Di Menor - Antologia Literária

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Desesperante canção Juram defender a vida desde sua concepção, pois a vida não nascida merece toda atenção. Porém, depois de parida seu valor varia, então: se vem de mulher da vida ou se seu pai é barão, tudo isso é medida de sua valoração. Espalham canções de medo e alardeiam o terror. A grita começa cedo deixando a mente em pavor, espalhando um gosto azedo num dia desolador. Seguem neste desenredo semeando desamor: – De menor não é brinquedo! Impunes, espalham dor. Porque direitos humanos entravam em demasia o banquete dos decanos na arte da tirania. Meninos são desumanos quando a cor os denuncia. Não importa há quantos anos labutem sem garantia: processos kafkanianos são a paga de seus dias. Nosso tempo nos convida a jogar numa prisão todos aqueles que em vida Teofilo Tostes Daniel


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