Revista Península Nº15

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Ano II - Nº 15 - setembro de 2010

Revista

este exemplar é seu

Primavera Show de cores, aromas e texturas Península e Lagoa Viva

www.peninsulanet.com.br

A soma que multiplica

Aleitamento materno Saúde e solidariedade




editorial | Ex pediente

Presidente Carlos Felipe Andrade de Carvalho Vice-Presidente Sergio Lopes Diretor-Geral Joelcio Candido Gerente de Relacionamento Claudia Capitulino www.peninsulanet.com.br revistapeninsula@peninsulanet.com.br (21) 3325-0342 Revista Península é uma publicação

Diretor-Executivo Paulo Roberto Mesquita Diretora Administrativa Rebeca Maia Diretor Comercial Marcio Ayres Comercial Victor Bakker | victor@utilcd.com.br (21) 7898-7623 Editora Responsável Tereza Dalmacio | terezadalmacio@utilcd.com.br Editora Assistente Debora Rolim | debora@utilcd.com.br

Aquarela

S

etembro chega como uma aquarela viva: cores, cheiros e diversas texturas. A primavera invade os 780 mil m2, a fauna e flora festejam a exuberância da natureza. E essa moldura embeleza a nossa 15a Edição, que vem com muitas novidades.

Sustentabilidade, responsabilidade social, lazer, turismo, esporte, gente de bem com a vida, que soma com o lugar. Temos seção nova. Um espaço para você interagir com outro morador. Um lugar para descobrir afinidades, trocar ideias, criar laços.

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A Associação Amigos da Península promove concurso de fotografia. Também com uma paisagem dessas, imagina o que não vem por aí. O clique mágico da sua câmera irá capturar com maestria cada recanto deste oásis carioca. Aproveite a Revista, escreva pra gente, sugira novos temas. Desfrute cada página e deslumbre-se com o show da natureza. É primavera.

Colaboradores Cidinha Fernandes Guilherme J. Pereira LuParreira Osmar Souza Fotografia Bruno Leão Juliana Castro Revisão Tatiana Lopes Estagiárias Camila Alves Riane Tovar Diretora de Arte Tati Piqué Rua Jornalista Ricardo Marinho, 360, sala 243 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro-RJ contato@utilcd.com.br utilcomunicacao.blogspot.com (21) 3471-6799


Sumário 11

Meio ambiente ONG Lagoa Viva

13 Evento

Dia mundial de limpeza do litoral

16 Conselheiro Comunitário

André Dobrões

20 Ensaio esportivo

Ponte com o oriente

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Entrevista Arquiteta Glau Lerback

26 Vida animal

Península

32 É de casa

Otacílio Carvalho

36 Turismo

Atenas

40

Primavera Show da Natureza

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te le fone S ú te iS

ABAM: 2232-4580

Folha Dirigida: 0800-055 4849

Aeroporto Internacional: 3398-5050 / 0800-999099

Guarda Municipal da Barra da Tijuca: 2431-2851

Aeroporto de Jacarepaguá: 3325-2833

Polícia Civil: 3399-3217

Aeroporto Santos Dumont: 0800-244646

Polícia Federal: 2291-2142

Água e Esgoto: 0800-282 1195

Polícia Militar do Rio de Janeiro: 190

Ambulância – Serviço de Remoção de Doentes: 192 Bombeiros (CBMERJ): 193

Polícia Rodoviária Estadual: 3399-4857

CEG: 0800-24 7766

2625-1530

CET-Rio: 2508-5500 Correios: 0800-570 0100

Receita Federal: 055-78300-78300

Defesa Civil do Município do Rio de Janeiro: 199

Telefonia Fixa – Oi: 103 31

DETRAN – Atendimento ao Cliente: 3460-4042

Telefonia Fixa – Livre (Embratel): 103 21

DETRAN – Disque Habilitação: 3460-4041

Telefonia Fixa – TIM: 0800 741 4100

DETRAN – Disque Vistoria: 3460-4040

TV por Assinatura – NET: 4004-8844

Disque Denúncia: 2253-1177

TV por Assinatura – SKY: 4004-2884 TV por Assinatura – TVA: 2223-6399

Enfoque – Site sobre finanças, cotações entre outros: (11) 3957-5800

TV por Assinatura – VIA Embratel: 106 99



combina com você

Combina com você... revistapeninsula@peninsulanet.com.br

S

ão 780.000 m2 de área, 46 prédios construídos, 3.675 unidades instaladas, onde vivem mais de 7 mil pessoas, e este número cresce mês a mês.

Neste universo, com certeza, tem muita gente que combina com você. Combina porque, assim como você, é um torcedor doente do Flamengo ou um apaixonado pelo rock. Combina porque é colecionador de moedas antigas ou selos. Gente que adora fotografia, cinema, game, pegar onda, nadar, correr, pedalar, ler, escrever... enfim, comunga do mesmo hobby ou mania. E que tal você contar para o outro do que gosta? Se quer trocar selos, moedas ou figurinhas? Se quer carona para pegar aquela onda na Prainha? Se quer criar um clube de livros entre os moradores ou um grupo para pedalar? Enfim, divida, interaja, participe, troque experiências. Escreva para a seção “Combina com você” e descubra que você tem muito mais em comum do que imagina, e com os seus vizinhos.

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S ala d e e Star

Sala de estar

a

Revista Península entra no seu segundo ano e conta sempre com a sua participação, porque acreditamos que você é a nossa grande motivação para buscar novidades, informações interessantes, registrar o que acontece aqui. Sugira temas, pautas, mande a foto que quer ver publicada, participe, escreva pra gente. Esta sala de estar é para receber você e saber o que gostaria de encontrar na sua Revista Península. Até o próximo encontro, e sempre juntos. O nosso e-mail: revistapeninsula@peninsulanet.com.br. ACHO qUE EU VI UM GATINHO quero parabenizar a ASSAPE pelo belo comportamento com os gatinhos da Península. Adotar um animal é um gesto de amor para com os animais e com o próximo também. Ter carinho pelos menores seres faz o mundo melhor. Maria Alcina B. Schleder Via Bella


MEIO AMBIENTE | LAGOA VIVA Donato Velloso e Renato.

A soma que multiplica

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o final do mês passado, o Presidente da ASSAPE, Carlos Felipe Andrade de Carvalho, apresentou à comunidade da Península, representado pelos conselheiros comunitários, a ONG Lagoa Viva. Cada vez mais a responsabilidade social e a sustentabilidade são questões fundamentais para toda a sociedade. Na Península, isso é realidade, desde o planejamento do projeto, há mais de 20 anos. O conceito ambiental está impresso nas ações da ASSAPE e na forma de planejar e cuidar deste espaço. Portanto, esse encontro marcou a parceria entre dois pilares que entendem o mundo de forma a contribuir pela recuperação do meio ambiente. É fato que a Lagoa Viva, fundada há 10 anos, trabalha duro e foca suas ações no envolvimento da comunidade local em todos os segmentos no sentido de gestão participativa para o cuidado permanente da bacia hidrográfica da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Podemos dizer que esse encontro é aquela famosa soma que multiplica. De acordo com o Presidente da Associação Amigos da

Península, a proposta é lançar campanha para ajudar na recuperação das lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. E como se daria isso? Convocaremos os moradores da Península, pessoas formadoras de opinião e de total engajamento com a preservação ambiental, a participarem de campanha de esclarecimento, em que a ONG ministraria palestras sobre o tema. É aquela antiga fórmula de sucesso: o individual transformando o coletivo. Cada um fazendo a sua parte em prol do todo, o universo. O presidente da ONG Lagoa Viva, Donato Velloso, informou que a primeira ação que pretende apresentar ao condomínio é o projeto Zeróleo. Esse trabalho tem como objetivo orientar a comunidade sobre a importância da coleta do resíduo de óleo vegetal e como fazer o seu descarte correto, em vez de de ser lança-lo no ralo da pia, acarretando prejuízos ao meio ambiente.

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Moradores da Península no evento.

MEIO AMBIENTE | LAGOA VIVA

A ONG Lagoa Viva foi criada em 2000, segundo Donato, um dos fundadores do instituto, ao perceber que havia um grande processo de degradação nas bacias hidrográficas da região da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, não apenas dos recursos hídricos, mas também da fauna e flora do entorno dessas lagoas. “Dessa forma, começou a ser desenvolvido um trabalho que envolvesse a comunidade local através de projetos de mobilização, palestras, seminários, passeios ecológicos, nas escolas locais, câmara comunitária, condomínios”, contou Donato. “O importante era a difusão do conhecimento, e durante essa trajetória de 10 anos, contabilizamos a contribuição de forma voluntária de personalidades, especialistas na área e pessoas comuns”, completou.

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Donato explica aos moradores da Peninsula as ideias da ONG.

Desde 2004, a Carvalho Hosken faz parceria com o instituto trabalhando em prol do meio ambiente. Segundo Donato, a empresa é uma da poucas que têm a sensibilidade para a questão da responsabilidade socioambiental. “Se outras empresas fizessem contribuição mais significativa, com certeza as ações se desenvolveriam de forma mais intensa, e a recuperação seria mais eficaz e ágil. O problema é que,

de uma forma geral, as pessoas apenas desejam e não agem. O nosso desafio é envolver as pessoas. E acredito que esse primeiro contato com a ASSAPE foi muito bom”, finalizou Donato. A ONG Lagoa Viva ficará sediada na entrada principal da Península, onde os moradores – e também aqueles que se preocupam com o ambiente, ou seja, os amigos da Península – poderão tirar suas dúvidas, fazer questionamentos, buscar conhecimento através de material educativo, passeios, palestras. A parceria com o condomínio será feita através de diversos projetos que conscientizem e envolvam os moradores para as questões ambientais, como consumo dos recursos energéticos, hídricos, coleta seletiva, conservação ambiental, saneamento, entre outros.


MEIO AMBIENTE | LAGOA VIVA

ASSAPE e ONG Lagoa Viva: já multiplicando Clean up the World 2010 – Dia Mundial de Limpeza do Litoral Por Luciana Parreiras Foto Bruno Leão

O

Dia Mundial de Limpeza do Litoral confirmou a parceria entre a ASSAPE e a ONG Lagoa Viva. Na praia do Pepê, no dia 18 de setembro, o Presidente da Organização, Donato Velloso, falou da 8a edição do evento promovido pela ONG: “É uma ação simbólica que envolve muitas crianças, escolas, e nesta edição nós já contamos com a ASSAPE no intuito de conscientizar a população”. Donato enfatizou ainda a importância de parcerias com empresas, como a Carvalho Hosken, que estão focadas na revitalização, recuperação e conservação dos rios e lagoas. Alexandre Amaro, assessor da empresa, representou o presidente da ASSAPE, Carlos Felipe Andrade de Carvalho, e destacou essa união: “Esse movimento é muito importante para a Barra da Tijuca, e para o mundo”. Quem compareceu ao evento pôde participar da oficina de reciclagem e ginástica laboral, e teve a oportunidade de assistir ao show da banda de Jazz das Faculdades Integradas de Jacarepaguá

(FIJ). Um dos pontos altos do evento contou com a participação efetiva da Escola Municipal Roberto Burle Marx, construída e apadrinhada pela empresa Carvalho Hosken, que marcou presença com duas professoras do 5o ano, Rita Mello e Fernanda Lima, e 20 alunos. Para quem não conhece, o Clean up the World teve início em 1993 na Austrália. No Rio de Janeiro, foi realizado na praia de Copacabana, pelo Projeto Limpeza na Praia, do Instituto Ecológico Aqualung, e na Barra da Tijuca, pelo Instituto Lagoa Viva. Hoje, acontece simultaneamente em 125 países. A oitava edição dessa ação no Rio de Janeiro está inserida na agenda anual do Pacto de Resgate Ambiental, pela revitalização da bacia hidrográfica da Barra da Tijuca/Jacarepaguá.

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A cervo C ultu ral | Vênu s C alipí gia

A beleza feminina

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ntre tantas Vênus, existe a famosa Vênus Calipígia. A peça original está no Museu Nacional de Nápoles, e sua réplica faz parte do Acervo Cultural da Península. A peça exibe sensualidade, beleza e mostra uma figura feminina que suspende de forma inocente o manto.

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A literatura nos diz que “Calipígia” é um vocábulo grego, que se refere a “nádegas bonitas e bem proporcionadas”. Seu primeiro elemento é “cali-”, que significa “belo” – podemos encontrar em caligrafia (escrita bonita) e calistenia (ginástica para embelezar as formas, o que vem a ser um nome clássico para a “ginástica estética”). O segundo elemento é “pyge”, que significa “nádegas” – aparece em uropígio (aquela parte da galinha que chamam de sambiquira ou, prudentemente, de sobre) e no horripilante esteatopígia (de

“esteato”, gordura – que tem as nádegas cheias de gordura). Independente da história, passear pelos jardins da Península para apreciar o Acervo Cultural é um grande prazer. Você vai encontrar trabalhos importantes, como os de Franz Weissman, um dos mais significativos artistas do século XX, além de Zélia Salgado, Sônia Ebling, Ascânio MMM, Emanoel Araújo, Caciporé Torres, Evandro Carneiro, Rubem Gerchman, Vera Torres, Nicolas Vlavianos e Mario Agostinelli. Meio ambiente e arte, combinação perfeita para um espaço diferenciado como a Península.



C onse lheiro Co mu nitário | An dré Gu s tavo D o brõe s

Conselheiro Comunitário

A

Edição de setembro traz mais um Conselheiro Comunitário para você conhecer. É o André Gustavo Dobrões, casado, Analista de Sistemas e morador do Condomínio Aquarela. Mais um cidadão que se dedica ao espaço em que mora.

Revista Península: Como você conheceu a Península? André Dobrões: Conheci a Península há 3 anos, quando a irmã da minha esposa se mudou para o condomínio. Eu e minha esposa gostamos muito do que encontramos. Um lugar com uma área verde e de lazer para nossos futuros filhos, ampla e bem cuidada, com segurança e tranquilidade. Começamos a procurar apartamento até escolher o condomínio Aquarela.

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me candidatei e fui eleito na assembleia realizada no condomínio.

Revista Península: Do que você mais gosta na Península? André Dobrões: Gosto de jogar tênis, mas com certeza o melhor é o contato com a natureza, poder caminhar pela Península e encontrar árvores frutíferas, pássaros cantando. Relaxo e recupero as energias.

Revista Península: Quais são as funções do conselheiro comunitário? André Dobrões: A principal função é ser a voz do seu condomínio no Conselho Comunitário da ASSAPE. Sem esquecer, é claro, que vivemos em uma sociedade e que devemos buscar o melhor para todos os moradores. Dessa maneira, a troca de experiências entre os membros do Conselho contribui para transformar a “nossa Península” em um lugar mais especial.

Revista Península: Quando e como se tornou conselheiro comunitário? André Dobrões: Sempre me interessei em participar e interagir com a comunidade da Península. Fazia parte das comissões de Laudêmio e de Tênis na Assape, além do Conselho do condomínio Aquarela. Quando o cargo de Conselheiro Comunitário ficou vago,

Revista Península: Como é a relação entre os conselheiros comunitários e a ASSAPE? André Dobrões: A relação é boa. As solicitações requeridas por nós são avaliadas e, quando possível, são prontamente atendidas. Caso a soli-


Revista Península: Como é a relação do conselheiro comunitário com os moradores? André Dobrões: É uma relação de troca, efetuada por meio da Administração do Condomínio. A Administração concentra todas as solicitações dos moradores e as transmite ao conselheiro. Essa foi a forma mais simples e rápida para poder ajudar o morador. Muitas vezes, há moradores com as mesmas sugestões, ideias e insatisfações; quando as levam à Administração, recebem uma orientação do que deve ser feito ou qual providência já está sendo tomada pela ASSAPE. Precisamos melhorar sempre e estar prontos para ouvir e orientar os moradores sobre o que acontece na Península. Revista Península: Como você vê a participação dos moradores na vida Península, eles contribuem com a sua administração? André Dobrões: A participação dos moradores ainda é pequena. Porém, é um direito de cada associado participar mais ou menos na vida Península. Temos que respeitar a individualidade do associado. E lembrá-lo de que somente participando ativamente, conseguiremos um condomínio e uma Península melhor. Revista Península: Como os moradores podem se comunicar com a ASSAPE e o Conselho Comunitário? Quais são os meios?

André Dobrões: Cada morador deve procurar saber qual o caminho adotado pelo seu conselheiro para que sua opinião seja analisada e encaminhada para a ASSAPE ou o Conselho Comunitário. No Aquarela, por exemplo, a Administração facilita a comunicação entre morador e conselheiro. Os moradores precisam conhecer seus direitos e deveres, para poderem, junto com o Conselheiro, construir uma Península melhor. O primeiro passo já foi dado pela ASSAPE com a criação do Serviço de Atendimento Península (SAP), que temos no portal da Península. Revista Península: A Comissão e o Conselho trabalham juntos, como é essa parceira? Qual a função da Comissão e qual a do Conselheiro? André Dobrões: A função de uma comissão é bem específica. Atua somente em um determinado segmento dentro da Península. Por esse motivo, temos várias comissões: transporte, cultura, esporte e lazer, orçamento, dentre outras. Já o Conselho, que representa todos os moradores, tem uma visão mais ampla; busca conhecer as medidas que estão sendo adotadas nas comissões, auxiliando-os. Assim como somos ajudados pelas comissões nas tomadas de decisão, ponderando quais são as melhores para a Península.

C onse lheiro Co mu nitário | An dré Gu s tavo D o brõe s

citação necessite ser mais bem analisada, é encaminhada para a comissão responsável da ASSAPE, que analisa e elabora propostas que atendam essa solicitação. Posteriormente, as propostas são levadas ao Conselho Comunitário para aprovação.


E SPORTE | PENÍN S ULA

E os futuros craques entram em campo...

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já revelaram que tem ímpeto de campeão. Na primeira participação em um campeonato, a equipe mirim da escolinha de futebol da Península, dirigida pelo professor Rosemberg, conquistou o segundo lugar na 2ª Etapa da Copa Città América de Futsal Infantil, realizada no condomínio Barramares. Mesmo

com pouco tempo de treinamento, a equipe demonstrou bastante entrosamento. Orgulho para mamães e papais desses meninos, que são de ouro, e para o condomínio Península.


REFORMA | CAMPO DE FUTEBOL

A bola vai rolar...

O

s peladeiros de plantão já podem tirar a poeira das chuteiras e colocar o meião. O campo de futebol já está aberto. Valeu a pena esperar 90 dias de manutenção e reforma. Grama, alambrado, baliza, tudo com cheirinho de novo, para que a bola possa rolar em um tapete verde e nada possa atrapalhar os

Regras para a utilização do campo de futebol >> As reservas poderão ser feitas com até uma semana de antecedência, observando que as quartas, quintas e sábados, são reservados para os moradores que terão prioridade na marcação. Proprietário não residente só conseguirá agendar nessas datas dois dias antes, caso tenha disponibilidade. >> Cada unidade poderá ter uma única reserva por vez, ou seja, uma nova reserva somente poderá ser efetuada após o término da anterior. >> Todas as reservas devem ser feitas com no mínimo um (01) dia de antecedência. Somente será permitida uma reserva por apartamento. >> O responsável pela reserva deverá colocar no quadro localizado na área de apoio sua carteira de identificação da Península, para comprovar sua presença. >> O solicitante da reserva deverá permanecer no local durante todo tempo da partida. >> A lista de convidados está limitada a sete (07) pessoas, não devendo conter exceções. Obrigatoriamente deve conter nome e sobrenome para a conferência da segurança. >> Os convidados deverão apresentar documento de identificação com foto. >> Para um aumento do número de convidados, o outro morador deverá estar presente no campo, cada morador poderá ser responsável pó 07 convidados, com limite de 21 (então até 3 moradores). >> As reservas só poderão ser feitas por pessoas maiores de idade cadastradas na ASSAPE e no site PeninsulaNet. >> Para os jogos de menores de idade, deverá uma pessoa maior de idade de cadastrada na ASSAPE, permanecer no campo durante do decorrer do jogo. >> O campo de futebol, só será aberto na presença do solicitante da reserva, mediante apresentação da carteira de identificação da

atletas e apaixonados pelo futebol, que agora já poderão realizar suas belas jogadas e fazer muitos gols. Mas atenção, pois há regras para utilização do campo.

Península e comprovante de reserva. >> A reserva terá um período de tolerância de 15 minutos. Expirado esse prazo o campo será liberado para utilização de outro proprietário. >> Não é permitido utilizar no campo, calçados com travas, salto alto e solado de couro. >> Não é permitido entrar no campo com garrafas, copos, comidas, cadeiras, bancos ou quaisquer objetos que possam danificar o gramado. >> Não é permitido fumar no gramado. >> Não é permitido animais no gramado. >> Em dias de chuva intensa, em que se formem poças, o campo não poderá ser utilizado. >> Caso não seja obedecida alguma regra acima, o campo será fechado imediatamente. Horário exclusivo para pelada de morador Terça-feira – 19:00h às 22:00h Quarta-feira – 19:00h às 22:00h Quinta-feira – 19:00 às 22:00h Sabádo – 8:30h as 13:00h / 16:00h as 19:00h (crianças) Domingo – 8:30h as 13:00h Feriados – 8:30h as 13:00h Nos dias e horários acima, os jogos são exclusivos para moradores. Para jogar basta que o morador compareça no campo apresente a carteira de morador da Península e inclua seu nome na lista.

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e nS aio eS por tivo

ponte com oriente Beleza, postura, concentração. A perfeição dos movimentos de Carlos Filipe, morador do Excellence, na espada japonesa. Ele se prepara para o exame no Japão.

Da linha do garrafão, Hu Zhengbing tenta acertar direto na cesta. Ufa!

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Celso, Michael e Ricardo: concentração e leveza durante o exercício.

Foi por pouco, muito pouco, que Eric não acertou a cesta.


e nS aio eS por tivo

h

á uma ponte invisível que liga povos, culturas, que transporta um pouco do oriente para o ocidente e vice-versa. Assim, nos jardins da Península, brasileiros, praticam o Shinto Ryu Budo, técnica de espada japonesa que tem como objetivo aprimorar o físico e o espiritual. É uma filosofia de vida, uma filosofia marcial. Em outro momento, chineses dão um show no garrafão. É o esporte que vibra na Península.

Yan Wei corre para fazer a bandeja. Foi tão rápido que o nosso fotógrafo perdeu a cesta, mas fica o registro.

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Saú de | Do ação de Leite

Leite materno, dose de carinho para toda a vida

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22

s benefícios da amamentação são velhos conhecidos da ciência, da medicina, de mães e bebês. Diversas pesquisas demonstram a importância do aleitamento materno como fonte de alimentação exclusiva até os seis meses de vida e comprovam o impacto positivo do leite humano na formação do sistema imunológico, prevenção de infecções e doenças diarreicas e no desenvolvimento cognitivo da criança. Essa estratégia nutricional é tão importante, que 22 países, liderados pelo Brasil por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), integram o Programa Iberoamericano de Bancos de Leite Humano (IberBLH), com o objetivo de garantir o aleitamento materno a todos os recémnascidos – incluindo bebês internados em unidades neonatais e filhos de mães impossibilitadas de amamentar. De 28 a 30 de setembro, representantes de todas as unidades do IberBLH estarão em Brasília para discutir os avanços e novos desafios na área, durante o V Congresso Brasileiro / I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano.

O coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RedeBLH) e chefe do Centro de Referência Nacional para Bancos de Leite Humano do Brasil, o engenheiro de alimentos João Aprígio Guerra de Almeida, explica que os bancos de leite humano criados no Brasil constituem hoje estratégia internacional para erradicar a mortalidade infantil, com ênfase na preservação da vida e da saúde de bebês. Para que os bancos de leite humano funcionem, é essencial a participação de mães em fase de amamentação. Muitas mulheres têm excesso de leite e podem doar esse alimento tão precioso aos bebês que precisam. João Aprígio informa que para se tornar doadora, além de ter excesso de leite, é preciso estar bem de saúde, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente. O leite


SAIBA COMO DOAR LEITE HUMANO O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias. É importante estar atenta às seguintes recomendações de higiene: >> Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais. >> Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço. >> Utilize máscara ou fralda para cobrir o nariz e a boca e evite conversar durante a retirada do leite. >> Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque-os com uma toalha limpa. Como armazenar o leite >> Separe um frasco de vidro com tampa plástica e retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa. >> Lave o frasco com água e sabão, enxaguando bem. >> Em uma panela, cubra o vidro e a tampa plástica com água e ferva-os por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura). >> Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar em um pano limpo, com a boca voltada para baixo. >> Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue, deixe secar naturalmente. Instruções para a ordenha >> Massageie as mamas de forma circular, começando pela aréola e abrangendo toda a mama.

>> Primeiro, coloque os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola. >> Firme os dedos e empurre-os para trás, em direção ao corpo. >> Comprima suavemente um dedo contra o outro, repetindo o movimento várias vezes, até o leite começar a sair. >> Despreze os primeiros jatos ou gotas e inicie a coleta no frasco. >> O frasco com leite humano deve ser armazenado no congelador ou freezer. Na próxima ordenha, utilize outro recipiente esterilizado e, ao terminar, acrescente o leite novo ao frasco que está no freezer ou congelador. O leite congelado pode ser armazenado por até 15 dias. Onde doar na Barra da Tijuca? Banco de Leite Humano da Maternidade Leila Diniz do Hospital Municipal Lourenço Jorge Av. Ayrton Senna, 2.000, Barra da Tijuca 3111-4930 E-mail: andrea-ricardo@ig.com.br

Saú de | Do ação de Leite

humano doado é distribuído com qualidade certificada aos bebês internados em unidades neonatais.


DECORAÇÃO | ENTREVI STA G LAU LERBAC K

Com o pé na cozinha

J

á reparou que as conversas sempre acabam na cozinha? Antes um local apenas de afazeres domésticos e refeições, as cozinhas hoje se integram à sala e viram um ótimo espaço para receber os amigos. Pequena ou grande, com um bom projeto, a cozinha pode ser funcional, e também moderna e convidativa.

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Segundo a arquiteta Glau Lerback, moradora do Style, a integração de uma cozinha considerada pequena com a sala proporciona uma sensação de amplitude ao ambiente. Porém, ela esclarece que essa integração deve ser feita definindo bem os espaços, para que a cozinha não “invada” a sala. “Não posso estar na sala e ver o fogão e a coifa, esteticamente não fica

agradável e também não é funcional. Para isso, é feito um balcão que separa os dois ambientes e ao mesmo tempo serve de apoio tanto para a sala quanto para a copa”. No entanto, para a arquiteta, ao realizar o projeto, é preciso avaliar a questão da circulação do vento na cozinha. Pois não é aconselhável incorporar os ambientes se a cozinha for fechada e tiver ventilação indireta. Porque não haveria uma boa dissipação do cheiro. Outro ponto que destaca é a cozinha com metragem grande. Para Glau Lerback, não


DECORAÇÃO | ENTREVI STA G LAU LERBAC K

é recomendado fazer esse tipo de integração porque não há necessidade de ampliar mais a área. Mas se a pessoa costuma recepcionar enquanto prepara o jantar, há maneiras de se realizar o projeto sem que se tenha a impressão de continuidade. Uma solução, segundo a arquiteta, é a instalação de ilha dividindo o espaço. Ela conta que projetou a cozinha de um cliente, que era bem ampla, com ilha, e o espaço ficou com “duas salas de jantar”. Porém, os ambientes eram diferenciados, um com jeito mais de cozinha e outro com mais de jantar. “Foi uma maneira de preencher o espaço, que a princípio ficaria vazio. É preciso avaliar as necessidades de cada cliente; neste caso a mesa era útil para o cliente. Portanto, deve haver uma preocupação tanto com a funcionalidade quanto com a estética do espaço”. Em termos de material para a decoração da cozinha, tem-se usado para as bancadas o marmoglass e o silestone de cor clara, o que proporciona a amplitude ao ambiente. Além disso, a saia da bancada está mais larga, o que dá um ar mais moderno. Faz-se uma espessura de no máximo 6 cm, para não perder espaço de armário. Para a cozinha não ficar toda clara, em um tom somente, pode-se investir nos revestimentos de pastilhas coloridas e painéis com madeira de demolição, o que esquenta a cozinha, explica Glau Lerback. A decoração da cozinha depende muito do gosto de cada cliente, e cabe ao decorador apresentar o que está no mercado e assim adaptar o projeto ao que ele deseja. Hoje isso é possível porque há uma variedade de fornecedores e produtos. “Com a diversidade de materiais e revestimentos, abre-se uma variedade de maneiras de se decorar um ambiente. Por isso, existe uma cozinha de cada jeito”. Contato: glaulerback@yahoo.com.br

Glau Lerback.


VIDA ANIMAL | PENÍN S ULA

Quantos somos

A

equipe de estagiários do convênio Carvalho Hosken/UFRRJ, sob a coordenação do biólogo, Cláudio H. Pereira, consultor da Carvalho Hosken, iniciou no dia 15 de setembro um trabalho de levantamento da população de gatos e saguis, visando ao conhecimento do comportamento desses animais na Península. Os gatos serão quantificados, incluindo os que se encontram nas trilhas da lagoa, para que um projeto de castração possa ser implantado de forma eficaz em toda a área da Península.

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Quanto aos saguis, o propósito será conhecer a dinâmica da população desses animais no complexo da vegetação das trilhas e sua influência sobre outras espécies de animais. Para isso, o biólogo Cláudio solicita especial atenção para que todo tipo

de fornecimento de alimentos seja evitado, visando não aproximar ou favorecer o aumento da população deles no local. Ele explica ainda que esses animais não são nativos da nossa região, portanto não têm predadores naturais, e possuem uma alimentação bastante diversificada, na qual se incluem insetos, pássaros e ovos. Dessa forma, se a população de saguis aumentar desenfreadamente, poderemos ter o número de pássaros reduzido, o que pode causar um desequilíbrio ecológico, afetando o meio ambiente e a nossa saúde e contribuindo para a extinção da diversidade biológica.


CAMPANHA | ADOTE UM G ATINHO

Esse gatinho é meu

A

Campanha Adote um Gatinho, lançada pela ASSAPE, anda conquistando corações na Península. O prestador de serviço Maurício Rodrigues comprou a ideia e presenteou o neto com um animalzinho. A ideia era adotar um filhotinho, para que a adaptação fosse mais fácil, mas o pequeno Bruno foi fisgado por um belo felino, frequentador assíduo da ASSAPE, que vivia deitado na porta da sede da Associação. Garfield, nome de gato famoso e jeito brincalhão, já tem novo endereço. Mas antes de ir pra casa, foi às compras com o seu novo dono, passou numa pet shop e fez a festa.

A irmã de Bruno, Carolina Rodrigues, foi quem fez as honras e levou o gatinho para o irmão. Garfield está com a vida que pediu a Deus: muito carinho, espaço especial e super paparicado. Se você também desejar levar um gatinho para casa, procure a ASSAPE para escolher o animal, e assim a Associação o entregará castrado e vermifugado.


comportamento

JOGO DE PODER Por Cidinha Fernandes

U

m dos motivos geradores de conflito num relacionamento de casal é a dificuldade de aceitar o outro com suas características específicas, justamente aquelas que o tornam diferente e único. Marido e mulher tentam manipular um ao outro, exigindo o que preencheria a sua própria expectativa, sem considerar que o outro é um ser distinto, impossível de ser “moldado”. O dominador exerce o poder que julga possuir, e para isso despende muita energia, não percebendo que o controle é uma ilusão. Ilusão calcada na tradição, nas crenças sociais, nos modelos familiares que não aceitam mudanças. Nas últimas décadas, evoluímos drasticamente em muitas áreas, mas continuamos atados aos antigos conceitos de hierarquia e poder. O que se deixa dominar usa isso como instrumento de controle: vitimizase, adoece, e domina o outro com sua fragilidade.

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Os papéis se complementam, pois para haver uma vítima é preciso um algoz; e para que este exista, é necessário que o outro se deixe abusar. Importante é notar que esses papéis são trocados conforme as circunstâncias, fazendo com que o que domina seja, em algumas situações, o dominado. E vice-versa. Essa dança na busca do poder continua vida afora; ninguém ganha e ambos perdem: se impedem de serem felizes, se sufocam

e se intoxicam. O equilíbrio só será possível quando cada um se responsabilizar pelos seus atos e parar de projetar suas próprias fragilidades no outro. Não nascemos prontos; o ser humano está sempre “em processo” de crescimento, evolução, desenvolvimento. Construímo-nos ao longo da vida e somos transformados a cada experiência vivenciada. A saúde de um relacionamento baseia-se na confiança, aceitação e respeito à individualidade de cada um. O relacionamento que se mantém é aquele que, amorosamente, administra as diferenças e as dificuldades inerentes ao convívio humano. Cidinha Fernandes, moradora da Península, é terapeuta, possui especialização em Clínica Psicológica na abordagem da Gestalt-Terapia, utilizando método fenomenológico e técnicas vivenciais.



por ta- r e tr ato

a vida flui Fotos Bruno Leão e Juliana Castro

Kátia e Aramides, moradores do Evidence, no final de semana, inclusive à noite, adoram bater papo no parque Green Lagoon. Doce prazer.

Portírio, morador do Sytle, aproveita a sombra da churrasqueira para ler o jornal, enquanto seu filho brinca pelo parque. Esse momento não tem preço.

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A cara de sapeca de Enzo não nega. O moleque dá trabalho para a mamãe Andréia, moradora do Style. Um trabalho com gosto de alegria.

O publicitário Landson, morador do Fit, desce todos os dias com filho para brincar no parquinho. Encontro mágico e para a vida toda.

Evelyn e Juan, moradores do Gauguin, adoram passear pela Península, sobretudo pela paz e


por ta- r e tr ato

J

á dizia Carlos Drummond de Andrade, a vida necessita de pausas. Aquele tempo mágico para não fazer nada e desfrutar: a serenidade, o olhar distante, um tempo pra si mesmo, repleto de pequenos prazeres. Numa caminhada pela Península, essa sensação se materializa em rostos, sorrisos, alegrias.

João Pedro se diverte no parquinho, e quando não está em algum brinquedo, está apostando corrida. Energia total.

tranquilidade. É tão bom, que nas madrugadas, saem para pedalar.

Pelos rostinhos suados, esta turma se esbaldou nas brincadeiras. E assim, os amigos Carlos (morador do Monet), Lucas (morador do Aquarela), Túlio (do Evidence) e Manuel e Caio (do Excellence) sentam, conversam, descansam. É aquela boa e velha pausa entre uma brincadeira e outra.

Disposição e energia não faltam ao casal Flavia e Ricardo, moradores do Fit, que caminham juntos praticamente todos os dias para manter a forma.

O skatista Miguel, do Green Star, aproveita a ciclovia da Península para fazer suas manobras radicais. Adrenalina pura.

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ENTREVI STA | OTACÍLIO CARVALHO

É de casa

A

qui, você vai sempre encontrar uma cara conhecida, pode ser o seu vizinho, alguém que tenha um trabalho relevante, que se destaque em sua atividade e que resida na Península. E nesta edição, o engenheiro Otacílio Carvalho, casado pai de dois filhos, ambos morando fora do país, um em Angola e outro na China, conta pra gente como foi viver por uma década no continente africano, os desafios, as diferenças culturais e o que trouxe na bagagem. Revista Península: Você trabalhou na Odebrecht durante 30 anos. Como foi o início da sua carreira? Otacílio Carvalho: Me formei em engenharia civil, em Pernambuco, e logo depois me graduei, entrei na Odebrecht, e fui trabalhar na Bahia. Em função de liderança, trabalhei em vários Estados do Brasil. Fui diretor em Rondônia, Goiás e nas usinas nucleares no Rio de Janeiro. Nos últimos 10 anos, fui presidente da empresa em Angola. Me desliguei há 7 anos, para cuidar da minha vida pessoal e dos meus próprios negócios.

para fazer parte de uma fundação beneficente que ele criou. Através desse trabalho, tive a oportunidade de viajar pelo país e conhecê-lo. Além disso, realizei campanhas aqui no Brasil em prol da fundação, arrecadando recursos. Considero muito importante essa experiência pessoal, pois aprendi a dar mais valor à vida. Me envolvi com comunidades muito pobres e sofridas, sobretudo com as crianças, a quem mais dediquei o trabalho.

Revista Península: Como foi passar uma década no continente africano? Otacílio Carvalho: Durante estes 10 anos, ficava o período de 30 dias em Angola e passava uma semana no Brasil. Foi uma experiência profissional e de vida muito interessante. Tudo muito diferente, as culturas totalmente diversas. Um desafio, tanto no aspecto profissional, quanto no pessoal.

Revista Península: Atualmente, como é o seu trabalho? Otacílio Carvalho: Hoje sou empresário, tenho negócios em Angola na área de construção, uma empresa chamada Urbanova, na área de empreendimentos imobiliários e comércio. Também sou sócio de uma empresa financeira na Bahia, tenho escritório no Rio de Janeiro, onde acompanho as minhas outras empresas, em Santa Catarina e na China. Uma trade que faz exportação para as nossas empresas em Angola e, de forma independente, também para outras empresas no Brasil.

Revista Península: Sua família residiu em algum momento desse período com você em Angola? Otacílio Carvalho: Não, porque nesse período em que vivi em Angola, o país estava em guerra. A guerra recomeçou em 1992, e com mais violência, e cheguei ao país no início de 1993. Fiquei até 2003, e a guerra terminara 1 ano antes. Então, não era conveniente a família ir para o país, nem visitar e muito menos morar.

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Revista Península: Como foi essa experiência de viver em um país em guerra? Otacílio Carvalho: Foi uma experiência muito positiva, porque precisei relançar a empresa, já que com a guerra, os projetos da Odebrecht ficaram paralisados. Foi um recomeço de implantação e invenção de novos projetos. Invenção, no bom sentido de desenvolver, foi um desafio profissional, que encarei. Quando me desliguei, a Odebrecht era a maior empresa em termos de volume de negócios tanto na área de construção como na área de diamantes. Inclusive, implantei a área de petróleo. Sob o aspecto pessoal, também foi enriquecedor. Fui escolhido pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos,

Revista Península: Existe diferença entre o mercado imobiliário brasileiro e angolano? Otacílio Carvalho: Uma diferença que observo é o tamanho do mercado; no nosso país, é bem maior. No entanto, em relação aos projetos de condomínios, casas ou edifícios, não vejo tanta diferença, os lançamentos são similares aos do Brasil. De uma forma geral, há proximidade entre os angolanos e os brasileiros. Há um grande fluxo de pessoas e firmas entre os dois países, as principais empresas de engenharia, como Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, estão no país. Revista Península: Após a guerra, houve um


Revista Península: Como conheceu a Península? Otacílio Carvalho: Comprei um escritório no Centro Empresarial do BarraShopping, e a empresa que me vendeu informou sobre o lançamento na Península. Gostei muito do projeto do Royal Green, vim conhecer a Península e achei um lugar interessante para se viver. Estava procurando um local para residir, já que me encontrava em um apartamento provisório, pois tinha me separado havia pouco tempo. Em agosto, fará 1 ano que estou na Península, e posso dizer que estou mais feliz em residir aqui do que nos outros condomínios em que morei na Sernambetiba. Revista Península: E do que mais gosta na Península? Otacílio Carvalho: São alguns fatores. Primeiro é a paz e a tranquilidade da Península. É um lugar realmente especial em termos de qualidade de vida, ausência de barulho, de grandes movimentos, o que ocorria quando morava perto da praia, principalmente na época do carnaval e

do verão, muito barulho e confusão. Outro fator é a proximidade e a disponibilidade da área de lazer. Gosto de jogar tênis, então a distância da minha casa para quadra é uma rua, é só cruzar. A localização do condomínio também é uma vantagem, pois fica perto dos shoppings, do centro comercial da Barra e do aeroporto. Considero ainda positiva a minha decisão de vir morar na Península. Apesar de estar convencido disso, tenho uma preocupação – não somente eu, mas outros moradores também –, que é a questão da manutenção. Esse ponto foi discutido em uma reunião com o senhor Carlos Felipe Andrade de Carvalho. Acreditamos que há uma deficiência por parte da ASSAPE em investir na manutenção do condomínio. É algo efetivo. Um exemplo são as quadras de tênis, área que mais frequento. Estão rachadas, e uma delas está fechada desde fevereiro. É claro que não podemos nos limitar às quadras, existem outros problemas. Percebemos que a Carvalho Hosken tem demonstrado atenção a este assunto, tanto que houve a contratação de um diretor, com quem tive uma reunião, que transmitiu uma ótima imagem pessoal, e se mostrou empenhado em resolver os problemas da Península. De forma geral, o que a Carvalho Hosken planejou tem tudo para fazer do condomínio um dos melhores lugares do Rio de Janeiro para se viver”. Assim, o verbo concorda com o sujeito correto.

ENTREVI STA | OTACÍLIO CARVALHO

grande investimento de multinacionais em Angola, até mesmo de empresas brasileiras, e com isso, desenvolvimento e crescimento. Como está o país hoje? Otacílio Carvalho: No momento, o país está sob os efeitos da crise econômica internacional, porém até 1 ano e meio atrás, crescia a uma taxa de 20% ao ano, muito mais elevado que a China. O que é um processo natural para um país que estava em guerra, e por essa razão, com a economia estagnada. Uma vez que há investimentos e desenvolvimento, o número desse crescimento parece muito mais significativo. Foi um movimento muito grande de empresas europeias e brasileiras, investindo nas áreas de construção, diamante e petróleo, sobretudo este último, que é a principal riqueza do país.


C ri s to R edentor e Corcovado | Um pou co da no ss a cidade

Rio Antigo Por Guilherme J. Pereira

É

inadmissível, para um turista, visitar a cidade maravilhosa sem conhecer o Cristo Redentor. Localizado no alto do morro do Corcovado, é a imagem brasileira mais conhecida pelo mundo. A paisagem do Corcovado sempre impressionou o público pela sua peculiaridade e sua harmonia com a natureza ao redor. Mas há 79 anos, tal paisagem era muito diferente, sem a presença da escultura no alto do morro. Então, podemos nos perguntar: como era o Corcovado antes do Cristo? Corcovado

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A história do morro do Corcovado começa no século XVI, quando os colonizadores portugueses batizaram a montanha de Pico da Tentação, em referência a um monte bíblico. Posteriormente, já no século XVII, o morro é rebatizado e passa a ter definitivamente

o nome de Corcovado, por causa de sua forma, que lembra uma corcova (corcunda). Até meados do século XVIII, a subida do morro do Corcovado era algo perigoso e inimaginável para a população em geral. Sua imagem estava presente somente para contemplação visual, despertando o imaginário dos cariocas. Essa condição passou a mudar devido à falta de água na cidade do Rio de Janeiro naquela época, quando o governo foi obrigado a criar um sistema de captação e transporte de água (aquedutos) até o centro da cidade, que tinha pretensão de solucionar os problemas de fornecimento de água.


Cristo Redentor A ideia da construção de um monumento no alto do morro do Corcovado surgiu com uma sugestão do Padre Pedro Maria Boss à princesa Isabel, para a construção de um monumento religioso no seu cume. A ideia, porém, só foi resgatada em 1921, devido às comemorações do centenário da Independência do Brasil. A pedra fundamental para a construção do monumento foi lançada em 1922 e, em 1923, foi realizado um amplo concurso internacional para a escolha do projeto a ser construído. O projeto vencedor foi o do engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa. Após o concurso, uma grande campanha nacional foi realizada, com a qual se arrecadaram fundos para a obra, que foi concluída em 1931. Por pouco, o Cristo Redentor não foi instalado no Pão de Açúcar ou no morro de Santo Antônio, já que foram lugares também sugeridos para o monumento.

O primeiro projeto do Cristo Redentor, na verdade, era bem diferente do que conhecemos atualmente. Segundo o projeto original, o Cristo deveria segurar o globo terrestre em uma das mãos e uma cruz na outra, mas a ideia de o Cristo estar de braços abertos caiu no gosto da população e acabou prevalecendo. Trazido em pedaços da França, o trem do morro do Corcovado foi utilizado ostensivamente para transportar as partes do monumento e seus trabalhadores durante toda a obra. A primeira parte a ficar pronta foi a cabeça, pode-se dizer, portanto, que o Cristo surgiu de cima para baixo, tendo toda a sua parte externa revestida por pedra-sabão, que tem como principal característica resistir melhor ao tempo e às variações de temperatura. Durante a inauguração em 1931, o então jornalista Assis Chateaubriand combinou com o ilustre cientista italiano Guglielmo Marconi que, a partir de um iate na baía de Nápoles, se emitiria um sinal elétrico que seria captado por uma estação na Inglaterra e retransmitido para o Brasil, fazendo com que as luzes do Cristo se acendessem. Tal plano nunca funcionou devido ao mau tempo, porém a imprensa da época afirmou que a engenhosa ideia foi um sucesso.

C ri s to R edentor e C orcovado | Um pou co da no ss a cidade

A expedição definitiva ao topo do Corcovado ocorreu em 1824 e foi liderada por Dom Pedro II 2 anos após a Independência do Brasil. Essa aventura teve como principal objetivo abrir caminho definitivo para o cume. Após a conquista do morro do Corcovado, Dom Pedro II autoriza, em 1882, a construção de uma das primeiras estradas de ferro do Brasil, a primeira eletrificada, concluída em 1885. O primeiro passageiro ilustre a embarcar na estação de trem do Corcovado, hoje tombada pelo Patrimônio Histórico, foi seu idealizador, Dom Pedro II. Entretanto, outras figuras ímpares nacionais e internacionais já foram transportadas pelos seus trilhos: Papa João Paulo II, Santos Dumont, Getúlio Vargas, Albert Einstein e a Princesa Diana são algumas das personalidades que tiveram o prazer de fazer o passeio.


R oteiro I nternacional | Atena s

Beleza e história Por Osmar Souza

V

isitar Atenas, capital da Grécia, é viajar no tempo, se perder em vielas e pisar em um dos maiores centros mundiais para a pesquisa arqueológica, entre eles a Acrópole, antigo centro sagrado da cidade, célebre em todo o mundo, tanto por sua relevância histórica como pelas ruínas de edifícios clássicos importantes como o Parthenon e o Erecteion. Fundada há mais de 3 mil anos, a capital grega, berço de Sócrates e de seu discípulo, Platão, é também uma cidade dos novos tempos e não vive apenas da história e da sua rica construção. Podemos observar em sua arquitetura três estilos bem marcantes: greco-romano, neoclássico e moderno. Atenas é para ser degustada mansamente. Só assim, com calma, você vai descobrir a beleza do lugar, onde os recantos se revelam graciosamente.

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A cidade fica a 10 km de Pireus, principal porto da Grécia e de acesso a ilhas e praias. É cercada por montanhas, e esse aspecto geográfico afasta o mau tempo que vem do norte da Europa, e mantém um clima agradável quase o ano todo. No verão, raramente chove, por isso, restaurantes, bares, discotecas e até cinemas são ao ar livre. Você vai se deslumbrar com vários pontos turísticos, entre

eles Acrópole e Parthenon, Museu Arqueológico Nacional, Estádio Olímpico e Plaka. Para quem não sabe, Plaka é o bairro boêmio de Atenas que fica aos pés de Acrópole. A partir do entardecer, o movimento de turistas e também de gregos é intenso. Você encontra bares, tabernas e discotecas, além de lojas, em ruelas simpáticas e arborizadas. Em cada esquina, uma surpresa, uma mulher fazendo renda na porta de sua casa, um mágico encantando as crianças com suas habilidades, ou ainda, um ambulante assando espigas de milho na brasa. Divirta-se, a festa vai pela noite afora. Em Atenas, tome cuidado com o trânsito. Lá, os motoristas também não respeitam as faixas de pedestres, e os carros são movidos a buzina. Linda o ano inteiro A Grécia tem os seus encantos em qualquer época do ano, depende do seu gosto. Muitos turistas dos países nórdicos, como os suecos, noruegueses e irlandeses, viajam para a Grécia no inverno para se esquentar um pouco.


O “must” da Grécia são os cruzeiros marítimos nas ilhas (LOUIS CRUISES). A Grécia tem mais de 2.000 ilhas, sendo que cerca de 700 são habitadas. A maioria fica no mar Egeu, e existem cruzeiros de todos os tipos, para todos os gostos e bolsos. E estando na Grécia, faça como os gregos: nos dias muito quentes, faça uma sesta à tarde, entre 14h e 17h, para você escapar do forte calor, descansar um pouco e estar pronto para a noite, que só começa após as 21h.

R oteiro I nternacional | Atena s

Os turistas brasileiros, no entanto, preferem visitar a Grécia de junho a setembro, quando o calor está mais a seu gosto e se pode aproveitar bem os cruzeiros nas ilhas.


Lazer | Teatro Infantil

Joaquim e as estrelas

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ma boa opção para a criançada é a peça infantil Joaquim e as Estrelas. A peça conta a história do menino Joaquim, que é apaixonado pelas estrelas e acredita que elas estão tristes porque a maioria das pessoas deixou de olhar para o céu. Joaquim deixa de comer, de ir à escola e de brincar, até que, a partir de um sonho, ele assume a missão de fazer com que as pessoas voltem a dar importância às estrelas. O ator João Velho (o Catraca, de “Malhação”, e filho de Cissa Guimarães e Paulo César Peréio) vive o personagem Joaquim. O elenco traz ainda Elisa Pinheiro (que vai protagonizar a série “Clandestinos”, de João Falcão, na TV Globo), Gisela de Castro, Morena Cattoni, Marcio Freitas, Peter Boos e Carolina Godinho. A autora da peça, Renata Mizrahi, é dramaturga, diretora

e professora de teatro. É também fundadora da Companhia Teatro de Nós, escreve para www.dramadiario.com e foi finalista do concurso nacional de dramaturgia infantil Ana Maria Machado 2009. Programa para a família toda, reúna a meninada e divirta-se. Centro Cultural Oi Futuro Rua Visconde de Pirajá, 54 Ipanema | RJ (21) 3201-3000 Sábado e domingo | 16h | R$ 10,00 Até 10 de outubro



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primavera | s how da natu reza

É primavera...


Deslumbre-se. Vivencie. Emocione-se com o show de cores e aromas.

primavera | s how da natu reza

A

Península desabrocha. Um espetáculo da natureza no “quintal” da sua casa.

Canção da Primavera Mário Quintana

Primavera cruza o rio Cruza o sonho que tu sonhas. Na cidade adormecida Primavera vem chegando. Catavento enlouqueceu, Ficou girando, girando. Em torno do catavento Dancemos todos em bando. Dancemos todos, dancemos, Amadas, Mortos, Amigos, Dancemos todos até Não mais saber-se o motivo... Até que as paineiras tenham Por sobre os muros florido!

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