Magazine.HD Nº5

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© 2010 MVL Film Finance LLC. Iron Man, the Character: ™ & © 2010 Marvel Entertainment, LLC & subs.

Sumário

Scarlett em Homem de Ferro 2 pág. 48

TELEVISÃO

DVD

Kids

08 ZAPPING 12 NOTÍCIAS 14 VÍDEOCLUBE 18 ANTEVISÃO

56 DVD DO MÊS

70 PARA VER E OUVIR EM CASA

The Walking Dead

20 SÉRIE DO MÊS Mad Men, T4

22 DESPORTO 24 AGENDA PRIME

Kick Ass – O Novo Super-Herói

57 RECOMENDAMOS

Crónica de Mutantes/ Ervas Daninhas/ Humpday Mother/ Sem Nome/ A Invenção da Mentira/ Juventude em Revolta

59 EM 50 PALAVRAS 60 EM SÉRIE Californication T3

TV: The Troop DVD: Geronimo Stilton/ Panda Vai à Escola 2 Astroboy

72 PARA VER E OUVIR EM CASA

Camp Rock 2: The Final Jam/ Boa Sorte, Charlie

73 MARIA E MIGUEL RECOMENDAM 74 Cinema

Gru, o Maldisposto e entrevista com David Fonseca

61 DOCUMENTÁRIOS

Jogos

62 LANÇAMENTOS, TOPS DVD E BLU-RAY

75 ANTEVISÃO

A Estrela de Homem de Ferro 2

tecnologia

Cinema

64 TESTE

77 ZONA DE TESTE

brand new show 27 AUDI R8 SPYDER

The Eastwood Factor/ Os Irmãos Warner

30 DESTAQUE

Sony BDP-S470: Cinema em Casa, em 3D

32 A CHEGAR

Desmistificando... Rácios de Imagem – Parte 2

George Clooney: Um“Americano Vero” The American/ Deixa-me Entrar Machete/ A Cidade

38 RUMORES, HUMORES E OUTRAS DORES... 40 CRÍTICA Os Mercenários/ Predadores/ Karate Kid/ Salt

46 ESTREIAS EM OUTUBRO

BLU-RAY 48 BLU-RAY DO MÊS

66 HDPÉDIA

Gran Turismo 5 Halo: Reach

78 BREVES

Top Secret/ Now Playing/ Dar o Vício

79 ESPECIAL

Música

PinballYeah! e Coderunners

68 LEONARD COHEN Songs From The Road 69 INTERPOL Interpol 69 DAVID SYLVIAN Sleepwalkers

cartaz 80 EM OUTUBRO SAIA, CURTA!

Especial Festivais 82 Estoril Film Festival Motel X/ Douro Film Harvest

Homem de Ferro 2

50 RECOMENDAMOS

Psico/ Voando Sobre um Ninho de Cucos/ Legião Príncipe da Pérsia/ Marte Ataca!/ Uma Noite Atribulada/ Robin Hood

Outubro 2010

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editorial

HD entretenimento em alta definição...

www.magazine-hd.com Av. Gomes Pereira, 59 r/c Dto., 1500-318, Lisboa Tel.: (+351) 216 099 095 geral@magazine-hd.com

N.º 5 / Outubro 2010 2,95 Euros (Cont.) Redacção Director: Rui Ribeiro Director Adjunto: Luís Costa Editor: António Pires Editor Cinema: José Soares Coordenação Cinema: Take – Cinema Magazine Televisão: Maria Stuart Vídeo e Novas Tecnologias: Vítor Simão Jogos e Consolas: Tomás Dias Kids e Música: Luís Costa Director Técnico: Vitor Simão Directora de Produção: Isabel Ribeiro Director Comercial: Pedro Santos Colaborações Especiais: José Vieira Mendes, Maria João, Nuno Valério, Emanuel dos Santos Take: José Pedro Lopes, Miguel Reis, Filipe Ferraz Coutinho, Rafael Vieira, João Paulo Costa, Sara Galvão, Nuno Mata Online: José Pedro Andrade Multimedia: Gonçalo Bejinha Conselho Editorial Carlos Reis, José Manuel Graça Bau, João Botelho, Rodrigo Leão, Sinde Filipe

Chloë Moretz em Kick Ass

Comando Universal Uma guerra que sempre me mobilizou tem sido a da disputa entre o computador e o televisor pelo domínio da atenção dos diferentes utilizadores em casa, pela família portanto. Como em muitas outras guerras, não têm sido óbvios os vencedores, mais se transformando os seus actores: o computador pessoal democratiza-se a olhos vistos, dando lugar a devices cada vez mais potentes, portáteis e interligados (wireless e internet), como os ipod, ipad, smartphones entre outros e as consolas multimédia, outrora chamadas de jogos; em paralelo, de receptor passivo de canais broadcast (num só sentido e em condições iguais para todos), o televisor, além de display principal, é agora também centro dum potente sistema multimédia. Para além de meia dúzia de canais generalistas, temos facilmente acesso a duas centenas de canais temáticos por cabo e IPTV, à possibilidade de agendar e gravar programas e séries, acesso a bases de dados imensas de filmes e não só, no video on demand (VOD ou, mais vulgarmente, videoclubes), bem como mais recentemente o acesso à net e, em especial, às redes sociais mais populares. Tão importante como a melhoria desejada

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na qualidade e formato das emissões, como a penetração da alta definição (HD) nas dife­ rentes plataformas, e mesmo acreditar que o 3D dei­xará um dia de ser coisa só das salas de cinema, é óbvia a necessidade de evolução quanto ao interface de utilizador. Para além dos enormes avanços a nível dos EPG, guias de programação disponíveis nas boxes digitais, são ainda um bom exemplo os recentes Widgets em TV que seduzem o utilizador pela sua experiência de navegação mais próxima da que ele está habitua­do na net, mais interactiva e longe da passividade do tradicional zapping de canais broadcast. Por fim a anunciada inteligência própria que as plataformas conseguirão gerar a partir do registo e análise dos nossos hábitos de consumo e interacção com a plataforma. Só quem nunca utilizou o portal da Amazon terá alguma dificuldade em entender a que me estou a referir. Ao contrário doutras, esta é uma guerra não só fascinante mas também daquelas em que todos ganhamos. Rui Ribeiro rui.ribeiro@magazine-hd.com

Fotografias Atalanta Filmes, CLMC, Costa do Castelo Filmes, CTW Portugal, Ecofilmes, FIC Portugal, LNK, MEO Dir. TV, Midas Filmes, Prisvideo, Sonicel, Sony Pictures HE, Sony Computer, Universal Pictures, VC Multimédia, ZON Lusomundo, Image.net Publicidade Tel.: (+351) 216 099 095, (+351) 962307195 geral@magazine-hd.com Assinaturas Linha directa de apoio ao assinante VASP - Premium Tel: (+351) 214 337 036 Fax: (+351) 214 326 009 E-mail: assinaturas@vasp.pt Portugal: 30€, Europa: 50€ Produção Design: www.cecilia-designs.com Impressão e Acabamento: Peres – Soctip, Porto Alto Distribuição VASP –­Distribuidora de Publicações LDA. Periodicidade: Mensal Tiragem: 13000

motions Propriedade e Edição Edição de Publicações Periódicas, Consultoria, Marketing e Publicidade na Área do Entretenimento Av. Gomes Pereira, 59 r/c Dto., 1500-318, Lisboa Tel.: (+351) 216 099 095 NIPC: 509385125 Capital Social: 10 000 Euros Registo ERC n.º 125868 Depósito legal n.º 309807/10 ISSN (print) 1647-6840; (online) 1647-6859 Proíbida a reprodução, no todo ou em parte, de textos, fotografias ou ilustrações por quaisquer meios e para quaisquer fins, sem o prévio consentimento dos seus autores.


Televisão

T4: Cast T4: © 2010 Frank Ockenfels/AMC/Lionsgate

Embarque numa viagem cheia de suspense com The Event e siga a história dos EUA e a quarta temporada de Mad Men. Quebre todos os tabus, aprenda a cozinhar com Julia Child e confronte-se com titãs. Não se arrependerá. 2012 está próximo. Antecipamos The Walking Dead. Viva o Millennium 2.

MAD MEN T4 estreia na FOX NEXT


televisão

Zapping Estreias

THE EVENT CONSPIRA-SE NO MOV

Duas semanas depois de estrear no ZON Videoclube, “The Event”, a nova série de cons­piração da NBC, estreia dia 6 de Outubro no canal MOV. E se houvesse um se­ gredo que fosse tão grande que nem o Presidente dos EUA dele tivesse conhecimento? E se um homem comum – Sean Walker (Jason Ritter) – descobrisse a verdade? Uma verdade tão poderosa que podia literalmente alterar o percurso da humanidade? Acha que esse mesmo homem teria hipóteses de sobreviver? De Nick Wauters e Steve Stark chega-nos uma viagem cheia de suspense em que as respostas dão origem a novas e terríveis perguntas. Envolvida numa atmosfera de mistério, “The Event” é uma produção da Universal Media Studios e da Steve Stark Productions que conta com Evan Katz (produtor executivo da premiada série “24”), Steve Stark (“Médium”, “Facing Kate”) e Jeffrey Reiner (“Friday Night Lights”, “Trauma”) como produtores-executivos. MOV THE EVENT Estreia 6 Outubro, 22h30

Maria Stuart

HÁ DESCONHECIDOS NA FOX

Sete desconhecidos têm que se juntar e unir forças para conseguir resolver o complicado puzzle em que se tornou a vida de cada um deles. Todos eles foram retirados das suas rotinas diárias e colocados num lugar deserto sem nenhuma memória de como foram aí parar. Caracterizada por um perfil aberto e com temática idêntica às séries “Perdidos” e “O Prisioneiro”, ‘Desconhecidos’ é uma co-produção entre a FOX Television Studios, a mexicana Televisa e a italiana RAI. FOX Desconhecidos estreia 16 Outubro, 22h15.

ESPECIAL I LOVE NY NO DISCOVERY TRAVEL & LIVING

LONDRES DISTRITO CRIMINAL NA BARRA DO AXN

É uma série britânica baseada no muito bem sucedido formato americano “Law & Order” criado pelo premiado produtor Dick Wolf, já vencedor de dois prémios Emmy e que deu origem a vários spin-offs. Co-produzida pela Kudos Film and Television, pela Wolf Films e pela NBC Universal, “Londres Distrito Criminal” retoma assim o tão popular formato televisivo de investigação policial misturada com procedimentos legais. AXN Londres Distrito Criminal T2 Estreia 8 Outubro, 22h25 8 magazine. HD

Outubro 2010

Em Outubro, o Discovery Travel & Living celebra a vida em Nova Iorque com uma série de programas passados na cidade que nunca dorme, como parte do especial “I Love NY”. Primeiro, temos “What Not to Wear”, onde os famosos especialistas em estilo Clinton e Stacey transmitem os seus conhecimentos aos “criminosos” da moda dos EUA. Depois iremos assistir às exigentes noivas a terem de lidar com a escolha do seu vestido de sonho sob o olhar dos amigos e da família em “Say Yes to The Dress”. A nossa trilogia fica completa com o pasteleiro Buddy Velastro, em “Cake Boss”: Buddy e a sua equipa comprometem-se a produzir alguns dos maiores e mais criativos bolos alguma vez feitos. DISCOVERY TRAVEL & LIVING ESPECIAL I LOVE NY ESTREIA: 4 de Outubro a partir das 20h00


PARENTHOOD E MATERIAL GIRL CHEGAM COM O OUTONO

Stephen Hawking’s Universe no discovery hd showcase

Stephen Hawking, o mais famoso cientista vivo, explora o esplendor e a magnificência das estrelas e planetas, galáxias e supernovas que dão forma e povoam o Cosmos. Como começou o nosso Universo? Poderá ser encontrada vida extraterrestre em pla­ netas distantes? Terá a nossa galáxia uma esperança de vida? E será possível viajar no tempo? Mais de 20 anos depois de escrever o inovador livro “Uma Breve História do Tempo”, Hawking oferece uma nova perspectiva sobre estes mistérios, mapeando a história do Universo, desde a inspiradora energia do Big Bang ao fim do próprio tempo. Efeitos modernos, imagens da NASA melhoradas digitalmente e acção ao vivo são combinados para levar a extraordinária visão do Universo de Hawking ao ecrã pela primeira vez nesta cativante e fantástica série em três partes. Discovery HD Showcase Stephen Hawking Universe Estreia 10 Outubro, 19h10

“Parenthood” e “Material Girl” são as duas novas séries que chegam em Outubro à FOX Life. A primeira centra a sua história na complicada trama das relações familiares e vai ser emitida a partir de dia 12, às terças-feiras, para acompanhar “The Good Wife”, dando assim uma continuidade temática ao prime-time do canal. “Parenthood” mostra-nos a ideia de uma família quase utópica que com os seus altos e baixos pode sempre contar com o apoio físico e emocional de todos os seus membros. “Material Girl”, que estreia no próximo dia 20 de Outubro, às 22h15, na FOX Life, é uma nova série britânica que centra a sua história no mundo da moda. É uma sátira a este universo “plástico” e que segue um pouco a linha da série ‘Betty Feia’ ou do filme ‘O Diabo Veste Prada’, mostrando os dramas, os sonhos, o amor, as roupas e a publicidade que envolvem este universo. FOX Life Parenthood Estreia 12 Outubro, 21h25 / Material Girl Estreia 20 Outubro, 22h15

ESTADOS UNIDOS EXPLICADOS NO CANAL DE HISTÓRIA A REBELDIA DE FITZ (JASON PRIESTLEY) NO FX

O galã que ficou conhecido na série dos anos 90 “Beverly Hills: 90210” está de volta e mais charmoso do que nunca. “Chamem-me Fitz” é uma arrojada comédia negra protagonizada por Jason Priestley, uma estreia marcada no FX para dia 17 de Outubro, às 22h00. Esta é uma série de 30 minutos sobre Fitz, um vendedor de carros moralmente perdido que é forçado a ser parceiro de Larry (Ernest Grunwald), um homem com um coração de ouro que diz ser a sua consciência e cujo único objectivo é mudar a maneira de ser de Fitz. FX Chamem-me Fitz Estreia 17 Outubro, 22h00

O Canal de História estreia no dia 15 de Outubro “América: A História dos EUA”, uma superprodução televisiva recentemente exibida nos Estados Unidos, onde se converteu no programa mais visto de sempre. ��������������� Esta série inédita de 12 episódios inclui opiniões de personalidades como Michael Douglas, Meryl Streep, Donald Trump, Buzz Aldrin e Colin Powell, entre outros. Através de imagens geradas por computador, a série mostra a transformação das terras virgens em povoações, das povoações em cidades e das cidades nas áreas metropolitanas que são hoje em dia. Canal de História América: A História dos EUA Estreia 15 Outubro, 22h00 Outubro 2010

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televisão

Zapping Inéditos

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2012

Roland Emmerich (“O Dia Depois de Amanhã” e “O Dia da Independência”) regressou à realização com este filme repleto de acção e aventura. “2012” dá-nos uma possível visão do fim do mundo, numa altura em que a po­ pulação enfrenta uma catástrofe de proporções apocalípticas e em que as cidades se desmoronam e os continentes se afundam. Esta é a história da heróica luta dos seus sobreviventes, num filme repleto de efeitos especiais extraordinários e que conta com nomes como John Cusack, Woody Harrelson, Danny Glover e Amanda Peet no elenco.

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Realiz. Roland Emmerich Int. John Cusack, Amanda Peet, Chiwetel Ejiofor, Danny Glover, Thandie Newton, Oliver Platt, Thomas McCarthy, Woody Harrelson DRAMA 2009 TVC HD Estreia 1 Outubro, 22h30

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As noites do TVCine 1 vão ser mais quentes em Outubro! De 18 a 23 o erotismo e a sensualidade vão entrar em antena com alguns dos filmes mais escaldantes de sempre! Dos clássicos, como “Bolero”, com Bo Derek, ou “Atracção Fatal” com a dupla Michael Douglas e Glenn Close, ao irreverente “Shortbus” ou o inesquecível “De Olhos Bem Fechados” de Kubrick, que juntou na intimidade o então casal Tom Cruise/Nicole Kidman. De 18 a 23 de Outubro, TVC1 sem barreiras e tabus:

JULIE E JULIA

Amy Adams e Meryl Streep são “Julie e Julia” num filme baseado em duas histórias verídicas: a de Julia Child e de como ela descobriu a sua inspiração para se tornar numa importante chef de cozinha e a forma como o seu “Maste­ ring the Art of French Cooking” inspirou, quinze anos depois de ser escrito, Julie Powell, numa fase difícil da sua vida. Duas mulheres, separadas pelo tempo e pelo espaço, cujas vidas têm mais em comum do que se possa imaginar… Julie está a aproximar-se dos 30 e sente-se frustrada com o seu emprego como secretária temporária. Decide então lançar um desafio a si própria e durante um ano cozinhar as 524 receitas do clássico livro de cozinha de Julia Child. Um filme delicioso e divertido, rea­ lizado por Nora Ephron e em que Meryl Streep foi nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Principal, pelo seu papel como Julia Child. Realiz. Nora Ephron Int. Meryl Streep, Amy Adams, Stanley Tucci, Chris Messina, Linda Emond COMÉDIA 2009 TVC HD Estreia 8 de Outubro, 22h30 10 magazine. HD

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Dia 18, às 21h00 – “ O Amanhã Será Melhor” Realiz. Timothy Linh Bui Int: Jessica Biel, Ray Liotta, Eddie Redmayne, Forest Whitaker, Kris Kristofferson Drama, 2009 Dia 18, às 23h05 – “Shortbus” Realiz. John Cameron Mitchell Int. Sook-Yin Lee, Paul Dawson, Lindsay Beamish, P J Deboy, Raphael Barker Drama, 2009 Dia 19, às 21h00 – “Bolero” Realiz. John Derek Int. Bo Derek, George Kennedy, Andrea Occhipinti, Ana Obregon, Olivia D’Abo Drama, 1984 Dia 20, às 21h00 – “De Olhos Bem Fechados” Realiz. Stanley Kubrick Int. Tom Cruise, Nicole Kidman, Sydney Pollack, Marie Richardson, Todd Field Drama, 1999 Dia 21, às 21h00 – “Atracção Fatal” Realiz: Adrian Lyne Int. Michael Douglas, Glenn Close, Anne Archer, Ellen Hamilton Latzen, Stuart Pankin Thriller, 1987 Dia 22, às 21h00 – “Os Amantes de Maria” Realiz. Andrey Konchalovskiy Int. Nastassja Kinski, John Savage, Robert Mitchum, Keith Carradine, Anita Morris Drama, 1984 Dia 23, às 21h00 – “Elegia” Realiz. Isabel Coixet Int. Penélope Cruz, Ben Kingsley, Dennis Hopper, Patricia Clarkson, Peter Sarsgaard, Drama, 1984

ESPECIAL EROTISMO NO TVCINE 1



televisão

Notícias

ZON COM 100 MIL FIBRA OFERECE 100 MEGAS…

ÍDOLOS INTERACTIVOS NO MEO O Meo, em parceria com a SIC e a FremantleMedia, desenvolveu uma aplicação interactiva exclusiva e gratuita para o programa “Ídolos”, disponível na área Meo Interactivo para os clientes Meo IPTV (ADSL e Fibra Óptica). Esta aplicação dedicada a um dos maiores sucessos de audiência da televisão portuguesa é uma fonte de informação sobre tudo o que se relaciona com o concurso que estreou no dia 12 de Setembro: informações sobre os participantes, os melhores momentos dos castings e do júri, sempre com novidades à medida que o concurso se vai desenrolando. Apresentado por Cláudia Vieira e João Manzarra, “Ídolos” é um dos programas de maior sucesso no mundo. Roberta Medina, Manuel Moura dos Santos, Laurent Filipe e Pedro Boucherie Mendes compõem o quarteto de jurados incumbido da difícil tarefa de avaliar os candidatos! Esta nova aplicação interactiva reforça a aposta do Meo em proporcionar aos seus clientes uma experiência de televisão diferenciadora, inovadora, em que o cliente decide o que quer ver, como quer ver e quando quer ver.

DISCOVERY HD SHOWCASE JÁ LEGENDADO E NA CABOVISÃO

Depois da ZON, o Discovery HD Showcase chegou a 6 de Setembro aos Clientes da Cabovisão do pacote Básico digital, na posição 222, em versão áudio original e legendado em português. O Discovery HD Showcase, um dos produtos mais recentes da Discovery Networks, disponível em 19 países, é um novo canal que exibe conteúdos de grande qualidade baseados numa selecção do melhor da programação dos canais Discovery Networks mais populares em todo o Mundo, além de conteúdos exclusivos, tudo isso na especta­ cular tecnologia de Alta Definição (HD). Com géneros como Ciência & Tecnologia, Enge­ nharia & Motores, Exploração & Sobrevivência, História, Pessoas & Lugares e Vida Selvagem & Natureza, os espectadores da ZON e Cabovisão podem agora desfrutar da sua programação Discovery favorita em HD totalmente legendada em português. 12 magazine. HD

Outubro 2010

A ZON está de parabéns mas é ela quem oferece. Com mais de 100 mil clientes Fibra, a operadora vai aumentar até 15 de Outubro a velocidade de acesso aos seus clientes ZON Fibra (com acessos a partir de 30 Mb) para 100 Megas, sem qualquer custo adicional, através de uma activação automática. Este evento assinala também o sucesso da implementação da Rede de Nova Geração da ZON, presente em cerca de 2,8 milhões de casas, e da marca ZON Fibra, criada há cerca de um ano para designar serviços de Internet com velocidades acima dos 30 Mb. Paralelamente, a operadora promove uma campanha de marketing viral baseada num vídeo sob o mote “Os verdadeiros testes à velocidade da Fibra” em que dois jovens testam a velocidade de upload e download da sua internet. Produzido pela Accedo, o vídeo assume deliberadamente, características típicas dos vídeos que todos partilhamos via internet. A campanha, sob o título “Upgrade 100MB & Sem stresses. Não é ficção. É realidade ZON Fibra” estará também presente nas Lojas ZON, em www.zonfibra.pt e em http://averdadedafibra.blogspot.com/.

… E LIDERA NA QUALIDADE DO SERVIÇO AO CLIENTE O relatório do 1º semestre da ANACOM re­ velou: o grupo ZON é o líder na qualidade da relação com o cliente, apresentando menos de uma reclamação por 1000 clientes. A ZON Madeira e Açores são os operadores com menos reclamações no 1º escalão do segmento de TV por subscrição (<0,5 reclamações/1000 clientes) e a ZON TVCabo está entre os me­ lhores operadores do 2º escalão (<1 reclamações/1000 clientes). Estes resultados reflectem os investimentos que a ZON tem vindo a fazer na sua rede, o que lhe permitiu lançar os mais avançados serviços do mercado. O relatório da ANACOM reflecte também o investimento realizado na área de serviço ao cliente, com o lançamento de um número de atendimento gratuito, criação de novos call centers e o desenvolvimento de uma nova plataforma de comunicações.

MYZONCARD DÁ 2 EM 1 Depois de bilhetes de cinema, os clientes myZONcard têm agora acesso a bilhetes de futebol para ver os grandes jogos da liga ZON Sagres durante esta temporada. Na compra de um bilhete/voucher nas lojas ZON seleccionadas, os clientes ZON com myZONcard recebem outro de oferta. Os clientes interessados devem dirigir-se às lojas ZON definidas para cada jogo (lista disponível nos sites www. zon.pt/ligazonsagres ou www.myzoncard.pt) e apresentar o myZONcard. Esta campanha é válida para clientes com myZONcard activo e para os filhos dos titulares do cartão.

EMMYS 2010 SIMPLY THE BEST Não podemos deixar de registar que vimos a cerimónia e regozijámo-nos com os vencedores das principais categorias dos Emmy, os prémios mais prestigiados da televisão norteamericana… Fique a ver o que estiver a dar que não se arrepende… • Série dramática: “Mad Men” (FOX Next) • Série de comédia: “Uma Família Muito Mo­ derna” (FOX Life) • Melhor actor de série dramática: Bryan ­Cranston, “Ruptura total” (MOV) • Melhor actriz de série dramática: Kyra Sed­ gwick, “The Closer” (FOX Crime) • Melhor mini-série: “Pacífico” (AXN) • Melhor actriz de série cómica: Edie Falco, “Nurse Jackie” (FOX Next) • Melhor actor de série cómica: Jim Parsons, “The Big Bang Theory” • Melhor telefilme: “Temple Grandin” • Melhor actriz de telefilme ou de mini-série: Claire Danes, “Temple Grandin” • Melhor actor de telefilme ou mini-série: Al Pacino, “You Don’t Know Jack”



Videoclube

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televisão

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en d a d o Realiz. Louis Leterrier Int. Alexa Davalos, Gemma Arterton, Liam Neeson, Luke Evans, Mads Mikkelsen, Ralph Fiennes e Sam Worthington ACÇÃO, 2010

Confronto de Titãs

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10 de Outubro

Perseus (Sam Worthington), filho de Zeus (Liam Neson) encabeça uma cruzada para evitar que Hades (Ralph Fiennes) torne a Terra num inferno. Sam Worthington veio para ficar como o herói de serviço. De “Terminator” a “Avatar” passando pela tragédia grega, Sam é a figura mais consistente deste épico repleto de efeitos especiais e CGI abundante, recriando o filme de culto homónimo de 1981 e parte da sua história de base. Nascido de um deus, mas criado como um homem, Perseus não consegue salvar a sua família das garras do deus vingativo do submundo, Hades. Liderando um grupo de guerreiros, Perseus parte numa perigosa viagem por mundos proibidos. Lutando contra demónios e feras temíveis só poderá sobreviver se aceitar o seu poder como uma divindade e criar o seu próprio destino. Incontornável para fãs do género. RR

BEST BUY

O MEO Séries lançou Close to Home SÉRIE AMERICANA EXIBIDA ORIGINALMENTE PELA CBS E QUE VEM COM O SELO DA WARNERTV. Este é um drama com toques de suspense, que mostra de maneira convincente o subúrbio americano através dos olhos de uma jovem e agressiva advogada oficiosa, Annabeth Chase (Jennifer Finnigan) que cuida de casos que muitas vezes aconteceram na sua área de residência. Ao regressar do trabalho, após o nascimento da sua primeira filha, Annabeth está pronta para assumir os mais complicados casos, abastecida pela paixão em proteger a sua comunidade e a sua família. Desafiando as estratégias legais de Annabeth estão a sua nova chefe, Maureen Scofield (Kimberly Elise), uma advogada que não tem medo de exigir o máximo dela. E a liderar a equipe está Steve Sharpe (John Carroll Lynch), o maior apoiante de Annabeth. Jack, o marido de Annabeth (Christian Kane), é devotado à família, mesmo quando os desafios de Annabeth em conciliar as novas responsabilidades como mãe com a sua vida profissional começam a afectar a sua relação. 14 magazine. HD

Outubro 2010


ESTREIAS Outubro 07 Nanny McPhee e o Toque de Magia

08 Um Cidadão Exemplar 10 Confronto de Titãs 10 Eu Amo-te Phillip Morris 10 Nove 12 Em Roma 22 De Paris com Amor 30 Ex – Mulher Procura-se

Em Roma 12 de Outubro

Uma nova-iorquina sofisticada, desiludida com o seu último romance, decide fazer uma viagem a Roma e aí dedicar-se a apanhar moedas, provocadoramente, na “fonte do amor”, que considera ridícula. Cumprindo-se o que diz a lenda, isso desencadeia a paixão de um estranho grupo de pretendentes: um magnata das salsichas, um mágico de rua, um adorável pintor e um modelo vaidoso e narcisista. Mas quando um charmoso repórter a persegue com igual entusiasmo, como é que ela vai saber se o amor dele é verdadeiro? Realiz. Mark Steven Johnson Int. Anjelica Huston, Dax Shepard, Jon Heder, Josh Duhamel, Kristen Bell e Will Arnett COMÉDIA 2010

continuam ainda Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo Amar é complicado Alice no País das Maravilhas Robin Hood Shutter Island

Top 5 meo videoclube 1 O Livro de Eli 2 O Lobisomem 3 Um Sonho Possível 4 Alice no País das Maravilhas 5 Amar... É Complicado! O catálogo do MEO Videoclube tem cerca de 3000 títulos activos e um número significativo em HD. Mais informação em www.meo.pt/ meo/videoclube

Ex-Mulher Procura-se 30 de Outubro

Eu Amo-te Phillip Morris 10 de Outubro

A improvável mas carismática história do percurso de um homem comum, homem de negócios de uma pequena cidade, que é preso e se transforma num extravagante criminoso de colarinho branco. A partir daí vive constantemente em sarilhos com a lei, o que inclui quatro tentativas para fugir da prisão. Tudo em nome do amor... Realiz. Glenn Ficarra, John Requa Int. Jim Carrey, Ewan McGregor, Jessica Heap, Leslie Mann e Rodrigo Santoro COMÉDIA 2009

Milo Boyd é um bounty hunter, ou seja, tem como profissão capturar fugitivos à lei em troca de uma recompensa monetária. Um dia, a sua missão é encontrar e prender a repórter Nicole Hurley, a sua ex-mulher... Quando ele pensava que não haveria tarefa mais fácil, Nicole diz-lhe que está a seguir um importante caso de homicídio. Milo percebe então que as coisas não vão ser bem como ele tinha planeado. A relação de ambos continua na mesma, até ao momento em que têm de se unir se quiserem viver... Real. Andy Tennant Int. Christine Baranski, Gerard Butler, Jennifer Aniston e Natalie Morales COMÉDIA 2010 Outubro 2010

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Videoclube

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televisão

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Um Cidadão Exemplar

14 Outubro

Numa era em que se questionam os sistemas de justiça, um pouco por todo o mundo, o argumento de “Um Cidadão Exemplar” reveste-se da maior actualidade. Este filme de F. Gary Gray, que em 2003 nos tinha trazido um bem conseguido remake de “Golpe em Itália”, conta-nos a história de Clyde Shelton, protagonizado por Gerard Butler, que presencia a violação e assassínio da sua mulher e filha. Após a detenção dos criminosos, Clyde aguarda, ansiosamente, que ambos sejam sentenciados à pena máxima, depositando, para o efeito, todas as expectativos no seu advogado Nick Rice (Jamie Foxx). No entanto, Nick tem outros planos para o caso. Receoso de que o sistema ilibe os assassinos, comprometendo desse modo as suas ambições de carreira, o advogado propõe que apenas um deles seja condenado à morte, enquanto que o outro tenha a pena reduzida a dez anos, por testemunhar contra o companheiro. Clyde resolve fazer justiça com as próprias mãos e elimina impiedosamente os dois criminosos, acabando ele próprio por ser detido. Mas nem a prisão conseguirá parar Clyde numa sede imensa de vingança que trans­ cende o seu caso pessoal, para se centrar na queda do actual sistema judicial Americano. LC

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Realiz. F. Gary Gray Int. Jamie Foxx, Bruce McGill, Colm Meaney, Gerard Butler, Leslie Bibb e Regina Hall DRAMA 2010

BEST BUY

The Event, a série de conspiração da NBC, estreia em Exclusivo no ZON Videoclube

Uma série de conspirações e mistérios que o vão agarrar ao ecrã desde o primeiro episódio. Sean Walker (Jason Ritter), um solitário programador de computadores, conhece Leila (Sarah Roemer), uma bioquímica. Juntos fazem planos para o futuro mas esta desaparece misteriosamente. Sean tenta descobrir o seu paradeiro a todo o custo, enveredando por inúmeras investigações que o levam a descobrir uma grande conspiração que envolve uma tentativa de assassinato do recém-eleito Presidente Martinez (Blair Underwood, de “Sexo, Dinheiro e Poder”) e ainda agências de segurança e de inteligência do governo. Desde 1944 que estas instituições têm conhecimento de um grande evento que está por vir, que poderá mudar a história da humanidade. Esta envolvente série foi criada por Nick Wauters, um dos argumentistas de “The 4400” e “Eureka”, com produção da Universal Media Studios em parceria com a Steve Stark Productions. Para os fãs de séries como “Lost” e de “Twin Peaks”, um episódio de “The Event” estará disponível todas as semanas por 1,99 €, em exclusivo para os clientes ZON. 16 magazine. HD

Outubro 2010


ESTREIAS Outubro 03 Confronto de Titãs 07 Nanny McPhee e o Toque de Magia

07 Repo Men: Os Cobradores 14 Um Cidadão Exemplar 22 De Paris com Amor 27 Millennium 2: A Rapariga

NOVE 27 Outubro

Guido (Daniel Day-Lewis), um famoso realizador de cinema, enfrenta uma crise de enormes proporções, tanto a nível criativo como pessoal, enquanto se reparte entre as numerosas mulheres da sua vida, incluindo a sua mulher (Marion Cotillard), a amante (Penélope Cruz), a musa do seu filme (Nicole Kidman), a sua confidente (Judi Dench), uma jornalista americana (Kate Hudson), uma prostituta (Fergie) e a sua mãe (Sophia Loren). Realiz. Rob Marshall Int. Daniel Day-Lewis, Marion Cotillard, Penélope Cruz, Nicole Kidman, Judi Dench, Kate Hudson, Sophia Loren MUSICAL 2009

que sonhava com uma lata de gasolina

27 Eu Amo-te Phillip Morris 27 Nove continuam ainda Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo Amar é complicado Alice no País das Maravilhas Visto do Céu Shutter Island

NANNY MCPHEE E O TOQUE DE MAGIA 7 Outubro

Top 5 ZON videoclube 1 Amar é complicado 2 O Lobisomem 3 Um Sonho Possivel 4 Alice no País das Maravilhas (HD)

5 O Livro de Eli O catálogo do ZON Videoclube tem cerca de 3000 títulos activos e um número significativo em HD. Mais informação em www.zon.pt/ Videoclube

DE PARIS COM AMOR 22 Outubro

Um agente sedento de brilhar (Jonathan Rhys Meyers), para além das sombras da sua profissão, vê o seu desejo realizado quando lhe é atribuído um novo parceiro na luta contra o crime - Wax (John Travolta). À medida que ambos percorrem Paris numa missão antiterrorista pacífica, o jovem agente descobre que as armas mais mortíferas são aquelas que mais amamos... Realiz. Pierre Morelv Int. John Travolta, Jonathan Rhys Meyers, Kasia Smutniak ACÇÃO, 2010

Nesta nova aventura, Nanny McPhee bate à porta de uma jovem mãe, Mrs. Isabel Green, que tenta desesperadamente gerir a sua quinta familiar enquanto o marido está longe na guerra. Mas quando chega, Nanny McPhee descobre que os filhos de Mrs. Green travam uma guerra contra dois primos mimados vindos da cidade, que se mudaram para a quinta. Socorrendo-se de tudo, desde uma mota voadora e uma estátua que ganha vida a um porquinho que trepa árvores e um elefante bebé que surge nos lugares mais estranhos, Nanny McPhee usa a sua magia para ensinar às suas crianças cinco novas lições. Realiz. Susanna White Int. Ralph Fiennes, Emma Thompson, Maggie Gyllenhaal, Maggie Smith COMÉDIA, 2010 Outubro 2010

magazine.HD 17


televisão

Antevisão

THE WALKING DEAD

Apocalipse zombie now

credible Hulk”), baseada no romance gráfico e best seller de Robert Kirkman com o mesmo nome. ‘“Não é a primeira vez que a FIC faz estreias multi-territoriais [recordem-se os casos de ‘The Listener’ e ‘Mental’, ambas estreadas em 2009], contudo nunca nesta escala”, disse Sharon Tal Yguado, Vice-Presidente Executiva de Programação Original e Desenvolvimento. ‘The Walking Dead’ é um projecto incrível e com um claro apelo global”. “The Walking Dead” conta a história das semanas e meses que se seguem a um apocalipse zombie pandémico. Esta série acompanha um grupo de sobreviventes, dirigidos pelo agente da polícia Rick Grimes (Andrew Lincoln), que viaja em busca de um local seguro e a salvo. Mas a cons­tante pressão da luta diária contra a morte torna-se num fardo bastante pesado, fazendo com que algumas pessoas desçam ao mais baixo nível da crueldade. À medida que Rick luta para manter a sua família viva, acaba por descobrir que o medo arrebatador dos sobreviventes pode ser bem mais perigoso que os zombies que vagueiam pelo nosso pla­neta.

A série conta com uma vertente cómica, presente nos desafios da vida num mundo controlado por zombies que muitas vezes levam a melhor sobre os sobreviventes, sendo que os conflitos interpessoais representam o perigo a que a sua sobrevivência está associada. Com o passar do tempo, as personagens vão sofrendo alterações, à medida que vão sendo expostas à morte, e algumas acabam mesmo por se dispor a fazer o que quer que seja para garantir a sua sobrevivência. Frank Darabont, nomeado três vezes pela Academia, é o criador/guionista, realizador e um dos produtores executivos de “The Walking Dead”. David Alpert (da Circle of Confusion), Charles “Chic” Aglee, Gale Anne Hurd (Presidente da Valhalla Motion Pictures) e Robert Kirkman completam o grupo de produtores executives, estando a produção a cargo da Circle of Confusion em associação com a Valhalla Motion Pictures, American Movie Classics (AMC) e FOX International Channels (FIC).

© TWD productions LLC Courtesy of AMC

Chega à FOX Portugal a 2 de Novembro, dois dias depois da estreia nos EUA. É baseada em “Os Mortos-Vivos”, uma publicação mensal de banda-desenhada, a preto e branco, publicada nos EUA pela Image Comics: “The Walking Dead”, no original ou a combinação perfeita de medo, suspense, drama e uma “pitada” de comédia. Para esta rentrée, a FOX reservou um “evento” sem precedentes, marcando a primeira vez que uma série estreia ao estilo de uma produção cinematográfica. “The Walking Dead” vai chegar a 120 países, em 33 línguas, e será visto em cerca de 250 milhões de lares. A história foi criada e escrita por Robert Kirkman e o artista gráfico Tony Moore (substituído por Charlie Adlard a partir do número 7) e conta a história de um grupo de pessoas que tenta sobreviver num mundo controlado por zombies. “The Walking Dead” é uma produção televisiva de Frank Darabont (“Os Condenados de Shawshank”, “The Green Mile”) e de Gale Anne Hurd (“The Terminator”, “Aliens”, “Armageddon”, “The In-

THE WALKING DEAD Estreia 2 Novembro, 21h30 Emissão: Terças-feiras, 21h30 LISTA DE PREMIADOS DA EDIÇÃO Nº 4 MAGAZINE.HD

Festa de

Todos

Out. 29 a

1 Nov.

Os Santos Quinta do Anjo

Festa Religiosa Concertos Largadas Concursos

Medidas Extraordinárias Eusébio Rodrigues - Setúbal Maria João Sousa António Silva - Porto Clara Grego Joaquim Teixeira - Porto Alto Manel Rocha da Silva - Cascais Teresa Lopes - Águeda Sílvia Martins - Matosinhos Carlos Laje - Santarém Pedro Antunes - Castelo Branco Kick Ass - O Novo Super-Herói Lino Miguel Martins Gomes Almada Andreia Palma Jorge Pinto Vítor Gonçalves - Queluz José Pedro Amorim - Trofa Mariana Cruz - Portimão

Isabel Frade - Braga João Pedro Esteves - Beja Inácio Silva Matos - Faro Raquel Lourenço - Lisboa Rui Paiva - Almada Cristina Melo - Parede Jorge Afonso Vieira - Faro Carlos Sousa Pedro - Lisboa Sebastião Costa Maria Leonor Cabaçinha - Lisboa António Duarte Conceição Guedes - Porto Dulce Raposo - Alcochete Rogério Almeida Predadores Ana Godinho Nuno Nepomuceno Carlos Mota - Setúbal Narciso Gomes

João Esteves - Beja Maria Luísa Assunção - Ovar Jorge Manuel Aguiar Gonçalo Mendes - Estarreja Tiago Pedro - Maia Carla Sofia Nunes - Aveiro Inácio Ribeiro - Lisboa Nuno Santos - Lisboa César da Silva Lopes José Carlos Agostinho - Porto Isabel Torres da Silva Kane & Lynch Bruno Emanuel Duarte Ribeiro Gonçalo Guerra Ana Sofia Pinto - Braga Duarte Amaral - Sintra Pedro Dias - Almada

Os felizes contemplados devem contactar, até ao último dia do mês em curso, o nosso departamento de apoio ao cliente Tel: 214 337 036

18 magazine. HD

Outubro 2010



televisão

Série do mês

Mad Men ...e da arte se fez televisão Com estreia marcada para 27 de Outubro, na Fox Next, a quarta temporada de “Mad Men” não irá decerto desiludir os seus inúmeros fãs. Don Draper e os outros ad-men regressam assim em força com doze episódios novinhos em folha que mergulham em cheio no quotidiano da América pós-Kennedy, no auge do optimismo consumista dos anos sessenta, onde a publicidade tem a força da arte e promete a chave para a máquina dos sonhos.

T4: Cast T4: © 2010 Frank Ockenfels/AMC/Lionsgate

Os dez mandamentos dos Mad Men: • Camisa branca sempre à mão. • No escritório não podem faltar uma ou mais garrafas de bourbon. • Os Lucky Strike são para se fumar sem parar. • O zippo é o isqueiro de eleição. • Os botões de punho de estilo francês são obrigatórios. • Ter sempre no gabinete um globo terrestre. • Os vestidos são bem justos para marcar a silhueta. • A moda são os lenços, de preferência ao pescoço. • Aspirinas para os rapazes, pílula ou valium para as raparigas. • É indispensável ter visto “O Apartamento” de Billy Wilder e “Psico” de Hitchcock. 20 magazine. HD

Outubro 2010

Pop-arte Estamos quase em 1965. O assassinato de John Kennedy, ocorrido em 1963, conduz à presidência o democrata Lyndon B. Johnson. Apesar do empenho do novo presidente na defesa dos direitos civis, no acesso à saúde e à educação, na luta contra a pobreza, as nuvens negras da guerra do Vietnam e o clima de insatisfação provocado, não só pela guerra, mas também pela intensidade dos conflitos inter-raciais e pelo criticismo corrosivo dos movimentos juvenis que despontam nesta altura comprometem a aparente calma social do pós-guerra e o a continuidade do optimismo vivido no início da década de sessenta. De facto, a sociedade norte-americana, a da classe média urbana e assalariada, parece alimentar-se de novos sonhos, de ideais de conforto, bem-estar e prazer constante. Já não são os sonhos transportados pelo cinema dos anos trinta, carregados de onirismo e longe de poderem ser concre­ tizados. Nos anos sessenta os sonhos podem ser comprados e a máquina da publicidade orienta o consumidor, narrando concisamente histórias do quotidiano, onde os objectos de consumo transportam a felicidade para as famílias e indivíduos. Poucos anos antes, no início da década, Andy Warhol fazia ascender à categoria de objectos de arte, latas de sopa e de coca-cola e a publicidade podia ser a ante-câmara do objecto de arte.

O que é que torna a vida moderna tão diferente, tão atractiva? Um dos principais pontos de atracção de “Mad Men” – que arrebatou vários prémios nos últimos Emmys, destacando-se entre eles o de melhor série dramática e a distinção de melhor argumento – é a visualização do conforto e do bem estar do grupo de personagens que fazem parte da série. Desde os espaços de trabalho ao conforto das casas, decoradas modernamente, não faltam os mais recentes electrodomésticos ou, para os mais poderosos, um ou outro objecto de arte. Os bares e os restaurantes frequentados pelos mad men são cheios de vida e de cor, habitados por esta gente plena de estilo, com vestuário


cuidado e elegante, com cabelos magnificamente estilizados.Os próprios gestos destes publicitários da moda são atraentes: transportam em geral um cocktail requintado e até o fumo dos cons­ tantes cigarros que consomem parece acompanhar elegantemente o processo de criação.As suas conversas são intensas e cheias de promessas de novas imagens, de novas histórias publicitárias, porque é nas histórias do dia a dia que a publicidade se inspira, que vence outras empresas concorrentes, que recruta novos clientes e novas marcas, que ganha dinheiro, muito dinheiro. Na série, Don Draper é um publicitário de destaque. As suas criações tornam-se quase lendárias.

Ao prestígio conquistado junta-se uma família exemplar: a mulher, Betty, é muito atraente e as crianças são no mínimo adoráveis. Ao conforto familiar e à brilhante carreira, Draper associa ainda um irresístivel fascínio por mulheres belas que fatalmente se tornam suas amantes e que, a pouco e pouco, o afastam da sua aparente harmonia conjugal. Esta dolce vita quase felliniana, aliás celebrada na terceira temporada com cenas passadas em Itália entre Don e Betty, é no entanto uma das muitas máscaras produzidas pelas imagens da sociedade do bem-estar. Don Draper não é efectivamente Don Draper. A sua origem é obscura e oculta um crime de roubo de identidade. Maria João

Leia a versão completa deste artigo em www.magazine-hd.com

MAD MEN T 4 ESTREIA FOX NEXT : Quarta-feira, dia 27 de Outubro, às 22h10 Emissão InFANity: Quarta-feira, dia 27 de Outubro, às 21h30 Emissão: Quartas-feiras, às 21h30 Repetição: Quintas-feiras, às 15h05 e, Sábados, às 18h55


Desporto Outubro

televisão

TÉNIS RUMO AOS WTA CHAMPIONSHIPS

Pequim, China - 4-10 Linz, Áustria - 16-17 Moscovo, Rússia - 18-24 WTA CHAMPIONSHIPS

Doha, Qatar 26–31

FUTEBOL 9ª Jornada – Fim-de-Semana de 22/23

LIGA ZON SAGRES 7ª Jornada – Fim-de-Semana de 2/3 V. Guimarães X FC Porto

7ª Jornada – Fim-de-Semana de 2/3 Chelsea X Arsenal

Chelsea X Wolverhampton

Beira-Mar X Sporting

Liverpool X Blackpool

Manchester City X Arsenal

Benfica X Sp. Braga

Sunderland X Manchester Utd

Stoke City X Manchester Utd

Birmingham X Everton

Birmingham X Blackpool

Manchester City X Newcastle

Sunderland X Aston Villa

Stoke City X Blackburn

FC Porto X U. Leiria

Tottenham X Everton

Tottenham X Aston Villa

Portimonense X Benfica

West Bromwich X Fulham

West Bromwich X Bolton

Sporting X Rio Ave

West Ham X Newcastle

West Ham X Fulham

9ª Jornada – Fim-de-Semana de 30/31

Wigan X Bolton

Wigan X Wolverhampton

Rio Ave X Sp. Braga

8ª Jornada – Fim-de-Semana de 16/17

10ª Jornada – Fim-de-Semana de 30/31

U. Leiria X Sporting

Aston Villa X Chelsea

Arsenal X West Ham

Académica X Fc Porto

Everton X Liverpool

Blackburn X Chelsea

Benfica X P. Ferreira

Manchester Utd X West Bromwich

Bolton X Liverpool

LIGA DOS CAMPEÕES

Blackburn X Sunderland

Manchester Utd X Fulham

3ª Jornada da Fase de Grupos 19 – Spartak Moscovo X Chelsea

Blackpool X Manchester City

Aston Villa X Birmingham

Bolton X Stoke City

BlAckpool X West Bromwich

Fulham X Tottenham

Everton X Stoke City

Newcastle X Wigan

Fulham X Wigan

Wolverhampton X West Ham

Newcastle X Sunderland

Arsenal X Birmingham

Wolverhampton X Man. City

8ª Jornada – Fim-de-Semana de 23/24 Sp. Braga X Olhanense

19 – Real Madrid X Ac Milan 19 – Arsenal X Shakhtar Donetsk 20 – Lyon X Benfica 20 – Inter X Tottenham 20 – Barcelona X Copenhaga

MOTOCICLISMO MOTOGP 1 a 3 – GP Japão 10 – GP Malásia 15 a 17 – GP Austrália 29 a 31 – GP Portugal

AUTOMOBILISMO NASCAR 03 – Price Chopper 400 Auto Club Speedway 10 – Nascar Banking 500 Charlotte Motor Speedway 24 – Tums Fast Relief 500 Martins Ville Speedway 31 – Amp Energy 500 Talladega Superspeedway 22 magazine. HD

Outubro 2010

Liverpool X Blackburn


Há coisas sem as quais não podemos passar. Algumas são as meninas dos nossos olhos, outras são verdadeiros guilty pleasures que nem às paredes confessamos... mas a realidade é que a vida, sem elas, não tinha o mesmo sabor. Este mês fique a saber tudo o que levava para a ilha deserta a cantora luso-britânica Mia Rose. Tens agora uma canção na bandasonora do filme “Camp Rock 2: The Final Jam”, da que estreou em Se­ tembro no Disney Channel.. Mas – o comando é teu! - qual é o filme sem o qual não poderias viver? É o “Para Além do Horizonte”, com o Robin Williams. Nem muita gente o conhece mas é um filme que pode fazer-nos mudar a nossa perspectiva de vida. De tudo! Recomendo a toda a gente. E uma série de TV da qual não perdes nenhum episódio? Oh, há 300 mil... Mas, sem dúvida que a melhor de todas é, definitivamente, “Friends”. Qual é o teu livro prefe­ rido? “Orgulho e Preconceito”, da Jane Austen. Não se vê logo?... Ah, estou a brincar! Tens algum gadget de eleição? Acabei agora de comprar um perfume que para mim funciona perfeitamente como gadget (risos). Não, agora a sério: o telemóvel e, sempre!, o GPS. Não conseguia conduzir sem GPS. Escolhe uma canção que consideres realmente imprescindível. “I Dare You To Move”, dos Switchfoot. É uma música que pode coincidir perfeitamente com muitos momentos das nossas vidas. Qual é o teu grupo ou artista português favorito? Rui Veloso, sem pensar duas vezes. E estrangeiro? Ui.... Só um? Marvin Gaye.

MIA ROSE

Quais são os artistas ou grupos que aí vêm dar concertos e não vais mesmo perder? Sem dúvida, o Michael Bublé! Qual é a tua cidade preferida? Lisboa. Outubro 2010

magazine.HD 23


Agenda Prime

televisão

2ª feira

3ª feira

4ª FEIRA

21.30 Medium T6

22.25 C.S.I T10

00.45 A Balada de

SÁBADO

DOMINGO

22.30 Hamburgo 112 21.30 Jogo de Auda­ 22.25 Londres Di­s­­tri­­

T4 Est.6/10

zes T2 Est. 14/10

to Crim.T2 Est. 8/10

00.15 Rush: Res­

21.50 Factor Hades

01.30 Acção em

21.30 The Forgotten

21.30 Espião Fora

23.10 House T4

22.15 Desconhe­

14.30 Os Simpson

00.20 Uma Actriz de

21.25 Parenthood

22.15 Material Girl

21.25 Nip Tuck T6

19.00 Clínica

18.55 Ex-List T1

21.25 As Taras de

20.20 Boston Legal

21.05 Rockefeller

21.30 Mad Men T4

21.30 Saving Grace

19.35 Os Homens

21.30 Trust Me t1

21.30 Nurse Jackie

22.15 Hustle T6 Est.

19.15 Diagnóstico

22.15 Crash T2

21.30 Núm3ros T6

23.00 C.S.I T4

17.15 Crime, Disse

21.00 Cops T16

22.50 NYPD Blue

20.15 O Meu Nome

21.35 Nunca Chove

22.00 Psych T5

10.00 Médicos e

22.00 Puro Medo

22.00 Chamem-me

20.50 Stargate

22.30 Erva T4

22.30 The Event

21.35 Os Tudors T4

22.30 Ruptura Total

22.30 True Blood T2

22.30 True Blood T2

21.30 Haven

21.30 Blade

21.30 O Justiceiro

21.30 Doctor Who

20.40 Mutant X

21.30 Alice Est.

20.00 Warehouse

23.30 As Feiticeiras

21.20 Ergo Proxy

20.50 Blood + T1

22.35 Sobrenatural

23.30 As Ginastas

19.05 Insert Coin T7

21.00 Torchwood III

22.15.00 Valemont

21.30 Celebrity

23.35 00 The Hills

22.20 Skins Estreia

21.00 Friday Night

22.45 America’s

22.40 Hard Times

Hill Street T1

Peso (Rep.)

T1

18/10

Est. 4/10

SG1 T9

T2

Miami

T1 Est.12/10

30 T4

Crime T6

é Earl T1

T1

Bites Estreia

T1

T1 Est. 20/10

Est.27/10

em Filadélfia T3

est 6/10

5ª FEIRA

de Jogo T4 Est 7/10

T3

T1 Est.7/10

T1

21 Out.

6ª FEIRA

Privada T3

do Presidente T7

Estagários T1 e T2

T3 2

Est.10 Set.

Music

posta Rápida T3

cidos Est.16/10

Ela

23/10

Best Dance Crew 5

Est.24710

T18

Tara T2 Est. 10/10

T1

Fitz Est. 17/10

13

Of RJ Berger

Esta programação pode ser alterada por vontade da distribuidora e reflecte a informação conhecida à data de fecho da edição (aproximadamente dia 20 de cada mês)

24 magazine. HD

Outubro 2010



6 edições

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Brand New show

AUDI R8 SPYDER: A ESTRELA DE HOMEM DE FERRO 2

A famosa marca alemã de Ingolstadt cumpriu, a 16 de Julho de 2009, os seus 100 anos de existência na indústria e no comércio automóvel. Trata-se de uma data mágica já que poucos fabricantes se podem dar ao luxo de ter atingido tanto prestígio e êxito, comercial e desportivo, no mundo automóvel. Desde 1932 a marca dos quatro anéis reorganizou-se passando a representar a união entre Audi, DKW, Horch e Wanderer formando a Auto Union AG e a base da futura Audi AG que existe hoje. Neste mais de um século de vida a Audi continua a

tanto na indústria de cinema de Hollywood como nas produções europeias. A Audi pode orgulhar-se de ter uma carreira cinematográfica repleta de êxitos de bilheteira e ser um grande protagonista na indústria, principalmente ao nível dos filmes de acção. Sempre que nos lembramos da Audi é incontornável a sua prestação no emblemático “Ronin”, um policial de John Frankheimer (1998), com Robert de Niro e Jean Reno. Sem dúvida, os veículos Audi partilham tanto protagonismo como as duas grandes estrelas de cinema. Vimos igualmente um Audi TT em “Missão: Impossível II”, de John Woo, a ser conduzido por Thandie Newton, que contracena com Tom Cruise. Matt Damon rouba um Audi A6 para fugir aos seus perseguidores em

A Audi pode orgulhar-se de ter uma carreira cinematográfica repleta de êxitos de bilheteira e de ser um grande protagonista na indústria, principalmente ao nível dos filmes de acção. ser uma das maiores referências da indústria automobilística mundial, mas é também um grande ícone desportivo e cinematográfico. Por isso, há muitos anos que a Audi apoia produções de cinema e televisão de grande qualidade e dimensão mediática. Esta sua colaboração tem sido aliás referenciada na história do cinema por grandes realizadores,

“Ultimato”, de Paul Greengrass, ao passo que Will Smith em “Eu, Robot”, circula a bordo de um futurista Audi RSQ. O Audi A8 W12 é certamente o carro mais luxuoso e desportivo da gama alta e talvez o grande protagonista de “Correio de Risco 2”. Trata-se de um filme que gira em volta de um motorista particular, o ex-agente especial Frank Martin (Jason

Statham). É marcado por cenas de condução espectaculares e perseguições emocionantes com o luxuoso e dinâmico A8 W12. No filme está ainda o A3 Sportback 3.2 Quattro, conduzido pela protagonista feminina do filme: a ex-modelo norte-americana Ambert Valetta. Recentemente o Audi R8 transformou-se na arma secreta do “Homem de Ferro”. O superherói da Marvel tem no Audi R8 o seu perfeito aliado. A Paramount e a Marvel Studios responsáveis pela adaptação do “Homem de Ferro” ao cinema vão lançar agora um segundo filme e viram novamente na Audi um protagonista ideal para encabeçar um extraordinário elenco: Robert Downey Jr., Don Cheadle, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Scarlett Johansson, Mickey Rourke, Sam Rockwell, Jon Favreau, John Slattery, Stan Lee. Já no primeiro filme, além de Robert Downey Jr., era também Gwyneth Paltrow, a assistente de Tony Stark, que conduzia um Audi S5. Trata-se de um carro elegante, desportivo, dinâmico e de estilo refinado que encaixava perfeitamente no carácter ambicioso da personagem. Agora na sequela que ainda não vimos no cinema, mas da qual já há pelo menos fotografias, trailer e grande aparato mediático, as atenções dividem-se entre Robert Downey Jr. e um novíssimo Audi R8 Spyder. Este vai ser agora o carro oficial de Tony Stark, o “Homem de Ferro”. Isto é um modelo convencional adaptado ao universo high tech de Tony Stark, com uma imagem ligeiramente adulterada para dar um resultado mais futurista do que nas versões que serão comercializadas ao público.



© Focus Features 2010

cinema by

George Clooney em “The American”

George Clooney, o Americano em fim de carreira, chega à cidade: “Deixa-me entrar Machete!”. “No, you can’t” respondem do outro lado os Mercenários. À falta de Salt, o Karate Kid entra em acção mesmo a tempo da chegada dos Predadores.


cinema

George Clooney

um ‘americano vero’

© Focus Features 2010

José Pedro Lopes

Se Hollywood tem uma super-estrela, ela é George Clooney. Não pelos seus avultados salários, pelas suas campanhas publicitárias de luxo, pelas beldades com quem sai nem pela intervenção politica que faz. Clooney tem tudo isto, mas o que faz dele uma figura especial é que é o único artista que tem fãs dos dois lados da barricada: do cinema comercial e do cinema de autor. Nascido a 6 de Maio de 1961, em Lexington, no Kentucky, George Timothy Clooney foi educado no meio de gente ligada à indústria do entretenimento. O seu pai, Nick Clooney, era apresentador de televisão e os seus tios eram o actor José Ferrer e a cantora Rosemary Clooney. Logo desde pequeno, George participava nas filmagens do concurso do seu pai, chegando a aparecer nele por diversas vezes. No entanto, não levou a sério as suas aspirações artísticas quando se mudou com os seus pais para Augusta: no liceu tentou integrar a equipa de basebol Cincinnati Reds, e em 1979 entrou na universidade, onde estudou Ciência Política e História. Não acabou nenhum dos cursos e acabou por ir viver para o armário (!) de um amigo em Los Angeles. Conciliou inúmeros empregos temporários com idas a castings de bicicleta, por entre o caótico trânsito da cidade californiana. O bichinho do cinema havia ficado de um papel como figurante que Clooney havia feito em 1978 na sua terra natal, no Kentucky, para a série de TV Centennial. O seu primeiro papel foi na série E/R (não confundir com ER que o viria a lançar uma década depois). Foi fazendo diversas aparições televisivas em séries como Crime Disse Ela e The Golden Girls ou num papel maior em The Facts of Life (conseguido por ser um dos assistentes de produção da série). Em 1988, ganha alguma popularidade com um papel mais relevante na série Rose30 magazine. HD

Outubro 2010

anne, onde fazia de chefe da protagonista, e aparece na sequela A Arma Secreta de Tara (‘Return of the Killer Tomatoes’), filme que veio a tornar-se uma obra de culto devido à sua jovem presença. Chegados os anos 90 e contando já com 30 anos de idade, Clooney desanima por só conseguir papéis em filmes menores como Red Surf e The Harvest. Chega a ir ao casting de Cães Danados do estreante Quentin Tarantino mas não consegue o papel de Mic Vega. Clooney decide voltar a procurar emprego na televisão e é aí que encontra o seu bilhete para o estrelato: ER – Serviço de Urgência. Entre 1994 e 1999, George Clooney interpretou o adorado pediatra Dr. Doug Ross, passando a ser um dos homens mais desejados dos media e uma estrela mundial. Este boom de popularidade trouxe-lhe inúmeras oportunidades no cinema, onde aproveitou para procurar personagens que o afastassem de Doug Ross. O seu primeiro grande filme foi Aberto até de Madrugada de Robert Rodriguez, onde contracenava com Quentin Tarantino no papel de um criminoso duro que enfrenta uma horda de vampiros num bar do México. Contracenou com Michelle Pffeifer na comédia romântica Um Dia em Grande e com Nicole Kidman no thriller O Pacificador, o que o sedimentou ainda mais como um actor charmoso e adorado pelo público feminino. A popularidade de Clooney era tão grande quanto súbita. Fez uma aparição

especial na série Friends e colaborou numa chacota feita à sua pessoa em South Park. A sua grande aposta para dar o definitivo salto para a ribalta sai furada: Batman e Robin em 1997. Apesar da exposição enorme que o filme de Joel Schumacher lhe trouxe, esta não foi positiva. O filme foi detestado por todos, e Clooney foi considerado o pior Batman de sempre em inúmeros circuitos. O seu queixo característico e o seu tom de voz próprio saíam terrivelmente ridicularizados quando Clooney tinha vestido o fato do super-herói. A sua carreira não sofreu muito, e Clooney continuou a trabalhar intensamente nos anos seguintes, em projectos muito bem escolhidos. Em 1998 apareceu no épico de guerra A Barreira Invisível do mítico Terrence Malik e contracenou com Jennifer Lopez no thriller “noir” Romance Perigoso de Steven Soderbergh, com quem veio a trabalhar inúmeras vezes. Em 1999 entrou na sátira de guerra Três Reis onde a sua performance foi muito elogiada, mas acabou a rodagem com um relacionamento de ódio com o realizador David O. Russel, com quem chegou a andar ao soco. Cedendo perante o stress, Clooney


cinema liberta-se da série Serviço de Urgência para se dedicar a tempo inteiro ao cinema. A primeira década do Séc. XXI começa com uma série de projectos bem escolhidos e que solidificam o seu nome como um actor de grande público: o filme catástrofe Tempestade; Irmão, Onde Estás? dos irmãos Cohen (outros realizadores de culto que passariam a solicitar frequentemente os serviços de Clooney), onde fazia de um fugido da lei com um dom para a música; e Ocean’s Eleven de Steven Soderberg, onde é o charmoso líder de um grupo de assaltantes. Este último filme foi um enorme sucesso, conquistando mais de 445 milhões de dólares na sua exibição mundial. Clooney e Sodeberg formam em 2001 a Section Eight Productions, uma produtora que daria azo à primeira aventura do actor como realizador: Confissões de uma Mente Perigosa. Esta adaptação do livro homónimo do veterano apresentador de televisão Chuck Barris foi um grande sucesso crítico e apresentou o actor como um grande cineasta. No entanto, na primeira metade desta década, Clooney procurou também projectos que lhe trouxessem grande visibilidade. A sequela Ocean’s Twelve e o thriller de ficção científica Solaris (ambos de Soderberg), o filme de aventuras infantil Spy Kids (novo trabalho com Rodriguez) ou a comédia romântica sobre advogados Crueldade Intolerável (mais uma vez dos Cohen), foram claras apostas comerciais do actor, mas em filmes que em nada contribuíram para a sua notoriedade. 2005 viria a ser o ano chave para a consagração de Clooney nos circuitos mais eclécticos do cinema. Venceu um Óscar para Melhor Actor Secundário pelo seu papel em Syriana,

um thriller político passado no Médio Oriente onde dá vida ao agente da CIA, Robert Baer. Mas consegue a proeza de ser também nomeado para melhor realizador e argumentista por Boa Noite e Boa Sorte, sobre a polémica passada nos anos 50 entre o jornalista televisivo Edward Murrow e o senador Joseph McCarthy. Por outro lado, o mesmo Clooney que é um actor multi-nomeado, passa a aparecer em diversas campanhas publicitárias de grande visibilidade como as da Fiat e da Martini.

2005 viria a ser o ano chave para a consagração de Clooney nos circuitos mais eclécticos do cinema. No ano seguinte, o actor viria a trabalhar com Soderberg mais uma vez, em O Bom Alemão, um film noir passado durante a conferência de Potsdam, numa Berlim pósguerra, onde Clooney é um jornalista militar que investiga um homicídio envolvendo uma ex-amante sua. Em 2008, o actor consegue mais uma nomeação, desta vez para Melhor Actor Principal por Michael Clayton, onde o actor faz de um advogado sem escrúpulos que defende uma companhia química que ele sabe ser culpada. Após o salto para a ribalta, Clooney havia-se tornado um actor muito activo no campo político – aliás, os seus filmes são frequentemente interventivos e politizados. Uma das suas causas principais foi o conflito no Darfur, tendo intervindo num documentário, feito diversas missões de paz e inclusive escrito uma carta aberta à chanceler alemã Angela Merkel a pedir ajuda na reso­ lução do conflito. Formou a organização Not

On Our Watch (uma ONG anti-guerra criada juntamente com Brad Pitt e outros actores) e acabou por ser nomeado mensageiro oficial da paz pelas Nações Unidas. Em 2008, estreia aquele que foi provavelmente o maior desaire da sua carreira: Jogo Sujo, a sua terceira aventura como realizador. Passado nos anos 20 sobre o berço do futebol americano, o filme fracassou na bilheteira e junto da crítica. Para piorar, Clooney teve uma mediática divergência com os argumentistas iniciais do filme que o obrigaram a sair do Writer’s Guild of America. Nos últimos anos, Clooney tem vindo a contrabalançar a sua fama colossal (evidente nas campanhas que faz para a Nespresso) com papéis em produções independentes de grandes autores. Contou com duas performances muito originais nas comédias indie Destruir Depois de Ler, (terceira colaboração com os irmãos Cohen) e Homens que Matam Cabras só com o Olhar (esta com um registo político). Deu também a voz ao Fantástico Senhor Raposo, uma preciosidade da animação contemporânea da mão de Wes Anderson (The Royal Tenenbaums) e protagonizou Nas Nuvens de Jason Reitman (Juno), que lhe valeu mais uma nomeação pelo seu papel como um perito em despedimentos com uma paixão por aviões. George Clooney não parece querer abrandar. No thriller The American de Anton Corbijn (Control) é um assassino profissional escondido em Itália. Na comédia dramática The Descendants de Alexander Payne (Sideways) será um pai em busca de reconciliação com as suas duas filhas. E no início de 2011 começará a rodar o seu quarto filme como realizador: Farragut North, um filme que recupera Clooney como realizador político. Com Philip Seymour Hoffman e Paul Giamatti nos principais papéis, o projecto baseia-se na peça de Beau Willimon que satirizava os truques sujos das campanhas políticas, numa mordaz crítica à investida de Howard Dean em 2004. Tudo isto apenas vem provar que George Clooney é um valor seguro do cinema mundial, e talvez a única estrela à moda antiga: ambivalente e consensualmente adorada por todos os públicos. Outubro 2010

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cinema

a chegar

José Pedro Lopes

The American FICHA TÉCNICA Título original The American

Jack (George Clooney) é um assassino profissional de topo que, depois de um trabalho na Suécia que corre terrívelmente mal, avisa o seu patrão que após a próxima missão se vai reformar. No que será o seu último trabalho, ele é enviado para a Itália profunda, onde fica à espera de receber instruções de uma mulher belga chamada Mathilde (Theka Reuten). Eles têm que aguardar que uma arma secreta que está a ser desenvolvida na região seja terminada, para depois a roubarem. Nesta espera, Jack desenvolve uma grande amizade pelo padre local Benedetto (Paolo Bonacelli) e apaixona-se pela bela Clara (Violente Placido), redescobrindo o prazer de viver.

Realização Anton Corbijn Actores George Clooney Theka Reuten Paolo Bonacelli

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As primeiras imagens deste The American têm gerado muita expectativa em torno deste thriller que mistura os elementos clássicos de um James Bond – acção, aventura e romance – com uma estética vintage. O realizador Anton Corbijn segue assim a sua carreira de grande comunicador visual. Este autor holandês estreou-se na área dos videoclips tendo feito trabalhos para os U2 e os Depeche Mode (alguns destes trabalhos são nos dias de hoje obras de culto) e realizou um dos grandes sucessos do cinema britânico do Séc. XXI: Control, o biópico a preto e branco de Ian Curtis, o assom­ brado vocalista dos Joy Division. Corbijn aposta em tornar esta clássica narrativa de um as-

sassino profissional em busca de uma vida normal e da redenção, em uma grande peça de autor, num registo próprio do cinema europeu. Os primeiros posters do filme reforçam o tom retro anunciado, com um George Clooney estiloso dentro de um poster a branco e amarelo. Para reforçar o tom pessoal do projecto, o realizador convidou para compor as canções do filme o cantautor alemão Herbert Gronemeyer, seu amigo com quem já havia trabalhado em Control. Claro está que a atracção principal do filme é a icónica vedeta de cinema George Clooney, que procura aqui um filme com um registo mais de autor para explorar as suas capacidades de actor fora de Hollywood. Clooney vem, como sempre, bem acompanhado pela alemã Thekla Reuten (In Brugges) e a italiana Violante Placido (Sleepless) para além de Bruce Altman, Irina Bjorklund e Paolo Bonacelli. O filme adapta o romance de 1990 ‘A Very Private Gentleman’ de Martin Booth – novelista e poeta britânico que faleceu em 2004 – e a sua produção passou pela Suécia e Itália. Para promover o filme, Clooney percorreu de mota o país dos romanos no passado mês de Junho fazendo diversas paragens para eventos com os media e os fãs. Por cá, o seu filme chegará em Setembro.



cinema

a chegar

Rafael Vieira

Deixa-me Entrar O filme anglo-americano Let Me In (2010) não poderia ser apresentado sem lhe referir a ascendência sueca, ou seja, a parelha livro/filme escritos por John Ajvide Lindqvist que lhe serviram de base e com título internacional de Let The Right One In (filme por Tomas Alfredson de 2008 que teve estreia comercial em Portugal sob o nome Deixa-me Entrar). Este é um mais do que assumido orgu­ lhoso remake em que a história e as personagens são adaptadas para o público americano e, com ele, para todos nós: qualquer obra de sucesso em cinema não anglófono será eventualmente adaptado. Let Me In (e o original) não se esgotam em pulsões sanguíneas ou carótidas de horror devidas a um filme de género e não se poderá classificá-lo simplesmente como um filme

FICHA TÉCNICA Título original Let Me In Realização Matt Reeves Actores Chloe Moretz Kodi Smit-Mcphee Elias Koteas

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de vampiros ou como apenas de terror. O título refere-se à regra de que os vampiros têm que ser convidados para entrar em qualquer habitação, mas o leitor não precisa de um convite explícito para um filme em que os vampiros são apenas mais um dado secundário do que a espinha dorsal. Há muito mais aqui e o convite para entrar acaba por ser para o de penetrarmos dentro da inocente história de amor (e de afeição e profunda e crescente amizade) entre dois adolescen­ tes, Owen e Abby, ele um rapaz solitário e acossado por bullying na escola e ela, à primeira vista uma rapariga normal, mas que com o crescimento da história se revelará como vampira. As relações pessoais são o mais inocentes possível e o ser vampira é encarado com uma naturalidade desarmante e pouco

habitual em filmes de morder o pescoço – num momento Abby usa os seus poderes sobrehumanos para ajudar Owen e poderá ser que o crescimento encontre aqui uma excelente imagem para a sua evolução, via perda de inocência por via de sangue derramado e uma relação (amorosa/platónica, talvez). Este filme é uma variante da tragédia de Romeu & Julieta, mas onde esta surge de canino afiado. Lindqvist volta a assinar o argumento mas desta feita a meias com o também realizador Matt Reeves (do magnífico Cloverfield, 2008). Assumido o remake substituíram-se os nomes dos personagens para uns que surjam mais confortáveis ao ouvido anglófono (das duas personagens centrais de Oskar e Eli para Owen e Abby) e foi também deslocada a acção, de Estocolmo para o Novo México. Associado a um maior budget são esperados melhores e maiores sustos ou, ao menos, uns mais esforçados e credíveis momentos de um filme que já se prolonga em franchise, com já uma prequela saída em comic e uma séria hipótese de sequela. Estreia a 21 deste mês para apontar as diferenças.


cinema

Machete dos já referidos Trejo, Alba e Rodriguez, o realizador texano convenceu ainda Robert de Niro, Steven Seagal, Don Johnson, Jeff Fahey, Cheech Marin e a polémica Lindsay Lohan a participarem naquele que, segundo as primeiras críticas internacionais, é o culminar do estilo único de um realizador extravagante, que entre altos (Sin City ou Desperado) e baixos (Spy Kids ou Once Upon a Time in Mexico) continua a convencer os estúdios e as produtoras de que é uma aposta segura no que toca à relação custo-proveito. De senadores corruptos a assassinos impiedosos, sem esquecer a freira fatal ou o

padre pistoleiro, Machete será certamente um filme divertido e imperdível para todos aqueles que dispensam uma trama muito séria e se contentam pura e simplesmente com cenas de acção tão exóticas como utópicas, violência q.b. e sex appeal suficiente para causar alguma inveja ao espectador... de um homem tão sórdido como Trejo safar-se à “grande e à francesa” com o sexo oposto. Para os outros, diz o agora filósofo budista… Steven Seagal que existem “contornos políticos, raciais e sociológicos importantes nesta obra de Rodriguez”. Sim, claro.

FICHA TÉCNICA Título Original Machete

Miguel Reis

“Gajas, balas, facas e sangue, muito sangue”. Não foram precisas muitas palavras para Danny Trejo, ex-recluso, agora estrela esquecida e quase sempre ignorada do cinema de acção independente norteamericano descrever Machete, filme há muito anunciado e que nasceu de um mock trailer que Robert Rodriguez elaborou para o díptico Grindhouse, já lá vão três anos. “Ele despacha os mauzões e conquista as mulheres”, afirma Trejo orgulhosamente sobre a sua personagem. Quando lhe perguntam qual foi o melhor momento das filmagens, não hesita nem por um segundo: “sem dúvida alguma as cenas em que beijei a Jessica Alba; fi-lo oito vezes… é tão bonita que por ela faria horas extras sem qualquer problema!”. Lá diz o ditado que quem diz a verdade não merece castigo… mas duvidamos que Michelle Rodriguez, outro dos romances do ex-agente federal mexicano na, fita fique lá muito contente por não ter sido mencionada. Como já perceberam, em Machete Robert Rodriguez juntou um elenco repleto de pesos pesados de Hollywood. Além

Realização Ethan Maniquis e Robert Rodriguez Actores Danny Trejo Robert De Niro Jessica Alba

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cinema

a chegar

Filipe Ferraz Coutinho

A Cidade Depois da surpreendente e auspiciosa estreia de Ben Affleck na cadeira de realizador com o seu muito pessoal Gone Baby Gone, é chegada a altura de comprovar se o actor tem mesmo uma veia de cineasta ou se o seu primeiro trabalho foi apenas um feliz acidente de percurso. À semelhança deste último, A Cidade é parcialmente filmado em Boston, cenário idílico para a dissecação nua e fria que Affleck faz das suas personagens, ao mesmo tempo que torna a própria cidade num dos seus primordiais intervenientes. Foi através do apelo a um lado mais negro e complexo da obscuridade do homem que o realizador tornou o filme que toda a gente oportunamente comparou com o “caso Maddie” numa obra de uma relevância superior. O trailer de A Cidade deixa adivinhar, precisamente, essa mesma essência urbana, pesada e cruel, típica da justiça de rua, tornando, desde logo, a fita num dos grandes eventos do Outono próximo. O argumento foi escrito a três mãos, Peter Craig (que faz a sua estreia enquanto argumentista) e Aaron Stockard (já havia feito parte de Gone Baby Gone) além do próprio Affleck, e adapta ao grande ecrã o romance de Chuck Hogan Prince of Thieves. A trama centra-se na vida de Doug MacRay, um assaltante de bancos que procura

FICHA TÉCNICA Título original The Town Realização Ben Affleck Actores Ben Affleck Jeremy Renner John Hamm Rebecca Hall

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coordenar os seus sentimentos por uma gestora de um banco, ligada a um dos seus crimes, com a perseguição levada a cabo por um agente do FBI que procura encarcerar Doug e o seu bando. De referir que Hogan venceu, em 2005, o prémio Hammett pela qualidade do escrito no campo do romance policial. Desde logo, um dos grandes trunfos de A Cidade está relacionado com o trabalho de casting e a aparente excelente escolha dos intérpretes para os principais papéis. Por um lado, há Jeremy Renner, o recémnomeado ao Oscar pela sua fabulosa performance em The Hurt Locker, e Blake Lively, a Serena van der Woodsen do estrondoso sucesso teen, Gossip Girl. Por outro, há John Hamm e Rebecca Hall que têm crescido exponencialmente nos últimos anos, o primeiro na televisão (Mad Men)

e a segunda no cinema (The Prestige, Frost/Nixon ou Vicky Cristina Barcelona). Há, portanto, uma mescla de actores prestes a explodir e determinados a aspirar a voos mais altos. Ademais, a longa-metragem conta ainda com Robert Elswit, o director de fotografia que colecciona êxitos no seu currículo. Facilmente se poder relembrar a beleza visual de Good Night and Good Luck, There Will Be Blood ou até Boogie Nights para poder aguardar com expectativa o trabalho de Elswit em Boston. Se a conjugação dos mais variados factores foi experientemente orquestrada é muito possível que este A Cidade se assuma como um dos mais importantes filmes do último trimestre. A fita tem data de estreia no nosso país para o dia 14 de Outubro do corrente ano.



cinema Nuno Mata

RUMORES, HUMORES E OUTRAS DORES... Ridley Scott está empenhado nos prelúdios dos Aliens. Parece que a 20th Century Fox será a galardoada com a produção destes dois filmes que antecedem Alien, o oitavo passageiro. O argumento ainda é secreto mas descobrimos que a história se vai passar em 2085 e andará à volta da misteriosa personagem intitulada Space Jockey, o alien encontrado morto na cadeira da nave rodeado por ovos de aliens. O filme será filmado em 3D e estará pronto para a estreia em 2012.

remake de um filme francês com o mesmo nome e será novamente realizado por Géla Babluani. O trailer já circula por aí mostrando uma história intensa. Sebastian é um jovem que decide seguir um caminho que estava destinado a outra pessoa em busca de fortuna. Acaba por cair no submundo de jogo onde as apostas são feitas com vidas humanas. No elenco estão também Mickey Rourke, Ray Winstone, Ray Liotta, Jason Stathan e 50 Cent.

O novo filme de Judge Dread, personagem de banda-desenhada que já teve um filme no cinema interpretado por Sylvester Stallone, vai ser realizado por Pete Travis. A personagem de Judge Dread vai caber, desta vez, ao actor Karl Urban (Star Trek). No entanto a Judge Anderson já foi escolhida e será ninguém mais do que Olívia Thirlby (Juno), estando o argumento a cargo do sensacional Alex Garland. Tem estreia marcada para 2012.

Peter Jackson ainda anda às voltas com a realização de o Hobbit, o filme que antecede o Senhor dos Anéis. Guillermo Del Toro abandonou a realização há três meses deixando a produção num impasse. Peter Jackson foi convidado para assumir a realização mas ainda não decidiu se irá ou não fazê-lo.

Jason Eisener é o responsável pela realização de um dos filmes que teve um trailer falso no filme Grind House. Hobo with a Shotgun contará a história de um mendigo, interpretado por Rutger Hauer, que resolve fazer justiça pelas próprias mãos quando um gang de rua começa a matar vagabundos. A estreia é já para o ano e o trailer já circula pela Internet. Unbreakable vai ter continuação. É o que diz M. Night Shyamalan, que o vai incluir na sua linha de filmes que intitulou como Night Chronicles. As suas crónicas começam em breve com o filme Devil e com outro filme que ainda não começou a ser feito e cujo título será Twelve Strangers. Ficamos à espera de mais notícias! Chama-se 13 e é o novo filme com Sam Riley no papel principal. Trata-se de um

Por falar em Guillermo Del Toro, o seu novo filme já tem trailer. É terror puro e em espanhol. A obra, intitulada Los Ojos de Júlia, conta a história de Júlia, que encontra a sua irmã cega enforcada. Desconfia do assassinato da irmã mas como sofre de uma doença degenerativa a sua visão também começa a falhar, descobrindo assim a razão para a morte da sua irmã. A personagem é interpretada por Bélen Rueda (O Orfanato) e será exibido em Setembro no festival de Toronto. Skyline é o novo filme de ficção científica de Colin e Greg Strause (Alien Vs. Predador). Já circula um pequeno teaser na Internet que mostra abduções em massa realizadas por estranhas naves extraterrestres. Sabe-se que o filme foi produzido com muito baixo orçamento e que se centra na chegada de uma força extraterrestre que põe em perigo toda a raça humana. A estreia está marcada para 12 de Novembro nos Estados Unidos. Hugh Jackman saiu a correr da comédia Avon Man para ir treinar e pôr o físico em forma para Wolverine 2. Mas, entretanto, Avon Man não vai ser cancelado e Kevin Lima (Enchanted) diz que vai seguir tudo em frente. Avon Man conta a história de alguns homens que foram despedidos de uma concessionária automóvel. Um desses homens é recrutado para vender produtos Avon. O argumento é de Kevin Bish (Hitch). Ainda não tem previsão de estreia. Continuam a surgir os mais divertidos posters do regresso da DreamWorks, agora apresentando as várias personagens: Megamind (Will Ferrell), Metro Man (Brad Pitt), Roxanne (Tina Fey), Hal (Jonah Hill) e Minion (David Cross). Megamind estreia em Portugal a 2 de Dezembro.

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João Paulo Costa

cinema

crítica

OS MERCENÁRIOS Qualquer espectador que tenha acompanhado de perto as notícias de produção de Os Mercenários saberá certamente o que esperar do mais recente trabalho de Sylvester Stallone: um regresso ao cinema musculado dos anos 80, onde a acção era distribuída através dos punhos de actores fisicamente robustos e onde não se cortava o plano no momento do impacto com medo de ferir a sensibilidade dos espectadores, deixando bem visíveis nos seus corpos as marcas da pancadaria. O curioso no filme, no entanto, passa também por aí, ou seja, pelo reconhe­ cimento dessas marcas por parte de alguns dos seus intérpretes, que regressam agora à acção, décadas mais velhos (e como que passando o testemunho a uma geração mais nova, com Jasan Statham e mesmo Jet Li à cabeça), como que admitindo perfeitamente o seu deslocamento em relação à própria situação actual do cinema, que deixou de ter para eles o mesmo espaço – vejam-se, por exemplo, as diferenças entre o terceiro e quarto capítulos das sagas Exterminador Implacável e Die Hard com os anteriores para percebermos o que mudou no cinema e nos seus protagonistas, Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis, que não por acaso partilham uma cena deliciosa com Stallone, que vale sobretudo pelo peso da reunião destes míticos durões no mesmo plateau. E não por acaso também, é Stallone o único entre estes quem se lança para a acção, como se fosse o derradeiro represen40 magazine. HD

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tante desse género – também Mickey Rourke, com direito a mais algumas cenas do que os outros dois, se recusa a voltar ao combate, naquele que será um dos mais “sérios” momentos de um filme não isento de um certo tom de auto-paródia. Mas essa auto-paródia não funciona, ao contrário do que já se fez passar, como uma triste caricatura, e sim um olhar honesto e bem-humorado de um realizador perfeitamente consciente daquilo a que se propõe a si e aos seus. Ou seja, Os Mercenários é o que é, nem mais nem menos: um projecto sem medo da nostalgia e sem pingo de vergonha em relação a isso, estando-se nas tintas para o que possa ser ou não correcto no actual panorama do cinema de acção, coisa que aliás os diversos esquemas publicitários em torno do filme deixaram bem claro. Como se tivesse a perfeita consciência de que determinado público anda sedento por esta libertação de testosterona.

Os Mercenários é o que é, nem mais nem menos: um projecto sem medo da nostalgia e sem pingo de vergonha Mas nada disto quer dizer que Stallone tenha parado no tempo. Bem pelo contrário, começando imediatamente pela narrativa que se por um lado remete para situações

já muitas vezes vistas e revistas em outros títulos, também a aborda de forma curiosa. Aqui, um grupo de mercenários altamente especializados no campo de batalha segue viagem para uma ilha fictícia na América do Sul, com a suposta intenção de derrubar o seu general ditador (numa trama que levou o presidente venezuelano Hugo Chávez a acusar a produção de propaganda imperialista americana contra a sua nação). No entanto, por detrás desse general está um ex-agente dos serviços secretos americanos com planos para lucrar fortunas gigantescas através das plantações de cocaína em troca de abastecimento do seu exército – num papel a cargo de Eric Roberts, mais um ícone dos 80s. Se por um lado o passado da sua principal estrela nos recorda inevitavelmente o herói reaganiano de Rambo, não deixa de ser curioso que aqui este se imponha tão claramente contra os excessos americanos – o Rambo a matar americanos? Quando tem de ser... Não que com isto queiramos de todo dizer que Os Mercenários carrega consigo alguma agenda política, não mais do que carrega uma reflexão sobre os heróis de acção que referimos atrás. No fundo, estes temas e esta história são apenas uma forma de colocar a máquina em andamento, e continuar o filão da violência extrema que já havia estado bastante presente no último capítulo de Rambo. E a acção, essa, é uma constante em Os Mercenários, bastante gráfica por sinal, embora aqui um simples estalo a uma mu­


cinema FICHA TÉCNICA Título Original The Expendables Realizador Sylvester Stallone Actores Sylvester Stallone Jason Statham Jet Li

lher seja tratado com muito mais seriedade do que a explosão sangrenta do corpo de um pirata ou as diversas facadas em pescoços desprevenidos. Seja como for, funciona, e o divertimento é garantido para os espec­ tadores que não o levem mais a sério do que este pretende, e se deixem conquistar até pelas piscadelas de olho extra-narrativa que nos oferece, num constante jogo com o público onde até a vida pessoal dos actores se sobrepõe à das personagens. Ainda assim, há alguns pontos menos positivos a apontar, que no entanto estão longe de se revelar dramáticos, embora não ficasse nada mal alguma contenção na encenação e especialmente na montagem de

algumas das cenas de acção, onde por vezes não só se torna complicado entender a lógica das mesmas, como também quem está a lutar com quem. Mas quando se deixa levar pela adrenalina, mesmo as mais exageradas sequências atingem aquela “pica” que nos cola a todos à cadeira e nos diverte constantemente. Seja quando coloca frente-a-frente duas figuras do wrestling americano, seja quando explora a pinta de Jason Statham, seja quando faz piadas sobre a altura de Jet Li em contraponto com a estatura monstruosa de Dolph Lundgren. Porque mais do que uma história propriamente dita, conta aqui acima de tudo o carisma dos protagonistas e essa ideia de cinema do passado recuperado

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para o presente, mas plenamente consciente do anacronismo que carrega consigo. Nós por cá encorajamos o empreendimento, e recomendamos aos leitores com vontade de entrar na aventura.

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cinema

crítica

Uma interessante incursão pela saga que um dia definiu o cinema de acção! Já lá vão mais de vinte anos. O cinema de acção encontrava um novo fulgor na década que tanta coisa mudou. Quebravamse barreiras, criavam-se novos imaginários, elevavam-se novas estrelas. Foi, mais precisamente, em 1987 que o até então pouco conhecido John McTiernan orquestrou uma obra singular na arte cinematográfica da acção pura e dura. E enquanto o fazia, consolidava Arnold Schwarzenegger numa massiva estrela internacional. Predator representava a perfeita mescla de acção com ficção científica, um produto ideal para as massas, jovens e graúdos sedentos de grandes armas de fogo, explosões e muitas, muitas balas a voar em todas as direcções. Volvidas inúmeras e, de algum modo, fracassadas fitas que exploraram o franchising ali começado, surge a primeira sequela digna desse nome. Há uma história que faz sentido,

que não desrespeita as origens e que procura seguir a fórmula de entretenimento do seu predecessor. Não que Predadores seja um filme de acção por excelência. Carece de demasiados lugares-comuns para se tornar por demais significante. Todavia, torna-se prazeroso assistir à alegoria que os eventos procuram transformar numa espécie de inferno imundo e cruel. Põem-se em causa comportamentos, atitudes, valores morais. Julgam-se passados, fala-se em escritores, disfarçam-se naturezas. Tudo em prol de uma experiência comportamental. É forte a veia de The Most Dangerous Game, mas é mais forte a vontade em lucrar muitos milhões. E daí assiste-se a uma overdose de planos americanos, a situações inverosímeis e twists narrativos dúbios. Predadores, a fita que, globalmente sumarizada, converte o caçador na presa, apresenta uma grande dualidade quanto ao rumo que pretende tomar. Por momentos consegue ser surpreendente na sua acepção. Noutros adopta comportamentos inexplicáveis. Não obstante a irregularidade denotada, o toque de Robert Rodriguez está lá e será mesmo

este que traz à tona o que de Série B tem este filme. No que aos intérpretes diz respeito, torna-se um tanto ou quanto difícil observar Adrien Brody num papel de anti-herói tão duro, sobretudo considerando que é uma espécie de substituto do actual Governador da Califórnia. O grande destaque recai mesmo sobre Lawrence Fishburn numa curta mas marcante intervenção. Transpira a experiência, a credibilidade de um actor maduro e habituado à importância de papéis mais pequenos. Destaque ainda para dois intervenientes: Alice Braga, a actriz brasileira de São Paulo que tem vindo a conquistar importantes papéis em alguns blockbusters; e Topher Grace, também ele em crescendo no panorama do cinema norte-americano. Do argumento de Alex Litvak e Michael Finch realça-se a frieza comportamental e um enredo que, na primeira metade, sabe como conquistar uma audiência. Predadores é, portanto, um filme dotado de algumas lacunas mas perfeitamente competente.

Filipe Ferraz Coutinho

Predadores FICHA TÉCNICA Título Original Predators Realizador Nimród Antal Actores Adrien Brody Topher Grace Alice Braga

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cinema

crítica Há o mau kung-fu... e o bom kung-fu.

Sara Galvão

KARATE KID FICHA TÉCNICA Título Original Karate Kid Realizador Harald Zwart Actores Jaden Smith Jackie Chan Tarajo P. Henson

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Karate Kid foi um clássico para toda uma geração, e por isso território bastante perigoso para um remake, mas esta versão de 2010 com Jaden Smith e Jackie Chan consegue inteligentemente ser uma homenagem sentida ao original e evitar os momentos datados dos anos 80. Assim, temos novamente um miúdo que muda de casa para o meio de uma nova comunidade, onde é mal recebido pelos rapazes da sua idade, todos exímios nas artes marciais, e que desenvolve uma paixoneta por uma rapariga bonitinha que lhe causa ainda mais problemas com os outros rapazes, até ser trei­ nado por um inesperado instrutor que lhe ensina artes marciais por meios pouco convencionais. Na nova versão, a costa leste dos Estados Unidos é substituída pela China, para maior choque cultural na era da globalização informática, e Mr. Han prefere usar o mata-moscas aos pau­ zinhos para matar moscas (na piscadela de olho cinéfila mais divertida dos últimos tempos), mas o espírito é o mesmo: o underdog contra os mauzões. Jaden Smith pode não estar (ainda) à altura de um papel desta envergadura, mas

o esforço físico que dedicou ao papel e o seu carisma servem de perdão. O seu lugar de estrela do filme é todavia roubado por Jackie Chan, num inesperado papel sério (sim, pensamos sempre que a qualquer momento ele nos vai arrancar uma gargalhada fácil com coreografias marciais, mas não) que nos faz desejar que lhe ofereçam um Homem na Lua para o afirmar como actor por direito próprio. A estrutura clássica da história torna-a bastante previsível, mas não perde por um momento o fôlego nem deixa ninguém a olhar para o relógio. As imagens magníficas da China, os jogos de excesso de luz e sombras delineados por Roger Pratt (Chocolate, Harry Potter e o Cálice de Fogo) e sequências de luta que fazem o que têm a fazer – deixar o espectador de boca aberta enquanto admira o engenho dos lutadores – dão a um filme que poderia ser tão mau como o recente Fame um sabor oriental de anos 80 sem cheiro

a mofo. E se algumas das linhas da história não são desenvolvidas (dando razão a uma já anunciada sequela, escrita pelos guionistas de Kung Fu Panda), como o resultado da audição de Chen e qual é o passado da rivalidade de Mr. Han e do tutor dos Cobras, isso pouco importa quando somos surpreendidos por um final em grande, com direito a uma duvidosa música de Justin Bieber. E sim, pode ser um final pouco credível e demasiado positivo. Afinal esta é uma história de outra década. Não há espaço para um final pessimista à la século XXI como em Million Dollar Baby...


cinema

uma narrativa pouco sólida, apesar de extremamente audaciosa e atrevida

Salt que, numa era em que a tecnologia e as novas técnicas de estilização digital predominam nos principais blockbusters, o carisma de uma actriz ainda consegue comandar os bolsos e o cérebro do público. Além de Jolie, também os sempre competentes Liev Schreiber e Chiwetel Ejiofor ajudam a credibilizar uma narrativa pouco sólida, apesar de extremamente audaciosa e atrevida, sobrecarregada de reviravoltas e duplas reviravoltas. Assim, como thriller de acção, Salt está a quilómetros­ de distância dos melhores exemplares do género. Não será mesmo de todo injusto afirmar que a narrativa de Kurt Wimmer – guionista de obras interessantes e inteligentes como Equilibrium,

com Christian Bale ou o mais recente Law Abiding Citizen, com Gerard Butler – e a realização do australiano Phillip Noyce, velho conhecido de Angelina Jolie, com quem já tinha trabalhado no simpático The Bone Collector, não mereciam a classe e o empenho de actriz norte-americana actualmente mais talhada para personagens femininas de acção, quebrando com facilidade uma barreira quase sempre inultrapassável para as mulheres de Hollywood. Porque Salt, a heroína de acção – seja ela traidora ou não – merecia um martini de vez em quando, uma personagem bem construída, com traços de personalidade mais manifestos do que as suas capacidades físicas para saltar de camião em camião ou de prédio para prédio. Felizmente – ou não, apenas o futuro o dirá –, o final deixa antever uma sequela, que tem tudo para ser uma obra mais hábil e cerebral e menos muscular. Porque faltou alguma arrogância a um filme cujo melhor elogio que pode receber é que nunca aborrece.

FICHA TÉCNICA Título Original Salt

Miguel Reis

Evelyn Salt é uma das mais respeitadas e capazes agentes operacionais da CIA. Num dia como tantos outros – ou assim pensava ela –, é destacada para interrogar um desertor russo que se tinha entregue às autoridades norte-americanas. A mensagem deste é tão clara como preocupante: uma espia russa, parte de um programa antigo do governo soviético, irá assassinar o Presidente russo na visita deste aos Estados Unidos da América. O polígrafo confirma a história, mas também o seu mais chocante pormenor: o nome da espia é... Evelyn Salt. “Mas eu sou Evelyn Salt”, diz a agente, sem perceber como é que o ex-militar russo sabia o seu nome; “então tu és uma espia russa”, conclui o desertor. Deste momento em diante, logo nos minutos iniciais da fita, somos servidos com um pacote inesgotável de acção, muitas vezes sustentado através de cenas tão surreais – devido a uma execução técnica deficiente e pouco credível – quanto cativantes, ou não fosse Angelina Jolie uma super-estrela que é, ela mesmo, o principal efeito especial da obra e a prova de

Realizador Phillip Noyce Actores Angelina Jolie Liev Schreiber Chiwetel Ejiofor

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Outubro 2010

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cinema

estreias em Outubro

Lenda dos Guardiões Columbia TriStar Warner Est. 07

MacGruber Licença para Estragar Castello Lopes Est. 07

Só Eles ZON Lusomundo Est. 07

Sempre Que Te Vejo ZON Lusomundo Est. 07

REC 2 ZON Lusomundo Est. 07

Uma Família Moderna Ecofilmes Est. 07

Pandorum ZON Lusomundo Est. 14

O Último Exorcismo ZON Lusomundo Est. 14

Jackass 3D ZON Lusomundo Est. 14

A Cidade Columbia TriStar Warner Est. 14

Cosa voglio di più Atalanta Est. 14

Gru – O Maldisposto ZON Lusomundo Est. 21

Fair Game ZON Lusomundo Est. 21

The New Daughter Ecofilmes Est. 21

Deixa-me Entrar Castello Lopes Est. 21

Agentes de Reserva Columbia TriStar Warner Est. 21

Inside Job Columbia TriStar Warner Est. 21

Mistérios de Lisboa Atalanta Est. 21

RED ZON Lusomundo Est. 28

Actividade Paranormal 2 ZON Lusomundo Est. 28

Encontros em Nova Iorque Columbia TriStar Warner Est. 28

É a Vida Columbia TriStar Warner Est. 28

Ondine Valentim de Carvalho Est. 28

Esta programação pode ser alterada por vontade da distribuidora e reflecte a informação conhecida à data de fecho da edição (aproximadamente dia 20 de cada mês)

46 magazine. HD

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blu-ray e dvd

© 2010 MVL Film Finance LLC. Iron Man, the Character: ™ & © 2010 Marvel Entertainment, LLC & subs.

LEGENDA Imperdível

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Recomendado

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Com interesse

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Com reservas

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A evitar

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Este mês seja um super-herói como o Homem de Ferro de Iron Man 2 ou aprenda a sê-lo na escola de Kick Ass. Talvez assim consiga defender­se dos homenzinhos verdes de Marte Ataca. Ah, e também pode ficar a saber o que David Duchovny tem a dizer sobre Californication, T3 e Cate Blanchett e Russell Crowe sobre Robin Hood.

Homem de Ferro 2


blu-ray

Recomendamos

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O MÊ blu-ray D

Heavy Metal

Homem de Ferro 2

Acção/ Ficção científica Realiz. Jon Favreau Int.: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow 2010, ZON Lusomundo, 2.35:1, DTS HD, 124 min Filme e extras

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Vídeo

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A tarefa do realizador Jon Favreau não se avizinhava fácil. Após o êxito de “Homem de Ferro”, filme simultaneamente inteligente e comercial, dirigir uma sequela constituía um sério e delicado desafio. Mas Favreau, que anteriormente havia assinado os de­ sinteressantes “Elfo” e “Zathura” (este último um rotundo flop de bilheteira), surpreende, uma vez mais, com uma continuação, inclusivamente mais estimulante, quer em termos narrativos, quer em termos de puro entretenimento. “Homem de Ferro 2” é um filme superior ao primeiro. Embora, por um lado, se perca o efeito surpresa deste – com uma primeira meia hora verdadeiramente antológica e um argumento assaz sólido, ganha-se agora em consistência, fluidez e eficácia. Favreau abandona, em boa hora, os estereótipos do primeiro filme, nomeadamente com uma assistente Pepper Potts pouco credível e um vilão (Jeff Bridges) a tropeçar constantemente em vários clichés do género. Em “Homem de Ferro 2” não há tempo a perder com pormenores desnecessários. A história é complexa mas certeira. Após revelar ao Mundo que é o Homem de Ferro, o multimilionário Tony Stark (novamente desempenhado de forma exemplar por Robert Downey Jr.), vêse confrontado pelo governo americano, que reivindica

para si a armadura do super-herói. Enquanto o governo tenta desenvolver um fato metálico semelhante, graças à ajuda de Justin Hammer, o grande rival de Stark, eis que surge mais um misterioso inimigo, Ivan Vanko, que cria o personagem Whiplash, cujo único objectivo é destruir o Homem de Ferro. Para piorar a situação, Stark descobre que o paládio, elemento radioactivo que impede que um estilhaço de metal atinja o seu coração, o está lentamente a envenenar. Convencendo-se de que a sua morte é iminente, Tony nomeia Pepper Potts como presidente das indústrias Stark, substituindo-a no posto de assistente por Nathalie Rushman (Scarlett Johansson). A imagem da versão em Blu-ray é de notável recorte, contraste e definição, fazendo brilhar de sobremaneira a belíssima fotografia de Matthew Libatique. O áudio graças a um poderoso DTS HD 5.1, debita decibéis a rodos, integrando-nos por completo na acção do filme. Após diversas adaptações desastrosas de personagens dos comics para o grande ecrã (“Ghost Rider” ou “Cat Woman”, para citar apenas alguns...) é gratificante assistir a um filme como este “Homem de Ferro 2”, a que não é alheio o talento de Favreau, dos seus actores e do argumentista (e também actor) Justin Theroux. Recomenda-se, vivamente, aos apreciadores do género! LC


Retalhos de uma carreira Robert Downey Jr. é um assombroso actor. Lembro-me de o ver, pela primeira vez, em 1987, na adaptação cinematográfica de “Abaixo de Zero” o romance choque que revelou ao mundo o escritor Brett Easton Ellis. Revi-o em “Air America”, contracenando com o, já à época, consagrado Mel Gibson. Mas seria em 1992, com “Chaplin” de Ri­ chard Attenborough que a minha admiração por Downey se consolidaria. O actor incarnava de forma magistral o personagem, persuadindo-nos por completo de que era Chaplin. Participaria ainda em vários filmes dignos de nota, como “Short Cuts” de Altman, “Assassinos Natos” de Oliver Stone, ou “Ricardo III” de Richard Loncraine. Depois, seria uma longa queda, com actuações em fitas duvidosas de realizadores menores, culminando num profundo mergulho por entre drogas pesadas e muito álcool. Atravessaria assim a segunda metade da década de 90 e o início dos anos 2000, até chegar a 2003, em que dá, finalmente, sinais de recuperação graças ao seu desempenho em “O Detective Cantor” onde, curiosamente, voltava a contracenar com Mel Gibson. Em 2004 grava o seu primeiro álbum a solo, num registo pop, confirmando o que todos já há muito suspeitavam: Downey era também um excelente cantor. Regressado à Sétima Arte, participaria em filmes inte­ ressantes como “Kiss Kiss Bang Bang”, “Boa Noite e Boa Sorte”, de e com George Clooney, “Zodiac” de David Fincher, ou “Tropic Thunder” em que o seu desempenho é, uma vez mais, absolutamente antológico. Já este ano, pudemos vê-lo, juntamente com Jude Law, na delirante e excelente livre adaptação de Guy Ritchie para Sherlock Holmes. Por tudo isto, Robert Downey Jr. é, seguramente, um dos maiores artistas dos últimos vinte anos.


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Recomendamos

Psico Thriller Realiz: Alfred Hitchcock Int: Anthony Perkins e Vera Miles 1960, Universal, 1.85:1, DD2.0,

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Filme e extras

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Vídeo Áudio Geral

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Das mãos do mestre Alfred Hitchcock saiu, em 1960, aquele que poderá ser considerado o pai de todos os psycho-thrillers, “Psico“, e no qual se encontra uma das mais conhecidas cenas do mundo do cinema. Marion Crane, uma jovem de Phoenix, desaparece após ter fugido com 40 mil dólares. Lila, a sua irmã, contrata um detective, e ambos vão em busca de Marion. As suas buscas levam-nos a um pequeno motel no meio do nada, dirigido por um estranho e tímido jovem, Norman Bates, que vive dominado e atormentado pela sua mãe. Hitchcock, mestre do suspense, dirige de forma magistral, este thriller psicológico, sempre debaixo de uma intensidade única e provando, como ninguém, que não é preciso sangue, nem gore, para aterrorizar milhões de espectadores de todo o mundo ao longo de 50 anos. A forma como Hitchcock consegue mexer com a emoção

Voando Sobre Um Ninho de Cucos

Condenado por violação, Randle McMurphy resolve fingir ser louco, na esperança de lhe declararem insanidade mental e evitar assim cumprir pena na prisão. No entanto, Randle, acaba por ser transferido para uma instituição de doentes mentais, onde irá provocar uma pequena revolução. Adaptado do romance homónimo de Ken Kesey, o filme arrecadou os 5 principais Óscares em 1976, incluindo o de melhor actor, graças a uma brilhante prestação de Jack Nicholson. Com uma faixa sonora que não se presta a grandes aventuras auditivas, o destaque desta edição vai para a imagem de excelente definição e de cores sóbrias, uma agradá­ vel surpresa tendo em conta a idade do filme. Os extras são de excelente Filme e extras 5 Drama qualidade, indo o destaque Realiz: Milos Forman para o documentário sobre o Vídeo 5 Int: Jack Nicholson romance de Kesey. Um filme Áudio 3 1975, ZON, 1.78:1, True-HD, obrigatório. VS 133 min Geral 4 50 magazine. HD

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da audiência é única, e “Psico” foi um dos seus expoentes máximos, tendo sido reconhecido pela Academia de Óscares com 4 nomeações, uma delas para a de Melhor Realizador. Foi este, também, o filme que catapultou Anthony Perkins para o estrelato, actor que ficou invariavelmente colado ao papel de Norman Bates. “Psico” teve ainda 2 sequelas, uma em 1983, e outra em 1986, e um remake, algo controverso, em 1998. Em jeito de comemoração, a Universal lança agora a edição em Blu-ray deste clássico. O filme ganha sobretudo na definição e na sua qualidade fotográfica que, apesar de a preto e branco, ganha nova vida. Os extras são uma verdadeira homenagem ao mestre Hitchcock. Mais do que um clássico, uma obra-prima. VS

Legião Desiludido com a humanidade, Deus decide exterminá-la, enviando o arcanjo Miguel à Terra, para eliminar uma criança que poderá vir a ser o novo salvador da raça humana. Miguel (Paul Bettany) revolta-se contra o Criador, renunciando à sua condição de anjo, cortando as próprias asas e protegendo a criança, contra os desígnios divinos. Deus envia então uma legião de anjos para que se cumpra o que Miguel se recusou a executar, desencadeando uma formidável e terrível batalha. O Deus de “Legião” não Filme e extras 3 Fantástico é misericordioso, nem infalível. Os anjos não são Vídeo 4 Realiz. Scott Charles Stewart Int.: Denis Quaid, Paul Bettany belos, nem etéreos. Sinais Áudio 4 2010, Sony, 2.35:1, DTS HD dos tempos. LC Geral

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Príncipe da Pérsia: As Areias do tempo Da mesma equipa que produziu “Piratas das Ca­ raíbas”, com Jerry Bruckheimer à cabeça, chegou a Bluray, um dos maiores êxitos de bilheteira deste ano, a adaptação de um dos mais antigos jogos de computador – “Prince of Persia”. Um príncipe sem pinta de sangue azul, e uma Princesa, sua adversária, juntam-se na luta contra as forças do mal para recuperar um punhal com poderes mágicos e que pode determinar o domínio do mundo. Bem mais conseguido que a maioria do género, “Prince of Persia” tem história, ritmo e acção suficientes para nos agarrarem durante as suas duas horas de duração, e momentos até que nos recordam Indiana Jones no seu melhor. Destaque para algumas coreografias de combate e movimentações de massas bem realizadas a justificar o alto custo de produção. Gyllenhaal não apagará a memória de Errol Flynn nem destronará a pose de Russell Crowe, mas integra-se bem, em conjunto com a bela Gemma Arterton, no jogo de Mike Newell (“Quatro casamentos e Um Funeral”, mas igualmente vários ou­ tros como “Jovem Indiana Jones“).

Tecnicamente o Blu-ray é perfeito. Desde os menus iniciais que se percebe estarmos perante mais uma edição requintada da Disney. A imagem vídeo mercê do ele­ vado bitrate presente (entre 18 e 28 Mbps), apresentase fluida e com uma palete de cor riquíssima, em tons quentes como convém ao ambiente exótico. A banda sonora é outro ponto alto, com largos espaços e uma boa partitura de Harry Gregson-Williams (Shreks). De saudar muito em particular a opção Marcador, que permite recomeçar o filme no ponto em que foi antes interrompido. Excelentes extras em especial o making of “As Areias do Tempo” indexado por bookmarks e que pode ser consultado (como opção) ao longo do filme e ainda o pack BD Live para acesso via net ao banco de materiais da Disney internacional. Só para ver o trailer de Tron igualmente incluído, em HD, o Blu-ray já merecia uma visita. Na versão Combo, temos o DVD como segundo disco. Garantidamente um sério candidato aos Melhores de 2010. RR

Acção Realiz: Mike Newell Int: Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton 2010, ZON, 2.40:1, DTS-HD, 116 min Filme e extras

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Recomendamos

O MÊS

D reedição

Marte Ataca! Punição à Parolice Comédia Realiz: Tim Burton Int: Sarah J. Parker, Jack Nicholson, Natalie Portman 1996, ZON, 2.41:1, DTS-HD, 106 mins Filme e extras

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Comédia, Real.: Shawn Levy Int: Tina Fey, Steve Carell 2010, CLMC, 2.35:1, DTS-HD, 101 min Filme e extras

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Depois do sucesso de “Alice no País das Maravilhas”, mais um Tim Burton maduro, da melhor colheita dos anos 90. Reedição em alta definição do delirante e divertido “Mars Attack”, na linha do glorioso “1941 Ano Louco em Hollywood” (S. Spielberg), em que a invasão russa eminente, dá lugar à consumada visita hostil de extra-terrestres. Las Vegas e as suas vaidades tornam-se o bombo da festa dos Marcianos, numa espécie de punição à parolice. Menos louco, mas mais cínico e cruel que Spielberg, Tim Burton conseguiu ainda a proeza e reunir à sua volta uma imensa chuva de estrelas, produzindo uma das mais completas galerias de personagens de culto – entre muitas outras, inesquecíveis as figuras do general (Rod Steiger), do snob professor de cachimbo (Pierce Brosnan), da primeira dama (Glenn

Close), do presidente (Jack Nicholson, uauu ...), da sexy Nathalie (Sarah Jessica ainda a anos luz de Sexo e Cidade), ou a carismática filha do presidente (a magnífica Natalie Portman). Tecnicamente o Blu-ray é muitíssimo bom tendo em conta os 14 anos do original. Uma palete cromática sumptuosa, muito bem saturada com apenas um ligeiro grão em sequências menos iluminadas. Grande fluidez de imagem e um excelente DTS-HD muito espacial, a dar ainda mais vida à divertida partitura do mestre Danny Elfman, mercê dum bit rate entre 20 e 24 Mbps. Bom recorte e detalhe, bem pa­ tente nas vistosas sequências no interior dos casinos em Las Vegas. Eis mais um daquelas lançamentos que reconfortam qualquer um que já aderiu ao Blu-ray. Ao ataque! RR

Uma Noite atribulada Divertidíssima comédia onde Tina Fey e Steve Carell protagonizam um casal vulgar, os Foster, residente nos subúrbios, com uma vida monótona e um dia a dia recheado de muito poucas surpresas. Claire e Phil resolvem um dia mudar a sua rotina, preparando uma saída até à Big Apple, onde jantam num restaurante da moda. Mas um simples mal-entendido transforma a vida deste pacato casal numa aventura perigosa de consequências imprevistas. Bem realizado por Shawn Levy e algo reminiscente do clássico “Nova Iorque Fora de Horas”, é sobretu-

do nas interpretações de Carrel e Tina que “Date Night” mais brilha e garante um serão divertido. Tecnicamente o BD é competente, com uma boa imagem vídeo e boa pista sonora, ultrapassando sem problemas de maior as abundantes cenas nocturnas ou a natureza predominantemente falada do filme. A secção de extras é generosa e prolongam o serão – desde a Versão Alargada do filme em HD, às Cenas Eliminadas, Alternativas e Alargadas, ás Featurettes, Testes de Ecrã e Gags, temos horas de divertimento adicional. Uma noite bem passada. MJ


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blu-ray

Recomendamos

Robin Hood

Drama/Aventura, Real.: Ridley Scott Int: Russell Crowe, Cate Blanchett, William Hurt BD, 2010, Universal, 2.40:1, DTS-HD, 141/156 mins. Filme e extras

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O cinema, a televisão e a literatura têm constantemente reinventado as formas de representar a Idade Média, esse longo período histórico de mil anos, ora associado ao fascínio das histórias de cavaleiros aventurosos e cheios de honra ora retratado como período de violência e profundo obscurantismo. Para Ridley Scott esta época tem constituído um motivo de inspiração, criando o célebre “ Kingdom of Heaven” em 2005 e assinando, juntamente com o seu irmão Toni, a produção executiva da série “The Pillars of the Earth”, estreada este ano. “Robin Hood” que agora foi editado em DVD, poucos meses após a sua estreia em Portugal, é mais uma aventura cinematográfica a dar vida ao nosso imaginário medieval. O célebre herói da floresta de Sherwood, aqui protagonizado pelo famoso actor australiano, Russell Crowe, é uma sólida recriação da época do rei Ricardo Coração de Leão, um herói das Cruzadas, e apresenta uma faceta original da lenda de Robin Hood, narrando a origem do famoso chefe de bando, antes mesmo de se tornar o assaltante justiceiro, exímio na arte do arco e da flecha, que roubava aos ricos para dar aos pobres. O filme de Scott é primoroso ao nível da imagem e conta com as excelentes interpretações de Crowe como Robin Hood, Cate Blanchett, no papel de Marion Loxley, a devotada cúmplice do mítico herói dos bosques de Sherwood, e William Hurt como William Marshall. A edição em Blu-ray é notável, com destaque para a soberba banda sonora, de grande dinâmica, tirando todo o partido do DTS-HD. As sequências mais bélicas, são do melhor desde “Gladiador“ e “Terminator 4”, com as setas a atravessarem a sala de estar duma forma verdadeiramente assustadora. A imagem vídeo não sendo exemplar em face do tom algo monocromático imposto por Ridley, é mesmo assim rica em detalhe. Mas é nos extras que o BD brilha, com duas versões do filme, a normal com 140 min e a Director’s Cut com mais 15 min, ou as interessantes notas de produção ao longo de ambas as versões. Na mouche! MJ

Russell Crowe e Cate Blanchett

Em “Robin Hood”, de Ridley Scott, Russell Crowe e Cate Blanchett foram os actores escolhidos para vestir a pele de duas personagens lendárias (na História e também já no cinema), respectivamente Robin Longstride e Lady Marion Loxley. Nesta entrevista, eles falam dessa experiência única.

Cate, como foi trabalhar com Ridley Scott e Russell Crowe? Cate Blanchett – Foi uma bela surpresa! Já sabia que, quando se trabalha com estes dois, há sempre altos níveis de testosterona durante a rodagem do filme. Mas eles foram incrivelmente simpáticos comigo. Estava à espera de um trabalho muito mais duro do que o que realmente aconteceu.

Ao ver o filme temos a sensação de que vocês “estavam mesmo lá”. Tem a ver com a maneira como Ridley fez o filme? Russell Crowe – Sim. Ele filmou de uma maneira única: Ridley escolhe um quarto ou um campo como cenário e usa várias câmaras, de modo a que os actores representem todos ao mesmo tempo. Não estamos a representar para o “vazio”.

Uma história como a de “Robin Hood” ainda é relevante nos dias de hoje? CB – Sem dúvida! Cresci a ver o Errol Flynn fazer de Robin Hood e cada geração tem a sua versão do mesmo herói. E, no tempo em que vivemos, cheio de problemas e corrupção, precisamos de um herói, um outsider, que chegue e nos possa salvar. E esse herói é o Robin Hood. RC – Há muitos pormenores de argumento iguais nas anteriores versões cinematográficas do Robin Hood. Os diferentes realizadores, até agora, têm partido de uma plataforma de conhecimento comum e que têm como garantida para o espectador. Neste filme, quisemos afastar-nos dessa matriz e ir em busca do que ainda não era conhecido nesta história.



DVD

Recomendamos Armas Mortíferas

Kick Ass

o novo super-herói

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DVD DO MÊ

Se “Kick Ass” lhe encheu as medidas, então não perca a banda desenhada de Mark Millar e John Romita Jr. (disponível em importação, nos locais habituais). O enredo alia uma história engenhosa aos dinâmicos desenhos de John Romita Jr. (filho do mítico John Romita, autor, entre outros, do Homem Aranha e do Capitão América dos anos 60). Mas há diversos álbuns de Millar imperdíveis, como por exemplo, o fantástico “The Ultimates”, “Wanted” (que deu, em 2008, origem ao filme homónimo de Timur Bekmambetov), ou ainda “Superman: Red Son”, que nos mostra um homem de aço alternativo, que é o herói…da União Soviética, no auge da guerra fria. Millar é, definitivamente, um dos mais brilhantes e originais autores de ficção dos nossos dias.

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De tempos a tempos, surge um objecto assim. Inesperado. “Kick Ass” é um filme britânico, realizado por um inglês, com um argumento inglês, inspirado numa banda desenhada inglesa, com um herói e um vilão ingleses. O realizador Matthew Vaughn, que anteriormente havia assinado o interessante “Layer Cake” com Daniel Craig, e o divertido “Stardust” com uns surpreendentes Michelle Pfeifer e Robert de Niro, assina o seu me­ lhor trabalho até à data, com “Kick Ass”. Dada a recusa das majors em financiar o filme, Vaughn assumiu a produção, juntamente com Brad Pitt, que enquanto fã da BD, se entusiasmou de imediato com o projecto. A história segue as aventuras de Dave Lizewski, um jovem que, apesar de não dispor de qualquer poder em especial, decide ser um superherói. Dave torna-se, muito rapidamente, num fenómeno da net, acabando por atrair a atenção do mafioso Frank D’Amico (Mark Strong a assumir-se como “o vilão” da actualidade), para quem Kick Ass, o herói incarnado por Dave, constitui uma séria ameaça ao seu império criminoso. Mas a verdadeira pérola de “Kick Ass” está em Mindy (muita atenção a Chloë Moretz!), identidade secreta de Hit Girl, cujo pai (Nicolas Cage) jurou eterna vingança contra D’Amico. Mindy é um verdadeiro achado. Com um linguajar de carroceiro, do alto dos seus treze anos, ela é a nossa vizinha da frente, que nos causa um calafrio graças à sua transformação em assassina impiedosa que lamina, sem piedade, qualquer criminoso que lhe faça frente. Se a BD original de Mark Millar era assaz interessante e original, o filme consegue excedê-la, graças à direcção de Vaughn e ao inteligente argumento de Jane Goldman, que deu corpo e substância aos personagens de Millar, não esquecendo uma dose de romance, humor e charme, elementos Acção/Aventura, que, quando bem combinados, são a chave Realiz. Matthew Vaughn Int.: Aaron Johnson, Chloë para o sucesso de qualquer película. Em termos de vídeo, a edição em DVD faz Moretz jus por completo ao fantástico esquema de 2010, Prisvídeo, 2.35:1, DTS 5.1, 113 min cor e luminosidade de “Kick Ass”. O áudio 4 é também excelente, realçando a banda Filme e extras sonora que vai de pastiches descarados de Vídeo 4 instrumentais standard, até ao punk pop 4 mais delirante. Os extras incluem trailers, Áudio entrevistas e uma featurette realizada du- Geral 4 rante as filmagens. LC


Crónica de Mutantes Ficção científica Realiz. Simon Hunter Int.: Thomas Jane, Ron Perlman 2009, LNK, 1.85:1, DD 5.1, 111 min Filme e extras

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Inspirado no jogo de tabuleiro do mesmo nome, “Crónica de Mutantes” é um filme de ficção científica/ terror, realizado pelo britânico Simon Hunter. Quatro grandes corporações dominam a Terra num futuro longínquo: Capitol, Bauhaus, Mishima e Imperial. Os recursos naturais são praticamente inexistentes e o Mundo vive num estado de Guerra permanente, à beira da destruição total. Durante uma sangrenta batalha, um obus desgovernado cai sobre uma construção soterrada, libertando um horrífico exército de mutantes, aprisionado nas profundezas. Dada a escassez de recursos, a fonte de energia por excelência é, novamente, o vapor, reforçando a atmosfera “cyberpunk” desta película. E é exactamente aqui que “Crónica de Mutantes” se

Ervas Daninhas

Alain Resnais, o veterano cineasta francês, autor dos ines­ quecíveis filmes, “Hiroshima, Meu Amor” e “O Último Ano em Marienbad”, dirigiu, com oitenta e sete anos, este delicioso filme que ganhou o prémio especial do Júri do Festival de Cannes em 2009. Uma carteira roubada a Marguerite, enquanto fazia compras em Paris, vai desencadear uma série de acontecimentos inesperados: Georges encontra a carteira, mas depois de analisar o seu conteúdo, decide que tem de conhecer Marguerite, não hesitando em persegui-la até conseguir os seus intentos. “Ervas Daninhas” conta uma história de amor entre dois protagonistas de meia-idade. Narrativa bizarra e surreal, feita de encontros e desencontros, de negação e de afirmação, de beleza e suavidade, surge composta num brilhante puzzle onde o imprevisto é constante. A belíssima cinematografia de “Ervas Daninhas” testemunha a continuidade do estilo único de Resnais, cinema ao ritmo de uma sinfonia de imagens em movimento. MJ Filme e extras Vídeo Áudio Geral

4 Comédia Real. por: Alain Resnais 4 Int: André Dussolier, 4 Sabine Azéma 2010, Atalanta, 2.35:1, DD 4 2.0, 104 min.

torna especialmente interessante. O ambiente opressivo e a coloração desmaiada presente ao longo de todo o filme, contribuem de sobremaneira para a nossa integração no universo desolado descrito por Hunter. À frente do elenco encontramos Thomas Jane, actor que pudemos recentemente ver em “The Punisher” (O Pacificador), ou no excelente remake de “O Nevoeiro” da autoria de Frank Darabont. No elenco podemos encontrar ainda os veteranos Ron Perlman, no papel do guardião das Crónicas de Mutantes e John Malkovich, como líder das corporações. Embora não sendo um filme revolucionário, “Crónica de Mutantes” logra trazer algo de novo ao género e, por esse motivo, merece a nossa apreciação. A ver, se gostou de títulos como “Sky Captain e o Mundo de Amanhã”, “Alien 3”, ou “Eu Sou a Lenda”. LC

Humpday Deu Para o Torto

Esta comédia, escrita, produzida e dirigida por Lynn Shelton, narra a história de Ben e Andrew, dois amigos dos tempos da faculdade, que seguiram caminhos bem diferentes. Ben é casado com Anna, tem um emprego estável, está perfeitamente integrado na sociedade e planeia ter o primeiro filho. Andrew é um artista, sem emprego fixo, e que percorre o Mundo, de bacanal em bacanal… Andrew resolve visitar, a altas horas da noite, o seu velho colega e amigo Ben, arrastando-o de volta aos velhos tempos de juventude, culminando numa louca festa, em que decidem participar num concurso de filmes porno amadores. Questionando-se sobre a originalidade e a componente artística do seu filme, decidem que irão realizar uma película em que dois amigos heterossexuais – eles próprios! – fazem sexo em frente das câmaras. Uma interessante e divertida reflexão sobre a natureza da amizade masculina. LC Filme e extras Vídeo Áudio Geral

4 Comédia Realiz. Lynn Shelton 4 Int.: Mark Duplass, 3 Joshua Leonard 2009, Prisvídeo, 2.35:1, 4 DD 5.1, 90 min

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DVD

Recomendamos

Mother

Uma Força Única

Da Coreia do Sul chega-nos este maravilhoso filme de Bong Joon-Ho, o realizador de “The Host”, um blockbuster que lançou para a fama o rea­ lizador asiático. “Mother” evoca um outro tipo de cinematografia que Jon-Hoo já demonstrara dominar na perfeição revelada em “Memories of a Murder” de 2003: o thriller de crime e mistério. Estreado em 2009 no Festival de Cannes, “Mother“ conta a história de uma mãe solteira que desesperadamente tenta salvar da prisão o filho, jovem frágil e inseguro, acusado de um crime violento. Nada faz parar esta mulher na busca de provas que testemunhem a inocência do seu filho e Kim Hye-ja, a protagonista, revela um desempenho de cortar a respiração a qualquer cinéfilo. A cena final do filme, inesperada e sombria, é absolutamente inesquecível, levando até ao limite da contradição a concepção protectora e carinhosa do amor de mãe. MJ Filme e extras Vídeo Áudio Geral

Sem Nome

4 Thriller/Crime Realz.: Bong Joon-Ho 4 Int: Kim Hye-ja, Bin Won 4 2010, Prisvideo, 1.78:1, DD 5.1, 128 min 4

Assinado pelo jovem cineasta Cary Fukunaga, este filme, premiado no Festival de Sundance em 2009, envolve o espectador nas paisagens inós­pitas e miseráveis do México, cúmplices da pobreza imensa de um grupo de emigrantes da América do Sul, que parte em busca do sonho americano. Sayra e seu pai, dois emigrantes hondurenhos aventuram-se nessa travessia sempre imprevista e perigosa, cruzando-se com um temível chefe de gangue, El Casper, que anseia abandonar uma vida marcada pela violência. Decerto que ouviremos falar mais deste cineasta que ousou, sem cair em clichés, mergulhar bem fundo na marginalidade e na pobreza em que vivem várias po­ pulações da América do Sul, construindo uma história Filme e extras 4 Thriller/Drama Real. por: Cary Fukunaga em que não falta também Vídeo 4 Int: Marco Antonio Aguirre, a certeza da redenção e a 4 Paulina Gaitan, Edgar Flores. presença encorajadora da Áudio 2010, CLNC, 96 min lealdade. MJ Geral 4 58 magazine. HD

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A Invenção da Mentira

Imagine-se um mundo onde mentir é impossível. Incapacitada de faltar à verdade, a espécie humana, obrigada a exteriorizar todos os sentimentos e pensamentos que lhe passam pela cabeça e mesmo pelo corpo, mistura de forma desajeitada o agradável e o desagradável, sem se importar com as consequências. Mark Bellison (Ricky Gervais) é uma das vítimas desta impensável ausência da mentira. Rejeitado pela mulher, despedido do emprego e quase sempre insultado por todos, descobre por acidente que é capaz de mentir e assim conseguir os seus objectivos... mas há mentiras para as quais a humanidade não está preparada. Comédia divertida realizada por Matthew Robinson em parceria com o célebre actor britânico, Ricky Gervais, que inventou as geniais séries “The Office” e “Extras”. MJ Filme e extras Vídeo Áudio Geral

3 Drama Realz.: Matthew Robinson e Ricky 3 Gervais 3 Int: Ricky Gervais, Jennifer Garner 2010, Universal, 1.78:1, DD5.1, 3 99 min.

Juventude em Revolta

Mais um teen movie, mas num registo menos comum, baseado na aclamada obra homónima de C.D. Payne. Retrato low-fi (de alguma comédia inglesa), famílias desagregadas, fanatismo religioso, roulotes como habitações, e desemprego ao virar da esquina, são o pano de fundo, menos risonho do que o trailer pode fazer crer, à desesperada luta do adolescente Nick Twisp (Michael Cera) para deixar de ser virgem, enquanto se apaixona verdadeiramente por Sheeni Saunders (Portia Doubleday), com a qual se cruza a caminho dum balneário. Tecnicamente competente, com uma imagem vídeo sem ruído aparente e cores bem saturadas, embora com contornos ligeiramente soft, o DVD apresenta ainda Filme e extras 3 Comédia Realiz: Miguel Arteta uma divertida e variada banda Vídeo 3 Int: Michael Cera, sonora, dos franceses Brigit Bar3 Portia Doubleday dot e Jaques Dutronc a Devenda Áudio 2010, CLMC, 1.78:1, Benhart e Radar Bros. RR Geral 3 DD 5.1, 90 min


BLU-RAY / DVD

...em 50 palavras

O Cume de Dante

Amo-te Phillip Morris

AS BRUXAS DE EASTWICK

Eu sou o amor

O versátil realizador Roger Donaldson (“Cocktail” de 1988 e “Species” de 1995) assinou este “O Cume de Dante” em 1997, agora editado em Alta-Definição. O filme é uma interessante incursão no género de suspense/acção e conta-nos a história do Dr. Harry Dalton (Pierce Bros­nan), destacado para uma pequena povoação a fim de investigar a actividade do vulcão local. LC BD, Acção, 2010, Universal, DTS HD 5.1, 2.35:1, 108 min Fantasia recheada de particular bom gosto coreográfico, cenográfico e na criação dos personagens. Divididas entre o ciúme e os seus poderes especiais, eis uma excelente oportunidade para rever M. Pfeiffer, Cher ou S. Sarandon há 23 anos. Ainda uma bonita banda sonora de J. Williams e uma surpreendente imagem vídeo (27 Mbps). RR BD, Fantasia, 1997, ZON, 2.35:1, DTS-HD, 118min

A Intérprete

Ao ver “A Intérprete” de Sydney Pollack, com Nicole Kidman e Sean Penn, é impossível não nos vir à memória “Os Três Dias do Condor”, também de Pollack (1975). Nicole Kidman é uma tradutora das Nações Unidas de origem sul-africana que “tropeça” numa conspiração para assassinar o ditador do seu país. Boa transcrição para Blu-ray, permitindo a Nicole e Penn brilharem ainda mais. RR BD, Thriller, 2005, Universal, 2.35:1, DTS-HD, 123min

Não Chamem a Polícia

Baseado numa história verídica, “Amo-te Phillip Morris” conta a história de Steven Russell (Carrey) um pacato polícia que resolve assumir a sua homosexualidade e partir em busca dos seus sonhos. Nesta nova vida, Steven torna-se um vigarista e mentiroso crónico, sendo consequentemente preso várias vezes. É na prisão que conhece a paixão da sua vida: Philip Morris. MJ DVD, Comédia, 2010, ZON, 1.78:1, DD 5.1, 102 min Nas vésperas da mudança de milénio, Emma Recchi, matriarca de uma família da alta burguesia milanesa, dedica toda a sua vida à rotina dos deveres conjugais e familiares. Após um encontro casual, acende-se a chama da paixão e Emma liberta-se, vivendo toda a sua sexualidade reprimida. A decadência da família torna-se assim inevitável, ameaçada pela força da paixão e do amor desmedido. MJ DVD, Drama, 2010, Prisvideo, 1.78:1, DD 5.1, 120 min

Soul Kitchen

Zinos é proprietário de um restaurante, o “Soul Kitchen”, e Illias, o seu irmão, um recluso viciado em jogo. Zinos vive com a namorada, Nadine, uma jornalista que vai trabalhar para a China como enviada especial. A ausência de Nadine divide Zinos que entre conservar o seu restaurante e estar com a namorada, decide partir e entregar o seu restaurante ao irmão. MJ DVD, Comédia, 2010, Atalanta, 1.78:1, DD 5.1, 99 min

Sem dinheiro e suspenso das funções de detective, Jimmy Monroe decide vender um valioso cromo de basebol para pagar o casamento da filha. Mas Monroe acaba assaltado e o cromo roubado. Com o parceiro, Hodges, resolve ir atrás do assaltante e do cromo. Realizado por Kevin Smith, e com o Bruce Willis de regresso às comédias. O destaque em termos técnicos vai para o recorte e excelente definição que o filme possui. VS BD, Comédia, 2010, ZON, 2.35:1, DTS-HD, 107 min

A Última Amante

De Paris com Amor

Dentes

Jonathan Rhys Meyers tem aqui um papel à sua medida enquanto agente policial. Ambicioso, vê-se envolvido numa perigosa ameaça terrorista, enquanto defende a embaixada dos EUA em Paris. Um thriller movimentado, conduzido por Pierre Morel. O Blu-ray tem boa fotografia e recorte (30 Mbps). Banda sonora enérgica e dinâmica, um bom suporte ao ambiente nervoso e agitado da história. De Paris, com muita acção. RR BD, Thriller, 2010, ZON, 2.35:1, DTS-HD, 92 min.

Medidas Extraordinárias

Brendan Fraser é John Crawley, um pai que corre todos os riscos para salvar a vida dos seus dois filhos, vítimas de grave doença. Crawley junta-se ao pouco ortodoxo Dr. Stonehill (Harrison Ford), numa derradeira tentativa de salvar as crianças, enquanto este tenta demonstrar a veracidade das suas teorias. Se apreciou filmes como “Erin Brockovich” ou “Lorenzo’s Oil” vai por certo gostar deste filme. LC DVD, Drama, 2010, Sony, 1.85:1, DD 5.1, 106 min

À Deriva

Filipa tem 14 anos, a família perfeita e os amigos perfeitos. Mas para ela nada é perfeito. Filipa está a perder a inocência de criança, a descobrir a sua própria sexualidade, o mundo real, e a verdade sobre os pais. Fili­pa está a descobrir-se a si mesma e encontra-se à deriva. Argumento de grande qualidade onde a surpresa é o facto de Vincent Cassel falar português. VS DVD, Drama, 2009, Universal, DD2.0, 1.78:1, 103 min

Bird

Baseando-se no romance de Jules-Amédée Barbey d’Aurevilly, escritor do século XIX, Catherine Breillat assume mais uma magistral realização desta vez com a história do controverso noivado entre um jovem dissoluto e uma virtuosa dama da aristocracia...Segredos, romances e traições andam no ar e comprometem seriamente as convenções sociais. MJ DVD, Drama/Romance, 2010, Atalanta, 1.78:1, DD 5.1, 104 min Jess seria uma típica adolescente, se não fosse o facto de uma mutação genética ter dotado os seus órgãos genitais de dentes, que entram em acção sempre que Jess se sente ameaçada. Mas Jess não sabe lidar com o assunto, principalmente após ter arrancado os órgãos genitais de um colega que a tenta violar. Curiosa mistura de comédia e terror, que acaba por resultar bem. VS DVD, Terror, 2007, LNK, DD2.0, 1.78:1, 90 mins

Tin Man, O Vingador de Oz

Mini-série do SciFi Channel. Uma variante moderna e interessante do Feiticeiro de Oz, com boas interpretações de Richard Dreyfus (Mystic Man) e a inconfundível Zooey Deschanel. Belíssima fotografia e cenografia, em harmonia perfeita com a figura e olhar singular de Zoey dão o fundo adequado ao universo da história. RR DVD, SCIFI, 2007, LNK, DD 5.1, 1.66:1, 265 min

9

“9”, filme de animação, conta-nos a história de 9, um pequeno autómato que repentinamente se vê num mundo pós-apocalíptico. 9 e outras oito criaturas semelhantes vão enfrentar um terrível robot que os persegue impiedosamente. Ao invés do que poderia parecer “9” não é um filme para crianças, dado o ambiente sombrio e a complexidade da história. Nos extras, uma featurette sobre o visual do filme e a curta-metragem original. LC DVD, Animação, 2010, ZON Lusomundo, 1.85:1, DD 5.1, 79 min

Três nomes históricos juntos no mesmo filme: Clint Eastwood, Forest Whitaker e Charlie Parker Jr., um dos melhores músicos de jazz de sempre. “Bird” (alcunha de Charlie Parker), segue os últimos anos de vida do músico, com referências ao início da sua carreira e a momentos que marcaram a vida de Parker, sob a forma de flashbacks, um método raramente usado por Eastwood, mas que aqui resulta na perfeição. VS DVD, Drama, ZON, 1.85:1, DD5.1, 161 min

A Hora de Agatha Christie

Dorian Gray

The Answer Man

Dorian Gray, um jovem de admirável beleza, é arrastado pelo ca­rismático Lord Henry Wotton para o turbilhão da alta sociedade londrina. Preocupado com os efeitos desta vida boémia no seu aspecto jovem, Dorian manda pintar o seu retrato, desejando que este sofra os efeitos do tempo enquanto ele permanece jovem, sacrificando a própria alma para perverter o curso normal da natureza. RR DVD, Drama, 2009, CLMC, 1.78:1, DD 5.1, 112 min

Série 1 Parte 2 Em 1982 a BBC produziu dez episódios, de uma hora de duração, baseados em short stories de Agatha Christie, e que não incluíam nem Miss Marple, nem Hercule Poirot. Este é o segundo volume da série, contendo cinco histórias. Se gosta de policiais, esta colecção é para si! LC DVD, Policial, 2010, Prisvídeo, DD 2.0, 1.33:1, 300 min

O cruzamento entre Arlen Fader (J. Daniels) autor do best seller “Me and God”, com Elizabeth (Lauren Graham), uma dinâmica terapeuta mãe solteira, e com Kris, livreiro, recém-saído dum processo de reabilitação, prova que a genuína natureza dos personagens e as suas dúvidas são mais fortes que a imagem projectada em livro. Fraco em Extras mas com uma imagem vídeo sublime. RR DVD, Romance, 2009, Prisvideo, 1.77:1, DD5.1, 93 min Outubro 2010

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DVD

Em série

Californication T3

Drama/Comédia Criada por: Tom Kapinos Int: David Duchovny, Natasha MacElhone, Evan Hundler 2010, ZON 1.78:1, DD 5.1 Filme e extras

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David Duchovny é o escritor Hank Moody, a personagem principal da série “Californication”. Esta série que começou em 2007 foi criada por Tom Kapinos e continua a ser seguida por milhares de fãs que admiram o estilo um tanto decadentista de Duchovny, mas que, acima de tudo, se divertem com as histórias picantes e anarquizantes do escritor. Os diálogos da série são corrosivos e tratam muito frequentemente de sexo, utilizando para isso, como se costuma dizer, todas as letras. Não deixa de ser notável que a série continue a proporcionar momentos de delirante comédia e nesta terceira temporada, em que o casting inicial parece ter ficado reduzido, as presenças arrasadoras de Kathleen Turner e de Rick Springfield ampliam consideravelmente o tom irreverente, inconformista e mesmo obsceno de Californication. Neste novo conjunto de episódios, Hank Moody encontra-se a viver sem a sua mulher, Kate, em Los Angeles e, com dificuldade em tomar conta de Becca, a sua filha adolescente em conflito com o mundo inteiro, excepto com a sua amiga Chelsea. É aliás através dessa amizade que Moody integra o ambiente universitário de LA, tornandose professor da arte da escrita. Hank vai passar por este mundo fechado e intelectual como um tornado, transformando assinalavelmente a vida de algumas personagens, em particular, das femininas, visto que Moody dificilmente consegue resistir ao encanto da conquista sexual. Mas Hank, embora perseguido pelo remorso, continua a adorar a mulher, Karen, não deixando, por isso, de tentar reaver a sua amada. Hank Moody é uma personagem complexa que Duchovny representa fabulosamente, desempenhando com um estilo muito próprio essa espécie idealizada de self-hetero-man que oscila entre o escapismo sexual e a perda constante do seu verdadeiro amor. Duchovny estabeleceu de facto uma relação especial com “Californication”, visto que além de protagonista principal, assina a realização de alguns episódios e assume a produção executiva da série. A dualidade Duchovny/Hank Moody parece esbater-se, por vezes, facto que por si só testemunha a qualidade e o interesse suscitado pelo universo sexualmente caótico de “Californication”. MJ

David Duchovny

Nesta temporada o teu personagem vai ser muito diferente da T1? David Duchovny - O coração da série continua a ser o mesmo para mim, e acho que para o Tom Kampinos, o criador da série, também: a busca da minha personagem para unir a família e recomeçar a escrever. Tem menos que ver com o enredo e mais com assegurar que é divertido, real e faz sentido. E é sobre valores familiares o que é ironicamente divertido para mim. (...) Estamos actualmente a meio do episódio 20, a 20ª meia hora em que interpreto este tipo, e não me sinto cansado nem sinto qualquer bloqueio criativo. Sinto-me bem no meu papel.

ÊS

SÉRIE DO M

Leia a entrevista completa em www.magazine-hd.com 60 magazine. HD

Outubro 2010

Podes desvendar-nos um pouco do que está reservado para o Hank e até que ponto a personagem mudou? D.D. - A personagem não muda assim tanto... A primeira temporada foi marcada pelos esforços de Hank para recuperar a sua miúda. E ele consegue-o no final da temporada. Estávamos todos inquietos e assustados por ter sido tão rápido, ao fim de 12 episódios. Mas acho que o Tom estava determinado em forçar-se a encontrar algo mais criativo. E todos nós percebemos que não queríamos andar cinco anos a tentar reconciliar o tipo com a mulher. Há um limi­ te para cada cena, apontamento, episódio. Tivemos que encontrar uma nova abordagem, um novo caminho para a série. CBS Paramount International Television


DVD

Documentários

NA PELE DO DIRTY HARRY THE EASTWOOD FACTOR

Documentário Realiz.: Richard Schickel Int.: Clint Eastwood 2010, Warner Brothers, 1.33:1, DD 2.0, 90 min. Filme e extras

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Apanhando a boleia do sucesso de “Invictus” - realizado por Clint Eastwood e protagonizado por Morgan Freeman –, “The Eastwood Factor” tem como figura central Eastwood e como narrador Freeman. Realizado por Richard Schickel, o documentário mostra Eastwood a comentar o seu desempenho como actor, realizador e até compositor de canções desde o início de carreira até “Invictus”. Começando exactamente na África do Sul, durante a rodagem de “Invictus”, o 29º filme que Clint realizou, “The Eastwood Factor” parte depois em busca das histórias por trás das personagens que interpretou em 34 filmes para a Warner Brothers – desde os westerns realizados por Sergio Leone que o lançaram para a fama mundial (“Por Um Punhado de Dólares”, “Por Mais Um Punhado de Dólares” e “O Bom, o Mau e o Vilão”) ao seu lendário Dirty Harry e a outras personagens fascinantes como as que vestiu em “Os Fugitivos de Alcatraz”, “As Pontes de Madison County” ou os recentes “Million Dollar Baby” e “Gran Torino”, estes três igualmente realizados por ele. E, por entre referências a actores que ele sempre admirou – como James Cagney ou Humphrey Bogart –, aos conselhos que recebeu do pai e aos ensinamentos da indústria cinematográfica ficamos aqui igualmente a perceber melhor como este actor evolui de forma natural para uma nova pele: a de realizador, e consagradíssimo, com filmes como “Bird”, “Caçador Branco, Coração Negro”, “Imperdoável”, “Mystic River” ou “Cartas de Iwo Jima” no currículo. É uma revelação de alma exemplar. AP

HOLLYWOOD A SEUS PÉS OS IRMÃOS WARNER Documentário Realiz.: Cass Warner Sperling Int.: Harry, Albert, Sam e Jack Warner 2009, Warner Brothers, 1.78:1, DD 2.0, 94 min. Filme e extras

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Os quatro irmãos Warner nasceram, em finais do séc. XIX, num contexto familiar que tinha todos os ingredientes para fazer deles, segundo as palavras de Albert Warner, uma “cambada de vadios”: pobres, imigrantes, judeus, polacos, sem educação. Ou então, pelo contrário, o envolvimento ideal para que, através de muito trabalho e de uma visão própria do futuro, conseguissem criar ­– como criaram – um império cinematográfico que ainda hoje se mantém: a Warner Brothers. E é esta fabulosa história que é contada em “Os Irmãos Warner”, documentário realizado por Cass Warner, neta de Harry Warner (fundador e presidente da Warner Brothers), que, com mestria, consegue um excelente equilíbrio entre as memórias afectivas e familiares com o distanciamento e objectividade própria de um documento histórico.

Partindo do anedótico – a maior parte das pessoas associa a Warner Brothers ao Bugs Bunny e já quase ninguém se lembra que, para além de dar nome a uma marca, os “Warner Brothers” existiram mesmo, Cass mergulha em filmes antigos, depoimentos de familiares, críticos, realizadores e actores para recordar a saga que transportou os quatro irmãos de uma simples sala de cinema para o domínio de Hollywood. O homem de negócios mas com preocupações sociais e políticas Harry, o visionário Sam (foi ele que convenceu os irmãos a optar pelo cinema sonoro, tendo falecido quando estreou o histórico “The Jazz Singer”, em que se tinha empenhado a 100 por cento), o discreto e diplomático Albert e o ambicioso Jack. Há aqui uma enorme lição de vida e de... cinema. AP

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próximos

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Outubro

Homem de Ferro 2

Ex-Mulher Procura-se

ZON DVD/BD

Sony DVD/BD

Nanny Mcphee o Toque de Magia

Universal DVD/BD

Vencer

Flor do Deserto

Atalanta DVD

Prisvideo DVD

Sony DVD

Universal DVD/BD

Rasgo de Génio

Pesadelo em Elm Street ZON BD

A Noite dos Mortos Vivos Sony BD

ZON DVD

ZON DVD

Hawthorne, T1

Quando o Mundo Cegou VC DVD

Repo Men

Californication, T3

Polícia Sem Lei

John Rabe O Negociador

ZON DVD/BD

Prisvideo DVD

Ela é Demais Para Mim Alien Trilogia

CLMC BD

ZON DVD/BD

Gossip Girl, T3

O Factor Eastwood

ZON DVD

ZON DVD

Novembro / dezembro

Moulin Rouge

CLMC BD

A Origem

ZON DVD/BD

ToPS

Kiss & Kill Prisvideo DVD

Meu Filho, Olha O Que Fizeste!

Musica no Coração

Como Teinar o Seu Dragão ZON BD

CLMC BD

DVD

Prisvideo DVD

Lucky Luke

Prisvideo DVD

24 City

Atalanta DVD

DVD (aluguer)

1. Confronto de Titãs 2. Avatar - Ed. Familiar 3. Alice de Tim Burton 4. Batman - O Cavaleiro das Trevas 5. Transformers: Retaliação

1. Um Cidadão Exemplar 2. Millennium 2 - A Rapariga... 3. Confronto de Titãs 4. De Paris com Amor 5. Uma Noite Atribulada

Eclipse

Fantasia

ZON DVD/BD

ZON BD

Romeu e Julieta

A Bela e o Monstro

CLMC BD

ZON BD BLU-RAY

1. Confronto de Titãs 2. Avatar - Ed. Familiar 3. Alice de Tim Burton 4. Batman - O Cavaleiro das Trevas 5. Transformers: Retaliação

Esta programação pode ser alterada por vontade da distribuidora e reflecte a informação conhecida à data de fecho da edição (aproximadamente dia 20 de cada mês)

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tecnologia

Teste

Vitor Simão

Sony BDP-S470 Cinema em casa, em 3D

A Sony abraçou o mundo 3D em toda a sua vertente, das consolas ao cinema em casa, e o novo leitor Blu-ray da marca é a prova disso. Seguindo a mesma linha minimalista em termos de design e cor da gama Monolith, o BDP-S470 não esquece o passado, mas têm os olhos colocados no futuro, ou pelo menos, em parte dele. Instalação

A instalação do leitor será bastante simples para aqueles que não possuem switchers HDMI, dedicados ou incorporados em amplificadores AV, ao qual tenham actualmente o seu leitor ligado. Para poder ver conteúdos 3D com o leitor ligado directamente ao amplificador AV, este terá de ser 3D Ready. Assim, para os felizardos que já possuem um destes aparelhos, e possuem o seu actual leitor a ele ligado, a ligação do BDP-S470 é simples. Bastará para isso utilizar o mesmo cabo HDMI e ligá-lo ao novo leitor. Já para aqueles com Amplificadores/Switchers que não sejam 3D Ready (ou seja, não permi64 magazine. HD

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tam a passagem do sinal 3D), a coisa complicase. Se pretende ver conteúdos 3D, terá obrigatoriamente de ligar o leitor, simultaneamente, à televisão para a componente vídeo, e ao amplificador AV para a componente áudio. Este tipo de ligação faz com que não seja possível tirar partido do som HD (DTS-HD e True-HD) presentes nos discos Blu-ray, mas apenas dos formatos Dolby Digital e DTS. Caso não pretenda tirar partido dos (ainda raros) Blu-ray 3D existentes, então a ligação poderá ser efectuada ao amplificador AV simplesmente via cabo HDMI. Seja qual for a sua opção de ligação, o leitor dispões de todas as saídas necessárias para que possa desfrutar, parcial ou totalmente, das capacidades do leitor, ou seja, HDMI, Digital Coaxial (apenas DTS), Digital Óptica (ape­ nas DD 5.1) e componentes.

Em Rede

Vindo o leitor certificado para DLNA e DivX, a curiosidade ia para a capacidade do leitor em ler conteúdos através da rede. A ligação é feita via pela porta LAN, ou via Wireless, através de um adaptador que a Sony disponibiliza para o efeito. O leitor detecta automaticamente todos os aparelhos com suporte DLNA existentes na sua rede interna, e disponibiliza o acesso a estes,

sem que necessite de efectuar qualquer tipo de parametrização. Esta facilidade torna o processo de acesso aos conteúdos bastante simples e intuitiva. O Leitor não permite, no entanto, aceder a conteúdos partilhados em rede sem ser através de DLNA (i.e. pastas partilhadas em PC’s). O S470 permite igualmente o acesso a conteúdos via internet, através de “canais” disponibilizados nos diferentes menus do aparelho, onde são exemplos o Youtube, canais de Web TV, e Internet Radio.

Os novos formatos

Formatos como o JPG, DivX-HD, XVid-HD, MPeg4, MP3, AAC e H.264 são já uma realidade na vida da grande maioria das pessoas, e estão presentes em todo o tipo de aparelhos de gravação, de máquinas fotográficas a câmaras de vídeo, bem como nos conteúdos existentes na Net. Por esta razão o suporte para estes formatos, nos leitores de Blu-ray e televisores, começam a ser cada vez mais uma realidade. E, com a capacidade de ler conteúdos através das portas USB, ou via DLNA, esta poderia efectivamente ser uma das mais-valias do leitor,


Se o Blu-ray HD é o seu mundo, e o 3D está na sua cabeça, então não há que ter dúvidas. O BDP-S470 é um leitor a ter em conta, quer pela sua qualidade, quer pelo seu preço. Os seus discos 2D ganharão uma qualidade adicional, e o 3D deixará os seus amigos de boca aberta. não fosse o limitado suporte aos formatos/ codecs que lê, especialmente na componente vídeo. No entanto, nos que são suportados, o S470 lê-os sem qualquer dificuldade não possuindo, no entanto, nenhum algoritmo para melhoria da imagem, ou seja, a qualidade desta depende da do próprio conteúdo. No caso particular do MP3, apesar da excelente definição, nota-se, alguma falta de graves, algo visível em músicas como Viva La Vida ou Phantom Of The Opera, músicas que possuem uma elevada amplitude sonora, e que exigem bastante quer do leitor, quer do amplificador.

Em Alta Definição

A Sony foi a grande impulsionadora do formato Blu-ray. Não é, por isso, de estranhar a qualidade do BDP-S470 no que toca a este formato. Para teste usámos os mesmos discos usados no teste 3D, mas na sua componente 2D, bem como os filmes “Senhor dos Anéis – As Duas Torres” e “Não Chamem a Policia”, filme cuja análise vem neste número da revista. Em termos de definição o S470 é dos melhores leitores que já vimos, não se notando qualquer imperfeição mesmo nos discos de menor qua­ lidade, mantendo sempre um recorte perfeito. As cores são igu­almente equilibradas, mesmo em filmes de maior contraste, como é o caso de “Chovem Almôndegas”, ou de maior ampli-

tude de som e variação de cor, como é o caso de “As Duas Torres”, onde o BDP-S470 tratou as cenas predominantemente escuras, ou aquelas onde o branco era a cor dominante, na perfeição. Não foi, nunca, notado qualquer tipo de pixelagem ou ruído na imagem, o que atesta bem a qualidade do processador que o leitor possui. Intuitiva e, de certa forma, original, é a forma de acesso a algumas opções do disco (como voltar ao inicio ou ao menu de topo), feita através de um menu lateral. O leitor lidou bem com discos mais “arranhados” (vitimas tipicamente dos mais pequenos) mostrando, assim, possuir um bom algoritmo de correcção de erros.

No Mundo 3D

Munidos de dois discos Blu-ray 3D, gentilmente cedidos pela Sony, e de óculos postos, aventurámo-nos no mundo 3D, pela primeira vez, num ambiente igual ao da sala de estar de cada um de nós. O primeiro teste foi efectuado com o disco de demonstração da Sony, onde estavam clips dos mais variados tipos, desde desporto a cine­ma. E mais do que qualquer outra demons­tração que já vimos, foi este conjunto de clips que nos permitiu ver até onde pode ir o sucesso do 3D.

Em termos de recorte, definição e cor, não houve qualquer diferença em termos de qualidade para os conteúdos 2D. Já a componente 3D permitiu ver que parte da sensação de tridimensionalidade depende, mais dos próprios conteúdos do que do leitor. Os trailers de filmes incluíam 2 de animação, feitos em 3D, “Chovem Almôndegas” e “A Casa Fantasma”, e ainda o trailer de “Alice”, de Tim Burton, este filmado em 2D, e convertido posteriormente em 3D. Os clips escolhidos, embora dando alguma sensação de tridimensionalidade, não convenceram. O mesmo já não se pode dizer dos clips de desporto, filmados originalmente em Full HD, onde são visíveis pormenores que na versão 2D passam despercebidos. Exemplo disso são os diferentes clips do desporto rei. Tendo em conta a experiencia que tí­­­­nha­­­ mos tido na transmissão de jogos em 3D na rede cabo dos diferentes operadores portugueses, que pouco nos impressionaram, ficou a certeza, mais uma vez, que o sucesso do 3D depende da qualidade dos conteúdos. Os clips relacionados com a natureza foram os que mais impressionaram, tal a sensação de profundidade e tridimensionalidade, e deixaramnos a pensar no que poderá vir a ser um National Geographic ou Discovery nas versões Full 3D.

Chovem Almôndegas

Conclusão

O BDP-S470 foi desenvolvido a pensar no mundo Blu-ray HD e 3D, e disso não restam dúvidas. Apesar da pouca versatilidade no que toca à compatibilidade com alguns formatos, o filme “Chovem Almôndegas” na sua versão 3D, e alguns dos clips presentes no Blu-ray de demonstração provaram que sim, é possível passar o 3D do cinema para casa. Na espectativa fica agora o lançamento da versão 3D de Avatar, bem como de um conjunto de edições Blu-ray 3D já anunciados pela Sony. Se o Blu-ray HD é o seu mundo, e o 3D está na sua cabeça, então não há que ter

dúvidas. O BDP-S470 é um leitor a ter em conta, quer pela sua qualidade, quer pelo seu preço. Os seus discos 2D ganharão uma qualidade adicional, e o 3D deixará os seus amigos de boca aberta. Pros - Qualidade de Imagem HD/3D - Qualidade de Som - Interface com o Utilizador Cons - Compatibilidade com formatos media - Incapacidade de ler conteúdos partilhados em rede sem ser via DLNA

Não completamente impressionados com o 3D dos trailers, foi altura de ver a versão Blu-ray 3D de “Chovem Almôndegas”, filme sobre o qual fizemos já anteriormente análise na sua edição 2D. E aqui ficámos rendidos desde o primeiro segundo. O filme ganha, realmente, uma nova vida na sua versão 3D, com cenas onde a tridimensionalidade vai da profundidade dos cenários e personagens, até à sensação de ter objectos a saírem literalmente do ecrã. Exemplos disso são a cena inicial onde Flint caminha à chuva, e esta parece sair da nossa sala de estar e entrar na televisão, ou a cena onde o Mayor Shelbourne fala com Baby Brent atrás de umas grades. Filme e extras Vídeo Áudio Geral

5 animação Realiz: Phil Lord e Chris Miller 5 Int: Bill Hader e Anna Faris 4 2009, Sony, 2.35:1, DTS-HD, 90 mins 5

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tecnologia

HDpédia

Desmistificando… Rácios de Imagem – Parte 2 Como foi possível verificar na anterior edição da Magazine.HD, existe um sem número de rácios diferentes de imagem utilizados no cinema. Passar filmes com tão diferentes rácios de imagem para o pequeno ecrã foi um dos desafios colocados desde os tempos do formato 4:3. Independentemente do suporte digital a partir do qual o conteúdo é transmitido (DVD, Blu-ray, sinal de TV, Câmaras de Vídeo, etc), existem 2 técnicas base para adaptação do rácio de imagem ao formato do ecrã:

Letterbox

Também chamado de Widescreen, este é o formato preferido dos cinéfilos. Esta forma de adaptação da imagem ao formato da televisão mantém o rácio original do filme adicionando, no topo e no fim do ecrã, barras pretas cuja dimensão é variável, e que resultam da diferença entre a altura do rácio de imagem do filme, e a altura do rácio de imagem associado ao formato do ecrã (4:3, 16:9, 16:10, etc). Para exemplificar a forma como a adaptação é feita, podemos pegar em dois exemplos muito comuns nos formatos Blu-ray e DVD: Ao formato Full HD, como já vimos, corresponde um rácio de imagem de aproximadamente 1.78:1, com 1920 pontos de largura por 1080 de altura. Nestes ecrãs, e no caso de um filme com um rácio de imagem de 2.40:1 (o tradicional em cinema), a largura original do filme é respeitada, sendo adaptada para os 1920 pontos do formato. Desta forma não existe qualquer perda de imagem na horizontal. No entanto, os 1920 pontos associados a um rácio de 2.40:1 resultam numa altura de 800 pon-

Acabou a confusão das siglas. Esteja atento nas próximas edições.

tos, contra os 1080 do formato HD, ou seja, uma diferença de 280 pontos. O que o formato Letterbox faz, neste caso, é colocar 140 pontos no topo, e 140 pontos no fundo do ecrã, resultando nas tradicionais barras pretas. No caso dos tradicionais ecrãs 4:3, a forma de adaptação é igual. Ocupando a largura total do ecrã (640 pontos), a altura da imagem resulta num total de 266 pontos, contra os tradicionais 480 do ecrã. Isto provoca uma diferença de 214 pontos, ou seja, uma barra preta no topo e outra no fundo do ecrã, cada uma com 107 pontos. Para os ecrãs 16:9, independentemente de se­ rem HD ou não, o formato Letterbox é o que me­ lhor resulta. Já nos ecrãs 4:3, e como é possível ver no exemplo anterior, cerca de 45% do ecrã é preenchido com barras pretas, o que torna a imagem, apesar de fiel ao original, demasiado pequena. Nestes casos, e contra o purismo dos mais cinéfilos, algumas produtoras, e canais de televisão, adoptaram o sistema Pan and Scan.

• Letterbox • Pan and Scan Original

A responsabilidade

Pan and Scan

Na adaptação Pan and Scan, existe um corte efectivo da imagem original do filme mantendo, no entanto, o rácio associado ao ecrã e, consequentemente, ocupando toda a sua zona disponível. Direccionado maioritariamente para o formato 4:3 (embora seja, por vezes, aplicado noutros formatos), a forma de adaptação é contrária ao Letterbox. A altura do formato 4:3 é mantida (os 480 pontos), mas a imagem é cortada em largura. Pegando no exemplo utilizado no Letterbox, para um filme que possuísse 480 pontos de altura, e um rácio de imagem de 2.40:1, seriam necessários 1157 pontos de largura para que toda a imagem fosse mostrada, o que significa uma diferença de 517 pontos a mais face à largura disponível no formato 4:3 (640 pontos). O corte, no entanto, não é feito de forma proporcional. A imagem é analisada, sendo os 640 pontos disponíveis direccionados para a parte mais importante da cena (não obrigatoriamente o centro da imagem original), sendo o restante da imagem cortada de cada um dos lados. Desta forma todo o ecrã é preenchido, não existindo quaisquer barras pretas. No entanto, é perdida cerca de 45% da imagem original, o que desvirtua em muito o filme original, e provoca bastantes vezes a perca de pormenores revelantes, ou o empobrecimento de cenários. 66 magazine. HD

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Letterbox (16:9)

Pan and Scan (4:3)

Letterbox (4:3)

A decisão da aplicação do Letterbox ou Pan and Scan ao filme, independen­ temente da forma como é transmitido, é puramente da responsabilidade da produtora do filme, sendo por vezes necessária autorizações de terceiros (i.e. realizador). Essa adaptação é normalmente feita em estúdio, pela produtora, com a contribuição, na maioria dos casos, do realizador do filme. Significa isto que, quer ao consumidor final, quer aos canais de televisão, resta apenas a possibilidade de escolher, quando possível, o conteúdo com o formato que preferem ou, quando esse conteúdo é editado num único formato (Letterbox ou Pan and Scan), optarem ou não pela sua compra. Existem, no entanto, alguns aparelhos (leitores de Blu-ray/DVD, Televisores, etc), que possuem a opção de Pan and Scan. Esta opção, ao contrário do Pan and Scan verdadeiro, corta de forma proporcional a imagem sem que exista análise da mesma, perdendo-se assim, muitas vezes, o foco principal da cena, objectivo principal do Pan and Scan.


Outubro 2010

magazine.HD 67


música

Luís Costa

A Música está por todo o lado: na rádio, no cinema, na TV, nos concertos e num sem número de outros locais! Veja o que seleccionámos para si neste mês.

LEONARD COHEN SONGS FROM THE ROAD Desde o já longínquo ano de 1967, através do seu álbum de estreia “Songs of Leonard Cohen”, que o músico canadiano tem meticulosamente vindo a construir uma carreira verdadeiramente única na história da música popular. No entanto, o reconhecimento oficial viria somente em Março de 2008, através da sua inclusão no Rock And Roll Hall Of Fame. Foi também nesse ano que Cohen anunciou publicamente as suas primeiras datas ao vivo em muito tempo e, desde então, tem actuado um pouco por todo o mundo, numa tentativa de se redimir junto dos fãs, após quinze longos anos de ausência dos palcos. “Songs From The Road” captura um pouco da essência das actuações de

Cohen e foi gravado mundo fora, de Israel à Alemanha, passando pela Finlândia ou pela Suécia. Os registos foram efectuados entre Outubro de 2008 e Novembro de 2009 e estão dis­ poníveis em LP de vinilo, em CD, em DVD e em Blu-ray. Neste último suporte, o audio revela-se em todo o seu esplendor, possuindo uma definição e clareza essenciais para desfrutar de qualquer gravação ao vivo que se pre­ze. O video é de excelente recorte, contraste e cor, reforçando a belíssima fotografia deste “Songs From The Road”. Os temas incluídos são vintage Cohen e cobrem diversas fases da sua carreira. De “Bird On A Wire” a “Suzanne”, passando por “Famous Blue Raincoat” ou por uma grande versão de “Hal-

lelujah”, é um percurso realmente espantoso por um repertório não menos notável. Como extra, temos direito a uma interessante entrevista aos músicos da banda, com cerca de 20 minutos de duração, fillmada por Lorca, a filha de Cohen. As únicas críticas que poderemos fa­ zer são de que, por um lado, a duração podia ser maior (apenas doze temas é pouco!) e, por outro, é a de que se perde um pouco o espírito de um concerto ao vivo, dada a fragmentação de locais e ambientes onde tive­ ram lugar as gravações. De qualquer forma, um must absoluto para os fãs de longa data e também para os que descobriram mais recentemente o mestre canadiano. LC

Música Realiz. Edward Sanders 2010 Sony Music, 1.33:1, DTS-HD 5.1, 93 min Filme e extras

5

Vídeo

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Geral

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INTERPOL A OBRA AO NEGRO

INTERPOL 2010 marca o regresso dos Interpol, após três anos de ausência. Muito se passou durante esse tempo. O vocalista Paul Banks editou um disco a solo, sob o nome de Julian Plenti, e o baixista, compositor e membro fundador da banda, Carlos Dengler, abandonou o colectivo, após as gravações do novo álbum. “Interpol”, o disco, é o regresso ao negro dos primeiros registos da banda. Longe vai a capa de “Our Love to Admire” e o esgar dos seus animais empalhados. Aqui há lugar a uma beleza espartana e fria de azeviche, com o novo lettering a despedaçar-se em inú­meros fragmentos. Numa primeira abordagem, as canções parecem menos inspiradas que em álbuns precedentes e os temas aparentam alguma

seme­lhança, quer entre si, quer em relação a anteriores composições. Mas, após diversas audições, a nossa percepção altera-se e podemos finalmente descobrir as nuances e subtilezas várias que povoam este “Interpol” de 2010. O disco abre com “Success” e a sua letra mordaz de melodia evocativa do anterior registo, servindo como que de ponte entre o velho e o novo. Seguem-se “Memory Serves” e “Summer Well”, com a percussão milimétrica de Sam Fogarino a comandar as operações. Entra-se depois em “Lights”, a primeira música já revelada em Maio como teaser para o novo disco. Um tema em crescendo, à altura do melhor que a banda nos ofereceu até hoje. Depois é a vez do primeiro single oficial - “Barricade”, cujo vídeo já pode ser

visto no site da banda. Um clássico instantâneo. O ritmo abranda nos dois temas seguintes “Always Malaise (The Man I Am)” e “Safe Without” e o fantasma da Joy Division paira sobre as percussões de “Try it on”. Em “All of the Ways” encontramo-nos perante um dos mais grandiosos temas deste álbum. Verdadeiramente poderoso. O disco encerra com “The Undoing”, a despedida perfeita para um disco equilibrado e revelador da maturidade de um grupo. Sem atingir a grandeza épica de “Antics” ou de “Our Love to Admire”, “Interpol” é, no entanto, um trabalho soberbo, candidato desde já a um dos melhores álbuns deste ano. LC

David Sylvian DOCE SILÊNCIO

Este tem sido um ano verdadeiramente prolífico para David Sylvian. Após a edição do registo de originais “Manafon”, eis que o músico inglês lança uma compilação que reúne algumas das suas muitas colaborações, desde 2000, incluindo, entre outras, “World Citizen” com Ryuichi Sakamoto, temas do projecto “Nine Horses” e uma canção nova, intitulada “Five Lines”, escrita em parceria com Dai Fujikura e que nos abre o apetite para a reinterpretação orquestral de “Manafon” que ambos preparam e que será editada no início de 2011. Destaque ainda para as colaborações com o irmão, Steve Jansen (“Ballad of a Dead Man” e “Playground Martyrs”), para “Pure Genius”, com Tweaker ou para “Sugarfuel”, com Readymade FC. Nas palavras de Sylvian, estes temas “são os órfãos, abusados, deslocados, exóticos, que migraram dos quatro cantos do Mundo, e se

SLEEPWALKERS juntaram sob um mesmo tecto que estão a aprender a partilhar, apesar das suas dife­ renças”. Alguns temas de “Sleepwalkers” foram remisturados e outros sofreram alterações e regravações mais radicais, tendo o conjunto sido completamente remasterizado. A capa, como vem sendo habitual, apresenta um design magnífico de Chris Bigg, sobre uma foto a preto e branco de Oni Sakti. ­Absolutamente imperdível. LC

Outubro 2010

magazine.HD 69


kids

Para ver e ouvir em casa

Luís Costa

Entretenimento é com os mais novos, e alternativas não faltam.

Difícil é escolher as melhores, pelo que aqui ficam as nossas sugestões. Oh Mãe, lá na escola já todos têm box digital! E nós?

NICKELODEON

THE TROOP

O Nickelodeon estreia mais uma produção própria… The Troop! Uma série que combina o mais divertido… com o mais aterrador!

Geronimo Stilton

Ele chama-se Stilton. Geronimo Stilton. É um dos ratos mais célebres do Mundo, graças a uma bem sucedida colecção de livros que contam as suas divertidas aventuras. A passagem para o video era, assim, inevitável e agora os mais novos podem vibrar com histórias inéditas, cheias de acção e diversão, em que participam todos os personagens que têm vindo a fazer as delicias de milhares de leitores: o primo Esparrela, o sobrinhito Benjamin, a irmã Tea e tantos outros que estão também presentes nesta excelente série de animação, com três volumes já disponíveis. O primeiro intitula-se “Operação Shufongfong”, o segundo “A Caminho da Vila Chinesa” e o terceiro “Mistérios no Expresso dos Roedores”. MPA, 1.78:1, DD 2.0, 90 min

“The Troop”, uma série produzida pelo Nickelodeon, apresentanos a história de três rapazes comuns: Jake, Hayley e Félix, que pertencem a uma sociedade secreta chamada The Troop. Composta apenas por jovens, pela sua valentia e mentalidade aberta, a organização The Troop manteve durante séculos o mundo a salvo dos monstros que o habitam. Apesar de todas as pessoas da escola e da vizinhança acharem que Jake, Hayley e Félix são miúdos comuns, na realidade estes rapazes combatem exércitos de monstros todos os dias. “The Troop” é uma mistura engraçada entre coisas assustadoras, como crianças a lutar contra monstros, e outras completamente quotidianas, como ir à escola, conviver com os pais ou ter de fazer testes. Cada episódio de “The Troop” começa com um momento “CSI” onde ficamos a conhecer o novo monstro e a saber a estratégia dos rapazes para acabar com ele. Nickelodeon | The Troop |Estreia 11 de Outubro às 17:20 | De 3ªf a 5ªf às 14:50. Fins-de-semana às 13h10.

Panda Vai à Escola 2 Aprende a Brincar

O ursinho mais famoso de Portugal está de volta com o segundo volume da série “O Panda vai à Escola”. Neste novo DVD, o Panda e os seus amigos continuam a sua educativa e divertida aventura do saber no pré-escolar. Esta é a continuação de uma colecção inovadora que coloca filhos, pais e professores a dançar e a cantar e, o mais importante, a aprender e a ensinar. O DVD traz onze novos videos que incluem “O Rei Mandou”, “O Alfabeto dos Animais”, “Dez Dedos”, “Lavar os Dentes” e mais sete outras canções que permitem aprender de forma interactiva e pedagógica, porque, afinal, a brincar também se pode aprender! Universal Music Group, 2.35:1, DD 2.0, 40 min 70 magazine. HD

Outubro 2010

Astroboy

Em “Astroboy” (inspirado pela Manga japonesa do mesmo nome), a acção tem lugar num futuro distante em que os humanos, após destruírem por completo o meio ambiente, resolvem construir uma nova sociedade, estabelecendo uma cidade flutuante que paira vários quilómetros acima da superfície abandonada da Terra. O pequeno Astroboy é um robot criado pelo cientista Dr. Tenma, numa tentativa de substituir o seu próprio filho Toby, morto num trágico acidente. Entretanto, o malvado presidente Stone quer a todo o custo apoderar-se do coração de Astroboy, para produzir uma poderosa arma de destruição em massa. Astroboy foge para a superfície da Terra, tentando escapar ao presidente e dando início a uma aventura super-divertida e cheia de acção! ZON, 2.35:1, DD 5.1, 94 min



kids

Para ver e ouvir em casa Mia Rose A versão portuguesa da bandasonora de “Camp Rock 2: The Final Jam” inclui dois temas interpretados por artistas nacionais: alguns dos finalistas do “Ídolos” do ano passado cantam “A Nossa Canção” (“This is Our Song”) e a luso-britânica Mia Rose protagoniza um dueto virtual com Joe Jonas, dos Jonas Brothers, no tema “Nada Vou Mudar” (“Wouldn’t Change A Thing”). Foi a ela que a Magazine.HD fez as perguntas que todos os fãs querem fazer:

musical Realiz. Paul Hoen Int.: Demi Lovato, Joe Jonas 2010 Disney ZON Lusomundo, 1.78:1, DTS HD 5.1, 105 min Filme e extras

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M.HD - Como é que surgiu este convite para participar na BS de “Camp Rock 2”?

Camp Rock 2 The Final Jam

“Camp Rock 2” marca o regressso de todos os personagens do filme original ao parque de campismo com mais hype dos Estados Unidos. Mitchie (Demi Lovato), Shane, Jason, Nate (os Jonas Brothers) e os seus amigos preparam-se para passar um Verão divertido e com muita música, quando se apercebem de que, do outro lado do lago, abriu um parque concorrente, todo hi-tech, denominado Camp Star. Para piorar a situação, vários instrutores e campistas “desertaram” para o novo parque, colocando em perigo a sobrevivência do Camp Rock. E como um mal nunca vem só, Luke Williams, o ídolo do Camp Star, desafia os nossos amigos para um concurso musical, de modo a determinar qual dos dois parques tem mais talento. Como já se adivinhou, tem então lugar uma verdadeira guerra de bandas, em que somente os melhores poderão vencer. Mas neste “Camp Rock 2” também há lugar ao romance, quando Nate se apaixona pela fIlha do dono do parque rival, à boa maneira de Romeu e Julieta! A edição em Blu-ray é verdadeiramente espectacular, pela altíssima qualidade de som e imagem e pelos inúmeros extras que apresenta, que vão desde versões karaoke das músicas do filme, a entrevistas com os actores e ainda ao teledisco da versão portuguesa do tema principal do filme “Nada Vou Mudar”, interpretado por Joe Jonas e por Mia Rose. Por tudo isto, “Camp Rock 2” é mesmo um filme que não se pode perder! LC

Boa Sorte, Charlie

“Boa Sorte, Charlie!”, uma hilariante série em estreia no Disney Channel, dia 8 de Outubro às 20h05.

“Boa Sorte, Charlie!” é uma divertida série de imagem real protagonizada por uma bebé e pelos seus irmãos adolescentes que têm que tomar conta dela. Os divertidos adolescentes Duncan, Teddy, PJ e o seu irmão de 10 anos de idade, Gabe, têm inesperadamente de se tornar babysitters de uma nova bebé em casa. Isto acontece quando a mãe, Amy, tem de regressar ao seu emprego de enfermeira no turno da noite. Por outro lado, o pai, Bob, também se dedica por completo ao seu negócio. Agora, toda a família tem de envolver-se na educação da bebé e são os irmãos mais velhos que regressam da escola e são responsáveis pela pequena Charlotte (conhecida por Charlie) ao mesmo tempo que vivem a sua vida de típicos adolescentes. As aventuras hilariantes de Charlie estreiam no Disney Channel, no dia 8 de Outubro às 20h05 e a série estará em emissão às sextas-feiras a esta mesma hora e todos os finsde-semana às 15h00. Boa Sorte, Charlie |Disney Channel | Estreia 8 Outubro | Sexta, Sábado e Domingo 72 magazine. HD

Outubro 2010

Mia Rose – Eu já tinha uma relação com a Disney Channel em Inglaterra e já tinha feito umas coisinhas para eles. Eles sabiam que eu canto tanto em português como em inglês e, como este tema junta as duas línguas, acharam que seria uma boa oportunidade para ambas as partes e fizeram-me este óptimo convite. M.HD – Estive a ver o teledisco no YouTube e faço a mesma pergunta que muitos fãs dos Jonas Bro­ thers lá fazem: estiveste mesmo com o Joe Jonas? MR – Eu adorava mentir e dizer que sim, mas... não (risos). O teledisco está muito bem feito e ali até parece que mesmo que sim, mas foi um dueto virtual. Até espero um dia vir a saber se ele gostou ou não porque até agora não sei. M.HD – Alguma vez estiveste num acampamento musical semelhante ao do filme? MR – Não. Já estive em acampamentos, mas nunca musicais. Tenho 22 anos e acho que ainda sou suficientemente nova para participar num acampamento destes. Eu gostava. Nem que fosse ir só lá com a minha guitarra e cantar umas músicas. M.HD - Esta tua pequena experiência de estúdio deu-te ainda mais vontade de avançares para o tão aguardado álbum de estreia? MR – Sim. Estou desejosa de terminar o meu primeiro álbum. Só que tenho tido muito cuidado com todo o processo: é o primeiro álbum, as pessoas vão saber pela primeira vez como eu sou, através da música. Mas está muito mais próximo do que se possa pensar...


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Explora o Videoclube ZON Kids!

Histórias MARIA E MIGUEL

Nunca a hora de dormir foi tão divertida! Junta-te à Maria e ao Miguel e vê as tuas histórias preferidas. São mais de 25 histórias diferentes para veres e reveres sempre que quiseres. Todos os dias, disponíveis no teu ZON Videoclube, ZON Kids – Grátis.

O Videoclube ZON Kids está cheio de surpresas para ti. Lá poderás encontrar estreias e filmes a não perder como “Astro Boy”, “Nanny McPhee e o Toque de Magia”, “Flubber” e as tuas séries de sempre: “Martim Manhã”, “Princesa Sheherazade” entre muitas outras. Na área ZON Kids do teu ZON Videoclube.

DISNEY CHANNEL

Manny Mãozinhas

Junta-te à equipa do Manny Mãozinhas e as suas fantásticas e excêntricas ferramentas falantes. Ele está sempre pronto a ajudar quem mais precisa e embora as suas ferramentas estejam sempre a postos para entrar em acção, nem sempre é fácil resolver a confusão que se instala entre elas. Emissão: Segunda a Sexta às 9h00. Sábados e Domingos às 8h35.

Musical Panda Vai à Escola

Os ZON Kids juntam-se ao regresso da mascote mais acarinhada por todas as crianças do país, num grande espectáculo! “Panda Vai à Escola – O Musical” vai estar numa sala perto de ti. Acompanha um dia na vida do teu amigo “Panda”. O 1º espectáculo será no Porto (EuroParque) nos dias 23 e 24 Outubro. Não percas! Outubro 2010

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kids

Cinema

Gru -

O MalDisposto

David Fonseca

M.HD – Como é que surgiu o convite para dares voz a Vector na versão portuguesa de “Gru – O Maldisposto”? David Fonseca – Os produtores andavam à procura da voz de alguém que não fosse actor profissional. E, como eu há muito tempo gostava de experimentar dobrar desenhos-animados, fui ao casting e fiquei. Foi uma experiência muito divertida e é para repetir. M.HD – Tens o curso de cinema do Conservatório mas, como realizador, limitas-te geralmente a dirigir os teus telediscos. Há ideia de algo maior? D.F. -- Para já não; mas não posso fechar essa porta. Gostaria muito de realizar uma longa-metragem mas isso seria uma tarefa gigantesca. Talvez faça primeiro algo mais curto e experimental. M.HD – E como actor? Tu és o protagonista dos teus telediscos... D.F. – Não estou nada a ver-me como actor. Uma vez experimentei no Conservatório mas o resultado foi tenebroso. Nos telediscos é diferente: sou eu a representar a minha própria personagem. 74 magazine. HD

Outubro 2010

“Gru - O Maldisposto” é um filme que promete muita diversão e entretenimento para toda a família. Os mais novos vão delirar com os personagens super-engraçados e com a quantidade de engenhocas malucas que surgem ao longo da história. Os mais velhos também vão gostar muito do Gru, porque lhes vai lembrar um vilão que podia ter saído de um filme do James Bond, com todos os seus tiques, a sua pronúncia, o seu quartel-general imponente e uns gadgets completamente geniais. Na versão portuguesa, Nicolau Breyner empresta a sua voz a Gru, o mau da fita, que se vê a braços com um novo rival, Vector (com a voz do músico David Fonseca!) que monopoliza toda a atenção dos media. Gru decide então roubar a Lua, para que as pessoas o considerem novamente importante mas, para isso, vai precisar que o Banco lhe empreste dinheiro e aí sim é que começam, verdadeiramente, os seus problemas! “Gru - O Maldisposto” estreia nos Cinemas portugueses a 21 de Outubro. LC


jogos

Antevisão

Todos os meses o melhor da acção, aventura, estratégia e simulação está aqui, por entre antevisões, notícias e Zona de Testes. É só colocar o capacete, pegar no comando e carregar em Play! Tomás Dias

GRAN TURISMO 5

Finalmente na Playstation 3, “GT5” vai transformar a nossa consola num motor de um espectacular bólide! E as novidades são muitas: pela primeira vez a série “Gran Turismo” vai dar ao jogador a possibilidade de entrar em corridas online, com capacidade até 16 carros em simultâneo! Mas para isso precisamos de potentes veículos e aqui são para todos os gostos… é uma colecção de

mais de mil carros! E dar um “toque” ou acidente a sério, vai estragar a pintura – o jogo terá um sistema de danos para cada carro, mediante a sua classe. Com as licenças asseguradas, os pilotos lá de casa não vão notar a diferença entre uma transmissão em directo da NASCAR, sendo que agora o volante é substituído por um comando da PS3… A acelerar em Novembro!

Outubro 2010

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PASSATEMPO

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HD

TEM 5 EXEMPLARES DO JOGO

PARA GANHAR, SÓ TEM QUE INDICAR A RESPOSTA CORRECTA À PERGUNTA:

PRO EVOLUTION SOCCER 2011

EM QUE ANO FOI LANÇADO O PRIMEIRO JOGO PES?

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ZONA DE TESTE

HALO: REACH “Halo” redefiniu a forma como jogamos e nos posicionamos enquanto jogadores num mundo virtual, através do género de FPS, com altos patamares de qualidade gráfica e de jogabilidade que se fazem acompanhar de um fantástico argumento, com uma banda-sonora que dá a utilização devida aos nossos sistemas de som. Impressionou até Hollywood, que continua em negociações para levar o jogo para o grande ecrã (nomeadamente a equipa de “District 9” – Peter Jackson e Neill Blomkamp).

Nove anos depois do primeiro jogo chegar às consolas, cai do céu “Halo: Reach”, que se transforma num filho genial da família “Halo”, apresentando um conjunto de novas armas, protecções e uma reabilitação do mapa de suporte, onde poderemos analisar todo o espaço circundante e, possivelmente, planear um ataque surpresa. Mas “Reach” salta a barreira dos “Halo”, apresentando-se de forma diferente, mais adulta, humana e particularmente crua, no sentido em que o argumento nos transporta por si só para a pele da nossa

personagem como poucos jogos conseguem fazer. Mas esta ligação com o jogador vai para além da identificação, pois entrega-nos um conjunto de cenários imensos, de enorme densidade, com uma atmosfera cativante e que nos prende o olhar. Este jogo marca também o final da cruzada Microsoft-Bungie, que brilhou todos estes anos desde o primeiro “Halo”. E não poderia terminar melhor. HALO: REACH Xbox360

Outubro 2010

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jogos

Breves

TOPSecret NOWPLAYING

Voltamos a um dos já clássicos da PS3, possivelmente, a grande obra prima da Rock Star Games. Ficam aqui alguns truques que poderá utilizar enquanto joga “GTA IV”, para uma experiência mais espectacular! Lembre-se que este truques apenas são possiveis de activar quando Niko Bellic, a personagem jogável, recebe o telemóvel, no final da primeira missão. Depois é só carregar no botão CIMA para surgir o telemóvel no ecrã e novamente CIMA para poder controlar o teclado. Finalmente, só tem de ligar para os seguintes números para desbloquear os truques (PS3): Saúde, armadura e munições 4825550100 Conjunto de Armas 1 4865550100 Conjunto de Armas 2 4865550150 Remover as estrelas de vigia da polícia 2675550100 Adicionar uma estrela à vigia da polícia 2675550150 Gerar “Annihilator” 3595550100 Gerar “Cognoscenti” 2275550142 Gerar “Comet” 2275550175 Gerar “FBI Buffalo” 275550100 Gerar “Jetmax” 9385550100 Gerar “NRG-900” 6255550100 Gerar “Sanchez” 6255550150 Gerar “SuperGT” 2275550168” Gerar “Turismo” 2275550147 Alterar condições meteorológicas 4685550100

Apresentamos aqui a nova rubrica NOWPLAYING, onde mensalmente daremos destaque a extraordinárias bandas-sonoras criadas especialmente para videojogos ou playlists de músicas que englobam uma determinada sequência num jogo de computador. E não poderíamos inaugurar este novo espaço com outra banda-sonora: “Super Mario Bros”! A inesquecível (e por vezes irritante) música dos jogos corridos do Super Mario que invadiu as nossas humildes casas nos anos 90 foi criada por um senhor chamado Koji Kondo. Aliás, Koji criou tudo aquilo que ouvimos a jogar no Super Mario, da música aos efeitos, apenas utilizando um simples teclado e dois tambores. É cons­ tantemente relembrada em apresentações orquestrais ou medleys de cinema e videojogos, ou numa ou outra piada entre amigos. Digam o que disserem, ao lado do tema do Indiana Jones, está sempre a famosa “música do Super Mario”.

DAR-O-VÍCIO Recordamos nesta primeira edição da “Dar-O-Vício” um dos mais frenéticos jogos de todos os tempos - “Metal Slug”. Foi lançado inicialmente nas arcades em 1996, sendo neste momento jogável em todas as plataformas. Armas de grande calibre, centenas de inimigos para esti­ lhaçar e uma enorme quantidade de upgrades e evoluções para tornar um simples ataque num espectáculo de fogo-de-artifício. Apesar de neste momento termos nas nossas mãos jogos com uma qualidade tremenda graficamente, jogar “Metal Slug” ainda consegue colar-nos à consola por largas horas.

facemag HD E o Vencedor do Mês é... Romeu Vieira! Romeu Vieira trabalha no Cinema ZON Lusomundo Odivelas Parque e foi, em Agosto, o Vendedor do Mês da Magazine.HD, ultrapassando a concorrência feroz – embora leal - dos seus colegas e ganhando uma magnífica PlayStation3. Para além do circuito normal de bancas, a Magazine.HD está também à venda nas bilheteiras dos cinemas ZON Lusomundo. Numa parceria que se iniciou no mês de Julho, com a revista a ser vendida em dez salas, esta colaboração entre a Magazine.HD e a ZON Lusomundo estendeu-se, em Setembro, a vinte salas que cobrem todo o território continental português.

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Outubro 2010


jogos

Especial

PinballYeah! E CodeRunners Com uma equipa de quatro elementos, a CodeRunners começou a trabalhar em “PinballYeah!” no início deste ano. Depois de trabalharem em vários protótipos e de surgir uma parceria com a Interplay, o primeiro jogo desta jovem empresa portuguesa vai ser lançado muito em breve no mercado. Estivemos à conversa com Ricardo Teixeira, produtor deste jogo, que nos falou sobre o abrir das portas para o mundo da produção dos videojogos. Como surgiu a CodeRunners? Contenos um pouco da vossa história. A CodeRunners surgiu de um interesse mútuo de desenvolver videojogos. A equipa é constituída por quatro elementos que se conhecem desde muito novos mas tendo seguido caminhos diferentes. Em 2009 voltámos a entrar em contacto e decidimos trabalhar juntos em projectos independentes. De protótipos a aplicações comerciais foi um longo e árduo caminho com muito trabalho e dedicação. O mercado dos videojogos está a crescer de dia para dia. Quais as vossas expectativas para o futuro na produção de videojogos, e em particular, para com o “PinballYeah!”? De facto o mercado dos videojogos está a crescer, com particular ênfase nas plataformas móveis. Várias empresas tendem a apostar já em jogos mais sérios e complexos para plataformas normalmente consideradas casuais. Com o apoio da Interplay temos capacidade de criar visibilidade e qualidade a nível internacional para o “PinballYeah!”. Como surgiu a oportunidade de trabalhar com a Interplay? Tudo começa com um primeiro contacto. A Interplay anunciou recentemente o seu serviço de publicação, “Interplay Disco­very”. Podem ter mais informações em www.interplay.com.

Os cenários do jogo são bastante apelativos e nota-se um especial cuidado nas texturas. Como funciona todo um processo de produção de um videojogo deste género? Quanto tempo durou a produção? Começa por uma ideia que vai sendo desenvolvida e transformada em protótipo jogá­ vel. Depois de vários testes de gameplay decidimos se vale a pena ou não investir numa produção completa. A produção do “Pinball­ Yeah!” foi de cerca de 8 meses mas não a tempo inteiro, devido às responsabilidades individuais de cada membro da equipa. Quando vai ficar disponível? Em que plataformas? Como o poderemos encontrar? Está planeado para Outubro de 2010, mas esta data pode estar sujeita a alterações. Plataformas Mac/PC e iPad/iPhone 4. Visitem o nosso site para updates e avisos de lançamento através de serviços de redes sociais. Como jogadores, quais os vossos jogos de referência? Seria impossível enumerar todos os jogos. Todos nós jogamos desde muito novos. Em geral tentamos jogar um pouco de tudo, com alguma saudade das antigas Arcadas. www.coderunners.com

Outubro 2010

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CARTAZ 1

Em Outubro Saia! Curta!

Se o escurinho do cinema e o cantinho do sofá já não chegam, há mil outras coisas para fazer lá fora, ao ar livre ou dentro de portas: concertos, festivais, bailado, exposições, teatro... Saia! Curta!

7

quinta O cantor, compositor e multi-instrumentista de culto norte-americano Andrew Bird mostra as canções do seu disco mais recente, “Noble Beast”, na Aula Magna, Lisboa. A mesma cidade que acolhe mais um concerto dos britânicos Placebo, ainda e sempre liderados por Brian Molko, desta vez no Coliseu dos Recreios.

sexta

A cantora e compositora californiana Nina Nastasia actua hoje na ZDB, Lisboa. Menina protegida de Steve Albini e John Peel, Nastasia traz desta vez na caixa da guitarra as canções do novíssimo álbum “Outlaster”. No Teatro Villaret, também em Lisboa, estreia hoje a comédia musical “As Encalhadas”, protagonizada por Helena Isabel, Maria João Abreu e Rita Salema.

2

sábado Hoje e amanhã são dias de romaria colectiva ao Estádio Cidade de Coimbra, onde os irlandeses U2 apresentam mais dois espectáculo da digressão 360º Tour e com um docinho indie para a abertura: os Interpol. Mais a norte, no Porto, a noite Clubbing da Casa da Música é ocupada pelos Mão Morta e Pop dell’Arte.

5

terça A canto­ra portuguesa Yolanda Soares leva a música de “Metamorphosis”, o seu novo álbum, ao palco do Coliseu dos Recreios de Lisboa. E, nela, a sua mistura própria de fado, rock, música clássica, electrónicas e um lado tea­tral ape­lativo (repete dia 8, no Coliseu do Porto).

6

8

sexta Parece nome de artista estrangeiro mas, afinal, é nome de... banda portuguesa: Andrew Thorn, um dos mais promissores grupos nacionais onde se reúnem o multiinstrumentista João Pedro Coimbra (Mesa), Jorge Coelho na guitarra, Miguel Ramos no baixo e Jorge Queijo na bateria. Tocam hoje no CCC das Caldas da Rainha. Na Incrível Almadense, Almada, ouve-se o ska dos californianos Mad Caddies, que têm os Fitacola e Humble como bandas de suporte. E no Coliseu dos Recreios, Lisboa, vê-se como bem dançar ritmos cubanos no espectáculo “Kings of Salsa” (repete amanhã no Coliseu do Porto).

9

sábado

A Depois de muitos anos de espera, a cantora Lula Pena lançou finalmente o seu segundo álbum, “Troubadour”. São fados e muitas outras músicas lá pelo meio, no Teatro Aveirense, Aveiro. Em Lisboa, a companhia Cão Solteiro apresenta no Maria Matos a sua nova criação teatral “A Portuguesa”.

quarta Sim, eles vivem! Sim, eles estão de volta aos concertos! Sim, eles conseguiram mesmo editar um álbum, “Chinese Democracy”, depois de muitos anos de espera! Sim, eles ainda se chamam Guns N’Roses e ainda têm como líder o inefável Axl Rose. Tocam hoje no Pavilhão Atlântico, Lisboa. E, também na capital, há lugar para outra celebração: o concerto dos lendários krautrockers alemães Faust, no Maria Matos. E no Teatro da Trindade estreia um novo espectáculo de stand up comedy de Pedro Tochas, “Experiência Teste”. 80 magazine. HD

Outubro 2010

António Pires

12

terça Quando Bach e outros compositores clássicos criaram suites para violoncelo estariam muito longe de imaginar que, séculos depois, violoncelistas educados nas melhores escolas eruditas se atirariam ao... heavy metal! Mas é isso que acontece há muitos anos com os Apocalyptica, que hoje apresentam os seus originais e muitas versões na Casa da Música, Porto (repete amanhã, na Aula Magna, Lisboa).

13

quarta Jigs, reels e outros ritmos da chamada música celta são dançados (e tocados) ao vivo nesta nova temporada do espectáculo “Lord of the Dance”, que é apresentada de hoje até dia 17 no Coliseu dos Recreios, Lisboa, e de 21 a 24 no Coliseu do Porto. Já no Pavilhão Atlântico, Lisboa, o Cirque du Soleil mostra de hoje a 24 o seu “Saltimbanco”.

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quinta Visitante habitual dos palcos portugueses, Lloyd Cole regressa agora para reunir os cacos do seu mais recente álbum de originais, “Broken Record”. É na Casa da Música, Porto (repete amanhã no CAE de Guimarães, dia 16 no Cine-Teatro de Estarreja, dia 17 no Festival Sintra Misty, no Olga Cadaval, e dia 19, no Gil Vicente, Coimbra). No Coliseu do Porto há bailado clássico, com “A Bela Adormecida”, pelo Ballet Estatal Russo (repete dia 18 no Tivoli, Lisboa).


15

sexta

O Festival Sintra Misty (de que já se fala no parágrafo anterior) começa hoje no Olga Cadaval, Sintra, e decorre até dia 17. A abrir os vários palcos estarão esta noite os Dez Mona, Rodrigo Leão & Cinema Ensemble, Tó Trips com Tiago Gomes, Mazgani, Nicole Eitner, Sandy Kilpatrick e o DJ Rui Miguel Abreu. No Teatro Municipal da Guarda actua a multifacetada cantora e instrumentista suiça Erika Stucky.

19

25 segunda

Um dos mestres da música minimalrepetitiva (ao lado de Philip Glass ou Steve Reich), Terry Riley actua hoje no Theatro Circo, Braga. Em Lisboa, no Coliseu dos Re­ creios, sobe ao palco uma das bandas de maior culto dos anos 80: os Psychedelic Furs (repete amanhã no Sá da Bandeira, Porto).

20

quarta Com o seu folk-rock elegante e melódico, o duo The Sweel Season – formado pelo cantor e multi-instrumentista irlandês Glen Hansard e a cantora e pianista checa Markéta Irglová – apresenta-se hoje no Santiago Alquimista, Lisboa.

21 16

sábado Segundo dia do Sintra Misty, com Tiago Bettencourt & Mantha, Joan As Police Woman, Foge Foge Bandido, Mark Kozelek, Mendes, João Só e Abandonados, Walter Benjamin, Márcia, The Soaked Lamb, Gomo e o DJ Rui Miguel Abreu. Em Lisboa, no Teatro da Trindade, estreia a peça “As Aventuras Maravilhosas de João Sem Medo”, baseada no romance homónimo de José Gomes Ferreira. E na Culturgest, Lisboa, é inaugurada hoje a primeira exposição retrospectiva do pintor João Queiroz.

17

quinta

A cantora folk norte-americana Josephine Foster e os psico-californianos Barn Owl ocupam hoje o palco da ZDB, Lisboa. E a Casa da Música, Porto, recebe a versão alargada do duo de Tó Trips e Pedro Gonçalves: Dead Combo & A Royal Orquestra das Caveiras (repete dia 26 no S.Jorge, Lisboa).

domingo Noite de encerramento do

Sintra Misty, com Hindi Zahra, Mayra Andrade, Piers Faccini, Lloyd Cole, Emmy Curl, Frankie Chavez, Minta & The Brook Trout e Noiserv. Em Lisboa, duas propostas alternativas: os indies britânicos Mystery Jets no Santiago Alquimista e os norte-americanos muito dificilmente catalogáveis Master Musicians of Bukkake na ZDB.

segunda A nostalgia de alguma música dos anos 80 pode muito bem ser curada hoje, dando um salto até à Aula Magna, Lisboa, e aproveitando para verificar o estado de saúde de uma das bandas pop britânicas de maior sucesso dessa década: A Flock of Seagulls. O igualmente britânico (se bem que nascido no Líbano) mas muito mais jovenzinho Mika canta hoje na Latada de Coimbra.

27

quarta Um dos mais respeitados e amados grupos ingleses das últimas décadas, os Tindersticks, actuam hoje no Coliseu do Porto, trazendo consigo o novo álbum “Falling Down a Mountain” (repete amanhã no Coliseu dos Recreios, Lisboa).

28

quinta Tendo-se tornado conhecido pelas suas belíssimas versões de temas de David Bowie em português, o brasileiro Seu Jorge saltou depois para uma respeitada carreira em nome próprio que agora o traz ao Coliseu do Porto (repete amanhã no Coliseu dos Recreios, Lisboa).

22

sexta Já este ano entrou para a galeria de imortais do Rock and Roll Hall of Fame como membro dos Genesis. Mas é a solo que o cantor e guitarrista Steve Hackett actua hoje na Aula Magna, Lisboa. Também em Lisboa, mas no Maria Matos, há espaço para o piano preparado e assombrado por Satie do alemão Hauschka (pseudónimo de Volker Bertelmann).

23

sábado Duas das bandas de ponta do movimento hardcore punk nova-iorquino, os Madball e os Sick of It All, tocam hoje no Cine-Teatro do Ginásio Clube de Corroios, Seixal. No Teatro Virgínia, em Torres Vedras, há algo completamente dife­ rente: o músico e compositor congolês Ray Lema mostra música africana pintada de jazz juntamente com o seu trio.

30

sábado Os Moonspell iniciam hoje e amanhã no S.Jorge, Lisboa, uma digressão inédita – intitulada “Sombra” - em que os concertos terão todos um formato acústico. Na primeira parte destes espectáculos da mais respeitada banda de metal nacional estão os Opus Diabolicum. No Casino de Vilamoura actua a cantora, pianista e clarinetista de jazz Jane Monheit. E, no Porto, é ­inaugurada a exposição dedicada ao artista plástico português, residente em Itália, José Barrias. Outubro 2010

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Festivais

Estoril Film Festival

Com Reed, Malkovich e Corbijn

A edição de 2010, e quarta, do Estoril Film Festival decorre de 5 a 14 de Novembro – no Casino, Centro de Congressos e Casa das Histórias Paula Rêgo – e conta com um leque de convidados de luxo: o cantor e compositor Lou Reed, aqui na pele de fotógrafo, a sua mulher Laurie Anderson, o actor John Malkovich a mostrar o seu lado de estilista, os realizadores Anton Corbijn, Stephen Frears, Elia Suleiman e Otar Iosseliani, os actores Marisa Paredes, Mathieu Amalric e Valeria Golino, a designer de moda Bella Freud, o chef Juan Maria Arzak e o compositor Giya Kancheli. Entre os filmes em competição já escolhidos para a Selecção Oficial estão “A Espada e a Rosa”, de João Nicolau, “In The Shadows”, de Thomas Arslan, “The Autobiography of Nicolae Ceausescu”, de Andrej Ujica, e “Copacabana”, de Marc Fitoussi. Na Selecção Oficial, mas fora de competição, encontramse “The American”, de Anton Corbijn, “Machete”, de Robert Rodriguez, “Copie Conforme”, de Abbas Kiarostami, “Tournée”, de Mathieu Amalric, “Chantrapas”, de Otar Iosseliani, e “Another Year”, de Mike Leigh, entre outros. Da programação do festival constam ainda duas retrospectivas, dedicadas a Kathryn Bigelow e Elia Suleiman, e homenaqens a Roman Polanski, Vincent Gallo, Chris Marker, Marisa Paredes e Koji Wakamatsu.

Aliens, Mortos-Vivos e Espíritos Aborígenes Invadem Lisboa

ESPECIAL

MOTELx 2010 O cinema de terror está de regresso a Lisboa, na 4ª edição do MOTELx – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que começou a 29 de Setembro e decorre ainda até dia 3 de Outubro, no Cinema São Jorge. O MOTELx tem este ano como convidado especial o realizador George Romero – mítico mestre dos filmes de mortos-vivos – e como destaques o ciclo Serviço de Quarto, filmes de culto japoneses na secção Japão Retro e o concurso de curtas-metragens de terror portuguesas. Entre os filmes programados, o foco recai nos seis filmes de Romero (entre os quais o novo “”Survival of The Dead”), em três filmes da novíssima cinematografia britânica de terror - “Tony”, “F” e “Cherry Tree Lane” -, em filmes dificilmente catalogáveis vindos da Austrália (“Primal” e o aclamadíssimo “The Loved Ones”), Sérvia (“The Life and Death of A Porno Gang”), França e Bélgica (“Amer”) e Japão (“Alien vs Ninja”) e, também do país do sol nascente, as três fitas de culto do ciclo Japão Retro. E, claro, muita atenção às curtas nacionais: algo (maléfico) está a nascer! Saiba a programação completa do MOTELx no site da Magazine.HD: http://www.magazine-hd.com/

Douro Film Harvest Os Premiados A segunda edição do Douro Film Harvest – que decorreu em Lamego, Sabrosa, Vila Real e Freixo de Espada à Cinta – terminou dia 11 de Setembro, com a entrega de dois prémios muito especiais durante a cerimónia de encerramento: o CastaDouro Carreira, entregue à lendária actriz italiana Sophia Loren, e o CastaDouro Melhor Filme entregue a Carlos Saura pela sua nova longa-metragem “Io, Don Giovanni” (filme vencedor da Vintage Selection). Este realizador espanhol recebeu igualmente o Casta82 magazine. HD

Outubro 2010

Douro Convidado Especial, o mesmo galardão que foi também entregue ao oscarizado compositor e músico argentino Gustavo Santaolalla, no dia 9 de Setembro. Vocacionado para celebrar o cinema, a cultura do vinho e, este ano, também o fado, o Douro Film Harvest estabeleceu-se nesta segunda edição como uma original mostra de cinema e que promete vir a ser uma das mais personalizadas de toda a Europa.




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