Jornal Voz Ribatejana

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Novas Oportunidades

Vila Franca expõe 100 melhores cartoons

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Voz Ribatejana

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João Sabino fez o 9ºano em Salvaterra com 91 anos

:: número 32 :: ano 2 :: 29 de Fevereiro de 2012 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos :: Alhandra - Carnaval vai ganhando estatuto concelhio

Mais 1057 desempregados em Vila Franca

Samora, Alhandra e Marinhais foram as capitais do Carnaval na região, com desfiles que atraíram milhares de foliões. Sexta-feira foi o dia dedicado às escolas e o Voz Ribatejana esteve em Alhandra, Alverca, Arruda, Castanheira e Vila Franca.

Crise não trava foliões

O desemprego não pára de aumentar um pouco por todo o País e alguns dos principais concelhos desta região registaram, no último ano, um aumento muito significativo deste problema. Só no município de Vila Franca são mais 1057 desempregados inscritos entre Janeiro de 2011 e Janeiro de 2012, num total que já está muito próximo dos 7500. No espaço de um ano, o problema agravou-se quase 20% na área do município vila-franquense, destacando-se claramente os casos de contratos temporários não renovados. Loures e Alenquer são zonas onde o agravamento também é mais notório, reflexo dos crescentes problemas que afectam os sectores industrial e de serviços. Preocupante é também o impasse que rodeia alguns dos principais investimentos que poderiam gerar emprego na região. Assim como os problemas sociais associados aos casos de desemprego de longa duração em que os afectados já não recebem nenhum tipo de apoio.

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Reforma administrativa

Autarcas não acreditam nas extinção da freguesia do Carregado

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Solarius junta 1100 escuteiros em Alverca pag.: 13

Televisão Digital Terrestre

Retransmissor melhora TDT em Arruda e Cardosas

A proposta do Governo para a extinção/agregação de freguesias está a gerar cada vez mais polémica na região. Em Vila Franca procuram-se consensos e soluções que reduzam o risco de desaparecimento de seis freguesias. Em Arruda, a freguesia de Cardosas lançou uma campanha contra a sua extinção. E em Alenquer são os eleitos do Carregado que não acreditam que a sua freguesia possa estar em risco

A PT instalou um novo retransmissor de Televisão Digital Terrestre na freguesia arrudense de Cardosas que, afiança a operadora, vai garantir uma cobertura adequada nas freguesias de Arruda e Cardosas. O antigo emissor de Montejunto deverá ser desligado já em Abril e a Câmara de Arruda reclama tratamento idêntico para zonas ainda sem acesso terrestre das freguesias de Arranhó e S. Tiago dos Velhos.

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02 DESTAQUE

voz ribatejana #32

Concelho de Vila Franca de Xira já tem perto de 7500 desempregados A região sente de forma cada vez mais acentuada o aumento do desemprego. Para além dos casos de encerramento, são muitas as empresas que decidem não renovar contratos de trabalho. Jorge Talixa

Período aberto à intervenção do público a partir das 18h00 www.cm-vfxira.pt | Tel.: 263 285 600

O flagelo do desemprego agravou-se de forma séria na região ao longo do último ano, tal como se verificou um pouco por todo o País. Só no concelho de Vila Franca de Xira são mais cerca de 1050 desempregados, num total já muito próximo dos 7500. Na região, o agravamento é também muito notório em Loures e em Alenquer. Significa isto que a taxa de desemprego no Município vila-franquense andará já na casa dos 12, 5 por cento, próximo da média nacional. O problema tem sido regularmente abordado pelos autarcas locais, com o executivo camarário de Vila Franca a frisar que o aumento do desemprego não traduz só dificuldades das empresas locais, mas muitas vezes também casos de residentes que trabalhavam noutros municípios da região e perderam o emprego. Diz a autarquia que o concelho continua a ser procurado por alguns potenciais investidores, sobretudo devido à sua boa localização geográfica e às acessibilidades, mas que o quadro económico tem dificultado o avanço de muitos desses pro-

jectos, por dificuldades de financiamento bancário. Certo é que o concelho viveu, nos últimos meses, alguns casos como o da decisão de liquidação da transportadora TNC, que resultou em mais 126 desempregados. Ao mesmo tempo, empreendimentos como os grandes complexos comerciais previstos para Alverca e para a Póvoa aguardam por “melhores dias”. Ainda assim, surgem alguns casos de instalação de empresas e de serviços, sobretudo no Forte da Casa e em Alverca e estão a avançar projectos como o do novo hospital e o do complexo comercial projectado para o espaço do antigo matadouro de Vila Franca. Parada está a plataforma logística da Castanheira, para onde forma anunciados investimentos de mais de 250 milhões e mais de 7000 postos de trabalho (ver página 3). 7487 desempregados no concelho de Vila Franca Os últimos dados divulgados pelo Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) referem que, no final de Janeiro, estavam inscritos 7487 desempregados residentes no concelho de Vila

7 de março ’12

15h00 Salão Nobre

dos Paços do Município Vila Franca de Xira

Franca, que soma cerca de 140 mil habitantes e uma população activa da ordem dos 60 mil. Se comparado com Janeiro de 2011, este número traduz um aumento de 1057 desempregados, muito significativo porque quer dizer que apenas num ano o problema agravouse quase 20%. De facto entre o início de 2010 e o início de 2011, o problema tinha estabilizado, com 6428 desempregados inscritos no primeiro mês de 2010 e 6430 no primeiro mês de 2011. Agora, nota-se que são mais os homens do que as mulheres (3830 para 3657) os afectados e que mais de dois terços dos inscritos estão desempregados há menos de um ano. Significativo é também perceber que a esmagadora maioria (7062) procura um novo emprego e só 425 procuram o primeiro emprego. Depois, os dados do concelho de Vila Franca atestam que a grande maioria (quase metade) dos desempregados tem entre 35 e 54 anos. São exactamente 3403 neste nível etário, seguido pelo intervalo entre os 25 e os 34 anos com 1931 inscritos e pelos que têm 55 e mais anos, que são 1200. Com menos de 25 anos surgem 953 inscritos. Só no primeiro mês deste ano há registo de mais 1169 inscrições no Centro de Emprego de Vila Franca de Xira. Relevante é o facto de 442 resultarem de situações de fim de contratos de trabalho não permanentes. Pior em Alenquer e Loures, melhor em Salvaterra Na região, Alenquer revela também um aumento muito significativo do desemprego, que passou dos 1956 inscritos de Janeiro de 2011 para os actuais 2357, o que corresponde a um acréscimo de 401 (mais de 20%). No município alenquerense também é a faixa etária dos 35 aos 54 anos a mais afectada (1145 inscritos) e o problema afecta mais as mulheres que os homens. Já em Arruda, o último ano trouxe mais 71 casos de desemprego, ainda assim um acréscimo inferior a 20%. O concelho tinha 437 desempregados inscritos no princípio de 2011 e tem, agora, 518. Nota-se que são bastante mais

Desemprego na região

O grupo etário dos 35 aos 54 anos é claramente o mais afectado pelo drama do desemprego nesta região do Ribatejo e do Oeste, situações que se vão tornando cada vez mais preocupantes, porque os subsídios de desemprego vão acabando e conseguir novamente trabalho nestas idades revela-se uma tarefa muito difícil. as mulheres afectadas (241 para 196 homens) e que o problema também afecta mais os que têm idades entre os 35 e os 54 anos (metade). Azambuja revela um aumento de 134 inscritos no desemprego ao longo do último ano, que constitui um dos agravamentos menos pesados (na ordem dos 14 por cento). Tinha 976 inscritos em Janeiro de 2011 e tem, agora, 1110. As mulheres também são ligeiramente mais afectadas, assim como os que têm entre 35 e 54 anos, embora se note um número elevado

também entre os que têm dos 25 aos 34 anos. Em Benavente, são agora 1807 os desempregados inscritos no IEFP, mais 212 que um ano atrás. Um aumento na casa dos 15%, que se agravou em 2011, depois de um ligeiro acréscimo no ano anterior. Na área do Município benaventense, os homens estão a ser mais afectados do que as mulheres e destaca-se também claramente o grupo etário dos 35 aos 54 anos (882), seguido pelo grupo dos 25 aos 34 anos (420).

Já em Salvaterra, o aumento não foi muito grande em 2011, passando de 1730 inscritos no início de 2011 para os actuais 1825 (mais 95 desempregados), ainda assim uma taxa de desemprego bastante superior à do vizinho concelho de Benavente que, recorde-se, tem menos inscritos e mais cerca de 10 mil habitantes. Ainda na região são igualmente preocupantes os números de Loures, já com 1542 inscritos, o que representa um aumento de 1574 ao longo do último ano.


Suspeitos de roubo por esticão detidos na Póvoa

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A PSP deteve, dia 20, dois jovens suspeitos de roubo por esticão na Quinta Municipal da Piedade, na Póvoa de Santa Iria. Os agentes perseguiram três jovens, com 19, 17 e 14 anos, por se terem colocado em fuga quando se aperceberam da presença policial. A vítima de 44 anos, caiu e sofreu ferimentos nas costas, mãos, pulsos e joelhos.

29 de Fevereiro de 2012

“Ninguém abandona um investimento de mais de 50 milhões de euros de ânimo leve” A frase que citamos em título é da presidente da Câmara de Vila Franca de Xira. Maria da Luz Rosinha lamenta que a obra da plataforma logística não tenha começado uns anos mais cedo e tenha coincidido com o agudizar da crise económica, mas a autarca ainda acredita que o projecto vai em frente e acabará por criar muitos postos de trabalho. Jorge Talixa O projecto da Plataforma Logística de Lisboa-Norte (PLLN), previsto para a freguesia da Castanheira do Ribatejo, foi apresentado, em 2007, como capaz de criar 5000 postos de trabalho directos e 12500 indirectos, num investimento de mais de 265 milhões de euros. Se se tivesse concretizado dentro destas perspectivas teria dado um contributo decisivo para animar a economia desta região e para reduzir os números do desemprego. Mas a realidade é bem diversa, as obras rea-lizadas não passaram das terraplanagens e elevações da cota do solo, da construção de arruamentos e da instalação de infra-estruturas. De resto, os trabalhos estão parados há quase um ano e das primeiras naves logísticas, cujo arranque de

construção chegou a estar previsto para Setembro de 2010, nem sinal. O Voz Ribatejana tem procurado esclarecimentos junto das empresas espanholas promotoras da PLLN, mas a informação disponibilizada ainda é muito escassa e não adianta quase nada sobre o avanço dos primeiros armazéns. Certo é que a Abertis Logística (promotora da PLLN) passou, no ano passado, a integrar o universo da Saba Infraestucturas depois de uma “reordenação de negócios” levada a cabo pelo grupo Abertis e que, segundo esta empresa, 66% dos trabalhos de urbanização da PLLN estão concluídos (ver caixa). O problema da plataforma logística da Castanheira foi abordado na última reunião camarária, com Vítor Silva, vereador da Coligação Novo Rumo (PSD/PPM/MPT), a

Grupo espanhol planeia primeira fase A directora de comunicação da Saba Infraestructuras explicou, ao Voz Ribatejana, que 66% das obras de urbanização da plataforma logística da Castanheira estão concluídas e que, com o avanço progressivo das novas ligações viárias à Auto-estrada do Norte (A 1) e à Nacional 1, a empresa terá condições para avançar também com obras de edificação de naves e para concluir a primeira fase de urbanização. Elena Barrera acrescenta que, desde o passado mês de Julho, a Abertis Logistica foi integrada na Saba, que “é um operador de referência na gestão de parques de estacionamento e parques logísticos”. Está presente em seis países, emprega cerca de 1400 pessoas e tem como principais accionistas a CaixaHolding (61, 28%) e a Torreal e directores do grupo com 25%. “O objectivo da reorganização levada a cabo pela Abertis é o da criação de duas companhias, uma delas a Saba Infraestructuras (com interesse nas áreas de parques de estacionamento e logísticos), passa por facilitar as condições de uma nova fase de crescimento”, prossegue a directora de comunicação da empresa espanhola, esclarecendo que se pretende também dimensionar as equipas para consolidar projectos que estão em fase inicial e iniciar novas fases de expansão em negócios com valor atractivo para o futuro, mais estáveis e menos exigentes em termos de capital. Acrescenta Elena Barrera que a Saba Infraestructuras já está presente em Portugal através da Saba Aparcamientos que gere 17 796 lugares de estacionamento em 8 cidades portuguesas.

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O espaço da Plataforma Logística ocupa actualmente apenas alguns vigilantes, muito longe dos milhares de postos de trabalho que foram anunciados

resumir alguns dos principais momentos do processo e a lembrar que a PLLN foi considerada, em 2006, com um projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN). Depois de uma resolução do Conselho de Ministros, a primeira-pedra da obra foi lançada no início de 2007 numa cerimónia em que participaram o então primeiroministro José Sócrates e mais três ministros. Anunciou-se, na altura, que se desenvolveria nos 10 anos seguintes, num investimento de 250 milhões de euros e criando mais de 7000 postos de trabalho directos. As primeiras naves deveriam ter sido cons-truídas e comercializadas num prazo de 3 anos. Vítor Silva quis, por isso, saber qual é a situação actual do projecto, quatro anos depois de um acordo celebrado entre o Município de Vila Franca e a Abertis, através do

qual a autarquia assumiu também algumas respon-sabilidades de participação na construção de acessos, cujas obras estão a decorrer. O eleito do PSD quis também saber que montantes de receita a Câmara já arrecadou com o licenciamento deste empreendimento e quanto é que já investiu nas obras que assumiu e na compra e expropriação de terrenos necessários aos acessos. Maria da Luz Rosinha observou que o estado (paragem) da obra da PLLN “é um pouco também o estado do País, da Europa e do Mundo”, mas garantiu que não tem dúvidas de que se este mesmo projecto fosse apresentado ao actual Governo tal como foi aos anteriores teria tido igualmente acolhimento favorável, tendo em conta o impacto muito positivo que pode ter. Só que a presidente da Câmara de Vila Franca acha que a PLLN foi muito afecta-

da pela demora de quase 6 anos na sua aprovação em vários organismos da administração central. “A forma como a admi-nistração a nível intermédio trata determinados assuntos condena qualquer investimento. Quando chega a aprovação, o investidor já perdeu toda a vontade. Sou testemunha de que foi isso que aconteceu com a plataforma logística”, vincou, frisando que a PLLN “já poderia estar a funcionar em pleno” no momento (2008) em que se começou a dar a queda da economia, se tivesse beneficiado de um processo de aprovação mais célere. “Durante 6 anos não fomos capazes de tomar decisões. Houve entidade que o que criaram foram dificuldades”, lamentou. Vítor Silva sugeriu, então, que, se se revelar necessário, sejam introduzidas algumas alterações ao projecto, que o adeqúem mais às realidades actuais e

ANA RODRIGUES

futuras. “Não estamos nada contra, compreendemos a situação do País e que os problemas burocráticos continuam a existir e põem em causa certas iniciativas. Se há alguma coisa que tenha que ser ajustada vamos tratar atempadamente para tirar partido do investimento já feito. Se já não se justificar como plataforma logística e for mais indicada uma área de localização empresarial (ALE), porque não? Vamos é falar com os proprietários, pôr aquele espaço a funcionar e utilizar da melhor maneira os meios ali investidos”, defendeu. “Convém frisar que já estão investidos ali mais de 50 milhões de euros. Ninguém abandona esse investimento de ânimo leve”, salientou, por seu turno, Maria da Luz Rosinha, assegurando que a Câmara tem contactos muito regulares com os promotores da PLLN. Gestão de Créditos

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Editorial

A “produtividade” nas sessões de Câmara

voz ribatejana #32

Empresas não renovam contratos As ofertas de emprego quase não existem num concelho onde o desemprego já afecta quase 7500 pessoas. Na casa dos 40 ou dos 50 anos, o problema é ainda mais complicado. À porta do Centro de Emprego de Vila Franca de Xira aglomeramse algumas dezenas de pessoas, enquanto o serviço não abre. Procuram apoio e alguma orientação, mas estão todos conscientes de que as ofertas de emprego nos balcões do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) quase não existem. Nos vidros do novo edifício do Centro de Emprego vila-franquense o Voz Ribatejana contou apenas 8 ofertas de trabalho, numa área onde o desemprego já afecta quase 7500 pessoas. Alguns afirmam mesmo que, apesar do aumento do desemprego, o afluxo de pessoas até tende a diminuir, porque uns já desistiram de procurar e outros sabem que as alternativas ali oferecidas, para além da formação profissional, praticamente não existem. Apesar de tudo, muitos não perdem a esperança. Têm relatos é certo, de casos de injustiça, de precariedade, de alguma exploração mesmo, como a daquele jovem que chegava a trabalhar das 15h00 às 8h00, quase sem tempo para jantar. Mas é preciso lutar e tentar dar um rumo à vida. É o caso de Carlos Batista. Tem 41 anos, reside no Sobralinho e está sem trabalho há 3 meses, porque a empresa de logística em que trabalhava, no concelho de Loures, decidiu não lhe renovar o contrato, para evitar que passasse

a efectivo. “Nota-se que o desemprego tem-se agravado bastante. Não estou informado dos números no concelho de Vila Franca, mas nota-se isso”, reconhece, em declarações ao Voz Ribatejana, frisando que empresa em que trabalhava até é bastante grande, “mas não está a fazer renovações de contratos com ninguém, para não passarem à efectividade”.

Ludmila Paixão, cidadã brasileira de 23 anos, que por acaso ali passou com a filha pequena. Está em Portugal há 3 meses, já cá tinha família e quando veio já tinha em vista um trabalho no atendimento de uma loja. “Tive sorte, porque quando cheguei já tinha um trabalho em vista, mas tenho notado que há muita gente à procura de emprego. Os meus familiares

“Não compreendo que seja assim, mas a má gestão leva a estas coisas e, para mim, são dificuldades enormes, porque tenho 41 anos e uma filha a meu cargo”, refere Carlos Batista, explicando que estava no Centro de Emprego para tentar encontrar um caminho. “Tenho esperança que isto dê a volta”, afirmou. Bem diferente é a situação de

estão como efectivos, mas percebo e vejo as dificuldades das pessoas”, observou, salientando que já tem contrato de trabalho e que está a regularizar a sua permanência. Já Lurdes Cardinal tem 51 anos, reside em Vialonga e já não tem trabalho há cerca de 2 anos. Tal como Carlos Batista trabalhava num armazém e não lhe reno-

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o contrato. “É o que está a acontecer em muitos armazéns da zona, não renovam contratos e não fazem contratos para efectivos”, critica, explicando que tem duas filhas que também trabalham em armazéns, mas num sistema em que são chamadas para fazer uns dias e, depois, chegam a estar duas semanas sem trabalhar. “Com a idade que tenho não há grandes possibilidades, é difícil. Há dois anos que procuro e não consigo. E deixar o fundo de desemprego para fazer uma semana ou duas e voltar a parar não justifica. As pessoas com 40 e 50 anos ficam esquecidas. Já não dão valor nenhum à prática que temos”, lamenta. “Acho que as empresas não têm necessidade de tratar as pessoas assim. Mandam as pessoas embora e metem outras a prazo”, sublinha. Nestes dois anos, Lurdes Cardinal estudou, completou o 9º. ano nas Novas Oportunidades, mas sabe que pedem quase sempre o 12º. Ano. “É muito mais difícil conseguir emprego com 50 anos. E tenho um filho com 13 anos ainda para criar. Procuro, conheço muita gente, mas não se consegue nada”, conclui.

O Melhor e o Pior da Quinzena Foto de Ana Serra

As duas últimas reuniões quinzenais da Câmara de Vila Franca de Xira duraram cerca de 8 horas cada uma. Sinal dos tempos difíceis e da necessidade de resolver muitos problemas? Antes fosse. Mas a verdade é que pelos mais variados motivos, estas sessões estão a transformar-se em autênticas maratonas, onde se gastam larguíssimos minutos a discutir tudo e mais alguma coisa, mas onde o tempo dedicado aos reais problemas da população é escasso. Se não vejamos. Na passada quarta-feira, no Sobralinho, já a sessão iniciada às 15h00 levava praticamente 5 horas de duração, quando foi “interrompida” para a habitual reunião dos eleitos da câmara com os representantes das 11 juntas de freguesia. Terminada esta, retomaram-se os 73 pontos da ordem de trabalhos que ainda faltava discutir e a reunião terminou às 23h10. Mas olhemos para o que se passou nas primeiras 5 horas. A oposição colocou várias questões sobre a freguesia anfitriã, o Sobralinho. Soube-se que o processo da nova escola está a andar e que a obra poderá arrancar ainda este ano, se houver dinheiro. Mas soube-se, também, que “velhos” projectos de melhoria das acessibilidades como o nó do Sobralinho, a beneficiação do troço local da EN 10 e a rotunda dos Baltares esperam por melhores dias porque não há dinheiro. Soube-se, ainda, que ninguém na autarquia sabe muito bem se a plataforma logística da Castanheira vai avançar e que, à falta de perspectivas no mercado da habitação, já se pensa em reformular urbanizações para outros fins que ninguém sabe muito bem quais. Soube-se, ainda, que não se sabe quando e por onde se poderá fazer a variante de Alverca. Passada esta fase, entrou-se na ordem de trabalhos e, durante mais de duas horas, os três grupos políticos representados na Câmara discutiram duas propostas relacionadas com o funcionamento político da autarquia, definindo se a presidente pode despachar ajustes directos até 5000 euros e se a “maioria” (6 eleitos em 11) da oposição lhe deve delegar ou não determinadas competências. Com alguma criatividade lá conseguiram argumentos para tanta discussão! Apreciaram, depois, duas propostas da CDU para a união de esforços para o bem-estar dos animais e para a defesa da saúde pública (iniciativa louvável, mas que em momentos anteriores teve poucas consequências práticas) e em defesa do sistema público de transportes (preocupação legítima, mas onde se discutiu tudo, desde o memorando da troika aos comboios da ponte 25 de Abril e quase nada se disse sobre os transportes no concelho). Pelo meio ainda se discutiram temas como “os vereadores bailarinos”, as “zangas das comadres”, as propostas “trágico-cómicas” e as compras de esferográficas e toners … Seguiram-se 10 minutos de perguntas de 4 munícipes, que resultaram em parcos esclarecimentos e a apresentação do estudo prévio do parque urbano da Póvoa que, se tudo correr bem, poderá entrar em obra no final deste ano, contribuindo de forma decisiva para aproximar os povoenses do Tejo. Resta dizer que é importante para todos que estas 5 horas sejam, efectivamente, mais profícuas. Discutam-se mais os problemas das pessoas e as suas soluções e menos as questiúnculas politícopartidárias. Haja bom senso.

04 TODOS COM VOZ

O aumento do desemprego, bem visível também nesta região, gera graves problemas sociais. As empresas retraem-se ou optam pela fórmula mais fácil e não renovam contratos. Os desempregados desesperam praticamente sem alternativas para ganharem a vida e pagarem compromissos

Por alguns dias, o país e a região esqueceram problemas e divertiram-se no Carnaval. Para os mais pequenos é uma festa. Para os mais velhos é apenas um intervalo no meio das dificuldades. De destacar é a mobilização das mais variadas entidades para os desfiles que juntam participantes de todas as idades.

Jorge Talixa

Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração: Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral : 263 281 329 Correio Electrónico: vozribatejana@gmail.com - director.vozribatejana@gmail.com - redaccao.vozribatejana@gmail.com - comercial.vozribatejana@gmail.com - Proprietário e editor: Jorge Humberto Perdigoto Talixa - Director: Jorge Talixa (carteira prof. 2126) - Paginação: António Dias - Colaboradores: Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865), Vasco Antão (carteira de colaborador 895), Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja - Concessionário de Publicidade: PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial – Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773) - Registo de Imprensa na ERC: 125978 - Depósito Legal nº: 320246/10 - Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis - Tiragem: 5.000 exemplares


Cartaxo tem concurso de fado amador

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A 1ª eliminatória do I Concurso de Fado Amador do Concelho do Cartaxo realizou-se no sábado e foi ganha pela fadista Teresa Ventura, de Chaves. A iniciativa, organizada pela Rádio Cartaxo e pelo jornal “O Povo do Cartaxo”, integra oito eliminatórias e prossegue a 10 de Março, na Escola Secundária do Cartaxo.

29 de Fevereiro de 2012

Governo assume que não tem dinheiro para as compensações da Ota O secretário de Estado das Obras Públicas assumiu, na semana passada, em reunião com autarcas do Oeste, que não há dinheiro para concretizar o “pacote” de compensações assumido em 2008 pelo primeiro governo de José Sócrates quando decidiu abandonar a ideia de construir um novo aeroporto internacional na Ota. Segundo Jorge Riso, presidente do Município de Alenquer (onde se situa a antiga base aérea da Ota), o governante pediu aos 16 municípios envolvidos que de uma forma “realista” indiquem dois ou três projectos que considerem prioritários e financeiramente exequíveis no actual quadro económico. As autarquias têm, agora, até final de Março para fazerem a sua “selecção” de prioridades, comprometendo-se o secretário de Estado Sérgio Monteiro a apresentar até ao fim de 2012 uma proposta final do Governo sobre os projectos que considera exequíveis e o seu calendário de concretização. Certo é que, dos mais de 120 projectos contemplados no Plano de Acção para o Oeste e a Lezíria (PAOL) assinado por Sócrates em Setembro de

2008, provavelmente só algumas dezenas terão pernas para andar. E projectos mais ambiciosos como o do IC 11 (ver caixa) ou de novas unidades hospitalares vão ficar pelo caminho. No total, o PAOL previa investimentos de 2, 08 mil milhões de euros até 2017 em 12 concelhos do Oeste e

mais quatro da Lezíria, considerados os mais afectados por 10 anos de medidas preventivas para o aeroporto da Ota que restringiram ao máximo as construções numa extensa área envolvente. “Da reunião saiu a indicação de que não há dinheiro, temos que ser realistas e vamos fazer

IC 11 não avança e Arruda e Sobral reclamam variantes Há décadas que as câmaras do Oeste reclamam a construção de uma via rápida transversal que ligue a zona de Torres Vedras ao Carregado, aproximando o coração da região da Auto-estrada do Norte e das ligações ao resto do País. Definiram-se, assim, traçados para o IC 11 (itinerário complementar 11) e o projecto foi também englobado neste pacote de compensações da Ota. Agora, a Estradas de Portugal disse, em reunião com eleitos das câmaras de Alenquer, Arruda e Sobral de Monte Agraço, que “não há dinheiro para fazer o IC 11”. Os autarcas de Arruda e do Sobral reclamaram, ainda assim, a criação de condições para a construção de variantes às respectivas sedes de concelho, de modo a que não continuem a ser atravessadas por todo o tráfego que percorre a Nacional 248. Já Alenquer observou que a beneficiação prevista para a Nacional 9 (Torres VedrasAlenquer) “não resolve nada”, porque há vários troços que “não têm qualquer hipótese de reperfilamento”. Mas, segundo Jorge Riso, a Câmara alenquerense defende uma obra de maior profundidade na EN 9, que contemple também a construção de variantes nalgumas das localidades do concelho atravessadas por esta estrada nacional.

uma proposta escolhendo dois ou três projectos que sejam realistas face ao momento que atravessamos”, explicou Jorge Riso (PS) na reunião camarária de dia 20, admitindo que, para o Município mais afectado por mais de uma década de restrições, as compensações possíveis ficarão muito aquém das expectativas. A dada altura, reconhecendo que Alenquer e Azambuja tinham sido os con-

celhos mais afectados, os governos de Sócrates articularam com as câmaras a elaboração de um plano específico de desenvolvimento, que também previa investimentos de mais de 100 milhões de euros e nunca foi concretizado. “Não há qualquer hipótese realista de concretizar aquele tipo de intervenções”, acrescentou Jorge Riso, prometendo trazer em breve à Câmara uma proposta para as

duas ou três obras a escolher, que poderão ser algumas já inscritas no PAOL ou outras que as autarquias considerem que se tornaram agora mais prementes. No seu entender, fundamental seria também acelerar a tramitação do processo de revisão do Plano Director Municipal, que se tem revelado complicado nos diversos organismos da administração central envolvidos.

Assembleia de Benavente quer Governo empenhado em salvar 120 empregos na Martifer A Assembleia Municipal de Benavente acredita que ainda é possível salvar os cerca de 120 postos de trabalho da unidade local da Martifer, que este grupo sedeado em Oliveira de Frades já anunciou que vai encerrar até Agosto. Os eleitos benaventenses aprovaram, por maioria, com votos contra de PSD e CDS-PP, uma moção que solicita a intervenção do ministro da Economia e do Emprego para que analise junto da administração da Martifer “a viabilidade de manter em funcionamento a unidade de Benavente”. É que, no entender, da CDU (força maioritárias nos órgãos municipais deste concelho ribatejano), a fábrica que a Martifer instalou em 2002 em Benavente tem condições para continuar, com a sua capacidade para produzir cerca de 15 mil toneladas de estruturas metálicas por ano. A administração da Martifer já explicou aos trabalhadores e à Câmara de Benavente que as encomendas na Península Ibérica caíram a pique de 70% do seu volume de negócios em 2010 para os actuais 3% e que não se mostrou viável produzir aqui estruturas para enviar para o Brasil. Por outro lado, o grupo garante que vai dar condições para os trabalhadores que queiram migrar para sua fábrica sede em Oliveira de Frades ou para uma das suas unidades fabris na Polónia, Roménia, Angola

ou Brasil. Na sexta-feira à noite, Nelson Silva Lopes, eleito da CDU, apresentou uma

e CDS-PP. O documento recorda que a Martifer, enquanto anuncia o fecho da fábrica

moção na Assembleia Municipal de Benavente, que recolheu também o apoio dos eleitos do PS e do BE e votos contra de PSD

de Benavente, diz que vai alargar a sua unidade sede em Oliveira de Frades. E considera que “o impacto deste encerramento”,

para além de atingir as 120 famílias dos seus funcionários, afectará também, indirectamente, muitas outras que dependem de tarefas associadas. A moção interroga-se se não haverá alternativas “perante as novas oportunidades de negócio e os novos mercados que a empresa tem vindo a conquistar”, evitando “o abandono de uma unidade moderna e inovadora com 10 anos de vida”. E acrescenta que a maioria dos trabalhadores “não tem condições para se deslocar para os locais sugeridos” pela Martifer. “Caso este encerramento se concretize, não lhes resta outra saída que não seja integrar a dramática lista de desempregados”, refere o documento lembrando que o grupo Martifer “recebeu apoios do Estado português e da União Europeia no pressuposto de que os seus projectos tinham interesse nacional e eram geradores de emprego e de mais-valias para a economia nacional”. A moção sublinha, ainda que a Martifer é hoje uma multinacional com mais de 3000 colaboradores em todo o Mundo e com “diversificadas áreas de negócio, algumas em franco crescimento”. Vai ser enviada ao ministro Álvaro Santos Pereira, aos grupos parlamentares, aos sindicatos, à Nersant e à administração da Martifer. Jorge Talixa


06 CASOS

voz ribatejana #32

Alverca

Incêndio suspeito ameaça 13 trabalhadores

Um incêndio deflagrou, na madrugada do passado dia 16, num armazém de madeiras, no Cabeço da Rosa, em Alverca, e destruiu milhares de paletes de madeira e vários veículos automóveis. Chegou a colocar em risco o funcionamento das empresas, que já asseguraram entretanto que vão manter a sua actividade. Vera Galamba A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar os contornos do incêndio que, na madrugada e manhã do passado dia 16, consumiu mais de 10 mil paletes de madeira, no Cabeço da Rosa, junto à estrada que liga Alverca a Bucelas. O alerta chegou aos Bombeiros de Alverca cerca das 4h30 da madrugada, mas a intensidade das chamas que

se espalharam rapidamente com a ajuda do vento que se fazia sentir complicou o combate ao fogo, que acabou também por destruir cinco empilhadores, duas viaturas pesadas de transporte, o reboque do pesado, ferramentas, compressores, serras e outros materiais de trabalho. No armazém funcionavam duas empresas, a Gespaltrans e a Arti-paletes, que traba-

lhavam em parceria no negócio de compra, venda e reparação de paletes de madeira. Empregam um total de 13 trabalhadores e a maior parte dos materiais consumidos pelas chamas não estavam cobertos pelo seguro. As origens do incêndio não são ainda conhecidas, mas, em declarações à Agência Lusa, os proprietários admitiram que desconfiam de mão crimi-

nosa, pela hora a que deflagrou o incêndio e pelo facto de as empresas se encontrarem na vizinhança de uma zona de mato que não foi afectada. “Na origem do incêndio deverá estar mão criminosa”, disse Carlos Queirós, um dos proprietários de uma das empresas que funcionava no armazém, secundado por José Carvalho, o proprietário da Arti-paletes, que acha

“muito estranho” a forma como deflagrou o fogo, porque “no local só ardeu o armazém, não tendo sido atingidas as zonas de mato que existem perto”. Os prejuízos ainda não foram calculados, mas são avultados. No entanto, Carlos Queiróz afirma que, “apesar da destruição, a intenção é voltar a abrir o negócio”. José Carvalho também reconhece que os prejuízos são

grandes e diz que só após uma maior avaliação dos estragos será ponderada a possibilidade de reabrir o negócio naquele local. O incêndio obrigou ao corte da Estrada Nacional 116 durante perto de cinco horas e no combate às chamas estiveram envolvidos 35 bombeiros de 6 corporações (Alverca, Alhandra, Póvoa, Vialonga, Vila Franca e Bucelas), apoiados por 12 veículos.

pressão de Luís Miguel para participar neste assalto e que precisava de dinheiro porque tem uma filha com problemas graves de saúde do foro oncológico. Mas acrescentou que ainda hoje não consegue conviver com o facto de se ter metido numa situação destas. O mesmo sentimento manifestou o terceiro arguido, afir-

mando que também caiu nesta situação porque já tinha alguns meses da prestação da casa em dívida. No banco dos réus estão mais dois arguidos, um dos quais de origem iraquiana, acusados do crime de receptação por terem comprado os bens furtados por montantes de cerca de 50% do seu valor real.

Vingança por despedimento leva três motoristas ao banco dos réus Seguiram um camião desde Alverca e simularam uma operação policial para o assaltarem em Aveiras de Cima. Acabaram detidos e estão, agora, a responder em Benavente. Jorge Talixa Três motoristas de pesados residentes na área de Salvaterra de Magos estão a responder no Tribunal de Benavente, acusados da prática de crimes de roubo qualificado, sequestro e detenção de arma proibida. Na primeira sessão do julgamento, na tarde do passado dia 16, os arguidos confessaram que simularam uma operação policial para obrigarem um camionista do grupo Luís Simões a parar na Auto-estrada do Norte. Mas revelaram que, afinal, o móbil do crime nem era tanto apoderarem-se dos televisores e electrodomésticos que seguiam na viatura assaltada, mas sobretudo uma vingança de um deles que tinha sido recentemente despedido pela firma em que trabalhava. Certo é que, na madrugada de 15 de Maio do ano passado, os três

homens aguardaram a saída de um camião do entreposto da Modis em Alverca e perseguiram o veículo pela A1 até à zona de Aveiras de Cima. Aí, o carro onde seguiam dois deles ultrapassou o pesado, accionaram um “pirilampo” (luz intermitente) semelhante ao utilizado pelas autoridades policiais e conseguiram fazer parar o camião. Depois de várias peripécias descarregaram parte da carga para os seus carros ligeiros na zona do cruzamento do Infantado, apoderando-se, assim, de 8 televisores e de um microondas avaliados num total de 4475 euros. Só que, em julgamento, o arguido Luís Miguel, de 34 anos, confessou que a ideia do assalto lhe surgiu em conversa com outro arguido, quando se queixava do despedimento no seu entender injusto de que tinha sido alvo. Luís foi responsabilizado pela firma pelo desaparecimento

de uma carga avaliada em cerca de 11 mil euros, mas garante que não fez nada, nem roubou nada. Sentiu-se, por isso, revoltado pelo despedimento, sem ordenado e sem carta para o fundo de desemprego. Dois amigos acabaram por aceitar participar também neste assalto, mas as coisas complicaram-se, alegadamente porque ficaram muito nervosos, sentiram-se mal dispostos e acabaram por levar apenas uma pequena parte da carga do camião. O autor da ideia diz que se esqueceu de desligar o GPS do camião, que deixou cair o martelo que serviria para ameaçar o condutor e que até se esqueceu do seu carro no local do crime e tiveram que voltar para trás para o ir buscar. “Somos inexperientes nisto e arrependome todos os dias do que fizemos. Não somos ladrões, não roubámos nada ao condutor.

Arrependo-me todos os dias de ter assaltado um colega. Sou um motorista, não gostaria que me acontecesse o que lhe aconteceu a ele”, sublinhou Luís Miguel. A sua advogada, Ana Minguens, quis saber se foi esse arrependimento que os levou a colaborarem com a polícia e Luís Miguel reafirmou que está “muito arrependido” e que tem tentado reorganizar a vida como motorista de camiões de transporte de matérias perigosas. “Mas teve uma ideia que não lembra a muita gente”, observou Carla Ventura, juíza-presidente do colectivo, frisando que o arguido parece não manifestar nenhum arrependimento pelo que fizeram à firma proprietária do camião e que toda a gente sabe que é ilegal usar luzes de emergência a fingir que são polícias. Já o arguido Filipe confessou que acabou por ceder à


Retransmissor melhora TDT em Arruda e Cardosas

29 de Fevereiro de 2012

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A Portugal Telecom instalou uma antena/retransmissor no concelho de Arruda dos Vinhos que, sustenta a operadora, permitirá garantir a cobertura total de Televisão Digital Terrestre nas freguesias de Arruda e Cardosas. A operação de colocação da antena na zona do Caminho dos Tojais (freguesia de Cardosas) realizou-se no dia 16. A Câmara de Arruda diz que recebeu a notícia “com agrado”, mas garante que continuará “a desenvolver esforços para que solução semelhante seja implementada” relativamente às restantes situações de falta de cobertura terrestre de TDT (Louriceira de Baixo, Alcobela de Cima, Alcobela de Baixo e Á-do-Baço).

Jovens partem 40 janelas do quartel de Alhandra Preocupados com as dificuldades financeiras e com os problemas do dia-a-dia, os Bombeiros de Alhandra defrontaram-se, na madrugada da Terça-Feira de Carnaval, com uma situação inesperada. Um grupo de quatro ou cinco jovens aproximou-se cerca das 4h00 e, no meio de alguns impropérios, um deles, segundo os bombeiros, terá pegado em pedras soltas da calçada, que atirou contra as janelas do quartel da corporação. Alertada a PSP local, um dos jovens, com 22 anos de idade, foi conduzido à esquadra para identificação, mas saiu em seguida e voltaram a juntar-se na envolvência do quartel, desta vez com maior agressividade, acabando por partir e/ou arrancar cerca de 40 janelas de um material tipo fibra. Terá mesmo chegado a envolver-se com um bombeiro e, segundo elementos da corporação, uma viatura da associação também foi pontapeada, sofrendo várias amolgadelas. O mesmo jovem terá voltado ao local por volta das 7h00, proferindo alguns insultos. Certo é que, na tarde de dia 21, vários elementos da corporação procuravam recolocar as janelas que não se partiram e que foram arrancadas das estruturas metálicas e de borracha com o impacto das pedras. Um trabalho demorado, numa situação que suscitava revolta entre os bombeiros, lamentando esta atitude dos jovens. Ao mesmo tempo, alguns alhandrenses passavam pelo quartel manifestando a sua solidariedade com a corporação e falando, alguns, de outros casos que viveram alegadamente originados pelo mesmo grupo de jovens.

Mithós divulga problemas e resposta para os portadores de spina bífida O Mithós-Núcleo do Ribatejo da Associação de Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal (ASBHIP) organizou, no dia 11, o seu 1º. Colóquio sobre esta temática, que levou largas dezenas de técnicos, autarcas, docentes, portadores da doença e familiares ao auditório do Ateneu Artístico Vilafranquense. Em cima da mesa estiveram questões como a integração do jovem com mobilidade reduzida na escola, no mercado de trabalho e no desporto; a pediatria ligada a este tipo de doença, os campos de férias e aspectos ligados à neurologia e à fisiatria no acompanhamento dos portadores de spina bífida. Intitulado “1º Colóquio de Spina Bífida, Hidrocefalia, Incontinência e Úlcera de Pressão”, o encontro foi o concretizar de um sonho de anos deste Núcleo do Ribatejo da Mithós, sedeado no concelho de Vila Franca de Xira, e contou com a colaboração dos Hospitais D. Estefânia e de Vila Franca, da Câmara e da Junta de Vila Franca e da ASB-

HIP. “Este colóquio tinha que ser feito para mostrar à região do Ribatejo o que é a Spina Bífida, que muita gente não conhece. Foi um evento que preparávamos já há alguns anos, com o objectivo de abordar os problemas e as respostas para a spina bífida”, explicou, ao Voz Ribatejana, Carlos Azevedo, presidente da Mithós. Durante toda a tarde foram apresentados bons exemplos de trabalho nesta área, mas também dificuldades e limitações. “É um momento para conhecermos melhor as práticas e como são tratadas situações destas”, acrescentou Carlos Azevedo, que na sessão de abertura do colóquio lembrou que o Mithós trabalha desde 2007 na organização de encontros desportivos, contando com um importante trabalho voluntário que envolve especialmente familiares de crianças e jovens com spina bífida. Mário Paiva, em representação do Hospital de Vila Franca, destacou o facto da obra das novas instalações da unidade

hospitalar seguirem a bom ritmo, de modo a que dentro de pouco mais de um ano estejam em funcionamento. Entretanto o Hospital de Vila Franca “continua a apresentar novas especialidades e a melhorar as condições de recepção”. Fernando Paulo Ferreira, vereador da Câmara de vila Franca de Xira, realçou quatro razões que demonstram a importância e a receptividade alcançada pelo colóquio da Mithós, desde logo o número de participantes reunido numa tarde de sábado para reflectir sobre uma temática complexa. Depois, referiu o autarca do PS, a Mithós é um parceiro regular da edilidade numa “relação cada vez mais profunda”. Fernando Paulo Ferreira destacou, ainda, a presença de diversos especialistas de vários hospitais “que nos enriquecem com a sua experiência” e o interesse que o colóquio despertou com a presença de alguma da comunicação social regional. J.T.

Valas de centenas de metros complicam a vida no Bom Retiro As obras que estão a ser desenvolvidas na maior parte dos passeios do bairro do Bom Retiro têm causado sérios transtornos aos residentes e aos que frequentam as escolas locais. As valas chegam a estender-se por centenas de metros, quer na berma da Nacional 248, quer nos arruamentos internos e alguns habitantes não entendem por que é que não são feitas em troços mais pequenos, minimizando os problemas causados. É o caso de Carla e Leonel David, que sabem que os trabalhos começaram no posto de transformação da EDP situado próximo da sua residência. “É um transtorno grande para as pessoas, inclusivamente o autocarro não consegue dar a volta aqui perto da escola (Sousa Martins). Não há estacionamento para a escola, alguns carros ficam mal parados devido às obras e o autocarro leva muito tempo a passar”, explica Leonel. Carla David também acha que as valas nos passeios foram abertas numa “grande extensão” e que “devia ter sido feito por fases, porque assim transtorna um bocado a vida às pessoas. Perto da nossa casa abriram os buracos, tiraram as pedras do passeio e ainda não recolocaram. Por acaso não choveu, mas se tivesse chovido, era complicado”, sustenta. O Voz Ribatejana tentou obter alguns esclarecimentos da EDP mais ainda não teve resposta. J.T.

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08 LOCAL

voz ribatejana #32

Câmara de Vila Franca tem 9 funcionários a mais

De acordo com as normas impostas às autarquias pelo actual Governo, a Câmara de Vila Franca de Xira tem mais 9 funcionários no seu quadro do que poderá ter no próximo mês de Setembro. O executivo de

Passos Coelho definiu um conjunto de regras que prevêem reduções progressivas no número de funcionários dos organismos públicos, sobretudo através de saídas por aposentação e da limitação das entradas.

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Só que, se não forem despachados um conjunto de pedidos de aposentação, o Município vila-fran-

Nova escola do Sobralinho pode avançar em 2013 As obras de construção de uma nova escola primária no Sobralinho poderão avançar em 2013 se houver verbas disponíveis para isso, segundo explicou o vereador Fernando Paulo Ferreira, na sequência de questões dos vereadores da CDU. O autarca do PS explicou que existe uma verba em orçamento para a reformulação do projecto, mas que existem ainda algumas questões para resolver no que diz respeito a uma linha de água existente no terreno previsto. “É um projecto que será revisto durante este ano. Havendo verbas, é executado a seguir, com condições para reunir o conjunto das turmas do Sobralinho”, afirmou.

quense poderá ficar, em Setembro, com um problema complicado em mãos, porque tem actualmente “9 funcionários a mais”. Maria da Luz Rosinha

Não há programas para financiar quartel de Vialonga Não há, actualmente, programas de financiamento do Estado ou com recurso a fundos comunitários para a construção de novos quartéis de bombeiros, informou Maria da Luz Rosinha na sequência de questões colocadas pela CDU. “Não estão abertas há algum tempo medidas para a candidatura da construção de novos quartéis. O que a Câmara pode fazer é aquilo que o vicepresidente afirmou no aniversário da corporação, que a questão do terreno está equacionada e o projecto está em apreciação. Questão complexa é a do financiamento”, rematou a edil.

Rosinha já pode despachar ajustes directos até 5000 euros

Depois de mais de 1 hora de discussão, a Câmara de Vila Franca aprovou, na quarta-feira, uma proposta da CDU que volta a conceder à presidente da autarquia, Maria da Luz Rosinha, autonomia para despachar a contratação de bens e serviços até 5000 euros sem necessidade de um parecer prévio favorável da Câmara. Há cerca de um mês, CDU e Coligação Novo Rumo (PSD/PPM/MPT) rejeitaram um pedido de autorização formulado por Maria da Luz Rosinha para poder despachar ajustes directos até 75 mil euros. Posteriormente, considerando que existem situações de aquisição de pequenos volumes que são fundamentais para o bom funcionamento dos serviços e que carecem de celeridade, a CDU propôs que essa dispensa de parecer prévio da Câmara se situasse no limite máximo de 5000 euros, ficando o executivo obrigado a apresentar mensalmente uma listagem dos ajustes efectuados até esse montante. “Existem procedimentos de natureza simples que não devem obrigar a parecer prévio da Câmara. Acima dos 5000 euros deve haver uma análise e ponderação prévia. É uma proposta que vai ao encontro das solicitações dos serviços”, explicou Nuno Libório, vereador da CDU. Já Helena Pereira de Jesus criticou a forma como, no seu entender, a CDU mudou de posição nesta matéria. “Os vereadores da CDU acabaram por ser uns bailarinos nesta matéria. Choca-me, mas não me surpreende. Ora andam para um lado, ora andam para o outro”, sustentou, considerando que a situação anterior de análise das propostas, de 15 em 15 dias, na Câmara não dificulta o funcionamento dos serviços, que terão apenas que se reorganizar num modelo diferente. “Este assunto responde a uma preocupação de celeridade e de organização dos serviços, não tem absolutamente nada de político, são questões que ocupam desnecessariamente as reuniões de câmara”, afirmou, por seu turno, o socialista Fernando Paulo Ferreira. Ana Lídia Cardoso (CDU) reagiu às palavras de Helena de Jesus, frisando que a proposta da CDU visa apenas facilitar o funcionamento dos serviços. “Entendemos que não é necessário os serviços ficarem 15 dias à espera para comprar uma peça para um carro”, esclareceu, observando que “não é a CDU que dança ao som da música, assumimos uma posição de responsabilidade e de fiscalização, fomos nós sempre a oposição nesta câmara”, vincou. O seu colega de bancada Aurélio Marques acrescentou que os vereadores sociais-democratas “nunca fizeram nenhum barulho quando andavam à mesa do rei” e, agora, “porque já não têm pelouros fazem isto, olhe para a sua casa e veja quem é que é mais incoerente”, acusou o eleito da CDU, dirigindo-se aos autarcas da Novo Rumo.

explicou, ao Voz Ribatejana, que esta situação se coloca “no conjunto de todos os trabalhadores” do Município e que “não são estes nem aqueles” que estão em causa. “Primeiro vamos ter calma, porque não é possível despedir na função pública, não o queremos fazer e há uma resposta que o Governo, ao avançar com esta decisão, não deu, que é: então como é que se resolvem estes problemas?”, sublinha a presidente da edilidade vilafranquense, garantindo que deve haver “serenidade” nesta situação. Segundo a autarca de Vila

Franca, se todos os pedidos de aposentação já apresentados por funcionários do Município forem deferidos não haverá nenhum problema em Setembro, porque eles são superiores à diferença de 9 funcionários actualmente existente. “Alguns destes pedidos de aposentação já têm cerca de um ano ou até mais. Se forem deferidos, o nosso problema deixa de existir, inclusivamente poderemos fazer algumas admissões de maneira a dotar alguns lugares, que começam a revelar dificuldades por ausência de trabalhadores”, conclui a edil. J.T.


Jovem detido em Povos com 22 gramas de haxixe

29 de Fevereiro de 2012

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A PSP deteve, no dia 22, um jovem de 20 anos encontrado na posse de 22 gramas de haxixe, quantidade suficiente para 110 doses individuais. A operação desenvolvida em Povos cerca das 23h30 permitiu também a apreensão de 20 euros, presumivelmente resultantes da venda de produto estupefaciente. Os agentes da Esquadra de Investigação Criminal identificaram também outros dois jovens, com 18 anos de idade, suspeitos de serem potenciais compradores daquele estupefaciente.

Ambiente também chumba projecto da Cimpor para pedreira em Arcena A decisão da Câmara de Vila Franca de Xira de recusar interesse público à exploração de uma pedreira de margas e calcários foi determinante para o despacho desfavorável do secretário de Estado do Ambiente. Jorge Talixa O secretário de Estado do Ambiente assinou, no dia 14, um despacho desfavorável à declaração de impacte ambiental (DIA) do projecto da cimenteira Cimpor para a instalação de uma pedreira de calcários na encosta de Arcena, freguesia de Alverca. Na decisão do governante, Pedro Afonso de Paulo, pesaram os pareceres negativos de diversas organizações ambientalistas e da Agência Portuguesa para o Ambiente, mas sobretudo a informação de que a Câmara de Vila Franca de Xira decidira, na quarta-feira anterior, manter a recusa de uma declaração de interesse público municipal para o projecto. Pedro Afonso de Paulo considera, assim, que não estão cumpridos todos os requisitos e condicionalismos legais impostos pelo regime de Reserva Ecológica Nacional, inviabilizando, pelo menos para já, o avanço do processo de licenciamento desta pedreira com cerca de 60 hectares, que deveria alimentar a fábrica de cimentos de Alhandra. A decisão do governante põe um ponto final no processo de avaliação de

impacte ambiental iniciado no fim de 2010, que já tinha sido prorrogado a pedido da Cimpor. A empresa juntou novos elementos ao processo, que não foram suficientes para convencer a Câmara de Vila Franca e, agora, o Governo. O Voz Ribatejana tentou ouvir a empresa cimenteira mas ainda não teve resposta. No dia 8, em reunião à porta fechada, a Câmara de Vila Franca decidira (ver Voz Ribatejana de 15/2/2012), por

unanimidade, manter a sua decisão de revogar a declaração de interesse público municipal da Pedreira de Arcena. A autarquia analisou um parecer técnico do GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente) e concluiu que não estão reunidas condições para aceitar a instalação da pedreira. No entender dos eleitos, segundo a presidente Maria da Luz Rosinha, os elementos conhecidos “não são suficientes para alterar a

O despacho negativo do Governo No seu despacho, o secretário de Estado do Ambiente sublinha que só pode ser autorizada uma nova exploração de massas minerais (pedreiras) se estiverem preenchidos todos os requisitos previstos na legislação que enquadra a REN (Reserva Ecológica Nacional). Verificando que a alínea D da respectiva portaria “não é susceptível de ser cumprida, porque não há reconhecimento de interesse público municipal”, o governante constata que o projecto não pode ter autorização em terrenos da REN. “Considerando a necessidade de salvaguarda dos valores ambientais e a defesa da qualidade de vida das populações, em particular da localidade de Arcena, e atendendo a que o projecto não é passível de autorização para efeitos do regime jurídico da REN, conclui-se que não pode ser aprovado”, remata o secretário de Estado.

Os moradores mobilizaram-se contra a pedreira e contra o alargamento do aterro sanitário

posição tomada” em Abril de revogar a declaração de interesse municipal aprovada em 2010. O projecto começou por surgir associado ao alargamento do aterro sanitário que a Valorsul já possui naquela área, no chamado Mato da Cruz. A cimenteira admitira antes que não precisava de iniciar já a exploração em Arcena para alimentar a sua fábrica de Alhandra, mas que admitia antecipá-la para retirar o calcário e vender, depois, parte desse espaço à

Valorsul para ampliar o aterro. A ideia gerou muita discussão e acabou por ser rejeitada pelas autarquias locais e pela Quercus, que alertavam também para os perigos da inusitada exploração de uma pedreira, com rebentamentos junto a uma encosta onde estão depositados 7 milhões de toneladas de lixo. Os riscos de uma derrocada dos resíduos sobre as povoações mais próximas não foram sequer avaliados no estudo de impacte ambiental e Câmara,

Junta e APA emitiram pareceres desfavoráveis. O Movimento “O Estado d’Arcena”, constituído por moradores da parte alta da freguesia de Alverca que poderiam, nalguns casos, ficar com as suas habitações a menos de 80 metros da pedreira, manifestou a sua satisfação pela decisão do Governo e pela “sensibilidade e a verticalidade demonstradas” pelos eleitos da Câmara “na defesa dos interesses da população de Arcena e das povoações vizinhas”.

Obra do novo Centro de Saúde de Alhandra revela ruínas de igreja que só durou 34 anos As obras de construção das novas instalações do Centro de Saúde de Alhandra, iniciadas em Novembro, revelaram, como já se esperava, os restos da Igreja da Irmandade de São Francisco, que ali existiu em meados do século XVIII. Com base nos registos históricos conhecidos, o plano de trabalhos já previa uma intervenção arqueológica, para recolher toda a informação possível sobre o velho templo, que teve uma vida efémera, uma vez que foi inaugurado em 1721, mas ruiu completamente com o grande terramoto de 1755. As escavações arqueológicas permitiram, ainda assim, reunir dados importantes e no interior do espaço da antiga igreja foram encontradas 9 ossadas de pessoas ali sepultadas há quase 300 anos. Ao mesmo tempo, decorrem alguns trabalhos de levantamento antropológico e, depois de uma suspensão de algumas semanas, as obras do novo Centro de Saúde vão ser retomadas. “Sabia-se a priori que existira aqui uma igreja, a Igreja da Irmandade de São Francisco de Alhandra”, disse, ao Voz Ribatejana, o arqueólogo municipal João Pimenta, frisan-

do que, depois do terramoto de 1755, o templo “manteve-se em estado de ruína e nunca foi reconstruído”. Para este trabalho de investigação foram feitas pesquisas e detectadas referências que atestam que as ruínas subsistiram ao longo dos séculos XVIII e XIX, com a sua progressiva degradação, e

que foi já no século XX que foram quase totalmente desmanteladas, com a venda da pedra, da azulejaria e das lajetas que ainda permaneciam no local. O chamado “quintal de São Francisco” foi, depois, utilizado para outros fins e até foi ali construído um ringue desportivo sobre os restos dos alicerces da igreja. “A Câmara, sabendo que existia aqui esta situação, preveniu a realização de escavações antes da edificação do centro de saúde. E sabendo-se que as igrejas eram também áreas sepulcrais, onde neste caso se sepultaram pessoas relacionadas com a Irmandade de S. Francisco, acautelou-se a sua exumação com a presença de um especialista em antropologia física”, acrescentou

João Pimenta, frisando que se tratava de uma igreja relativamente pequena, de planta rectangular e de dimensão semelhante à da Igreja do Mártir Santo de Vila Franca. Tinha alguns espaços anexos de sacristia e uma sala da Irmandade de São Francisco e os trabalhos de investigação envolveram também alguns restos de construções habitacionais anteriores à igreja, que terão sido demolidas para edificar o templo. Segundo Henrique Mendes, também arqueólogo do Município de Vila Franca de Xira, não foram encontradas lápides que permitam identificar as pessoas que ali foram sepultadas, mas foram detectados alguns pregos, que demonstram que alguns dos corpos foram depositados em caixões de madeira. “Estamos a trabalhar na parte das escavações e as colegas do património têm-nos dado um auxílio na investigação da parte documental, para posteriormente fazermos um artigo em conjunto também com o nosso antropólogo (David), para se publicarem os resultados deste trabalho”, conclui Henrique Mendes. Jorge Talixa


10 MEMÓRIA Sabia que Vila Franca já teve uma fábrica de vinil? Hipólito Cabaço Para não correr o risco de maçar os leitores com o artigo sobre automóveis clássicos, que dura há já cinco anos, e como penso que é importante transmitir conhecimento ainda mais quando se trata de Vila Franca de Xira, desta vez vou dar-vos a conhecer a Fábrica de Discos Ibéria, Lda. O meu gosto pelo coleccionismo e, neste caso, do vinil, que ainda existe e até nos últimos anos tem vindo a recrudescer, levou-me a descobrir que existiu uma fábrica de vinil em Vila Franca. Mas vamos uns bons anos atrás para recordarmos um pouco como chegámos a ele. Em 1881, Alexander Graham Bell, o inventor do telefone, criou discos feitos de cera de abelha, de cobre ou de vidro, mas não estava sozinho. Tomaz Edison e Emile Berliner, inventor do gramofone, em 1887, procuravam descobrir formas mais perfeitas de gravação. Mas foi só nos anos 30 que a RCA Records começou a testar o vinil nas 33 rotações por minuto (rpm). No entanto, seria a Colúmbia Records que mais tarde, em 1948, apresentaria o 33 rpm como uma “descoberta”, o que levaria à chegada rápida do 45 rotações (o single), uma resposta da RCA, que tinha ficado furiosa com a Colúmbia. Durante décadas, o vinil estabeleceu-se como o produto perfeito para distribuir as criações musicais. O boom económico dos anos 50 criou condições para a construção e abertura de uma fábrica de discos em Vila Franca de Xira, a Fábrica de Discos Ibéria Lda, que teve a sua sede na Rua Palha Blanco (actual Alves Redol).A título de curiosidade sabe-se que o processo teve início em Maio de 1952, com o pedido de construção, e a licença de ocupação foi concedida em Dezembro de 1958.

Proprietários da Fábrica O Sócio-gerente era o senhor Manuel Simões, dono da empresa Materiais e Construções lda. e também proprietário da Ibéria. Na memória descritiva das instalações consta: - Piso térreo – Fábrica propriamente dita - Secretaria - Stand de vendas - Escritório do gerente 1º. Andar – Studio - Cabine de gravação - Foyer dos artistas - Sala de direcção 2º. Andar – Serviços de propaganda - Arquivo - Sanitários - Gabinete A fábrica era constituída por depósito de pasta (matéria-prima), sala da caldeira, sala de prensas, sala de tornos e depósito de matrizes. Este trabalho de pesquisa foi realizado graças à amabilidade dos quadros técnicos do Museu Municipal de Vila Franca de Xira

Gramofone Berliner EUA – 1900 Um dos gramofones mais conhecidos em todo o Mundo. Associado à imagem

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do cão Nipper, tornou-se o símbolo da casa “His Master’s Voice” de Emile Berliner, afirmando-se líder de mercado. Phonopostal França – 1903 Com este pequeno aparelho gravaram-se postais especiais a que se dava o nome de “sonorines” e que eram enviados por correio para o destinatário, que os podia ouvir no seu gramofone, dando origem à correspondência verbal. Pathégraphe França – 1913 Designado também por “autodidacte”, é o antepassado do método audiovisual para a aprendizagem das línguas. O dispositivo engenhoso de sincronização permite ouvir a lição e fazer a respectiva leitura através de uma banda de papel. Maestrophone Suíça – 1910 É uma das peças emblemáticas da colecção, não só pela beleza da campânula floral, mas também pela originalidade do processo que faz girar o disco: um motor de ar quente, alimentado a álcool. Destinava-se sobretudo aos salões públicos de dança. Mikiphone Suíça – 1924 Pequeno gramofone de bolso

Gira-discos no carro No início dos anos 20 começaram a fazer-se tentativas de adaptar um rádio ao carro. Não foi fácil, os aparelhos eram compostos por uma caixa em madeira para o receptor, uma para a coluna e várias baterias de alimentação. Em termos logísticos, acondicionar tudo isto num automóvel tornava-se um problema. Nos Estados Unidos, a Philco, em 1927, apresenta o seu auto-rádio, um dos primeiros a ser produzido em massa. Na Europa, a Alemanha, em 1932, começou a comercializar o seu primeiro rádio Blaupunkt “A 55”. Estas linhas sobre a evolução dos rádios para vos dizer que, nos anos 60, também foram adaptados nos automóveis giradiscos, conforme vos mostro na gravura que publicamos. A música possui a capacidade de elevar o nosso espírito, pois melhora a vibração energética de qualquer lugar. Ouvir uma melodia alegre, vibrante, basta muitas vezes para afastar a tristeza e transmitir dinamismo e energia quando se sente em baixo. Evite ouvir música que o deixe triste e melancólico, habitue-se a ouvir apenas melodias positivas.

Um exemplar de um disco de vinil fabricado em Vila Franca de Xira

O vinil não morreu Os anos 60 e 70 foram a era do vinil e dos LP’s. O vinil não morreu, porque é um objecto/material muito bonito, não é uma coisa abstracta, não é como o CD. As capas dos LP´s e dos singles tornaram-se verdadeiras obras de arte, o que viria a perder-se com os CD. que conta com uma astuciosa arrumação das peças no interior da caixa de latão niquelado. Apresenta uma tecnologia de relojoaria que antecipa as dimensões dos ‘discman’ dos nossos dias. Triumphone França – 1920 Modelo inspirado nas

máquinas fotográficas de fole. Eureka Alemanha – 1903 Exemplar de destaque no universo dos gramofones de criança. Em 1904 foi adoptado por uma marca belga para fazer publicidade aos chocolates “Stollwerk”, produzindo discos que, após a audição, podiam ser comidos. Figuraphone Alemanha – 1920 Gramofone infantil muito

raro e curioso, pois permite acompanhar a corrida de cavalos através de um pequeno ecrã à medida que o disco vai tocando. Nic Sonor Espanha – 1935 Este cine-gramofone infantil permite ouvir e ver a história do disco que é projectada em simultâneo à medida que a película se desenrola. Este mecanismo audiovisual exige, para o seu funcionamento, um processo totalmente manual.


29 de Fevereiro de 2012

Eleitos não acreditam que freguesia do Carregado esteja em risco Miguel António Rodrigues Os autarcas da Freguesia do Carregado, no concelho de Alenquer, não acreditam no eventual risco de extinção daquela freguesia. Esse é o entendimento de José Manuel Mendes, presidente da Junta carregadense, que disse, ao Voz Ribatejana, que a interpretação do documento verde que reorganiza o mapa autárquico é “quase livre”. A última proposta do Governo define condições que poderão atingir também as maiores freguesias urbanas do concelho (Carregado, Santo Estevão e Triana), uma vez que aponta

não foram contabilizadas. Por isso, José Manuel Mendes diz que, tudo somado, “a freguesia do Carregado chega aos 15 mil”, que é o valor mínimo para se manter como freguesia urbana. Por outro lado, o presidente da Junta lembra que há outras vertentes “que não estão a ser contabilizadas por quem está a interpretar a Lei dessa maneira”. Para José Manuel Mendes, “a freguesia pode perfeitamente

ficar sozinha, na actual carta verde” e explica que, no caso da localidade dos Cadafais, que não pode ficar isolada, “pode, então, juntar-se ao Carregado”. Este é o ponto de vista do autarca local, que destaca que o actual documento verde pode ser interpretado de outras formas. Todavia, José Manuel Mendes vinca que a freguesia tem, na sua opinião, “todos os parâmetros para assim se manter”. Se aconte-

cesse o contrário, diz, significaria “o princípio do fim do concelho de Alenquer”. O social-democrata recusa-se a imaginar um cenário em que a freguesia seja absorvida por Alenquer e lembra que todos os habitantes “se revêem na sua freguesia, uma freguesia urbana, com muitas capacidades de desenvolvimento, que tem boas acessibilidades. Enfim, é o ponto central viário, diria mesmo do país”.

11 REGIONAL

Câmara reclama rotunda para o cruzamento do Carregado

A Câmara de Alenquer defendeu, em recente reunião com a administração da Estradas de Portugal (EP) a necessidade de avançar rapidamente para a construção de uma rotunda no cruzamento do Carregado, zona de intenso tráfego onde o tráfego é feito sem condições de segurança. Segundo Jorge Riso, presidente da edilidade alenquerense, a ideia será construir uma “rotunda galgável” (com rebordo baixo que pode ser pisado por veículos de maior dimensão que tenham dificuldade em fazer as manobras) e já existe um estudo prévio para essa obra. “Exigimos a questão da rotunda do cruzamento do Carregado, é uma vergonha e é uma exigência nossa que façam o projecto”, afirmou o autarca do PS na reunia camarária de dia 20. Num balanço apresentado aos vereadores da reunião que manteve, na semana anterior, com a EP, Jorge Riso adiantou que a requalificação prevista para o IC 2 (antiga Nacional 1) “é para esquecer” por falta de verbas da Estradas de Portugal e que defendeu também um projecto mais aprofundado de beneficiação da Nacional 9 (Alenquer-Torres Vedras). O edil de Alenquer acha, entretanto, que poderá ser possível aproveitar a empreitada de regularização do Rio Grande da Pipa para melhorar a estrada que liga a zona das termoeléctricas a Vila Nova da Rainha. J.T.

Preocupaçõe s também em Salvaterra No caso do concelho de Salvaterra de Magos, a aplicação da proposta do Governo poderá resultar na extinção de duas ou três das actuais seis juntas de freguesia. O documento prevê a redução pelo menos para metade das freguesias consideradas urbanas – Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo, Marinhais e Salvaterra de Magos. E de pelo menos 25% nas rurais – Muge e Granho. A Câmara já aprovou uma moção que exige a realização de um referendo local.

para uma redução de pelo menos 50%. Esta situação estará a levar a uma interpretação do documento que, nas palavras do presidente da junta local, o social-democrata José Manuel Mendes, não é a mais correcta. Para o autarca há argumentos de peso, como são os casos da densidade populacional e as acessibilidades que devem ser levadas em linha de conta. Por isso, esclarece que a freguesia do Carregado nos últimos Censos “tem onze mil duzentos e tal habitantes, mas na realidade havia mais duas mil e tal casas vazias”, que

Novas críticas à Águas de Alenquer

Movimentações em Arruda e Vila Franca O problema da proposta governativa de extinção/agregação de freguesias continua a gerar muitas reacções, quase todas negativas. No concelho de Arruda, a freguesia de Cardosas, que está em risco de deixar de ter junta própria, já se está a movimentar. A autarquia local, de maioria PSD, lançou uma campanha em defesa da freguesia e já colocou uma faixa na fachada do seu edifício sede, onde sublinha que não faz sentido extinguir uma freguesia com mais de 450 anos de histórias. Os eleitos locais prometem tomar outras iniciativas e o assunto deverá ser, em breve, também discutido em sede de Assembleia Municipal. Já em Vila Franca, Câmara e presidentes das 11 juntas de freguesia analisaram as eventuais consequências da proposta governativa em reunião realizada, à porta fechada, na passada quarta-feira. O Voz Ribatejana apurou que os autarcas locais vão aguardar por uma posição mais aprofundada da Associação Nacional de Freguesias, prevista para 10 de Março e o evoluir da discussão que está a ser feita no plano nacional. Posteriormente, serão as assembleias de freguesia e a Assembleia Municipal a pronunciarem-se. Certo é que, a ser levada à letra, a proposta do Governo pode implicar a extinção das juntas de freguesia de Cachoeiras, Castanheira, Alhandra, Sobralinho, Calhandriz e Forte da Casa. Um dos cenários que se desenha seria o da integração das três primeiras numa união de freguesias com sede em Vila Franca, do Sobralinho e da Calhandriz numa união com sede em Alverca e a manutenção das actuais juntas de São João dos Montes, Póvoa de Santa Iria e Vialonga. Há, no entanto, quem defenda a união das freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Sobralinho, mas esta hipótese não agradará aos autarcas de São João. E, no caso do Forte da Casa, a hipótese mais provável é a de retomar a ligação que já teve com Vialonga, porque numa junção com a Póvoa poderá ultrapassar os limites populacionais previstos. Jorge Talixa

O vereador José Manuel Catarino (CDU) levantou, em sessão camarária, novos problemas associados à facturação da Águas de Alenquer. De acordo com o eleito comunista, não se percebe por que é que a empresa concessionária enviou uma factura de 58 dias de consumo aos clientes e, pouco tempo depois, outra factura de 7/8 dias. “Não dá para entender. Mais uma vez devemos ver se a empresa acerta o passo. Assim, é uma confusão. Já não era pacífica a questão do valor e com questões destas estamos a cair num clima terrível contra a Águas de Alenquer”, lamentou. Jorge Riso solicitou esclarecimentos ao director de departamento Joaquim António, que observou que a explicação dada pela empresa foi que ninguém pagará mais do que os 365 dias do ano, mas que esta diferença se deve a acertos ligados à transição de um ano para o outro. Mas José Catarino insistiu que algo vai mal porque, no seu caso pessoal, nas últimas três facturas, pagou 28 euros, depois 58 e, agora, 7 euros. O autarca da CDU questiona mesmo se algumas destas facturas chegarão para os custos do correio. Jorge Riso reconheceu que “é difícil” perceber estas práticas. “No final do ano faria algum sentido, o que não faz sentido é depois receber uma factura de 6/7 dias”, rematou.


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GNR apanha assaltantes no Porto Alto A GNR deteve dois homens que se aprestavam para assaltar, na semana passada, uma bomba de gasolina do Porto Alto, no concelho de Benavente. Os detidos, do Montijo, foram detectados na noite de quarta-feira por elementos do posto de Samora Correia. A patrulha apercebeu-se que, na loja da Repsol, estavam dois indivíduos com casacos e carapuços. Suspeitaram de algo acabando por surpreender e deter ambos que estavam munidos com duas réplicas de armas de guerra e uma faca.

Vítima de acidente após o Sporting-Legia era de Alenquer O jovem de 22 anos vítima, na quinta-feira, do acidente com o autocarro que transportava adeptos do Légia de Varsóvia, após o jogo realizado em Alvalade com o Sporting, era natural do concelho de Alenquer. Gustavo Bailão era um jovem querido na freguesia de Ribafria e a notícia apanhou de surpresa toda a população. O acidente, ainda sem explicação, aconteceu na madrugada de quinta para sexta-feira, quando um autocarro com adeptos do Légia viajava para o aeroporto de Lisboa, na Avenida Fontes Pereira de Melo. O carro de Gustavo Bailão foi abalroado por um dos autocarros escoltados pela PSP, que, por enquanto, ainda não deu quaisquer explicações para o sucedido, já que, aparentemente, seguiam carros patrulha no início e no fim da coluna. O funeral de Gustavo Bailão foi acompanhado por centenas de pessoas este fim-de-semana, que não quiseram deixar de prestar a sua última homenagem a este jovem.

GNR encontra idoso em estado de hipotermia A GNR de Alenquer através da Secção de Programas Especiais encontrou, no passado dia 15, um idoso, com 78 anos de idade, na localidade do Cercal, em estado de hipotermia. Esta situação foi descoberta tendo em conta o programa “Apoio 65 – Idosos em Segurança”, uma campanha de segurança direccionada aos idosos que vivem sozinhos e/ou isolados. O objectivo da campanha intitulada “Operação Censos Sénior”, que se realiza em todo o país, é actualizar os dados existentes relativamente aos idosos que vivem isolados e/ou sozinhos. Segundo um comunicado da GNR, foi durante a realização de uma destas acções no Concelho do Cadaval, a Secção de Programas Especiais de Alenquer, localizou o idoso que se encontrava muito débil, apresentando sinais de hipotermia. O idoso foi encaminhado para Hospital de Torres Vedras, onde foi assistido. M.A.R.

João Sabino completa 9º. ano aos 91 anos João Vieira tem 91 anos e recebeu, na quinta-feira, o certificado de conclusão do 9º. ano de escolaridade no Centro de Novas Oportunidades (CNO) da Escola Profissional de Salvaterra de Magos. Deverá ser, assim, o cidadão português mais velho a completar o 3º. Ciclo do Ensino Básico através do processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC). Conhecido na região por “João Sabino” e residente na vizinha vila de Benavente há 52 anos, João Vieira tirou a antiga 3.º Classe quando tinha 34 anos, numa escola que então existia na Mata do Duque, herdade do Município de Benavente onde foi feitor. Mas João Sabino revelou-se sempre um homem multifacetado, na década de 70 inventou uma máquina de

EDITAL Nº 63/2012 MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA Faz saber que, por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 20/12/2011, proferido ao abrigo das competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de novembro, e para o disposto na alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de fevereiro: - É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fração municipal sita no Bairro Municipal da Quinta da Piedade, lote 4, 3º esqº, 2625 Póvoa de Santa Iria, determinar a cessação da licença de utilização do referido fogo, atribuído a Moisés da Veiga Monteiro e respetivo agregado familiar, segundo o regime da renda apoiada, e proceder ao eventual despejo administrativo. Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos: O morador não tem residência permanente no fogo acima identificado há mais de 6 meses, pelo menos desde 2006, residindo de forma permanente em França, e ainda que a ausência estivesse justificada por motivos de doença regressiva e incapacitante de permanência na habitação, prestação de trabalho por conta de outrem no estrangeiro, cumprimento de comissão de serviço público, civil ou militar por tempo determinado, ou detenção em estabelecimento prisional, a mesma já perdura há mais de 2 anos. O morador apresenta rendas em dívida há mais de três meses. Concretamente, atualmente, o morador apresenta mora com o pagamento das rendas desde junho de 2011, estando em dívida com 7 rendas, no valor de 128,10€, as quais depois de acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento das mesmas, no valor de 57,65€, perfazem uma dívida de 185,75€. Já foi celebrado acordo de pagamento de rendas em dívida, para pagamento em 60 prestações mensais, de 28,38€ cada uma, da quantia global de 1 702,92€, estando o morador em dívida com 7 prestações, no valor global de 198,66€. O presente projeto de decisão é tomado com base no disposto nas alíneas d) e f), do nº 1, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de maio, do nº 3, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de maio, e dos nºs 7, 9, 10, e 11, do artigo 9º, do nº 6, do artigo 12º, do nº 2, do artigo 13º, e do nº 14, do artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação Municipal. Mais fica o morador e demais interessados notificados de que nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, caso a decisão se torne definitiva, dispõem de um prazo de 90 dias para desocupar a referida fração, sendo que se não o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efetuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fração, os quais serão depositados em local designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do município, nos termos do artigo 1323º do Código Civil. Os interessados poderão, querendo, nos termos do artº 101º, do Código do Procedimento Administrativo, no prazo máximo de 10 dias, pronunciar-se por escrito sobre esta proposta de decisão. Findo este prazo, sem que haja pronúncia ou no caso de a mesma não ser atendível, a decisão tornar-se-á definitiva. O processo que conduziu à tomada desta proposta de decisão encontra-se disponível para consulta no Departamento de Habitação Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sita na Rua Alves Redol, nº 16, 1º, 2600 Vila Franca de Xira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicado nos jornais locais. E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Diretora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi. Paços do Município de Vila Franca de Xira, 13 de fevereiro de 2012 A Presidente da Câmara Municipal, - Maria da Luz Rosinha -

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semear tomate e o sucesso foi tanto que chegou a ser o maior produtor de tomate na Europa, atingindo as 13 000 toneladas de produção num único ano. Acabaria, depois, por vender a patente da máquina a produtores italianos. Dedica-se também à poesia e já publicou quatro livros de poemas, assim como um autobiografia que intitulou “A minha história”. A música tem sido outra das suas paixões, toca trompete, integrou agrupamentos de jazz e também compõe. Natural de Muge, freguesia do concelho ribatejano de Salvaterra, João Sabino não teve oportunidade de aprender a ler enquanto criança. Começou a trabalhar no campo aos 11 anos e só aos 19 conseguiu aprender a ler, estimulado pela curiosidade de ler notícias sobre a II Guerra Mundial. Apesar disso, foi durante 38 anos director de

Serviços Agrícolas no Fomento da Indústria e do Tomate. “Há quem conheça as letras e não saiba viver e há pessoas que não conhecem uma letra e tratam da vida como deve ser", afirma. Mas esta inscrição no CNO de Salvaterra permitiu-lhe realizar um sonho, começou também a lidar

com computadores e não tem dúvidas em afirmar que sempre gostou de aprender mais. “Nunca é tarde para aprender”, refere, sublinhando que foi um neto que o incentivou a inscrever-se no CNO de Salvaterra, onde diz que aprendeu muito, frisando que “sem esforço não se obtém nada”.


14 CARNAVAL

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Carnaval de Alhandra vai ganhando estatuto concelhio Depois de alguns anos de paragem, Alhandra recuperou, desta vez, a tradição dos desfiles de Carnaval e com bastante sucesso. Mais no domingo do que na terça-feira, mas o certo é que passaram milhares de pessoas por Alhandra para participar e assistir aos desfiles e bailes de Carnaval. Como na área do Município de Vila Franca de Xira são fundamentalmente os corsos organizados pelas escolas e pelas IPSS que se destacam, normalmente na sexta-feira, Alhandra acaba por ganhar o estatuto de “Carnaval Concelhio” e por atrair foliões de várias zonas do concelho no domingo e na terça-feira. Foi o que aconteceu este ano e que se traduziu também numa participação alargada nos desfiles carnavalescos. A organização pertenceu à Comissão do Carnaval de Alhandra e à Sociedade Euterpe Alhandrense (a comemorar 150 anos de existência), que apresentaram vários carros alegóricos, mas estiveram também presentes carros e grupos representativos do Grupo do Pessoal da Cimpor, da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense e do Centro Social para o Desenvolvimento do Sobralinho. Esta multiplicidade de origens revelavase também entre a assistência. “Sou de Alverca, é a primeira vez que venho a este Carnaval de Alhandra e venho porque em Alverca não há. Acho que está bom, mas ainda era mais bonito quando eu era mais pequena e vinha aqui. Era outra maneira de fazer as coisas, os carros eram todos enfeitados com flores. Agora é diferente. Se não fizermos estas coisas com boa disposição, acaba-se tudo”, disse ao Voz Ribatejana, a D. Fernanda, uma idosa residente em Alverca, que preferiu não adiantar o seu apelido, mas sempre referiu que tem 72 anos e gratas memórias dos antigos carnavais de Alhandra. O mesmo sentimento tem Conceição Oliveira, funcionária pública natural de Alhandra que reside, agora, na Castanheira do Ribatejo. “Costumo vir sempre ao Carnaval de Alhandra, é a

minha terra. Tenho muito boas memórias do Carnaval de Alhandra. Já brinquei muito aqui ao Carnaval e contínuo”, afiançou, por trás do disfarce que escolheu para este ano. “Acho que tem evoluído um bocadinho para pior. Era realmente maior e com mais participação do

desmotivam sempre as pessoas. Para mim, o Carnaval é para nos divertirmos e para deixar de pensar nas coisas sérias”, disse, ao Voz

Ribatejana. Já Teresa N u n e s reside em V i l a Franca de Xira e também costuma visitar o Carnaval de Alhandra. “Venho porque em Vila Franca não há. É pena que não haja essa tradição em Vila Franca. Só há com os infantários.

q u e actualmente. Mas acho muito bem que tenham retomado, porque as paragens

Chegou a haver actividades na praça de toiros e acho que se justificava continuarem a fazê-las”, referiu. Escriturária de profissão, Teresa Nunes não concorda com a decisão do Governo de não dar tolerância de ponto na terça-

feira. “Isso também fez com que viesse

m e n o s gente. Sempre foi uma tradição, não acho bem tirarem a tolerância de ponto. Mas nota-se que muita gente foi trabalhar, sobretudo quem trabalha na zona de Lisboa e isso reflecte-se também um bocado aqui no carnaval de Alhandra”, sublinha. Certo é que a Câmara de Vila Franca de Xira deu uma ajuda e decidiu também, tal como 65% dos municípios portugueses, manter a tradição da tolerância de ponto na Terça-Feira de Carnaval, destacando o facto de se realizarem estes festejos em Alhandra. O desfile de terçaf e i r a seguiu a b o m ritmo, acompanh a d o p e l o grupo de bombos e pelos gigantones da Casa de Amarante na Grande Lisboa. Os grupos juntavam foliões de todas as idades e a abrir destacava-se o carro do “Ballet Roselinha” que, rezavam as inscrições, anda “há 14 anos a dar música”. No topo, a Roselinha mostrava-se bem animada, mas sempre guardada por quatro “bem armados” seguranças. Jorge Talixa

OLHO VIVO!

Influência chinesa já chegou à Câmara de Alenquer A influência chinesa cresce a “olhos vistos” na sociedade portuguesa. Depois dos milhares de comerciantes de origem chinesa que se fixaram um pouco por todo o País, chegou a vez, nos últimos meses, dos grandes investimentos e da “entrada” do capital chinês, com a aquisição de participações muito significativas em empresas como a EDP e a REN. Surpreendente foi verificar, na semana passada, que a influência do país do Sol Nascente já é notória também na Câmara de Alenquer. O “uniforme” de três dos técnicos da autarquia não deixava margens para dúvidas, mas o presidente da edilidade alenquerense preferiu não confirmar ao Voz Ribatejana se já alguma parte da Câmara foi vendida aos chineses. Só não percebemos se a bandeira portuguesa ali estrategicamente colocada era só para disfarçar!

Acaba a festa, começa a limpeza O Carnaval é a época da cor e da boa disposição, que se revela das mais variadas formas. Manda a tradição que Carnaval sem fitas e sem confetis não é Carnaval. O pior é


Procissões dos Passos em Alenquer e no Cartaxo

29 de Fevereiro de 2012

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A Irmandade de Santa Cruz e Passos de Nosso Senhor Jesus Cristo de Alenquer promove um conjunto de actividades religiosas entre 8 e 11 de Março, que culminam neste domingo com a Procissão do Senhor dos Passos da Igreja da Misericórdia para a Igreja de São Francisco (15h30). O dia termina com o já tradicional jantar de confraternização com início às 20 horas. No Cartaxo, a Irmandade do Senhor Jesus dos Passos realizar, no dia 11 (15h00) a V Procissão do Senhor Jesus dos Passos, que sai da Igreja do Cartaxo.

Alverca recebeu 1100 escuteiros Adriano Pires A cidade de Alverca recebeu, no passado fim-de-semana, cerca de 1100 escuteiros pertencentes a 12 agrupamentos da região. No âmbito do Solarius 2012, com o lema “Sim…como Maria!”, foi prestada homenagem ao fundador do escutismo: Baden Powell. Considerada a acção mais importante do ano para o Núcleo Solarius, a iniciativa juntou também muitos pais dos escutas, tendo 316 participado no jogo da cidade. O Bispo D. Nuno Brás baptizou-se no grande convívio escutista, onde participou pela primeira vez, tendo realizado uma missa no novo pavilhão do Futebol Clube de Alverca, que embora gigante acabou por ser pequeno para acolher tantos escutas e familiares. Houve distribuição de medalhas e diplomas para todos aqueles que mais se destacaram na causa escutista. Afonso Costa, presidente da Junta de Freguesia de Alverca, entidade que apoiou a iniciativa, apresentou-se trajado de escuteiro, facto que dedicou ao fundador do agrupamento 317 dos escutas de Alverca, António Ferreira do Carmo.

Do It Better inaugura novas instalações em Alverca A empresa de formação Do It Better, uma filial da Densisfor Consulting, inaugurou, oficialmente, no passado dia 18, um novo centro de formação profissional. Estas novas instalações, certificadas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, situam-se na Praceta Projectada à Avenida Capitão Meleças n.º 6 direito, na cidade de Alverca. Equipado com a mais alta tecnologia no domínio da formação profissional, o centro tem activos os cursos de formação pedagógica inicial de formadores, inglês básico, espanhol profissional, segurança privada, informática básica para adultos, auxiliar de geriatria, técnico auxiliar de fisioterapia e massagem. A inauguração juntou formandos e formadores, tendo sido animada pelo Grupo Muzenza de Capoeira, dirigido pelo Contra Mestre NIL. Paula Mateus é a sócia-gerente da empresa e coordenadora dos cursos de formação e Yara Nunes a formadora responsável pelo Centro de Alverca, as quais afirmaram que “hoje mais do que nunca, a aposta passa pela formação profissional”, frisando que os formandos da Do It Better “têm excelentes oportunidades de estágios”.

Adriano Pires

Grémio Povoense lança Festival de Teatro O Grémio Dramático Povoense (GDP) decidiu organizar, já no próximo mês de Março, o seu primeiro Festival de Teatro. A iniciativa integra sete apresentações e uma noite comemorativa do Dia Mundial do Teatro, a 27 de Março. Pretende de alguma forma também promover a grande tradição que o GDP tem na arte teatral, muito ligada à fundação da colectividade povoense. Este 1º. Festival de Teatro do Grémio Dramático Povoense arranca já na noite da próxima sextafeira, com o grupo da casa a apresentar a peça “Fronteira Fechada”. Um trabalho baseado em textos de Alves Redol, num espectáculo para maiores de 16 anos. Logo no sábado, dia 3, o festival prossegue com o Grupo Sobre Tábuas de Benavente a apresentar, a partir das 21h00, as peças “Um Pedido de Casamento” e “O Urso”, ambas de Anton Tchekov e para maiores de 12 anos. Sempre nas instalações do Grémio Povoense, a iniciativa continua n dia 10, com “Lendas de sua majestade – O Rei”, um trabalho da Funtime Produções Artísticas de Mafra para

maiores de 4 anos. Segue-se, no dia 17, uma apresentação do grupo de teatro “Os Cintrões”, de Sintra, com a comédia “Três em Lua-de-Mel”, baseada em textos de Henrique Santana e Ribeirinho. Até final do mês haverá, ainda, teatro no Grémio Povoense, com o grupo da Sociedade Filarmónica de Santo Estevão na noite de dia 24, o Centro Cultural da Malaposta no dia 30 e novamente o grupo do GDP a encerrar, no dia 31, com a peça “O Solário”, do seu antigo encenador e dinamizador Fernando Augusto. Este 1º. Festival de Teatro do Grémio Dramático Povoense tem o apoio do jornal Voz Ribatejana. Outra das tradições do Grémio Povoense são as Marchas Populares, que têm inscrições abertas ainda até final do dia de hoje, 29 de Fevereiro. Os interessados podem contactar os números 21 956 50 04, 967 679 709 ou 960 337 602 ou ainda o e-mail grémio.povoense@sapo.pt.

Amostra Teatro Alverca

Bienal de teatro regressa em Março A Amostra de Teatro de Alverca começa amanhã, dia 1 de Março, e decorre, todos os fins-de-semana, até ao final do mês. Organizada pela companhia de teatro amador alverquense A Cegada, a iniciativa promete cultura teatral para todos os gostos. “O objectivo é incentivar o gosto pelo teatro e melhorar a oferta cultural no concelho de Vila Franca. Talvez possamos afirmar, com um misto de orgulho e angústia, que não há nenhum evento tão relevante e rico no âmbito do teatro actualmente no concelho”, afirma a organização. O festival dá especial destaque ao fim-desemana, altura em que são apresentados, genericamente, três espectáculos, entre os quais um dedicado à infância, mas celebra algumas datas marcantes nesta área como: o aniversário do Cegada, a 9 de Março; o Dia Nacional do Teatro de Amadores, o Dia Mundial da Marioneta e o Dia

Descobrir Alverca em duas rodas Passear pelas ruas de Alverca num veículo sem motor é aquilo que propõe Sérgio Torres, o organizador da primeira Massa Crítica Alverca (MCA), que se realiza na próxima segunda-feira, dia 5 de Março. A iniciativa surge “na sequência da Massa Crítica Lisboa, que se realiza às últimas sextas-feiras do mês”, e o responsável conta que seja “a primeira de muitas”. Mas o que é uma Massa Crítica? De acordo com a página oficial da Massa Crítica Portugal, da qual a iniciativa de Alverca “ainda não faz parte”, uma “Massa Crítica

(MC) é um passeio no meio da cidade feito em transportes suaves” e, como refere Sérgio Torres, a MCA “pretende divulgar a utilização de bicicletas e outros transportes movidos a propulsão humana, de forma a tornar o transporte nas cidades mais limpo e auto-sustentavel”. Nos países lusófonos, as MC são conhecidas “como ‘bicicletada’, porque a maioria dos participantes desloca-se em bicicleta. No entanto o termo ‘Massa Crítica’ é mais apropriado porque encoraja a participação de pessoas que se deslocam de outras formas

suaves: patins, skate, trotinete, etc.”, explica o organizador, na página do evento no Facebook. Apesar de considerar que Alverca é uma cidade “amiga” dos amantes de bicicletas, Sérgio Torres confessa que se deveriam criar “melhores condições” para que estas possam circular com segurança, e espera que a MCA contribua para esse efeito. Aliás, de acordo com a página de internet da Massa Crítica Portugal, estes eventos são uma “uma celebração da mobilidade suave, que permite aos ciclistas circular com mais segurança e facili-

Mundial da Poesia, a 21 de Março; o Dia Nacional do Estudante, a 24 de Março; e, claro, o Dia Mundial do Teatro, a 27 de Março. Este ano, as honras de abertura da Amostra de Teatro vão para a única companhia teatral profissional do concelho – Inestética, Companhia Teatral –, que leva a cena a peça “Comfort Zone", na quintafeira, dia 1 de Março, pelas 21h30. Mas pelo palco do espaço Cegada vão passar também o Grémio Dramático Povoense, com "O Solário", na sextafeira, dia 16 de Março, pelas 21h30; a Agaiarte - Associação Gaia Arte Estúdio de Vila Nova de Gaia, com a peça infantil "À Procura do Astro Rei", no domingo, dia 11 de Março, pelas 16h00 e o Grupo Teatro Esteiros, com a peça “Troika", três comédias em 1 acto de três actores, na sexta-feira, dia 2 de Março, às 21h30; entre muitos outros. V.G. dade, marcando a sua presença no espaço público e tornando-a visível pelo número e densidade da concentração. Esta ‘segurança através da quantidade’ torna-a uma excelente forma de iniciação à utilização de veículos suaves em espaço urbano”. Na última MC realizada em Lisboa estiveram “300 pessoas”. Sérgio Torres não conta com uma adesão tão grande, mas tem esperança que sejam “poucas, mas boas”. O percurso foi sugerido por um dos participantes e terá cerca de nove quilómetros de extensão, passando pelas ruas da Indústria, da Aviação, Brigadeiro Alberto Fernandes, da Estação, Av. Infante D. Pedro e Recta do Jumbo. Vera Galamba


8º. Encontro dos Campeões em Samora

29 de Fevereiro de 2012

O Mithós- Núcleo do Ribatejo da Associação de Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal organiza, no próximo domingo, o seu 8º. Encontro dos Campeões. De manhã haverá actividades na Piscina de Samora Correia, seguidas de piquenique na Sociedade das Silveiras. A tarde será preenchida com actividades hípicas e desporto.

Falta de tolerância não afectou Carnaval de Samora Correia

Carnaval enche rua principal de Arruda O desfile de Carnaval organizado, no dia 19, pelo Clube Recreativo e Desportivo Arrudense, mobilizou centenas de participantes e de assistentes. A artéria principal da vila encheu-se de muitos curiosos, interessados em observar a criatividade dos grupos que se reuniram em Arruda. Para além de várias representações do clube organizador, não faltaram grupos de outras localidades do concelho, com temáticas bem variadas, desde a simples brincadeira em torno dos estrunfes (agora mais conhecidos por smurfs), aos gigantones ou às diversas “bruxas” ou não fosse bem conhecida a tradição da “Bruxa da Arruda”. Houve até quem garantisse que as consultas da bruxa da Arruda estão isentas de taxa moderadora ou os que afiançaram que para “recuperar” os doentes acamados o melhor era mesmo uma boa dose de vinho da Arruda.

Miguel António Rodrigues A cidade de Samora Correia recebeu por estes dias mais uma enchente de foliões que não abdicaram de festejar mais um Carnaval. Mesmo sem tolerância de ponto, foram milhares os visitantes que, mais uma vez, fizeram a festa pela principal avenida da cidade. A provar isso, estiveram os habituais constrangimentos à circulação automóvel e, claro, as dificuldades para encontrar estacionamento. Com tema livre, neste desfile havia de tudo um pouco. Desde a sátira aos políticos, passando pelo actual momento vivido pelo país, mas também pelas fantasias mais ou menos cuidadas, sendo que, tendo em conta que estávamos em Carnaval, dificilmente alguém levaria a mal. Organizado, como habitualmente, pela ARCAS (Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora), o Carnaval Samorense contou com o apoio da Junta de

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Samora e da Câmara de Benavente e teve como reis, a “prata da casa”, o rei foi João Sande e Castro e a rainha Milena Alegria. Esta foi uma iniciativa que correu conforme o programado. Mesmo com algum corte do subsídio por parte da Câmara Municipal de Benavente, o desfile fez-se

Visitantes gostaram da festa Ana Rosa, de Almeirim, não perde o Carnaval de Samora Correia. Com a neta mascarada de escuteira, referiu que “é uma pena o que o Governo está a fazer ao Carnaval”. Para esta reformada, de 70 anos, o Governo não deu tolerância de ponto “porque já sabia que ia ser criticado”. Já Júlio Costa, de Samora Correia, não se mascarou este ano. “Tenho 60 anos, ainda gosto disto, mas já não tenho paciência para me mascarar”, disse, ao Voz Ribatejana. Júlio Costa afiança que não perde um carnaval em Samora Correia. “Já tenho marcada para esta quartafeira, uma jantarada com o pessoal. Este ano vai ser de caixão à cova”, prometeu. Pai de gémeos, Luís Rodrigues teve de mascarar os dois e de igual. Ambos quiseram ser médicos. “Já lá vai o tempo de quererem ser cowboys”, lamenta o pai, de 44 anos, que disse ter de fazer contas para mascarar as crianças que não participaram no desfile mas que quiseram estar à beira da estrada a atirar confetis e balões de água, que é o que chateia Serafina Cruz. Reformada de 68 anos, disse, ao Voz Ribatejana, em jeito de brincadeira que este ano já tinha andado à vassourada a uns “miúdos porque que atiraram com balões de água”. Ainda assim não perde um Carnaval de Samora. Serafina Cruz, moradora em Arados, Porto Alto, só lamenta que o Governo não tivesse decretado feriado, como noutros anos.

sem restrições. Uma garantia dada, ao Voz Ribatejana, pela presidente da ARCAS, Dora Coutinho, que destacou que “estes desfiles superaram as expectativas e foi bastante positivo”. Dora Coutinho diz que a redução do subsídio “foi mínima e igual para todas as associações”. E a responsável vinca que a redução de 5 por cento não foi significativa, até porque a ARCAS conseguiu recuperar essa falta noutras situações. O corso realizado no domingo e na terça-feira foi um sucesso, mesmo com a medida decretada pelo Governo de não dar tolerância de ponto à função pública, “em Samora isso não afectou”. Em parte porque as autarquias locais, dadas as características da festa, con-

cedeu essa terça-feira aos funcionários, mas também porque o Carnaval de Samora Correia já está na agenda de muitos foliões. O dia de quarta-feira de cinzas foi, igualmente, importante. O enterro do Entrudo foi outro dos momentos que reuniu muita gente, na despedida de mais um carnaval e nas promessas de um santo entrudo, melhor, para 2013. Dora Coutinho salienta mesmo que o dia de terça-feira foi um dos dias com mais “participantes” e que “as pessoas vieram à mesma ver o Carnaval, não foram trabalhar”, argumenta. Quanto ao próximo ano, Dora Coutinho vinca que ainda não há planos, mas refere que as expectativas são altas e positivas.


19 Município de Benavente 29 de Fevereiro de 2012

João Pereira e Alhandra triunfam em Arronches João Pereira e o Alhandra Sporting Club estiveram em foco no Duatlo de Arronches, primeira etapa do Campeonato Nacional de Clubes disputada no passado fim-de-semana. Pedro Mendes (4º. lugar) e João Amorim (14º.) estiveram também em foco e contribuíram para a vitória colectiva da equipa alhandrense. No sector feminino, destaque para o 4º lugar de Melanie Santos, para o 6º de Liliana Alexandre e para o 14º de Sofia Hipólito, que garantiram o 2º lugar colectivo para a equipa do Alhandra. Resultados realçados por Jorge Leitão, presidente da Secção de Natação e Triatlo do Alhandra. O dia apresentou-se excelente para para a prática desportiva e comparecerem cerca de 250 participantes nesta vila do distrito de Portalegre. A primeira etapa do novo Campeonato Nacional de Clubes incluía 5 kms de corrida, 20 de bicicleta e mais 2.5 de corrida. Na competição masculina, a selecção de valores deu-se logo no primeiro segmento, com João Pereira (Alhandra Sporting Club) a destacar-se da concorrência chegando isolado ao parque de transição. Atrás dele formou-se um quarteto perseguidor com Duarte Marques ("Águias" de Alpiarça), Pedro Mendes (Alhandra), Alberto Gonzalez (Perosinho) e José Estrangeiro (AAC). Assim que se iniciou o segmento de ciclismo o trabalho do grupo surtiu efeito e, volvidos alguns quilómetros, João Pereira foi absorvido pelo grupo. Na segunda transição, José Estrangeiro foi o mais rápido e assumiu a liderança, mas João Pereira ultrapassou-o ao cabo de algumas centenas de metros e nunca mais deixou a liderança. Na segunda posição ficou Duarte Marques. A competição feminina foi igualmente muito animada. Na primeira fase do segmento de corrida inicial Anaís Moniz (Benfica) conseguiu destacar-se, mas Luísa Condeço (“Águias" de Alpiarça) foi recuperando. Atrás delas, surgiam Liliana Alexandre (Alhandra), Cristiana Valente (Clube dos Galitos) e Melanie Santos (Alhandra). A luta pela vitória final foi emocionante, com muito público nas bancadas. Anaís Moniz cumpriu volta à pista de corrida onde estava instalada a meta sempre no máximo, cruzando a linha de meta com cerca de 15 metros de vantagem sobre Luísa Condeço. Colectivamente o pódio feminino foi composto por "Águias" de Alpiarça, Alhandra e Sporting Clube de Portugal. No sector masculino, a vitória coube ao Alhandra, seguido de "Águias" de Alpiarça e Clube dos Galitos.


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17 DESPORTO

UDV promove futebol mais jovem no I Torneio António Carraça A União Desportiva Vilafranquense (UDV), através da sua secção de futebol juvenil, organizou, no dia 18, a primeira edição do Torneio António Carraça, que juntou oito das melhores equipas de iniciados e de infantis da região de Lisboa. Uma nova competição que visa sobretudo promover a prática do futebol nos escalões mais jovens e que surge também na sequência das novas possibilidades abertas pelo campo sintético de que o clube dispõe desde Janeiro. Sporting em infantis e Sacavenense em iniciados foram os vencedores, num torneio que juntou algumas

centenas de espectadores, beneficiando também do tempo quase primaveril que se fez sentir. Segundo Luís Dinis, membro da comissão administrativa da UDV responsável pela área do futebol, a ideia de baptizar este novo torneio com o nome de António Carraça surgiu também com o objectivo de realçar o exemplo deste antigo praticante (actual director do Benfica e antigo presidente do Sindicato dos Jogadores), que foi o primeiro internacional do futebol do Vilafranquense, na

Resultados do I Troféu Antonio Carraça: Iniciados UDV 0 - 1 Os Belen. Sacav. 2 - 0 Estoril Praia UDV 0 - 1 Estoril Praia Os Belen. 1 - 2 Sacaven.

“Agora dá mais gosto jogar aqui” As palavras são de Filipe Sousa, jovem médio-centro dos infantis da União Vilafranquense, mas traduzem bem o sentimento da maior dos jovens praticantes de futebol do clube, durante anos obrigados a treinar e a jogar no campo pelado, muitas vezes enlameado e sem condições para praticar bom futebol. “Agora, acho que é um bom campo, é novo. Antigamente tínhamos que jogar na areia. Agora dá mais gosto jogar aqui”, constatou o Filipe, à conversa com o Voz Ribatejana. Afinal já joga na UDV há perto de 3 anos e gosta muito do clube. “Jogo a médio-centro e gostava de ser jogador quando for grande”, confessou, explicando que não participava no terceiro jogo frente ao Belenenses, porque as regras impunham que só podia participar em duas partidas e já jogara frente ao Sporting e ao Benfica.

década de 80. António Carraça acompanhou parte do torneio, conviveu com velhos conhecidos e foi cumprimentado por muitos que admiram o seu percurso no futebol. Preferiu, todavia, não prestar declarações à comunicação social, agradecendo apenas a atitude “generosa” dos responsáveis da UDV ao darem o seu nome a esta prova. “A ideia veio da comissão administrativa, de fazer qualquer coisa para dinamizar mais o clube. Nós estamos

Classificação: 1 - Sacavenense 2 - Belenenses 3 - Estoril Praia 4 - Vilafranquense Melhor Jogador: Eduardo Correia (Belenenses ) Melhor Marcador: André Silva (Sacavenense) Melhor Guarda Redes: Gonçalo Appleton (Estoril) Taça Disciplina: Estoril Praia Infantis UDV 0 - 9 Sporting Benfica 2 - 1 Os Belen. UDV 0 - 1 Benfica Sporting 5-0 Os Belenen. UDV 0 - 2 Os Belenenses Sporting 1 - 1 Benfica Classificação: Sporting - 8 pontos Benfica - 8 pontos Belenenses - 3 pontos Vilafranquense - 0 pontos Melhor Jogador: Vasco Lopes (Benfica) Melhor Marcador: José Gomes (Sporting) Melhor Guarda-Redes: André Duarte (Belenenses) Prémio Revelação: Catarina Gomes (Vilafranquense) Taça Disciplina: Vilafranquense

“Este torneio foi planeado já a pensar que tínhamos o sintético, mas já estava planeado antes da inauguração” aqui simplesmente para tentar ajudar na formação em Vila

Franca, motivar os jovens e fazer com que o clube comece a renascer”, explicou António Torrão, coordenador do futebol juvenil da União Vilafranquense, em declarações ao Voz Ribatejana, sublinhando que este I Torneio António Carraça pretende também cativar mais praticantes para os escalões jovens da UDV. “Este torneio foi planeado já a pensar que tínhamos o sintético, mas já estava planeado antes da inauguração. O que interessa é que eles (jovens praticantes) gostem. É um dia diferente, nós gostamos, estamos felizes. É uma festa”, salientou

Actualmente, o futebol juvenil do clube de Vila Franca tem cerca de 120 praticantes, distribuídos por seis equipas (duas de benjamins e uma por cada um dos escalões superiores: infantis, iniciados, juvenis e juniores) e pela escolinha de formação. “Queremos aproveitar estas novas condições para no futuro termos mais resultados”, vinca o responsável do clube, referindo-se às novas perspectivas abertas pelo campo sintético, que substituiu o degradado e pouco atractivo pelado que ali existia. “Sou novo em termos de coordenação, mas sei da realidade do

clube. Era difícil virem muitos miúdos para aqui devido às condições. Agora, penso que vamos ter mais atletas que queiram representar o nosso clube, sempre dentro da formação, com regras, com disciplina, sabendo o que estão aqui a fazer”, acrescenta António Torrão, prometendo trabalho “para começar a progredir e para que eles entendam o que é o futebol. É por isso que aqui estamos, todos em equipa, coordenador, equipas técnicas, comissão administrativa, para fazer com que eles gostem de cá estar, que é o mais importante na formação”, sustenta.


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Hóquei em patins volta a crescer no Vilafranquense Organizado com o objectivo de divulgar a modalidade e o trabalho desenvolvido nas camadas jovens do clube, o 2º. Cira Hóquei levou, no fim-desemana de 18 e 19 de Fevereiro, 150 jovens hoquistas e muitas centenas de espectadores ao pavilhão da União Desportiva Vilafranquense (UDV). O torneio visou sobretudo fomentar a prática e o convívio e teve prémios iguais para todas as 15 equipas participantes, mas serviu também para angariar mais alguns meios para a actividade da secção e para captar novos praticantes. Este 2º. Cira Hóquei arrancou na noite de sexta-feira com um jogo de exibição entre a equipa de veteranos do Benfica (apresentou nomes como José Carlos, Paulo Almeida e Luís Ferreira, que ganharam inúmeros títulos nacionais e internacionais) e uma equipa de ex-jogadores da UDV ainda no activo. A

divulgação não foi muita e as bancadas não estavam tão compostas como a organização gostaria, mas foi uma noite importante de convívio e

“Começa-se a constatar que as pessoas começam a saber que há hóquei em patins no Vilafranquense” de promoção do hóquei em patins. “Estiveram aqui jogadores que vestiram a

camisola do Vilafranquense durante muitos anos, com muito gosto e com muita galhardia e que tiveram uma noite que foi deles. Foi muito agradável ver antigos atletas que não vestem actualmente a camisola do clube, alguns com muita pena. Senti neles o gosto, o que é que aquela camisola ainda representa para eles”, vincou Francisco Beirolas, coordenador da Secção de Hóquei em Patins da UDV, em declarações ao Voz Ribatejana. Já no fim-de-semana e sobretudo na tarde de domingo, as bancadas do pavilhão da União Desportiva Vila-franquense encheram para ver os jogos entre equipas dos escalões de bambis ( ), benjamins (nascidos em 2003 e 2004), Escolares (2001/2002) e Infantis (1999/2000). “Em termos de adesão do público, foi uma agradável surpresa. Começa-se a constatar que as pessoas começam a saber que

há hóquei em patins no Vilafranquense e começam a aparecer. Esse é um dos nossos grandes objectivos e estamos muitos satisfeitos”, sustentou Francisco Beirolas,

“É como se fosse uma pequena família” Enquanto jogavam o Vialonga e o Hóquei de Santarém, três dos jovens hoquistas da UDV observavam a partida nas bancadas e trocavam algumas impressões sobre o que viam. Jogam os três nos infantis do Vilafranquense e sublinham que a amizade é um dos pilares fundamentais. “O clube tem boas condições, funciona bem, damo-nos todos bem, é como se fosse uma pequena família”, diz Humberto Reis, o mais falador. Aos 11 anos já leva quase sete de prática do hóquei em patins e explicou, ao Voz Ribatejana, entrou para a modalidade praticamente na mesma altura em que entrou para a escola. “Vim porque um primo meu jogou durante muito tempo, chegou a jogar no Benfica e aconselhou-me, porque é um bom desporto”, observou o jovem residente em Vila Franca. Já o André Rocha reside no Porto Alto mas procurou o hóquei no Vilafranquense porque gosta de desporto e foi convidado por amigos que já praticavam a modalidade. “Temos todos a mesma idade, vamos sempre todos juntos”, vincou. O Flávio Brito, com 12 anos, já sabia patinar quando se inscreveu no hóquei em patins, o que tornou as coisas mais fáceis. “Porque já sabia andar de patins, vim para o hóquei, não é difícil jogar”, sublinha.

Grupo Cimpor conquista três primeiros lugares no Distrital de Lisboa Os ginastas do Grupo Desportivo do Pessoal da Cimpor de Alhandra (GDPCA) obtiveram excelentes resultados no recente Campeonato Distrital de Ginástica Acrobática, realizado no pavilhão de Alto do Moinho (Catujal). Com 34 atletas inscritos, distribuídos pelos escalões de Iniciados, Juvenis, Juniores e Juniores Elites, a colectividade de Alhandra alcançou três títulos de campeões distritais. Com estes resultados, oito ginastas do GDPCA já estão apurados para o Campeonato Nacional e outros 23 apurados para a prova qualificativa para os mesmos nacionais.

Estes foram os principais resultados dos atletas de Alhandra treinados por Alda Silva e Cátia Messias: Par Misto Junior Elite – Bruno Tavares e Irina Quintas – Campeões Distritais (1ª foto à direita) Trio Feminino Junior – Mariana Inácio, Beatriz Palha e Beatriz Ferreira - Campeãs Distritais (2ª foto à direita) Trio Feminino Junior – Diana Guerra, Carolina Garcia e Catarina Roxo – 3º Lugar Trio Feminino Juvenil – Inês Velez, Raquel Martins, Liana Asseiceiro – Campeãs Distritais

salientando que também ao nível de novos jovens que se inscreveram para começar a praticar hóquei na UDV o balanço é francamente positivo. A nível financeiro, numa

modalidade com custos elevados especialmente nos equipamentos, o balanço também é significativo. “De certeza que é proveitoso, porque o nosso clube é gerido por uma comissão administrativa e as directivas desta comissão vão no sentido de que cada secção tem que ser autónoma, tem que subsistir. E a forma da secção de hóquei subsistir é através de eventos como este. É, de facto, um dos objectivos também do Cira Hóquei angariar fundos para que consigamos pagar a treinadores, as inscrições dos atletas, ao fisioterapeuta e fazer face a todas as outras despesas, sem estarmos a penalizar o clube que, neste momento, não tem possibilidade de nos ajudar dessa forma”, conclui o responsável da Secção de Hóquei da UDV.


19 Município de Benavente 29 de Fevereiro de 2012

João Pereira e Alhandra triunfam em Arronches João Pereira e o Alhandra Sporting Club estiveram em foco no Duatlo de Arronches, primeira etapa do Campeonato Nacional de Clubes disputada no passado fim-de-semana. Pedro Mendes (4º. lugar) e João Amorim (14º.) estiveram também em foco e contribuíram para a vitória colectiva da equipa alhandrense. No sector feminino, destaque para o 4º lugar de Melanie Santos, para o 6º de Liliana Alexandre e para o 14º de Sofia Hipólito, que garantiram o 2º lugar colectivo para a equipa do Alhandra. Resultados realçados por Jorge Leitão, presidente da Secção de Natação e Triatlo do Alhandra. O dia apresentou-se excelente para para a prática desportiva e comparecerem cerca de 250 participantes nesta vila do distrito de Portalegre. A primeira etapa do novo Campeonato Nacional de Clubes incluía 5 kms de corrida, 20 de bicicleta e mais 2.5 de corrida. Na competição masculina, a selecção de valores deu-se logo no primeiro segmento, com João Pereira (Alhandra Sporting Club) a destacar-se da concorrência chegando isolado ao parque de transição. Atrás dele formou-se um quarteto perseguidor com Duarte Marques ("Águias" de Alpiarça), Pedro Mendes (Alhandra), Alberto Gonzalez (Perosinho) e José Estrangeiro (AAC). Assim que se iniciou o segmento de ciclismo o trabalho do grupo surtiu efeito e, volvidos alguns quilómetros, João Pereira foi absorvido pelo grupo. Na segunda transição, José Estrangeiro foi o mais rápido e assumiu a liderança, mas João Pereira ultrapassou-o ao cabo de algumas centenas de metros e nunca mais deixou a liderança. Na segunda posição ficou Duarte Marques. A competição feminina foi igualmente muito animada. Na primeira fase do segmento de corrida inicial Anaís Moniz (Benfica) conseguiu destacar-se, mas Luísa Condeço (“Águias" de Alpiarça) foi recuperando. Atrás delas, surgiam Liliana Alexandre (Alhandra), Cristiana Valente (Clube dos Galitos) e Melanie Santos (Alhandra). A luta pela vitória final foi emocionante, com muito público nas bancadas. Anaís Moniz cumpriu volta à pista de corrida onde estava instalada a meta sempre no máximo, cruzando a linha de meta com cerca de 15 metros de vantagem sobre Luísa Condeço. Colectivamente o pódio feminino foi composto por "Águias" de Alpiarça, Alhandra e Sporting Clube de Portugal. No sector masculino, a vitória coube ao Alhandra, seguido de "Águias" de Alpiarça e Clube dos Galitos.


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Atletas de Vila Franca em destaque Carlos Santos classificou-se, no domingo, em segundo lugar no Grande Prémio do Atlântico. O atleta dos Amigos do Atletismo de Vila Franca ganhou, assim, a prova de veteranos. Na corrida participaram 1424 atletas. Ainda este mês, três atletas dos Amigos do Atletismo participaram na maratona de Sevilha, alcançando os seguintes resultados: Raul Quaresma (3h10m) Aires S. Pedro (3h12) e Alexandre Jorge (3h52).

voz ribatejana #32

Alverca bate Loures e está a 6 pontos da liderança O Alverca alcançou uma importante vitória na última jornada da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Lisboa, disputada no domingo. Perante os seus adeptos, o Alverca recebeu e bateu o líder Loures por 1-0 e está apenas a 6 pontos do líder União de Tires, que, com alguma dificuldade, ganhou no campo do Tojal. O golo do Alverca surgiu já nos minutos finais, na sequência de um canto. Fábio Martins foi o mais expedito e, rodeado por vários adversários, conseguiu rematar para o único golo da partida. Bem esteve igualmente o Vilafranquense, que ganhou em Bucelas por 2-0 (com um autogolo e um golo de Guilherme) e segue tranquilo a meio da tabela, assim como o Vialonga, que tem perdido claramente embalagem e, desta vez, trouxe uma derrota pesada por 0-3 da deslocação ao Cacém. O campeonato continua extremamente equilibrado, com apenas 6 pontos a separarem o líder do sétimo colocado, que é o Alverca, mas Vilafranquense e Vialonga também não estão longe dos primeiros. Na cauda da tabela começa a cavar-se um fosso, entre os quatro clubes mais ameaçados de descida (Alta Lisboa, Tojal, Encarnação e Vila Franca do Rosário) que estão já a 5 pontos dos lugares da salvação. Na próxima jornada, no dia 4, o Alverca joga exactamente no campo do aflito Vila Franca do Rosário. A União Vilafranquense tem desafio difícil, no Cevadeiro, frente ao Cacém e o Vialonga recebe o Linda-a-Velha.

Povoense ganha na Castanheira Na I Divisão de Lisboa, o Povoense superiorizou-se claramente no dérbi concelhio e ganhou na Castanheira do Ribatejo por 4-1. Manteve, assim, a terceira posição, a 3 pontos dos lugares da subida. Já o Castanheira luta para evitar a descida e joga, no próximo domingo, no campo do Coutada, enquanto o Povoense recebe o Venda do

CACÉM 3

Pinheiro. O União de Vila Nova da Rainha perdeu, agora, por 4-0, no terreno do líder Santa Iria, mas segue tranquilo a meio da tabela e recebe o vice-líder Montelavarenses no próximo domingo. Benavente disputa apuramento do campeão Em Santarém terminou a primeira fase da Divisão

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VIALONGA

ALVERCA

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Principal, com vitória destacada do Torres Novas. O Benavente empatou, no

vitórias, 7 empates e 4 derrotas nos 20 jogos disputados, alcançando 34 pontos. Na

Secundária de Santarém, o Samora Correia alcançou um excelente 3-0 em Salvaterra,

Vilafranquense segue em frente na Taça da AFL A União Vilafranquense apurou-se para a quinta eliminatória da Taça da Associação de Futebol de Lisboa (AFL) ao bater, no dia 19, o Sanjoanense (São João da Talha) por 3-1. Pior sorte teve o Grupo Desportivo de Vialonga que perdeu no prolongamento (2-4) frente ao vizinho Tojal e foi eliminado. Em frente na prova seguem também Bucelenses, Linda-a-Velha, Cacém e Lourinhanense. Na Divisão Principal de Santarém, o Benavente bateu a Arepa do Porto Alto por 4-0 no dérbi concelhio e subiu à quarta posição da tabela. Na região, o Carregado cedeu, ontem, em casa, frente ao Torreense em jogo importante para a definição das primeiras posições da Zona Sul da II Divisão. Com este resultado, a equipa carregadense desceu ao quinto lugar, agora a 6 pontos do líder Torreense.

domingo, em Ourém e alcançou um bom quarto lugar, apurando-se para o grupo de seis equipas que vai disputar, na segunda fase, o título distrital e a subida aos nacionais. Os homens de Benavente somaram 9

metade inferior da tabela ficou a Arepa do Porto Alto, que perdeu no domingo, em casa, com o Fazendense e somou escassos 7 pontos. A turma do Porto Alto vai ter agora tarefa difícil na segunda fase para evitar a descida. Já na Divisão

ultrapassando a equipa do concelho vizinho na tabela. A quatro jornadas do fim, o Samora tem 18 pontos e está na sexta posição, numa prova liderada pelo Coruchense, seguido pelo Glória do Ribatejo e pelo Pontével.

Câmara e Alhandra Sporting Club retomam conversações Depois de largos meses de “afastamento”, a Câmara de Vila Franca de Xira e a direcção do Alhandra Sporting Club (ASC) retomaram, no dia 21, as conversas, com uma reunião de trabalho alargada, realizada exactamente na manhã da Terça-Feira de Carnaval. Rui Macieira, presidente do ASC, faz um balanço muito positivo do encontro e ficou já agendada nova reunião para analisar a evolução das principais questões colocadas. Para além dos dirigentes do Alhandra, estiveram presentes a presidente da Câmara Maria da Luz Rosinha, o vicepresidente Alberto Mesquita, o vereador Fernando Paulo Ferreira e o presidente da Junta de Alhandra Luís Filipe Dias. “Foi uma reunião muito positiva. Agradecemos esta possibilidade e ficámos muito agradados com a disponibilidade da câmara”, vincou Rui Macieira, questionado pelo Voz Ribatejana, admitindo

que as questões das piscinas e da necessidade de um novo campo de futebol foram os principais assuntos em análise. No que diz respeito às piscinas, a direcção do

ASC apresentou um dossier com dados sobre a sua gestão e as questões mais prementes que está, agora, a ser analisado pela Câmara.

Carregado recupera pontos perdidos em casa AAssociação Desportiva do Carregado não conseguiu evitar, no dia 19, uma derrota caseira frente ao Torreense, líder da Zona Sul da II Divisão, mas recuperou os pontos perdidos já no passado domingo, ganhando no campo do Tourizense por 2-0. A turmas carregadense mantém-se na luta pelos primeiros lugares, agora com 39 pontos, menos 4 que o Torreense. O campeonato está particularmente equilibrado, com 7 pontos a separem a equipa de Torres Vedras do sexto colocado, que é o Mafra. E a jornada do próximo domingo tem jogos importantes, com o Carregado (4º.) a receber o Oriental (3º) e o Fátima (2º) a receber o Mafra. Um pouco mais tranquilo poderá estar o Torreense, que recebe o Moura. Na partida de dia 19, o Torreense entrou praticamente a ganhar, com um golo de Diego Zaporo logo aos 4 minutos. O Carregado reagiu bem e o avançado Rafael teve três ocasiões ara empatar, que o guarda-redes Leão não permitiu. Foi já na segunda metade da partida que o Carregado chegou ao empate, por Marco Neves (63mts), mas o Torreense reagiu e voltou à vantagem aos 72 minutos, com golo de Hugo Firmino. A arbitragem de Tiago Martins e dos seus auxiliares foi muito contestada pela equipa do Carregado e pelos seus adeptos.

Já no que concerne ao campo de futebol, parecem abrir-se novas perspectivas para a sua localização junto às piscinas, em terrenos que actualmente pertencem à Cimianto. “Foi muito positivo, não só em relação à gestão das piscinas, mas também em relação à perspectiva de aquisição de um novo espaço para o campo de futebol. Sentimos abertura da Câmara para as duas coisas”, sublinha. A ideia será construir o novo campo naquela área, constituindo assim um complexo agregado às piscinas. A Câmara poderá tentar negociar o terreno e comparticipar a obra e o Alhandra terá que encontrar meios para suportar o grosso do investimento. “Todos concordamos que é um espaço mais favorável também para a freguesia”, concluiu Rui Macieira. Jorge Talixa


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Festival celebra José Simões em aniversários dos convívio em Vila Forcados e da UDV Franca de Xira Com o objectivo de assinalar os aniversários de fundação do Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira (80 anos) e da União Desportiva Vilafranquense (UDV), realiza-se, na tarde do próximo dia 1 de Abril, um festival taurino, que servirá também para angariar alguns fundos para as duas instituições vila-franquenses. Com toiros das ganadarias de Santa Maria (lides a cavalo) e de Canas Vigouroux (lides apeadas), o espectáculo conta com actuações dos cavaleiros Filipe Gonçalves, Paulo J. Santos, Marcos Bastinhas, Tiago Carreira, Duarte Pinto e Marcelo Mendes. A pé vão actuar o matador vila-franquense Nuno Casquinha e o jovem Tiago Santos, aluno da Escola de Toureio José Falcão. Pegam em solitário antigos e actuais membros do Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca. “ Trata-se de um festival com a presença de juventude – pois é ela o futuro da nossa festa”, refere uma nota da Tauroleve, empresa concessionária da Praça de Toiros Palha Blanco, que promete “preços populares” para esta iniciativa.

O matador de toiros coruchense José Simões participou, no passado dia 10, num jantar convívio organizado no restaurante “Refúgio D'el Rei”, em Vila Franca de Xira. O evento foi promovido pelo “Grupo Tauromáquico os Dez +” e compareceram, em complemento, cinco aficionados amigos, que não quiseram perder a oportunidade de se familiarizarem com aquela figura do toureio, assim como tambémcom Júlio Gomes, outro maestro presente que se associou à iniciativa. A filosofia do grupo não é homenagear, oferecer coroas de louros ou abrir garrafas de champagne, mas acompanhar, apoiar, respeitar, dar ânimo e exal-

tar quem vive em permanência no perigo e vive com arte. O grupo tem no seu seio um cavaleiro, dois bandarilheiros, um empresário, dois forcados retirados, três directores de corrida, um fotógrafo taurino, um funcionário numa praça de touros do Campo Pequeno e um embolador no activo, além de outros aficionados, o que só por si deixa bem patente a experiência reunida. Em ambiente muito agradável, “lidaram-se muitos touros em praça, no campo e, para regozijo dos presentes, todos os touros foram mortos a estoque”, como mandam as regras delineadas para a profissão e categoria de matador touros.

Clube Taurino homenageia Rouxinol pelos 25 anos de alternativa O Clube Taurino Vilafranquense (CTV) organiza, amanhã, quinta-feira (21h30), um colóquio de homenagem ao cavaleiro tauromáquico Luís Rouxinol, iniciativa que assinala os 25 anos de alternativa do toureiro natural de Valada. O evento conta com uma intervenção do crítico tauromáquico João Mascarenhas. A organização tem o apoio das autarquias locais, da Escola de Toureio José Falcão, Ada empresa Tauroleve e das tertúlias Cirófila, Alhandra A Toireira, Os Farras, o Aficionado, o Estoque, Zás e Vira e Passe por Alto. Antes, a partir das 19h30, haverá um jantar convívio nas instalações do CTV entre o homenageado e aficionados.

Sociedade do Campo Pequeno vai gerir praça do Sobral A Sociedade Campo Pequeno anunciou que, por decisão da mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Sobral de Monte Agraço datada de 16 de Fevereiro, será a concessionária da exploração da Praça de Toiros de Sobral de Monte Agraço nas temporadas de 2012 a 2014, com mais duas de opção. A empresa sedeada em Lisboa agradece a “confiança” manifestada pela instituição sobralense e “compromete-se a, tal como nas restantes praças que administra, a tudo fazer para elevar o prestígio e a categoria desta praça, com vista à defesa intransigente da tauromaquia, como veículo de cultura e tradição”.

Ta s q u i n h a da S.F.R.A. • Cozido à Portuguesa (aos domingos e terças) • Refeições e petiscos diversos Rua Brigadeiro Fernando A. Oliveira Telem.: 964 230 731 - Alverca (em frente ao Centro C. Parque) Encontro Convívio de Paraquedistas residentes na freguesia de Alverca (em data a confirmar) ABERTAS AS INSCRIÇÕES


22 CLASSIFICADOS

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CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA

AVISO Delimitação e Programa-Base da Unidade de Execução U1 Expansão da Plataforma Logística Maria da Luz Gameiro Beja Ferreira Rosinha, Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira: Torna público, e cumprindo o disposto no nº 8º do artigo 77º, conjugado com o artº 149º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, publicado pelo DecretoLei nº 380/99, de 22 de setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 46/2009, de 20 de fevereiro, que se encontra aprovada por deliberação da câmara municipal de 11 de janeiro de 2012, a proposta de delimitação da unidade de execução U1 Expansão da Plataforma Logística e respetivo programa-base. O programa-base, bem como o relatório de ponderação da discussão pública, encontram-se disponíveis para consulta, todos os dias úteis, durante as horas de expediente, na Divisão de Planeamento e Ordenamento do Território, sita na Rua Manuel Afonso de Carvalho, nº 27, em Vila Franca de Xira, bem como na página da internet da câmara municipal em www.cm-vfxira.pt. Para constar e devidos efeitos se publica o presente aviso na 2ª série do Diário da República, sendo também afixado nos lugares públicos do costume, em dois jornais diários, num semanário de grande expansão nacional, um jornal de expansão local e no site do município. Paços do Município de Vila Franca de Xira, 12 de janeiro de 2012 A Presidente da Câmara Municipal, - Maria da Luz Rosinha -


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Agenda Cultural Vila Franca de Xira Exposição “The Return of the Real 17” de Emanuel Brás “Reservatório de Mutações”, patente até 11 de Março de 2012, no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca.. Exposição de Fotografia “Olhares do Meu Olhar” de José Luís Outono, patente até 3 de Março, no Centro Cultural do Bom Sucesso, Alverca. Exposição “Vila Franca de Xira Há 3 Mil Anos”. Sabia que há 3 mil anos atrás, Vila Franca de Xira já era visitada pelos Fenícios?...Uma mostra que nos leva à descoberta de uma nova e insuspeita página sobre os primórdios da cidade. “Vila Franca de Xira Há Três Mil Anos - o Povoado de Cabanas de Santa Sofia”. Patente até 31 de Dezembro, no Museu Municipal de Vila Franca.

Exposição Colectiva de Artes Plásticas. A exposição colectiva de arte contemporânea conta com obras de Ana Pimentel, Christine Ostver, Gilvan Nunes, José de Guimarães, Noronha da Costa, Susana Pires, Júlio Pomar e Nadir Afonso. Patente até 8 de Abril, no Pavilhão Multiusos de Vila Franca. Campanha Gastronómica “Março Mês do Sável”, de 1 de Março a 30 de Abril. Numa parceria entre a câmara e os restaurantes do Concelho decorre a primeira campanha de gastronomia do ano, que destaca um dos pratos mais típicos com origem no rio: o sável frito com açorda de ovas. 5ª Amostra de Teatro de Alverca, de 1 a 31 de Março, no Espaço Cegada, em Alverca. Organização: Cegada – Grupo de Teatro. 1º Festival de Teatro do Grémio, de 2 a 31 de Março, nas instalações do Grémio Dramático Povoense, na Póvoa. Comédia da Noite “os PORTAS” , com António Melo, Almeno Gonçalves, Pedro Teixeira e Fernando Ferrão, dia 3 de Março, às 21h30, na Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense. Encontros de Pais de Crianças e Jovens Deficientes, dia 3 de Março, das 10h00 às 12h00, na CerciPóvoa. Org.: Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Póvoa de D. Martinho. Tardes de Conversa para Descobrir o Património e História do Concelho, dia 7 de Março, pelas 16h00, “Regeneração de percursos culturais no território: Aplicação às Linhas de Torres no Concelho de Vila Franca”, no Núcleo Museológico de Alverca. Feira de Artesanato e Antiguidades, dia 10 de Março, das 10h00 às 18h00, na Praça 7 de Março, em Alhandra. Histórias e Fantasias com...Ana Zannati,

dia 15 de Março, às 9h30 e às 11h00, na Biblioteca Municipal da Qta. da Piedade, na Póvoa. Conversas sobre o Património e História, dia 17 Março, às 16h00, por Nuno Campos “Vilafrancada – Personagens e estratégias”, no Núcleo Museológico de Alverca. Alenquer Exposição de artesanato em madeira "Peça a peça… peças que se encaixam e interligam… peças que se completam e complementam…", de Ana Paula & Vasyl Tsvyk, patente de 1 a 31 de Março, na Biblioteca de Alenquer. Encontro Numa Tarde de Domingo: Inauguração da exposição de pintura de Ana Nabais; Conferência “Os heróis da pós modernidade”, pelo Dr. Deodato Guerreiro, dia 4 de Março, às 15h30, no Museu João Mário. X Festival de Grupos de Cantares da UTIs, dia 7 de Março, às 15h30, no Auditório Damião de Góis. Cerimónias da Procissão dos Passos, de 8 a 11 de Março em Alenquer. A tradicional Procissão dos Senhor dos Passos, manifestação religiosa centenária, percorrerá as ruas da Vila de Alenquer, como habitualmente, no terceiro domingo da Quaresma Atelier de interpretação e teatro, dia 17 de Março, das 10h00 às 17h00, na Biblioteca de Alenquer. Não há euros p'ra ninguém. Revista à portuguesa - com Octávio Matos, Natalina José, Anita Guerreiro, Isabel Damatta, dia 18 de Março, às 15h30, no Auditório Damião de Góis.

Arruda dos Vinhos Exposição “Mostra de Artesanato”, até 31 de Março, no Posto de Turismo de Arruda Exposição de Exposição de Escultura de Conceição Anes, patente até 7 de Março, na Galeria Municipal. Passeio Pedestre da Primavera, dia 18 de Março, em Arruda. Inscrições até 14 de Março, no Posto de Turismo, ou online. Azambuja Acontece aos sábados às 10h30: Dia 10 de Março “Um conto a cantar – A pedrinha plim plum plam”; dia 17 de Março “A ler brincamos e aprendemos.. As cores do Elmer” na Biblioteca de Azambuja. Leitura Sénior, todas as quartas e sextasfeiras, às 11h00, a Biblioteca Municipal de Alcoentre vai visitar o Centro de Dia de Alcoentre para partilhar boas leituras com os utentes seniores da instituição. PAFT – Cicloturismo (BTT), dia 4 de Março, às 09h00, em Manique do Intendente. Concentração na Junta de Freguesia de Manique. V Concurso Literário do Concelho de Azambuja. Dia 9 de Março data limite para entrega de trabalhos, nas Direcções das Escolas, Bibliotecas Escolares ou numa das

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bibliotecas da Rede de Bibliotecas do Município. Benavente Exposição “Campino - O Homem da Lezíria”. Campino, Homem do Campo, guardador de gado. Na Charneca ou na Lezíria, é conhecido pelo maneio do gado bravo e facilmente identificado pelo barrete verde. Patente até Maio de 2012, na Galeria 2 - Palácio do Infantado, em Samora. Exposição de Pintura "La Mise en Scéne d'Ofélia", de Sónia Lapa. Patente até 3 de Março de 2012, na Galeria do Centro Cultural de Samora. Sobral de Monte Agraço Exposição de Pintura a Óleo “O Meu Meio Mundo e Outro”, de 3 de Março a 5 de Abril, na Galeria Municipal do Sobral. “Workshop de Dança – ClássicoContemporânea” Actividade formativa, pela Companhia de Dança de Aveiro “Amadeus”, dia 3 de Março, às 17h30 e 21h30, no Cine-Teatro do Sobral. Espectáculos Infantis - Música “No Tempo em que os Instrumentos Falavam”, com Joana Amorim, Joana Bagulho e Pedro Oliveira, dia 11 de Março, às 16h00, no Cine-Teatro do. Cinema – Filmes de Março: dia 10, às 21h30 “Inquietos” Santarém Exposição de Pintura: “máscaras rituais do Douro e Trás-os-Montes”, da pintora Balbina Mendes, patente de 29 de Fevereiro a 27 de Abril, na Casa do Brasil. Os carochos, os caretos, a Festa dos rapazes, os “casamentos”, a Encomendação das Almas, são retratos vivos de cultura antiquíssima que se podem encontrar naquelas regiões, durante tanto tempo isolados. Inauguração dia 29 de Fevereiro, às 18h30. Exposição “VII destaque/Exposição de Arte Contemporânea ‘Manela de Azevedo’, patente de 1 de Março a 30 de Abril, na Casa-Museu Anselmo Braamcamp Freire. Campanha Gastronómica – “Festival do Magusto”, até 4 de Março, em Santarém. Tardes do Emprego, dia 29 de Fevereiro, das 14h30 às 15h30, na Sala da Assembleia Municipal – Antiga Escola Prática de Cavalaria. Comemorações dos 300 anos da edificação da Sé de Santarém, até 26 de Maio, em Santarém. No âmbito das comemorações dos 300 anos da edificação da Sé de Santarém a Diocese organiza várias visitas temáticas. Música “WINX ao VIVO – Em Concerto!” Lemon, dia 3 de Março, às 15h00 e 17h30, no Teatro Sá da Bandeira. Teatro “Peter Pan”, dias 7 e 8 de Março, às 11h00 e às 14h00, pelo Teatro Fantasia – APPACDM, no Teatro Sá da Bandeira. Cinema –Filmes em Março no Teatro Sá da Bandeira: Dia 29 de Fevereiro, às 21h30 “A Gruta dos Sonhos Perdidos”; Dia 7, às 21h30 “Quem vai à Guerra”. Um documentário que pretende ser uma abordagem singular sobre a influência da guerra em Portugal; Dia 9, às 21h30 “Processo-Crime 141/53 – Enfermeiras no Estado Novo”. Anos 50. Salazar impõe a sua força totalitária para reprimir tudo o que não se enquadre dentro das normas estabelecidas. coordenação: António Dias

Autarcas “furam” tolerância de ponto A Câmara de Vila Franca de Xira, a exemplo da maioria das suas congéneres, decidiu manter a tradição e dar tolerância de ponto aos seus cerca de 1000 funcionários na TerçaFeira de Carnaval. Mas o olho Vivo sabe que alguns dos eleitos municipais vila-franquenses acabaram por “furar” o dia de descanso e mesmo na manhã de terça-feira lá estavam pelo menos três deles em reunião, importante, com uma das colectividades do concelho. É caso para dizer: faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço. Ou então a dedicação à causa política é bem maior que o apego à função pública.

Buracos afastam visitantes do jardim e do pavilhão do Vilafranquense É certo que a obra de remodelação do Jardim Constantino Palha não estava totalmente concluída quando foi inaugurada em Outubro. Mas o que não se percebe é que, passados 5 meses, um pouco troço da estrada de ligação ao acesso Norte do jardim e ao pavilhão da União Vilafranquense continue em terra batida e cheio de buracos. Das duas uma: ou a autarquia não quer muitos visitantes naqueles equipamentos públicos e decidiu “desmotiválos” desta maneira ou então faltou o alcatrão para aqueles três ou quatro metros de arruamento.

Câmara de Alenquer “convida” a pagar para estacionar no passeio A crítica partiu do social-democrata Eurico Borlido que, na última reunião camarária, não esteve com meias medidas e observou que o Município de Alenquer deve ser o único do País que leva os munícipes a pagarem para estacionarem em cima do passeio. O autarca referia-se ao espaço que ladeia o edifício dos Paços do Concelho, mas o presidente Jorge Riso adiantou que esse também é caso único no concelho. Afinal, perante tanta falta de espaço na vila alta, a autarquia decidiu “aproveitar” mais aquele bocado. O pior é deixar os peões sem alternativa.


Voz Ribatejana

ALVERCA

Vila Franca apresenta 200 dos melhores cartoons de 2011 Vila Franca de Xira volta a ser a capital do humor, com mais uma edição do Cartoon Xira patente, até 25 de Março, no Celeiro da Patriarcal. Jorge Talixa Os governos de Sócrates e Passos Coelho, a “Troika” e a crise económica em Portugal e na Europa, são alguns dos principais temas que inspiraram os melhores cartoonistas portugueses ao longo do ano passado. Uma selecção dos 100 melhores cartoons de 2011 está, agora, patente, em Vila Franca de Xira, reunindo trabalhos de oito autores nacionais. O Cartoon Xira, inaugurado no dia 18, vai ficar patente no Celeiro da Patriarcal (centro da cidade) até 25 de Março e mantém a sua componente internacional, desta vez com a apresentação de 100 cartoons do cubano Angel Boligán, um dos mais reco-nhecidos cartoonistas do Mundo que já recebeu 121 prémios e menções honrosas internacionais. Certo é que, apesar da crise, o

Cartoon Xira mantém e até alarga a sua dimensão, conforme referiu, na abertura, o cartoonista António Antunes, natural de Vila Franca de Xira e um dos impulsionadores da ideia, lançada em 2000 de criar na cidade ribatejana um grande salão de divulgação do cartoon português. O projecto cresceu, dos quatro autores portugueses iniciais, já vai em oito (António, Carrilho, Cid, Cristina Sampaio, António Gonçalves, Maia, Henrique Monteiro e Gonçalo Viana) e ganhou estatuto internacional a partir de 2008, com um autor estrangeiro convidado em cada edição. “Com a entrada este ano de mais dois autores nacionais (Monteiro e Viana), conseguiu-se a dimensão perfeita para este local e para esta mostra que é única no País. O público também reconhece cada vez mais e melhor o

Cartoon Xira e vai, com certeza, divertir-se imenso. Estou em crer que vamos ter este ano um recorde de visitas e isso é bom neste período de crise que atrave-ssamos”, sustentou António Antunes, salientando que o Cartoon Xira consegue levar a Vila Franca cada vez mais visitantes de toda a região de

“O humor é o sal da vida”

António Cird

Angel Boligán é o cartoonista estrangeiro convidado para esta edição da mostra vila-franquense. Na sessão inaugural considerou um “privilégio” partilhar esta “grande galeria” com oito dos mais conceituados cartoonistas portugueses, frisando que o Cartoon Xira, que já teve como convidados o brasileiro Cássio Loredano e o argentino Lábat, é cada vez mais reconhecido no Mundo inteiro como um grande encontro da arte do cartoon. “O humor é o sal da vida, dá-lhe sabor. É o que tento fazer com o meu trabalho. Nos últimos anos temos estado cheios de novas tecnologias, de novos problemas, de novas crises. Temos procurado levar isso ao humor, para que seja um pouco mais sentido. Se as pessoas sorriem, já é uma vitória. E é muito importante que, apesar da crise, se consiga manter um encontro com este nível artístico, este nível de catálogos e de público”, acrescentou o autor, nascido em Havana (Cuba) em 1965 e que, desde 1983, publica regularmente os seus trabalhos na imprensa cubana e mexicana. Boligán fundou uma agência latino-americana de caricaturas (Cartonclub), colabora com agências francesas e norte-americanas, já ganhou inúmeros prémios em Cuba e no México e 121 prémios internacionais.

Lisboa. Já Maria da Luz Rosinha, presidente da edilidade vila-franquense, destacou que esta mostra e os livros que a acompanham “permitem perpetuar a memória da história, através do traço crítico, sempre criativo e inteligente que os cartoonistas desenvolvem, ajudando-nos a construir a história e uma forma diferente de ver os acontecimentos”. A autarca realçou também a aposta do Município neste evento. “Temos vindo a

fazer crescer o Cartoon Xira, com uma vontade de nos afirmarmos como um espaço de cultura onde o cartoon tem um lugar especial”, referiu, frisando que o cartoon “é cada vez mais reconhecido como uma expressão artística”. Maria da Luz Rosinha lembrou o forte envolvimento do vila-franquense António An-tunes, “um nome grande do cartoon nacional e internacional”, na organização do evento e destacou duas mensagens que recebeu. Uma do

primeiro-ministro Passos Coelho, que saudou a iniciativa e lamentou não poder estar presente na inauguração. E outra de Mário Soares, que visita anualmente o Cartoon Xira e já garantiu que nos próximos dias fará uma visita demorada a mais este salão internacional do cartoon. O Cartoon Xira pode ser vi-sitado de terça a sexta das 14h00 às 19h00 e aos sábados e domingos das 15h00 às 19h00. Encerra às segundas e feriados.


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