Varanda Cultural - 9ª Edição

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Edição 9

Ano II

agosto/2008

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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TVE URGENTE! Entrevista com Alexandre Leboutte !

FOTONOVELA

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ping-pong Varanda- É possível viver de teatro em Porto Alegre? Heinz- É possível sobreviver de teatro em POA. Aqui é uma das capitais brasileiras mais caras pra se viver. E o teatro local tem um dos ingressos mais baratos do Brasil. Acho que pra melhorar essa situação a “classe teatral” tinha que reformular essa maneira de fazer teatro.

de um grupo atuante e importante pra construção da identidade cultural de Porto Alegre. O que nos leva a não desistir dessa luta são exemplos como o da Terreira da Tribo. Passando por vários espaços, lutando, não desistindo e acreditando sempre. Varanda - Atualmente Porto Alegre vivencia uma espécie de boom na música alternati-

Va r a n d a - O Depósito de Teatro está passando por uma fase difícil, inclusive o fechamento da sede atual. Como ficará a situação? O grupo já tem nova sede? Heinz- O Depósito de Teatro, como vários grupos em todo Brasil, passa mais uma vez por um momento muito delicado. Não temos previsão de uma nova sede, não temos apoio do governo local, não temos apoio da iniciativa privada, não temos nada. Esse é o jeito mais comum de se fazer teatro por essas bandas. O Depósito já atravessou vários governos, partidos, candidatos, pleitos, promessas, mandatos. E nada foi feito de concreto em prol

va/independente, pipocando novas gramáticas/espaços de arte. No teatro você tem visto algo semelhante? Heinz- Não. No teatro nada de novo. Nada novo criado aqui. Em algum momento, alguém me

Heinz Limaverde

disse, que essa era uma fase e que em breve o novo apareceria. Chegou a tv a cabo, a internet, a pipoca de micro ondas, o baile funk, o ano 2000. E nada de novo eu vi. Varanda- Quais são teus novos projetos? Heinz- Meus projetos possíveis são: Em cartaz com “ A megera domada” no Teatro Sesc, nos dias 09,10 e 11 de Agosto. Em cartaz com a mesma peça e mais “Sonho de uma noite de verão” no Theatro São Pedro, nos dias 21,22,23 e24 de Agosto. E a estréia de “O Gordo e o Magro vão para o céu” um texto do Paul Auster com direção do Nelson Diniz e Liane Venturella, na sala Álvaro Moreyra nos dias 14,16,17,23 e 24 de Agosto. Varanda- Espaço para dizer o que quiser. Heinz- Mais uma vez chega o período de eleições. Jingles, fotos, sorrisos, apertos de mãos e tapinhas no ombro. E proposta cultural, meu amigo? Diga-me qual é a sua proposta para área da cultura, senhor e senhora candidata? Sem cultura não vamos longe. E estamos há tempo sem sair do lugar.

Espetáculo teatral “O Gordo e o Magro vão para o céu”

Para mais quadrinhos, caracteres, e tiras do Artur o Arteiro, entre no blog do Rafael. É de lascar de tão bom !

http://www.vespo.blogspot.com/

De Paul Auster, apresenta uma releitura da obra do dramaturgo irlandês Samuel Beckett, publicada originalmente no livro “Da mão para a boca”, em 1977. Dois grandes ícones do cinema, o Gordo e o Magro, transpostos para um lugar indefinido que pode ser o céu, a terra ou os campos elísios, com uma tarefa definida: construir um muro com 18 pesadas pedras. O trabalho há ser feito é constantemente vigiado e obriga que eles sejam eficientes em suas funções, que não é mais apenas fazer rir.

Financiamento

TEMPORADA DE ESTRÉIA 14 de agosto quinta-feira 20hs, 16 de agosto sábado 20hs 17 de agosto domingo 20hs, 23 de agosto sábado 19hs e 24 de agosto domingo 20hs Na sala Álvaro Moreyra – Centro Municipal de Cultura (av. Érico Veríssimo, 307) Ingressos: R$ 20,00 Atuação - Carlos Ramiro Fensterseifer e Heinz Limaverde

Foto - F. León Kiran

Direção – Liane Venturella e Nelson Diniz

EXPEDIENTE Criação e Execução: Cristiane de Freitas e César Camargo Jornalista: Márcia Landsmann (MTB: 30514) Revisão: Fausto Bischoff Colaboradores: Fraga, Rafael Corrêa, Mariah de Oliviéri, Pedro Pastoriz, Jorge Herrmann, Santiago, Jener Gomes, Sandra Alencar e Elison Couto. Todos os artigos estão expressamente autorizados pelos autores. O jornal não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados. Infelizmente os colaboradores e colunistas não possuem vínculo empregatício. CONTATO: varandacultural@gmail.com Tiragem: 10 mil exemplares


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Fraga

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ENQUANTO ISSO, NUM PÓLO DE TURISMO SEXUAL

Fraga é escritor e cartunista. Seus textos podem ser degustados no site www.coletiva.net

Horizontes A

ndo pelas ruas de Porto Alegre há muito tempo. Minhas andanças sempre m e revelaram surpres as que m e convidaram a caminhar mais e mais. Me acostumei a dobrar esquinas e a me surpreender: um jardim bacana, alguma casa antiga, enfim, natureza e arquitetura dialogando. Por muito tempo Porto Alegre foi um mapa de tesouros infindáveis. Eu percorria espaços abertos, percebia distâncias, sentia o tamanho de meu passo. Sem pressa, fazia a minha leitura da cidade, Porto Alegre parecia conversar... Mas com o tempo, senti uma mudança esquisita. Meu passo foi ficando pesado, caminhar por Porto Alegre começou a ficar cansativo. Foi então que entendi: os horizontes de minha cidade estavam sendo cortados. A percepção das distâncias tinha ficado difícil, pois a cidade se verticalizava. Vistas antes partilhadas por todos, haviam se tornado privilégio de alguns. Me senti esbulhado. Estavam tomando meus horizontes!

Fiquei matutando a respeito do poder metafórico dessa perda. Isso acabou me mergulhando num pessimismo que não sarava. Tinha de fazer alguma coisa! Foi então que comecei a desenhar Porto Alegre. Descobri que nos desenhos havia a possibilidade de dialogar com a cidade e de entender um pouco do que afinal estava ocorrendo. Serenei quando vi neles um testemunho. Mais tarde, se já não houver vestígio do que Porto Alegre foi, esses desenhos pelo menos talvez ajudem a entender o que afinal aconteceu por aqui. Olhos atentos poderão perceber então como uma cidade foi literalmente rejeitada em nome de praticamente nada. Estimulado pelo desenho, comecei a prestar mais atenção nas mudanças. Algumas coisas eram justificáveis. Mas nunca vi justificativa na voracidade construtiva que envolveu Porto Alegre. Que justificativa poderia haver nesses prédios impressionantes erguidos da noite para o dia, mas que dilaceram a paisagem? Qual o conceito por trás do fato de que esses prédios em breve terão a seu lado outros, igualmente impressionantes, mas que não combinarão, nem entre si e muito menos com essa mesma paisagem? Onde está o conceito por trás dessas áreas densamente ocupadas por edifícios que não se coadunam, não dialogam e que literalmente sufocam a paisagem? Fico surpreso como os novos edifícios parecem disputar a atenção ao invés de juntos

Jorge Herrmann buscarem a construção de algum panorama interessante. Há aí uma metáfora tão óbvia a respeito do caminho que estamos tomando como civilização, que nem vale a pena discorrer muito a respeito. Seria enfadonho. Enquanto isso, alegres famílias habitam os outdoors da cidade, prometendo ilhas de felicidade e oferecendo um refúgio seguro dentro de luxuosas muralhas. Se no cotidiano das novas construções, os sorrisos promissores dos outdoors não se confirmarem, azar... Na verdade, há uma infelicidade insidiosa movendo-se nas intimidades da vida moderna. É uma infelicidade dissimulada, que sorri e que como nos outdoors, oferece felicidades cada vez mais fáceis... e efêmeras. Nos tornamos consumidores ao invés de cidadãos, e por caminhos tortuosos fomos nos afastando da simplicidade e de tudo o que a representa. Uma paisagem sem edificações, com suas referências naturais preservadas, tornou-se incompreensível para nós. A priori, todo espaço não urbanizado é para o senso comum, um espaço disponível. Sua completa transformação é só uma questão de tempo. Não nos interessa rever essa atitude, pois isso significaria relativizar tudo o que construímos até agora. Ao que parece, não temos estrutura para suportar um questionamento desses. Tanto pior. Faltou-nos um bocado de lentidão. Fomos rápido demais e talvez tenhamos perdido o caminho de volta. A quantidade de aparatos tecnológicos aos quais nos conectamos, nos desconectou. Saber que toda nossa tecnologia nunca nos serviu na

hora de encarar nossas mais profundas verdades, é o sinal de que chegou a hora de fazer o caminho de volta. Sem apologias ingênuas ou pieguices, é necessário ver que ainda temos diante de nós uma cidade, no verdadeiro sentido da palavra. Depois de algum tempo, não sei, talvez já não tenhamos uma palavra para designar o que Porto Alegre poderá se tornar. O que acontece é que estamos nos afastando do conceito do que vem a ser uma cidade. É uma questão de limites: onde começa a cidade? Onde a cidade não é mais cidade? Em tempo: HORIZONTE, s.m. (fig.) extensão; espaço; perspectiva;futuro. Em outras palavras, é o que se vê ao longe. E aí eu pergunto: como viver numa cidade verticalizada e nervosa, criada à imagem e semelhança de algumas pessoas? Fugir não resolveria, pois essa mesma lógica parece estar se impondo a tudo. O melhor mesmo é continuar buscando as horizontais que acalmam a paisagem, seja onde for. Sempre, até o fim. Nem que seja apenas dentro de alguns desenhos, que um dia tiveram a oportunidade de testemunhar um mundo onde o equilíbrio ainda era possível. Jorge Herrmann é artista plástico e ministra oficinas. www.jorgeherrmann.com


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RÁDIO DE PILHA

por Pedro Pastoriz

R o c h e l e

Nesta edição do jornal, o Varanda Cultural apresenta dois fotógrafos que utilizam técnicas diferentes para produção de seus trabalhos mas que em comum tem o fato de usarem Câmeras Analógicas.

Fábio Qual a formação de vocês e onde expuseram seus últimos trabalhos? Rochele Zandavalli: Comecei com fotografia no Núcleo fotográfico da Fabico, quando fiz a primeira cadeira de ‘introdução às técnicas fotográficas', o que logo me fez pedir transferência interna do curso de Publicidade pro Instituto de Artes. Sempre busquei uma linguagem artística nas minhas fotos, então pesquisei outras técnicas de ateliê como pintura manual, alto contraste, bordados e vaporização. Na fotografia é importante o instante da obtenção, mas dou valor ao tratamento que se faz na foto antes e depois. A exposição 'pequenos formatos' na galeria subterrânea foi a mais recente das que participei. Meu trabalho exposto foi ‘o Prata’, um pequeno livro de fotos, em um cenário ambientado por mim. Fábio Alt:Comecei com fotografia quando herdei uma câmera Pentax do meu pai (que posteriormente foi roubada) e fui fotografando os amigos. Fui me interessando cada vez

foto de Fábio mais, comecei a sair com a câmera na noite, nos shows de rock que já freqüentava, com a experiência fui me profissionalizando. Hoje estou com a 'Sick Artes Gráficas', que além de fotos, faz cartazes de show, camisetas, adesivos, criação gráfica de todo tipo. A gente trabalha principalmente com as bandas de rock. Quando percebi que tinha muitas fotos das bandas e dos shows registrados ao longo dos anos e que com elas guardadas numa gaveta ninguém iria poder vê-las também, resolvi começar a expô-las, surgiu aí o projeto ROCK-SE. A primeira exposição foi no Beco Cultural, durante o GIG Rock: eram fotos P&B analógicas em uma sala iluminada com luz negra e no outro ambiente, fotos digitais projetadas na parede branca. Mostrando os dois lados da minha produção fotográfica, a analógica totalmente manual e a digital virtual, onde as fotos eram projetadas e não cópias físicas. O projeto seguiu com exposições de fotos de bandas em shows de rock, em lugares como o Garagem Hermética, o Mosh e em outros lugares do estado como Caxias do Sul e Novo Hamburgo. Atualmente estou procurando financiamento para ampliar o projeto ROCK-SE ao audiovisual, registrando algumas das principais bandas da cena portoalegrense fazendo o que mais sabem: ROCK.

Quem tem influenciado seus trabalhos e que referências vocês levam desde que começaram? Rochele Zandavalli: As referências em fotografia são tantas. Além dos clássicos, que nem preciso citar, sempre admirei o trabalho da Cindy Sherman, principalmente a série Film Stills. As referências em pintura sobre fotografia vêm principalmente de artistas como o Jan Saudek, Ouka Lele, e a dupla britânica Gilbert&George. Adoro as cores do trabalho da Loretta Lux também, são fotografias de crianças em tons pastéis, lindo, não sei como ela faz aquilo. No momento, descobri as fotografias do casal R&S Parkeharrison, eles construíam cenas irreais através de fotomontagens, ele sempre posava para as fotografias, num clima onírico e solitário. É muito bonito. Fábio Alt: Eu trabalho principalmente com bandas de rock, tanto fotos de shows, quanto fotos publicitárias para capas e encartes de cd, ou divulgação. É o que eu gosto de fazer, o que eu tenho feito há anos, principalmente por que antes mesmo de ser fotógrafo eu já ouvia rock e gostava de freqüentar os shows das bandas daqui. Eu sou muito influenciado por outros fotógrafos que já faziam o mesmo antes de mim, em outros tempos e lugares. Bob Gruen é O CARA, ele registrou boa parte da cena rock’n’roll em Nova York, desde o fim dos anos 60 até hoje! O inglês David Bailey é outro grande fotógrafo de rock, Mick Rock tirou fotos clássicas de grandes artistas como Syd Barret e David Bowie. A gaúcha Fernanda Chemale fazia mais ou menos o mesmo estilo de fotos que eu faço hoje com os artistas daqui em uma geração anterior. Outros caras tem feito um belo trabalho hoje em dia, como o Giovani Paim e o Tatu, mas acho q trabalham somente com a fotografa digital... Também gosto muito de outros tipos de fotografia, principalmente as em preto e branco, levo como influência (eu e todos outros fotógrafos) o francês Henry CartierBresson, o americano Man Ray, gosto muito da fotografia surreal de Philippe Halsman, influenciado por Salvador Dali. Acho realmente diferenciado o trabalho que a Rochele tem feito com fotografia e também outras esferas da arte, é alguém que realmente comprova na prática a superioridade artística da imagem analógica, com tratamento manual em relação aos tão mais práticos métodos digitais.

Em um tempo que a indústria tem feito de tudo para diminuir trabalho e tamanho, porque vocês insistem em fotografias com máquinas analógicas? Rochele Zandavalli: A fotografia analógica era a única que existia, então não se tratava de uma opção. Hoje, como você coloca, a maior parte dos fotógrafos partiu pro suporte digital e fazer fotografia analógica é mesmo insistir neste processo. Usar material analógico nos dias de hoje altera o conceito

Fábio Alt: Eu me interesso por fotografia em todos os aspectos, desde a parte química até questões teóricas de subjetividade do fotógrafo como artista, do fotojornalismo até a questão mecânica de uma câmera fotográfica. Quando eu comecei a fotografar e me interessar por isso, câmeras digitais eram muito caras e ainda eram muito ruins em relação às de hoje. Além da máquina fotográfica eu comprei um ampliador e montei um pequeno laboratório de revelação fotográfica nos fundos de casa, onde revelo meus filmes e amplio minhas fotos. É realmente muito gratificante ser responsável por todas as etapas do trabalho e culminar com aquela imagem surgindo na frente de seus olhos em uma sala com somente luz vermelha. Sabe, beira o romântico, é quase mágico. Sempre gostei das coisas antigas, acho que tem mais qualidade, coleciono discos de vinil, sou fissurado por fotos em Preto & Branco. As coisas feitas analogica-

foto de Rochele do trabalho, não é apenas uma questão de técnica. Minhas referências, meu modo de trabalhar, as técnicas que aplico sobre as cópias e até mesmo a temática do meu trabalho tem relação com a história da imagem analógica. Então meu

foto de Rochele trabalho só poderia ser feito deste modo.Ter acesso ao laboratório fotográfico foi fundamental também, pra eu seguir nesta direção. Apesar desta escolha não sou purista, também fotografo com digital, é uma tecnologia incrível e indispensável, agiliza o processo e reduz custos.

mente costumam ser sempre melhores do que as digitais: uma bateria eletrônica pode simular uma de verdade, mas nunca vai ser realmente uma. Uma fotografia digital simula, mas não é como uma fotografia de verdade, não alcança os mesmos contrastes, as mesmas cores, a mesma naturalidade e profundidade, além do quê perde boa parte da magia, da parte lúdica de captar, revelar e ampliar imagens. Recentemente a Kodak fechou as fábricas no Brasil e parou de fabricar e comercializar papéis fotográficos e químicos de revelação, o que encareceu bastante o valor deles no mercado. Todo o mercado da fotografia está se voltando para o digital, os pequenos laboratórios de revelação expressa estão fadados, a fotografia analógica está se tornando exclusivamente artística, não só pelo preço muito mais acessível, pois não envolve filme e nem reagentes à base de prata, mas também pela praticidade, uma fotografia digital pode ser captada, vista na hora, enviada pela Internet e estar, do outro lado do mundo, em instantes. Atualmente eu uso, pra trabalho, mais a minha câmera digital, pois não tem mais como fugir disso, quando se pretende estar no mercado, devemos nos adaptar a ele. Mas sempre que possível gosto de comprar um filme Preto & Branco, revelar, ampliar os negativos e assistir ao milagre do surgimento de uma fotografia.


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Jazz na usina

AUXESE Nadir Silveira Dias

É assim que te sinto em mim Vens quando bem queres Vais quando bem entendes E eu a esperar, a ficar Esperando passar as horas Para de novo te ver Quando vieres ou Quando voltares, sei lá! Injetas em mim o dom Do “te quero mais e mais” Sem quaisquer ais ou mais E eu espero, Auxese Esse momento único Que eu nunca sei quando Vai acontecer...

Ou em todas separadas Sendo uma Ou juntas e separadas Em uma só e única Musa! Tuas vestes fazem teste Com o meu ver Como a tecer fios De alambrado que percorrem As coxilhas, planícies e regatos Do teu corpo de esplendor! Auxese, é uma pena, mas és apenas Só hipérbole, somente exageração!

Nadir é escritor e poeta nadirsdias@yahoo.com.br

És por assim dizer O que anseio por inteira Totalmente O tempo todo Em uma somente

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O quê: Lançamento virtual do CD “Caminhante do Céu Vermelho” Quando? 5 de agosto de 2008 – terça feira às 15h e 30min no site www.marcusbonilla.com.br

Onde: Livraria Palavraria, Av. Vasco da Gama ,185. Porto Alegre, RS, às 16 hrs. Coffe Break para quem quiser ver o site, compartilhar com o compositor e assistir a um pocket show. Dia 9 de agosto – sábado as 18h Ecarta – Show de Marcus Bonilla com Pedro Huff no projeto Ímpares (Av. João Pessoa, 943) Quanto: Ambos Gratuitos. foto:Luciana Lee

Aulas de Contato Improvisação + JAM com Fernanda Carvalho Leite Todas as terças na Sala 209 da Usina do Gasômetro Aula às 18:30

No dia 10 de agosto (domingo) o público que gosta de jazz vai poder conferir a produção musical do Sexteto Blazz na sala 505, na Usina do Gasômetro, com apresentação às 17h e ingressos a R$ 10,00. Além de músicas próprias o grupo faz releituras de grandes obras de jazzistas consagrados mundialmente, como Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Milles Davis, John Coltrane, Thelonious Monk, Hermeto Pascoal, Tom Jobim, entre outros. O quê: Jazz na Usina Quando: 10 de agosto (domingo) Onde: Sala 505, na Usina do Gasômetro (Av. Presidente João Goulart, 551) Horário: 17h

CD Caminhante do Ceu Vermelho Marcus Bonilla Em “Caminhante do Céu Vermelho” o compositor Marcus Bonilla, inspirado no universo que nos cerca, apresenta 12 temas instrumentais de sua autoria. Sempre em busca da simplicidade, as obras traduzem a trajetória pessoal do músico. Tratase de um trabalho místico, num estilo próprio, mesclando influências da música clássica, new age, popular e do repertório violonístico. O que difere aqui, em relação ao seu primeiro trabalho, o CD “Dedilhando o Brasil”, é o uso de arranjos para violão com outros instrumentos, como a viola caipira, violoncelo, flauta, contrabaixo, vocais, samplers e percussões. Participam deste trabalho Pedro Huff no violoncelo e na parceria da música “Lilith”, Vinícius Prates na Flauta transversa, Alexandre Vieira no contrabaixo e guitarra e Karine Cunha no vocal e parceria da música “Xena”. O que impulsionou o processo composicional dos temas desse disco, foi a inquietude estética do autor, que já não via sentido na reinterpretação de obras já consagradas e conhecidas. Preferiu investir no trabalho de manipulação e arranjo de breves fragmentos instrumentais, resultando numa sonoridade única e instigante. A grande inovação deste CD, está no seu lançamento e na sua distribuição virtual. Ele pode ser ouvido no site www.marcusbonilla.com.br em “Stream” gratuitamente ou, quem quiser adquiri-lo, poderá baixar em mp3 mediante uma livre doação ao autor.

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Porto Alegre será o palco da estréia, no dia 8 de agosto a partir das 21h, do épico Mahabharata, pelo Grupo Om, que se dedica à pesquisa das artes indianas. Com um elenco de 15 artistas, o espetáculo vai ocupar em uma performance multimídia todo o saguão térreo da Usina do Gasômetro, em um mix de linguagens que inclui teatro, dança, artes marciais e música ao vivo. O Mahabharata é a obra fundamental da Índia, base de sua filosofia, sociedade, política e religião. Essa adaptação de um dos textos mais reverenciados da humanidade, composto de diversas histórias que remontam a 5 mil anos a.C. contadas em um poema maior do que a Ilíada e a Odisséia juntos, recebe através do Grupo Om sua primeira versão em português. Para contá-lo, o grupo, que tem sede no Mantra Gastronomia e Arte, espaço de cultura indiana de Porto Alegre, valeu-se da experiência de artistas e estudiosos da cultura indiana brasileiros e daquele país, de forma aproximar-se da intrincada linguagem do conceito de “teatro total” da Índia, que inclui todas as formas de arte sem fazer distinção entre elas. No elenco, nomes como Zé da Terreira, Marica Erig e Dedy Ricardo atuam junto a artistas de longa atuação e pesquisa da cultura indiana como a bailarina Kirtida Devi Dasi e o músico Ekanatha Dasa, entre outros. A direção é da atriz Clara Clarice, que adota o nome Kali entre os adeptos da filosofia indiana e as coreografias de Kirtida Devi Dasi e Manuela Benini, gaúcha que vive há 14 anos entre a Inglaterra e a Índia e atua nos mais importantes grupos de dança clássica indiana daqueles países. A trilha sonora gravada é do ex-monge Maharaja, com execução ao vivo de instrumentos como tablas, mridanga e violino. A temporada do Mahabharata acontece de 8 a 31 de agosto, de sextas a domingos, sempre às 21h, com ingressos a preços populares de R$ 5,00 , no intuito de facilitar o acesso a essa obra de interesse fundamental para a humanidade. Maiores informações pelo blog www.grupoom.blogspot.com ou pelo fone (51) 84081419 . Porto Alegre, 25 de julho de 2008

R$ 15,00 a aula Contato Improvisação é uma forma de dança baseada nas leis físicas do movimento. Duas ou mais pessoas se movem juntas compartilhando um específico ponto de contato, trocando peso e suporte. Em um contínuo processo de ceder e resistir se constrói uma linguagem intuitiva e espontânea. A partir das sensações de peso e toque os participantes terão a oportunidade de relacionar-se de uma maneira nova com seu próprio corpo e o corpo dos outros. Rolar, cair, sustentar e levantar serão explorados de maneira individual e em duos. Esta prática oferecerá uma experiência de fluidez, segurança e surpresa em comunicação com a gravidade e o corpo dos outro como suporte. Compareça !

OFICINA GRATUITA DE MUSICALIZAÇÃO VAGAS LIMITADAS A OFICINA DE MUSICALIZAÇÃO "A INVENÇÃO DE ORPHEU" é mais um serviço social e educacional que a Coordenação de Música da Secretaria Municipal da Cultura oferece à comunidade jovem, com a finalidade de despertar talentos e descobrir vocações que levem a uma possível futura profissionalização. Direcionada a jovens estudantes que estejam cursando o Ensino Médio, o objetivo da oficina é proporcionar conhecimento básico de vivências musicais práticas, como iniciação da formação musical, aulas de técnica vocal, canto, teoria musical e solfejo. As aulas serão ministradas pelos professores Angelin Loro e Bernardo Varriale. O quê: oficina de Musicalização "A Invenção de Orpheu" Local: Cia de Arte (Andradas, 1780 – Centro). Horários: segundas-feiras das 14h às 15h30 e quintas-feiras das 10h às 11h30. Vagas limitadas: 30 alunos por turno. Ministrantes: professores Angelin Loro e Bernardo Varriale Inscrições: Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, s/nº, bairro Bom Fim) das 09h às 12h e das 14h às 18h. Requisitos: atestado de matrícula no Ensino Médio, endereço e telefone. Maiores informações: (51) 3311.6942 Quanto: gratuita

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TVE Esta entrevista com o Alexandre Leboutte é crucial para começar a compreender o que está acontecendo com nossa tão querida emissora. Alexandre é jornalista, representante dos funcionários da TVE e da FM Cultura no Conselho Deliberativo da Fundação Piratini. Mais tarimbado impossível. Varanda - Já se passaram bons meses com relação ao projeto de terceirizar a TVE, passando a sua administração para OSCIPs. Que idéia é essa, qual sua finalidade? Como está a situação atualmente?

Em entrevista ao programa Cidadania, da TVE, o procurador-geral do Ministério Público Especial do Tribunal de Contas, Geraldo Da Camino, afirma que “toda terceirização no serviço público é a busca pela fuga do controle”. Da Camino está falando do controle sobre o uso dos recursos públicos. Lembremos o caso Detran. Pois as OSCIPs vão usar recursos do Tesouro do Estado sem que haja necessidade de licitação nem pregão eletrônico ou presencial para aquisição de bens e serviços de terceiros. É uma avenida larga e asfaltada para a passagem da corrupção.

Alexandre- No Brasil, as OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) surgem pela lei 9790/99, no governo Fernando Henrique. Dão seqüência ao Plano Diretor de Reforma do Estado, de cunho neoliberal, sob responsabilidade do então ministro Bresser Pereira, do Ministério de Administração e Reforma do Estado (já extinto). Após as privatizações, com venda de patrimônio, esta lei federal criava a figura do Termo de Parceria para que o terceiro setor executasse políticas de Estado onde este não conseguiria Em Minas, os recursos do chegar. Porém, a lei é reorientada em Tesouro mineiro repassados para a TV alguns Estados como Minas Gerais e São Minas subiram 343,6% (veja Tabela 2) Paulo para a substituição de serviços já executados pelo Estado, como a TV Minas. Não haverá concurso público para o quadro de

trabalhadores das OSCIPs. No Rio Grande do Sul, Isso vai na contramão do a idéia de OSCIP é discurso de propagandeada em 2007 por um profissionalização do Estado. dos novos ideólogos do PSDB gaúcho, o atual secretário de Justiça Fernando Schüller, através do projeto de lei 399/07, que, de início, sequer propunha seleção pública para essas entidades privadas assumirem a administração das empresas públicas: bastaria um canetaço da governadora e estaria escolhida a entidade privada que passaria após ser assumida por uma OSCIP. Uma a prestar os serviços antes do Estado. pergunta parece óbvia: por que ceder o patrimônio público para entidades Aprovado o projeto por 37 votos privadas e só então aumentar a 17 (veja Tabela 1, com o voto de cada exponencialmente o repasse de recursos deputado), a governadora Yeda Crusius públicos? Depois do ex-chefe da Casa sanciona a lei 12901/08 no dia 11 de Civil do Rio Grande do Sul dizer que as janeiro deste ano (pode ser lida no sistema campanhas são sustentadas por grandes legis, no site da Assembléia Legislativa: empresas públicas. Se já fazem isso em www.al.rs.gov.br). A lei é regulamentada empresas que necessariamente devem pelo decreto 45541/08 em 14 de março. A passar por processos licitatórios. oposição havia proposto emenda ao PL Imaginem como ficará quando 399/07, na tentativa de excluir que entregarem para seus amiguinhos. fundações e autarquias do Estado pudessem ser administradas por OSCIPs, É bom lembrar que também não mas uma manobra dos deputados haverá concurso público para o quadro de governistas impediu a votação desta trabalhadores das OSCIPs. Isso vai na emenda, entre outras que buscavam mais contramão do discurso de transparência e rigor no controle dos profissionalização do Estado. É na gastos públicos. verdade, uma nova onda de privatização

Alexandre- Como já falei, o sucateamento é lento e gradual, tanto no dos serviços públicos. Mas esse processo que tange a recursos humanos, quanto na de oscipização, a meu ver, é lento e estrutura técnica. A TVE já teve 45 gradual, tal qual a ferrugem que corrói um material bruto como o ferro: vai deteriorando a estrutura A rádio FM Cultura opera molecular aos poucos. Chega um com metade de sua potência momento que só resta trocar por com um transmissor reserva, pois o principal estragou. uma nova estrutura. Assim estão Corre o risco de sair do ar a fazendo com a TVE e a FM qualquer momento. Cultura, deixando-as corroeremse lentamente, ante todos os esforços de seu quadro de trabalhadores, que fazem o impossível para oferecer uma programação qualificada. Triste, também, é ver que muitos colegas não agüentaram o desprestígio, a falta de valorização profissional, a falta de reposição salarial, a inviabilização das rotinas mínimas de trabalho, e pediram demissão para trabalhar em outros lugares. Dos que entraram no último concurso em 2002, quase metade não está mais na Fundação. Varanda- A idéia de vincular a TVE à Secretaria-Geral de Governo voltou à baila no discurso do deputado Márcio Biolchi (PMDB), na tribuna da Assembléia, algumas semanas atrás. Essas movimentações continuam? Qual a finalidade dessa idéia? Alexandre- Não estou informado a respeito disso. Mas, se acontecer, será um retrocesso. A Secretaria-Geral de Governo faz a comunicação institucional do governo. Caso viéssemos a fazer isso, estaríamos contrariando o Estatuto da Fundação Piratini, que em um dos seus artigos diz que a TVE e a FM Cultura devem preservar a independência diante do governo. Neste caso, uma Ação Civil Pública poderia evitar esta tentativa de promiscuidade. Varanda- Tanto na mídia quanto nos meios alternativos, não temos informações atuais sobre o que está ocorrendo pelos corredores da TVE. Como está ocorrendo o sucateamento?

retransmissoras em todo Estado, sendo a segunda maior rede em cobertura. Hoje temos apenas 10 e funcionando de forma precária. A rádio FM Cultura opera com metade de sua potência com um transmissor reserva, pois o principal estragou. Corre o risco de sair do ar a qualquer momento. É uma barbaridade o que Yeda Crusis está fazendo com a TVE e a FM Cultura. Varanda- A idéia de veicular a TVE à TV Brasil encontra empecilhos de que natureza? Alexandre- O que ouvimos, “em off”, dos que circulam na periferia do governo Yeda é que ela “não vai ajudar a TV do Lula”. É o que dizem. Enquanto isso, a grade de programação da TVE está cada vez mais paulista. Levantamento realizado no período de 7 a 13 de abril deste ano pela Comissão de Programação do Conselho Deliberativo da Fundação Piratini apurou que a programação da TVE está distribuída da seguinte forma: a) 64,09% são de retransmissão de programas da TV Cultura de São Paulo; b) 21,62% são de produção própria inédita; c) 14,29% são de produção própria reprises e/ou horários alternativos. Se tivéssemos a mesma visão pequena, poderíamos dizer que a TVE não deveria ajudar tanto a TV do Serra. Mas sabemos que a TV e a rádio públicas estão muito além dos governantes da hora.


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Varanda- O que nós podemos fazer para que esse desmonte não ocorra? Alexandre- Neste momento, o Conselho Deliberativo da Fundação Piratini está trabalhando na organização de uma proposta do que vem sendo chamado de Sistema Estadual de Comunicação Pública (SECP). idealizando a Fundação Piratini como Operadora de Rede, em um sistema de compartilhamento de sua estrutura de transmissão e retransmissão com as demais emissoras do campo público: TV Assembléia, TV Câmara e, até mesmo, abrindo a possibilidade para a Prefeitura de Porto Alegre também prestar esse serviço aos cidadãos, que passarão a ter acesso à programação das emissoras em canal aberto. Com o compartilhamento da estrutura física, os recursos públicos seriam otimizados. A

idéia já foi apresentada por James Görgen, vice-presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Piratini, em audiências

(...) a governadora não se dispôs a receber os representantes do Conselho, apesar de reiterados pedidos de audiência.

públicas na Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa do RS

e na Comissão de Educação e Cultura da Câmara Municipal de Porto Alegre, além de ter sido objeto de reunião com o secretário municipal de Gestão, Clóvis Magalhães e com o presidente da Câmara Municipal, Sebastião Mello. O SECP poderá ser viabilizado nos próximos meses, a partir da migração da tecnologia de transmissão analógica para a digital. O sinal da TVE, que hoje suporta carregar apenas uma programação, poderá, com a digitalização, carregar quatro ou mais programações ao mesmo tempo, sem que haja interferência entre elas. Isso será possível devido à capacidade de compactação da nova tecnologia. Dessa forma, a estrutura

de transmissão da TVE poderá ser compartilhada com a TV Assembléia, TV Câmara, TV Prefeitura, entre outras, havendo ainda a possibilidade da oferta de serviços de governo eletrônico. A proposta, ainda em fase embrionária, deverá se estender aos outros municípios do estado. Claro, desde que o Poder Executivo queira ouvi-la, pois a governadora não se dispôs a receber os representantes do Conselho, apesar de reiterados pedidos de audiência. Varanda- Existe algum site, blog na internet de onde possamos buscar informações? Alexandre- Sim, o endereço eletrônico é

http://forumtve.blogspot.com

Abaixo, a Tabela 1, com o resultado da votação do PL das OSCIPs; e Tabela 2, com a destinação de recursos públicos para a OSCIP mineira que assumiu a TV Minas. (Tabelas enviadas pelo entrevistado) Tabela 1 – Resultado da votação do PL 399/07, o PL das OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), que abre a possibilidade de entrega de empresas púbicas para serem assumidas por entidades privadas. Tabela por ordem de bancada: da maior para a menor.

PARTIDO PT PT PT PT PT PT PT PT PT PT

PTB PTB PTB PTB PTB

PSDB PSDB * PSDB PSDB PSDB

PP PP PP PP PP * PP PP PP

DEPUTADO (A) Adão Villaverde Daniel Bordignon Dionilso Marcon Elvino Bohn Gass Fabiano Pereira Ivar Pavan Marisa Formolo Raul Pont Ronaldo Zülke Stela Farias

VOTO CONTRA CONTRA CONTRA CONTRA CONTRA CONTRA CONTRA CONTRA CONTRA CONTRA

Abílio dos Santos Aloísio Classmann Cassiá Carpes Iradir Pietroski Kelly Moraes

A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR

Adilson Troca Nelson Marchezan Jr. * Paulo Brum Pedro Pereira Zilá Breitenbach

A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR

Adolfo Brito Francisco Appio Jerônimo Goergen João Fischer Mano Changes * Marco Peixoto Pedro Westphalen Silvana Covatti

PMDB PMDB PMDB PMDB PMDB PMDB PMDB PMDB PMDB

PDT PDT PDT PDT PDT PDT PDT

Alberto Oliveira Alceu Moreira Alexandre Postal Álvaro Boessio Edson Brum Gilberto Capoani Márcio Biolchi Nelson Härter Sandro Boka

Adroaldo Loureiro Gerson Burmann Gilmar Sossella Giovani Cherini Kalil Sehbe Paulo Azeredo Rossano Gonçalves

A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR CONTRA A FAVOR

A FAVOR CONTRA CONTRA A FAVOR A FAVOR CONTRA CONTRA

PPS * Berfran Rosado * A FAVOR PPS Carlos Gomes A FAVOR PPS Luciano Azevedo A FAVOR PPS Paulo Odone A FAVOR DEM José Sperotto A FAVOR DEM Marquinho Lang A FAVOR DEM Paulo Borges A FAVOR PSB Heitor Schuch CONTRA PSB Miki Breier CONTRA PC do B Raul Carrion CONTRA Resultado: Aprovado – 37 votos A Favor e 17 Contra – Total: 54 votos

A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR

Tabela 2 – *O Termo de Parceria foi assinado em dezembro de 2005 entre a Fundação TV Minas Cultural e Educativa e a ADTV (Associação de Desenvolvimento da Radiodifusão de Minas Gerais), OSCIP que assumiu a emissora. Já em dezembro, o Tesouro do Estado de Minas Gerais repassou R$ 2.700.000,00 (2,7milhões de reais) para a ADTV. O primeiro Termo de Parceria previa repasses até 31/12/07 no valor total de R$ 17.245.199,85. No entanto, foram assinados Termos Aditivos acrescentando R$ 6.247.508,74, elevando o total repassado para R$ 23.492.708,59. Para comparação, selecionamos o período que vai do primeiro repasse (dezembro de 2005) a dezembro de 2006.

O R Ç AM E N TO AN O 2005 R e c u rs os D i r et a m e n te A r r ec a d a d o s R e c u rs os d o T es o u r o d o E s ta d o O r ç a m e n to T o t al

TE RM O D E P A R C E R IA *

R $ 4 . 2 7 5 . 69 8 , 0 0

R $ 4 . 3 4 5 . 4 3 2, 68

R $ 2 . 8 4 1 . 92 1 , 0 0

R $ 7 . 1 1 7 . 61 9 , 0 0

R E C U R S O S / V A R IA Ç Ã O A N T E S E D E P O IS D A O S C IP R $ 6 9 . 7 3 4 , 68

A u m e n to d e 0 ,1 6 %

R$ 1 2 . 60 6 . 9 8 2 , 4 0

R $ 9 . 7 6 5 . 06 1 , 4 0

A um e nto de 3 4 3 ,6 %

R$ 1 6 . 95 2 . 4 1 5 , 0 8

R $ 9 . 8 3 4 . 79 6 , 0 8

A um e nto de 13 8 , 1 7 %


Varanda Cultural

8

Núcleo Magdala – Pesquisa em Performance apresenta: Buarqueanas

A ‘COMÉDIA DOS ERROS’ RETORNA ! foto:Vilmar Carvalho

As atrizes Márcia Kopczynski e Patrícia Unyl, criadoras do Núcleo Magdala, são as responsáveis pela pesquisa e concepção do espetáculo Buarqueanas que estréia dia 15 de agosto no Teatro de Câmara, em Porto Alegre. Para realizar a montagem inspirada em Chico Buarque de Holanda, Márcia e Patrícia, estabeleceram parceria com artistas

SERVIÇO: Teatro de Câmara Túlio Piva (Rua da República, 575) 15 de agosto a 07 de setembro Sextas e sábados – 21h //Domingos- 20h Estréia: Entrada Franca com entrega de senhas 01 hora antes

foto:Luciana Mena Barreto

de diversas áreas, conferindo à encenação uma abordagem cênica, musical e plástica sobre as Múltiplas Visões do Feminino, presentes na obra do autor, sem esquecer o aspecto masculino, igualmente marcante. O espetáculo promove o encontro hipotético de algumas figuras buarqueanas através da desconstrução da obra dramática e musical de Chico Buarque. Buarqueanas tem direção cênica de Arlete Cunha, direção musical e trilha sonora de Mateus Mapa e Leonardo Boff, orientação dramatúrgica de Diones Camargo e produção

subversiva – que a idéia do auto-conhecimento é uma falácia no ser humano: sempre existem aberturas pelas quais os sentimentos e paixões transbordam.

de Inês Hübner. No elenco, além das atrizes criadoras Márcia Kopczynski e Patrícia Unyl, (que também assinam a direção artística), estão: Clarice Nejar, Cristiane Bilhalva, Ekin e Juliano Barros. A trilha sonora valoriza ritmos característicos da identidade brasileira, sendo executada ao vivo pelos músicos Mateus Mapa, Nicola Spolidoro e Ed Lanes, (que também faz participação como ator). Buarqueanas tem o financiamento do FUMPROARTE.

Ingresso/Temporada: R$ 15,00 – descontos de 50% para idosos, estudantes e classe artística. Contato: Divulgação – 8521 5340 sandrasemente@yahoo.com.br Produção: 9866 8571 / 3061 9053 ineshub@terra.com.br Patrícia Unyl - 8476 1071 / 3737 46 78 patrícia.unyl@gmail.com

PROJETO USINA DAS ARTES apresenta APARECEU A MARGARIDA de Roberto Athayde com RENATO DEL CAMPÃO JAIRO KLEIN direção de EDUARDO KRAEMER estréia dia 08 de agosto, sexta-feira, às 20h no Centro Cultural Usina do Gasômetro, sala 302 (Av. Presidente João Goulart, 551) temporada de 09 de agosto a 14 de setembro sábados e domingos, sempre às 19h ingressos: R$10,00 (público em geral) R$5,00 (estudantes, classe artística e idosos) informações: (51) 3221.2843 / (51) 9982.9283 / 9656.8341 edu.kraemer@gmail.com

Devido a boa acolhida do público, que tem lotado as sessões no Studio Stravaganza (Rua Olinto de Oliveira, 68), a produção de “A COMÉDIA DOS ERROS”, obra de William Shakespeare com tradução de Bárbara Heliodora, informa que estenderá sua temporada até o dia 1° de setembro, sempre aos sábados, domingos e segundas-feiras, às 20h30min. A crise de identidade sob a ótica cômica é o tema central do espetáculo, que se desenvolve em torno de dois pares de gêmeos idênticos – os dois Antífolos e seus dois criados Drômios – que foram separados na infância durante um naufrágio e levados a cidades diferentes, cada patrão com seu servidor. Até o reencontro dos irmãos, já adultos, os personagens vivem uma série de mal-entendidos, em uma trama caprichosa e divertida, à qual se articula um eficiente jogo dramático em torno dos conceitos de aparência e realidade. Em “A COMÉDIA DOS ERROS”, Shakespeare manifesta – de maneira lúdica e

As Viniciadas Um Sarau Pornô in Process com poemas de Paula Taitelbaum. O espetáculo apresentado pelo Grupo dos Cinco, em todas as quartas de agosto, reúne trechos das obras Ménage à Trois e Pornô Pop Pocket entremeados com fragmentos de outros autores num jogo cênico e musical com muito humor. Com direção de Elison Couto, estão em cena: André Oliveira, Ismael Hanel, Sandra Alencar e Simone Telecchi. Serviço: As Viniciadas – Sarau Pornô in Process Espaço OX – bar Ocidente (João Telles, esquina Osvaldo) Todas as quartas de agosto -Dias 06, 13, 20 e 27 às 22h

Ao transpor para a cena esta popular obra de Shakespeare, a diretora Adriane Mottola convida o público a ser simultaneamente espectador e cliente, pois a ação tem como ambiente principal um mercado público e, em suas bancas, as mercadorias estão realmente à venda. Concebido pelo artista plástico Elcio Rossini, o cenário remete ainda a outros espaços como o interior da casa de Antífolo de Éfeso, o bordel, o convento e o palácio do Duque. Já o figurino estilizado de Coca Serpa é atemporal, numa mistura de estilos e cores. Cabelos e maquiagem de Elison Couto by Thippos Hair. Completam a ficha técnica, a iluminação de Fernando Ochôa, trilha sonora original de Mônica Tomasi, preparação corporal de Jezebel di Carli e preparação vocal de Gisela Habeyche. A programação visual é de Rodrigo Mello. “A COMÉDIA DOS ERROS” tem em seu elenco Adelino Costa, Anita Coronel, Carlos Alexandre, Fernando Kike Barbosa, Gustavo Curti, Janaina Pelizzon, Lauro Ramalho, Rodrigo Mello e Sofia Salvatori. Financiamento: Fumproarte/SMC – Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Apoio especial: SESC – RS.

Ingresso: R$ 10,00 c/ uma cerveja Desaconselhável para puritanos e menores de 18 anos! Contatos: Elison Couto – 9113 1409 Sandra Alencar – 85 21 53 40

foto:Beh Valério

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Varanda Cultural

Toda cidade possui seus arrogantes...

Mas hoje falaremos de um tipo comum no meio artístico....

Um empresário petulante...

9

EGOJILDO Direção: César Camargo e Cristiane de Freitas Fotografia: Jener Gomes Elenco: Elison Couto - Sandra Alencar - Cristiane de Freitas - César Camargo

Uma advogada soberba...

Uma emergente que ‘se acha’...

Egojildo Pugina é um arrogante típico... Desfila impassível sobre a massa...

Você sabe com quem está falando?

Baita mala...

Só pensa em si...

Porque eu e o Nanini somos muito íntimos...

Dá a rosquinha pro Nanini..

...mas fomos amigos de infância!

Egojildo santifica pessoas que ele julga superiores...

Dia desses Egojildo recebeu um convite... “Compareça na rua Quiprocó da mãe pelada...

O local era um terreno baldio...

...e é soberbo com pessoas que ele julga inferiores...

Orgulhoso, escreve seu texto de agradecimento! ...para receber uma homenagem em seu nooome!”

Será que não é no Teatro do Sesi então?

Só porque fez uma oficina com o Marco Nanini...

Porque eu e o Nanini...

Quando... Egojildo Puggina?

Sim baby?


Varanda Cultural

10

Ele vai ver o que é bom prá tosse !

?

Glarhh!

Não te aguentamos mais Egojildo !

Onde estou?

Quem são vocês?

Quem faz as perguntas sou eu!

Fala anta!

Sabe quem é esse aqui?

Paulo Maluf?

! plaft

E assim fizeram uma lavagem cerebral... EU AMAAVA UM PESCADOOR...

É o Dalai Lama, seu arrogante !

Quem é esse aqui?

! plaft

Já me fiz a guerra por não saber ...

Amooor.. Fala mula !

Papai Noel?

É o Osho seu metido !


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Varanda Cultural

Obrigado a decorar o Alan Kardec e o Edgar Morin no original...

Por onde for...

Quem é essa aqui?

?

Quero ser seu paar !!

Pede prá sair !

Ela não é humilde e fez filme erótico !

E daí? Eu amo ela...

Essa é a Xôxa !

Pede prá sair !

Ela é a minha rainha!

Falei com São Francisco e ele disse:

PAREM !

"Enche-se de felicidade aquele que vê, sem inveja, a felicidade dos outros".

...defensor das orcas, Egojildo é outra pessoa !

Só pensa nos outros...

Papinho hiponga...

Dá a FIM rosquinha prá orca então!

E assim, Egojildo se transformou! Ativista dos Direitos Humanos...

Ele entendeu !

E agora só faz trabalhos humildes...

Fáábrica de calcinhas !

CURSOS NO TEATRO NILTON FILHO DESDE 1990

Porque a gente tem que pensar nas orcas, blá blá...

INICIANTES Com Hyro Mattos Faixa etária: 13 a 18 anos TEATRO PARA ADULTOS

18 Anos de Realizações Rua Grão Pará, 179 - Menino Deus Fones: 3233 0449 ou 3028 3663

FIM

DESINIBIÇÃO Com Nilton Filho e Hyro Mattos Faixa etária: acima de 19 anos

TEATRO PARA CRIANÇAS

INTERPRETAÇÃO

Com Su Ribeiro- Faixa etária: 6 a 12 anos

Com Nilton Filho e Hyro Mattos

TEATRO PARA ADOLESCENTES

Faixa etária: acima de 19 anos

AVANÇADO

MATCH IMPROVISATION

Com Hyro Mattos

Com Nilton Filho e Hyro Mattos

Faixa etária: 13 a 18 anos

Atores com experiência.


Varanda Cultural

Clara Pechansky por Mariah de Oliviéri

Clara é natural de Pelotas e se considera uma artista plástica full time. Sua existência gira em torno da arte, transitando por esse complexo e sensível universo há meio século. É bacharel em pintura, desenhista, gravadora, foi ilustradora de jornais e criou capas de livros para a Editora Globo. A maior parte de suas criações foi concebida sobre papel, seguindo uma vocação que se revelou ainda na infância. Como produtora cultural, foi a idealizadora do Intercâmbio Internacional de Miniarte, que já está em sua 7ª edição.

Seu desenvolvimento no mundo das artes tem por característica uma constante atualização, e suas obras estão expostas em diversos países. Podem ser apreciadas em vários segmentos artísticos, em exposições em galerias e museus, ilustração e capas de livros, ou em gravuras por encomenda, onde utiliza técnicas diversas (pintura, desenho, litografia, serigrafia, metal).

singularidade e a busca por um estilo próprio de cada um de seus alunos. Em sua residência, possui um atelier particular que utiliza para suas criações. Site para contato: www.pechansky.com.br

Desde 2001 mantém um atelier no bairro Bom Fim, onde ministra aulas de desenho, pintura e modelo vivo. Nos cursos, estimula a expressão da

Desenho n° XXXIII - Mulher assistindo tv n° 3 (Exposição " Woman Made Gallery " , Chicago, 1998) - técnicas combinadas s/ papel, 1997. 23 x 32 cm.

MÚSICA PARA DANIELA. 70X90cm. 2004.

Desenho n° XLV - Dois casais dançando técnicas combinadas s/ papel, 1997. 23 x 32 cm.

Desenho n° XXXIX - A banda - técnicas combinadas s/ papel, 1997. 23 x 32 cm

Flautista na Poltrona, água-forte, 1995


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