Versus Magazine #14 Junho/Julho 2011

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queríamos e u q te n ia st gu an e ro eg n “…este feeling a…” para a identidade da band

O processo de elaboração do álbum foi bastante espontâneo e natural. Fomos ensaiando, criando um leque de temas, aperfeiçoando-os e escolhendo entre eles. Claro que, progressivamente, já criávamos os temas como pretendiamos, não havendo a necessidade de “criar cinco temas para escolher um”. Já as reacções foram consensualmente boas, havendo um tema para cada gosto, o que para nós é bastante gratificante. O vosso primeiro álbum «Daemonicus Awakening» é bastante consistente ao longo dos temas. Foi planeado assim desde o início ou surgiu de forma natural? O álbum foi surgindo naturalmente ao longo dos meses, à medida que íamos trabalhando nas músicas e nas letras o conceito foi ganhando forma. As letras e o conceito são bastante metafóricos, aludindo ao despertar do Homem e essencialmente à Razão. É como se fossem algumas fábulas que contam episódios da realidade humana. O conceito foi premeditado mas foi também surgindo naturalmente à medida que as músicas e letras iam ganhando forma. Viajar até à Suécia para gravar o vosso álbum, sem dúvida que terá sido algo inevitável por razoes técnicas. Como foi essa experiencia? Antes de mais, nós quisemos obter um som mais sujo e preenchido, pois era isso que tinhamos me mente. À medida que íamos compondo e desde que surgiu a ideia de gravar nos Endarker Studio, com o Magnus “Devo” Andersson, tivemos a certeza que queríamos ter alguém como ele na produção do nosso som. O objectivo era ter um “feeling” bem negro e obscuro e sabiamos que ele daria conta do recado e estamos muito satisfeitos. A

experiência, como seria de esperar, foi fantástica, apesar de muito frio e neve, deu para trabalharmos à vontade, para bebermos uns copos e para conhecer um pouco da cultura nórdica. De lá só temos a agradecer, as pessoas foram extremamente simpáticas. O que podemos esperar deste novo trabalho, sabendo que de forma natural a fasquia de técnica e produção estão a outro nível? Com todas as experiências acumuladas, durante a era “Daemonicus”, fomos evoluindo um pouco em todos os níveis e acho que isso é bem perceptível no «Regret of the Gods». Não que tentassemos fazer de forma deliberada, mas foi surgindo, é a evolução natural. Penso que este trabalho a nível de produção, como já disse anteriormente, está muito mais coeso e poderoso. As harmonias e melodias estão mais apuradas e as ambiências mais carregadas. As músicas, sendo na generalidade um pouco maiores, e apesar das cadências, penso que conseguem realçar de forma mais imponente as partes mais pesadas. Sim, pensamos que a fasquia está mais elevada, mas nunca nos passaria pela cabeça gravar um novo álbum sem tentar elevar a fasquia. Da nossa parte demos o litro; esperamos que as pessoas gostem. A letras surgem de forma instintiva ou onde encontram a inspiração para as produzirem? As letras surgem de forma espontânea em qualquer sítio que esteja, e se há espaços que me inspiram pela sua beleza também há outros que me inspiram bastante pela sua negritude. Depois há uma altura em que começo a preparar especificamente as letras e os conceitos, quando me chegam às mãos os riffs e os esqueletos das músicas. Já posteriormente fazem-se os arranjos finais


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