Foram poucos os álbuns de estreia que me surpreenderam tanto ou mais como os The Omega Experiment. Só isto já dá para ficar com uma ideia de quão excelente é (irá ser) este lançamento. Esta review ganha outro significado se primeiro lerem a entrevista concedida à VERSUS por Dan Wieten. Aqui ficamos a conhecer, não só, parte da história da sua vida mas também os alicerces sobre os quais assentam os motivos da criação deste projeto. Peculiar, experimental, épico, direto, pesado, sintetizadores eufóricos, técnico e harmonias vocais... tudo isto junto forma um exuberante álbum de rock/metal progressivo. Disse-o na entrevista e volto a afirmar: certamente um dos melhores álbuns no universo progressivo. Os The Omega Experiment ganharam (ainda) mais reconhecimento quando o Mago Devin Townsend lhes concedeu rasgados elogios, permitindo dar o salto rumo à Listenable Records. Aquilo que parecia ser um proje-
to destinado a ser promovido de uma forma “amadora”, via Bandcamp, passou rapidamente a um dos grande álbuns do ano – sim, ainda estamos em Fevereiro, mas para mim já o é. Quem ouve os The Omega – o álbum não tem título – é impossível ficar indiferente ao tipo de sonoridade e influências: algumas reminiscências de D r e a m Theater no que diz respeito aos sintetizadores e tal como diz Dan na entrevista muitas h a r m onias bem ao jeito de D. Townsend (e Mike Patton). Um aspeto que pode não ser do agrado de todos é a bateria programada digitalmente. Pode parecer que a música sai desvirtuada mas... não. Antes pelo contrário, soa “organicamente digital”. Quase que não nos apercebemos que é tudo digital. No entanto, este facto não belisca em nada a qualidade e continuo a recomendá-lo e é por isso que é o álbum do mês para a Versus! [9.5/10] Eduardo Ramalhadeiro