Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2013

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RELATÓRIO SOBRE

OS

OBJETIVOS

DE

DESENVOLVIMENTO

DO

MILÉNIO 2013

A prevalência da insuficiência ponderal em 2011 revelouse mais elevada na Ásia Meridional (31%) e na África Subsariana (21%). Isto traduz-se em 57 milhões e 30 milhões de crianças com insuficiência ponderal na Ásia Meridional e África Subsariana, respetivamente. As evidências que apontam para os efeitos negativos da subnutrição sobre a sobrevivência, desenvolvimento pessoal e nacional e a saúde a longo prazo são irrefutáveis, exigindo ações urgentes.

Apesar dos contínuos progressos, a nível mundial, uma em cada quatro crianças apresenta sinais de raquitismo Número e percentagem de crianças com menos de cinco anos que apresentam raquitismo moderado ou grave, 1990, 2000 e 2011 Milhões

Percentagem

300

50

250

40

200 30 150 20 100 10

50 0

1990

2000

2011

0

Número de crianças com menos de cinco anos Percentagem de crianças com menos de cinco anos

O raquitismo em lactentes e crianças, definido como um comprimento ou altura inadequados para a idade, revela exposição crónica precoce a subnutrição. A nível mundial, em 2011, mais de um quarto (26%) das crianças com menos de cinco anos sofriam de raquitismo. Apesar de ser inaceitavelmente elevada, a atual percentagem representa um declínio de 35% entre 1990 e 2011 (de 253 para 165 milhões de crianças). A análise dos dados revela que as crianças dos agregados familiares mais pobres têm o dobro da probabilidade de sofrerem de raquitismo do que as crianças dos agregados familiares mais favorecidos. Todas as regiões assistiram à diminuição da incidência do raquitismo ao longo deste período, embora a prevalência do número de crianças com excesso de peso, outra vertente da má nutrição, esteja a aumentar. Estima-se que, em 2011, 43 milhões de crianças com menos de cinco anos tinham excesso de peso, o que representa 7% da população mundial neste grupo etário. Na África

Subsariana, a taxa de prevalência do excesso de peso mais do que duplicou entre 1990 e 2011 – passando dos 3% para os 7%. Em combinação com o crescimento da população e comparativamente com 1990, atualmente é três vezes maior o número de crianças com excesso de peso nessa região. A África Subsariana é agora o lar de quase um quarto da população infantil mundial com excesso de peso. As intervenções presentemente em curso que afetam diretamente o raquitismo e outros indicadores relacionados com a subnutrição têm de ser alargadas. Estas incluem medidas simples e eficazes em termos de custos durante a janela crítica de 1000 dias que abrange a gravidez e o período decorrido até a criança completar dois anos. Os amplamente comprovados benefícios de práticas alimentares apropriadas à idade no caso dos lactentes e crianças pequenas, devem ser aplicados ao longo de todo o ciclo de cuidados, incluindo a iniciação atempada da amamentação (no prazo de uma hora após o nascimento), o recurso exclusivo à amamentação durante os primeiros seis meses de vida da criança e a continuação da amamentação durante dois anos ou mais. A nível mundial, menos de metade dos recém-nascidos são amamentados no prazo de uma hora após o nascimento e apenas 39% das crianças é exclusivamente amamentada durante os primeiros seis meses de vida.


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