Versus Magazine #21 Agosto/Setembro 2012

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Sem receio de passar de moda De uma forma desassombrada, Blake Judd, o mentor dos Nachtmystium, fala-nos da sua banda e da posição que esta ocupa na cena black metal americana. Apesar do experimentalismo que a caracteriza e que tem atraído na sua direção os olhares de numerosos fãs, as suas palavras revelam a segurança de alguns princípios de base, que ajudaram a construir a essência da banda. Vale a pena tomar conhecimento do pensamento deste veterano do black metal norte americano.

Por que razão os dois álbuns «Black Meddle» foram tão especiais, mesmo tendo em conta o facto de que soam muito bem? Parece que até a vossa forma de trabalhar mudou nesses álbuns. Blake Judd: Depois de termos lançado «Instinct: Decay»(2006), que agradou a muitos, as pessoas não paravam de dizer que o álbum era realmente bizarro e tinha um ar experimental. Uma parte da cena underground não gostou nada desses comentários, mas nós ficámos realmente contentes, porque sentimos que estávamos a fazer algo mesmo diferente. Portanto, decidimos dar mais material para reflexão ao público e ir ainda mais longe nessa linha. E assim surgiu o conceito de base para os dois álbuns intitulados «Black Meddle». Queríamos levar a nossa vertente experimental tão longe quanto possível. E penso que conseguimos! O que distingue «Silencing Machine» desses dois álbuns, na tua opinião avalizada, já que és o seu criador? Pretendíamos que «Silencing Machine» fosse totalmente diferente desses dois álbuns. Quando o concebemos, era um álbum de black metal, puro e duro. Depois, começámos a fazer algumas al-


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