Invisíveis Lugares

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Invisíveis lugares: serestarficar (2009 : Porto Alegre, RS) Invisíveis lugares: serestarficar / catálogo da exposição organizada pelo Museu da UFRGS ; apresentação de Maria Stephanou, Maria Aparecida Bergamaschi, André Luis Martinewski. Porto Alegre : UFRGS, 2009. 96 p. : il. 1. Patrimônio histórico - UFRGS. 2. Patrimônio arquitetônico – UFRGS Exposição. I. Stephanou, Maria. II. Bergamaschi, Maria Aparecida. III. Martinewski, André Luis. IV. Museu da UFRGS. CDU 727.3(UFRGS) Catalogação-na-publicação: Biblioteca Central/UFRGS

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Curadoria

MARIA STEPHANOU MARIA APARECIDA BERGAMASCHI MUSEU DA UFRGS SECRETARIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO


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A Exposição “UFRGS invisíveis lugares - serestarficar” apresenta a trajetória de nossa Universidade revelada através de suas edificações. São retratos de diferentes épocas que significam a construção do presente e apontam para o futuro. Quem transita pelos Campi não percebe, muitas vezes, o quanto de história cada espaço guarda. Quantas conquistas foram realizadas tendo como cenários os prédios construídos no Século XIX que receberam denominações específicas para abrigar a nascente Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Hoje recuperados, continuam a ser lugares de “serestarficar” daqueles que preservando o passado constroem novos espaços, oferecendo diferentes possibilidades de convivência para aqueles que, no futuro, vão transitar por estes mesmos (in)visíveis lugares. Com esta iniciativa o Museu da UFRGS permite que o início do ano letivo de 2009 seja marcado pelo sentido de pertencimento da comunidade universitária, conhecendo seus espaços de convivência diária que integram o patrimônio histórico e cultural de sua Universidade que é grande pela capacidade que tem de se refazer preservando o seu passado. A Exposição “UFRGS invisíveis lugares - serestarficar” é um itinerário cronológico que contém desde o último quartel do Século XIX à federalização, dos anos 50 à construção do Campus do Vale, dos anos 70 às restaurações, bem como o movimento da universidade no presente, com destaque para os prédios tombados pelo Governo Federal e reconhecidos pelo Patrimônio Cultural do Estado do Rio Grande do Sul, prédios em processo de restauração e aqueles edificados nas últimas décadas. Para muitos de nós, e de nossos visitantes, certamente a Exposição “UFRGS invisíveis lugares - serestarficar” constitui-se em cenário de profundas recordações; para tantos outros, especialmente nossos jovens estudantes, é conhecimento, aprendizado sobre a história desses lugares em que circulam todos os dias. Boa exposição e belas evocações.

CARLOS ALEXANDRE NETTO Reitor

ebrar Circunscrever Come l e C mor er rar u b t e a p c r Ca Com Co n r part il e end h ar Com p o r C o m pre


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SERESTARFICAR PARA VER OS (IN)VISÍVEIS LUGARES Os lugares falam, os prédios contam histórias e desta maneira silenciosa trazem lembranças de tempos distantes ou nem tanto. Os (in)visíveis lugares da UFRGS têm vida e falam para contar histórias. Ao conseguir entregar para a comunidade universitária a exposição UFRGS: (in)visíveis lugares serestarficar as curadoras e a Pró-reitoria de Extensão, através do Museu, oferecem uma significativa contribuição para a identificação e o sentido de pertencimento de todos aqueles que vivem o dia a dia dos Campi. Uma mostra como esta reconhece aqueles que construíram prédios, fizeram ciência e doaram suas horas de trabalho quando passaram pela UFRGS em outros tempos. Certamente não imaginavam que seus lugares tão visíveis na época se tornaram ao longo dos anos invisíveis para novas gerações. Amores e dores foram contemplados pelos (in)visíveis lugares. Vitórias e derrotas ocorreram no interior de cada um dos prédios. Algumas foram coletivas, outras foram individuais. Muitos deram vidas a estes (in)visíveis lugares serestarficar e neles construíram histórias, fizeram grandes descobertas científicas e pessoais. Outros, simplesmente, passaram por estes mesmos lugares que ali se mantiveram como a certeza de que o futuro chega trazendo um olhar generoso do passado onde foram construídos os alicerces. Mas este encontro com o amanhã só é possível com os passos firmes daqueles que fazem o presente. O Museu da UFRGS, em seus 25 anos, num esforço grandioso de toda a sua equipe, ciente de sua responsabilidade em fazer com que as novas gerações tenham uma melhor compreensão dos seus (in)visíveis lugares entregou às curadoras, professoras Maria Stephanou e Maria Aparecida Bergamaschi, a tarefa de garimpar e pensar que os (in)visíveis lugares são visíveis para os jovens calouros e para a sociedade gaúcha. Buscou a parceria da Secretaria do Patrimônio Histórico, a quem cabe executivamente a preservação dos prédios históricos, para contar com documentos e apoio técnico na realização da Exposição que é sem dúvida o início de uma caminhada conjunta possibilitando àqueles que fizeram, que fazem e que farão a vida acontecer dentro dos Campi encontrem todos os dias os seus (in)visíveis lugares serestarficar . SANDRA DE DEUS x p r e s s a r Fa z e r F o m e n t E r a ar F oc v Pró-reitora de Extensão E o rm ir g i a r r F E re q riar uen o t s i ta r G e ra r ta r H Ge r ir G u a rd ar H a bi


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UFRGS (IN)VISÍVEIS LUGARES DE SERESTARFICAR Os prédios-lugares da Universidade mostram-se cenários de infinitas composições. Formas, tamanhos, cores, texturas, arredores, testemunham existências do serestarficar UFRGS. Quem os (des)conhece? Quem os contempla? Os espia? Quem por eles zela ou os abandona? Quem acalenta suas histórias ou as apaga? As fotografias registram e conservam materialidades (in)visíveis da instituição, que representam um passado que se faz ainda presente e um presente que já se anuncia como devir. As construções constituem o patrimônio edificado, histórico e cultural, que permanece e, ao mesmo tempo, muda incessantemente, acompanhando os movimentos da Universidade. As marcas dos tempos misturam-se em cada edificação, assim como suas identidades, pois algumas já abrigaram diferentes cursos, faculdades, laboratórios, oficinas, bibliotecas, museu, órgãos administrativos. Assim, os prédios, seculares ou nem tanto, ao longo de suas trajetórias foram objeto de múltiplos usos, sucessivos, simultâneos, episódicos ou permanentes. As edificações também experimentam distintas feições através de processos de reconstrução, acréscimos, reformas, adaptações, inconclusões, mudanças de fachada, paisagem do entorno. O acompanhamento atento do itinerário de cada construção permite constatar que um prédio pode ter sido iniciado em um período da história da Universidade e concluído em outro, embora efetivamente usado em todos os momentos. O patrimônio edificado, indício material e simbólico, expressa as múltiplas relações dos sujeitos que compõem e dialogam com e na Universidade na sucessão do tempo, assim como as relações desta com a cidade, desenhando paisagens, habitando e modificando lugares. Assistindo e marcando a passagem de dois séculos, os prédios nos convidam a transitar por labirintos e percursos sinuosos, entre os novos e os antigos, os imponentes e singelos, os restaurados, os tombados e os que reclamam urgente cuidado. Do projeto ao presente, esfoladuras, ranhuras e traços, significados e vivências, dão pistas de uma densa história e muitas memórias que são capazes de preservar e evocar.

MARIA STEPHANOU MARIA APARECIDA BERGAMASCHI

b Lem r a L eg

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SERESTARFICAR E NÃO PARAR NO TEMPO A Secretaria do Patrimônio Histórico desenvolve desde sua criação, um trabalho de recuperação e restauração de prédios históricos, com o objetivo de salvaguardar o patrimônio histórico e cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, exercitando a memória coletiva, fortalecendo a cidadania e estimulando a criação da consciência sobre o valor histórico e artístico das edificações. Além disso, de um ponto de vista mais prático, recuperando, requalificando, modernizando e devolvendo a comunidade espaços de aula e de trabalho que, bem sabemos, são hoje um recurso bastante escasso na Universidade. Por outro lado o Museu da UFRGS se propõe a ser um Lugar de memória, no qual lembranças individuais são resgatadas, construindo a nossa memória coletiva. Um Lugar de investigação, através de pesquisas em mídia eletrônica e junto ao nosso acervo, constituído de coleções que remetem à história da UFRGS e da cidade de Porto Alegre. Um Lugar de preservação porque o patrimônio material e imaterial constituem a nossa cultura. Um Lugar de comunicação, pois aproximar o público do patrimônio cultural da UFRGS é sua finalidade educativa. Numa ação conjunta com o Museu e as curadoras da exposição UFRGS: (in)visíveis lugares serestarficar, as Profas. Maria Stephanou e Maria Aparecida Bergamaschi a Secretaria do Patrimônio Histórico da UFRGS, apresentam esta mostra, tanto como recepção aos calouros da Universidade, como para toda a comunidade acadêmica e sociedade gaúcha. A Secretaria do Patrimônio Histórico da UFRGS, concebeu, especialmente para esta exposição o módulo serestarficar e não parar no tempo. representando um recorte do processo de trabalho desenvolvido pela Secretaria. O acompanhamento atento do itinerário de cada uma das etapas permite constatar e expressar as relações do tempo e as várias relações possíveis. Mais que respeito a um passado glorioso, o trabalho de preservação do patrimônio histórico implica no estabelecimento de elos indeléveis entre a vivência e conhecimento do passado, o legado histórico que somado às inovações do presente transforma-se em herança para as gerações futuras. Que esta publicação possa refletir um pouco do nosso trabalho e que a exposição UFRGS: (in)visíveis lugares serestarficar possa ser um primeiro passo para a efetivação de todos esses lugares e a constituição de uma profícua parceria.

ANDRE LUIS MARTINEWSKI Secretário de Patrimônio Histórico da UFRGS

Perscrutar Persis anecer tir Pe m r e P rspe r a r ctiv u d ar Per Pe s qui s ci ar n e t ar P r Po la nif ic ar P l ura l i zar Por v i


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Quarteirão Universitário – Primeira metade do século XX

Do último quartel do século XIX à federalização 13


Instituto Ginasial Júlio de Castilhos Prédio inaugurado em 1909

Observatório Astronômico Prédio Inaugurado em 1908

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Escola de Engenharia – terceiro pavimento 1950

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Instituto Ginasial Júlio de Castilhos – Primeira metade do séc. XX Instituto Ginasial Júlio de Castilhos – Primeira metade do séc. XX

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Quarteirão Universitário - Primeiro Quarteirão edificado pela Universidade – Primeira metade do séc. XX Chateau – Primeira metade do séc. XX Observatório Lateral – Primeira metade do séc. XXI

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Instituto Astronômico e Metereológico – Primeira metade do séc. XX Museu – Prédio Inaugurado em 1913 como Laboratório da Escola de Engenharia Antigo Abrigo Meteorológico – Primeira metade do séc. XX

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Rádio – Primeira metade do séc. XX Instituto Parobé – Inaugurado em 1920 Instituto Astronômico e Metereológico – Primeira metade do séc. XX

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Instituto Astronômico e Metereológico – Início do séc. XX Faculdade de Medicina – Inaugurado em 1924 Faculdade de Agronomia – Inaugurado em 1911

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Agronomia - Instituto Experimental de Agricultura – Primeira metade do séc. XX Prédio Antigo da Engenharia – Amplianção (3º pavimento) 1950

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Liceu – Um dos locais onde funcionavam os primeiros cursos da Universidade

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Instituto Eletrotécnico – Prédio Inaugurado em 1908

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Antigo Instituto de Química – construído na década de 1920

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Faculdade de Direito

Faculdade de Direito – inaugurada em 1910

Instituto Ginasial Júlio de Castilhos – primeira metade do séc. XX

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Faculdade de Agronomia – Prédio Inaugurado em 1911

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Parobé Divisão Feminina – Lavanderia - 1927/1928

Parobé Divisão Feminina – Aviário - 1927/1928

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Faculdade de Medicina – Inaugurado em 1924

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Vista aérea no contexto da cidade, do Campus Saúde – década de 1970

Dos anos 50 à construção do Campus do Vale 29


Instituto de Ciências Naturais – Inaugurado em 1955

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Faculdade de Ciências Econômicas – Construído entre 1952/1954

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Reitoria – Construído entre 1954/1957

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Engenharia “Nova” – Construído entre 1955/1960

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Faculdade de Farmácia – Construída entre 1954/1957

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PrĂŠdio da Reitoria construĂ­do entre 1954\1957

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Instituto de Física – Construído entre 1951/1953 Faculdade de Filosofia – Construído entre 1951/1954 Faculdade de Ciências Econômicas – Construído entre 1952/1954

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Instituto de Pesquisas Hidráulicas – Construído entre 1953/1958 Instituto de Artes – Construção: primeira parte em 1943, segunda parte em 1953 Odontologia / Geociências / Atual Departamento de Artes Dramáticas – Inaugurado em 1954

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Faculdade de Arquitetura – Construído entre 1954/1957 Faculdade de Odontologia – Décadas de 195/1960 Faculdade de Farmácia – Construído entre 1954/1958

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Maquete do Campus Saúde – Décadad e 1950 Campus Saúde / Faculdade de Farmácia – Década de 1970

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Hospital de Clinicas de Porto Alegre – Início das obras em 1947 – Década de 1950 Reitoria – Construído entre 1954/1957 Vista aérea do Campus Central – Década de 1950

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Restaurante Universitário do Campus Central – Inauguração em 1953 Hospital de Clinicas Veterinárias – Inauguração em 1956

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Reitoria – Construído entre 1954/1957

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Faculdade de Arquitetura – Construído entre 1954/1957

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Faculdade de Educação / Colégio Aplicação – Construído entre 1960/1964

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Vista aérea do Campus Saúde – Décadas de 1970/1980

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Casa do Estudante da Agronomia – Construída entre 1957/1960 Colônia de Férias de Tramandaí – Construída entre 1956/1960 Engenharia “Nova” – Construído entre 1955/1960

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Faculdade de Educação / Colégio Aplicação – Construído entre 1960/1964 Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação – Construído entre 1960/1964 Escritório Técnico “Centro de Pesquisas” - Campus do Vale – Década de 1950

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Vista Aérea do Campus do Vale – Década de 1980

Dos anos 70 às restaurações

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Vista aérea do Campus Olímpico – Década de 1970

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Prédio do Ciclo Básico – Construído entre 1953\1971

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Prédio do Ciclo Básico – Construído entre 1953\1971

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Campus do Vale – Década de 1980

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Centro Natatório - Campus Olímpico – Década de 1980

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Vista AĂŠrea do Campus do Vale

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Campus Vale – 1970/1980

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Vista aérea Campus do Vale – Década de 1970 Escritório Técnico do Campus do Vale – Década de 1970

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Panorâmica Campus do Vale – Década de 1970 Passarelas Campus do Vale – Década de 1980 Panorâmica do Vale – Década de 1980

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Campus do Vale – Década de 1980 Campus do Vale – Década de 1980 Campus do Vale – Década de 1980

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Restaurante Universitário Campus do Vale – Década de 1970 Vista aérea Campus do Vale – Década de 1980

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Casa do Estudante Universitário - Campus Central – Inaugurada em 1971 Planetário - Campus Saúde – Construção em 1971 Planetário - Campus Saúde – Inaugurado em 1972

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CECLIMAR - Imbé – Inaugurado em 1983 Escola de Enfermagem – Inaugurada em 1985

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Prédios históricos restaurados e construções edificadas após a década de 1990

Movimentos da Universidade no presente 62


Documento de Tombamento Federal

Reconhecimento dos prédios como patrimônio cultural do Estado do Rio Garnde do Sul

serestarficar E Não Parar no Tempo

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O Projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS, que vem sendo desenvolvido pela Universidade desde 1998, objetiva a preservação do legado cultural que a comunidade sul-riograndense implantou no início do século XX, constituindo-se no núcleo original da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Este é formado por um conjunto de doze prédios históricos, onze dos quais situam-se no centro da cidade de Porto Alegre, no Campus Centro, aos quais se soma um prédio localizado no bairro Agronomia, no Campus do Vale. Os referidos monumentos destinam-se a atividades didáticas, administrativas e culturais. Destacam-se no contexto urbano pelo seu excepcional caráter arquitetônico e por formarem um harmônico conjunto que identifica a imagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Capital do Estado. A preservação desta herança é vital para a Universidade e para a sociedade gaúcha. É necessário recuperar estes prédios e colocá-los à disposição da comunidade, para que cumpram a função social que lhes é inerente, mantendo, assim, os vínculos da UFRGS com a sociedade. Estes 12 prédios têm sua proteção assegurada pela Lei n.º 11.525 de 15 de setembro de 2000, que os declara integrantes do patrimônio cultural do Estado do Rio Grande do Sul. Dentre eles, a Faculdade de Direito e o Observatório Astronômico tiveram seu valor nacional reconhecido, através do tombamento pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN (Processo de Tombamento No 1.438-T-98). Para este fim, foi criada a Secretaria do Patrimônio Histórico da UFRGS que, desde 2000, vem implementando ações no sentido de restaurar e preservar estas edificações. Desde então, o Projeto de Resgate deste patrimônio tem colhido incontestáveis vitórias.

Secretaria do Patrimônio Histórico

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Critérios de Intervenção e Restauro Sensibilização da comunidade com vistas a identificar o interesse na preservação do prédio Pesquisa Histórica, Iconográfica e Documental do prédio e seu entorno Relevância histórica, artística e arquitetônica do prédio Descrição original e evolução da construção histórica e física do prédio Análise do edifício quanto a espacialidade, sistema construtivo, ambiência e materiais Análise do novo programa de uso Registro e cadastro dos bens integrados como obras de arte, pinturas, murais, estatuárias e vitrais Projeto de restauro do prédio adequando-os as novas necessidades e acessibilidade Envio do projeto ao MINC para aprovação e conseqüente captação de recursos

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Entre as obras que transformaram a fisionomia da capital gaúcha, o porto-alegrense Rudolph Ahrons deixou esta: o “suntuoso palácio do Campo da Redenção” inspirado no “Palais du Rhin”, Palácio de verão do imperador da Alemanha, Kaiser Guilherme II, na cidade de Estrasburgo, França. Foi construído no período de 1908/1910 e inaugurado em 15 de julho de 1910 pelo Diretor Manuel André da Rocha. Sofreu uma ampliação que foi executada a partir de 1951 e concluída em 1954.

Faculdade de Direito Autor Projeto: Arq. Hermann Otto Menchen Área Construída: 4584 m² Execução: Rudolph Ahrons

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Resgate da planta original – detalhes da planta baixa da sacada

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Elementos técnicos de intervenções representando a construção original, a ampliação e o projeto cromático (1951 e 2004)

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Elementos técnicos de intervenções representando a construção original, a ampliação e o projeto cromático (1951 e 2004)

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Faculdade de Direito – 09 de agosto de 2000

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Documento que autoriza a captação de recursos para a restauração da Faculdade de Direito

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Etapas registradas das intervençþes

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Etapas registradas das intervençþes

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Etapas registradas das intervençþes

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Elementos internos e externos restaurados

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Elementos internos e externos restaurados

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Monumento restaurado e entregue Ă comunidade em 21 de setembro de 2004

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Publica莽玫es da Secretaria do Patrim么nio Hist贸rico

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Itinerário Cronológico Materialidades, marcas, usos, referências e identidades das edificações mudam, se confundem e se misturam nos movimentos dos tempos. Na história da UFRGS sobressaem alguns momentos marcantes, aqui escolhidos dentre outras possibilidades, para traçar um itinerário do patrimônio histórico e cultural edificado da Universidade ou dos lugares de serestarficar. Do último quartel do século XIX à federalização Nesse período destaca-se a edificação dos seguintes prédios: - Escola de Engenharia (construído entre 1898-1900; terceiro pavimento construído em 1950) - Instituto Eletrotécnico (inaugurado em 1908; terceiro pavimento edificado na década de 50) - Observatório Astronômico (prédio concluído em 1908) - Château e Castelinho (construídos entre 1906-1908, como espaços do Instituto Técnico Profissional da Escola de Engenharia) - Instituto Ginasial Júlio de Castilhos (inaugurado em 1909 e destruído por um incêndio em 1951) - Faculdade de Direito (inaugurado em 1910) - Faculdade de Agronomia (construído entre 1910-1913) - Laboratório de Resistência de Materiais da Escola de Engenharia (inaugurado em 1913, atualmente Museu da UFRGS) - Faculdade de Medicina (iniciado em 1913 e inaugurado em 1924) - Instituto Astronômico e Metereológico (construído entre 1920-1921; desde 1960 é a Rádio da Universidade) - Instituto Parobé (construído entre 1925-1928) - Instituto de Belas Artes (primeira parte do prédio construído em 1943) - Instituto de Química (inaugurado em 1926 e ampliado entre 1944 -1946) Dos anos 50 à construção do Campus do Vale Os prédios mais emblemáticos desse período são: - Reitoria (construído entre 1954-1957) - Instituto de Física (construído entre 1951-1953) - Faculdade de Filosofia (construído entre 1951-1954) - Faculdade de Ciências Econômica (construído entre 1952-1954) - Instituto de Ciências Naturais (inaugurado em 1955) - Instituto de Artes (1953 - construção da segunda parte)

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- Departamento de Artes Dramáticas (inaugurado em 1954, inicialmente para o curso de Odontologia, depois Geologia) - Faculdade de Arquitetura (construído entre 1954-1957) - Engenharia “Nova” (construído entre 1955 -1960) - Faculdade de Educação (construído nos anos 60; inicialmente sede do Colégio de Aplicação) - Faculdade de Farmácia (construído entre 1954-1958) - Instituto de Psicologia (construído entre 1953-1969; antigo Pavilhão de Tisiologia e, mais tarde, Ciclo Básico) - Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (construído entre 1960-1964; inicialmente Gráfica da UFRGS) - Faculdade de Odontologia (iniciado nesse período e inaugurado no início dos anos 70) - Escola de Enfermagem (adquirido e reformado entre 1954 e 1955) - Hospital de Clínicas (construído nos anos 1950) - Instituto de Pesquisas Hidráulicas (construído em 1953 e 1958) - Hospital de Clínicas Veterinária (construído entre 1952-1956) - Casa do Estudante e Restaurante Universitário da Agronomia e Veterinária (construído entre 1957-1960) - Casa do Estudante João Pessoa (primeiro pavimento construído em 1953, para abrigar o Restaurante Universitário; concluído em 1972) - Colônia de Férias de Tramandaí (construído entre 1956-1960)) - Escritório Técnico “Centro de Pesquisas” do Campus do Vale (década de 50) - Campus Olímpico (instalado no início da década de 1960) Dos anos 70 às restaurações Edificações destacadas: - Escritório Técnico do Campus do Vale (início dos anos 1970) - Campus do Vale (primeiro conjunto de prédios inaugurados nos anos 1970) - Casa do Estudante Universitário Campus Central (inaugurado em 1972) - Restaurante Universitário do Vale (fins da década de 1970) - Planetário (inaugurado em 1972) - CECLIMAR Imbé (inaugurado em 1983) - Escola de Enfermagem (inaugurado em1985) - Centro Natatório Campus Olímpico (inaugurado em 1980) - Campus do Vale ampliação (década de 1980)


Movimentos da Universidade no presente Prédios tombados: - Faculdade de Direito (tombamento federal) - Observatório Astronômico (tombamento federal) Reconhecidos como Patrimônio Cultural do Estado do Rio Grande do Sul: - Faculdade de Direito - Observatório Astronômico - Museu da UFRGS - Rádio da Universidade - Château - Castelinho Prédios em processo de restauração: - Faculdade de Agronomia - Escola de Engenharia Em processo de captação de recursos para restauro: - Instituto Parobé - Instituto de Química - Faculdade de Medicina - Instituto Eletrotécnico - Reitoria Edificados nas últimas décadas: - Colégio de Aplicação - Faculdade de Medicina - Gráfica e Editora - Restaurante Universitário Campus Saúde - Escola Técnica - LAPEX Laboratório de Pesquisa do Exercício - Salas de aula da Veterinária - Pórtico de acesso ao anel viário do Campus do Vale - CREAL Centro de reprodução e experimentação de animais de laboratório - LAMEF Laboratório de metalurgia e física - Brinquedoteca - Departamento de plantas e lavouras e departamento de horticultura e silvicultura - Escola de Administração - Farmácia popular

x p r e s s a r Fa z e r F o m e n t E r a ar F oc o rm r Ev i g i ar Er F re que nta r

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i s to H r a G e ra r t Ge r ir G u a rd ar H a bi

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Abrigar Acolher Admirar Adotar Afirmar Agregar Aprender Aproximar Arquitetar Arquivar Avivar Capturar Celebrar Circunscrever Comemorar Compartilhar Compor Compreender Conceber Conceituar Conhecer Contemplar Criar Cuidar Desenhar Difundir Edificar Educar Eleger Embelezar Erigir Evocar Expressar Fazer Fomentar Formar Frequentar Gerar Gerir Guardar Habitar Historiar Idealizar Identificar Incrementar Integrar Interpretar Legar Lembrar Manifestar Maravilhar Mediar Memorar Mirar Mobilizar Monumentalizar Mostrar Mudar Narrar Nomear Notar Obliterar Observar Olhar Olvidar Organizar Ornar Partilhar Perceber Perdurar Permanecer Perscrutar Persistir Perspectivar Pesquisar Planificar Pluralizar Porvir Potenciar Prenunciar Presenciar Preservar Prestigiar Procurar Produzir Projetar Prolongar Promover Propiciar Proteger Pulsar Qualificar Quantificar Questionar Reabilitar Realรงar Realizar Reciclar Recomeรงar Recompor Reconciliar Reconhecer Reconstituir Recordar Recuperar Redescobrir Refazer Refletir Reintegrar Reinventar Reivindicar Relacionar Rememorar Renascer Renovar Repertoriar Resgatar Respeitar Ressaltar Restaurar Restituir Revelar Reverberar Saber Salvar Sensibilizar Significar Sucumbir Suplantar Suprimir Surpreender Suscitar Sustentar Temporizar Testemunhar Trabalhar Traรงar Traduzir Tramar Transmitir Transversalizar Urdir Usufruir Validar Valorizar Vigiar Vitalizar Vivenciar Vivificar Zelar


Exposição UFRGS: (in)visíveis lugares serestarficar Reitor: Carlos Alexandre Netto Vice Reitor: Rui Vicente Oppermann Pró-Reitora de Extensão: Sandra de Deus Vice Pró- Reitor de Extensão: Angelo Ronaldo Pereira da Silva Direção Museu da UFRGS: Claudia Porcellis Aristimunha Secretaria de Patrimônio Histórico: André Luis Martinewski Secretaria de Comunicação Social: Flávio Porcello Curadoria: Maria Aparecida Bergamaschi Maria Stephanou Museu da UFRGS Secretaria de Patrimônio Histórico Museografia da Exposição: Élcio Rossini e Kátia Prates Material Gráfico: Sandro Ká

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Projeto Gráfico do Catálogo: Paulo Baldo e Fábio Alt Colaboração Especial: Ângela Terezinha de Souza Wyse Produção: Museu da UFRGS Fotos produzidas para a exposição e catálogo: Marcelo Cavalcanti da Silveira Ricardo Andrade Fábio Alt Vídeos e depoimentos: UFRGS TV Acervo: Museu da UFRGS Secretaria Patrimônio Histórico Planetário Professor José Baptista Pereira Equipe Museu da UFRGS: Berenice Machado Rolim Claudia Porcellis Aristimunha Lígia Ketzer Fagundes Luciana Teixeira Costa Maria Cristina Padilha Leitzke Maria Aparecida Pires Nunes Bolsistas Museu da UFRGS: Bernard Goulart Prietto Gabriela Correa da Silva Andréia Wiest Equipe Infra-estrutura: Romeu Polidoro Scherer Kátia Lourenço Naiana Ferreira Silva


Equipe Secretaria de Patrimônio Histórico: André Luis Martinewski Edison Zanckin Alice Honores Mambrini Luiz Francisco Perrone Sonia Maria Piccinini Noemia Fátima Rodriges Ana Lúcia dos Santos Brum Strieder Equipe UFRGS TV: Direção Geral: Flávio Porcello Diretor Executivo: Paulo A. Cabral Diretor de Jornalismo: Fernando Favaretto Produção Cultural: Thaís Aragão Gerência de Operações: Renata Munaretto e Osório Schaeffer Estudantes de Jornalismo: Carla Bagatini Gustavo Pereira Flores Juliana Loureiro Marco Kubiack Maria Elisa Lisboa Mônica Carvalho Natália Blumberg Nathália dos Santos Silva Paola Rodrigues Agradecimentos Especiais: Marcelo Cavalcanti da Silveira Sandro Ká Prefeitura Universitária do Campus Centro Esta publicação foi concebida a partir da exposição UFRGS:(in)visíveis lugares serestarficar realizada no Museu da UFRGS no período de 26 de janeiro a 27 de abril de 2009.

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