV será a responsável por levar o pedido ao Ministério do Trabalho e Emprego.


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18 de dezembro: reserve essa data e participe da Festa de Confraternização dos Vigilantes de Petrópolis e região A tradicional e grandiosa festa de confraternização de fim de ano realizada pelo Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis já tem data e hora para acontecer. Será no dia 18/12, com início às 12h e encerramento previsto para 18h. O local será a quadra da SISEP, antiga Caempe), em Petrópolis. Este ano o Sindicato vai distribuir convites para os associados e dependentes com antecedência. Só poderá participar do evento quem tiver de posse dos convites e apresentar docu-

Reunião discutiu financiamento sindical e negociado sobre o legislado A 81ª Reunião do Conselho de Enlace da UNI Brasil reuniu nomes importantes para discutir o financiamento sindical e a proposta que circula no Congresso Nacional do negociado sobre o legislado que apresenta uma ameaça aos direitos trabalhistas. O evento ocorreu na sede da UGT-RJ e teve a participação do presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região, Diretor de Relações Internacionais da CNTV e Secretário de Políticas Sociais da UGT-RJ, Adriano Linhares. Além de entidades filiadas à entidade, o evento tem como convidada a secretária regional da UNI Américas, Adriana Rosenzvaig. O seminário sobre “Financiamento Sindical”, foi ministrado pelo Secretário Geral da CUT, Valeir Ertle. Já as discussões sobre o “Negociado x Legislado: um debate atual”, ficou a cargo do advogado e especialista em Direito Sindical e Processual, Hudson Marcelo a Silva.

mento de identificação com foto. Os trabalhadores também receberão uma caneca personalizada de brinde na entrada do evento. O tradicional sorteio de brindes também está garantido. O Sindicato também vai organizar transporte para os vigilantes dos demais municípios como Três Rios e Teresópolis. Os convites estarão disponíveis no mês de novembro e deverão ser retirados na sede do Sindicato.

CNTV realiza 14ª Conferência Nacional dos Vigilantes em novembro

Representantes de luta dos vigilantes dos mais diversos locais do país se reunirão nos dias 3 e 4 de novembro, em Brasília, para definir diretrizes para as negociações salariais de 2017. Durante a 14ª Conferência Nacional dos Vigilantes, realizada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), os dirigentes debaterão ainda sobre as negociações salarias deste ano e analisar o cenário socioeconômico e político tanto nacional quanto internacional. O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região vai participar do encontro. Com a crise se apresentando no Brasil, a previsão é de que 2017 requererá mais mobilização Encontro ocorrerá em Brasília nos dias 3 e 4 do próximo mês e concentração de esforços, principalmente na luta por manutenção de direitos já conquistados. “Em 2016 nos deparamos com incertezas na economia brasileira, um verdadeiro desafio na mesa de negociação, mas apesar disso tivemos um ano vitorioso considerando as conquistas nas Convenções Coletivas”, afirmou o presidente da CNTV, José Boaventura. Mesmo com o cenário de retração da economia em 2017, a mobilização da categoria é o diferencial necessário para arrancar conquistas das mãos dos patrões. “Não bastasse toda dificuldade que está pela frente, ainda teremos um governo golpista tentando destruir os trabalhadores a todo custo”, completou Boaventura.

Uni Américas repudia agressão a vigilante da Prosegur

A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), representada pelo secretário de Relações Internacionais, Adriano Linhares, participou da reunião da Aliança de Sindicatos da Prosegur, realizada no Peru, pela Uni Américas. Durante a reunião, os dirigentes sindicais aprovaram um manifesto denunciando o ataque brutal ao companheiro Juan Aucca, agredido no dia 19 de setembro, 10 dias após ele ter denunciado que a empresa vinha favorecendo alguns trabalhadores em detrimento de outros. Linhares, que também é presidente do Sindicato, foi quem levou a denúncia sobre o caso à reunião. A Aliança de Sindicatos da Prosegur repudiou todo tipo de violência e agressão aos trabalhadores e dirigentes sindicais e exigiu que a empresa se pronunciasse publicamente contrária à agressão. Essa não é a primeira vez que um dirigente da Prosegur no país vizinho do Peru é violentamente atacado. Além disso, as agressões anteriores seguem impunes. Assim, como a Uni Américas, a CNTV, como filiada à entidade, repudiou a forma violenta com que a Prosegur persegue os dirigentes sindicais e exigiu mais respeito e liberdade de associação sindical. Fonte: CNTV com informações da Uni Américas


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