Viver Osasco - nº 09

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EXEMPLAR GRÁTIS

Jairzinho é coisa nossa

O ponta-direita campeão que pôs Osasco nos campos do mundo

Sebrae Osasco

Pequenos negócios de 15 cidades acham aqui ajuda para crescer V I V E R

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SUMÁRIO

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EDITORIAL - Heróis Necessários Quase sempre anônimos e sem títulos, eles inspiram Osasco PERFIL - Jair da Costa Eis o nosso “Jairzinho”, ponta-direita e campeão mundial no Chile COMPORTAMENTO - Homem-Grilo Super-herói faz de Osasco pólo mundial das histórias em quadrinhos EMPRESAS - Sebrae Osasco Uma ajuda gigante e de graça para os pequenos empresários EMPREENDEDORISMO - Sim, Você Pode Nosso especialista ensina como ter sucesso em negócio próprio

Ano II – nº 9 Setembro/Outubro 2011 Foto: Viver Osasco

SEÇÕES: Gente - Pessoas que você conhece ou que precisa conhecer. 8 Acontece - Fatos que você não viu mas é importante ver. 10 Roteiro - Uma ajuda para você saber aonde ir e o que fazer. 14 Puxa vida - Tiko Lee uma Osasco poética e surpreendente. 39 Cultura & lazer - Sugestões melhoraram qualidade de vida. 40 Escreve quem lê - Leitores falam e escrevem sobre Osasco. 41 Vídeos - Para se instruir, leia “Viver Osasco” ou veja um vídeo. 42 V I V E R

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EDITORIAL

Nossos Heróis Necessários Ainda bem que Osasco tem seu super-herói. Ainda que ele seja um chiste, um herói de fancaria. Ou seja, um herói para não ser levado a sério, por isso mesmo é que deve ser levado a sério. Temos o Homem Grilo. Um superpateta, tosco e muito interessante. Ao contrário do que defendia o dramaturgo Bertolt Brecht, que amaldiçoou a terra que precisa de heróis, nós precisamos, sim, desses super-heróis e heróis, burlescos. Só assim, pela paródia, pela farsa, conseguimos às vezes enxergar a importância daqueles nossos guerreiros anônimos, filtrados pela corrosiva falta de graça do dia-a-dia. Melhor que sejam anônimos. Melhor que lutem por um sonho declarado, já que as causas não passam muitas vezes de quimeras de laboratório. Melhor que esses nossos anônimos necessários quebrem a cabeça e a cara combatendo por sobreviver, e não liderem mais que os próprios destinos – o que já é uma façanha e tanto. Como jornalistas, nós da “Viver Osasco” sentimo-nos gratificados por confirmar a cada edição o acerto de uma tarefa cujo resultado era a princípio apenas intuído. Tarefa de garimpar essas jóias de humanidade e valor, sem embolsá-las, descobri-las, sem endeusá-las. Não queremos fabricar nem ídolos nem heróis. Empenhamo-nos em mostrar gente como a gente. Não para que sirvam de modelos, mas para encontrarmos em nós mesmos a dignidade de cidadãos e de gente-gente.

Viver Osasco é uma publicação da Viver Edições e Produções Ltda. 6

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Felizmente temos nossos heróis burlescos, tocantes, emocionantes: é gente como o bananeiro-cantor, injustificadamente achincalhado num programa de tevê demagógico e insensível; pessoas como o ilustre poeta concretista que por aqui passou e aqui teve fincadas suas raízes; personagens como, agora, o professor de História que trocou a frustração do nosso sistema público de ensino por uma forma popular de “educação”, a dos quadrinhos, e obtém reconhecimento internacional; personalidades como o herói dos campos de futebol, que igualmente internacional cultiva aqui seus amigos e suas glórias de campeão do mundo; e principalmente, são indivíduos como os heróis indistinguíveis que acreditando na aventura de empreender um negócio próprio, em geral pequeno como o alcance dos próprios braços. E que sem capitular remam contra a maré. E insistem em listar Osasco como núcleo de referência de trabalho e de iniciativa. Então, temos motivos para nos orgulhar deste pequeno grande município, que se agiganta na capacidade de produzir gente de fibra e qualidade. Gente que faz Osasco. Gente que vive Osasco. Vamos continuar a procurar e a mostrar esses heróis. Contamos com o seu apoio. Edmilson Conceição editor

Editor: Edmilson Conceição Jornalista Responsavel: Shitomo Nakazato MT-14471 Editor de Arte: Arnaldo Colón Silva Comercial: Carlos Camargo - Cel.: 9745 1313 comercial@viverosasco.com.br

Designer: Henrique Vargas Impressão: W Gráfica e Editora Tiragem: 15.000 exemplares Viver Edições e Produções Ltda. telefone: 3608-0787 / 3695-3133 redacao@viverosasco.com.br


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GENTE

Plantar uma árvore, escrever um livro e ter filhos, foi uma das missões que cumpriu dignamente, mesmo assim não desiste de outros sonhos para torná-los realidade. Aos 14 anos teve seu primeiro emprego, para ajudar no orçamento familiar. Mesmo trabalhando, nunca deixou os estudos, tendo uma carreira brilhante até a sua aposentadoria, chegando a participar na estrutura organizacional do grupo Braseixos. Conhecido como “empresário do aço” preside a Etna Steel reativou toda a estrutura da antiga Cobrasma para produzir matéria prima, e peças fundidas para vagões ferroviários e exportação. Seu maior orgulho é ter comandado uma equipe, que gerou cerca de 1.500 novos postos de trabalho, inclusive resgatando o tradicional apito da fábrica, marco da cidade.

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Douglas Jericó

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Compositor, músico, roteirista de filme, desenhista premiado, apreciador de rock, MPB e música eletrônica, estudou nas melhores escolas da cidade, formado em Processamento de Dados na Fundação Bradesco. Morou nos Estados Unidos onde aprendeu a língua, e pode fazer alguns estudos. Recentemente sofreu acidente em sua própria residência, mas nada prejudicou sua carreira e é exemplo de superação. É funcionário da IBM, “Home Office”, foi homenageado pela Câmara Municipal, foi entrevistado no programa do SBT, faz Faculdade de TADS na UNIFIEO e se possível na vida pública pretende batalhar em defesa da natureza, controlar o progresso e garantir a acessibilidade dos deficientes, e estar presente nos jogos do Corinthians. V I V E R

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Carlos Seiscentos

Ligia Cristina Melli

Tem três paixões na vida: a família, a medicina e a música. Formada pela UNESP de Rio Preto, fez residência de Saúde Pública na Santa Casa de São Paulo. Casou-se com um osasquense da gema, vindo aqui morar há 25 anos, onde seus filhos nasceram e estudaram. Dedicou trinta anos à Saúde Pública, em vários setores e por 15 anos na Secretaria da Saúde de Osasco. Há 10 anos coordena o Instituto de Pesquisa Unolab, na UNIFIEO fazendo pesquisa de ação social e dando aulas de Saúde Pública. Com a homeopatia pode exercer atividade voluntária, atendendo crianças de famílias de baixa renda no “Lar Jesus entre as Crianças”. A música surgiu aos 8 anos, estudando piano por 9 anos, e diz que a medicina cura as doenças do corpo, mas é a música que cura as doenças da alma.


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ACONTECE

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O inverno cor-de-rosa do General Bittencourt Começo de agosto, meio do inverno. Quem passa pela pequena rua de trânsito agitado que ladeia o tradicional Colégio General Bittencourt, no centro de Osasco, se extasia. Um ipê que floresce ao lado das salas de aula espalha pelo chão seu cobertor de flores. Magnífico o colorido, de um cor-de-rosa vivo, capaz de matar de inveja a qualquer roseira. O colégio não se preocupa em varrer a encantadora cobertura. Assim, nos faz esquecer o frio e antecipar a primavera. As grades da escola não prendem as flores, que se debruçam sobre a calçada. O conjunto forma uma moldura perfeita para as vozes primaveris dos alunos filtradas pelas janelas. Ainda bem que a escola nada varre. Isso, sim, não é lixo. Então, num pedacinho de Osasco, entre o cimento, o asfalto e o tráfego, o inverno é róseo, por obra e graça de um solitário ipê em festa.

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Banda de rock pop de Osasco firma espaço no rock nacional A banda 4SUX, no último dia 28 de agosto, lançou seu mais novo CD “Essa história não acaba aqui”, no espaço “Beco 203” em plena Rua Augusta em São Paulo. Em nova fase com sons, melodias e letras marcantes o grupo se apresenta em shows, vivendo o seu melhor momento. Teve sua primeira formação em 2004, quando Marcus e Bruno compunham músicas na própria escola para passarem o tempo e com mais dois amigos formarem a banda 4SUX. Com um histórico diversificado de apresentações em festivais e participações em coletâneas, sites, blogs e revistas, lança em 2009 seu primeiro EP com 10 faixas (gravação e produção independente) sendo suas cópias totalmente vendidas em seus próprios shows. Hoje Marcus (voz), Bruno (guitarra), Jon (guitarra) e Renann (bateria) marcam presença da 4SUX no rock nacional.

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Osasco envia soldados para Missão de Paz No último dia 27 de agosto, no Osasco Plaza Shopping, 150 militares do Batalhão de Infantaria Leve, baseados em Quitaúna, receberam homenagens pela missão que irão desempenhar no Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti), pela formatura do curso que tiveram de treinamento rígido, não só físico, mas de relacionamento, semelhante aos que serão executados no Haiti e um coquetel junto com seus familiares e amigos, para despedida e já no dia 1º de setembro embarcarem para o Haiti. O evento contou com a presença de autoridades civis e militares, tendo o General de Exército Adhemar da Costa Machado Filho, Comandante Militar do Sudeste, destacado em sua fala que: “estes jovens irão escrever mais estas bonitas páginas da História e do Exército Brasileiro”.

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Visando à melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e suas famílias, diversos outros projetos também beneficiam a comunidade. Através do CAT Luis Eulalio de Bueno Vidigal Filho - Centro de Lazer e Esportes, proporciona aos seus associados infantis: aulas de futebol, futsal feminino, voleibol, basquetebol, natação, atividades recreativas, iniciação ao esporte, luta olímpica, atletismo e dança. Para adultos: body-jump, aero mix, ioga, condicionamento físico, natação, hidroginástica, ginástica e alongamento para a terceira idade. Com piscinas, quadras de areia e saibro (tênis), paredão, salão de jogos, campo de futebol, playgrounds, pista de atletismo, quadras, ginásio poliesportivo e cursos de artesanato, tem ainda uma intensa agenda cultural de espetáculos teatrais e de música popular e erudita. Av. Getúlio Vargas, s/n – Jardim Piratininga – 3602-6200 – cleosasco@sesisp.org.br V I V E R

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FOTOS: VIVER OSASCO

PERFIL

Jair, de Osasco, Ponta-Direita Campe達o Mundial de Futebol 1 6

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O Jairzinho, jogador de futebol, ponta-direita, campeão do mundo com a Seleção Brasileira, é de Osasco e vive em Osasco? Sim. É famoso? Sim. Mas não é o Jairzinho Ventura, o “Furacão” da Copa de 70, que veio do Botafogo do RJ e foi ponta-direita titular da Seleção Brasileira. O nosso “Jairzinho” já tinha antes esse apelido carinhoso, mas é o Jair da Costa, o Jair de Osasco, o Jair que veio do Duque de Quitaúna e foi também ponta-direita. E da Seleção Brasileira. E campeão do mundo – no Chile, em 1962 –, nomeado só como “Jair”. O nosso “Jairzinho” só teve no futebol duas “desventuras”: uma, ser homônimo do “Furacão”, que era craque, veio depois dele e tomou conta do diminutivo famoso; outra, ser ponta-direita reserva de um gênio, Mané Garrincha. O resto da história desse jogador de futebol são só glórias. O Jair, o Jair da Costa, o Jair de Osasco é titular de uma das trajetórias mais vencedoras do futebol brasileiro em todos os tempos, reconhecida internacionalmente. Reportagem: Edmilson Conceição V I V E R

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sasquense de quatro costados, Jair da Costa nasceu em Santo André. “vim aqui para Osasco ainda pequeno”, conta o jogador. “Morei perto do matadouro, onde hoje tem o Roldão. Comecei a jogar ali, na terra, na rua, com bola de meia,...” As lembranças do futebolista o levam ao tempo em que pegava peixinho no riozinho, apanhava fruta e abóboras na chácara da Prefeitura e morava nas casinhas da Eternit, que “ainda hoje estão lá” e na esquina tinha o armazém do Primo, onde é hoje a escola Pio X... Mas o envolvimento com a bola ficou mais sério quando Jairzinho tinha 9 anos de idade: “Comecei a jogar, lá no Quilômetro 21, Quitaúna, no time do Duque de Caxias. O Duque era o time do José Mota, que se preocupava em formar jogadores desde moleques.” Depois disso, Jair arrumou emprego na Cobrasma. Era office-boy, mas 1 8

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jogava futebol no time da empresa. Ele conta que dois amigos da Cobrasma, o Antonio Marchetti (hoje na rádio “Furacão”) e o Antonio Júlio Baltazar, o encaminharam para treinar na Portuguesa de Desportos: “Toda quinta-feira eu ia treinar no juvenil da Lusa”, lembra Jair. E lembra também que foi nessa época que conheceu o Setter, seu amigo até hoje. “Eu tinha lá na Cobrasma um chefe maravilhoso”continua ele. “Chamava-se Albertino de Souza Oliva. Ele era como um pai para mim. Ele me liberava do trabalho nas quintas-feiras, para ir treinar na Portuguesa.” É, já não se fazem mais chefes como os de antigamente... Depois de um ano de quintas-feiras futebolísticas, Jair da Costa assinou contrato na Lusa. “E aí, sim, saí da Cobrasma.” Começava assim, em 1957, aos 17 anos de idade, a vida de jogador profissional de Jair da Costa.


Drible de Chefe A carreira futebolística de Jair iniciada na Portuguesa só não foi mais meteórica que a de certos craques instantâneos de hoje em dia. Mas decolou bem rápido. Ele conta: ”Cheguei à Seleção Paulista, à Seleção Brasileira, depois joguei na Internationale de Milão, na Roma, e depois que voltei para o Brasil joguei no Santos de 1972 a 1975. Cheguei a jogar no Canadá, num time da colônia Italiana de lá, mas foi só por uns seis meses.” – Você fez muitos gols em sua carreira? – quer saber o repórter. “Acho que fiz só uns duzentos e poucos”, contabiliza modestamente Jair da Costa. E explica: “Eu era ponta-direita, tinha é que ir até a linha de fundo e cruzar para os outros fazerem os gols.” – Você era mais driblador ou velocista? “Eu era mais rápido”, admite Jair. – Dos seus gols, qual foi o mais marcante? Jair nem pestaneja: “Foi no jogo pela Inter de Milão contra o Benfica, de Portugal, em 1965. Foi numa final da Copa Europa, em San Ciro. Ganhamos de um a zero e a Inter se tornou com meu gol bicampeã do que é hoje chamada de Champions League. Eu tenho a foto desse gol”. – E no Chile, foi duro ficar no banco? “Em 62 eu estava é muito orgulhoso de estar na Copa do Mundo, convocado como ponta-direita da Seleção Canarinho. Mas eu era reserva do Garrincha. Aí, não dava para ser titular, né. Só se ele quebrasse aquela perna torta dele”, brinca Jair. “Para mim, ter sido reserva do Mane é uma honra, é o máximo. Posso dizer que cheguei ao topo, na minha profissão.” – Nada mal, Garrincha, Pelé... Como foi V I V E R

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sua passagem pelo Santos? “Passei por lá de 1972 a 1975, por aí. Joguei com Pelé, Clodoaldo, Carlos Alberto, Zé Carlos, Edu... O treinador era o Pepe, Era um timaço. Tanto é, que ganhamos o campeonato paulista. Era o título que me faltava. Ganhei logo depois que vim da Itália. – Essa história de jogador brasileiro na Itália, então, vem de longe? “Justamente. Mas não fui eu o primeiro, não. O caminho tinha sido aberto em 58, por jogadores como o Júlio Botelho. Em 60 já tinha ido o Sormani, um monte de gente, todos oriundi. Na Europa eu fui quatro vezes campeão italiano, duas vezes campeão europeu, duas vezes

campeão mundial de clubes, tudo pela Inter de Milão, onde joguei nove anos. Na Roma, joguei só um ano. Foi na Itália que eu passei como jogador a ser chamado Jair da Costa, em vez de Jairzinho.” – Você também é “oriundi”? Foi por isso que foi parar na Itália? Jair abre o seu sorriso largo e costumeiro: “Não, eu fui como estrangeiro mesmo, bem brasileiro”. Em outras palavras, o Jair da Costa, o Jair de Osasco, talvez tenha inaugurado a exportação de puro talento futebolístico do Brasil. – Como foi a sua saída definitiva de campo, Jair? Essa é uma hora quase sempre dramática, né?

Os Dez Títulos de Jair Campeão do mundo, Seleção Brasileira, 1962, Chile Bicampeão mundial de clubes, Inter de Milão, 2 0

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1964 e 1965 Bicampeão europeu, Inter de Milão, 1963/64 e 1964/65 Tetracampeão na-

cional da Itália, pela Inter, 1962/63, 1964/65, 1965/66 e 1967/68 Campeão paulista, Santos, 1973


“Joguei até pouco tempo atrás”, conta Jair, enfileirando na conta vários anos de contato com a bola só por prazer, mas não mais profissionalmente. “Com problemas no joelho, não pude mais prosseguir. Artrose, atrite, essas coisas... É a vecchiaia, tudo que é dor aparece...” O termo “velhice” é pontuado em italiano, com a típica manifestação de autogozação, quase felicidade, com que os peninsulares se referem à própria idade. É uma bela herança cultural, que aos 71 anos de idade de Jair da Costa fazem parte do seu jeito de ser e de encarar a vida. Rico de Amigos – Fora de campo, qual a maior recompensa que o futebol trouxe ao cidadão Jair da Costa? – indaga reportagem. “A minha maior alegria é ter muitos amigos”, responde Jair, com a velocidade e o objetivo de um ponta-direita. “Tanto é assim, que eu tenho essa quadra de futebol soçaite para receber os amigos. (v.box “A Quadra e os Quadros”). Toda semana reúnem-se aqui muitos dos meus amigos. Aqui a gente bate uma bola, sua a camisa, bate papo, toma cerveja. O futebol me deu isso. A maior riqueza que eu tenho hoje, além da minha família, são os meus amigos.” – Família? “Sou casado, minha esposa chama-se Mirtes. Pai de quatro filhos maravilhosos, Carlos Eduardo, Maurízio, Fernando Luiz e Rogério. Só homens, mas nenhum joga futebol. Espero que algum dos três netos goste.” – O futebol parece quase uma obsessão em sua vida, verdade? “E não é gostoso jogar uma bolinha?”, diz Jair. “Na minha idade a gente joga falando, gritando, xingando, brincando, o futebol e uma roda

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de amigos é sempre uma festa.” –Jair, com certeza você deu a Osasco uma projeção maior que os limites municipais. Além da bola de meia dos tempos do matadouro, de cultivar o seu talento, o que mais a cidade te deu?

“Eu tenho o título de Cidadão Osasquense”, proclama o sorridente Jair da Costa. “Recebi o título logo que voltei da Itália e me sinto honrado: sou filho de Osasco! Já participei do desfile de 7 de setembro, as escolas me procuram

A Quadra e os Quadros Hoje em dia Jair da Costa vive de cultivar com paixão e capricho a sua quadra de futebol soçaite. É uma das mais bem equipadas e bonitas talvez do país. A quadra é alugada para amadores de futebol, gente que se diverte batendo uma bola em geral à noite nos dias de semana. “É aqui que eu recebo os meus amigos para um churrasquinho, uma cervejinha e para jogar...” Jogar? E o joelho?

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“Jogar muita conversa fora”, brinca Jair, com um largo sorriso. A quadra chama-se oficialmente Esporte Center Jair da Costa. Fica na Av. Dionysia Alves Barreto, 634, no centro de Osasco, telefone 3683-9329. Alugada a R$ 650 por uma hora e meia (divididos por 20 ou 30 jogadores fica barato) a quadra tem vestiários limpíssimos, guarda-volumes, tudo muito organizado. Num mezanino de cerca

de 200 m2, churrasqueira, mesas e um salão que Jair reserva apenas aos amigos, embora pudesse perfeitamente ser alugado como salão de festas. A quadra existe desde 1990, mas é tão bem cuidada que parece ter sido inaugurada há uma semana. O “campo” é de grama sintética macia. As janelas lá no alto, em dia de sol filtram e espalham uma luz brilhante e inspiradora sobre o verde da grana.


para me conhecer, a imprensa sempre aparece por aqui...” – E o futebol, o que lhe ensinou? “A ser solidário, a superar dificuldades, a compartilhar alegrias, a cultivar os amigos. Eu perdi meu pai com 13 anos de

O azul e branco das paredes homenageia a Inter de Milão. A ternura que Jair guarda para com a equipe italiana parece mais que justa: “Lá no museu da Inter de Milão, em San Ciro, tem um painel sobre mim...”, diz Jair sem vestígio de imodéstia. Na parte térrea e frontal da construção, um bar que Jair arrenda a terceiros serve para repor os líquidos puros, minerais ou etílicos perdidos pelos amigos esfalfados de

idade, tive que cuidar da minha família. O futebol e os amigos é que me deram suporte. O futebol e as boas amizades me ensinaram a saber perder, vencer e viver. Para viver bem a gente só precisa de bons amigos, mais nada.

correr atrás da bola. Uma espécie de ante-sala dá entrada à quadra propriamente dita. Nesse saguão, as paredes estão literalmente forradas com fotos, quadros, flâmulas, fac-símiles de diplomas, reportagens e honrarias a Jair. É material acumulado em anos de futebol e glórias. Há imagens de Jair até ao lado de presidentes da República, mas... “Ta vendo aquele quadro bem grande ali?” O visitante estranha um

painel de metro e meio de altura, meio esverdeado. É preciso a explicação: “É o meu cobertor, da Copa do Mundo no Chile. Lá era frio, era junho. Cada jogador recebeu um cobertor, com o seu próprio nome bordado. Está vendo? “Jair“ O cobertor do craque de Osasco campeão do mundo é um capricho e uma raridade. Raridade e capricho que aquecem e dão um testemunho com um calor que aquece mais que mil palavras.

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FOTOS: VIVER OSASCO

COMPORTAMENTO

Homem-Grilo O Super-Herói Osasquense Personagem de história em quadrinhos tem fãs no mundo todo Reportagem: Edmilson Conceição 2 4

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uem passar a pé ou de carro pela frenética avenida dos Autonomistas, bem próximo da Estação de trem de Quitaúna, se for meio distraído não vai perceber a pintura. Cheia de cores e num desenho bem elaborado o “painel” enfeita a fachada da construção humilde, que conjuga um bar (com a tradicional porta metálica “de enrolar”) e a

entrada lateral de um corredor que leva à residência nos fundos. A pintura é vibrante, movimentada, mas confunde. Seria um “grafitti” comum, desses que se espalham pelas cidades? Quem é o personagem: o Homem Aranha? o Batman, sem capa e sem Robin? Se você não reconhece a figura, tem todo o direito. Mas desculpe, caro amigo, atualize-se. Você está diante do Homem-Grilo, personagem de HQ (história em quadrinhos), legitimamente osasquense, nascido ali mesmo, atrás do bar de Quitaúna. “Desculpe”, porque só na internet o Homem-Grilo (e mais uma legião de anti-super-heróis com o mesmo DNA) atrai milhares de aficionados para o site www.homemgrilo.com Milhares mesmo: todo mês são mais de 1.800 visitas e 6 mil acessos. De Osasco? Não, acredite. De todo o Brasil, da Alemanha, Japão, Canadá, Estados Unidos, Argentina, enfim, de todos os continentes. A casinha de Quitaúna é o quartel-general do Homem-Grilo. É ali que mora Carlos Eduardo da Silva Simões, o Cadu Simões. Cadu é a alma do Homem-Grilo, isto é, é ele quem cria as histórias, faz os roteiros, imagina as aventuras desse herói meio apatetado que quer salvar o mundo – e sempre salva – apesar das trapalhadas que comete. Dissemos “alma”, porque todo personagem é movido pelo espírito que o inspira, mas para existir tem que ter um “corpo”. Esse corpo quem dá ao Homem-Grilo é Ricardo Marcelino. São de Ricardo os traços que transformam em imagens as situações imaginadas por Cadu. Curiosa, essa trama, em que o criador V I V E R

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Cadu Simões e Ricardo Marcelino: alma e imagem do Homem-Grilo

não é uno, mas uma dupla. Como começou tudo isso? “Nós éramos vizinhos desde criança”, conta Cadu. “E o início de tudo foi o Ricardo. Mesmo antes de começar a ler (aos cinco anos de idade), ele já era um devorador de histórias em quadrinhos. Ricardo tinha milhares de revistinhas. Ele comprava, colecionava e me emprestava as revistas, que eu passava os dias lendo.” Ricardo confirma que era de fato o fornecedor de matéria-prima para o amigo. Eles foram crescendo e no começo da década de 90 o computador entrou na vida da dupla. E aí a história mudou de rumo. História por histórias “A gente começou as historinhas jogando RPG”, revela Ricardo. (RPG, como se sabe, são aqueles jogos por computador e os objetivos não são claros e os competidores vão assumindo papéis e riscos de acordo com as intervenções de cada participante.) 2 6

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“Aí, como na época eu já desenhava”, continua Ricardo, “a história ia se desenrolando e eu riscava no papel. Mas nada ainda do Homem-Grilo.” Que fique registrado que o tal do Homem-Grilo surgiu em 2000, mas começou efetivamente a ser criado pela dupla Cadu-Ricardo três anos antes, em 1997. Mas, já que falamos em “alma” de personagens, “DNA” de personagens, será que daria para entender a gênese do Homem-Grilo bisbilhotando um pouco mais a vida de seus criadores? Vamos lá. Ricardo Marcelino, 35 anos, casado, pai de dois filhos, é um sujeito calmo, tímido, pouco falante. Começou a desenhar ainda na primeira infância e na prática continua numa trajetória retilínea a fazer desse talento uma profissão até hoje. É diretor de arte numa agência de propaganda. (“diretor de arte”, no jargão publicitário é quem cuida da parte plástica


de um anúncio, fazendo dupla com um redator, que cria o texto.) Ou seja, Ricardo segue desenhando até hoje. Segundo o próprio Ricardo, aprendeu sozinho. Só foi fazer um curso de arte aos 18 anos de idade. Talvez o Homem-Grilo não tenha herdado de Ricardo a inquietude de anti-herói, mas às vezes a cara do personagem trai o desenhista. É no jeito desprendido de ser. Por exemplo, por não saber mais onde colocar a sua idolatrada coleção de revistas em quadrinhos, Ricardo doou todo o acervo para a Biblioteca Municipal de Osasco. Cadu tem um roteiro de vida bem diversificado. Solteiro, aos 29 anos, é inquieto, hiperativo, às vezes atropela as palavras de tanto que fala, aproveita as horas de insônia para criar personagens e mais personagens, histórias e mais histórias. É um “workalcooholic”, ou seja, um viciado em trabalho. Brilhante e criativo, Cadu já foi prograV I V E R

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mador de computador, tem formação superior, é especialista em História antiga e já deu aulas como professor contratado do Estado. Por que trocou a História (com H maiúsculo) pelas histórias em quadrinhos. Por ficar grilado com os alunos, com os pais de alunos, com o Estado, todos aparentemente desinteressados da educação. Tá explicada a alma Homem-Grilo. Ou não? Porta do Futuro O site é o grande palco do Homem-Grilo hoje. Nele qualquer pessoa pode constatar em tempo real quantos acessos e visitantes estão acontecendo. Um mapa dá a localização por país. Fiel à sua personalidade agitada e multifacetada, Cadu Simões tem perto de sessenta personagens, dentro do site. O Homem-Grilo é o carro-chefe, feito com o parceiro Ricardo Marcelino. Mas várias outras criações são feitas com outros parceiros, alguns dos quais 2 8

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Cadu nem conhece pessoalmente. Essa verdadeira prateleira de supermercado de HQ que é o Homem-Grilo talvez não atenda às expectativas de “qualidade” de uma elite cultural. De fato, tanto em estética quanto em conteúdo o Homem-Grilo é simples demais, intuitivo em vez de cerebral, rápido demais... Mas quem foi que disse que os criadores tem algum grilo com isso? – O Homem-Grilo é popular – defende Cadu. – Além disso, o site, a internet, tem suas próprias exigências. Precisa ser rápida. Ficaria pesado, se colocássemos cor nos desenhos, se usássemos uma linguagem mais sofisticada de programação. Verdade é que na internet o Homem-Grilo permanece fiel às suas origens. Dá continuidade às publicações “toscas” mas eficientes que eram as fanzines (“fã” + “magaZINE”, “revista”, em inglês). O despojamento que anima os quadrinhos do Homem-Grilo, por isso


mesmo, encontra tantos seguidores em todo o mundo. O que é bom é que o mercado e as novas tecnologias, estão induzindo a uma nova leitura dos quadrinhos. Tanto é assim, que a dupla de Osasco já produziu campanhas para uma grande operadora de celulares, já se prepara para entrar no mercado de animação e de games e já mergulhou no nascente ramo dos “creative commons”. Esta é uma forma em que os autores não recebem nada pela publicação de suas criações, desde que elas não tenham finalidade comercial. É o caso de alguns livros didáticos ou paradidáticos de São Paulo e Rio Grande do Sul. Nesse panorama, a dupla Cadu-Ricardo consegue sobreviver. Mais que isso, coloca um pé na porta do futuro. E uma certa fachada da avenida dos Autonomistas no centro do mundo. Presta atenção quando passar por lá, molecada! V I V E R

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VIVER OSASCO

EMPRESAS

Sebrae Osasco: Vinde a Mim os Pequenos Reportagem: Edmilson Conceição

O Escritório Regional do Sebrae-SP em Osasco (um dos 28 do Estado de SP) garimpa numa área de 15 municípios um universo de 3 milhões de habitantes e 400 mil empresas de todo porte e em 15 anos atendeu uma média de 1.000 pessoas por mês. Tem uma clara opção: tornar melhor a vida dos mais humildes dos empresários. 3 0

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tura que ajuda, instrumentaliza, inspira, apóia, ensina e dá condições a todo empreendedor de ser um empresário sem os riscos e incertezas da informalidade. Essa estrutura é o Escritório Regional de Osasco do Sebrae-SP de Osasco e de mais de uma dezena de cidades circunvizinhas. E o melhor de tudo é que esse é um serviço gratuito. Mauro Quereza Janeiro Filho, gerente do Escritório, explica que a ação do Sebrae se realiza através de oficinas, palestras, treinamentos e cursos. Tudo visando à capacitação do empreendedor para a autogestão de seu negócio. Empreender um negócio confiando apenas no “faro” é como querer curar uma doença tomando um chá a conselho de um vizinho. Pode até dar certo. Mas seria melhor procurar um médico. Existem chances de sucesso em ambos os casos, mas no segundo há base e estudo científicos.

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erá que os ambulantes de Osasco merecem ser perseguidos pelas ruas? Ou existiriam alternativas para transformar esses “empresários clandestinos” em cidadãos úteis, legalizados e com uma atividade que favoreça a economia da cidade e do país? A resposta é positiva, para o segunda pergunta. Sim, existe alternativa. A Lei Complementar 128, em vigor há dois anos no país (v. Box 4),. E, principalmente, no caso de Osasco, existe uma estru-

Formar, não Formalizar O Sebrae atua também sob a forma de consultorias, informa Mauro Quereza. O que significa uma consultoria: em vez de oferecer informações generalizadas para os problemas de gestão, a consultoria , a pedido do interessado, estuda o problema específico de uma empresa e oferece uma solução adequada àquele caso. Uma outra forma de ação em seus quinze anos de existência em Osasco é exemplificada pelo trabalho coletivo com os ambulantes do Centro da cidade (v. box 1, “Sanduíche com Selo de Qualidade”) Para as consultorias, que são também gratuitas, as principais áreas atendidas são: jurídica, financeira, de marketing e administrativa. O Sebrae Osasco utiliza para isso uma série de profissioV I V E R

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FOTO AGÊNCIA LUZ / DIVULGAÇÃO

nais contratados e especializados. “Nós estamos com uma média de 2 mil a 2.500 atendimentos por mês”, diz o gerente do Sebrae Osasco, ”entre informações e consultorias.” Como os demais 27 escritórios regionais do Sebrae no Estado de São Paulo, a unidade de Osasco tem uma estrutura pequena. “São hoje quinze funcionários”, informa Mauro Quereza, “que passarão a 23 em breve, mas ainda assim é muito

pouco, diante do trabalho que se apresenta em toda a região.” A “região” são nada menos que quinze municípios (ver box 2), o que perfaz a quase risível média atual de um funcionário por município. Se a geografia física é ampla, mais ainda o é a geografia humana e econômica. A área atendida pelo Escritório Regional do Sebrae de Osasco comporta uma população estimada em 3 milhões de pessoas e cerca de 100 mil

Representatividade Econômica das 100.000 Empresas Formalizadas na Área do Sebrae Osasco 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

97% 80% 60% 40% 20%

Pequenas Empresas

Em quantidade 3 2

Grandes Empresas

3%

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Em faturamento

Em empregos


empresas formalmente constituídas. O que dilui um pouco a desproporção da tarefa é que o Sebrae-SP dispõe de meios modernos de comunicação. É o que afasta a necessidade “presencial” de funcionários junto aos clientes ou destes junto à entidade. O atendimento remoto é feito por telefone gratuito (0800570-0800) e há o site e o treinamento on-line. “Mesmo assim”, ressalva Mauro Quereza, “precisamos achar uma forma de melhorar o cadastramento dos empreendedores que nos consultam.” O comentário do gerente reflete que a comunicação à distância nem sempre é perfeita. Para exemplificar um tipo de mal-entendido comum nessa comunicação, Mauro Quereza diz que o pessoal confunde muito “formação” com “formalização”.

“O Sebrae proporciona formação, não formalização”, diz Quereza. Em resumo: a entidade não é um tipo de despachante, pronto para correr atrás de papéis que só o interessado deve providenciar para constituir uma empresa. O Triplo na Fila Naturalmente, a entrada em vigor da lei do empreendedor individual, em julho de 2009, acirrou a vontade de muito osasquense de se formalizar. Só no município de Osasco foram mais de 4 mil novas empresas, em dois anos. Haja palestras na sede da entidade, de manhã, à tarde e à noite, É assim que tira suas dúvidas um público que não pára de crescer. Cansaço? O gerente do Escritório Regional do Sebrae-SP em Osasco nem pensa nisso. Ele personifica uma garra – quase uma

novidade: EF1 no período da manhã em Osasco

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Seu Valdir: bom negócio, mas imposto é injusto.

comerciantes, deu cursos de higiene e manipulação de produtos, formatou barraquinhas e uniformes, enfim, instituiu uma profissionalização que muito tem ajudado aos comerciantes, ao público e à própria Prefeitura. Mas, por gastar muito com as suas necessidades especiais, Seu Valdir não deixa de lutar por seus direitos, do alto de sua cadeira de rodas: “Não acho certo cobrar imposto da gente, como

estão fazendo”, diz o microempresário.. “R$ 250 a R$ 300 por ano parece pouco mas não é, para aposentados, deficientes e gente com 75 anos de idade.” Seu Valdir conta que há uns cinco anos fez o curso “Sabor e Qualidade”, do Sebrae Osasco. “Isso melhorou muito nosso trabalho. Os clientes gostam de ver tudo limpinho, organizado, os uniformes, o símbolo do Sebrae. Para os clientes tudo isso é uma garantia de higiene, limpeza e qualidade, na manipulação e até na escolha dos produtos que usamos. É tudo orientado pelo pessoal do Sebrae. Nós temos aqui 24 carrinhos cadastrados, Os clientes preferem ser atendidos por nós, que somos cadastrados.

FOTO AGÊNCIA LUZ / DIVULGAÇÃO

Valdir Alves, há 15 anos é vendedor de cachorro-quente no calçadão, setor A, da Rua Antônio Agu. “Tem gente que está aqui há mais de 30 anos”, diz Seu Valdir. “Com uma particularidade: isto aqui é para portadores de deficiência física, cadeirantes, ou idosos.” O setor B é dos idosos e de “maior prole”, como diz Seu Valdir. Isto é, com muitos filhos. ”Nós trabalhamos dia sim, dia não, para dar oportunidade para todos os portadores de deficiência”, explica o vendedor de cachorro-quente. “Não dá para viver disso, mas ajuda. Um deficiente gasta muito com remédios e equipamentos especiais.” Seu Valdir se declara muito satisfeito com o trabalho desenvolvido pelo Sebrae, que organizou os

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Sanduíche com Selo de Qualidade

Quereza, gerente do Sebrae Osasco: certifica empreendedores. 3 4

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A Grande Osasco no Foco do Sebrae O Escritório Regional do Sebrae-SP em Osasco atende, além do próprio município de Osasco, outras catorze cidades próximas: Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista. Nesse território localizam-se, entre micros e pequenas, 9.476 indústrias, 40.108 no setor de comércio, 50.100 em serviços e 530 na agropecuária.

espécie de tara – por conhecer mais, aprofundar as formas de ajuda, melhorar o seu objeto de trabalho. Objeto de trabalho: “Das 100 mil empresas formalizadas (v. Quadro “A”) em nossa área”, informa Mauro Quereza, “cerca de 97% são microempresas. As grandes são só 3%. Em contrapartida, as pequenas faturam só 20% desse total, mas garantem 60% dos empregos.” O gerente alinha os números aparentemente sem paixão. Mas os números não escondem a simpatia pelo valor dos pequenos, dos menos favorecidos. É quase como que um “vinde a mim...”, semelhante àquele que há muito tempo Alguém pronunciou numa colina da Palestina. Mas, sem rodeios e sem se deixar dominar pelo gigantismo da missão, o gerente Mauro Quereza assinala um dado que impressiona: “Além das 100 mil empresas formalizadas, calcula-se que exista o triplo de empresas informais. Parte delas nos procura diariamente.”

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EMPREENDEDORISMO

Sim, Você Pode. Seja um Empreendedor. Fábio Di Carlo Luciano Vieira (*)

Vivemos o “tempo certo” tanto para as pequenas e médias empresas (PME) quanto para as microempresas (“micro”). Por sua estrutura, dimensão, flexibilidade e dinamismo, elas são geradoras de inovação. Além disso, mais que às grandes empresas, o risco é inerente aos pequenos e, por fim, a capacidade de gerar empregos. Por tudo isso, vivemos o tempo ideal das micro e PME. Vencido o medo e dado o “salto no escuro” inicial, então é a hora de elaborarum plano de negócios. 3 6

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Para desenhar o nosso modelo de negócio, obrigatoriamente temos de levar em conta a sociedade em que vivemos e o ambiente que nos rodeia. O ambiente se caracteriza, entre outros aspectos: por constantes e rápidas mudanças; por uma grande dose de incertezas e complexidade; por uma crescente competitividade local e global; e pelas condicionantes econômicas (emprego, renda, desenvolvimento do país ou da região) e sociais (condições de moradia, saúde, educação, etc.)


Investir Na Excelência De modo geral, a especialização, o foco numa determinada produção de bens ou serviços, é mais fácil para gerar reconhecimento e uma “marca”. Oferecer muitas opções ou visar a muitos segmentos de mercado diferentes pode ser uma armadilha difícil de desarmar. Portanto, é preferível ser simples. O foco, entretanto, não deve dispensar a flexibilidade e o dinamismo. Mais que uma política empresarial, o dinamismo e a flexibilidade são atitudes fundamentais para o sucesso de uma micro ou PME. Para isso, o empreendedor deve apostar numa estrutura leve, de dimensão reduzida. O quadro fixo de colaboradores deve ser limitado ao essencial. Devemos ser capazes de reunir os melhores profissionais em regime de free lancers, isto é, de “trabalho livre”. Como fazer isso sem transgredir as obrigações trabalhistas? Simples: é necessário envolver, com toda a sinceridade, os colaboradores numa relação “ganha-ganha”. Ganha o colaborador e ganha o empreendedor. Num regime de livre colaboração, é preciso remunerar o colaborador pelo efetivo trabalho desenvolvido. E remunerar bem. Longe de ser um gasto “generoso”, esse é um investimento útil e de retorno certo. Um trabalhador livre é muito mais produtivo que um “funcionáriio”. Além disso, não carrega os pesados encargos fiscais que recaem sobre a folha de pagamentos. Num setor como o de serviços, por exemplo, o que diferencia uma empresa é a sua capacidade de gerar, produzir e gerir conhecimento. E esse é um dos V I V E R

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principais patrimônios do pequeno empreendedor e que ele deve buscar em seus colaboradores. Cooperação estratégica O empreendedor deve realizar o máximo investimento possível em seu “core business”. isso significa: fazer muito bem o trabalho eleito como o principal alvo de nossa organização. Em outras palavras, especialização e excelência. Nascem aí as soluções satisfatórias aos desafios dos nossos clientes. Uma outra chave para o sucesso é a parceria. Devemos conjugar esforços e competências com outros empreendedores e empresas que tenham atividade complementar à nossa. Isso é, na prática, continuar “para cima” à mesma visão “ganha-ganha” que já definimos para nossos colaboradores. Essa estratégia cooperativa contribui para diminuir riscos e ampliar as possibilidades de crescimento de um negócio. Crer em Sonhos Quanto a custos fixos, que tal questionar se precisamos mesmo de um escritório “físico”? Pode fazer mais sentido recorrer aos escritórios virtuais. Essa modalidade oferece utilização esporádica de postos de trabalho, de salas de reunião e, ainda, de uma série de serviços partilhados a custos reduzidos. Estão também disponíveis serviços de secretárias virtuais, passíveis de gerir comunicação e a agenda, permitindo ao empreendedor mobilidade e concentração em sua atividade-fim. Sozinhos, seremos sempre pequenos. Ser pequeno para sempre não é uma opção. É preciso ter sempre em vista uma dose de crescimento, ainda que mínima. 3 8

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É essencial, ainda, apostar numa presença digital, interna, optando quando possível por “softwares open source” ou SAAS (“software as a service”). Isso quer dizer programas que garantem a eficácia e a eficiência tecnológica das nossas atividades. Nesses sistemas, não se paga pela licença de uso de um programa, mas pelo serviço prestado. Por outro lado, ser pequeno não representa abdicar de um marketing digital. Podemos, sim, e devemos pensar numa entrada mais rápida no mercado nacional ou internacional. E a presença digital é o caminho. Tudo isso pode parecer muito complicado e imenso para quem deseja apenas ter um pequeno negócio. Mas, acredite, é mais fácil do que aparenta. É preciso lembrar, também, que muitos dos grandes negócios do mundo nasceram de iniciativas simples e caseiras. Por exemplo, a maior rede de hipermercados brasileira se originou da produção caseira de... sonhos (doces de padaria). Qualquer que seja o sonho, para torná-lo realidade basta acreditar, começar e persistir. Acredite, este é o tempo certo. A hora é agora. Seja um empreendedor.

(*) Fábio Di Carlo é sócio diretor de tecnologia da Info House Consultoria Empresarial Ltda., administrador do Escritório da Junta Comercial de São Paulo em Osasco, diretor financeiro e TI da APEC - Associação dos Profissionais e Escritórios Contábeis do Brasil. Contatos: Fone 3651-8953, e-mail fabio@apec.ser . Este artigo foi produzido pelo autor e adaptado jornalisticamente com exclusividade para a revista “Viver Osasco”. Permitida a reprodução, desde que citadas e previamente comunicadas as fonte


PUXA ! ! !

V IDA ! ! ! DONA DILMA, DEUS DISSE,...NUNCA DEIXARÁ DE HAVER POBRES NA TERRA Li não sei onde tampouco citado por quem: “Mulher que não tem sorte com homens Não sabe a sorte que tem!” (poetisa Daisy Aguinaga-Juiz de Fora-MG) Li! sei onde e citado por alguém: “Dona Dilma, é mais fácil a Sra. acabar com os políticos,...os corruptos são mais de cem...(sic) Impossível é de se acabar com os milhões de miseráveis que o nosso (deles) Brasil tem!!! Li!!! Sei onde!!! “Pois nunca deixará de haver POBRES no meio da terra,...(Deuteronômio15;11)”. ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨tiko lee -poeta Cristão contemporâneo¨¨¨¨¨¨ PIADA INTELIGENTE A ONU resolveu fazer uma pesquisa em todo o mundo. Enviou uma carta para o representante de cada país com a pergunta: “Por favor, diga honestamente qual é a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo”. A pesquisa foi um grande fracasso. Sabe por quê? Todos os países europeus não entenderam o que era “escassez”. Os africanos não sabiam o que era “alimento”. Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre o que era “opinião”. Os argentinos mal sabem o significado de “por favor”. Os norte-americanos nem imaginam o que significa “resto do mundo”. O congresso brasileiro está até agora debatendo o que é “honestamente”.

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CULTURA & LAZER

CONTAçãO

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GARImPO SONORO: JICA Y TuRCãO Com canções que primam pela diversidade de ritmos e crítica do cotidiano, Jica y Turcão tem seu trabalho de música com humor reconhecido e admirado. A dupla, já levou seus esquetes malucos e música de relaxo para a Bolívia, Argentina e Paraguai. Passou também pelo programa Jô Soares , Hebe Camargo e Inezita Barroso. Sem falar palavrão, sem contar piada , simplesmente com a força de suas presenças impagáveis e de sua musicalidade, a dupla faz um show enxuto, musical e divertido. Tenda 2. Livre para todos os públicos. Grátis. 11/09. Domingo, às 16h30.

ECOS muSICAIS: GRuPO BAOBá Fundado em, 7 de setembro de 1993, o Grupo “Baobá”, procura resgatar e divulgar o samba como forma de expressão cultural do nosso povo. Com dois CDs gravados , o Grupo Baobá, esta agora, preparando o terceiro para breve. Nossa maior forma de expressão é o SAMBA que traduz, os sentimentos, anseios e belezas do nosso povo e país. Silvio (vocal e percussão), Getulio (vocal e violão), Fabinho (vocal e harmonia), Reinaldo (piano), João Marcelo (percussão), Kiko (cavaquinho) e Zacarias (pandeiro). Tenda 2. Livre para todos os públicos. Grátis. 17/09. Sábado, às 17h.

SHOw INFANTIl

mARIA AlCINA Neste show feito especialmente para a terceira idade no FEJATI, Festival da Terceira Idade, Alcina mostra grandes sucessos como Alô, Alô..?, samba de André Filho, Kid Cavaquinho (João Bosco/ Aldir Blanc), Fio Maravilha (Jorge Bem). Faz um passeio pelo repertório de Carmen Miranda com quem é comparada até hoje. Do novo disco destaca Eu quero é botar meu bloco na rua (Sergio Sampaio) e Cachorro Vira-lata (Alberto Ribeiro). Nesta apresentação Alcina é acompanhada por baixo, bateria, violão e sopros. Tenda 1. Livre para todos os públicos. Grátis. 29/09. Quinta, às 19h.

Sesc Osasco – Av. Sport Club Corinthians Paulista, 1.300 – tel.: 3184-0900 4 0

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ESCREVE QUEM Lê

Prezado leitor

Nesta Seção você tem oportunidade de dizer, com suas próprias palavras, o que sente ou pensa em relação a reportagens e artigos publicados por Viver Osasco. Aqui é a sua tribuna, livre. Envie-nos suas sugestões e suas críticas ou aponte nossos eventuais deslizes. Lembre-se que nosso desejo também é o seu, o de trabalhar por uma Osasco melhor. Reservamo-nos o direito de resumir ou editar seus comentários, preservando o sentido do conteúdo, a fim de adequar o texto ao nosso padrão editorial. Excluiremos tão-somente a defesa de ilegalidades, juízos preconceituosos e tabuísmos. Fora isso, a casa é sua. Fique à vontade. Entre em contato pelo email: redacao@viverosasco.com.br

SElETOS E ANTENADOS Sr. Editor, Quero agradecer o espaço que a revista nos abriu para discutir assuntos de nutrição no cotidiano dos leitores. Tenho recebido contatos que mostram que os leitores da revista são selecionados, de muito bom gosto e antenados com qualidade de vida e assuntos da cidade de Osasco. Dra. Talitta A. Maciel www.espacoreeducacaoalimentar. com.br AQuI E NA “VEJA” Sr. Editor Muito obrigado pela matéria na edição julho/agosto. Gostamos muito e ficamos lisonjeados de estar em duas importantes publicações, a “Viver Osasco” e a “Veja”. Vejam só o link: http://veja. abril.com.br/blog/passarela/salao/um-ano-de-ministerio/: Leonardo Escobar Grupo Ministério do Samba ministeriodosamba2010@gmail.com TRAJETÓRIA CONCRETA Sr. Editor Surpresa e interrogação quando vi Décio na capa (“ Viver Osasco”, jul/ago). Estranhei sua ligação com

Osasco. Lendo a bela reportagem, que orgulho! Por Décio, sua sapiência, sua palavra e sua trajetória por Osasco, por este País e fora dele! Leio seu poema concretíssimo “ Terra” pelos parques e soa forte, engraçado, música, surpreende e me emociona... Parabéns, Décio! Toda celebração, muitas homenagens e muita vida! Você é forte como seu poema! Sou sua fã, te assistia na Cultura e cresci com tuas palavras. Obrigada. E parabéns pela revista, que está cada vez mais consistente e bonita. Isa Ferreira Coordenadora de Projetos Secretaria de Meio Ambiente de Osasco isaferreira.sema@gmail.com GAROTAS VENCEDORAS Sr. Editor A matéria “Garotas Vencedoras” (“Viver Osasco”, jul/ago) foi inserida no clipping que circula pela diretoria execut6iva das empresas da Organização Bradesco. Foi muito bem recebida, com comentários bastante positivos. A meu ver muito bem abordada e escrita. Otaviano Guedes Banco Bradesco 4165.otaviano@bradesco.com.br V I V E R

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VÍDEOS | FILMES INCLUSIVOS

CONFIAR SImPlES COmO AmAR

AVIADOR

“Verifiquem a classificação etária dos filmes, observando se estão adequados à idade de seus filhos”

CONFIAR - Após pensar muito Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener) resolvem presentear sua filha Annie (Liana Liberato) com um computador. O casal está convencido de que havia criado seus três filhos em um ambiente aberto e saudável e que já poderia confiar em Annie. Quando Annie faz um novo amigo pela internet - um garoto de 16 anos, Charlie que ela conheceu num chat de relacionamento, Will e Lynn deram toda a atenção. Sentaram com a filha, conversaram e viram as fotos que o menino tinha enviado. Quando Annie e Charlei marcam um encontro, sem que os pais dela saibam, o que acontecerá em apenas 24 horas irá mudar a família para sempre. AVIADOR - O Aviador, realizado por Martin Scorsese e escrito por John Logan, relata a história de uma das figuras mais marcantes da América do século XX. Howard Hughes (Leonardo Di Caprio), o excêntrico multimilionário da América dos anos 30. Apaixonado por aviões e cinema a sua grande paixão por mulheres ficou igualmente para a história. O filme retrata a sua vida desde os finais dos anos 20 até os anos 40, 4 2

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uma época em que Hugles era produtor e realizador em Hollywood, desenhava e criava aviões e relacionava-se com algumas das mais belas mulheres, entre as quais Ava Gardner (Kate Beckinsale). Também tinha as suas incapacidades e fobias, e as suas extravagâncias vão levá-lo ao isolamento. Audacioso piloto, o mais famosos desde Charles Lindbergh, Hughes tornou-se comandante da aviação comercial. Transformou-se numa figura mítica da América dos seus dias, envolto numa aura de agitação, encanto, sedução e mistério. SIMPLES COMO AMAR - Após anos de adaptação numa escola especial, Carla (Lewis) superou os problemas de seu retardamento mental e voltou para casa, cheia de planos e sonhos. O problema é sua super protetora mãe (Keaton), que é incapaz de aceitar a sua liberdade. E mesmo que Carla tenha crescido e superado as dificuldades, sua mãe entra em estado de choque quando a garota conhece Danny (Ribisi) e se apaixona pela primeira vez. Dra. Vivian Freire Zanfolin CRP 61488 - Pós-graduada USP www.psicologavivian.com


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