Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2012

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Graças ao aumento de fundos, o número de crianças que dormem sob mosquiteiros tratados com insecticida, na África Subsariana, tem aumentado Proporção de crianças com menos de 5 anos que dormem sob mosquiteiros tratados com insecticida, África Subsariana, princípios e finais da década de 2000 (percentagem)

0 - 9,99

10 - 24,99

25 - 49,99

50 - 74,99

Dados não disponíveis

* mapa reflecte as fronteiras de 2010

Os fundos internacionais destinados à luta contra a malária têm continuado a aumentar, o que permitiu que os países onde a doença é endémica melhorassem substancialmente o acesso a redes mosquiteiras tratadas com insecticida. Além disso, os inquéritos às famílias indicam que 96% dos membros do agregado familiar com acesso a essas redes as utilizam efectivamente. Estima-se que a percentagem de crianças que dormem debaixo de redes mosquiteiras tratadas com insecticida na África Subsariana subiu de 2%, em 2000, para 39%, em 2010. Além disso, os dados sobre programas indicam que a percentagem da população em risco protegida pela pulverização do interior das habitações com produtos de acção residual aumentou de menos de 5%, em 2005, para 73%, em 2009. O número de análises de diagnóstico rápido e de terapias combinadas à base de artemisina está igualmente a aumentar e os dados disponíveis indicam que a percentagem, a nível mundial, de casos suspeitos comunicados e que beneficiaram de teste parasitológico aumentou de 67%, em 2005, para 73#, em 2009. O maior aumento ocorreu na África Subsariana.

Há, no entanto, sinais preocupantes de que, apesar de estar dinâmica ter sido impressionante, está a abrandar, em grande medida devido à insuficiência de recursos. Os fundos internacionais parecem ter atingido um pico em 2011, ao atingirem os 1,9 mil milhões de dólares, uma quantia muito inferior aos 5-6 mil milhões de dólares necessários para assegurar o acesso universal a medidas de prevenção e controlo da malária. Nos países onde a malária é endémica os gastos internos com o combate à doença continuam, frequentemente, a ser insuficientes. A falta de fundos prejudica a realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio relacionados com a saúde, especialmente em África. Outro motivo de preocupação é o facto de a resistência a artemisina – uma componente essencial dos fármacos utilizados no tratamento da malária por Plasmodium falciparum – ter sido comunicada num número crescente de países do Sudeste Asiático. Em 27 países africanos e 41 países do mundo, foi assinalada a resistência a piretróides, os insecticidas utilizados no tratamento das redes e mais comummente usados na pulverização de habitações com produtos de acção residual. Se não for devidamente controlada, essa resistência pode ameaçar os progressos futuros.


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