Ed 67 online

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JORNAL DO

CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO

Capela São Francisco de Assis - Prédio 15 - Conjunto III

Mark Braunstein

ano 16 | nº 67 | Santa Maria - RS | abril 2016 | Distribuição gratuita

#Atitudes do bem ‘‘Educar pessoas para transformar o mundo’’ é o tema do projeto institucional da Unifra de 2016. Por meio de ações que incentivam o bem, queremos criar uma cultura espontânea de iniciativas em que a educação se sobreponha nos aspectos comportamentais, ambientais e sociais. Ao longo deste ano, a comunidade acadêmica está convidada a conhecer um pouco mais desta ideia. p. 08 e 09

Capela da Unifra promove missas para público externo

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Moodle é utilizado como plataforma didática para o professor

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Amplie seu interesse pelo intercâmbio acadêmico

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Conheça o Mestrado em Ciências da Saúde e da Vida

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EDITORIAL

O despertar de atitudes

Aprender e educar-se Uma fala traz sempre uma mensagem, deixa uma questão em aberto, produz uma surpresa. Uma fala pode ser como pontes, janelas, portas que ligam e desligam tempos, ideias e pessoas diferentes. Esta fala tem o objetivo de alcançar o pensamento e a alma de cada um de nós e produzir reflexão e ações. É uma fala simples, do cotidiano. Quer dizer a respeito de aprender e educar-se. O ambiente universitário supõe o entendimento de que é um lugar onde se está para estudar, formarse, educar-se e aprender. Para aprender não se pode receber tudo. Deve-se, de alguma forma, trazer algo de si para o encontro, a aula, a pesquisa, o trabalho, com a compreensão de que para aprender é necessário saber e, saber que se sabe, possibilita compreender o sentido do que já se sabe. A cada dia, ao dirigir-nos para este local de estudo/ trabalho cada um de nós o fazemos com a consciência de que trazemos algo de nós mesmos, com a clareza de que, aprender não é acumular saberes. Aprender, dispõe a potência interior a determinar a si mesmo, a sentir-se incomodado com a realidade, a dar comando ao ego em benefício do coletivo, inspirar outras pessoas a se darem conta da colaboração que podem oferecer, fazer algo novo ao invés de contentar-nos com o caminho já traçado. A melhor forma de aprender é educar-se, melhorar a partir de si mesmo, melhorar a sua casa, a sua rua, o seu trabalho. Ser você mesmo a mudança que você quer ver. Dar mostras de eficiência e maturidade. Acreditar que, qualquer situação por mais difícil que pareça tem saída. Acolher o novo é mais do que esperar por ele, é pensá-lo, promovê-lo, apressá-lo. Tenhamos suficiente motivação e sempre disposição a aprender. A convivência social seja educada, as relações em família e no trabalho transcorram com cortesia e educação; a observância às leis/ normas seja consciente sem o desejo de enganos nem burlas. Que nossa conduta moral se dirija por princípios corretos e por valores humanos dignos.

Esta edição do Jornal do Centro traz qualificações gráficas e editoriais visando estreitar o relacionamento com a comunidade universitária. A nova diagramação é inspirada em elementos das redes sociais, direcionando textos a uma perspectiva de interesses expressados pelos nossos acadêmicos. Compreender e dar visibilidade a essas múltiplas manifestações e pensamentos se torna, então, uma prioridade para nós. Mais do que alinhar a imagem da Unifra a essa realidade, o qual se caracteriza como nosso trabalho, queremos, principalmente, ampliar a democratização do pensamento, dando amplitude às vozes da compreensão, dever moral este que se confunde com nossa missão de educar. Para isso, neste ano, aproveitamos para convidar você para ser o promotor de atitudes do bem. Diante da temática “Educar pessoas para transformar o mundo”, o convidamos para participar de uma agenda anual positiva em que a educação se apresenta como o maior elemento transformador da vida. Assim, no decorrer dos semestres, campanhas institucionais e ações lúdicas serão desenvolvidas para promover aspectos de educação comportamental, ambiental e social. Fique atento e participe. Seu engajamento é peça fundamental para o despertar de um mundo mais tolerante, harmônico, feliz e menos desigual.

EXPEDIENTE Iraní Rupolo Reitora

Manuela Vasconcellos Jornalista

Inacir Pederiva Pró-reitora de Administração

Ariadni Loose Publicitária

Vanilde Bisognin Pró-reitora de Graduação

Jamylle Lima Relações Públicas

Solange Binotto Fagan Pró-reitora de Pó-sgraduação, Pesquisa e Extensão

Mark Braunstein Fotógrafo

Caroline Cechin Chefe de Gabinete ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Carlos Spall Diretor/Jornalista

Iraní Rupolo, reitora do Centro Universitário Franciscano

Gabriela Iensen Estagiária divulgar@unifra.br


Mark Braunstein

ESPIRITUALIDADE

Capela São Francisco de Assis passa a promover celebrações abertas ao público

Um espaço sagrado A proximidade de São Francisco de Assis com a natureza é um dos

lados mais conhecidos do santo, faceta representada no espaço que leva o seu nome. A Capela do Centro Universitário Franciscano foi inaugurada para alunos, funcionários e professores em dezembro de 2015 e agora, passa a receber também o público externo. Desde o final do mês de março, estão sendo realizadas celebrações eucarísticas todas as quartasfeiras em dois horários: 11h e 17h30. Quem for até a Capela São Francisco de Assis terá a oportunidade de conhecer símbolos religiosos e desfrutar de momentos de paz. O local climatizado conta com 450 lugares. Logo na entrada, à esquerda, as imagens de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora Imaculada Conceição, padroeira da FIC, atual Unifra, recepcionam os visitantes. As imagens foram doadas à instituição pelo

Santuário de Adoração, de Pelotas, e pelas irmãs de Rio Grande, respectivamente. Do lado oposto fica a sacristia, onde estão guardados os paramentos litúrgicos. No altar, há uma cruz pequena e outra maior, que é móvel, ficando ao lado do púlpito. O que mais chama a atenção dos visitantes são os vitrais, que foram confeccionados por uma empresa de Canoas. Eles apresentam um colorido ímpar em conformidade com a luz refletida. A ideia é mostrar a relação das pessoas com toda espécie de vida. “Tentamos representar a natureza próxima e mais ampla, essa relação universal com o planeta e também com o cosmos que prega São Francisco de Assis”, explica a reitora Iraní Rupolo. Ser Unifra O setor Ser Unifra é responsável pelo encaminhamento espiritual à comunidade acadêmica, possibilitando aos

universitários orientação e formação humana e espiritual. “A capela é um espaço mais apropriado para o cultivo da espiritualidade, um lugar sagrado”, conta a

irmã Isabel Sousa Araújo, integrante do Ser Unifra junto com o frei Valdir Pretto e Tércio Eickhoff.

SAIBA MAIS Participe: - As celebrações na capela, que são abertas ao público, ocorrem todas as quartas-feiras, às 11h e às 17h30min - A capela fica no prédio 15 do Conjunto III da Unifra, com entrada pela Rua Duque de Caxias, número 789, ou pode ser acessada pelo pátio. Ser Unifra: - Dias e horários de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia e das 14h às 18h, e terças-feiras, das 18h30 às 21h30 - Informações: (55) 3025-1202 (ramal 9121) e serunifra@unifra.br

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DIGITAL

Para assistir a qualquer hora A TV Unifra exibe seus programas no Canal 15 da NET, com programação inédita todos os dias. Mas para quem perdeu também a reprise, o Canal do Youtube, Unifraonline, abriga o conteúdo que vai ao ar durante a semana. Lá estão disponíveis os telejornais diários que refletem os fatos da comunidade acadêmica, com assuntos relacionados à comunidade santa-mariense. O que está de volta a grade é o programa Studio Cultural. Agora com a apresentação do jornalista Jeferson Andrade, a proposta ganhou status de bate-papo ao trazer informações culturais que estão ocorrendo na cidade, dicas de leitura, entrevistas com escritores e atores, música e descontração. Vale lembrar, o Studio Cultural traz a bandeira de incentivar a música autoral da região e do interior do estado. A programação da TV Unifra pode ser consultada nos jornais diários de Santa Maria e no Facebook/TVUNIFRA. A TV funciona no Prédio 14, no Conjunto III da instituição.

Rádio Web Unifra A Rádio Web desenvolve a prática educacional, projetando o conhecimento acadêmico adquirido em sala de aula. Por ser uma rádio laboratório, tem como característica, a musicalidade. No entanto, à noite, conforme a produção dos acadêmicos, vão surgindo espaços para debates, tornando a programação mais plural. Um dos programas abertos para discussão é o “Titular da Rede”, cuja temática é o futebol. A Rádio Unifra funciona no Laboratório de Produção Radiofônica, sala 707, prédio 14, Conjunto III. Sintonize: www.radiounifra.org. O aplicativo da Rádio está disponível em radiounifra.mobapp.at

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Sugestões: divulgar@unifra.br


O que li (vi) dos livros Luan, Raíssa, Morgana, Viviane...

“Apenas leia. Eu ‘devorei’ Psicose em uma tarde ensolarada de sábado. É suspense na sua melhor forma, um clássico que deveria ser leitura obrigatória para os amantes do gênero. Praticamente impossível começar a lê-lo e não querer imediatamente chegar ao final sabendo o que está acontecendo naquele lugar”. Luan Ferreira Maurer, acadêmico do curso de Publicidade e Propaganda

“Recomendo o filme Mr. Nobody. A mensagem é nada mais nada menos mostrar que somos os únicos responsáveis por tudo o que nos acontece e que por mais que decidamos coisas específicas na vida, o universo sempre conspira para o que ‘deve’ realmente ser. O filme permite que escolhamos o final, pois o diretor deixa a interpretação livre em cima da realidade do personagem que em sua mente, consegue criar realidades paralelas. É um filme muito bonito e instigante”. Raíssa Ache Dias, egressa do curso de Administração e sócia-administradora da Agência Advertência

“Sem dúvida nenhuma, Paris é uma Festa, de Ernest Hemingway, é um clássico que precisa ser lido. Indico, especialmente para os alunos de jornalismo porque o ‘poder’ de transformar aquilo que se vê em palavras é uma habilidade conquistada, enriquecida pela leitura, pela atenção aos detalhes e minúcias da vida cotidiana”. Morgana de Melo Machado, professora do curso de Jornalismo

“Indico o livro O Caçador de Pipas e o filme Intocáveis, pois as duas obras trazem emocionantes histórias sobre amizade e seu verdadeiro significado”. Viviane Cioccari Dressler, assessora de Planejamento

“O filme Interestelar, de Christopher Nolam, é incrível, com uma atuação também incrível de grande parte do elenco, mas com destaque para Matthew McConaughey, que me fez chorar junto a ele. Um filme para assistir e depois pensar que você aprendeu muito sobre o universo quando, na verdade, pouco ou quase nada sabemos”. Luan Ferreira Maurer, acadêmico do curso de Publicidade e Propaganda

“Amar e Ser livre, de Sri Prem Baba, é daqueles livros que todo mundo deveria ler para entender o que e porquê é tão difícil nos relacionarmos com as pessoas nos dias de hoje seja no trabalho, na faculdade, na família e nas relações amorosas. O segredo, para o autor, estaria em ‘desaprender’ as noções de ódio e rancor que pouco a pouco assimilamos”. Raíssa Ache Dias, egressa do curso de Administração e sócia-administradora da Agência Advertência

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Fotos Arquivo Pessoal

MULTIMÍDIA


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SAÚDE

Prevenção por meio da educação social Centro Universitário Franciscano promove ações para informar população sobre a tríplice epidemia

A preocupação com a crescente epidemia

tríplice chegou também às instituições de ensino superior. Na tentativa de incentivar o combate ao mosquito Aedes Aegypti, responsável também pela transmissão de doenças como a dengue e a chikungunya, o Centro Universitário Franciscano promoveu palestras com alunos, professores e funcionários. Os vírus transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti, antes uma preocupação dos estados localizados acima do Trópico de Capricórnio, passam a ser um importante tópico de discussão em saúde pública aos estados do Sul do Brasil. O Rio Grande do Sul tem apresentado focos do mosquito, e consequentemente, pessoas adquiriram alguma das doenças. A coordenadora do curso de Farmácia da Unifra, Jane Beatriz Limberger, explica que o risco maior para a região Sul está justamente no período de verão devido a maior proliferação do

FIQUE ATENTO

mosquito, que costuma reduzir a infestação durante o inverno, quando as baixas temperaturas desfavorecem sua multiplicação. Porém, é necessário que o combate ao mosquito não seja apenas uma preocupação durante o verão, e que hábitos para evitar a reprodução se tornem rotineiros, tais como impedir o acúmulo de água parada e realizar o descarte de lixo adequadamente. “Para que a população não se esqueça destes cuidados, devemos lançar mão de diferentes estratégias, que incluem atividades de educação em saúde em escolas e em locais de grande circulação, como praças, ônibus e eventos. Nestas atividades pode haver a orientação com distribuição de material informativo, além de utilização de ferramentas lúdicas para informar e

fixar as informações sobre o mosquito e os riscos das epidemias associadas”, sugere a professora.

para combater a epidemia é evitar a proliferação do mosquito. “O período de epidemia é de sete a 14 dias, e a maior parte Atenção aos sintomas dos pacientes evolui bem. Todo tipo de informação Ao se identificar os sintomas, sobre a doença serve também é preciso procurar serviço para desmistificar médico, fazer avaliações conceitos sobre clínicas e laboratoriais. prevenção e Lembrando que se trata de tratamento. Estudos doença viral controlável na estão sendo maior parte dos pacientes o desenvolvidos em organismo mesmo controla a todo o mundo para virose e o paciente fica bem. encontrar uma vacina Então, não se pode criar uma que seja eficaz no situação de pânico”, explica a combate às infecções infectologista Clarissa Guedes, dos diferentes vírus da prefeitura de Santa Maria. transmitidos pelo No Centro Universitário Aedes Aegypti, especialmente Franciscano, estão sendo a dengue, doença mais programadas atividades comum e com consequências de educação em saúde mais graves para a saúde do para informar a população indivíduo. sobre a tríplice epidemia, Como ainda não existe especialmente vinculadas nenhum medicamento às atividades de estágios da para combater as infecções, área da saúde nos diversos apenas medidas de suporte campos em que a instituição para minimizar os sintomas, se faz presente, contemplando que incluem desde dores no unidades básicas de saúde, corpo, indisposição, febre escolas e demais espaços. e manchas avermelhadas (confira mais sintomas nas imagens), a melhor medida


EAD

Educação Virtual ganha espaço em sala de aula O Moodle como recurso de aprendizado amplia a relação do aluno com o conteúdo aprendido

Ao falar de modalidade de ensino a distância,

mais do que projetar um novo ambiente de aprendizado, a Unifra quer garantir o pleno desenvolvimento das potencialidades dos estudantes, em qualquer tempo e lugar. Para isto, antes mesmo de lançar oferta a cursos de graduação a distância, a plataforma do Moodle já vem servindo como instrumento didático pedagógico para o professor universitário. O software serve de apoio à aprendizagem do aluno, podendo ser utilizado para aulas 100% a distância, ou como apoio ao ensino presencial. Conforme a coordenadora de ensino virtual, professora Taíze Lopes, no Moodle é possível hospedar exercícios avaliativos interdisciplinares, slides complementares, montar provas, perguntas e respostas, sistemas de notas e plano de ensino. “Além de estar disponível de forma

organizada 24h para acesso do aluno, queremos projetar um novo modelo pedagógico, em que o professor complementa o ensino com vídeo-aulas, clipes de áudio, vídeos do YouTube, URLs e objetos de aprendizagem”, exemplifica. Além da disponibilização de materiais didáticos, o Moodle permite a inserção de atividades interativas. Para as disciplinas teóricas, ele pode ser utilizado para aplicação de questionários ou para entrega de textos acadêmicos, como artigos e resenhas, por exemplo. Já para aulas práticas, a plataforma possibilita a criação de fóruns de discussão para debater os resultados obtidos na pesquisa. Treinamento Aos professores que quiserem incorporar o Moodle em suas metodologias de ensino, a coordenação de educação virtual pontua que há uma equipe destinada para este

processo de qualificação. “Em apresentar a tecnologia educacional, ensinamos a configuração do Moodle, a possibilidade da construção de uma disciplina toda pela plataforma e da criação de recursos didáticos, como objetos de aprendizagem e vídeo-aulas”, complementa Taíze Lopes. Até o momento, os docentes dos cursos de pedagogia, odontologia, fisioterapia e medicina já receberam treinamento por meio do Programa Saberes, reconhecido por trabalhar a capacitação constante dos profissionais. A solicitação de treinamento deve ser feita pelo e-mail ead@unifra.br. Mais informações: Sétimo andar do Prédio 16, sala do setor de capacitação pedagógica. Professores da EAD: Taize Lopes, Valéria Bortoluzzi, Iuri Lammel, Ana Marli Bulegon e Iara Carnevale de Almeida.

ENADE 2016

MEC irá avaliar sete cursos de graduação da Unifra O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade)

deste ano irá avaliar sete cursos do Centro Universitário Franciscano. Deverão participar os alunos concluintes dos cursos de biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina, nutrição, odontologia e serviço social. A prova será aplicada em 20 de novembro.

O Enade avalia o rendimento dos alunos em relação aos conteúdos programáticos dos cursos e a formação geral. Por isso, exige-se ao longo da vida acadêmica que o estudante desenvolva ações a partir do planejamento dos professores a partir das diretrizes curriculares e do projeto pedagógico. “Estar preparado para o Enade é ser um aluno responsável, participativo,

proativo e com uma atitude protagonista. A prova mostra o desempenho acadêmico. Trata-se de uma autoavaliação para perceber como o aluno está preparado para o mercado de trabalho a partir da profissão que ele escolheu”, explica Janilse Nunes, diretora de Ensino do Centro Universitário Franciscano.

O EXAME - Prova: 20 de novembro - Cursos: biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, odontologia e serviço social - Devem participar: concluintes que terminarão a graduação até julho de 2017 ou que tenham cumprido 80% ou mais da carga horária mínima até 31 de agosto de 2016

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INICIATIVA

Mark Braunstein

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Hora de promover atitudes do bem Mais do que educar,

o Centro Universitário Franciscano deseja, neste ano, despertar na comunidade acadêmica a capacidade espontânea de promover o bem. A iniciativa ‘Educar pessoas para transformar o mundo’ foi lançada no começo deste semestre letivo e contou com ações promocionais que incentivam a revolução interna que a educação é capaz de proporcionar. Nos intervalos das aulas, alunos, professores e funcionários foram convidados a retirar uma ‘atitude do bem’ em um painel. A ideia é que a ação fosse repassada para outra pessoa, fazendo com que a iniciativa se espalhe de forma contagiante. À medida que as frases eram tiradas do painel, o tema da campanha surgia para todos.

Os participantes também tiveram acesso a uma lembrança que incentiva a celebração da amizade. Grupos puderam eternizar o momento acadêmico por meio de uma fotografia. Para as poses, foram disponibilizadas placas em que os participantes puderam escolher o que querem para o mundo: sorrisos, esperança, solidariedade, debates, entre outros. As ações, que também ocorreram durante o Dia do Acolhimento, no Parque da Medianeira, em abril, foram compartilhadas nas redes sociais e fizeram sucesso. “Uma ideia diferente e do bem. Esse tipo de ação deveria acontecer mais vezes. É uma forma bacana de

interagir com os colegas, além de ser uma oportunidade de conscientizar todo mundo com boas ações”, disse Bianca Corrêa, estudante do curso de Biomedicina. Agenda anual positiva A primeira ação do projeto ‘Educar pessoas para transformar o mundo’ serviu para assumir a responsabilidade de criar uma agenda anual positiva, para que as pessoas percebam a importância da educação seja nos aspectos comportamental, ambiental ou social. Um simples ‘bom dia’ ou ‘muito obrigado’, à espera do colega no elevador, ou o destaque de um trabalho acadêmico multidisciplinar que possa melhorar a

realidade de algum indivíduo, são alguns dos exemplos que o Centro Universitário Franciscano quer incentivar. “Considero de grande importância não somente a convivência dentro da comunidade acadêmica, mas durante toda a vida. Os mínimos gestos de afeto e solidariedade muitas vezes não são praticados por serem considerados inúteis em um mundo com tanta violência. Temos de começar de algum jeito”, incentiva Rodrigo Souza, estudante do curso de Publicidade e Propaganda. A partir da iniciativa, esperase contar com a colaboração de toda a comunidade acadêmica para conseguir projetar a promoção do bem diante de interesses coletivos que beneficiam a sociedade. Fique atento para novas ideias e ações que ganharão destaque durante o ano em seu dia a dia.


INICIATIVA

“Uma ideia diferente e do bem. Esse tipo de ação deveria acontecer mais vezes, é uma forma bacana de interagir com os colegas, além de ser uma oportunidade de conscientizar todo mundo, com boas ações”. Bianca Corrêa, estudante do curso de Biomedicina

“Esse tipo de interação dentro da Unifra é uma coisa nova e que contribui para que possamos nos relacionar com colegas de outros semestres e pessoas de outros cursos. Sem esquecer que as boas ações, ainda que pequenas, são capazes de mudar o mundo”. Jéssica Guerra Tadiello, estudante do curso de Biomedicina

“Considero de grande importância não somente à convivência dentro da comunidade acadêmica, mas para toda a vida. Os mínimos gestos de afeto e solidariedade muitas vezes não são praticados por serem considerados inúteis em um mundo com tanta violência, mas se não aí, onde começaremos a mudança?”. Rodrigo Souza, estudante do curso de Publicidade e Propaganda

“Essas pequenas atitudes são criativas e importantes, além de mostrar que a iniciativa deve partir de algum lugar para que outras pessoas se empolguem e sigam o exemplo”. Jeverton Hollveg, estudante do curso de Sistemas de Informação

#ATITUDESDOBEM NO INSTAGRAM @marceladenardim

“Com elas sei que o mundo pode ser muito melhor! #atitudesdobem #unifra2016 #resoluções

@nataliamunhos

#vaiplaneta #unifra

@renataclondero

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ARQUITETURA E URBANISMO Fotos: Divulgação

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Preservação do patrimônio local Iniciativa do curso resgata a infraestrutura e a história de uma Vila Operária de Santa Maria

O resgate de condomínios residenciais horizontais do século 20 em Santa Maria é o tema do projeto Muito Além da Vila Belga, iniciativa de dois professores e seis acadêmicos voluntários do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unifra, que começou ainda no ano passado. Foi por meio de leituras de pesquisadores sobre habitação popular no Brasil que foi identificada a citação de que Santa Maria possuía vilas operárias. Conforme o professor Adriano da Silva Falcão, é sabido que a Vila Belga é uma vila operária. Mas era necessário

identificar outras, já que a cidade é um centro ferroviário por excelência. A vila ferroviária é para funcionários da rede, mas não deixa de ser um exemplo de vila operária, pois foi construída para trabalhadores. Foi por meio de pesquisa bibliográfica em jornais e em mapas de parcelamentos do solo da prefeitura que foi identificada a Vila Waldemar Rodrigues, no bairro Carolina. “Todo o grupo fez visitas a campo e levantamento cadastral e fotográfico do parcelamento. Aos alunos, foram reservadas as pesquisas documentais na prefeitura, no arquivo histórico e no Jornal A Razão. Todos os dados foram compilados e digitalizados para inclusão no trabalho. O processo de levantamento e pesquisa durou todo o ano de 2015. A ideia inicial era

identificar também outros parcelamentos, mas com a descoberta da importância desta vila para a cidade, o projeto se deteve somente nela para construir o maior número de informações possíveis”, explica o professor. O espaço seria composto por 55 casas e acreditase que as construções começaram em 1950. Na Vila Waldemar Rodrigues, é possível encontrar moradias geminadas ou isoladas. O interior das residências tem divisões de madeiras. Já a parte externa é de alvenaria. Valorização acadêmica Para o professor Adriano, o trabalho faz uma importante retomada da história local, com a valorização do patrimônio edificado, e traz à luz exemplares construídos no tecido urbano de Santa Maria e da memória ferroviária.

“Os estudantes engajados nesse processo aprendem sobre a realidade da preservação e suas possibilidades, participando da construção do imaginário da cidade e suas complexidades”, detalha o professor. Uma das alunas participantes do Muito Além da Vila Belga, Thaís Rockenbach relata que teve uma grande surpresa com a iniciativa. “Pude ter, na prática, um exemplo urbanístico positivo a projetar. Também notamos a influência de vilas até então desconhecidas. É um olhar cuidadoso para áreas de Santa Maria que normalmente a população não dá o devido valor. Com isso, aprendi a ter uma visão mais abrangente sobre as cidades e a valorizar o tempo em que a arquitetura acontece”, explica a estudante.


AGENDE-SE

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Vestibular de Inverno vem aí

Gabriela Iensen

Universitário Franciscano é 4 de julho. A prova é composta por 65 questões e uma redação dissertativa. Serão ofertadas 440 vagas distribuídas em 10 cursos de graduação: administração, ciências contábeis, direito (diurno e noturno), enfermagem, jornalismo, fisioterapia, medicina, odontologia, psicologia e publicidade e propaganda. As inscrições são de 2 de maio a 6 de junho, no valor de R$ 75.

Uma novidade aprovada pelo Conselho Universitário tem a ver com o horário de divulgação dos aprovados no vestibular. Às 15h, o listão será apresentado no hall do Prédio 15, no Conjunto III da Unifra, e às 16h, estará disponível no site unifra.br. Sobre o Extravestibular, que contempla as vagas remanescentes, o edital estará disponível em 11 de julho, e deverá contar com a maioria dos 33 cursos de graduação ofertados pela Unifra.

Mark Braunstein

A data do Vestibular de Inverno do Centro

O Projeto Somar Escolas tem por objetivo promover a melhoria da qualidade nutricional e sanitária de 20 instituições públicas de educação infantil, que servem 12 mil refeições diárias para crianças

Por hábitos alimentares mais saudáveis A Unifra proporciona capacitações gratuitas

relacionadas às boas práticas nutricionais e sustentáveis, com atividades teóricopráticas para melhor orientar quem prepara a alimentação escolar na rede municipal de ensino. Neste início de ano letivo, um grupo de 30 profissionais “merendeiras”

receberam orientações, em atividade que ocorreu no Salão Azul, Conjunto I da Unifra. Esta capacitação faz parte da ação municipal Somar Escolas, que em parceria com o projeto de extensão do curso de nutrição “Boas Práticas na Alimentação Escolar”, vem

contribuindo para a melhoria da qualidade nutricional e sanitária de 20 instituições de ensino infantil, desde 2013. “O cuidado com a alimentação é fundamental quando se trata do universo infantil, crianças de até 6 anos são mais vulneráveis a doenças transmitidas por algum

tipo de alimento”, diz a coordenadora do projeto Ana Lúcia de Freitas Saccol. Dentro das atividades propostas para o decorrer de 2016, está a realização de um workshop no mês de setembro, com a presença de expositores e convidados de escolas da região.


ENSINO

Licenciaturas são exemplo de qualidade Cursos de Filosofia e Letras ganham destaque conforme avaliação do Ministério da Educação

O exercício do magistério com qualidade é destaque entre os cursos de graduação. Os cursos de

Filosofia e Letras – Língua Portuguesa figuram no ranking do Ministério da Educação (MEC) como os melhores do país, ao levar em conta o corpo docente, a infraestrutura e o

desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Conforme o MEC, a graduação em Filosofia do Centro Universitário Franciscano, Unifra, alcançou nota 5, em um conceito de 1 a 5, na avaliação correspondente ao ciclo de avaliação 2014. O resultado, segundo o

coordenador do curso, Marcos Alexandre Alves, é consequência do engajamento do corpo docente na implementação do projeto pedagógico, do comprometimento dos alunos ao Enade e a estrutura oferecida à comunidade acadêmica. “Além de formar professores e pesquisadores em Filosofia,

a graduação desempenha funções em todos os cursos da Unifra, atuando como responsável pelos componentes curriculares de formação humanística e contribuindo para o desenvolvimento humano e social dos diversos grupos e setores da sociedade”, explica o professor.

Entre os melhores do país A forma da Unifra ensinar a língua portuguesa e a literatura também foi

reconhecida pelo Ministério da Educação, que classificou os cursos de bacharelado e licenciatura de todo o Brasil. O curso de Letras – Língua Portuguesa, que foi a primeira

graduação da Unifra, ficou entre os 11 melhores do país em 2015. “Nenhuma profissão especializada se constrói sem a base escolar que depende de professores licenciados. É até possível que haja pessoas na sociedade que dominem as noções de matemática,

“Formar professores de Filosofia no Brasil, sabe-se que não é tarefa fácil. Os desafios enfrentados pelos cursos são recorrentes, pois a Filosofia e seu ensino desde o Brasil Colônia foram problemáticos, passando por inúmeras inclusões e retiradas dos currículos da educação brasileira. Pelo seu caráter problematizador, muitas vezes representou uma ameaça aos grupos que estavam no poder. Porém, a Filosofia resiste às pressões e a FIC, Fafra e Unifra formaram muitos profissionais que se destacaram na docência, na pesquisa, em assessorias filosóficas, exercendo funções de destaque na comunidade”. Marcos Alexandre Alves, coordenador do curso de Filosofia

de física, de química, de português, de história, etc., mas só quem sabe realizar a transposição didática desses conteúdos para uma situação de ensino e aprendizagem é o professor licenciado. Somente ele estudou e se especializou em conhecimentos e práticas pedagógicas, que realmente

fazem de alguém um professor. Então, se queremos que haja aprendizagem e não a simples transmissão de conhecimentos, precisamos de professores licenciados”, explica a coordenadora do curso, Najara Ferrari.

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Mark Braunstein

PÓS-GRADUAÇÃO

Começam as atividades do novo mestrado Curso representa o desenvolvimento científico interdisciplinar com ênfase na promoção da vida

Um novo curso para agregar conhecimentos e partilhar experiências profissionais. O Mestrado em Ciências da Saúde e da Vida deu início às atividades em março de 2016 no Centro Universitário Franciscano. Em conferência de abertura, a reitora Iraní Rupolo deu as boas-vindas aos novos estudantes incentivando-os a darem o melhor de si, para que seja possível a realização de um excelente curso. “Que possamos transformar a nossa realidade local e regional, promovendo a saúde por meio de estudos e pesquisas práticas, realizadas por profissionais altamente qualificados”, elucidou a reitora. O curso caracteriza-se por ser multidisciplinar, sendo o único da região que agrega estudantes com diferentes formações acadêmicas. Há

graduados em medicina, enfermagem, fisioterapia, nutrição e biomedicina, entre eles egressos da instituição. A fisioterapeuta mestranda Nathaly Marin Hernnandez, 23 anos, espera ampliar seus conhecimentos e análises. “Minha expectativa é que o curso proporcione riqueza de conhecimentos, aulas produtivas, contatos e discussões multiprofissionais”, acredita. Conforme a coordenadora do mestrado, Juliana Saibt Martins, o grupo docente engajado na proposta potencializa a relação sociedade/academia. “O mestrado Ciências da Saúde e da Vida surgiu do interesse de vários professores e pesquisadores da Unifra em promover desenvolvimento institucional, local e regional do processo saúde doença. Tenho certeza que o

mestrado vai contribuir não só para o crescimento da nossa instituição, mas no que se refere à saúde em âmbito nacional”, afirma. As duas linhas de pesquisa são Pesquisa Translacional em Saúde e Pesquisa em Práticas de Educação e Atenção

Integral à Saúde. Em julho, uma nova turma, com outros 10 alunos passará a integrar o curso. E-mail para contato: ppgcsv@unifra.br


MUNDO Mark Braunstein

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Sejam bem-vindos à Arai O acolhimento e o bom encaminhamento de estudantes estrangeiros e intercambistas é uma

das atividades realizadas pela Assessoria de Relações Acadêmicas Interinstitucionais (Arai) do Centro Universitário Franciscano. O setor é responsável por regulamentar a saída dos alunos e também encarregado por receber os estrangeiros que vêm estudar na instituição. Neste semestre, a Unifra conta com nove estudantes intercambistas no curso de Enfermagem, sendo sete alemãs e duas portuguesas. Assim, a troca de experiência e vivência internacional proporciona novos conhecimentos, principalmente no que diz respeito ao futuro acadêmico

e profissional. “A realização de um intercâmbio possibilita ao aluno de graduação, ou de pós-graduação, uma ampliação de suas perspectivas profissionais no momento em que ele projeta seu conhecimento de sala de aula diante de uma cultura diferente, ampliando assim seu olhar diante das múltiplas possibilidades e abordagens de atuação”, acredita Bruno Abade Möller, integrante da Arai. Ainda segundo ele, com um mundo cada vez mais globalizado, o mercado passou a exigir pessoas com uma visão mais ampla de conhecimentos, e o intercâmbio proporciona isso. “Aprender um novo idioma também é um dos pontos altos do intercâmbio.

Além de ser um diferencial no currículo, faz com que as relações interculturais se estreitem e que mais portas se abram”, afirma Bruno.

PARTICIPE A Assessoria de Relações Acadêmicas Interinstitucionais foi fundada em agosto de 2006 no Centro Universitário Franciscano. De lá até agora, já foram realizados cerca de 150 intercâmbios O que faz? - Coordena o programa Ciências Sem Fronteiras CAPES/CNPq – na Unifra - Formaliza e consolida cerca de 30 convênios internacionais de cooperação acadêmica para alunos de graduação, pós-graduação e

comunidade acadêmica - É responsável pelo encaminhamento de alunos para as instituições de ensino superior estrangeiras conveniadas ao Centro Universitário Franciscano e recepção de estrangeiros para realização de intercâmbios acadêmicos - Realiza encontros de conversação nas línguas inglesa e espanhola Informações - A Arai fica na sala 701 do prédio 7, no Conjunto I da Unifra (Rua dos Andradas, 1.614) - Dias e horários de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h ao meiodia e das 14h às 18h - Fone: (55) 3220-1298, ramal 1298 - Email: arai@unifra.br


MUNDO

O sentido da Páscoa em outros países O intercâmbio também permite experimentar o gostinho de celebrar algumas datas ao redor de pessoas que possuem costumes diferentes dos nossos. No Brasil, o sentido da Páscoa, que neste

ano foi celebrada no final de março, traduz-se como vida nova para toda pessoa que cultiva sua fé cristã por meio de uma espiritualidade sólida e consistente. “A ressurreição de Cristo anuncia uma vida

cheia de valores e sentidos. O grande acontecimento, a festa da ressurreição, é manifestada em distintas culturas, preservando seu rito universal entre diferentes línguas e povos, estando em

sintonia com toda a igreja”, declara o frei Valdir Pretto. Entre semelhanças e diferenças, confira como a Páscoa é comemorada em países de intercambistas que estão na Unifra.

Mark Braunstein

PORTUGAL

ALEMANHA “O período da Páscoa é baseado na primeira lua cheia do ano. A cada ano se comemora em um dia distinto. Porém, sempre se festeja na primavera. Os costumes são misturados entre tradições cristãs e antes de Cristo. Muitas nações têm uma festa, na qual as pessoas afugentam o inverno e dão boas-vindas à primavera, mas na tradição cristã, a Páscoa é a festa da ressurreição de Jesus Cristo. Na verdade, há diferentes costumes. Muitos colocam galhos novos em um vaso e penduram ornamentos nele. Uma antiga tradição é colocar ovos de Páscoa pintados nesses galhos. Antes das festividades se iniciarem, normalmente, muitas famílias fazem a chamada ‘limpeza de primavera’, em que são limpadas todas as peças da casa cuidadosamente para liberá-las da ‘estação sombria’. Isto é feito porque as famílias esperam parentes de perto e de longe. Tão diferentes são os costumes, mas tão comum para os alemães é o coelho da Páscoa. Ele dá às crianças pequenos presentes. A diversão especial para todas elas é quando o coelho esconde doces no jardim, em suas residências ou em um parque próximo. Ricarda e Rebecca Rentzschke, 20 anos, estudantes de Enfermagem

HOLANDA “A Páscoa é celebrada no domingo após a primeira lua cheia da primavera. Há um segundo dia de Páscoa, que não possui origem religiosa, mas possibilita que as pessoas celebrem a data mais

intensamente, por exemplo visitando seus familiares. A Páscoa é geralmente celebrada por um grande café da manhã, ou brunch, contendo diferentes tipos de pães e pratos. Algo típico é um pão doce cheio de açúcar e ovos pintados. Após,

as pessoas mais religiosas vão à igreja. Famílias que possuem crianças geralmente escondem pequenos ovos de chocolate no jardim e dentro de casa, contando que o coelho da Páscoa trouxe para elas. Em uma parte do país, nos pequenos vilarejos,

“Neste ano, a Páscoa em Portugal foi comemorada em 27 e 28 de março, dias que marcam a ressureição de Jesus Cristo. Todos os anos os familiares e amigos se encontram para celebrar a Páscoa, fazem refeições juntos e participam de rituais católicos. Em algumas cidades do país, a Cruz de Cristo visita as casas das paróquias acompanhada por sacerdotes. As pessoas vão até as casas de familiares para beijar a cruz. Assim, as entradas de todas as casas têm caminhos feitos de flores e folhas, normalmente feitos pelas crianças, para marcar que aquela casa está pronta para receber Cristo. Na sexta-feira santa, às 15h, as pessoas costumam rezar no local onde se encontram, e no fim do dia, ocorrem procissões representativas do caminho que Jesus fez até ser crucificado”. Maria Helena Rocha Camelo, 20 anos, e Carina Martins Lomba, 21, estudantes de Enfermagem

as pessoas fazem grandes fogueiras em grupo. Algumas chegam a ter cinco metros de altura”. Boudewijn van den Berg, 23 anos, estudante de Engenharia Biomédica

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Fotos: Mark Braunstein

Exposição apresenta objetos sacros que remetem à memória franciscana

As peças sacras que compõem as cerimônias religiosas estão expostas na Sala Angelita Stefani (Imas), no Conjunto III da Unifra. Ornamentos, ostensórios, relicários, sacrários, crucifixos e lamparinas, além de vasos de flores, importantes para compor a beleza do altar e despertar a atenção dos fiéis, são alguns dos itens que fazem parte da exposição ‘Objetos Sacros – Arte e Memória Franciscana’. Conforme as curadoras, Círia Moro e Franciele Roveda Maffi, cada peça relembra a história franciscana e ajuda a compreender os passos das celebrações litúrgicas. Todos os objetos pertencem ao acervo do Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas, em Santa Maria, e foram expostos pela primeira vez na Imas. São doações de comunidades religiosas de diversas partes do país, como Bagé e Brasília (DF). As peças despertam interesse pela história e estética, como vasos de flores em art déco e estilo barroco. O confessionário, doado pelo Colégio Franciscano Santíssima Trindade, de Cruz Alta, mostra um contador de confissões, em que os padres tinham metas a serem atingidas com os fiéis. Os castiçais, de prata e folheados a ouro, faziam parte dos altares das igrejas, tendo espaço para três ou sete velas. “São elementos da liturgia que hoje já não se usam mais, mas que chamam a atenção pelo valor de preservação que as irmãs franciscanas possuem”, explica Franciele, que integra o museu.


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