Revista TN Petróleo #88

Page 73

Ana Paula – O grande desafio no Brasil é a escala. A Zona Econômica Exclusiva (ZEE) é praticamente metade do território emerso (continental). Ainda há muito que conhecer. A tendência deverá ser, portanto, aumentar a agilidade para automatizar as amostragens com mais frequência, gerando dados em tempo real. Dessa forma, as técnicas convencionais de análises poderão ser realizadas em paralelo, em menor escala, para complementação da compreensão ambiental. Um exemplo de tecnologia moderna é o levantamento dos fundos marinhos para avaliação da presença de corais de águas profundas com a utilização de equipamentos denominados AUVs (em inglês, autonomous underwater vehicles). Além disso, a Petrobras acabou de desenvolver uma boia oceanográfica totalmente nacionalizada, ou seja, com componentes desenvolvidos e fabricados no país, o que aumentará as áreas monitoradas por esse tipo de equipamento.

Anna Maria – Para observações remotas, além de contarmos com monitoramento da superfície do mar utilizando satélites, estaremos em breve instalando em uma das embarcações de monitoramento ambiental um sistema denominado Ferry Box, que faz análises contínuas da qualidade da água superficial sem necessidade de coletas e análises laboratoriais demoradas. Em relação a embarcações, destacamos que a Petrobras é, possivelmente, a única empresa da área de óleo e gás que utiliza um navio de pesquisas para caracterização e monitoramento ambiental em tempo integral desde 2005. Em breve, uma segunda embarcação desse gênero entrará em operação. A previsão é que 80% de suas atividades sejam destinadas a projetos de monitoramento ambiental. O que o Cenpes tem desenvolvido nesta direção? Ana Paula – A área de Tecnologia Submarina do Cenpes vem sendo fun-

damental no desenvolvimento dessas soluções tecnológicas. Em atendimento a projetos ambientais, foram desenvolvidas gaiolas para acondicionamento de organismos para experimentos de biomonitoramento ativo (bioacumulação) com sistema autolimpante que evita bioincrustação. Para a coleta de sedimento em estações oceanográficas muito próximas a unidades de produção foi desenvolvido um amostrador especial manipulado por robôs (ROV – Remotely Operated Underwater Vehicle). São muitos os exemplos e, recentemente (novembro de 2012), muitas dessas iniciativas foram mostradas no V Congresso Brasileiro de Oceanografia, realizado no Rio de Janeiro. Além do desenvolvimento de equipamentos, o Cenpes vem trabalhando fortemente no desenvolvimento de procedimentos ou soluções que ajudam no processo de incorporação das variáveis ambientais pelos projetos de engenharia ainda nas fases iniciais de concepção.

Juntos, nós podemos viabilizar operações submersas sob as mais extremas condições. É hora de mostrar ao mundo que nossas reservas de energia não são superficiais. A Parker ajuda a trazer essa energia à superfície de forma mais rápida e segura. Oferecemos uma linha completa para transporte de óleo e gás em altas e médias pressões e soluções em instrumentação que incorporam a melhor e mais segura tecnologia disponível. Fornecendo desde umbilicais de controle e produção à tecnologias de vedação capazes de operar em aplicações sob extremas condições, a Parker pode ajudar a aumentar a eficiência e diminuir os riscos das operações. Visite parker.com/underpressure/br e conheça as soluções Parker para óleo e gás.

www.parker.com.br TN Petróleo 88

69


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.