Versus Magazine #11 Dezembro 2010

Page 7

Jorg Uken gostaria de tocar com os Nightfall, se a banda pretendesse fazer algum lançamento. Limitei-me a aproveitar uma boa oportunidade com que me deparei: contactei os dois e a resposta de ambos foi muito encorajadora. Combinámos uma reunião, para tocarmos juntos, mas, nessa altura, não tínhamos planos para fazer um novo lançamento. Contudo, acabámos por assinar um contrato com a Metal Blade e esperamos merecer a confiança que depositaram em nós.

nda] é como a bibliodigno desse nome, em ça do seu toque pesem uma história difer-

soas que tivessem a mesma sensação. No entanto, à medida que o tempo foi passando, as coisas foram-se tornando mais complicadas, inclusive devido aos aspectos comerciais do trabalho artístico da banda. Tínhamos de fazer digressões, de participar em eventos promocionais, etc. Todas estas actividades são positivas, mas, quando começam a ocupar muito tempo à banda, esta acaba por perder de vista a sua verdadeira finalidade: exprimir-se através da música. Portanto, mantive-me algum tempo liberto dessas responsabilidades, relaxei um pouco, continuei a tocar, sozinho, e decidi guardar o silêncio até ter encontrado novamente algo interessante para dizer através da minha música, à minha maneira. O que te levou a “refazer” a banda, depois da sua quase extinção? Falei com um amigo meu, Stathis, o nosso teclista, sobre canções novas em que estava a trabalhar e ele propôs-me que eu contratasse o guitarrista Evan Hensley, caso quisesse graválas. Na mesma altura, fui contactado por um outro amigo, que me comunicou que o baterista

De que modo vês o futuro da banda, com esta nova formação? Penso que vamos fazer muita coisa juntos. Temos uma boa relação e os novos elementos estão muito entusiasmados com o projecto. Este aspecto é muito importante, porque, hoje em dia, na cena, muitos querem apenas ser estrelas, preocupando-se sobretudo em promoverse pessoalmente e esquecendo o trabalho em equipa ou, pior ainda, a dimensão artística do que fazemos. A ideia de tocar seja o que for desde que agrade não me diz nada. Os Nightfall são geralmente apresentados como uma banda que faz death/gothic metal melódico. Contudo, é também conhecida pelas suas metamorfoses. Que adjectivos se aplicam melhor ao vosso perfil actual? Deixo isso ao critério dos críticos musicais. A mim parece-me que tentar descrever por palavras algo que não é feito de palavras é um erro crasso. Parece-te que os Nightfall têm algumas influências, venham elas da Grécia ou de outra cena? Penso que sim, tal como todas as outras bandas. Mas não me peças para fazer a lista das nossas influências agora. Crescer na Grécia, um país que se caracteriza por uma cultura que combina elementos ocidentais e orientais, marca a pessoa para sempre. Mas cabe a cada artista grego decidir de que modo vai contribuir para essa identidade cultural tão especial, esteja ele ou ela no metal ou não. Em textos que li, associava-se outras bandas aos Nightfall: por exemplo, Rotting Christ, Samael, Tiamat e até os portugueses Moonspell. O que pensas disto? Que são boas bandas. Alguém referiu também os Nile. Com certeza estavam a ter em conta o facto de que o nosso ex-baterista está agora com os Nile. As pessoas são livres de dizerem e compreenderem o que quiserem. A vossa banda é uma referência de peso na cena. Sentem-se assim? Serias capaz de referir outras bandas que a vossa possa ter influenciado?


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.