Digital Security 94

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Ano 8 • No 94 • Junho/2019

www.revistadigitalsecurity.com.br

Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica

Entrevista JOHNNY BRITO CEO DA COMBA TELECOM BRASIL

Construtora e Incorporadora Vegus

APOSTANDO NA SEGURANÇA DESDE AS BASES DA CONSTRUÇÃO

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Editorial

Indústria 4.0 versus Redação Publisher

Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br

Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br

Comercial contato@vpgroup.com.br

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br

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esde que surgiu no mercado, o termo “Indústria 4.0” passou a impulsionar os sonhos dos mais diversos mercados. Rapidamente tornou-se a queridinha nas mídias (especializadas ou não) e fez surgir uma verdadeira agitação nos mais diversos setores sobre as tecnologias, as novidades e o tamanho do salto que elas poderiam representar quando colocadas em prática. De fato, tecnologias como Deep Learning, IoT e muitas outras têm ajudado segmentos diversos a ampliar horizontes e multiplicar ganhos e resultados. Isso também se aplica ao mercado de segurança. No entanto, um único acontecimento – na qual a inteligência humana foi utilizada de forma eficaz – serviu para mostrar que nem toda a tecnologia do mundo e equipamentos de segurança de última geração podem vencer as más intenções humanas (sobretudo quando executadas com excelência). No final do mês passado, uma quadrilha invadiu um galpão do Aeroporto de Guarulhos e – passando-se por agentes federais, com veículos clonados e armas de grosso calibre – roubaram quase uma tonelada de ouro. Na gravação em vídeo – de muito boa qualidade, inclusive, é possível ver toda a movimentação até o desfecho final, com o veículo partindo sem ser incomodado por ninguém. Por trás da ação temos muito mais do que um roubo de grande monta. Temos planejamento, ação orquestrada, informações privilegiadas, clonagens de uniformes e veículos e, no final, uma ação cinematográfica. Tudo isso, apenas para mostrar que as tecnologias nem sempre conseguem impedir roubos quando executados com inteligência. E, vejam: estamos falando de uma ação ocorrida em local altamente vigiado, definido - para falarmos nos termos que o mercado de segurança entende - como um “ambiente de vigilância crítica” por excelência. Óbvio que, a partir de agora, a tecnologia será utilizada com a máxima eficiência para investigar suspeitos, cruzar informações, prender suspeitos e capturar toda a quadrilha a fim de que se evite um vexame. Mas, o fato que permanece é: câmeras, sensores, sistemas de reconhecimento e outros sistemas de segurança não impediram o roubo. Depois do acontecido, virou obrigação desvendar o crime. A culpa, claro, não é dos equipamentos – que apenas executam o que lhes é programado para fazer. Culpados são aqueles que ainda insistem em não trabalhar a segurança de forma adequada, usando a tecnologia para prevenir. Enquanto o termo segurança integrada for utilizada sem o máximo potencial de inteligência, essas serão apenas palavras soltas e poderemos ter outros casos como este acontecendo no país.

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Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo

Al. Madeira, 53, cj. 91, 9º andar - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri, SP – Brasil + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br

Eduardo Boni Publisher

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Sumário

produtos e serviços

Axis Communication

pg06 Controladora de acesso IP AXIS 1601 ganha novo software

CASE STUDY

Aeroporto de Rio Branco

pg20 Digifort e Lógica Sul Tecnologia implantam tecnologia de monitoramento IP em modernização

Nice

pg06 Novos controles remotos comandam segurança e automação em casas e condomínios

Pumatronix

pg10 Fabricante cria solução para monitoramento de estacionamento rotativo

Gryfo

pg10 Solução “Sala Segura” promete segurança de acesso com efetividade Mercado

pg12 Fabricante adquire a Seventh

Vegus

pg22 Construtora e Incorporadora enxergou uma oportunidade de oferecer valor agregado para seus clientes através da implantação da segurança desde a elaboração do projeto

Intelbras

Senior Sistemas

pg12 Fábio Nikel é novo head de produto de Gestão de Acesso e Segurança

entrevista

Johnny Camargo

pg30 CEO da Comba Telecom no Brasil

Governo

pg14 Ministério institui o Modelo Nacional de Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Emergências

ASSA ABLOY

pg14 Vault contrata novos executivos para fortalecer a área de controle de acesso

Grupo FAAC

pg14 Grupo Magnetic anuncia aquisição da Wolpac

Dimensional

pg15 Distribuidora define supervisor comercial focada em projetos e middle market

Motorola Solutions

pg15 Multinacional adquire empresa especializada em soluções mobile para videomonitoramento

CAME

pg16 Aquisição da Özak fortalece capacidade de produção de catracas e pilares para controle de acesso

Prosegur

pg16 Companhia lança fundo para investir em tecnologia de segurança 4

Buscamos entender as particularidades que levaram essa tradicional fabricante de infraestrutura para telecomunicações a investir no desenvolvimento de uma solução de reconhecimento facial

ARTIGO

A importância do Modus Operandi no Reconhecimento Facial pg34



Produtos e Serviços

Axis Communications

Controladora de Acesso IP AXIS A1601

A

controladora IP de acesso AXIS A1601 chegou ao mercado para atender instalações de médio e grande porte e, com a integração ao Software Accessus do desenvolvedor brasileiro TOPTIC, a solução acaba de estender a gama de recursos para cenários complexos, de alto fluxo e com demanda de armazenamento de dados off-line – com capacidade para até 70.000 credenciais no dispositivo. “O uso do TOPTIC Accessus em conjunto com a A1601 possibilita o gerenciamento de uma planta complexa de forma transparente, com todas as credenciais sincronizadas na controladora, possibilitando que a mesma funcione de maneira independente e preparada para casos de contingência”, explica Paulo Rosa, cofundador, Gestor de Projetos e Customer Success da TOPTIC, responsável pelo software. O software permite o controle preciso, com detalhamento de alertas e tentativas de acesso, proporcionando facilidade na gestão e operação. Dentre as principais características da solução, destacam-se: monitoramento em tempo real dos acessos, múltiplas formas de autenticação e a garantia do pleno funcionamento dos pontos de acesso em caso de perda de comunicação com Sistema – evitando situações de crise. Seguindo uma tendência que cada vez mais ganha força no setor, facilita a autenticação via QRCode para as câmeras, videoporteiro e controladoras de acesso Axis. O software gera o QRCode e envia automaticamente para o e-mail da pessoa cadastrada. Além disso, pode embasar a inteligência operacional de empreendimentos, consolidando relatórios de acesso por usuário, credencial, ponto de

acesso e horário de acontecimento – assim, é possível criar escalas de atendimento ou mesmo de serviços de limpeza e manutenção sem atrapalhar a rotina de acessos. “O TOPTIC Accessus também permite gerir ambientes multi-empresas, como por exemplo, prédios comerciais, ambientes de coworking, onde há diversos administradores, operadores e convidados, sem que um visualize ou interfira no outro. Fazemos isso por meio da compartimentação dos dados, criando o conceito de múltiplas organizações. Este recurso permite compartilhar locais e recursos sem ter que implementar múltiplos sistemas”, complementa Paulo Rosa. Quando o que está em jogo é a segurança, o software permite configurar ambientes com acesso especial por meio de dupla autenticação, gatilhos automáticos e credencial de pânico, para solicitar apoio em caso de coação, tornando possível operar sem uma equipe de segurança no local, mas que estará sempre informada sobre situações de risco e pronta para intervir. Por último, o software Accessus agrega economia operacional em ambientes comerciais com alto fluxo de visitantes, através de terminais de autoatendimento que padronizam e agilizam o atendimento, reduzindo ou mesmo eximindo a necessidade de recepcionistas. A AXIS A1601 é alimentada via POE+ e possui esquema de gerenciamento de energia integrado capaz de fornecer energia para equipamento auxiliar usando dois poderosos relés C. Com isso, é possível abrir portões ou usar as 6 portas de E/S para monitorar portas de acesso que não são parte do sistema de acordo com as demandas atuais ou a projeção escalabilidade dos projetos. DS

Nice

Novos controles remotos comandam

A

Nice está lançando dois novos modelos de controle remoto: o Era Inti e o Era One, focados em casas e condomínios. Disponivel em cinco cores, o Era Inti é um controle universal em miniatura capaz de acionar diversos tipos de sistemas de automação e segurança residenciais. Seu recurso Push Button proporciona maior resistência e evita perda do sinal emitido para a porta ou o portão, por exemplo. O Era One também é destinado ao acionamento de portas, portões, cancelas e alarmes. Sua transmissão de quatro canais é feita em uma modulação menos sensível a interferências em lugares

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onde há muitos dispositivos presentes. Ambos trabalham na frequência de 433,92 MHz, com alcance de até 100 metros sem obstáculos, e utilizam tecnologia Rolling Code. Mais segura, ela impede a clonagem do aparelho ao gerar códigos diferentes a cada uso. A bateria é de lítio de longa duração. Outra novidade é que a Nice está integrando os protocolos de comunicação para todos os produtos dos segmentos de automação, segurança e controle de acesso, o que significa que o mesmo controle remoto pode controlar diferentes equipamentos, inclusive das marcas Peccinin e Linear-HCS que já estão no mercado. DS



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Banco de dados

Poder de processamento

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL O FUTURO DA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Reconhecimento Filtragem de Facial Falsos Alarmes

Contagem de Pessoas

Algoritmos Estruturados

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Produtos e Serviços

Pumatronix

Fabricante cria solução para

A

Pumatronix anunciou uma nova solução de videomonitoramento que auxilia na gestão de vagas e estacionamentos em centros urbanos, o ITSCAMPRO VTR-4. Capaz de fazer o reconhecimento de alta precisão de placas de veículos do padrão brasileiro e do Mercosul, o sistema registra o local do veículo, por meio de um GPS que marca as fotografias com a coordenada geográfica, além da data e hora. “O ITSCAMPRO VTR-4 é uma excelente alternativa para as cidades onde o estacionamento rotativo automatizado já é realidade, uma vez que melhora a produtividade e otimiza o tempo dos agentes de trânsito, além de trazer assertividade durante as checagens dos tickets, ou seja, é mais segurança para quem fiscaliza e também para os motoristas que utilizam os estacionamentos rotativos. Se, por um lado, o sistema traz mais rigidez ao controle das vagas, por outro viabiliza o acesso às vagas para todos”, explica. Robinson exemplifica que, anteriormente, os agentes de trânsito tinham que andar a pé, de hora em hora, consultando a validade dos tickets dos veículos estacionados. Agora, com essa solução que permite até quatro câmeras operando, o trabalho é automatizado. “O equipamento lê, confronta com as informações descritas pelo agente e checa a validade do ticket. Por isso, é mais assertivo e ainda

evita que uma multa seja lavrada de forma equivocada”, completa. Estacionar em desacordo com o estacionamento regulamentado é considerado grave, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito. A multa estipulada é de R$ 195,23, além de descontar 5 pontos na carteira de habilitação. Além da versão VTR-4, há o modelo ITSCAMPRO VTR-1, desenvolvido para suprir a demanda pelo reconhecimento de alta precisão de placas de veículos em movimento. O equipamento permite reconhecer veículos suspeitos procurados pela polícia e que estão trafegando de forma irregular, e também dá apoio às operações de fiscalização e blitz. Pode ser instalado em qualquer veículo e em viaturas, a fim de tornar as rondas muito mais efetivas. DS

Gryfo

Solução ‘Sala Segura’ promete segurança

A

Gryfo, startup brasileira de Inteligência Artificial (IA) para segurança, criou uma solução capaz de controlar o acesso em ambientes determinados, detectando e reconhecendo quem está autorizado a entrar e/ou a quantidade de pessoas através de reconhecimento facial. A ‘Sala Segura’ promete 99,8% de precisão em seu algoritmo. Uma vez que os usuários são cadastrados, as pessoas serão reconhecidas e terão acesso liberado ou restrito imediatamente. Para que seja eficiente, algumas regras devem ser criadas, como, por exemplo: permanecer no máximo 2 indivíduos dentro da sala e a presença de um único não autorizada por no máximo 10 segundos. Essas regras são customizáveis, fazendo com que a empresa que optar pelo serviço defina o seu padrão de controle. Caso uma das regras definidas seja quebrada, alertas serão enviados aos dispositivos móveis cadastrados, informando o uso indevido da Sala Segura. É possível configurar, personalizar e receber alertas tanto de tentativas de acesso autorizados, quanto dos não autorizados, com fotos e identificação completa das pessoas que fizeram essa tentativa.

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“A solução desenvolvida pela Gryfo é capaz de cobrir inúmeros cenários de fraudes, monitorando o acesso forçado com fotos impressas ou em qualquer dispositivo, e até vídeos de pessoas. A contratação se aplica a qualquer instituição que tenha esse tipo de restrição, como empresas que possuem Data Centers ou salas de cofre de transportadoras de valores”, comenta Victor Gomes, CEO da empresa. DS



Mercado

Intelbras

Fabricante adquire a

A

Seventh anunciou neste mês de julho a sua aquisição pela Intelbras, uma das maiores empresas de tecnologia do Brasil. De acordo com o comunicado, confirmado por Carlos Schowohow, diretor da Seventh, a aquisição dá continuidade a estratégia de crescimento das companhias através da união de forças para fortalecer os investimentos e trazer mais capilaridade para os negócios. Apesar disso, as companhias permanecem como estruturas independentes. “As características multimarcas e o grande potencial de integração das soluções da Seventh permanecerão como sempre foram, assim como a relação com todos os clientes e parceiros, os canais de negócios e o perfil inovador da empresa”, pontua o comunicado. A estrutura e equipes da Seventh também continuarão as mesmas, sem prejudicar as relações com parceiros, clientes e colaboradores. “Seguimos confiantes de que o fortalecimento da Seventh como um todo permitirá a expansão da empresa, a conquista de novos mercados e um futuro promissor para todos que trilham conosco este caminho de mais de 18 anos de conquistas e sucesso”, finaliza o comunicado. Os termos do acordo de aquisição não foram divulgados. DS

Senior Sistemas

Fábio Nikel é o novo head de produto de

A

Senior, empresa referência em software para gestão, conta com um novo nome como Head de Produto de Acesso e Segurança da companhia. Fabio Nikel assume a função e terá como alguns dos objetivos ampliar o portfólio de produtos e reforçar parcerias e a liderança da empresa no setor. Nikel atua na Senior desde 2014, onde já passou pelos cargos de gerente nacional de canais e gerente da filial Rio de Janeiro. É formado em Ciências da Computação pela Universidade Regional de Blumenau (Furb) e já trabalhou em empresas e mercados de segurança eletrônica no Brasil e na América Latina. “A tecnologia sempre foi uma área de domínio humano com grande capacidade de mudanças e alta flexibilidade. E isso impulsiona e energiza quem atua nesse segmento. Minha missão é estar preparado para enfrentar esses desafios, promovendo inovação e agregando cada vez mais valor às soluções desenvolvidas”, afirma Nikel. A solução Gestão de Acesso e Segurança da Senior é um sistema de alta performance que centraliza todas as rotinas de acesso e segurança de forma ágil, econômica e flexível, solucionando problemas como controle de acesso, portaria e recepção, sistemas de ponto e supervisão de segurança. DS

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Mercado

Governo

Ministério institui o

O

Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), instituiu o Modelo Nacional de Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Emergências. O Modelo Nacional, instituído pela portaria nº 108, visa a eficiência da Lei nº 13.425/ 2017. A lei, que ficou conhecida como “Lei Kiss”, foi elaborada após a tragédia ocorrida na casa noturna “Boate Kiss”, em Santa Maria (RS), em janeiro de 2013, e que vitimou fatalmente 242 pessoas e feriu 680 outras. A Lei Kiss constitui um marco para a prevenção contra incêndio no Brasil. O modelo agora sugerido pela Senasp propõe a padronização dos requisitos exigíveis nas edificações e áreas de risco, estabelecendo normas de segurança contra incêndios e emergências, além

de subsidiar os estados e o Distrito Federal na atualização ou instituição das leis estaduais. A Secretaria Nacional de Segurança Pública realizará a divulgação e atualização do regulamento e a adoção ficará a critério dos estados e do Distrito Federal. Alguns dos pontos objetivos do regulamento são fomentar o desenvolvimento de uma cultura de prevenção e segurança contra incêndios, a proteção a vida de ocupantes de edificações e áreas de risco e a restrição do surgimento e propagação de incêndios. Também são previstas a viabilização de operações de atendimento de emergências e a atribuição de competências para o cumprimento das medidas de segurança contra incêndios. Além da instituição do modelo, a portaria trata do Processo de Segurança Contra Incêndio e Emergências (PSCIE) e do Serviço de Segurança Contra Incêndios e Emergências (SSCIE). DS

ASSA ABLOY

Vault contrata novos executivos para

A

Vault, empresa do grupo ASSA ABLOY, anunciou a contratação de dois novos executivos para fortalecer a sua área de controle de acesso no Brasil. Com 18 anos de experiência nas áreas de engenharia e desenvolvimento de negócios em multinacionais como Siemens e Axis Communications, Paulo Santos assume como novo gerente da Unidade de Negócios Vault, sendo responsável por todas as áreas da empresa. Paulo é formado em Engenharia Elétrica pela Faculdade de Engenharia de São Paulo e possui especialização em Administração pela FGV. Trazendo uma bagagem de 18 anos de experiência no mercado de controle de acesso, João Py é o outro nome que chega para agregar ao negócio como Gerente Técnico Comercial, sendo responsável pela área de pré-vendas e gestão de treinamentos. Técnico eletrônico e formado em administração de processos Gerenciais

pelo Centro Universitário de Ribeirão Preto, João obteve experiência na Task Sistemas, desde sua aquisição pela Kaba Brasil até a fusão com a Dorma Kaba. DS

Grupo FAAC

Magnetic anuncia aquisição da

O

Grupo FAAC, multinacional italiana que atua no Brasil através da subsidiária Magnetic Autocontrol Ltda no Brasil, acaba de anunciar que concluiu a aquisição da Wolpac Sistemas de Controle Ltda., reconhecida fabricante brasileira e líder

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de mercado na produção e distribuição de soluções de controle de acesso de pedestres. “Estamos entusiasmados em fazer parte do Grupo FAAC: compartilhamos juntos a mesma visão, valores e objetivos. Estamos


Mercado

confiantes de que unir o conhecimento da Wolpac sobre o mercado Latino Americano e a solidez industrial e financeira da FAAC representa uma grande oportunidade para nossos funcionários e nossa marca continuarem crescendo ”, diz Luiz Fernando Wolf, proprietário da Wolpac. “A aquisição da Wolpac confirma a centralidade da América Latina na estratégia do Grupo, bem como o foco no negócio de soluções de Controle de Acesso. Tanto a FAAC quanto a Wolpac têm mais de 50 anos de experiência no setor e trazem consigo um incontestável conhecimento de produto e conhecimento das ne-

cessidades e exigências de nossos clientes ”, diz Andrea Marcellan, CEO do Grupo FAAC. “A Wolpac representa, sem dúvida, uma fantástica oportunidade de se tornar o ponto de referência na região da América Latina. Com uma forte presença no mercado, 200 funcionários especializados nesta indústria e uma forte capacidade de produção, a Wolpac é de fato a combinação perfeita em nossa oferta de equipamentos para controle de acesso ”, diz Arno Steiner, Diretor da Unidade de Negócios de Controle de Acesso. Os valores da transação não foram divulgados. DS

Dimensional

Distribuidora define supervisor comercial

A

Dimensional, uma empresa do grupo Sonepar, acaba de contratar Darvin Antonio de Morais como supervisor de vendas para sua unidade de negócios In.fra. Nessa posição desde o início de julho, o executivo comandará a estratégia comercial focada em projetos e middle market do grupo no Brasil, com expectativa de crescimento superior a 15% neste ano. Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Mackenzie e com MBA em Planejamento Estratégico de Marketing pela FGV e Gestão Estratégica de Negócios pela Fundação Instituto de Administração (FIA), Darvin carrega um histórico de atuação em diversas multinacionais do mercado de comunicação, tecnologia e segurança, incluindo Giga Security by Multilaser, Itautec, LG, ASUS,

Network1, Anixter e Positivo. Referência no segmento de infraestrutura com cabeamento, iluminação, elétrica, data centers e energia, com parcerias estratégicas com marcas como CommScope, Furukawa, Dutotec, APC/ Schneider, Fluke e Siemens, a Dimensional estabeleceu a unidade de negócios In.fra pensando em oferecer soluções completas em tecnologia de infraestrutura, CFTV, acesso e incêndio, com parcerias com marcas como Dahua, Honeywell, Bosch, Vault e GP Racks. “Meu desafio é atender o mercado de middle market através dos integradores. Estamos aumentando as parcerias com novos fornecedores e reforçando as atuais para termos um portfólio bastante completo”, disse. DS

Motorola Solutions

Multinacional adquire empresa especializada

A

Motorola Solutions anunciou recentemente a aquisição da WatchGuard, uma provadora americana de soluções para vídeo mobile. Os termos da transação não foram divulgados. A WatchGuard projeta e fabrica sistemas de videomonitoramento veicular, câmeras de corpo e softwares para gestão de evidências. Suas soluções permitem que as forças de segurança capturem, gerenciem, armazenem e compartilhem evidências em vídeo de alta qualidade. A aquisição expande o ecossistema

voltado a missão crítica da Motorola Solutions, complementando a plataforma de soluções para segurança com vídeo que inclui câmeras fixas e analíticos avançados da Avigilon e software e câmeras de LPR da Vigilant Solutions. “Estamos muito animados para nos juntarmos ao time da Motorola Solutions”, disse Robert Vanman, fundador e CEO da WatchGuard. “Essa aquisição permite que nós continuemos a oferecer soluções de vídeo mobile para os clientes atuais ao mesmo tempo que complementamos o crescente portfólio e o alcance global da Motorola Solutions”. DS

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Mercado

CAME

Aquisição da empresa turca Özak fortalece

A

CAME S.p.A., multinacional líder mundial no setor de automação, controle e segurança de ambientes residenciais, públicos e urbanos, anunciou a compra da Özak, empresa sediada na Turquia, e uma das maiores empresas do mundo no setor de produção de catracas e pilares para controle de acesso. A CAME do Brasil também será beneficiada com uma gama de novas tecnologias em catracas flap e pilares retráteis. A Özak foi fundada em 1974 e exporta os seus produtos para mais de 80 países em todo o mundo: Europa, Oriente Médio, Península Arábica, Extremo Oriente, Rússia e EUA. A empresa conta com duzentos

funcionários em sua sede, em Kocaeli, e na filial de Ankara. Com a aquisição, a CAME mostra um importante sinal de crescimento e consolidação de seus próprios negócios no controle de acesso a pedestres e veículos, expandido ainda mais para o Oriente Médio. Atualmente a Came emprega cerca de 1.500 funcionários, possui filiais em 20 países e opera com uma rede de distribuição presente em 118 países em todo o mundo. Em 2018, gerou um volume de negócios de 250 milhões de euros. No Brasil, a Came está presente desde de 2010, e tem sede em Indaiatuba. Atualmente, a filial brasileira toma conta da distribuição para todo o Mercosul. “É um passo muito importante para nos firmamos também aqui na região sul-americana, pois essas novas tecnologias, somadas com as que já temos, nos permite oferecer um portfólio muito mais completo para atender a demanda crescente no combate à violência além de produtos de controle acesso nestes países. A Came sempre busca estar um passo à frente para auxiliar tanto a segurança privada como a pública contra a violência”, completa Marco Barbosa, diretor da Came do Brasil. DS

Prosegur

Companhia lança fundo para investir

A

Prosegur criou um fundo de investimento, na modalidade Corporate Venture Capital, com um capital inicial de 30 milhões de euros. A empresa busca, em colaboração com suas coligadas, aprimorar sua oferta de serviços tanto em segurança física quanto lógica e continuar gerando valor para o grupo a longo prazo. Desde a sua constituição, a Prosegur Tech Ventures recebeu mais de 400 propostas de investimento, das quais aproximadamente 150 foram analisadas minuciosamente, para finalizar cinco investimentos até o momento e com a expectativa de fechar outras operações antes do final do ano. Com a aquisição de ações dessas empresas, a Prosegur, além de conseguir ganhos financeiros, pretende incentivar o desenvolvimento de novas tendências e tecnologias que impactam de forma disruptiva no âmbito da segurança. A Prosegur Tech Ventures possui uma equipe dedicada que colabora de maneira muito criteriosa na busca e identificação de oportunidades relevantes para cada unidade de negócio: Prosegur Alarmas, Prosegur Cash e Prosegur Security – que no Brasil atua com a marca Segurpro, em tecnologia e em cibersegurança, atua com a marca Cipher. Dentro do plano de trabalho que foi projetado, cada empresa deve apoiar as propostas de investimento que são posteriormente aprovadas por um comitê de investimento, formado por especialistas da empresa e por profissionais externos. Des-

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sa forma, a Prosegur está criando uma carteira de investimentos minoritários em start-ups que estão relacionados às atividades do grupo no sentido mais amplo. Com isso, a empresa aporta seu valor agregado e a experiência de mais de 40 anos como uma das líderes mundiais no setor de segurança, levando as melhores práticas das empresas de Venture Capital com objetivo financeiro. Os investimentos da Prosegur Tech Ventures não têm uma limitação geográfica, embora seja flexível ao analisar cada investimento, o valor varia de 300 mil euros de investimento mínimo até o máximo de três milhões de euros. Até o momento, os investimentos realizados correspondem a duas empresas israelenses de cibersegurança, uma que opera sob a plataforma “command & control” e outra que aplica técnicas de tecnologia cognitiva com foco especial no Regulamento Geral de Proteção de Dados – RGPD. Além disso, a Prosegur Tech Ventures investiu em uma FinTech brasileira especializada em conciliação financeira dedicada ao setor varejista, com capacidade de processar mais de 18 milhões de transações por mês, em uma empresa espanhola da AdTech (tecnologia aplicada ao marketing) especialista, através da incorporação de inteligência artificial, na otimização de leads para a geração de vendas (L2RM). E, finalmente, uma empresa alemã que desenvolve soluções baseadas em realidade aumentada de aplicação industrial. DS


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Case Study Aeroporto de Rio Branco

Expansão IP Modernizado recentemente, o Aeroporto de Rio Branco (AC) recebe cerca de 340 mil passageiros ao ano e 1,5 mil toneladas de cargas, justificando os investimentos em tecnologia e segurança eletrônica por Redação

A

Lógica Sul Tecnologia, integradora de soluções do software Digifort, acaba de registrar um importante caso de sucesso no segmento aeroportuário. Desta vez, o projeto foi desenvolvido no Aeroporto Plácido de Castro, localizado na cidade de Rio Branco, capital do Estado do Acre. A obra de manutenção e ampliação do complexo acreano foi orçada em R$ 178,2 milhões. O terminal de passageiros ganhou novas salas de embarque e desembarque doméstico e internacional, aumentando a capacidade operacional de 1,3 milhão para 2,4 milhões de usuários por ano. O projeto contou com a instalação de 36 novas câmeras IP’s de alta definição, sendo 11 câmeras PTZ, 21 câmeras do tipo Dome e quatro câmeras no padrão Bullet. O local movimenta mais de 340 mil passageiros ao ano e 1,5 mil toneladas de cargas, números que justificam investimentos em segurança, gestão de riscos e infraestrutura Com base no Rio Grande do Sul, a integradora desenvolve projetos em todo o território nacional, especialmente nas demandas de monitoramento IP com tecnologia Digifort. Fabiano Martins é gerente de contas sênior e responsável por vários projetos dentro da empresa. “A solução completa foi atendida com o VMS Digifort, responsável pelo armazenamento e monitoramento das imagens internas e externas do Plácido de Castro, auxiliando na vigilância do terminal de passageiros. O local movimenta mais de 340 mil passageiros ao ano e 1,5 mil toneladas de cargas, números que justificam investimentos em segurança, gestão de riscos e infraestrutura”, revelou ele. Tecnologias e integração via Digifort A solução de monitoramento projetada pela integradora em Rio Branco apontou para o Digifort Enterprise – Versão 7. Segundo o gerente, a projeção levou em conta a alta escalabilidade do software, além das ferramentas profissionais que permitem utilização de análise inteligente de vídeo, entre outros recursos. “Além das câmeras com tecnologia de ponta, o projeto conta com servidor de armazenamento de alta capacidade. A solução utiliza o Digifort Enterprise para o servidor e 36 licenças para as câmeras de segurança”, explica Martins. “A nossa empresa também foi responsável pelo lançamento e certificação de mais de 400 pontos

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de rede IP, totalizando 20 quilômetros de cabos lançados nesta importante obra”. Além do atendimento, módulos e recursos diferenciados do Digifort, Martins ressalta outros diferenciais que fizeram do software uma solução na medida certa para este projeto na região Norte do Brasil. “Sem dúvida, a confiabilidade nas ferramentas do Digifort para projetos de alta complexidade foi decisiva para a escolha do produto. Está tudo operando perfeitamente, com algumas câmeras utilizando preset de posição e agendamento” De acordo com o gerente de contas, o monitoramento funciona no Centro de Operações e é controlado pelos fiscais de pátio e do operacional. “Já fizemos algumas utilizações destes recursos por causa de ocorrências que foram capturadas pela tecnologia e a vigilância é constante”. Gestão estratégica e parcerias eficazes Com esta ampliação, o complexo aeroportuário da capital acreana obteve infraestrutura, conectividade e tecnologia de monitoramento de imagens redundantes. Isso permite que o equipamento esteja preparado para atender demandas de crescimento, seja no movimento de passageiros ou na logística de cargas. “Também pensamos na gestão estratégica destas tecnologias. A Polícia Federal tem um ponto de monitoramento exclusivo, que possibilita a vigilância e a consulta das imagens gravadas. Uma empresa especializada em TI, também presta suporte técnico em todas as áreas do aeroporto. Esta preocupação multidisciplinar fez deste projeto um caso de sucesso tecnológico”, finalizou o gerente. O software da Digifort também está preparado para crescer com toda a capilaridade e flexibilidade necessárias para os projetos. Carlos Eduardo Bonilha, CEO do Digifort, valoriza os projetos do setor aeroportuário. “Ao lado de parceiros, integradores e da própria Infraero, o nosso produto coleciona casos de sucesso em diversos aeroportos brasileiros. Este projeto da Lógica Sul Tecnologia comprova a aderência das tecnologias que desenvolvemos para este e demais segmentos da economia internacional. Nossa equipe está à disposição para futuras demandas e se sente extremamente grata pelo nível de aceitação deste projeto no Acre”, finalizou o executivo. DS



Case Study Vegus

Segurança desde a A construtora e incorporadora Vegus enxergou uma oportunidade de oferecer valor agregado para seus clientes entregando um sistema de gestão de segurança completo desde a inauguração dos seus mais novos empreendimentos por Gustavo Zuccherato

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a realização de qualquer grande projeto, o planejamento é uma etapa tão - ou até mais - importante quanto a execução em si. Afinal, um planejamento bem feito diminui, quase que na mesma escala, as possibilidades de erros e atrasos no processo. Em uma área multidisciplinar como o da construção civil, a capacidade de planejar todas as etapas da obra e da entrega para o cliente se torna ainda mais imperativo para melhorar a rentabilidade do negócio e oferecer diferenciais a mais para o cliente. Com isso em mente, a construtora e incorporadora Vegus tem tocado seus negócios desde 1997 com uma proposta de estar presente do início ao fim dos projetos, sendo responsável desde o estudo de viabilidade e compra do terreno até o acabamento e entrega final das chaves para os clientes-finais, oferecendo serviços personalizados de acordo com a necessidade do público de cada região. Ao todo, a Vegus já comercializou mais de 8 mil unidades residenciais e comerciais, especialmente em São Paulo e região metropolitana. Algo que até então era encontrado apenas em projetos de alto pa-

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drão, a incorporadora sentiu a necessidade de oferecer mais um diferencial em seus dois projetos mais recentes. Localizados em Guarulhos, na Grande São Paulo, os prédios Cube Office, um empreendimento comercial de 18 pavimentos no centro da cidade com opções de salas de 37 a 310 m², e o The Gate, um complexo residencial de três torres com apartamento de 66 a 81 m² com espaços de lazer diversificados, já serão entregues com um sistema de gestão de segurança completo. “Muitas pessoas saem de casas para ir para condomínios justamente por conta da segurança, além da área de lazer. Elas querem deixar os filhos brincando no térreo de maneira tranquila”, defende Fabio Pongelupp, gerente de projetos da Vegus. “É fundamental investir em um sistema de gestão de segurança porque há muitos processos falhos. O ser humano erra e os criminosos sempre dão um jeito de burlar uma regra ou aproveitar o efeito carona para entrar no prédio, então é fundamental investir em sistemas de segurança para mitigar esses riscos ao máximo”.



Case Study Vegus

Ao todo, edifício Cube Office possui cinco catracas, três delas com acesso por cartão de proximidade e biometria

Localizado no Centro de Guarulhos, o Cube Office é um empreendimento comercial de 18 pavimentos com opções de salas de 37 a 310

Desde a planta Sendo a responsável por todo o projeto, a Vegus pôde aproveitar a oportunidade de pensar na implementação destes sistemas antes mesmo da obra iniciar. “Fazer o planejamento antes de executar é fundamental. A Vegus conta com mais de 20 escritórios especializados, desde arquitetura, fundação, estrutura, vedação, pressurização, paisagismo até bombeiro, hidráulica e elétrica”, explicou o gerente de projetos. “Foi importante trazer o sistema de gestão de segurança já para a etapa de projeto porque existe toda uma infraestrutura necessária para que o sistema funcione que, às vezes, é embutida na laje, na parede, no forro ou precisa de uma canaleta

Fabio Pongelupp, gerente de projetos da Vegus Construtora e Incorporadora

ou bandeja para passar os cabos. Seria um desperdício de tempo e dinheiro pensarmos em tudo, colocarmos um revestimento nobre e depois precisar rasgar a parede para passar a infra de segurança”. Para isso, a construtora buscou o auxílio de uma empresa especializada em consultoria de segurança para condomínios, a Equalipro. “Orçamos com várias empresas e fizemos reuniões, mas a ideia era justamente fechar uma parceria onde essa consultoria iria entender a real necessidade do ambiente e nos mostrasse como funcionam os equipamentos e tecnologias, e não simplesmente vender um determinado número de câmeras”, ressaltou Pongelupp. “A Equalipro foi a empresa que apresentou a proposta mais aderente ao que

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Case Study Vegus

Leandro Santos, diretor de Equalipro Consultoria

estávamos esperando e, a partir de agora, todos os nossos projetos devem contar com a parceria deles”. Para o diretor de Equalipro, Leandro Santos, estar presente em um projeto junto a uma construtora desde antes da execução da obra traz vantagens e desvantagens. “A vantagem é a facilidade em trabalhar com o caminho livre na hora da instalação dos equipamentos. O instalador não precisará quebrar a parede ou enfiar a mão em lugares de difícil acesso, por exemplo”, diz. “As desvantagens são precisar trabalhar com um perfil diferenciado na hora da execução, em horário que se adeque a obra e com outros profissionais que também estarão presentes lá, como elétrica e hidráulica, além de toda a exigência de documentação e alguns entraves que podem

Toda a infraestrutura de switches e NVRs é baseado em soluções da Intelbras

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Todo o perímetro do Cube Office é monitorado por câmeras bullet para dissuadir ações criminosas e de vandalismo

acontecer por conta de etapas que precisam ser cumpridas antes de conseguirmos dar continuidade à instalação dos equipamentos”. Acessível e preparada para o futuro Por ser um empreendimento comercial, a torre única do Cube Office, inaugurado em julho de 2019, exigiu quase a mesma quantidade de câmeras que as três torres do The Gate irão demandar. “Consideramos o Cube como um prédio semi-público, já que não há grades ou portões e os únicos pontos de bloqueio de acesso já são dentro do prédio. Por isso, investimos bastante no monitoramento de todo o perímetro, das linhas de acesso e colocamos três câmeras em cada andar, além da sala de segurança possuir um vidro para visualizar o térreo diretamente e ter maior controle no gerenciamento de qualquer crise”, explica Santos. Ao todo, são 125 câmeras no prédio comercial e 110 câmeras no residencial. Toda a infraestrutura de conectividade e câmeras são da Intelbras, variando entre os modelos bullet e dome de 1 MP, com lentes de 2.8 ou 3.6 mm e IR de 20 ou 30 metros. “Optamos por não utilizar a resolução mais alta porque entendemos que, dentro do campo de visão necessário para o condomínio na faixa de 15 metros nos corredores e 30 metros nas áreas externas, não havia necessidade de 3 MP de resolução com 50 metros de IR, por exemplo”, explica Leandro. “O gerente de TI da Vegus é bastante exigente e, até por isso, nós sempre respeitamos o limite de 90 metros entre a câmera e os switches concentradores nos andares que, posteriormente, são conectados à Central de Processamento de Dados do prédio. Assim, evitamos perdas de quadros”, explicou Leandro. Nos elevadores, em especial, o diretor de Equalipro aponta que optaram por trabalhar com rádios WOG para a conexão e transmissão das imagens. “Com o rádio, nós praticamente zeramos a necessidade de manutenção já que evita o atrito nos cabos”, pontua. “Aproveitamos o formato do elevador e posicionamos a câmera no canto próximo a porta para que fosse possível monitorar a entrada das pessoas a partir do reflexo do espelho ao fundo e sem pontos cegos”. Para o controle de acesso no Cube Office, a Equalipro implantou quatro catracas no térreo e uma no subsolo da marca Control iD, ge-



Case Study Vegus

Cada andar do Cube Office possui três câmeras, monitorando todos os corredores

renciados a partir do software em nuvem iMódulo. “A sugestão era que as catracas tivessem apenas leitor de cartão de proximidade, mas conseguimos um benefício com o fornecedor e conseguimos implantar três catracas com leitores de proximidade e biometria, sendo duas no térreo e uma no subsolo”. “Quando chegamos ao projeto, a Vegus até tinha algumas sugestões de outras marcas para trabalharmos, mas que já conhecíamos e não eram adequadas para aquela necessidade”, pontua Santos. “Precisávamos elaborar um projeto acessível, porque sabemos que é oneroso para um projeto de médio padrão como são os prédios da Vegus, mas que trouxesse boas especificações, por isso optamos por essas marcas”. A implantação de todo o sistema de câmeras e controle de acesso também permitirá a criação de um novo espaço diferenciado para os moradores do The Gate. Batizado de Waiting Point, o local permitirá que os moradores aguardem a chegada de táxis, vans escolares e veículos de aplicativos em um local seguro dentro do condomínio. “Vemos reportagens onde o morador chama um Uber ou o Taxi, sai do portão e, enquanto espera, é assaltado. O Waiting Point ficará dentro do condomínio, com um monitor de 50” onde os moradores poderão visualizar um aplicativo que realizará a leitura das placas dos veículos. Além disso, a equipe de segurança até poderá saber se aquele veículo foi furtado ou roubado através de uma integração que faremos com o SINESP (Sistema Nacional de Informações de

Parceria estratégica pensada desde o início do projeto facilita o trabalho de instalação de infraestrutura para segurança e economiza recursos para a construtora

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Segurança Pública)”, explica Pongelupp. Segundo Santos, a elaboração do projeto de segurança para os prédios demorou cerca de três meses, e a implantação da infraestrutura e dos equipamentos, dois meses. Na finalização da obra, a Vegus e a Equalipro também elaboram um memorial descritivo de cada equipamento para entrega à administradora de cada condomínio. “Assim que finalizamos a entrega da documentação técnica, nós oferecemos seis meses de garantia de serviço e 12 meses de garantia dos equipamentos, até excedendo o tempo de garantia que a fábrica nos fornece já que ela começa a valer a partir do momento que nós compramos o equipamento”, explica o diretor da Equalipro. “Além disso, o nosso core é o treinamento, então realizamos diversos testes de invasão em parceria com a administradora dos condomínios para identificar pontos de falha, não no sentido de criticar os controladores de acesso, mas sim de encontrar o caminho para melhorar a segurança. A cada 10 testes que fazemos, 8 tem efetividade e, na maioria dos casos, é por falha de processo”. Inaugurando essa nova proposta para empreendimentos de médio porte, a Vegus acredita que sistemas de segurança serão um diferencial imprescindível para seus negócios futuros. “A Vegus percebeu essa tendência e, em todos os nossos condomínios a partir de agora, vamos entregar todo o sistema de câmera e controle de acesso já na inauguração”, finaliza Pongelupp. DS

Monitoramento remoto permite o acompanhamento de obras e controle de materiais direto da sede da Vegus



Entrevista Johnny Brito - Comba Telecom

Expandindo Buscamos entender as particularidades que levaram a Comba Telecom, tradicional fabricante de infraestrutura para telecomunicações, a entrar no mercado de segurança com uma solução de reconhecimento facial por Gustavo Zuccherato

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á mais de 20 anos atuando como fabricante de infraestrutura para telefonia fixa e móvel, a Comba Telecom expandiu seus horizontes no começo de 2019, apostando no mercado de controle de acesso e segurança com o lançamento global do seu sistema de reconhecimento facial ScanVIS. Entenda as particularidades da solução e como a companhia enxerga o mercado nesta entrevista exclusiva com o CEO da empresa no Brasil, Johnny Brito. Digital Security: Por que a Comba resolveu entrar nesse segmento de segurança e controle de acesso? Johnny Brito: Começou como uma necessidade interna, já que nós vínhamos de um turnover de funcionários em nossas unidades fabris. Era uma necessidade de controle de acesso e de identificação precisa se um funcionário tinha permissão para estar em determinada área de nossas fábricas.

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Além disso, as vezes, o funcionário passa o seu cartão de acesso e vai conversar em paralelo em outra área que ele não tem permissão para estar. Então a implementação da tecnologia de reconhecimento facial também veio para melhorar nossa produtividade, que é uma exigência do mercado. O que era um pequeno projeto interno de continuação do desenvolvimento tecnológico, acabou chegando ao ScanVIS, um produto que o mercado de segurança teve a oportunidade de conhecer nas feiras do setor realizadas recentemente. Digital Security: Por que começar com o reconhecimento facial? Johnny Brito: Nós já tínhamos em nossas unidades fabris a parte da biometria digital, mas isso não nos permitia determinar se aquele funcionário, naquele determinado horário, estaria se movendo dentro dessa unidade fabril. A evolução para a identificação facial permitiu controlar esse aspecto de forma muito mais dinâ-


Entrevista Johnny Brito - Comba Telecom

mica e mais transparente para o funcionário. O funcionário sabe que ele tem que ficar em uma linha de produção e não pode se mover para outra linha de produção naquele horário porque isso impacta em nossa produtividade, então acabamos caminhando para essa tecnologia que permitiu não só fazer o controle de acesso, mas também melhorar a nossa produtividade. Digital Security: Por que a Comba resolveu desenvolver o reconhecimento facial internamente e não apostar em uma solução já disponível no mercado? Johnny Brito: Em primeiro lugar pela precisão. Quando começamos a desenvolver isso internamente, percebemos que, no mercado, a precisão do algoritmo e a formatação das soluções não nos atendia e sempre havia alguma lacuna. Um exemplo é um simples condomínio, onde você poderia fazer o controle de acesso por reconhecimento facial utilizando um banco de dados de, talvez, até 5.000 registros. Quando avaliamos o mercado, nós encontramos soluções formatadas ou para banco de dados muito grandes ou muito limitados. Além disso, quando se faz o reconhecimento facial, é preciso garantir uma certa precisão. Recentemente, vimos cidades como São Francisco (EUA), proibindo o reconhecimento facial devido a alguns erros na hora da identificação das pessoas. O ScanVIS consegue ter uma precisão de 1:100.000, ou seja, a cada 100 mil registros, há apenas uma falha na identificação. É um índice altíssimo, de 99,9999%. No mercado, não tínhamos esse tipo de produto com o preço mais acessível. Isso até existia para área de governo, de segurança pública, como imigração, por exemplo, mas para a área residencial e empresarial, não havia um produto com esse tipo de tecnologia e precisão. Digital Security: Além desses diferenciais, como a solução ScanVIS da Comba se configura e quais outras particularidades em comparação à outros sistemas de fabricantes e desenvolvedoras já tradicionais do mercado de segurança? Johnny Brito: Temos produtos formatados para diferentes segmentos. Para controle de acesso, temos produtos que vão de 5 mil, 10 mil, 30 mil ou até 100 milhões de registros. São produtos segmentados de acordo com a demanda do cliente. Grandes corporações e indústrias que possuem números superiores a 100 mil funcionários podem ser atendidos por nossa solução de reconhecimento facial, mas também temos produtos para um simples condomínio residencial. Hoje, conseguimos atuar com a mesma precisão do algoritmo, diferenciando a quantidade de registro que cada equipamento suporta. A solução é dividida em três frentes: o ScanViS ID, que controla acesso, presença e reconhecimentos VIP, o ScanViS Display, que utiliza dados do público para exibir anúncios segmentados e mensagens, e o ScanViS Analyze, que rastreia dados do público, como idade, gênero, expressões e tráfego, por meio de reconhecimento facial. Para a parte de segurança, temos produtos para aplicações diversificadas, como os totens GateGuard e o GateGuard Lite, que podem ser aplicados em condomínios residenciais e comerciais; o SIS, que agrega a utilização de câmeras, óculos inteligentes e aplicativos móveis em nossa solução de reconhecimento facial; e o CamGuard, que detecta até 10 faces em uma única cena, identificando alvos e atualizando acessos em tempo real através de dispositivos móveis, além de uma maleta que pode agregar todos esses produtos para aplicações temporárias em ambientes que

Apostamos na tecnologia de reconhecimento facial porque ela permitiu fazer o controle de acesso e melhorar a produtividade em nossas fábricas demandam esse tipo de solução, como um estádio, por exemplo. São produtos bem segmentados, desde uma aplicação bem simples, onde você tem uma capacidade de ler um banco de dados bem pequeno, até 100 milhões de registros, com capacidade de comparação N-para-N. Para formatar essa solução, precisávamos enfrentar o desafio de lidar com a quantidade de falsos-positivos que podem acontecer em uma solução de reconhecimento facial. Isso é custoso em recursos, energia e tempo do agente de segurança para seu deslocamento para atender esses falsos-positivos, além do constrangimento e da insatisfação da pessoa que foi abordada sem necessidade. Por isso, o que sempre prezamos, monitoramos e buscamos é a precisão do algoritmo. Nós conseguimos ler, simultaneamente, N faces e consultar N bancos de dados para checar se aquela pessoa que está sendo identificada está realmente sendo procurada e precisa ser acompanhada ou abordada de uma maneira um pouco mais detalhada pelos agentes de segurança. Digital Security: Como vocês estruturam a companhia para atender essa nova linha de atuação e disponibilizar o ScanVIS para o mercado? Johnny Brito: Trabalhamos de forma direta em alguns projetos bem específicos, principalmente quando está relacionada a segurança pública, onde você tem questões de bancos de dados que são muito sensíveis. Por outro lado, quando as informações de bancos de dados são menos sensíveis, trabalhamos também com distribuidores e com integradores,a depender do tipo de segmento que vamos atuar. Quando você vai para a área de utilities, por exemplo, há integradores especializados que já estão há bastante tempo trabalhando nessa área com nossa ferramenta, assim como na área de condomínios e residências, que chamamos de property. Digital Security: Como a Comba vai atuar para trazer mais conhecimento e maturidade ao mercado no que tange a tecnologia de reconhecimento facial? Johnny Brito: Estamos participando das grandes feiras do setor, junto com a mídia especializada e com apresentações, além de oferecer provas de conceito para os nossos clientes.

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Entrevista Johnny Brito - Comba Telecom

A ideia é tentar mostrar que o reconhecimento facial é uma tecnologia altamente confiável, que é a evolução da identificação via impressão digital e que, hoje, tem um preço mais acessível, que não foge da curva de investimento tecnológico. Hoje, vamos em grandes homecenters e já podemos comprar uma fechadura eletrônica para nossa casa que tem a identificação por biometria de digital. O que queremos mostrar é que, com um pouco mais de investimento, talvez algo em torno de 20%, você já receberia uma tecnologia que é muito mais segura e que tem muito menos chances de ter fraude, já que temos a função Live para garantir que aquele rosto não é apenas uma foto, por exemplo. Digital Security: A Comba é uma empresa tradicional de telecomunicações e está seguindo esse movimento global de expandir seus negócios para outros segmentos, oferecendo serviços adicionais para seus clientes. Essa quebra de fronteiras é algo necessário para qualquer empresa? Johnny Brito: Exatamente. Nós atuamos fortemente – e esse ainda é core da empresa – na parte de infraestrutura para telefonia celular, mas também temos uma parte do grupo de Pesquisa e Desenvolvimento que fica monitorando o mercado, tanto para questões de IoT como também para a parte de tecnologia para reconhecimento facial. Nós acreditamos que, nos próximos dois anos, haverá um boom na tecnologia de reconhecimento facial. A confiabilidade vem aumentando e os custos vem caindo drasticamente. A tecnologia está cada dia mais acessível para que o usuário comum possa fazer um simples controle de acesso da sua residência.

O ScanVIS pode ler, simultaneamente, N faces e consultar N bancos de dados para checar se aquela pessoa que está sendo identificada está realmente sendo procurada

Nós começamos esse estudo há uns cinco anos, sempre monitorando onde poderíamos oferecer um serviço de valor agregado ao nosso cliente-final. O controle de acesso é um dos segmentos, assim como aplicações de IoT, como rastreamento de gado, de frota ou medições remotas de energia elétrica, por exemplo.

Terminal de reconhecimento facial ScanVIS é ideal para controle de acesso e pode se adaptar a diferentes necessidades de mercado

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Entrevista Johnny Brito - Comba Telecom

Há outros segmentos que estamos monitorando, onde enxergamos uma convergência com nosso core, especialmente com a entrada do 5G que diminuirá o custo de integração dos dispositivos à rede e tornará as aplicações mais massivas. Digital Security: A medida em que as tecnologias de reconhecimento facial se tornam mais conhecidas, cresce também a discussão a respeito da privacidade e proteção de identidade das pessoas especialmente após a aprovação das Leis Gerais de Proteção de Dados no Brasil e na União Europeia. Como a Comba formatou sua solução para mitigar essa preocupação? Johnny Brito: Nós não ficamos com nenhum banco de dados. Nós lemos o banco de dados do cliente-final e, normalmente, o cliente já possui a autorização para usar essa informação. Se a pessoa é correntista de um banco, ela provavelmente já permitiu que o banco utilizasse sua imagem para acessar sua própria conta em um aplicativo de internet banking. O ScanVIS roda por trás disso, ou seja, eu só vou comparar aquela imagem que está sendo enviada com a imagem do banco de dados. Um exemplo que tivemos recentemente foi no Mobile World Congress, o maior evento de telecomunicações do mun-

Acreditamos que haverá um boom do reconhecimento facial nos próximos dois anos. A confiabilidade vem aumentando e os preços caindo drasticamente. Sempre monitoramos onde poderemos oferecer um serviço de valor agregado para nossos clientes

do, onde fizemos o controle de acesso. Uma hora após o final da feira, o banco de dados foi destruído, mas isso não foi uma decisão da Comba, mas sim da organização do evento. O algoritmo só compara uma informação de um lado com a informação que está do outro lado e atesta se aquelas informações são verdadeiras ou falsas. O ScanVis realiza a identificação de aproximadamente 300 pontos na face e depois digitalizamos a imagem para que o arquivo fique bem pequeno. Se estivéssemos comparando banco de imagens mesmo, precisaríamos de um servidor muito potente. Nós temos o cuidado de somente fazer essa integração com o banco de dados, mas nós não retemos essas informações. E aí esse banco de dados segue a política de segurança e privacidade que essa empresa está aplicando para o seu cliente. Digital Security: Da mesma forma, com a consolidação do ecossistema de Internet das Coisas, sabemos que haverá uma convergência cada vez maior entre as diversas verticais de negócio e o segmento de telecomunicações. Como a Comba enxerga o futuro da conectividade e dos negócios nesse cenário? Qual será o papel de uma empresa de telecomunicações nesse ecossistema? Johnny Brito: Nós já fazemos parte desse ecossistema, oferecendo a infraestrutura básica de telecomunicações. Hoje, somos uma das maiores fabricantes de antenas e estações rádio-base do mundo. Sem esses sistemas, praticamente seria impossível sequer falar no celular. Nós acreditamos que, mais do que nunca, esse ecossistema vai se integrar cada vez mais. As empresas não vão só oferecer a infraestrutura básica mas também serviços de valor agregado. No nosso caso, apostamos no reconhecimento facial e na área de IoT, com rastreamento de frotas, de gado e medição remota de energia elétrica. A tendência é que mais empresas ofereçam soluções completas já que o número de dispositivos conectados cresce exponencialmente. Hoje já existem quatro vezes mais dispositivos do que pessoas e toda essa conectividade vai trazer uma mudança de conceito e paradigmas em relação a Internet das Coisas e como as empresas vão se comportar no mercado. A Comba já se posiciona hoje como uma das maiores fabricantes na parte de infraestrutura e começamos a oferecer serviços de valor agregado. Digital Security: Por outro lado, como as empresas de segurança devem se relacionar com a indústria de telecomunicações daqui para frente? Johnny Brito: Eu acho que já existe uma integração. Há pouco tempo atrás, quando queríamos abrir uma conta em banco, nós precisávamos nos dirigir a alguma agência ou ponto de atendimento. Hoje, já existem instituições bancárias 100% digitais, as fintechs, que já estão usando essas ferramentas de segurança para todo processo digital. As empresas de segurança, seja aquela que controla acesso, transporta valores ou faz a vigilância em um evento, já vem usando alguma tecnologia da área de telecomunicações ou que empresas de telecomunicações oferecem no mercado. Um exemplo é a radiocomunicação digital, que traz uma qualidade muito maior e livre de interferências em relação ao modelo analógico. São as operadoras de telecomunicações que propiciam a infraestrutura para que essas empresas de segurança consigam, cada dia mais, oferecer melhores serviços para os seus clientes finais, tornando o ambiente mais seguro. DS

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Artigos Inteligência Artificial

A importância do Modus Operandi no Reconhecimento Facial por Matheus Torres*

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Facewatch, sistema de reconhecimento facial britânico trazido pela Staff para o Brasil, compara imagens cadastradas no banco de dados do sistema com o streaming ao vivo de imagens captadas pelas câmeras de monitoramento e ou posicionadas em pontos estratégicos. Em seguida, o software gera um alerta e uma imagem comparativa informando o percentual de similaridade, câmera onde foi gerado o alerta, identificação da categoria de suspeito identificado no perímetro. Todo esse processo é feito dentro dos termos do GDPR que garante ao cliente a segurança de que todo o processo é auditável e legalmente sólido e ao cidadão comum de que sua imagem não estará sendo indevidamente utilizada e/ou armazenada em nenhuma das etapas do processo. O papel da ferramenta é adicionar uma camada de inteligência e utilizar a tecnologia para agregar o fator preditivo no processo de segurança, mas quem tem a decisão final é o homem. O operador no Centro de Controle que decide se é ou não o suspeito e a equipe de segurança deve definir e treinar o modus operandi mais eficaz para evitar constrangimento e manter a segurança dos demais indivíduos presentes. O trabalho do Facewatch vai até o alerta. O maior shopping de volume de pessoas por dia do Rio de Janeiro é nosso cliente. Lá o modus operandi foi criado e é constantemente treinado com o reconhecimento facial em mente. Após ser feita checagem, o padrão é comunicar a polícia, acompanhar o suspeito pelo shopping e deixá-lo (a) à vontade. Assim, que ele se direcionar à saída e pisar fora do Shopping é feita a abordagem. Essa medida visa preservar as vidas dos demais frequentadores, em caso de uma eventual resistência e ou confronto com arma de fogo. O suspeito é preso sem nenhum tiro e sem chamar a atenção dos demais. Recentemente, o Facewatch esteve auxiliando na segurança do

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Maior São João do Mundo em Campina Grande. Câmeras posicionadas estrategicamente monitoravam todos os pontos de acesso ao Parque do Povo. O software foi administrado pela Polícia local que carregou a base de dados e ficou responsável pela recepção dos alertas, a partir daí os operadores que eram policiais acionavam a equipe de segurança privada no local e monitoravam os indivíduos dando suporte direto da central de monitoramento localizada dentro das imediações do evento. Nesse aspecto cabe ressaltar que a força policial foi devidamente treinada em todos os níveis de operação e uso da ferramenta para que todo o processo, do ponto de vista de tecnologia, também fosse administrado pela segurança pública. A comunicação entre os entes e a unificação das regras de engajamento fizeram com que os resultados fosses rápidos e evidentes, vale ressaltar que o primeiro alerta confirmado, seguido de prisão ocorreu dentro da primeira meia hora de ativação do software. O saldo foi bem positivo: 11 prisões, mais de 150 abordagens e, o mais incrível, uma redução de 90% nos número de incidentes comparado ao ano de 2018. O reconhecimento facial é um importante aliado na luta pela segurança. A sociedade merece ter a certeza de que o ambiente está seguro. No que depender da Retina /Staff, vamos mudar essa cruel realidade. DS

*Matheus Torres é CEO da Retina Tec e diretor de operações da The Staff of Technology Solutions



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