JM ago/set 2012

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Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 21 > nº 116 > Ago/Set 2012

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PESQUISA E EXTENSÃO Congresso Metodista: mostre as suas ideias para o mundo Página 12

MERCADO Já pensou que as suas habilidades pessoais podem ser decisivas? Página 14


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jornal da Metodista AGO.SET

expediente Metô

editorial Quando ingressam na Universidade, muitos alunos não têm a dimensão do que irão encontrar pela frente e acreditam que tudo o que aprenderão se dará dentro da sala de aula. Em muitos momentos, o aprendizado se dá fora do Campus, em atividades que proporcionam, ao mesmo tempo, a oportunidade de os alunos colocarem seus conhecimentos em prática e beneficiarem a comunidade ao seu redor: são os Projetos de Extensão. No final de junho um grupo formado por 32 alunos da Universidade Metodista de São Paulo embarcou para o semiárido baiano, na cidade de Canudos, onde permaneceram até o

Clipping

começo de julho, promovendo atendimentos na área de saúde e desenvolvendo diversas atividades com a popu-lação local. Conheça um pouco mais dessa experiência nas próximas páginas desta edição do Jornal da Metodista, que traz também um perfil do jogador de basquete Joel Muñoz, panamenho que vem se destacando nas quadras brasileiras. Também confira outro lado da professora Rose Maria de Souza, que possui uma criação de mais de 15 cães. Você também fica por dentro do Congresso Metodista, que acontece em outubro; lê sobre as experiências dos alunos que há pouco retornaram

de intercâmbios, realizados por meio de diferentes programas, e se informe ainda sobre o projeto Uma Tarde na Universidade, do Programa Aquarela Terceira Idade na Universidade, que une este público aos demais alunos da Metodista. Projetos de Extensão, Congresso Metodista, Intercâmbios, Terceira Idade: como se vê, oportunidades de agregar conhecimento para além do aprendido em aula não faltam, basta se engajar. Boa leitura!

Marketing Político. Matéria publicada no Bom dia: ‘Humor’ não traz votos, dizem especialistas (21/07/2012)

vale a pena bater perna, comparar preços para fazer a melhor compra possível.”

Prof. dr. Marcio de Moraes Reitor

Metodista na mídia

“São Bernardo atualmente é referência no handebol e atualmente muitos atletas de outras regiões acabam vindo treinar na nossa cidade. Vejo que ter um complexo esportivo à disposição vai contribuir para que tanto a equipe de handebol masculina como a feminina possam evoluir na parte técnica e também na física.” Eduardo Carlone, treinador do time feminino da Metodista/São Bernardo. Matéria publicada no ABCD Maior: S.Bernardo prepara talentos para as olimpíadas de 2016 (19/07/2012)

“O eleitor não é tão ignorante quanto se pensa. Ele vai querer saber o que o candidato fez de importante pela cidade, quais são suas propostas.” Kleber Carrilho, professor da Universidade Metodista e especialista em

“O governo sentiu e resolveu tomar algumas medidas. As respostas não são imediatas, vão surtir efeito e, com o ajuste interno, terá aumento no número de contratações. Está havendo incentivo ao mercado local, terá aumento do consumo e de investimento.” David Hidorne, professor de economia da Universidade Metodista. Matéria publicada no ABCD Maior: Região contratou 5.810 trabalhadores neste ano (27/07/2012)

“Importante é olhar os anúncios com cuidado, porque às vezes o termo desconto é mais marketing. Então

Sandro Maskio, professor da Faculdade de Administração e Economia e coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista. Matéria publicada no Repórter Diário: Temporada é de liquidação de inverno (24/07/2012)

“O que determina o direito de

hora extra é a prestação de serviço. Não é porque um empregado dorme no local de trabalho que terá o direito de receber.” Elaine Saraiva, professora de direito trabalhista da Universidade Metodista. Matéria publicada no ABCD Maior: PEC das domésticas pretende abolir a cultura da servidão (05/08/2012)

FIQUE LIGADO NA EDIÇÃO ONLINE DO JORNAL DA METODISTA: WWW.METODISTA.BR

Conselho Diretor Paulo Roberto Lima Bruhn (Presidente), Nelson Custodio Ferr (Vice – Presidente), Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia Santos, Augusto Campos De Rezende, Carlos Alberto Ribeiro, Osvaldo Elias de Almeida, Marcos Sptizer, Ademir Aires Clavel, Oscar Francisco Alves, Regina Magna Araujo (Suplente), Valdecir Barreros (Suplente). Reitor Marcio de Moraes Pró-Reitora de Graduação Vera Lúcia G. Stivaletti Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Fábio Botelho Josgrilberg Diretores Acadêmicos Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia); Jung Mo Sung (Faculdade de Humanidades e Direito); Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços); Luiz Silvério Silva (Faculdade de Administração e Economia); Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação); Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia) Diretor de Comunicação e Marketing Paulo Roberto Salles Garcia Gerente de Comunicação Victor Kazuo Teramoto Edição e revisão Israel Bumajny (MTb 60.545) e Gabriela Rodrigues (MTb 39.324) Redação Gabriela Rodrigues e Israel Bumajny Projeto e diagramação Timbre Consultoria em Marcas e Design Tiragem: 20.000 exemplares

Redação Rua do Sacramento, 230 – Ed. Ró Rudge Ramos – São Bernardo do Campo, SP – Cep 09640-000 Tel.: (11) 4366-5599 E-mail: imprensa@metodista.br Site: www.metodista.br A Universidade Metodista de São Paulo é filiada à:


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AGO.SET

esportes Metô

Joel Muñoz: do Panamá para o Brasil VEM SENDO DESTAQUE NO TIME DE BASQUETE

Se para os padrões brasileiros o panamenho Joel Muñoz, 1,76 m, está até um pouco acima da média (1,73 para os homens, segundo dados do IBGE de 2009), entre seus colegas de profissão ele poderia ser tachado de baixinho: Muñoz é jogador de basquete. Os armadores, posição em que atua, medem entre 1,83 m e 1,91 m, sendo os menores jogadores. Mesmo assim, o jogador de 32 anos vem se destacando no time Metodista/São Bernardo, equipe que representa desde o começo do ano. Na primeira fase do Campeonato Paulista, ele foi o jogador mais eficiente do time, com o maior número de assistências (segundo maior do campeonato), maior número de bolas recuperadas (terceiro maior do campeonato), terceiro maior cestinha e o segundo que mais converte cestas de três pontos e lances livres. “Esta é a grande pergunta”, afirma Muñoz, já acostumado em ser questionado sobre sua baixa estatura para os padrões das quadras de basquete. “Eu dou graças a Deus pelo tamanho que tenho e pelas habilidades que desenvolvi”, conta o armador, que prefere aproveitar as virtudes a ficar sonhando com uma altura maior. Com um jeito de falar tranquilo, quase tímido, Muñoz já está habituado ao português. Afinal de contas, já está no Brasil desde 2007, quando foi chamado para jogar no Bahia. Após uma temporada em que disputou o NBB (Novo Basquete Brasil), mudouse para o Saldanha da Gama, atual Vitória, onde permaneceu por outras duas temporadas do NBB. O armador também já se habituou ao instável clima paulista. “[Em Vitória] Morava perto da praia, com muito sol. [Em São Paulo] Hoje está quente, às vezes o dia está muito frio. Mas com um mês já deu para acostumar.” Além do clima, Muñoz também aponta outras diferenças: “As estru-

METODISTA/SÃO BERNARDO

turas são diferentes. Aqui na Metodista a estrutura é de primeiro mundo. Fisioterapia, ginásio, academia... são duas situações diferentes.” O jogador parece estar se sentindo em casa, já familiarizado com a comissão técnica e os outros colegas. “Estou gostando da Metodista, os jogadores são de primeira. A parte técnica, técnicos, preparadores físicos, fisioterapeutas, são ótimas pessoas. Estou bem, isto é que é o mais importante. O jogador, seja de basquete, de futebol, de vôlei, tem que estar bem. Estou feliz e tranquilo.” Se encontrou uma família na equipe Metodista/São Bernardo, Muñoz não se esquece da família que continua no Panamá, a esposa, Charlotte e o filho Bryan. Com 11 anos, Bryan já segue os passos do pai, jogando desde os seis anos. “Ele joga em um time sub-11 e está na seleção da escola dele, sabe os nomes dos jogadores da NBA (a liga de basquete norte-americana)”, comenta o pai, orgulhoso. A saudade é aplacada com a internet, webcam e celular. Além disso, eles costumam ficar pelo menos um mês no Brasil. “A presença física é a única que falta”, comenta. Muñoz aponta que o primeiro objetivo do time foi alcançado: a classificação para a 2ª fase do Campeonato Paulista. Para ele, o fato de cada integrante da comissão técnica acreditar no outro faz com que o basquete possa chegar ainda mais longe. “Eles vão subir a escada degrau por degrau, pouco a pouco”. O primeiro degrau foi a primeira fase. O segundo é ficar entre os melhores do Paulista. O terceiro passo é disputar o NBB, prevê Muñoz. Para quem saiu do Panamá, passou pela Bahia, Espírito Santo e chegou a São Bernardo do Campo, percorrer mais alguns passos não será tarefa tão difícil. Israel Bumajny

Mônica Rodrigues

[ JOGADOR

> Joel Muñoz (à esq.), o panamenho que, apesar da baixa estatura para um jogador de basquete, vem se destacando no time da Metodista

Próximos jogos Basquete masculino (Camp. paulista) Jogos no Ginásio de Esportes da Metodista 01/09 (Sáb/18h) Metodista/São Bernardo x Mogi das Cruzes/Sanifill 15/09 (Sáb / 18h) Metodista/São Bernardo x Paulistano Unimed 29/09 (Sáb / 18h) Metodista/São Bernardo x S.E. Palmeiras 06/10 (Sáb / 18h) Metodista/São Bernardo x Inter./Prefeitura de Santos Handebol Liga Nacional (jogos no Baetão) 04/10 (Qui / 18h) Masculino Metodista/SBC/Besni x Itapema 04/10 (Qui / 20h) Feminino Metodista/SBC/Besni x Concórdia 06/10 (Sáb / 16h) Fem. Metodista/SBC/Besni x Blumenau 06/10 (Sáb / 18h) Masc. Metodista/SBC/Besni x Londrina 27/10 (Sáb / 16h) Masc. Metodista/SBC/Besni x Força Jovem 03/11 (Sáb / 16h) Fem. Metodista/SBC/Besni x Itapevi

Esporte Metô nas redes sociais Fique por dentro das novidades das equipes de handebol e de basquete pelo twitter @EsporteMeto e pelo Facebook, na página Universidade Metodista de São Paulo – Oficial. Jogos regionais: campeões em dose dupla As equipes masculina e feminina de handebol da Metodista/São Bernardo/Besni conquistaram o título de campeões dos Jogos Regionais, que aconteceram em julho. O time masculino venceu a final em cima do Taboão da Serra, seu 16º título. Já o feminino foi hexacampeão vencendo o rival Santo André.


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talento Metô

o que o professor faz fora da sala de aula

Rose Maria de Souza: mais de 300 cães salvos [ PROFESSORA

DO

NÚCLEO

DE

FORMAÇÃO CIDADÃ

Rolha, Leandro, Toco, Tico, Teco, Pit, Guti, Neguinha, Pen, Drive, Cristina, Semp, Dolívio, Leopoldo, Johnny, Mônica Rodrigues

> Professora Rose durante uma das apresentações do Núcleo de Formação Cidadã

sempre Metô

DA

METODISTA

TEM COMO HOBBY A CRIAÇÃO DE CÃES

Lilico, Nica, Branquinha, Charles, Cock e Nega Vitória. Poderia ser uma chamada de aula, mas estes não são exatamente alunos de Rose Maria de Souza, 49, professora de Educação Física e do Núcleo de Formação Cidadã; são seus cães. Professora há 12 anos, Rose foi criada desde criança com bichos e já tinha o costume de pegar gatos abandonados na rua. Quando começou a ter o próprio dinheiro começou a criar cães. Ela costuma pegar animais debilitados e, quando se recuperam, acha um lugar para eles, por meio de feiras de adoção, por exemplo. Há dois anos comprou uma casa para os cães, com direito a rampa para os que têm três patas. “Depois que salva dá para adotar. Comigo ficaram os que não são considerados belos, os que nunca vão sarar, mas têm toda a dignidade”. Rose conta que não fica buscando os cachorros.

“Eles me pegam. Eles vão morrer na frente do meu carro, ou na porta de casa. Acho que um conta para o outro. Eu não posso pegar todos, porque tenho o bom-senso de cuidar bem. Já encaminhei 300 bichos para lares.” A professora gasta R$ 3 mil por mês com ração – mais de 180 quilos por mês –, veterinário, entre outros gastos e tem uma funcionária que fica o dia inteiro com os animais. “Meus bichos não ficam presos e gostam de pessoas. As pessoas vão visitar, quem vai lá tem que gostar.” Ela até pensa em abrir um espaço para que as pessoas possam conviver com eles, fazer um “Day dog” para os amigos. Se na Metodista Rose ensina, quando visita seus cães, a cada dois dias, em média, ela aprende. “O que aprendi foi que tem uma solidariedade. O Guri estava atropelado e a Neguinha estava boa, mas ficou no meio-fio junto com

ele. Quando fui abordar, ela queria me morder para protegê-lo. Os Metralhas [como ela chama os dois irmãos] me ensinam um pouco de solidariedade e amor fraternal.” A professora diz que os cachorros são, ao mesmo tempo, frágeis, mas muito fortes. “Depois de meia hora os animais que foram maltratados voltam a confiar no humano, eles têm fé.” O fato de que existam tanto pessoas que maltratam os animais como as que cuidam, reforça a crença de Rose no ser humano e na sua própria missão de educadora. “O educador tem que acreditar sem ver, e aí você investe nisso. Esse relacionamento com os cachorros mostra que se tem um ser humano que é ruim, o outro é bom, ajuda, faz acreditar no humano”, conclui. Israel Bumajny

reconhecendo o talento de egressos

Paulo André, devorador de prêmios [ EGRESSO

DO CURSO DE

PUBLICIDADE

Talvez o fato de ter batizado seu estúdio de publicidade Zombie Studio tenha transformado Paulo André Dantas Garcia, 29 anos, egresso de Publicidade e Propaganda da Metodista, em um devorador. Não de cérebros, como as míticas figuras consagradas na cultura popular, mas sim de prêmios. Desde o ano passado, quando foi montado, o Zombie Studio – de 3D, foto e ilustração, voltado ao mercado de publicidade – já “engoliu” dois Bronzes no Eurobest 2011, um Virtuoso Award no Golden Drum 2011, um Bronze no Épica 2011 e um Ouro no Golden Hammer 2011. Segundo Paulo, os prêmios em festivais internacionais resultaram em visibilidade ao trabalho da Zombie.

E

PROPAGANDA

APONTA

AGICOM Divulgação

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Ilustração que rendeu a Paulo o Bronze no Epica Awards 2011

“Agora em 2012, ganhamos os prêmios de maior destaque para o estúdio, com a conquista de um Leão de Prata e três de Bronze no Festival de Cannes 2012, que hoje é tido como o

COMO UM DOS DESTAQUES DO CURSO

festival mais importante do mercado de propaganda no mundo”, conta. Mas todas essas premiações não surgiram do nada. Foram oito anos de trabalho antes de Paulo montar seu próprio estúdio. Neste tempo, ele teve passagens como diretor de arte em algumas das principais agências do país, como Leo Burnett, Young&Rubican e W/Mccann. Mas tudo começou lá atrás, entre 2000 e 2004, quando Paulo cursou Publicidade e Propaganda e pôde ter um gostinho de como seria o mercado na AgCM (antiga Agência de Publicidade e Propaganda e Comunicação Mercadológica, que em 2009 deu origem à AGiCOM, Agência Integrada de Comunicação, que reúne as

agências experimentais de todos os cursos da Faculdade de Comunicação da Metodista). Além de ter escolhido a Metodista “pela excelente avaliação do curso de Publicidade e Propaganda”, Paulo aponta a AGiCOM como seu principal diferencial: “O curso é muito bom, mas o principal diferencial é a Agência, que me ensinou na prática o que vi durante o curso, como também me forneceu uma ideia inicial de como era o mercado que estava me preparando para entrar.” Confira o trabalho de Paulo no site http://zombiestudio.com.br. Israel Bumajny


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espaço Pastoral

Encontros e Despedidas Começamos mais um semestre letivo e teremos muitos encontros, reencontros com amigos, professores e alunos. Também teremos despedidas... dos alunos que saem daqui profissionais formados e de colegas que encontram outro lugar, outra estação para parar. Isso nos lembra a canção de Milton Nascimento - Encontros e Despedidas – que nos permite fazer uma analogia entre a Universidade com a estação de trem.

Mande notícias Do mundo de lá Diz quem fica Me dê um abraço Venha me apertar Tô chegando... Estamos chegando para retomar nossas atividades, nos encontraremos nos corredores, na praça, no Centro de Convivência e serão muitos abraços e olás.

Coisa que gosto é poder partir Sem ter planos Melhor ainda é poder voltar Quando quero...

versidade em que passaram tantos anos.

Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai, quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim chegar e partir... Somos seres humanos e trazemos em nossos corações muitos sentimentos. Nas relações do dia a dia teremos momentos de sorrir e de chorar. Tem gente que veio para ficar, fará sua graduação, pós... e quem sabe se tornará um profissional da casa e fará daqui o seu lugar.

São só dois lados Da mesma viagem O trem que chega É o mesmo trem Da partida... A hora do encontro É também, despedida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar É a vida desse meu lugar É a vida...

Que bom poder voltar !

Todos os dias é um vai-e-vem A vida se repete na estação Tem gente que chega prá ficar Tem gente que vai Prá nunca mais... Temos muitas pessoas chegando, como novos alunos e alunas e novos colegas de trabalho. Também, outros que se despedem mas que mantêm a ligação com a Uni-

Sim, vivemos uma boa parte de nossa vida neste lugar nesta estação, temos encontros e despedidas... é a nossa vida neste lugar, é a vida.... Que neste semestre possamos ter momentos onde nosso sorriso possa encontrar com outros sorrisos, e que Deus esteja abençoando a nossa vida neste lugar. N. Mary Rosário Pastoral Universitária e Escolar

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Divulgação

AGO.SET

Realizado pela primeira vez durante o período de férias, 32 alunos da Metodista participaram do Projeto Canudos, desenvolvido junto à comunidade de mesmo nome, no interior baiano. Um ônibus, com 42 pessoas, saiu de São Paulo no final de junho, atravessou o sudeste e chegou em Canudos Velho, no sertão da Bahia. O trajeto de quase dois mil quilômetros, que levou 48 horas para ser percorrido, só seria refeito no sentido contrário mais de duas semanas depois. Entretanto, este ônibus não era como tantos outros que trafegam pelas es> Recreação também fez parte das atividades

tradas do País. Ele levava jovens estudantes cheios de expectativas, dispostos a utilizar parte de suas férias escolares para conhecer outra realidade, colocar seus conhecimentos teóricos em prática e a fazer o bem. “Não foi assistencialismo. Foi um trabalho ‘educosocial’, de ensinar a po-pulação a partir de coisas simples, do dia a dia deles, como ferver água antes de consumir, por exemplo”, conta Elsa Villon, aluna do 8º semestre de Jornalismo. Este é o princípio do Projeto Canudos – uma atividade de extensão coorDivulgação

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> Alunos de Jornalismo produzem documentário sobre projeto

denada pela Metodista e realizada em parceria com o Instituto Brasil Solidário para atendimento à comunidade local, que contou com a participação da Faculdade de Medicina do ABC a convite da Metodista – que reuniu alunos dos cursos de Biomedicina, Educação Física, Engenharia Ambiental, Farmácia, Fisioterapia, Jornalismo, Nutrição, Pedagogia e Odontologia. “A ideia é que o trabalho seja contínuo e que tenhamos quatro visitas ao ano: uma em abril e uma em outubro, para saber como a população está, estreitar a relação com eles e realizar atividades mais pontuais; e duas operações em janeiro e em julho, com o envolvimento de uma média de 40 alunos”, explica o coordenador dos projetos de extensão da Faculdade de Saúde, professor Victor Bigoli.

Alguns resultados Embora a maior parte das atividades tenha consistido em atendimentos à população na área da saúde – foram cerca de 500 no total, numa média de 70 a 80 por dia –, o projeto também contou com visitas de equipes às casas dos moradores para dar orientações, principalmente ligadas à higiene e para a prevenção de doenças; atividades de recreação para as crianças; e ensino de artesanato como forma de auxiliar os moradores a complementar a renda, uma vez que a cidade costuma receber turistas por conta de seu passado histórico – o líder Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos.


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Divulga ção

AGO.SET

> Alunos de Odontologia durante atendimento à população

A experiência de quem foi De acordo com o professor Victor Bigoli, como o intuito é que esse projeto tenha continuidade, “todas as informações coletadas durante essa intervenção servirão de base para as próximas ações e para a turma que for”. O docente explica ainda que, “a partir dos relatórios de cada área, os alunos tiveram a tarefa de desenvolver artigos científicos e, se possível, apresentar os resultados no Congresso Metodista. Já a equipe de Comunicação teve a missão de produzir um documentário sobre o projeto e a de Pedagogia realizou um diagnóstico da situação da educação na comunidade”.

Elsa Villon, do 8º semestre de Jornalismo, pode ser considerada veterana nesse tipo de iniciativa. No ano passado, ela participou do Rondon Nacional e conta que decidiu participar para conhecer o projeto, ver e entender outra realidade. “Em Jornalismo, a gente está muito preso ao ‘mundinho’ da redação, da TV. O meu intuito é ir atrás do que não é notícia ou não tão noticiado. Além disso, conhecer pessoas e histórias é crucial para a minha formação.” No entanto, a ida para Canudos, teve outra motivação. “Hoje estou próxima do meu objetivo, que é o de me formar. Sei que, se isso está sendo

possível, é graças a ajuda que tive. Quis ir para fazer algo por alguém.” Elsa cita algo que foi dito pelo professor Victor Bigoli. “Uma vez que você participa do Projeto de Extensão, você não será o mesmo e o projeto não será o mesmo”. Esta foi a primeira viagem com caráter social de João Paulo Urra, do 4º semestre de Educação Física. Ele conta que “as pessoas não têm banheiro em suas casas, tomam banho no açude, não têm energia elétrica e mesmo assim são felizes. O interessante é que todos são amigos, todos se cumprimentam e você não fica com medo de andar na rua à noite”.

O Jornal da Metodista conversou com Cíntia Crizol, do 5º semestre de Biomedicina, antes da viagem. Havia muitas expectativas com o que encontraria e uma certeza: “Sei que vou crescer profissionalmente, mas também vou aprender muito sobre o modo de vida deles. Será uma experiência positiva e diferente para todos nós”. >>

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Metodista no Rally dos Sertões

Ao retornar, a estudante confirma: “Aprendi muita coisa porque ainda não tinha feito nenhum estágio na área de Biomedicina. Tive um contato mais próximo com a população, com a cultura, com uma realidade totalmente diferente.” Uma das coisas que mais lhe chamou a atenção foi “a forma como nos recepcionaram. Era como se fôssemos parte da família, como se já nos conhecessem. Nós ficamos em casa de famílias e fomos acolhidos de uma forma diferente.” E

> Atendimentos variaram de 70 a 80 por dia

completa: “Eles têm uma vida simples, totalmente diferente da daqui. Eles têm muito pouco, mas oferecem de todo coração o que têm. Quando você volta, percebe que várias coisas não são tão importantes assim. Você volta revendo seus valores”. Para participar, procure a coordenação de seu curso e fique atento às divulgações da Universidade. Gabriela Rodrigues Divulgação

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Desde o dia 16 de agosto e até o dia 31, uma equipe da Universidade está no Nordeste participando do trabalho de ação social do Rally dos Sertões. A convite do Instituto Brasil Solidário, a Metodista é a responsável pelas atividades de atendimento à população das cidades que estão no trajeto da competição neste ano. Sob coordenação do professor da Faculdade da Saúde, Victor Bigoli, o grupo é formado por alunos dos cursos de Odontologia, Nutrição, Biomedicina, Jornalismo, além de médicas da Faculdade de Medicina do ABC, que integram o grupo como convidadas. Victor Bigoli afirma que “apesar da experiência de ter coordenado diversos projetos, é algo totalmente novo, por ser itinerante, em que ficaremos no máximo dois dias em cada cidade.” Ele reforça ainda a importância do envolvimento dos alunos neste tipo de ação. “É uma experiência que eles também levam para a vida profissional.” Silvana dos Santos, do 8º semestre de Odontologia, concorda. “Esta é uma chance de exercer a profissão. Isso me ajudou a crescer a ponto de eu ter certeza do que eu quero para a minha vida.” Em seu quarto projeto de extensão, ela se diz “viciada” desde o primeiro que participou, o do Rondon, e lamenta não ter participado antes. “Se eu soubesse que era tão bom, não teria deixado para ir só nos dois últimos anos do curso.” Para se ter uma ideia da dimensão do projeto no rali, em dois dias em São Luís (MA), foram feitos 97 exames laboratoriais, 75 atendimentos médicos, 65 odontológicos, 66 consultas de nutrição, 60 moradores passaram pela fisioterapia e cerca de 50 crianças participaram das atividades de recreação. A equipe passará por Bacabal (MA), Barra do Corda (MA), Carolina (MA), Iguatu (CE) e Fortaleza (CE), onde encerrarão as atividades. Acompanhe o dia a dia do projeto e veja as fotos no blog http://metodistanorally.wordpress.com e na página dos Projetos de Extensão da FacSaúde no Facebook – projetoextensaometodista.


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AGO.SET

Você faz parte disso: Balanço Social 2011 AÇÕES COMPILADAS NO DOCUMENTO CONTARAM COM PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS ENVOLVIDOS EM PROJETOS VOLTADOS À COMUNIDADE

Todos podem participar, não importa a área Alguns Projetos de Extensão, como o Projeto Canudos (leia mais nas páginas 6, 7 e 8), são multidisciplinares e permitem que estudantes de diferentes cursos componham as equipes de trabalho. No entanto, cada faculdade possui ações específicas. Na área de Comunicação, por exemplo, há a produção do jornal Grito dos Excluídos. Realizado em parceria com a Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos, o veículo é distribuído durante manifestações realizadas no dia 7 de Setembro, numa iniciativa que se propõe a chamar a atenção da sociedade para as condições de exclusão social. Na semana que antecede o evento também é feito um trabalho de assessoria de imprensa. Jéssica Rodrigues, do 6º semestre de Jornalismo, conta que as atividades duraram cerca de um mês, mas que “foram semanas intensas, porque arrumamos a lista de contatos com a imprensa do País inteiro, cobrimos uma coletiva e, no outro dia, a passeata. Nunca tinha ido numa manifesta-

ção antes, foi emocionante”. Segundo ela, “até então só tinha trabalhado em redação e esta foi uma experiência nova, uma forma de conhecer outro ramo da carreira. Além de contar no currículo, você conhece outra realidade”.

Arquivo pessoal

A Metodista acaba de publicar seu Balanço Social 2011. Se a pergunta que você fez ao ler a frase anterior foi “e o que eu tenho a ver com isso?”, saiba que a resposta é: muito. Sim, porque grande parte das ações estão relacionadas e foram realizadas por você, aluno. Com este material, o Instituto Metodista de Ensino Superior (IMS) – entidade mantenedora da Universidade, dos Colégios Metodistas em São Bernardo do Campo, Bertioga, Itapeva, todos no estado de São Paulo, e do Instituto Educacional em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul – apresenta as iniciativas realizadas na área social, que abrangeram as comunidades interna e externa. Nesta edição do Jornal da Metodista, você conhece um pouco do que foi feito pelos alunos por meio dos Projetos de Extensão. O material completo está disponível no Portal da Metodista: www.metodista.br/balanco-social.

Atendendo à comunidade e aprendendo na prática A estudante do 7º semestre de Odontologia, Aline Gonçalves, participou do Rally Solidário, em parceria com o Instituto Brasil Solidário (IBS). Embora já tivesse atuado em outras ações sociais, como visitas a creches e chácaras de dependentes químicos, “a ideia de passar 18 dias no Sertão chamou muito a minha atenção pela possibilidade de passar um pouco do que sei para quem precisa”. Para ela, “esse tipo de atividade é de grande valia para o meu aprendizado, pois posso interagir com a comunidade, trocando conhecimentos e absorvendo seus valores e cultura. Esta é uma importante ferramenta para formação de profissionais humanizados e enriquecidos de valores éticos.” Além disso, a coordenadora de Extensão e Inclusão, professora Elizabete Renders, afirma que “essas ações são uma via de mão dupla, onde os saberes são compartilhados visando a transformação social e a emancipação dos sujeitos.” Ela explica ainda que as iniciativas fazem parte de um processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma conjunta e permitem uma relação transformadora entre universidade e sociedade. O coordenador dos Projetos de Extensão da Faculdade de Saúde, professor Victor Bigoli, destaca a importância de se inserir ainda durante os estudos nesse tipo de ação: “Colocar em prática os ensinamentos adquiridos em sala de aula antes mesmo da própria formação, traz confiança e alimenta o lado do voluntariado”. Gabriela Rodrigues

> Aline Gonçalves, que participou do Rally Solidário: interação com a comunidade e formação profissional


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internacional Metô

um mundo de oportunidades para os alunos

Alunos se reúnem para compartilhar experiências de intercâmbios [ INSCRIÇÕES

PARA PRÓXIMO

SEMESTRE ACADÊMICO

Momentos que nunca mais serão esquecidos. Essa expressão resume os depoimentos de alguns dos alunos que regressaram dos intercâmbios no final de julho e se reuniram no início de agosto para compartilhar o que viveram. Essas palavras resumem também a fala do reitor da Universidade, professor Marcio de Moraes, que esteve presente para dar as boas-vindas ao grupo. “Não se trata só de uma experiência acadêmica, mas de vida, que fica registrada para sempre em quem vai.” Letícia Silva Santos, do 7º semestre do curso de Letras (EAD) do Polo de São José dos Campos (SP), passou dois anos em Portugal, realizando parte da graduação na Universidade de Coimbra. “Fomos em 2010 e passamos bastante tempo em um lugar com uma cultura e uma linguagem diferentes, convivendo com pessoas do mundo inteiro. Foi uma experiência de vida em que cresci muito morando sozinha”.

COMEÇAM EM SETEMBRO Mônica Rodrigues

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> Experiências de quem foi aumentam expectativa de quem está de partida

Pedro Lima, do 4º semestre de Publicidade e Propaganda, ficou um semestre no Chile, na Universidade Mayor. “Como quero trabalhar na área de atendimento ao público, é importante conhecer novas pessoas. E a melhor maneira é em uma viagem internacional. Voltei mais ‘aberto’, pronto para outra.” A diferença cultural no aspecto acadêmico foi destacado por Ariane Brione, de Jornalismo, que passou um semestre

na Universidade de Valencia (Espanha). Por valorizarem a parte teórica, ela comenta que precisou ler e estudar muito. “Em uma das provas, vi que os outros alunos escreviam bastante e decidi ser objetiva. Depois da correção, o professor veio conversar comigo porque eu tinha escrito uma página e meia e os meus colegas três. Ele não achava justo com eles e me aplicou uma prova oral.”

Motivação para quem vai No encontro, estiveram presentes ainda os estudantes que cursarão uma parte dos estudos em outro país. José Henrique Lincoln, do 8º semestre de Engenharia da Computação, foi contemplado com uma bolsa de estudos do Programa Ciência sem Fronteiras – iniciativa dos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação – e estudará por um ano na Universidade Católica Portuguesa. “A ideia de participar do intercâmbio é pensando no futuro, em ter algo que me diferencie quando eu me formar”. Ficou interessado? Então não perca esta oportunidade: entre os dias 03 de setembro e 03 de outubro estarão abertas as inscrições para o Programa Semestre Acadêmico. As informações completas estão no site: www.metodista.br/ari. Gabriela Rodrigues


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ABR.MAI

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SOCIAL MEDIA WEEK ESTÁ DE VOLTA A segunda edição do ano da Social Media Week de São Paulo promete trazer um cardápio variado, rico e pragmático de atividades e convidados de Social Media. A intenção é seguir com o mesmo conceito de discutir a extensão comportamental das mudanças que as mídias sociais estão causando na sociedade, governos e corporações, e também o impacto que elas causam no business das empresas, no marketing e publicidade. Quando: 24 a 28 de setembro. Onde: Museu da Imagem e do Som - Av. Europa, 158 - Pinheiros, São Paulo-SP. Quanto: entrada gratuita.

1000 Lugares para Conhecer Antes de Morrer Você vai se deliciar com esta seleção do que existe de melhor para ser visto e apreciado nos cinco continentes – de belezas naturais a maravilhas criadas pelo homem. Entre as opções selecionadas por Patrícia Schultz para atender a todos os gostos e bolsos estão reservas ecológicas, ruínas sagradas, resorts, restaurantes, vilarejos esquecidos pelo tempo, museus, teatros, catedrais, fiordes, cavernas, cruzeiros, safáris, trilhas, passeios de balão e ilhas fantásticas. Sem falar nos eventos culturais, artísticos, gastronômicos, religiosos e esportivos e nos incríveis roteiros por palácios e vinhedos. Não importa qual destino você esteja procurando. Ao final de cada texto, o guia lhe diz como chegar lá, fornece telefones, sites, emails, indica a melhor época para o passeio e lista preços aproximados no Brasil e no exterior. Caso ainda não saiba para onde ir, saboreie os textos leves e bem-humorados da autora sobre o que há de especial em cada uma dessas maravilhas – com toda a certeza, descobrirá o lugar perfeito, afinal você está com o mundo nas mãos. Autora > Patricia Schultz Editora/Páginas > Sextante/752 Preço > R$ 39,90

Estes títulos podem ser encontrados na Livraria Direta, na R. Mário Fongaro, 241, próxima ao Campus Vergueiro. Mais informações: (11) 2355-4743 ou www.livrariadireta.com.br

Filme Divulgação

Livro Divulgação

Palestra

Cultura Invictus

Após quase 30 anos na prisão sob a linha segregacionista do regime de apartheid, Mandela saiu da cela prisional para o salão presidencial. Com o poder nas mãos, ele tinha tudo para descontar tudo que viveu: vingança, revanchismo, ajuste de contas. Mas ele fez diferente: superou os preconceitos e medos de todos os lados ao propor a construção de uma nova sociedade baseada na reconciliação. Para tanto, duas decisões foram significativas. Primeiro, a realização da chamada “Comissão da Verdade e da Reconciliação”. Em vez de estimular uma caça aos promotores sanguinolentos do apartheid ou conduzir uma anistia ampla e irrestrita apenas como forma de esquecimento dos horrores da segregação racial, aquele tribunal colocava cara a cara ofensores e ofendidos. Como uma espécie de tribunal moral, ali começava o processo de pacificação sem o qual o país mergulharia na vingança sem fim. A outra forma de reagregar o país dividido foi a decisão de Mandela de incentivar a conquista da Copa do Mundo de rugby pela seleção sul-africana, no ano em que a sede do evento seria a África do Sul. A divisão racial tinha levado os negros a identificar a seleção nacional como um símbolo da supremacia branca, o que os fazia torcer sempre pelo adversário em campo. No país que esperava vingança, ele dava o exemplo de justiça. Ele não foi derrotado pelas algemas do apartheid nem pelo revanchismo nos tempos da cólera racial. Por isso, tornou-se um homem invicto, vencedor. Direção > Clint Eastwood Ano > 2009

dicas dos alunos Aluno > Henrique Cidreira Curso > Design de Interiores Filme > Sete Vidas

Aluno > Weslley Duarte Curso > Educação Física Filme > Wall-E

Ben Thomas (Will Smith) é um agente do imposto de renda que possui um segredo trágico. Por conta disso, ele é um homem que tem um grande sentimento de culpa, o que faz com que salve as vidas de completos desconhecidos. No filme, sete pessoas estão em momentos decisivos de sua vida e estão na lista de Ben, para que ele possa salválas. Porém, tudo muda quando ele conhece Emily Posa (Rosario Dawnson). Pela primeira vez é Ben quem tem a chance de ser salvo.”

Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse alguns poucos anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. Wall-E é o último destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao autoconserto de suas peças. Até que um dia surge uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva, por quem Wall-E logo se apaixona.”

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jornalismo Científico

Congresso Metodista: mostre as suas ideias para o mundo [ PARA

PRESIDENTE DO

CONGRESSO,

Ao contrário da opinião de muitos, um evento onde são apresentados e discutidas produções científicas pode sim ser interessante. E a oportunidade de comprovar isso já tem data marcada. O Congresso Metodista será realizado nos dias 23 e 24 de outubro nos Campi da Universidade e no dia 27 de outubro para a modalidade a distância. “Este é um momento de encontrar e conhecer pessoas, estabelecer parcerias e de ‘arejar a cabeça’”, comenta a presidente do Congresso, professora Elizabeth Gonçalves. Ela afirma ainda que “este é um espaço para mostrar o que está sendo produzido e receber contribuições de colegas, podendo ter mais embasamento para o trabalho.” Segundo a docente, a Universidade está baseada em três pilares e os relaciona com a pesquisa: Ensino – patamar em que, no geral, as pessoas possuem o mesmo nível de conhecimento –, Pesquisa – etapa na qual apenas uma parcela de um grupo descobre algo que as pessoas não sabem, agregando conhecimento – e Extensão – quando se torna público para a comunidade o que se pesquisou. Na Graduação é possível dar os primeiros passos nesse sentido por meio da Iniciação Científica. Elizabeth Gonçalves explica que, em contato com um orientador, o estudante pode fazer projetos que venham a contribuir com a pesquisa deste professor. Ela ressalta que “é uma oportunidade de fazer algo além da sala de aula, de ‘abrir a cabeça’

EVENTO É OPORTUNIDADE DE CONHECER PESSOAS, ESTABELECER PARCERIAS E “AREJAR A CABEÇA”

porque grande parte do conhecimento vem de fora. Geralmente quem participa fica ‘contaminado’ e passa a se desenvolver nisso”. A professora diz também que qualquer assunto pode virar tema de trabalho. “Eu soube de um trabalho em que a autora decidiu falar sobre a utilização da arte na abertura da novela Gabriela”.

“ESTE

É UM MOMENTO DE EN-

CONTRAR E CONHECER PESSOAS, ESTABELECER PARCERIAS E DE

‘AREJAR

A CABEÇA’”

Pesquisa faz parte do dia a dia profissional Para quem pensa que as disciplinas relacionadas à metodologia científica tratam somente de assuntos teóricos, distantes da realidade do dia a dia dos profissionais que atuam nas empresas, engana-se. “A pesquisa não se restringe à academia. Na área de Comunicação, antes de elaborar uma campanha, você precisa fazer uma pesquisa sobre o consumidor. Na área da Saúde, um aluno que começa a trabalhar em um laboratório vai se deparar com a necessidade de pesquisar outros caminhos para chegar a um resultado”, afirma Elizabeth Gonçalves. “Todo mercado profissional está pautado em pesquisa, independente da área”, completa.

Não perca o prazo As inscrições para o Congresso Metodista podem ser feitas até o dia 31 de agosto e são gratuitas. A participação é aberta a todos os estudantes da Universidade – Graduação, Pós-Graduação (lato e stricto sensu) e a pesquisadores da comunidade científica. Os alunos da Metodista já estão automaticamente inscritos como ouvintes e poderão obter horas complementares atribuídas às diferentes atividades realizadas, como monitoria, além de certificado de participação, por apresentação de trabalho ou como ouvinte. Mais informações sobre a programação estão disponíveis no Portal da Metodista: www.metodista.br.

De acordo com a professora, “desenvolver pesquisas agrega ao currículo autoridade de quem produz conhecimento” e exemplifica com uma situação cotidiana comum. “Você está procurando um médico de determinada especialidade e encontra dois nomes. Um deles publicou seu último trabalho em 1979 e o outro apresentou um no ano passado na Holanda.

Com quem você agenda a consulta?”. Elizabeth finaliza afirmando que “isso faz diferença mesmo em outras áreas, pois mostra que o profissional se mantém atualizado e em sintonia com as discussões que dizem respeito à sua atuação”. Gabriela Rodrigues


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Especial Jogos Olímpicos

Metodista nas competições em Londres [ PRIMEIRO

JOGOS OLÍMPICOS. AGORA, OS PARALÍMPICOS. SEJA ATLETAS, A UNIVERSIDADE TEM MARCADO PRESENÇA NESSES

FORAM OS

OU APOIANDO

NA COBERTURA DAS COMPETIÇÕES EVENTOS INTERNACIONAIS

Nove alunos do curso de Rádio, TV e Internet fizeram parte do projeto Olympic News Chanell, em que trabalharam na redação em São Paulo, acompanhando a cobertura dos Jogos Olímpicos de Londres. A equipe, composta por 24 produtores multimídia de diferentes faculdades, foi responsável por editar e publicar os melhores momentos das competições e enviar para o Portal Terra, que fez a transmissão por um canal de satélite próprio. Segundo o coordenador do curso, professor Marcelo Briseno, “esta iniciativa do Portal reconheceu a qualidade do curso de RTVI da Metodista, já que este projeto envolveu apenas um grupo seleto de instituições”. Ele ressalta ainda que, “para o aluno, foi uma oportunidade enriquecedora em que puderam fazer contatos com profissionais reconhecidos pelo mercado e mostraram seu talento”. Luiza Santaella Vivaz Oliveira, do 6º semestre, afirma que em seu turno havia seis estudantes da Metodista e valida a experiência. “Aprendi bastante na parte de edição dos vídeos que exportamos para o canal.” > Letícia, que nunca tinha pensado em virar atleta, orgulhosa de suas medalhas e na expectativa de novas

Esporte como meio de superação Letícia de Oliveira Freitas, 17 anos, está indo para o 2º semestre de Psicologia, mas está pensando em trancar para voltar no outro semestre. Não por não estar gostando do curso, mas para poder se dedicar ainda mais à vida de atleta. Aos sete anos, Letícia foi diagnosticada com uma doença degenerativa nos olhos e perdeu parte da visão. Agora, dez anos depois, ela disputará as Paralimpíadas de Londres, Inglaterra, pela seleção brasileira de natação. A escolha se deu após o Circuito Caixa, que serviu como seletiva. Nesta competição, ela bateu três recordes brasileiros: 50 metros livres, 100 me-

tros livres e 200 metros medley (em que o nadador pratica quatro séries de 50 metros com estilos diferentes). Letícia foi descoberta em um centro de apoio ao deficiente visual em 2007, durante uma avaliação de rotina. O técnico Luiz Antônio enxergou na menina a possibilidade de uma atleta e a levou para fazer um teste. De início, Letícia conquistou duas medalhas no Campeonato Regional de 2009, o que a motivou a aumentar os treinamentos, já com seu atual técnico, Felipe Moreno. O feito garantiu a convocação, no mesmo ano, para a seleção brasileira sub-21, para disputar o Pan-americano sub-21 na Colômbia. Resultado: três medalhas de prata

e duas de bronze. “A partir daí peguei o gosto pela natação. Nunca tinha imaginado ser atleta”, conta Letícia. “A cada dia o esporte me ajuda a superar os desafios”, garante a jovem, que atualmente faz parte da equipe Raia Olímpica, de São Bernardo do Campo, e treina na piscina da Academia-Escola da Metodista. “Com certeza ganhei mais autoestima, mais autoconfiança.” No final de junho, soube da convocação para disputar as Paralimpíadas. “Foi a melhor surpresa que já recebi.” No dia da entrevista ao Jornal da Metodista, Letícia acabara de voltar de Berlim, Alemanha, onde quebrou outros três recordes – 100 metros borboleta, 100 metros livres e 200 medley no

Swimming German Competition, conquistando uma medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze. No dia anterior à entrevista, mais três medalhas: “Ontem foi o Campeonato Regional, três de ouro”, conta, orgulhosa. “Meu sonho é ganhar uma medalha e eu vou para ganhar uma medalha nos 50 metros livres; nos 100 metros livres e nos 200 medley é pegar a final”, diz, sobre as expectativas para as Olimpíadas. “O esporte mudou totalmente a minha vida. É muito importante o deficiente se tornar atleta e a Metodista está sempre apoiando”, conclui. Gabriela Rodrigues e Israel Bumajny

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Mercado

como se posicionar profissionalmente

Já pensou que as suas habilidades pessoais podem ser decisivas? [ COMPETÊNCIA

EMOCIONAL VEM SENDO LEVADA EM CONTA EM SELEÇÕES PROFISSIONAIS Pedro Cavalheiro

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trabalho. Trabalhar em empresa é saber lidar com uma série de divergências”. “Não adianta eu querer que um jovem de 28 anos se comporte como uma pessoa de 40. Mas ele pode buscar formas de se equilibrar, como quando vai para uma terapia”, diz Maria do Carmo.

Mas é possível desenvolver essa competência?

Saber relacionar-se pode ser decisivo na carreira

Houve uma época em que um emprego era para a vida toda. Hoje, são muitos os motivos que levam os profissionais a procurarem outras oportunidades. Num contexto de rápidas mudanças em que diversos aspectos são influenciados – economia, comportamento, família, entre outros – com o mercado de trabalho e demais fatores relacionados, isso não poderia ser diferente. Se antes valorizava-se a especialização, atualmente é preciso acrescentar a este perfil certa dose de visão generalista. Some-se ainda o relacionamento interpessoal. Pode parecer algo simples, sem muita importância, mas que tem feito a diferença nas empresas e é conhecido como competência emocional. “Até mesmo profissionais de TI, que até então eram mais ou menos desculpados pela falta de habilidade com pessoas, não conseguem escapar dessa cobrança”, pondera o coordenador do curso de Gestão de Recursos Humanos, professor Rafael Chiuzi. A professora do Programa de PósGraduação em Psicologia, professora Maria do Carmo Guedes, tem observado em suas supervisões de estágio um

ponto que se repete com frequência e que “causa grandes problemas nas organizações é a falta de habilidade social”. E cita como exemplo: “Uma pessoa de determinada área da empresa que é um problema, que todo mundo reza para ela ir embora, que todos têm medo ou que causa confusão é reflexo dessa falta de habilidade”. Para Rafael Chiuzi, esse tipo de competência é vista pelas empresas desde o processo de seleção ao buscarem candidatos “que tenham sinais de maturidade emocional, o que independe da maturidade biológica. Hoje existe um discurso muito estereotipado de que o jovem é muito impetuoso, de que não sabe se comportar”.

Dando tempo ao tempo O que também faz parte desse quadro é a ansiedade de muitos jovens, que desejam uma rápida ascensão profissional. “Ninguém vira diretor da empresa em três anos”, comenta Maria do Carmo. A docente destaca que para crescer rapidamente na carreira, é preciso uma série de habilidades e competências que só o tempo desenvolve. “Não é a faculdade,

não é a pós-graduação, não é a especialização. Existe a necessidade de um amadurecimento pessoal, que só o tempo dá, e de um amadurecimento teórico, de convivência, de saber como as coisas são.” Para ela, o jovem “vai para dentro do seu trabalho com uma visão muito idealizada, por mais adequado e adaptado à realidade que seja o curso”. Rafael Chiuzi concorda: “Ao entrar em uma organização, ele vai se deparar com diversos fatores que até então não conhecia. Ele vai se deparar com muitas incongruências e vai vivenciar angústias por ter que lidar com algumas políticas que, muitas vezes, não estão de acordo com os seus valores.” Para o professor, “quando os jovens entram no mundo do trabalho, têm que aprender, por exemplo, o famoso ‘engolir sapo’ e isso para quem está começando é muito difícil. Mas existem várias maneiras de você conseguir lidar com situações desse tipo no ambiente de trabalho”. Ele enfatiza que “a competência emocional é muito importante para a convivência, não só com os chefes, com os líderes, mas também com os colegas de

De acordo com a professora, competência pode ser definida como “o conjunto de aptidões, de potencial treinável”. Portanto, é possível sim desenvolvê-la. Como este é um fator que pode influenciar e, por vezes, até ser decisivo em uma equipe, as organizações procuram capacitar seus funcionários neste sentido. “O coaching é uma ferramenta bastante utilizada”, comenta o professor Rafael. Entretanto, ele ressalta que “o primeiro passo é o sujeito ser mais consciente de si mesmo”. Para o Instituto Brasileiro de Coaching, este “é um processo que produz mudanças positivas e duradouras. O coaching é uma oportunidade de visualização clara dos pontos individuais, de aumento da autoconfiança, de quebrar barreiras de limitação, para que as pessoas possam conhecer e atingir seu potencial máximo e suas metas”. Maria do Carmo cita ainda o processo terapêutico. “Se o jovem está preparado teórica e tecnicamente, ele precisa avaliar se pessoalmente está preparado para conviver. O recomendável é que ele peça ajuda para avaliar as habilidades sociais, porque são essas que, junto com as competências profissionais, darão a possibilidade de conviver melhor no grupo.” Como uma alternativa, a professora indica a Policlínica Metodista, no Campus Rudge Ramos. Os interessados podem fazer os agendamentos pelo telefone (11) 4366-5565. Gabriela Rodrigues


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Terceira Idade

“Parar jamais. Avançar sempre” [ PROGRAMA AQUARELA - TERCEIRA IDADE

UNIVERSIDADE

OFERECE DIVERSAS ATIVIDADES, PRINCIPALMENTE NA ÁREA DE ARTE E CULTURA

rior teve a oportunidade de falar sobre a experiência e incentivar os colegas a se envolverem também. “Um curso VIP.” Foi assim que Ramona Fernandez definiu as aulas de informática, dadas por funcionários da área de Tecnologia da Metodista. Ela disse ainda que “é muito bom saber que podemos aprender algo diferente. Parar jamais. Temos que avançar sempre”. Para Maria Aparecida Naldi, o grupo vocal foi um incentivo para que ela fosse além e comemorou: “Para mim, foi plantada uma semente. Por ter começado a cantar, hoje estou aprendendo a tocar violão”. Naquela tarde, o grupo também acompanhou uma palestra sobre envelhecer com qualidade, viu o resultado da participação de colegas da oficina de teatro num trabalho de alunos do curso de Publicidade e Propaganda e aprendeu alguns sinais de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) a partir da interpretação da música “Al-

que a fez se curar de uma depressão. “Hoje me sinto a pessoa mais feliz do mundo. Fiz amizades, participei das oficinas e quero continuar participando até quando der.” E finaliza: “Tenho até vontade de trabalhar fora de novo. Fico mal se eu ficar em casa”.

guém me disse”, da cantora Maysa.

Deixando os problemas para trás Intervalo. Hora de aproveitar a pausa para fazer as entrevistas e ouvir um pouco do que essas pessoas animadas tinham para dizer. “É muita indiscrição perguntar a sua idade?” Um sorriso se abriu e os olhos se iluminaram quando veio a resposta: “Claro que não! Cinquenta e cinco”, respondeu Gilnete de Oliveira Jorge, a Gil, uma das protagonistas do vídeo feito pelos alunos de Publicidade. E bastou só mais uma pergunta para que ela contasse como o teatro mudou sua vida. Um assalto fez com que Gil entrasse em depressão, e o teatro serviu como complemento à terapia para que ela voltasse a sentir emoções. “Nem sei explicar como me senti quando percebi no teatro que estava chorando de novo”, disse, com os olhos marejados. Para Maria Clemente, 65, cabeleireira aposentada, foi o Programa Aquarela

Aprendendo sempre Após se aposentar, Douglas Guido, 72, decidiu não ficar parado. Ele conta que já participou de várias atividades de voluntariado e que hoje uma das maneiras de se ocupar é com o Programa Aquarela, que conheceu pela internet. “No semestre passado, eu só ficava em casa às quartas-feiras. Nos outros dias, estava aqui”, orgulha-se. Guido ressalta que “não podemos ficar parados. É tanto conhecimento que a gente adquire na vida que não pode jogar pela janela. E, estando aqui, podemos evoluir e conhecer novas pessoas”. Gabriela Rodrigues Lara Molinari

Essa é a fala de um dos participantes das atividades promovidas para a terceira idade na Metodista. Por isso, não estranhe se em sua turma houver alguns alunos bem mais velhos do que você. A ideia inicial para esta matéria era acompanhar um dos eventos do Programa Aquarela – iniciativa da Metodista para a terceira idade – e falar sobre o papel do idoso em nossa sociedade. A primeira parte foi cumprida. A equipe do Jornal da Metodista participou do Uma Tarde na Universidade, encontro que deu início às atividades do semestre no final de julho. Já a segunda parte tomou um novo rumo. Desde o início, para qualquer parte onde se olhava no auditório Sigma do Campus Rudge Ramos, que estava cheio, era nítida a satisfação daquelas pessoas por se reencontrarem após o período de férias. Durante a programação, quem participou das oficinas no semestre ante-

NA

> Uma Tarde na Universidade: palestra, troca de experiências e aprendizado de LIBRAS

Terceira idade na Universidade A coordenadora do Núcleo de Arte e Cultura, Cláudia César, explicou que a ideia de dar o nome Aquarela ao Programa “é fazer uma referência à variedade de cores, representando a diversidade e a possibilidade de convivência entre as diferentes gerações”. Neste sentido, uma das novidades é que a partir de agosto, aqueles que fazem parte do Programa poderão cursar as disciplinas eletivas dadas pelo Núcleo de Formação Cidadã aos alunos da Universidade. As atividades são gratuitas e é necessário se inscrever nas oficinas. A programação completa está disponível no endereço: www.metodista.br/terceiraidade.

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