Versus Magazine #15 Agosto/Setembro 2011

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Lançaram o vosso primeiro álbum em 2002. Por que precisaram de 9 anos para lançarem o Segundo? Kristian Moen: A principal razão foi que pusemos a banda em stand by durante 3 anos, entre 2005 e 2008. Tínhamos previsto o lançamento do nosso segundo álbum para 2005, mas só conseguimos gravar um EP, antes de termos sido praticamente obrigados a fazer uma paragem. Tornou-se muito difícil arranjar tempo para esta banda, quando Keep of Kalessin começou uma digressão e gravações com o nosso antigo baterista, o Vyl [Vegard Larsen]. O Thebon [Torbjorn Schel, antigo vocalista da banda] juntou-se a eles mais ou menos ao mesmo tempo. O Sverre [Bensten], o nosso guitarrista, cada vez tinha mais trabalho com as digressões dos Bloodthorn e eu tinha uma banda de hard rock chamada Bulwark, que também partiu em digressão nessa altura. Afinal, a tal pausa demorou bem mais do que prevíamos. Portanto, de certo modo, tivemos de começar do início, quando nos reunimos novamente em 2008. E, por termos considerado este reencontro como um recomeço, decidimos usar sobretudo material novo com a nova formação da banda, em vez de usarmos músicas antigas. Afinal, isto até acabou por ser positivo para nós, porque agora nos sentimos muito mais criativos do que há anos atrás. Subliritum é apresentada como uma banda de black metal. No entanto, li algures que pões objecções a essa etiqueta. Como caracterizarias o vosso som em «A Touch of Death»? Gosto particularmente de “Back To Zero” e “Berserk”!  Obrigado. Ora bem, nós não temos nada a objectar em relação a essa etiqueta. Mas gostamos de chamar a atenção para o facto de que também usamos outros

elementos na nossa música, tais como thrash, heavy e death metal. O nosso problema é que a etiqueta black metal é um bocado vaga. Vai uma grande distância entre bandas primitivas de “true Norwegian black metal” como Darkthrone e o ultimo álbum de Emperor. Nós pretendemos criar uma atmosfera de black metal, mas, ao mesmo tempo, dar à nossa música um estilo mais progressivo e técnico. É uma questão de maturidade. Ao longo destes anos, tornámo-nos melhores músicos, com mais capacidade técnica, e também melhorámos muito a nível de composição. Por isso só pode ser bom para nós enfrentarmos desafios novos e mais exigentes. Portanto, a nossa música está a tornar-se cada vez mais complexa, mas sem perder a atmosfera tenebrosa do black metal. Por que fizeram um desvio pelo rock progressivo na demo e no EP que lançaram entre 2002 e este ano? Numa entrevista recente com a banda que ouvi, tu discutias a vossa evolução musical e isso despertou a minha curiosidade sobre esta parte da vossa carreira. O EP «Dark Side of You» representa o momento da nossa evolução que se seguiu a «Dark Prophecies». Foi o período mais activo de Subliritum, antes de decidirmos fazer a tal pausa. Na realidade, escrevemos um álbum inteiro, mas nunca chegámos a gravá-lo. Ensaiámos muito e fizemos bastantes concertos aqui na Noruega. Essa música não era propriamente black metal, era mais do género metal negro e progressivo com muito groove, ritmos estranhos e sincopados. As canções estavam mais centradas no ritmo e no groove e tinham poucas passagens rápidas com blast beats. O EP está disponível para download grátis em vários sites, entre os quais a nossa página no myspace. Quem estiver interessado,


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