Familia Real

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Família Real D. MARIA I

CARLOTA JOAQUINA

MARIA LEOPOLDINA D. PEDRO II

D. PEDRO I


D. Maria I

Dona Maria I e Dom Pedro III

(1734-1816) Nasce em Lisboa, filha primogênita do rei d. José I e de sua mulher, d. Mariana Vitória de Áustria. É a primeira mulher a reinar em Portugal, subindo ao trono em 13 de maio de 1777. Em 1760 casara-se com o tio, o príncipe d. Pedro, filho de d. João V. Após ser aclamada rainha, o rei consorte passa a assinar d. Pedro III. O reinado de d. Maria I – dita “a louca” no Brasil e “a piedosa” em Portugal – fica conhecido como o período da “Viradeira”, por sua tentativa de reverter a política e a administração anteriores, dominadas pelo marquês de Pombal, o qual é demitido assim que a nova soberana assume o poder. Muito devota e pouco familiarizada com os assuntos públicos, seu programa de governo consiste em “reparar as ofensas a Deus, moralizar a política e exercer um governo tão suave como progressivo”. Um de seus primeiros atos é a abertura imediata das prisões, libertando grande número de perseguidos políticos da era pombalina. No campo econômico, d. Maria extingue todas as companhias de comércio estabelecidas por Pombal. É sob d. Maria I que ocorre, no Brasil, a Inconfidência Mineira (1789). A rainha perdoa todos os conjurados (transformando as penas de morte em exílio), menos o líder do movimento, Tiradentes, executado em 1792. As mortes do marido em 1786 e do filho primogênito em 1788, bem como os episódios subsequentes à Revolução Francesa, parecem ter afetado o equilíbrio mental da rainha, que é declarada oficialmente incapaz de gerir os negócios públicos em 10 de fevereiro de 1792. Seu filho d. João assume o governo, mas só se torna oficialmente regente em 1799. Em 1808, d. Maria desembarca no Brasil com a família real portuguesa. No Rio de Janeiro, mora no convento das carmelitas, no largo do Paço, até falecer.


(1767-1826) Nasce em Lisboa, segundo filho da rainha d. Maria I e do rei consorte d. Pedro III. D. João torna-se herdeiro da Coroa após a morte de seu irmão José, em 1788. Com dezoito anos, casa-se com d. Carlota Joaquina, de apenas dez anos, filha do rei espanhol Carlos VI. Em virtude da pouca idade da noiva, o casamento só é consumado em 1790. Apesar do desentendimento, que se torna público, entre d. João e sua esposa, o casal tem nove filhos. As más línguas atribuem aos príncipes, muito diferentes entre si, pais diversos. Quando d. Maria I enlouquece, d. João passa a responder pelo governo, no início como simples representante da rainha e só a partir de 1799 como príncipe regente.

• Dom João VI.


A invasão francesa em Portugal pelas tropas napoleônicas em 1807 obriga-o a transferir sua corte para o Rio de Janeiro. Em 1808, d. João determina a abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional. Pela carta régia de 16 de dezembro de 1815, a colônia é transformada em reino unido ao de Portugal. Só com a morte de d. Maria I em 1816, o príncipe regente é aclamado como rei d. João VI. Quatro anos depois, eclode a Revolução do Porto, que instaura as Cortes de Lisboa; estas obrigam o monarca a retornar a Portugal. Ele deixa o Rio de Janeiro em 26 de abril de 1821, com três mil cortesãos, permanecendo no Brasil seu herdeiro, o príncipe d. Pedro como regente. Em Portugal, d. João VI vê-se forçado a governar sob restrições constitucionais, mas não por muito tempo. Em maio de 1823, um levante militar promovido por seu filho, o infante d. Miguel, abole a Carta recém-promulgada. D. João VI volta a governar como rei absoluto, embora prometendo uma nova Carta. Um ano depois, outro movimento, liderado também por d. Miguel, tenta depor o rei, considerado por demais conciliador, e substituí-lo pela rainha Carlota Joaquina. Refugiando-se a bordo do navio inglês Winston Castle, d. João VI consegue afastar d. Miguel do comando das armas e forçá-lo ao exílio. Em 1825, o monarca reconhece a Independência do Brasil. No ano seguinte, morre em Lisboa, em meio a suspeitas de envenenamento.


D. Carlota Joaquina

(1775-1830) Nascida em Aranjuez, na Espanha, filha do rei Carlos VI, é dada em casamento ainda menina a d. João de Bragança, então com dezoito anos de idade e filho da rainha d. Maria de Portugal. Já na noite de núpcias começam os conflitos do casal régio. A partir daí, os dois levam vidas bastante separadas. Em Portugal, enquanto o príncipe assume a regência, ela mora em Queluz e ele, em Mafra. Em 1807, com o bloqueio continental decretado por Napoleão Bonaparte, resiste o quanto pode ao projeto de viagem da corte para o Brasil, afinal consumado. Herdeira da tradição absolutista espanhola, abomina sua estada no Rio de Janeiro. Adotando posições políticas muitas vezes divergentes das do marido, envolve-se na questão platina como pretendente às colônias espanholas da América, projeto frustrado com a ocupação do Uruguai em 1817. Em 1821, na esteira da Revolução do Porto, retorna por fim a Portugal, onde se recusa a assinar a Constituição das Cortes de Lisboa. Após a morte do marido, em 1826, apoia o golpe de seu filho Miguel contra a rainha d. Maria II, filha de d. Pedro I. Derrotado d. Miguel, é presa em Queluz, onde morre.


D. João e Carlota

Maria Teresa de Bragança

Francisco Antônio Pio de Bragança

Maria Isabel Francisca

Herdeiros de D.João VI D. Pedro I Ana de Jesus de Bragança e Bourbon

Maria da Assunção de Portugal

Miguel I de Portugal

Isabel Maria de Bragança

Maria Francisca de Bragança


D. Ana de Jesus de Bragança e Bourbon (Mafra, 23 de Outubro de 1806 — Roma, 22 de Junho de 1857[1]) foi a filha mais jovem do Imperador-Rei D. João VI de Portugal e de sua consorte, a Imperatriz-Rainha D. Carlota Joaquina de Bourbon. Nascida no Palácio de Mafra, D. Ana de Jesus teve que partir, em 1808, para o Brasil, juntamente com a Família Real Portuguesa, em função da invasão napoleônica em Portugal.

D. Francisco Antônio Pio de Bragança (21 de Março de 1795 - 11 de Junho de 1801) foi o segundo filho dos príncipes do Brasil, D. João e D. Carlota Joaquina. Sendo o primeiro filho varão do casal, recebendo o título de príncipe da Beira. Contudo, D. Francisco António morreu ainda criança (com 5 anos de idade), herdando o trono o seu irmão mais novo, o príncipe D. Pedro de Alcântara de Bragança.


Infanta Maria da Assunção de Portugal (ou de Bragança e Borbón) nasceu em Queluz a 25 de Junho de 1805. Foi uma Infanta portuguesa, filha de D. João VI de Portugal e da sua esposa Carlota Joaquina de Borbón. Foi batizada a 15 de Agosto de 1805 na capela real do mesmo palácio, pelo deão da Patriarcal, António Xavier de Miranda, que oficiou pelo impedimento do patriarca de Lisboa D. José Francisco de Mendonça. Na pia baptismal recebeu os nomes: D. Maria da Assunção Ana Joana Josefa Luísa Gonzaga Francisca de Assis Xavier de Paula Joaquina Antónia de S. Tiago de Bragança e Bourbon. A infanta D. Maria de Assunção era grã-cruz da ordem de Nossa Senhora da Conceição e dama da de Santa Isabel. Entre os seus irmãos, foi sempre o seu dilecto o infante D. Miguel, e tão viva se tornou a afeição que os unia que as paixões políticas do tempo não perderam o ensejo de propalar a esse respeito boatos escandalosos. D. Maria da Assunção foi quem se conservou sempre ao lado de D. Miguel, quando este se apossou da coroa. Diz-se que reprovava as medidas violentas e sanguinárias a que D. Miguel se deixara arrastar, mas não tinha força, nem influência bastante para lhe fazer seguir outro caminho. Quando os constitucionais ocuparam Lisboa, a infanta deixou a capital, e retirou-se para Santarém com as tropas miguelistas, onde faleceu vitima dum ataque de cólera-morbo, epidemia que se havia declarado em Portugal. Ela morreu solteira em Santarém, a 7 de Janeiro de 1834, quando tinha apenas 28 anos. Foi primeiramente sepultada na Igreja do Milagre em Santarém, mas em seguida foi transladada para o Panteão dos Braganças no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.


D. Isabel Maria de Bragança (Lisboa, 4 de Julho de 1801 — Lisboa, 22 de Abril de 1876[1]) foi uma infanta de Portugal. Ela serviu como regente do país por um período de quase dois anos.

A infanta D. Isabel Maria da Conceição Joana Gualberta Ana Francisca de Assis Xavier de Paula de Alcântara Antónia Rafaela Micaela Gabriela Joaquina Gon-zaga de Bragança e Bourbon [2] era a quarta filha mulher de D. João VI e de sua consorte, Carlota Joaquina de Bourbon. Em 1808, com apenas sete anos de idade, D. Isabel Maria teve que partir com o resto da Família Real Portuguesa para o Brasil, em função da invasão napoleônica em Portugal. No dia 6 de Março de 1826, D. João VI, doente, nomeou uma regência presidida pela infanta D. Isabel Maria, de vinte e cinco anos, a qual vigoraria, mesmo com a morte do rei, até que o legítimo herdeiro e sucessor da Coroa aparecesse. Ela foi regente de Portugal até 26 de Fevereiro de 1828. D. João VI morreu quatro dias depois do decreto. Além de D. Isabel Maria, faziam parte do chamado Conselho de Regência o cardeal-patriarca D. Frei Patrício da Silva; o 6.° Duque de Cadaval; o 1.° Marquês de Valada; e o Conde de Arcos. Na qualidade de adjuntos, estavam os seis ministros de Estado das diferentes secretarias. No mesmo ano, D. Isabel Maria abdicou em favor da sobrinha, D. Maria da Glória, a filha mais velha de D. Pedro IV ( I do Brasil), que deveria se casar com o tio D. Miguel. Este, por sua vez, juraria a Carta Constitucional de 1826 promulgada por Pedro IV. Entretanto, não foi o que aconteceu. A Carta Constitucional encontrou forte oposição, mostrando-se D. Miguel desfavorável a ela. Em Julho do mesmo ano, D. Isabel Maria declarou solenemente: Juro cumprir e fazer cumprir a Carta Constitucional decretada e dada por El-Rei o senhor D. Pedro IV em 29 de Abril de 1826, para os reinos de Portugal e Algarves e seus domínios, tão inteira e fielmente como nela se contém.

Começou, assim, o consequente duelo entre o Portugal da Tradição e o Portugal da Revolução. Se o governo venceu é certo que os desentendimentos continuaram entre as câmaras e os ministros, mas também devido às manobras da rainha-viúva, D. Carlota Joaquina.


D. Maria Francisca de Bragança (Queluz, 22 de Abril de 1800 — Gosport, 11 de Setembro de 1834[1]) foi uma infanta de Portugal.

Nascida no Palácio de Queluz, D. Maria Francisca d'Assis da Maternidade Xavier de Paula e d'Alcántara Antónia Joaquina Gonzaga Carlota Mónica Senhorinha Soter e Caia de Bragança e Bourbon era a terceira filha do rei D. João VI de Portugal e de sua consorte, Carlota Joaquina de Bourbon. Entre seus irmãos, estava D. Pedro I do Brasil (IV de Portugal) e D. Maria Isabel de Bragança, rainha consorte de Espanha. Em 1807, com a invasão napoleônica em Portugal, D. Maria Francisca fugiu com a Família Real para o Brasil. Em Cadiz, no dia 4 de Setembro de 1816, D. Maria Francisca casouse por procuração com o infante Carlos de Bourbon. Casou-se em pessoa no dia 22 de Setembro daquele ano, em Madrid. O matrimónio, tal como o de sua irmã D. Maria Isabel, serviu para aproximar Portugal e Espanha. Carlos era o tio materno de Maria Francisca. Eles tiveram três filhos juntos. Depois de ficar viúvo, Carlos desposou sua cunhada, a infanta D. Maria Teresa de Bragança, irmã mais velha de D. Maria Francisca. D. Maria Francisca de Bragança faleceu na reitoria de Alverstoke, um vilarejo em Gosport, Hampshire, Inglaterra. Seu corpo está sepultado na capela-mor da Igreja Católica dessa mesma cidade[2].


Nascida no Palácio de Queluz, a infanta Maria Isabel Francisca d'Assis Antónia Carlota Joanna Josefa Xavier de Paula Michaela Raphaela Isabel Gonzaga de Bragança e Bourbon[2] era a segunda filha do rei D. João VI de Portugal e de Carlota Joaquina de Bourbon. Seu matrimónio com Fernando VII, celebrado em pessoa no dia 29 de Setembro de 1816, em Madrid, tinha como objetivo reforçar as relações entre Espanha e Portugal. Por este mesmo motivo, também ocorreu o matrimónio entre o infante Carlos de Bourbon, irmão de Fernando, com a infanta D. Maria Francisca de Assis de Bragança, irmã menor de Maria Isabel. A rainha Maria Isabel destacou-se por sua cultura e afeição pela arte. Foi dela que partiu a iniciativa de reunir obras de arte dos monarcas espanhóis para criar um museu real, o futuro Museu do Prado, inaugurado em 19 de Novembro de 1819, um ano após sua morte[3]. Maria Isabel e Fernando VII tiveram uma filha, Maria Luísa Isabel (21 de Agosto de 1817 — 9 de Janeiro de 1818), e uma filha natimorta (26 de Dezembro de 1818). As complicações do segundo parto provocaram seu falecimento, no Palácio Real de Aranjuez. Seu corpo está sepultado no mosteiro do Escorial, nos arredores da capital espanhola.


D. Maria Teresa de Bragança (Queluz, 29 de Abril de 1793 — Trieste, 17 de Janeiro de 1874[1]) foi a filha mais velha de D. João VI de Portugal. Muito conservadora, D. Maria Teresa aliou-se a seu irmão menor, D. Miguel, em seu intento de obter a coroa de Portugal, durante a Guerra Civil de 1826-1834. Também foi aliada de seu tio materno e segundo marido, D. Carlos de Bourbon, mais tarde conde de Molina, que desejava obter a coroa espanhola durante o reinado de Isabel II (ver Carlismo). Nascida no Palácio de Queluz, a infanta Maria Teresa Francisca de Assis Antónia Carlota Joana Josefa Xavier de Paula Miguela Rafaela Isabel Gonzaga era a primogénita de D. João VI e de sua consorte, Carlota Joaquina de Bourbon. Assim, adquiriu o título de Princesa da Beira, perdendo-o com o nascimento de seu irmão D. Francisco António em Março de 1795. Em 1807, com a invasão napoleônica em Portugal, D. Maria Teresa fugiu com a Família Real para o Brasil. No dia 13 de Maio de 1810, no Rio de Janeiro, D. Maria Teresa desposou o infante Pedro Carlos de Bourbon, neto de Carlos III de Espanha. Eles tiveram um filho, D. Sebastião de Bourbon e Bragança, nascido em 4 de Novembro de 1811.[2] Ficou viúva em Maio de 1812. Ela e seu tio Carlos de Bourbon, viúvo de sua irmã D. Maria Francisca, casaram-se no dia 20 de Outubro de 1838, em Azpeitia. Não tiveram filhos; porém, ela cuidou de seus três enteados, que também eram seus primos-irmãos. Em 15 de Janeiro de 1837, a Espanha excluiu-a da linha de sucessão ao trono espanhol, bem como seu único filho D. Sebastião. Porém, este restaurou seus direitos no ano de 1859. Em Portugal, D. Miguel e seus descendentes também foram excluídos da linha de sucessão do trono português.


D. Miguel I de Portugal (nome completo: Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo de Bragança e Bourbon; Queluz, 26 de Outubro de 1802 - Esselbach, Baviera, 14 de Novembro de 1866) foi o terceiro filho do rei Dom João VI de Portugal

Foi rei de Portugal entre 1828 e 1834, cobrindo o período da Guerra Civil Portuguesa (1831-1834), embora, segundo os pedristas, tenha sido um usurpador do título monárquico de sua sobrinha D. Maria da Glória. Por seu turno, os miguelistas contrapunham que D. Pedro I do Brasil perdera o direito à Coroa Portuguesa e, por isso, a designar um seu sucessor (no caso, sua filha, Dona Maria da Glória) desde o momento em que erguera armas contra Portugal, declarara a independência do Brasil e se tornara Imperador desse novo país. Com efeito, de acordo com as Leis Fundamentais do Reino, um príncipeherdeiro que levantasse armas contra Portugal ou ascendesse ao trono de um estado estrangeiro, perderia o direito ao trono português. D. Miguel seria assim o legítimo sucessor de D. João VI, vindo a ser legitimado pelas Cortes, em 1828, em conformidade com as Leis tradicionais vigentes antes e após a revolta liberal de 1820.


Seu nome completo é: PEDRO DE ALCÂNTARA FRANCISCO ANTÔNIO JOÃO CARLOS XAVIER DE PAULA MIGUEL RAFAEL JOAQUIM JOSÉ GONZAGA PASCOAL CIPRIANO SERAFIM DE BRAGANÇA E BOURBON

Nasceu no palácio de Queluz, Portugal, em 12-10-1798. Filho de D. João VI e dona Carlota Joaquina. Veio para o Brasil com toda a Família Real, devido a invasão de Napoleão contra Portugal. Aos 18 anos casou-se com dona Maria Leopoldina, arquiduquesa d’Áustria, Em 1821 D. João voltou a Portugal deixando D. Pedro regendo o Brasil. No dia da partida disse a seu filho que tu-do fizesse para o bem do Brasil, antes que aventureiros tomassem o seu lugar. Lembrandose sempre dos dizeres do pai D. Pedro esforçava-se em unir os brasileiros com os portugueses. Devido a mudança da Família Real para o Brasil, D. Pedro nunca pôde completar seus estudos, por esse motivo as Côrtes portuguesas chamaram-no à Europa para que os continuasse. O povo brasileiro receava ficar sem o príncipe regente e como prova da confiança que depositava nele, escreveu-lhe uma carta pedindo-lhe que ficasse no Brasil como perpétuo defensor deste País, carta essa que lhe foi entregue por intermédio de José Clemente Pereira. D. Pedro respondeu à carta com uma frase que mais tarde se tornaria histórica: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto; diga ao povo que fico”, motivo porque o dia 9-1-1822 passou a ser chamado o dia do “Fico”.


Foi então que começaram as lutas entre aqueles que apoiavam o príncipe regente e os que eram a favor da política portuguesa. Nesse meio tempo, D. Pedro viajou para São Paulo para verificar as fortificações do Porto de Santos. No dia 7 de setembro de 1822, quando voltava de Santos, encontrou na Colina do lpiranga, mensageiros que traziamlhe cartas de Portugal e do Rio. Tomando conhecimento do que dizia D. João VI, D. Leopoldina e José Bonifácio numa das cartas, arrancou a espada e gritou: “Independência ou Morte!”. No dia 12 de outubro de 1822, D. Pedro foi proclamado imperador do Brasil, sendo a cerimônia de coroação realizada a 1º de dezembro. As tropas portuguesas percebendo sua derrota, retornaram à Lisboa. Durante seu reinado sucederam-se os seguintes fatos: redigiu uma proclamação ao povo pedindo que os brasileiros se unissem cada vez mais e obrigando aos que fossem contrários, a se retirarem do País; a 3-5-1823, instalou a Assembleia Constituinte, na qual destacaram-se os irmãos Andradas, os quais discordando com os planos de D. Pedro I, tornaram-se oposicionistas, sendo neste mesmo ano dissolvida essa Assembleia e preso e condenado ao exílio José Bonifácio; a 25-3-1824, D. Pedro jurou à 1ª Constituição Brasileira; nesse mesmo ano houve a Revolução Pernambucana. Queriam a proclamação da República. Esta revolução foi denominada Confederação do Equador e chefiada por Frei Caneca e Paes de Andrade; em 1826, faleceram dona Maria Leopoldina, sua esposa, D. João VI, seu pai, tendo ele por esse motivo abdicado da Coroa Portuguesa em favor de sua filha Maria da Glória, princesa do Grão-Pará. Dois anos depois, deu-se a Independência da Província Cisplatina que passou a ser a República do Uruguai. Aos 31 anos, D. Pedro escolhe dona Amélia de Lauchtemberg para ser sua segunda esposa.


Em 1831, abdicou da Coroa do Brasil, pois estava aborrecido com as lutas entre os partidos políticos brasileiros, passando a Coroa a seu filho D. Pedro de Alcântara, que na época contava 5 anos de idade. De volta à Portugal, D. Pedro reconquistou o trono de que seu irmão D. Miguel havia se apoderado violentamente. Conquistou novamente os portugueses, derrotando aos que favoreciam D. Miguel. Mas não permaneceu muito tempo com a alegria de tornar-se querido pelos portugueses, tendo sido acometido pela tuberculose, que viria encerrar sua vida, em 24-09-1834 (no mesmo palácio de Queluz, onde havia nascido há 36 anos).


Leopoldina •

Nascimento e vida na Áustria Nascia a Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda Beatriz de Habsburgo-Lorena (no Brasil iria adotar os nomes de Leopoldina e Maria Leopoldina), no Palácio de Schünbrunn, Áustria, em de 22 de Janeiro de 1797. Sexta filha do segundo casamento de Francisco I imperador da Áustria e II da Alemanha (1768-1835) com Maria Teresa de Bourbon-Sicília (1772-1807). Seus pais eram primos-irmãos, ambos netos de Maria Teresa, a Grande (1717-1780), uma das maiores estadistas do século XVIII.

Leopoldina cresceu junto com os irmãos, quase isolados do mundo. Possuíam diversos professores. Controlava, todavia, a própria imperatriz todas as lições dos filhos. Sua educação foi primorosa. Normalmente, não se exigia muito das princesas, bastava ensinar-lhes a costurar e bordar, além, claro, de boas maneiras e algumas aulas de piano. Mas não na casa dos Habsburgos. Ali, as mulheres tinham um nível cultural altíssimo. Desde pequena, Leopoldina foi submetida a um programa intensivo de aulas diárias, adquirindo conhecimentos científicos, políticos, históricos e artísticos, além de aprender idiomas estrangeiros, especialmente o francês ( LOPES, 1998 : 88).


•Aos dez anos ficou órfã de mãe. Um ano depois seu pai se casaria novamente com aquela que Leopoldina descreveria como a pessoa mais importante de sua vida, Maria Ludovica. Prima de Francisco I, como ele, neta de Maria Teresa a Grande. Superava a defunta imperatriz em cultura e brilho intelectual, pois tivera uma educação esmerada. Musa e amiga pessoal do poeta Goethe, ela foi responsável pela formação intelectual da enteada, desenvolvendo na jovem o gosto pela literatura, a natureza e a música de Haydin e Beethoven. Não tinha filhos próprios, adotava de bom grado os da antecessora, e esses a chamavam de “querida mamãe”. A morte da madrasta abalou Leopoldina em 1816. À tia Amélia, irmã de sua mãe, Leopoldina escreveu: “(...) devo-lhe tudo que sou, ela demonstrou-me em todas as ocasiões um amor e bondade verdadeiramente tão tocantes que deveria ser acusada da mais negra ingratidão, caso o meu coração fosse capaz de esquecê-la”. E o próprio Johann Wolfgang Von Goethe confessava em 1821: “Ainda não me refiz da morte da defunta imperatriz; é como se a gente desse pela falta de uma estrela principal que se acostumara a rever agradavelmente todas as noites” (OBERACKER, 1973 : 22) Mais duas perdas fariam a tristeza de Leopoldina, essas não por morte mas por casamentos. Suas irmãs prediletas Maria Luísa (1791-1874), e Maria Clementina (17981881) estavam deixando a pátria para se casarem pelo bem da Casa dos Habsburgos no trono da Áustria. A primeira cumpria uma difícil missão, casar com o inimigo número 1 do trono austríaco, Napoleão Bonaparte (1768-1835). O imperador francês ameaçava a Áustria caso não lhe dessem a Arquiduquesa Maria Luísa em casamento. O imperador Francisco relutava, mas para o bem geral da nação concordou com o casamento. Só a avó materna da princesa, a rainha Maria Carolina das Duas Sicílias, resmungou com a atitude do genro: “É justamente o que me faltava, tornar-me agora ainda avó do diabo” (OBERACKER, 1.973 : 30). Já sua irmã Clementina teve que desposar seu tio Leopoldo das Duas Sicílias. Leopoldina estava contente por não haver sido preferida pelo tio, “que sofria extraordinariamente do defeito da grosseria”: era além disso muito gordo – pesava 150 Kg – e bem mais velho que ela.


Embora ainda permanecesse solteira e fosse a filha predileta de Francisco I, Leopoldina tinha a noção de que um dia cumpriria o dever de qualquer princesa da época, fazer um casamento dinástico, conforme o interesse do Estado. No final de 1816, começaram as negociações de seu casamento com o príncipe herdeiro do trono português Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. Filho de D. João VI (1767-1826) e Carlota Joaquina de Bourbon(1775-1830). Pedro nasceu em Portugal no dia 12 de outubro de 1798, mudou-se com a família real para o Brasil, em 1808, aos 9 anos de idade. Através desse casamento, Portugal ligaria a Casa de Bragança a uma das mais fortes monarquias europeias, além da possibilidade de se livrar do jugo político da Inglaterra. Já para a Áustria, era a possibilidade de se infiltrar no rico e poderoso comércio de produtos tropicais através de uma representante sua no Brasil. A Inglaterra tentou acabar com essas negociações denegrindo a imagem do príncipe.


Mas o embaixador português Marquês de Marialva, que era encarregado de fazer as negociações do casamento, abafou os boatos junto ao imperador da Áustria e, numa grande cartada, presenteou a princesa com um medalhão contendo uma imagem de D. Pedro preso a um colar de diamantes. Encantada com a imagem, a princesa o comparou a Adonis, um deus grego; em carta à irmã Maria Luísa, confessou que já tinha olhado para a imagem mais de mil vezes. “Era D. Pedro, com seus 19 anos, uma figura impressionante e um homem se não bonito pelo menos atraente. (...) as feições eram enérgicas, e o bigode à mosqueteira dava-lhe um ar de incisivo atrevimento, que, de resto, o olhar vivo mais acentuava”. (LAMEGO, 1939 : 51).

D. Pedro I

Resolvidas as conveniências da política internacional de ambos os Estados, houve a contratação do casamento. O pai instruiu-a no seu gabinete sobre “o seu futuro destino”, dizendo-lhe sem dúvida o que a Casa d´Áustria dela esperava no campo político, mas não deixou de dar-lhe os seus conselhos sobre a maneira como se devia comportar no seio da sua nova família. Recomendou-lhe cumprir todos os desejos do marido, mesmo os mais pequenos, procurar conseguir a confiança do rei e evitar a sogra. Assim que ficou decidido o seu casamento, passou a estudar não só a língua portuguesa como história, geografia, produções, etc. do país que ia adotar.


Em maio de 1817, celebrou-se o casamento por procuração, como era de costume e somente depois de alguns adiamentos, vários meses transcorridos, em dezembro chegava D. Leopoldina ao Brasil. Encontrou na corte uma situação adversa à de Viena. Para quem fora criada no Palácio de Schünbrunn, São Cristóvão onde passou a morar, era um castelo de horrores, uma construção árida, cercada por lamaçal, montes de esterco e brigas entre alforriados e escravos. A vida do ponto de vista moral era solta. Havia pouco lugar para distrações e divertimentos alegres e ingênuos aos quais a arquiduquesa estava tão acostumada na casa paterna.

Chegada de Da. Leopoldina ao Brasil em 1817, sendo recebida por D. João VI e pelo seu marido D. Pedro


Em uma série de cartas enviadas a seus parentes na Europa, Leopoldina fazia observações sobre a família real e a corte de um modo geral: “A minha sogra sempre respeitarei como mãe de meu esposo, a sua conduta, porém, é vergonhosa e desgraçadamente já se percebem as consequências tristes nas suas filhas mais novas que têm uma educação péssima e sabem aos dez anos de idade tanto como as outras que são casadas” (OBERACKER, 1973 : 132). Espantava a princesa com a situação de seu marido que, já casado, ainda recebia bofetadas da mãe. Se surpreendia também com a linguagem da corte portuguesa que era rude, lacônica e solta. D. Pedro, a mãe D. Carlota, o irmão D. Miguel e outros não hesitavam em servir-se publicamente dos mais baixos termos da “ralé”. Já em relação ao sogro, D. João, apreciavam-se reciprocamente, por parentesco de alma e de inclinações. Brincando, teria dito certa vez que, se tivesse tido a escolha entre o rei e seu filho, não teria vacilado. Em carta a seu pai elogiou a D. João: “Amo e estimo o meu sogro como a um segundo pai, e acho que ele se parece muito com o Senhor, caríssimo papai, no que toca à bondade de coração e ao amor ao seu povo” (OBERACKER, 1973 : 132).

Os elogios também iam para sua cunhada Maria Teresa de Bragança, filha predileta de D. João. Esta princesa era a pessoa mais simpática e ilustrada da família real; levava uma vida moralmente impecável e tinha pendores que aproximavam de D. Leopoldina. “ Minha cunhada Maria Teresa é uma verdadeira amiga e eu gosto muito dela. Sua amizade e confiança para comigo me lembram a minha situação feliz na minha cara pátria”( IBIDEM).

D. João VI


Maternidade

Em nove anos de casamento ficaria D. Leopoldina grávida nove vezes: dois abortos e sete filhos: Maria da Glória (1819-1853) (Maria II, rainha de Portugal), casada respectivamente com os príncipes Augusto de Leuchtenberg e Fernando de Saxe-GoburgoGhota; Miguel (1820, falecido logo após o nascimento); João Carlos (1821-1822); Januária (1822-1897), casada com o príncipe Luís de Bourbon das Duas Sicílias, Conde de Áquila ; Paula Mariana(1823-1833) Francisca Carolina (1824-1898), casada com o príncipe Francisco de Orleans da França, Príncipe de Joinville; Pedro de Alcântara (1825-1891) (Pedro II Imperador do Brasil), casado com Teresa Cristina de Bourbon, princesa das Duas Sicílias. Sobre seu primeiro parto escreveu a seu pai em 20-04-1819: “Apesar de meu parto durar menos de seis horas, ainda estou, 15 dias depois, muito ferida, pois a cabeça de minha criança era muito grande(...), além disso a cadeira em que dei à luz era muito ruim e as minhas mãos ainda estão esfoladas pelos esforços(...)”. Queixava-se também dos médicos. “Acho que aqui é quase preferível a gente livrar-se da carga no mato à maneira dos animais selvagens” ( OBERACKER, 1973). D. Januária nascera com a princesa em pé, pendurada ao pescoço do marido. O último parto, o de D. Pedro, foi o mais difícil, durou mais de seis horas.

Da. Leopoldina e seus filhos em 1826, tendo no colo D. Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II. Quadro de Georgina de Albuquerque, que se encontra no Museu


D. Pedro e Leopoldina

Sem imagem

Sem imagem

Miguel de Braganรงa

Joรฃo Carlos

Maria da Glรณria

Herdeiros de D. Pedro I com Leopoldina

D. Pedro II

Francisca Carolina

Paula Mariana

Januรกria


Dona Maria II de Portugal (nome completo: Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança; Rio de Janeiro, 4 de Abril de 1819 — Lisboa, 15 de Novembro de 1853), foi filha do rei D. Pedro IV (Imperador do Brasil como Pedro I) e da imperatriz Leopoldina de Habsburgo. Foi cognominada de A Educadora ou A Boa Mãe, em virtude da aprimorada educação que dispensou ao seus muitos filhos. A princesa era loira, de pele muito fina, olhos azuis como a mãe austríaca. Foi a 31ª Rainha de Portugal e dos Algarves aquando da abdicação do pai de 1826 a 1828 e de 1834 a 1853.

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Dom Miguel de Bragança foi o segundo filho de D. Pedro I do Brasil e D. Maria Leopoldina de Áustria, em 1820, no Rio de Janeiro. Por ter morrido na situação de varão do herdeiro da Coroa portuguesa, ainda em 1820, recebeu o título de Infante de Portugal. É considerado por muitos autores como Príncipe da Beira


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Dom João Carlos Pedro Leopoldo Borromeu de Bragança (Rio de Janeiro, 6 de Março de 1821 - Rio de Janeiro, 4 de Fevereiro de 1822) foi o terceiro filho de D. Pedro de Alcântara, herdeiro da coroa portuguesa e primeiro Imperador do Brasil, e de sua primeira esposa Maria Leopoldina de Áustria. Sendo o primeiro varão do herdeiro da Coroa portuguesa, recebeu o título de Príncipe da Beira que até aí pertencia à sua irmã mais velha D. Maria da Glória. Por sua morte, com pouco menos de um ano, retomou o título de Princesa da Beira a sua irmã, que viria a ser a futura Rainha D. Maria II de Portugal. Sua morte é atribuída à famosa Maldição dos Bragança. Foi sepultado no mausoléu do Convento de Santo Antônio.

Nascida no Rio de Janeiro, no Palácio de São Cristóvão, em 18 de março de 1822, D. Januária nasceu com a sua mãe, a Imperatriz D. Leopoldina, em pé, pendurada ao pescoço do marido, o Imperador D. Pedro I. A Princesa foi batizada aos 18 de março de 1822 na Capela Imperial e foi cognominada "Princesa da Independência". A Princesa D. Januária cresceu ao lado dos irmãos D.Pedro II, D.Paula Mariana e D. Francisca. Seu nome foi escolhido por seu pai como forma de homenagear a província do Rio de Janeiro. D. Januária, nasceu apenas um mês depois do falecimento do Príncipe D. João Carlos. Perdeu a mãe com quatro anos de idade e viu o pai partir para Portugal com a madrasta e a irmã mais velha aos nove. Cresceu sob um esquema de educação extremamente rigorosa.

Em 1833, morria a Princesa D. Paula Mariana, antes de completar 10 anos de idade. A princesa D. Januária, por meio de uma carta, relatava o acontecimento ao pai:


"Amado papai. Apesar das nossas constantes súplicas aos céus, a nossa querida irmã Paula Mariana partiu. Não encontramos consolo. Nossa irmã tão amada não está mais connosco. Além disso, Pedrinho adoeceu seriamente. Chegamos a pensar que ele pegara a mesma febre de Paula Mariana, mas, graças aos céus, ele melhorou e já está sentado em sua sala de estudos. Para expressar nossa gratidão, nós, mana Chica e eu, sua filha Januária, ficaremos sem comer açúcar até o aniversário de Pedro, dia 2 de dezembro. Amado papai, estamos desesperados e em grande desalento. O senhor nos faz muita falta e também sentimos muita saudade de nossa irmã Maria da Glória e de todos que estão com o senhor em Lisboa. Com a promessa de lhe sermos sempre filhos obedientes e amorosos, Januária, Francisca e Pedro." Com a abdicação de D. Pedro I para a Europa e a reconquista da coroa portuguesa para sua primogênita, D. Maria da Glória, a sucessão do trono brasileiro precisava ser modificada. Foi expedida uma lei nomeando D. Januária a Princesa Imperial do Brasil pela Assembleia dos Deputados. O Regente, padre Diogo Antônio Feijó, disse apenas que aceitava o documento em nome da Princesa Imperial. No dia 4 de agosto de 1836, D. Januária entrou no salão do paço do Senado, trazendo um rico vestido de ouro sobre o qual se divisava a insígnia da Grã Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro e, na presença dos deputados com a mão sobre o missal, declarou solenemente com voz comovida: "Juro manter a Religião Católica, Apostólica, Romana; observar a Constituição Política da Nação Brasileira e ser obediente às leis e ao Imperador". Desta forma, a princesa D. Januária se tornou a Princesa Imperial do Brasil, até o nascimento do Príncipe Afonso, filho de seu irmão D. Pedro II. Campanha para Regente Em 1836, o Governo Regencial entrou em crise e, nessa época D. Januária entrou em cena, pois era a filha mais velha de D. Pedro I. Alguns deputados liberais moderados passaram a defender que a Regência fosse entregue à Princesa D. Januária, irmã de D. Pedro II e Princesa Imperial do Brasil, então com quinze anos, para que ela pudesse assumir a Regência, mas a idéia não foi adiante, logo as rédeas do governo foram retomadas.


Dona Paula Mariana Joana Carlota, princesa do Brasil, (Rio de Janeiro 17 de fevereiro de 1823 – Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1833), filha de D. Pedro I e da D. imperatriz Leopoldina. A princesa foi batizada aos 24 de fevereiro de 1823, na Capela Imperial, localizada então no centro da cidade do Rio de Janeiro. Era a sexta filha do casal imperial, e teve seu nome dado por seu pai em homenagem das cidades de São Paulo e Mariana, que foram as primeiras a apoiar a Independência. Desde o nascimento, a princesa Paula Mariana foi uma criança enfermiça, motivo pelo qual não sobreviveu até a idade adulta, haja vista que morreu aos 9 anos. De sua breve vida pouco se conhece. O único fato relevante foi quando D. Pedro I exigiu que Isabel Maria, a duquesa de Goiás, recebesse a mesma educação que era dada aos príncipes imperiais. A princesa D. Maria da Glória revoltou-se com tal exigência, pois considerava Isabel Maria uma bastarda, fruto da relação ilegítima do pai com a marquesa de Santos. O pai, então, puniu-lhe castigando-a fisicamente, e D. Paula Mariana, vendo a irmã apanhar pelas mãos do pai, tentou defendê-la empurrando-a, ao que acabou também apanhando do pai. Dona Paula Mariana faleceu no Palácio de São Cristóvão. Sua mãe já havia falecido em 1826, e seu pai já estava em Portugal, lutando para recuperar para sua irmã, D. Maria da Glória, o trono de Portugal. Nenhum deles assistiu à morte da filha.


Dona Francisca Carolina Joana Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela Rafaela Gabriela Gonzaga de Bragança e Áustria (Rio de Janeiro, 2 de agosto de 1824 — Paris, 27 de março de 1898) foi a quarta filha do imperador D. Pedro I e da imperatriz D. Maria Leopoldina.

Nascida no Palácio de São CristóvãoRio de Janeiro, D. Francisca cresceu ao lado dos irmãos D. Pedro de Alcântara, D. Paula Mariana e D. Januária. Seu nome foi escolhido por seu pai como forma de homenagear o rio São Francisco, em Minas Gerais. Francisca perdeu sua mãe, D. Maria Leopoldina, com menos de três anos de idade. Aos sete anos, ela viu o pai, D. Pedro I (IV de Portugal), sua madrasta (Amélia de Leuchtenberg) e sua irmã mais velha (a futura Maria II de Portugal) partirem para Lisboa. A princesa cresceu sob educação extremamente rigorosa.

Em 1837, Francisco Fernando de Orléans, príncipe de Joinville, aportou no Brasil a caminho da Ilha de Santa Helena, onde deveria buscar os restos mortais de Napoleão Bonaparte e levá-los de volta à França. Durante sua escala, ele foi recebido pelo imperador D. Pedro II e conheceu sua irmã, a jovem princesa D. Francisca. Francisco Fernando, um almirante, era o terceiro filho do rei Luís Filipe I e de Maria Amélia de Bourbon-Nápoles. Retornou ao Brasil em 1843, casando-se com a princesa no dia 1° de maio daquele mesmo ano. O casal seguiu então na fragata "La Belle Poule" para a França.


Segundo Imperador do Brasil, Dom Pedro II nasceu em 2 de dezembro de 1825, no Rio de Janeiro. Faleceu em 5 de dezembro de 1891, em Paris. Seu nome completo era Dom Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Habsburgo. Era filho de Dom Pedro I e Dona Leopoldina de Áustria. Após a abdicação de seu pai, assumiria o trono aos cinco anos de idade. Devido à impossibilidade de tal evento, o Brasil passou a ser administrado por uma regência. Recebeu uma educação excepcional de mestres e sábios de • D. Pedro II várias áreas do conhecimento, de segunda a segunda, o pequeno imperador acordava às seis da manhã para estudar ciências naturais, idiomas, filosofia, artes, matemática, dança, música, entre outras disciplinas. Segundo opositores, sua maioridade política ocorreu antes da hora adequada. Dom Pedro II casou-se com Teresa Cristina Maria de Bourbon Duas Sicíllias, por procuração em Nápoles, em 30 de maio de 1843, e pessoalmente no Rio de Janeiro, em 4 de setembro de 1843. Depois da Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, fora prisioneiro no paço da Cidade e encaminhado a sair do país em vinte e quatro horas. Deixando o Brasil, foi para Portugal com a família. A imperatriz faleceu no dia 28 de dezembro. Dom Pedro II viveu na França, na cidade de Cannes, Versalhes e Paris. Morreu aos 66 anos , após sofrer de pneumonia num hotel. Os restos mortais retornaram ao Brasil somente em 1920.


Palácio de São Cristóvão, Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1826, uma jovem senhora de 29 anos, em meio a febre e delírios se despede da vida. Morria chorando o amor que outra mulher lhe roubara. “O meu Pedro, o meu querido Pedro”. Eram os últimos momentos de D. Leopoldina, primeira imperatriz do Brasil. Figura sempre esquecida pela maior parte dos historiadores que quase não fazem menção a sua participação no momento de emancipação política brasileiro. Mulher de educação esmerada, à frente de seu tempo. Interessava-se especialmente por botânica e mineralogia. Sua delicadeza e o fino trato com as pessoas fizeram dessa mulher uma das personagens mais queridas do Brasil no início do século XIX.

Leopoldina e seu filho Pedro II


Da Leopoldina presidindo o Conselho de Estado que assinou o Decreto da IndependĂŞncia, em 2 de setembro de 1822.


As diferenças do casal A vida em comum demonstrou que havia poucos pontos de contato entre ela e D. Pedro. Era D. Leopoldina a primeira pessoa com uma boa bagagem cultural com quem ele entrou em contato íntimo. Ela o excedia muito em educação e cultura: Falava francês e italiano, estudava o inglês e aprendia o português rapidamente. Ainda pintava retratos e paisagens e tocava piano com perfeição. Tinha grande inclinação pela natureza e pelas ciências naturais. Com muita dedicação colecionava coisas referentes às ciências naturais, sobretudo à mineralogia. No setor da flora, da fauna e mineralogia, adquirira apreciáveis conhecimentos (OBERACKER, 1985 : 156).

D. Pedro era mau poeta e mau latinista, mas bom escultor e excelente músico: tocava clarinete, flauta, violino, fagote, trombone e cravo. Não houve uma preocupação por parte de seus pais a respeito de sua educação. Criado solto na Quinta da Boa Vista ou na fazenda Santa Cruz, Pedro andava sozinho na mata, brigava a pau e soco com outras crianças, bolinava as escravas. Ali se tornou um exímio mas imprudente cavaleiro. Quanto à sua cultura intelectual, a de D. Pedro não era superior à dos mais instruídos dos seus súditos. É preciso ter conta que na época em que D. João chegou ao Brasil era considerado uma vergonha para um pai mandar o seu filho à escola, ponto de vista esse que somente com o correr do tempo se modificaria. (DEBRET, 1978 :17).


Andava o príncipe com roupas de algodão e chapéu de palha, tomava banho nu na praia do Flamengo, ria, debochava e zombava de quem quer que fosse. Comia com as mãos, e, temendo ser considerada esnobe, Leopoldina abandonou os talheres que usava na Europa. Incomodada pela falta de limpeza geral no palácio, inclusive dos “banheiros”, recebeu uma aula do marido para cumprir suas necessidades – ao ar livre, no mato. “Pedro não se incomoda com a sujeira, com o mau cheiro, com a estreiteza de pensamento. Ele nem se percebe de que vive num estábulo”, escreveu à irmã Maria Luísa (KAISER, 1998 : 69). D. Leopoldina não era sedentária, gostava intensamente da natureza e de andar a cavalo, escanhada como homem, caçando ou colecionando plantas, minerais, insetos e animais. Usava a túnica e calças, chapéu de homem de feltro ou palha, botas altas com esporas de tipo mineiro, trajes que como moça esbelta não lhe assentavam mal. Seduzida pelo moço a quem não faltavam encantos, pôde depressa fechar os olhos para não ver alguns dos seus mais graves defeitos de educação e de caráter, que só mais tarde a fariam penar ( SOUSA, 1972 : 78 ).


D. Leopoldina preocupava-se com o futuro dos filhos criados em ambiente tão sórdido, Maria da Glória, por exemplo, “brigava com o pai à mesa por uma coxa de galinha. Chicoteava escravos até sangrar, e, ainda tomava banho num dos corredores do palácio, sob as vistas de todos” (Graham, 1956 : 104).

D. Pedro teve sua arte própria para dar nome aos filhos. A mais velha lembrava a Virgem de sua devoção, Nossa Senhora da Glória. Miguel, seu irmão mais novo. João Carlos unira o nome do avô D. João VI e bisavô materno D. Carlos IV. Januária invocava a província do Rio de Janeiro. Paula Mariana evocava as cidades provincianas que se distinguiram pela sua adesão e lealdade para com o príncipe regente( São Paulo e Mariana). D. Pedro era ele mesmo, em segunda edição. Só que o filho em quase nada se pareceu com o pai •

Emancipação Política Após a Revolução do Porto de 1820, o Parlamento Lusitano exige o regresso de D. João VI a Portugal. O Rei regressa em abril de 1821, mas deixa no Brasil seu filho, D. Pedro, como regente. Ao fazê-lo, disse ao filho: “Pedro, se o Brasil se separa, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros"(FRANCO, 1974 : 40). Manifestam-se as intenções de retomada do domínio colonial no Brasil. Lisboa exigia o retorno de D. João VI a Portugal


Embora o príncipe regente não alcançasse grande popularidade entre os brasileiros, não tardaram a surgir manifestações de descontentamento aos primeiros sinais de tentativa de recolonização por parte de Portugal, com a transferência de importantes setores da administração para Lisboa. Lisboa exigia o retorno de D. João VI a Portugal

A ida de D. Pedro marcaria uma grande ruptura entre o Brasil e Portugal, ocasionando um retrocesso na autonomia brasileira. Com a mulher, D. Pedro informava-se de muitas coisas da Europa da qual tinha noções vagas e incertas. D. Leopoldina, além da perfeita visão política, tinha a coragem necessária para assumir o patrocínio da causa. Não padece dúvida, que a princesa real era, na oportunidade, a pessoa que mais podia influir no ânimo do príncipe para que renunciasse à ideia do retorno a Portugal. As suas sugestões, sempre aferidas pela renúncia, costumavam ser acatadas pelo esposo, sempre mais impulsionado pelo entusiasmo do que pelo resultado do raciocínio ponderado.


Após amplas manifestações de apoio à permanência do regente, D. Pedro anuncia sua decisão, marcando a data histórica do "Dia do Fico", em 9 de janeiro de 1822. "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico". Reunido em frente ao Paço Municipal, o povo saudou a decisão do príncipe. Em 1º de agosto, declarou inimigas todas as tropas enviadas de Portugal sem o seu consentimento. Com a iminência de uma guerra civil que pretendia separar a Província de São Paulo do resto do Brasil, D. Pedro passou o poder a Dona Leopoldina no dia 13 de Agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com todos os poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São Paulo. No dia 14, foi contornar a crise na província


José Bonifácio

Neste ínterim, a Princesa Regente recebeu notícias que Portugal estava preparando uma ação contra o Brasil e, sem tempo para aguardar a chegada de D. Pedro, D. Leopoldina, aconselhada pelo Ministro das Relações Exteriores José Bonifácio e usando de seus atributos de chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de Setembro de 1822 com o Conselho de Estado, assinando o decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. Bonifácio convocou o oficial de sua confiança, Paulo Bregaro, para levar a sua carta e a de Leopoldina para D. Pedro em São Paulo. A história, a partir do momento em que Dom Pedro recebe as cartas, é bastante conhecida. Não teve a gargalhada do quadro de Pedro Américo, pintado em 1888, uma das imagens da Independência mais divulgadas nos livros escolares. Nem aconteceu literalmente às margens do riacho Ipiranga, como está no Hino Nacional. O príncipe bradou o seu célebre grito de Independência ou Morte! no alto da colina próxima ao riacho, onde sua tropa esperava que ele se aliviasse de um súbito mal-estar intestinal (LOPES, 1998 : 91).


Enquanto se aguardava o retorno de D. Pedro ao Rio, a Princesa Leopoldina, já como a primeira governante interina do Brasil Independente, idealizou a bandeira do Brasil. O verde, cor heráldica da Casa Real Portuguesa de Bragança; o amarelo, cor da Casa Imperial Austríaca de Habsburgo, com um losango contendo o brasão monárquico, com as armas imperiais aplicadas representando uma homenagem de D. Pedro I a Napoleão Bonaparte (SCWARCZ, 1998 : 19) A atitude de D. Leopoldina, defendendo os interesses brasileiros, acha-se eloquentemente estampada na carta que escreveu a D. Pedro, por ocasião da independência do Brasil. “É preciso que volte com a maior brevidade. Esteja persuadido de que não é só o amor que me faz desejar mais que nunca sua pronta presença, mas sim as circunstâncias em que se acha o amado Brasil. Só a sua presença, muita energia e rigor podem salvá-lo da ruína”(XAVIER, 1991 : 98).Brasão do Império do Brasil

Brasão do Império do Brasil


Os últimos anos

Leopoldina tinha uma consciência de que, com a independência proclamada, dificilmente voltaria a pisar o solo europeu, pois a consolidação do império exigia sua presença aqui. “Deus, quão contente seria sentir a nossa querida neve e o ar fresco”. Essa renúncia foi a condição necessária para o gozo de sua vitória política e, ao mesmo tempo, o início de sua tragédia pessoal. Na viagem a São Paulo, em 1822, D. Pedro conhece sua futura amante Domitila de Castro, depois agraciada com o título de Marquesa de Santos. À medida que aumentava a paixão do monarca pela cortesã, crescia na mesma proporção seu desprezo pela imperatriz. Muito querida por seus súditos, Leopoldina ganhou logo a solidariedade das camadas populares. Ela começava a sofrer as mais insultantes humilhações. Uma delas foi a descarada nomeação de Domitila para a função de primeira dama da imperatriz, obrigando-a a conviver com sua rival sob o mesmo teto do Palácio de São Cristóvão (LOPES, 1998 : 88). Cada vez mais deprimida, angustiada e grávida pela nona vez, Leopoldina acabou abortando. Se o aborto foi provocado por uma agressão verbal do imperador, se por agressão física, como circulou na cidade, não se sabe. O fato ocorreu após uma violenta discussão provocada pela recusa da esposa em comparecer a uma cerimônia de beija-mão, acompanhada apenas pela amante do imperador, o que equivalia a uma aceitação pública do relacionamento escuso.

A Marquesa de Santos


D. Pedro ausentou-se por mais de um mês do palácio. Num rompante, escreveu a ele que decidisse entre as duas, ou "me dará licença de me retirar para junto de meu pai", ou seja, voltar à Áustria. Não teve tempo. Cada vez mais triste e doente, caiu entrevado ao leito. Em sua longa agonia, em meio a febres, delírios e solidão, ainda teve forças para ditar uma carta à irmã Maria Luísa, pedindo amparo aos filhos. "(...)chegado no último ponto de minha vida no meio dos maiores sofrimentos (...) ouvi o grito de uma vítima que de vós reclama não vingança, mas piedade e socorro do fraternal afeto para os inocentes filhos que órfãos vão ficar, em poder de si mesmos, minha adorada mana(...) por amor de um monstro sedutor me vejo reduzida ao estado da maior escravidão e totalmente esquecida do meu adorado Pedro” (RANGEL, 1928 : 207).

Morria D. Leopoldina sem rever “o adorado Pedro”. Estava este no Sul e lá recebeu a comunicação de que enviuvara. Tomou-o um pranto nervoso, talvez pelo remorso de ter feito sofrer aquela que tanto o amou. Sua morte causou grande comoção perante a população do Rio de Janeiro. Disse o francês Jacques Arago: “Não me cansava de admirar os encantos dessa inditosa princesa”, e o seu conterrâneo Ferdnand Dénis a denominava “a mais pura, a mais excelente das mulheres” (OBERACKER,1985 : 156). Os mais sinceros eram os pobres e humildes que a soberana tinha sempre protegido quanto pudera. Os pobres negros andaram pelas ruas por muitos dias gritando. “Quem tomará partido dos negros? Nossa mãe se foi!” Segundo o relato de um velho escravo africano que trabalhava na Quinta da Boa Vista a respeito de Leopoldina: “Era muito boa, quando passava por nós, cativos, parava e dizia-nos palavras confortadoras. Seu marido era um moço arrogante, andava sempre com um chicotinho de cabo de prata, com o qual e por qualquer coisa batia nos outros” (SANTOS, 1927 : 8). D. Leopoldina, sem dúvida, perdera o coração do marido infiel, conquistara, todavia, em compensação o coração de um povo inteiro.


A Família Imperial Brasileira tem origem no casamento de D. Pedro I com a Arquiduquesa Paladina, em 1817. Como todos os outros da época, o matrimônio fora arranjado para atender a interesses políticos-diplomáticos - oriundos do Congresso de Viena - e para dar continuidade à tradição de união consanguíneo entre nobres. As negociações foram feitas por Rodrigo Navarro de Andrada e o casamento de D. Pedro I foi formalizado pelo então Marquês de Marialva, Pedro Joaquim Vitor de Menezes Coutinho, tendo se dado por procuração no dia 13 de maio de 1817. Mas somente no dia 06 de novembro daquele ano que Leopoldina viria a conhecer o noivo, seu desembarque no Brasil foi registrado por Debret em linda tela. Desposaram as núpcias no mesmo dia.

Leopoldina era filha do Imperador Francisco I, da Áustria, e sua irmã Maria Luisa era a segunda esposa de Napoleão Bonaparte, o responsável pela vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, acompanhada de cerca de 15 mil nobres. A Casa dos Habsburgo, ao qual ela pertencia antes de se casar, tem origem muito antiga e foi fundada na Suíça por Werner II. Contaria quase mil anos atualmente, mas foi extinta durante a reconfiguração do mapa da Europa após a Primeira Guerra Mundial. Durante muito tempo os Habsburgo comandaram o Império Sacro Romano e a frente dele fizeram inúmeras conquistas, destacando Leopoldo II, que acabou com a Inquisição, as torturas e eliminou a pena de morte. Francisco II, pai de Leopoldina, conseguiu tirar a Áustria das dificuldades econômicas causadas pela guerra contra a França e elevou seu império à primeira potência europeia após o Congresso de Viena, pondo um fim na era napoleônica. O último Imperador da Áustria foi Carlos I, seu governo durou apenas dois anos pois a derrota do imponente exército Austro-Húngaro na I Guerra o fez perder a nobreza e os Habsburgo passaram a ser simples cidadãos.


Filho de D. João VI e Carlota Joaquina, Pedro I pertence a uma família bem mais antiga. A linhagem dos nobres portugueses começa na Casa de Avís, no século VIII e prossegue com a Casa de Bragança após um domínio espanhol de 60 anos sobre os Avís. O primeiro rei da dinastia dos Bragança é João IV, responsável pelo fim da dominação imposta pelos Filipes de Espanha e por isso ficou conhecido como O Restaurador. Depois vieram Afonso IV, Pedro II, João V, Dom José, Maria I e, por fim, após declarada sua loucura, o governo português passa às mãos de João VI. Nesta época a Família Real Portuguesa já estava no Brasil, fugindo das perseguições de Napoleão, e a América assiste a primeira coroação de um rei. Europeu, é verdade. Obrigado pelas Cortes Portuguesas a voltar para Lisboa em idos de 1821, D. João deixa o Brasil sob o comando de seu filho Pedro. Assim, proclamada a Independência em 1822, dá-se início com o Imperador Pedro I e com a Imperatriz Leopoldina a família imperial brasileira. Deste casamento nasceram nove filhos, sendo dois natimortos. A primogênita Maria da Glória foi declarada sucessora do trono português com a morte do avô e a renúncia de seu pai. Passou a ser efetivamente a Rainha de Portugal, Maria II, com a morte do pai, Pedro IV (e Pedro I no Brasil). Pedro II - título adquirido após a abdicação do trono brasileiro em 1831 - era o filho mais novo de Leopoldina, falecida em 1826. Porém, D. Pedro I teve diversos filhos naturais, com muitas mulheres, como a bailarina francesa Noemi Thierry e com Domitília, a marquesa de Santos, com quem teve cinco filhos. Após seu segundo casamento, com Amélia de Leuchtenberg, teve ainda mais uma filha legítima, Maria Amélia. No Brasil, os descendentes de Pedro II, devido ao fato de ter permanecido aqui por quase toda a vida, são os mais conhecidos e até hoje tratados por príncipes e princesas, títulos que perderam o valor com a Proclamação da República. O segundo Imperador assumiu o trono aos quinze anos e aos dezoito casou -se com Tereza Maria Cristina de Bourbon, princesa real das Duas Sicílias. O contrato de casamento foi assinado em 20 de maio de 1842, mas Teresa só chega ao Brasil mais de um ano depois, em setembro de 1843. Pedro havia visto a noiva apenas em um retrato de meio corpo e não se entusiasmou ao conhecê -la pessoalmente. Educado por tutores, desde muito criança longe do afeto dos pais, tornara-se um homem dedicado apenas naquilo para o qual havia sido preparado, ser um governante. Do casamento nasceram Afonso, Isabel, Leopoldina e Pedro Afonso. Isabel Cristina foi a que mais fez história no Brasil. Casada com o Conde D'Eu (Luis Felipe Maria Fernando Gastão de Orleans), neto de Luis Filipe, rei de França, assumiu o trono brasileiro por três vezes em ausência do pai, oportunidades em que assinou a Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea. Com a Proclamação da República em 1888, a família foi mandada ao exílio, em Portugal e teve os bens confiscados no Brasil, dentre eles, o Palácio Guanabara. Um ano depois falecia a Imperatriz Teresa Cristina, e em 1891, Pedro II.


Com a francesa Noémi Thierry teve: Pedro, falecido antes de completar um ano; Menina, falecida antes de completar um ano. (sem imagens)

Com Maria Benedita de Castro Canto e Melo, baronesa de Sorocaba e irmã da marquesa de Santos, teve: Maria Amélia, filha de D. Pedro I com Dona Amélia de Leuchtenberg (sem imagem)

Com a monja portuguesa Ana Augusta teve outro menino de nome Pedro.

Rodrigo Delfim Pereira.

Demais Filhos de

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D. Pedro I

Com a uruguaia María del Carmen García teve uma criança natimorta. De sua amante francesa Clémence Saisset teve: Pedro de Alcântara Brasileiro.

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Dona Maria Amélia Augusta Eugénia Josefina Luísa Teodolinda Heloísa Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Beauharnais, princesa do Brasil e infanta de Portugal (Paris, 1 de Dezembro de 1831 – Funchal, 4 de fevereiro de 1853). Filha do imperador D. Pedro I do Brasil (D. Pedro IV de Portugal) e de D. Amélia de Leuchtenberg, segunda imperatriz do Brasil. D. Maria Amélia foi a única filha nascida do casal imperial do Brasil no exílio, e a única de D. Pedro I que nasceu fora do Brasil. A princesa D. Maria Amélia nasceu em Paris no dia 30 de novembro de 1831, ano em que seu pai abdicou à coroa do Brasil e exilou-se na França. O nascimento da princesa foi motivo para que seu pai conseguisse reunir todos os brasileiros que moravam em Paris, a fim de testemunhar o nascimento de uma princesa brasileira nascida no exílio. No Brasil, os direitos dinásticos da criança foram objeto de disputas políticas, pelo fato de ter nascido no exterior, após o exílio de D. Pedro I. Tais disputas foram plenamente resolvidas apenas após a ascensão de D. Pedro II do Brasil, meio-irmão de D. Maria Amélia, que determinou o reconhecimento das prescedências da princesa e de sua mãe pelo Congresso. Durante os primeiros quatro anos de vida, D. Maria Amélia viveu em Paris com sua mãe, a imperatriz D. Amélia, e duas de suas meia-irmãs, a princesa D. Maria da Glória e Isabel Maria, duquesa de Goiás, filha da marquesa de Santos. Quando seu pai conseguiu retomar o trono de Portugal para a sua meia-irmã D. Maria da Glória, que se tornou a rainha D. Maria II, D. Maria Amélia foi morar juntamente com a mãe em Lisboa, no Palácio de Queluz. Após a morte do pai em 1834, passou a morar com a mãe no Palácio das Janelas Verdes, em Lisboa. Por volta de 1850, retornou com sua mãe, a imperatriz D. Amélia, para a Baviera, onde foi prometida em casamento ao arquiduque Maximiliano de Habsburgo, primo de D. Pedro II que posteriormente foi imperador do México, mas não chegaram a casar-se. Já de volta a Portugal, e com tuberculose, D. Maria Amélia e sua mãe foram morar na Ilha da Madeira para que a princesa se tratasse da tuberculose; porém, D. Maria Amélia veio a falecer aos 4 de fevereiro de 1853, com apenas 22 anos, na cidade do Funchal, estando sepultada no Panteão Real de S. Vicente de Fora, em Lisboa.


Maria Isabel de Alcântara Brasileira (Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1827 — Rio de Janeiro, 25 de outubro de 1828) foi filha de Dom Pedro I do Brasil e sua amante, a marquesa de Santos. Legitimada, recebeu o título de duquesa do Ceará, morrendo de meningite antes de se lavrar o título, que todavia aparece inscrito nos registros remanescentes do Cartório de Nobreza e Fidalguia

Filhos de D. Pedro I com Domitília

( SEM IMAGENS) Isabel Maria

Pedro de Alcântara Brasileiro (1825–1826); Domitília de Castro e Canto Melo

Maria Isabel

rapaz (1823), menino natimorto;


Isabel Maria de Alcântara Brasileira, primeira e única duquesa de Goiás, (Rio de Janeiro, 23 de maio de 1824 — Murnau, Baviera (Alemanha) , 3 de novembro de 1898), batizada a 31 de maio de 1824. Era filha de D. Pedro I e de sua amante, Domitila de Castro Canto e Melo, a marquesa de Santos. Legitimada, ou seja, reconhecida como filha do imperador, em 24 de maio de 1826, em decreto que lhe concedeu o título de duquesa de Goiás, dando-lhe tratamento de 'Alteza' – o que seria inesperado e mesmo irregular pelas tradições monárquicas ibéricas. Graças a isso foi enviada ordem ao quartel general das forças armadas para prestar continências à menina. Era assim, na prática, tratada como uma princesa brasileira e foi considerada no Primeiro Reinado uma espécie de protetora da província de Goiás.

Maria Isabel de Alcântara Brasileira (São Paulo, 28 de fevereiro de 1830–Rio de Janeiro, 13 de setembro de 1896) foi a terceira filha do imperador D. Pedro I do Brasil com sua amante Domitília de Castro e Canto Melo, a marquesa de Santos. Por casamento, tornou-se a segunda condessa consorte de Iguaçu. Maria Isabel recebeu o mesmo nome que sua segunda e falecida irmã, a duquesa do Ceará, morta com dois meses de vida em 1828.[1] Sua irmã mais velha, Isabel Maria, era titulada como duquesa de Goiás. No dia 2 de setembro de 1848, aos dezoito anos, Maria Isabel desposou Pedro Caldeira Brant, conde de Iguaçu, tornando-se sua segunda esposa. Seu marido era filho do marquês de Barbacena. Pelo seu casamento, Maria Isabel tornou-se a segunda condessa consorte de Iguaçu. O casal teve quatro filhos: Isabel Caldeira Brant (1849–1849) Pedro de Alcântara Caldeira Brant (1850–1868) Maria Teresa Caldeira Brant (1852–?) Isabel Maria Caldeira Brant (1854–1884) A segunda condessa consorte de Iguaçu faleceu aos sessenta e seis anos no Rio de Janeiro.


Domitília de Castro e Canto Melo,[1] primeira e única viscondessa e marquesa de Santos, (São Paulo, 27 de dezembro de 1797 — São Paulo, 3 de novembro de 1867) foi uma nobre brasileira, célebre amante de Dom Pedro I, imperador do Brasil, que lhe conferiu o título nobiliárquico de marquesa em 12 de outubro de 1826.

Filha de João de Castro do Canto e Melo, o primeiro visconde de Castro, e de Escolástica Bonifácia de Oliveira Toledo Ribas, pertencia uma tradicional família paulista, era neta do coronel Carlos José Ribas, tetraneta de Simão de Toledo Piza, patriarca da família em São Paulo. O brigadeiro João de Castro Canto e Melo nascera na ilha Terceira, nos Açores, em 1740 e morreria no Rio de Janeiro em 1826. Era filho de João Batista do Canto e Melo e de Isabel Ricketts, e descendia de Pedro Anes do Canto, da Ilha Terceira. Passou a Portugal, assentando praça de cadete aos 15 anos em 1 de janeiro de 1768, nomeado Porta Bandeira em 17 de outubro de 1773. Tinha 21 quando, em 1774, foi para o Rio de Janeiro e meses depois para São Paulo. Foi transferido para o regimento de linha de Infantaria de Santos, promovido a alferes em 1775 e a tenente no mesmo ano, a Ajudante em 1778; era Capitão em 1798, major no mesmo ano, em 1815 tenente-coronel. Mais tarde, depois dos amores da filha com o imperador, foi feito Gentil-Homem da Imperial Câmara e ainda recebeu o título nobiliárquico de visconde de Castro em 12 de outubro de 1825.


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Eram irmãos de Domitília: João de Castro Canto e Melo, marechal-de-campo e gentil-homem da Imperial Câmara, que seria agraciado segundo visconde de Castro em 1827. José de Castro Canto e Melo, batizado em São Paulo em 17 de outubro de 1787, brigadeiro do exército brasileiro. Soldado aos cinco anos, em 1 de julho de 1792, porta-estandarte em 1801, alferes em 1807, Tenente efetivo em 1815, Comandante do esquadrão de cavalaria da Legião de São Paulo e no combate de Itupuraí, campanha de 1816. Capitão em 1818. Sargento-mor do Regimento de Cavalaria de 2.ª Linha da Vila de Curitiba, então Província de São Paulo, em1824. Coronel do Estado-Maior do Exército em 1827.Teve licença para tratar da saúde em 1829. Brigadeiro reformado do Exercito. Gentil Homem da Imperial Câmara, dela demitido em 1842. Era cavaleiro da Ordem de São Bento de Avis, 1824 e foi promovido a comendador na mesma ordem em 1827. Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro em 1827. Maria Benedita de Castro Canto e Melo, batizada em 18 de dezembro de 1792, que morreu em 5 de março de 1857. Casada com Boaventura Delfim Pereira, barão de Sorocaba, tornando-se baronesa consorte de Sorocaba. Deixou descendência ilegítima com D. Pedro I, o amante de sua irmã.

Primeiro casamento

Aos dezesseis anos de idade, em 13 de janeiro de 1813, Domitília casou-se com um oficial do segundo esquadrão do Corpo dos Dragões da cidade de Vila Rica, o alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça (1789–1833), citado por diversos historiadores como um homem violento, que a espancava e violentava, e de quem se divorciou em 21 de maio de 1824. Do casamento nasceram três filhos, Francisca, Felício e João (morto com poucos meses, pois, durante sua gravidez, Domitília foi espancada e esfaqueada pelo marido - em 1819).


Representações na cultura A Marquesa de Santos já foi retratada como personagem no cinema e na televisão, interpretada por Luiza Lambertini no filme "O Grito do Ipiranga" (1917), Glória Menezes no filme "Independência ou Morte" (1972), Maitê Proença na novela "Marquesa de Santos" (1984), Marlene na novela "Helena" (1987), Rejane Santos na minissérie "Entre o Amor e a Espada" (2001) e Luana Piovani na minissérie "O Quinto dos Infernos" (2002).

Minissérie Em 1984, a Rede Manchete produziu a minissérie Marquesa de Santos. Escrita por Wilson Aguiar Filho com a colaboração de Carlos Heitor Cony, inspirada principalmente na obra do escritor Paulo Setúbal, a obra tinha Maitê Proença como Domitília e Gracindo Júnior como Dom Pedro I, além de participação especial de Bibi Ferreira como Carlota Joaquina. Ao longo dos anos, a emissora reapresentou a minissérie em pelo menos cinco ocasiões.

Ópera Em 2000, estreou no Rio de Janeiro a ópera de câmara "Domitila", com música e libreto do compositor carioca João Guilherme Ripper. O espetáculo para soprano e três músicos (clarineta, violoncelo e piano) trata das cartas de amor entre Dom Pedro I e a Marquesa de Santos. A ópera foi apresentada em São Paulo, no Rio e em Petrópolis.

Documentário Em 2001, a Marquesa de Santos mereceu um documentário especial, com depoimentos da atriz Maitê Proença,o ator ênio Gonçalves, historiadores e familiares . O documentário foi exibido pela Rede STV SESC SENAC, com apresentação da atriz Rejane Marques. Produção da WeDo Comunicação e direção de Dimas Oliveira Junior . Em 1984, a Rede Manchete produziu a minissérie Marquesa de Santos. Escrita por Wilson Aguiar Filho com a colaboração de Carlos Heitor Cony, inspirada principalmente na obra do escritor Paulo Setúbal, a obra tinha Maitê Proença como Domitília e Gracindo Júnior como Dom Pedro I, além de participação especial de Bibi Ferreira como Carlota Joaquina. Ao longo dos anos, a emissora reapresentou a minissérie em pelo menos cinco ocasiões. Anos depois, a TV Manchete foi extinta, dando lugar ao que hoje é a rede TV!


Fases da vida de D. Pedro I


D. Pedro de Alcântara na infância. Artista:Jean François

D. Pedro na qualidade de imperador do Brasil. Artista: Simplício Rodrigues de Sá

Badoureau

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D. Pedro, Príncipe Real de Portugal, Brasil e

Algarves, 1817

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Tela a óleo sobre a Independência do Brasil, de François-René Moreaux.


Cerimônia de coroação como imperador do Brasil. Artista: Jean-Baptiste Debret. D. Pedro I, por volta do mesmo período da Constituinte de 1823.

Alegoria do juramento da Constituição de 1824. D. Pedro salva a índia (que representa o Brasil) da ameaça do absolutismo. Vista do Paço Imperial (a esq.) onde D. Pedro assistia de longe os trabalhos da Constituinte que se realizava em um prédio próximo.


D. Pedro I e a coroa imperial do Brasil. Artista: Henrique José da Silva.

D. Pedro na qualidade de rei de Portugal, envergando a Banda das Três Ordens

Terceiro batalhão do Exército brasileiro em treinamento em São Cristóvão, Rio de Janeiro. Artista: Johann Moritz Rugendas.

Tropas brasileiras partindo para Montevidéu. Artista: Debret.


Abdicação do Imperador D. Pedro I, 1831. Artista: Aurélio de Figueiredo.

Charge do confronto entre D. Pedro I e D. Miguel nas Guerras Liberais (18311834).

Litografia da morte de D. Pedro.

Túmulo de Pedro I na Capela Imperial, subsolo do Monumento à Independência, no Ipiranga, cidade de São Paulo, Brasil.


As informações contidas neste arquivo foram pesquisadas nos sites abaixo com o intuito de ampliar o conhecimento dos alunos no conteúdo de História - Brasil Império

http://idjoaovi.org/Ramos.pdf http://www.girafamania.com.br/europeu/portugal.html#first http://www.obrabonifacio.com.br/az/verbete/67/ http://www.monarquia.org.br/ pt.wikipedia.org www.brasilescola.com/ www.escolakids.com/ http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=603 http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=226926 http://www.caoquira.com.br/histcaoq/tamoios.htm http://www.marcillio.com/rio/historpr.html



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