Versus Magazine #14 Junho/Julho 2011

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Crónicas de aniquilação No seu segundo lançamento pela Debemur Morti, Infestus afirma-se como um projecto a solo. O lançamento de «Ex|Ist» levou-nos à conversa com Andras (Moloc), o fundador da banda. Foi com um grande cuidado e interesse que respondeu às nossas perguntas e satisfez a nossa curiosidade relativamente a este produto exclusivo da sua mente e aos últimos acontecimentos que marcaram o percurso acidentado da banda. A biografia da banda revela a sua longa caminhada em direcção ao sucesso, desde o fim de Dunkelfront, em 2003. Qual foi a causa do desaparecimento da tua banda anterior? Por que decidiste formar uma nova banda sozinho, nesse mesmo ano? Andras (Moloc): Em 2003, Azhag, o guitarrista de Dunkelfront, decidiu abandonar a carreira musical. Já há uns tempos que se andava a afastar desse caminho, que outrora o tinha entusiasmado de forma obsessiva, porque tinha encontrado outras prioridades na vida. Quando ele saiu, eu não quis manter essa banda. Portanto, dei início a um novo projecto. Mas não estava sozinho. Dagon (vocais) e Harbarth (guitarras) juntaram-se a mim.

para o teu primeiro lançamento pela Debemur Morti. Quais foram os momentos mais importantes desse percurso? Um desses momentos foi a saída do Harbarth, em 2006. Nessa altura, eu já compunha praticamente toda a música. Foi o que aconteceu no split com Lost Life, que saiu nesse ano. Penso que foi a minha necessidade visceral de criar e exprimir ideias tenebrosas que me separou dele, tornando inevitável a sua saída. Quando isso aconteceu, Infestus converteu-se numa entidade mais forte, representando de modo mais evidente o ideal de negação da vida que eu e o Dagon partilhamos. Em «Chroniken des AbIebens», eu assegurei toda a parte instrumental e escrevi uma parte das letras, enquanto que ele se concentrava nos Em 5 anos, passaste de lançamentos que tu próprio financiavas vocais e na outra parte das líricas. Este foi verdadeiramente o primeiro álbum de Infestus. A capa foi feita pelo artista russo Musta Aurinko. Mas este investimento não era suficiente para mim. Estava obcecado pela ideia de exprimir as experiências mais negras da minha existência, que, mais tarde, dariam origem a «Ex|Ist», até agora o momento mais alto no meu percurso criativo. Ficaste novamente só, no ano passado. O que aconteceu desta vez? Perdi o Dagon durante o processo de criação de «Ex|Ist». Por um lado, o conceito fundador da banda tornou-se demasiado pessoal e, por outro, deixamos


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