Folha da Ufersa - Edição 06

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FOLHA DA U FERSA INFORMATIVO INTERNO DA U NIVERSIDADE F EDERAL RURAL DO S EMI-ÁRIDO

J ANEIRO E F EVEREIRO DE 2014 E D. N º06 - M OSSORÓ/RN

CEMAS

P r e s e r va n d o a n i m a i s da ca a ti n ga A l é m d a e m a , o C e n t r o d e M u l t i pl i c a ç ã o d e A n i m a i s S i l ve s t r e s d a U f e r s a r e a l i z a p e s q u i s a s c o m c a t e t o s , c u t i a s e p r e á s , e s p é c i e s n a t i va s d o s e m i á r i d o a m e a ç a d a s d e e x t i n ç ã o . P á g . 05 .

EXERCÍCIO Ginástica laboral melhora rendimento no trabalho. Pág. 07

CACTUS BAJA

Equipe se prepara para novas competições, desta vez, em Piracicaba/SP. Pág. 05

AGRICULTURA

Estudantes vivenciam realidade do campo com proposta sustentável para produção familiar. Pág. 04

E Mais:

- QUEM FAZ A U FERSA: P RÓ-REITOR DE G RADUAÇÃO, P ROFESSOR AUGUSTO C ARLOS P AVÃO; PÁG . 02 - H ORTA D IDÁTICA APRIMORA APRENDIZAGEM DE ALUNOS DA E SCOLA F RANCISCA M ARTINS DE S OUZA; PÁG . 08 - AGRÔNOMO DA U FERSA ENTRE OS MAIORES PESQUISADORES DO CNP Q; PÁG . 06 - N OSSOS VALORES: ADMINISTRADOR M ARDEM J OSÉ, D EDICAÇÃO E TRABALHO. PÁG . 07 P RODUZIDO PELA ASSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO DA U FERSA www.ufersa.edu.br

AV. F RANCISCO M OTA, 572 B AIRRO C OSTA E S ILVA M OSSORÓ-RN | CEP: 59.625-900


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EDITORIAL

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A Folha da Ufersa chega à sexta edição. Agora bimestral, trazemos os destaques de janeiro e fevereiro, com ênfase nas áreas da pesquisa e da extensão universitária. Começamos o ano com boas perspectivas para a consolidação da nossa Universidade. Parabéns aos professores que estão em constante produção acadêmica. Parabéns aos alunos que se esforçam para cumprirem as suas metas e parabéns, também, aos servidores técnico-administrativos que, conscientes dos seus direitos, vão a luta em busca de melhores condições de trabalho. É isso, uma boa leitura e, para não esquecer, lembramos que a Folha da Ufersa é nossa. Contribua com críticas e sugestões.

Passos Junior

assecom@ufersa.edu.br

QUEM FAZ A UFERSA

Augusto Carlos Pavão Pró-Reitor de Graduação

Sou professor do ensino superior desde 1999, onde comecei a lecionar na Escola Mauá de Engenharia em São Caetano do Sul. Desde 2008 estou na Ufersa como professor adjunto do curso de Engenharia de Energia. De 2010 a 2012 fui chefe do Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas e desde agosto de 2012 assumi a função de Pró-Reitor de Graduação. Além da condução e/ou supervisão de diversos processos como a ocupação de vagas pelo SiSU, oferta de turmas, espaço físico, implantação, avaliação e regulação dos cursos presenciais e à distância, revisão de PPCs de cursos, programas de Monitoria, PIBID, PET entre outros, a gestão da PROGRAD tem sido norteada por três eixos principais: revisão e ampliação da regulamentação interna referente à Graduação; ampliação da informatização dos processos acadêmicos; ações pedagógicas e de inclusão social. Quanto à regulamentação, várias resoluções já foram aprovadas pelos Conselhos Superiores e outras estão em processo de aprovação ou elaboração. A partir do conjunto dessas resoluções e das já existentes pretende-se elaborar o Manual dos Cursos de Graduação. Nesse aspecto já foram publicados o Manual do Aluno e o

Guia do Coordenador. A informatização dos processos acadêmicos, trabalho que tem sido realizado em conjunto com a SUTIC, está sendo feita através da ativação de novos módulos do SIGAA, como o de Espaço Físico e de Monitoria. O Setor Pedagógico da PROGRAD tem promovido diversas ações relativas aos processos de ensino e de aprendizagem no Ensino Superior, dentre elas, o mapeamento para cada curso, o quadro de evasão e de reprovação, implantação do sistema de tutoria, publicação do primeiro edital de ensino e discussões sobre temas como avaliação, inclusão e flexibilidade curricular. Essas ações se concretizam na realização de estudos, oficinas, seminários e encontros. A Graduação da Ufersa, da mesma forma que de outras IFES, apresenta um grande número de desafios que demandam a participação ativa de toda a comunidade acadêmica, buscando o contínuo aprimoramento da qualidade do ensino.

Agenda de Eventos Solenidade de Colação de Grau Ufersa Mossoró

Data: 27 de Março Local: Garbos Recepções e Eventos Hora: 19h30min

Solenidade de Colação de Grau Ufersa Angicos Data: 28 de Março Local: Auditório do Câmpus Hora: 19h30min

EXPEDIENTE

Solenidade de Colação de Grau Ufersa Caraúbas Data: 29 de Março Local: Auditório do Câmpus Hora: 19h30min

Ra d a m és D a n ta s Despedida... A nossa vida está envolta em constantes despedidas. É a despedida de um ano que termina e outro que se inicia. Na hora do parto temos a nossa primeira despedida, a do ventre materno. Estávamos em um meio líquido, sem esforço, temperatura controlada, alimentação controlada. Mas aí tivemos que nascer, afinal, temos que crescer. Começamos a nos alimentar de leite materno e aí fizemos a nossa primeira zona de conforto pós-parto. Bom, alguns meses depois, tivemos que nos alimentar de comida sólida e, assim, nossa segunda despedida, agora do peito e/ou mamadeira, afinal, temos que crescer. Completamos 2 anos e está na hora de ir pra escola. São os primeiros passos de um sistema criado pelos humanos para “formar” seus pares no modelo cognitivo, social, moral, político e econômico estabelecido pela própria espécie para que todos ajam conforme os paradigmas dominantes. É a terceira despedida, agora, dos braços dos pais para os braços de um professor ou professora, afinal, temos de crescer. Após 16 anos de “formação” escolar, temos que dar mais uma despedida e entrar na universidade. Para alguns, essa despedida vem com um kit completo, com saída do ensino médio para o aprendizado superior, às vezes em outra cidade, uma despedida maior, afinal temos de crescer. Alguns anos depois de “formado” nos despedimos da graduação e entramos numa pós-graduação. Outros vão direto para o mercado de trabalho, deixando a pós para outra ocasião; outros terão que conviver com as duas opções, afinal temos de crescer. Finalmente, chegamos à aposentadoria e nos despedimos da vida laboral. Agora é hora de colhermos os frutos que plantamos. Se cultivamos uma vida física com exercícios e alimentação saudável, teremos uma terceira idade com energia para atravessar a barreira dos 100 anos. Se cultivamos uma vida psicoemocional com amor, seja ele, o Eros de Platão, Filia de Aristóteles ou, principalmente, o Ágape de Jesus então teremos uma história e um legado para o progresso das futuras gerações, afinal temos de crescer. Até a próxima edição! Está vendo?! Outra despedida...

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: P ASSOS J ÚNIOR. TEXTOS: P ASSOS J ÚNIOR, H IGO LIMA E VANESSA D'O LIVIÊR. PROJETO DIAGRAMAÇÃO : AMANDA F REITAS . FOTOS : E DUARDO M ENDONÇA, P ASSOS J ÚNIOR E VANESSA D 'O LIVIÊR. REVISÃO : D IEGO F ARIAS E AMANDA F REITAS .

GRÁFICO :

AMANDA F REITAS.

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: J OSÉ DE ARIMATEA DE M ATOS. VICE- REITOR: F RANCISCO O DOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: M ARIA M IRAMAR D IÓGENES VERAS. PRÓ- REITOR DE GRADUAÇÃO: P ROFº. AUGUSTO C ARLOS P AVÃO. PRÓ- REITOR DE PLANEJAMENTO: G EORGE B EZERRA RIBEIRO. PRÓ- REITORA DE ADMINISTRAÇÃO: ANAKLÉA M ÉLO S ILVEIRA DA C RUZ C OSTA. PRÓ- REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE O LIVEIRA C AVALCANTE. PRÓ- REITOR DE PESQUISA E PÓS- GRADUAÇÃO: P ROFº. RUI S ALES J ÚNIOR. PRÓ- REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA: P ROFº. LUIZ AUGUSTO VIEIRA C ORDEIRO. PRÓ- REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS: P ROFº. RODRIGO S ÉRGIO F ERREIRA DE M OURA.


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PRESERVAÇÃO

Cemas é referência na multiplicação de animais Com estudos em reprodução animal, Ufersa detem um dos dois únicos cativeiros de Emas no RN O brasão destinado ao Rio Grande do Norte em meados do século 17, quando o Estado ainda detinha o status de capitania, era ilustrado por uma Ema. A explicação para a simbologia se sustentava na presença de grande quantidade do animal na nossa região. Hoje, o símbolo da bandeira é outro, bem como mudou a realidade de concentração daquele animal em terras potiguares. Em apenas dois recantos do Estado ainda pode ser encontrada pequena população de Emas: na Estação Ecológica do Seridó, mantida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama; e no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres – Cemas, dentro do organograma da Universidade Federal Rural do Semi-Árido Ufersa. Esse último cativeiro é responsável por boa parte dos estudos científicos que lutam pela preservação da espécie, que, infelizmente, já ocupa lugar na lista dos animais ameaçados de extinção. Criado em 1989, o órgão é uma unidade vinculada à Reitoria da Ufersa e responde hoje por uma das maiores fatias de produção científica da instituição, atendendo pesquisas de Iniciação Científica dos alunos nos cursos de graduação, e ainda pesquisas em nível de Mestrado e Doutorado com a atuação nos cursos de Zootecnia, Agronomia, Veterinária, Ecologia e Biotecnia. O trabalho com animais silvestres se concentra majoritariamente em quatro espécies: Catetos (120 animais), Cutia (120), Preás (100) e as Emas (60). Essa última, embora em menor quantidade, é a que exige maior atenção devido à sua vulnerabilidade a patologias, conforme explica o professor Moacir Franco de Oliveira, coordenador do Cemas. “Cada espécie tem suas características e exigências necessárias, e isso é devidamente regulamentado para que a Instituição possa manter o cativeiro”, ressalta o professor, que há 15 anos está à frente do Centro.

Pesquisa

O esforço para assegurar a presença de espécies silvestres da nossa região é uma luta garantida por meio das pesquisas com a Morfofisiologia, que basicamente norteia toda a produção científica desenvolvida pelo Cemas. Através dessa linha de atuação surgiram estudos na área de anatomia, reprodução, anestesiologia, comporta-

As Emas exigem maior cuidado no Cemas da Ufersa

Além de Moacir, outro professor divide a coordenação do Cemas e quatro servidores técnicoadministrativos dão suporte. A quantidade de discentes enAntigo brasão do RN volvidos com pesquisas chega até 40, em todos os níveis, movimentando atualmente cerca de meio milhão de reais com estudos que passam pelas dependências do setor. A quase totalidade desse recurso é oriundo de projetos aprovados junto ao CNPq. Nos últimos três anos, essa estrutura vem segurando a média de cinco publicações internacionais e somando 20 publicações por ano. “Embora não seja um setor com produção para fins comer-

Moacir Franco, biólogo com doutorado em anatomia de animal doméstico e silvestre

ciais, o Centro de Pesquisa é um setor que contribui de forma significativa para a melhoria dos índices de Pesquisa e Pósgraduação da Universidade”, defende o professor Moacir Franco.

Curiosidade: 37 espécies de animais com habitat natural no Estado do Rio Grande do Norte aparecem na Lista Nacional de Espécies da Fauna Silvestre Ameaçada de Extinção, mantida pelo Ibama. mento, manejo alimentar e cultura celular. Para dimensionar a abrangência dos estudos do Cemas, somente da área de Placentação e Reprodução Animal saíram pesquisas que permitem a avaliação do Modelo de Macho e do Modelo de Fêmea; a preservação de sêmen e até mesmo a criação de um Banco de Germoplasma, responsável

pela preservação de óvulos e espermatozóides no Laboratório de Conservação de Germoplasma Animal. Esse material coletado pela Ufersa já foi doado para diversas instituições de pesquisa da Região. Esse trâmite, no entanto, só acontece de acordo com a normatização e autorização do Ibama, que só permite doação para fins científicos.


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AGRICULTURA ORGÂNICA

Produção familiar sem uso de agrotóxicos Universitários e agricultores trocam experiência num aprendizado voltado para agricultura sustentável, valorizando a produção familiar com os estudantes vivenciando a realidade do homem do campo Quatro comunidades rurais do Rio Grande do Norte que produzem sem a utilização de agrotóxicos estão sendo acompanhadas por estudantes da Ufersa, integrantes do Programa de Extensão “Vivenciar e Construir Saberes”. O Programa, coordenado pelo professor Joaquim Pinheiro, tem como proposta o incentivo da agroecologia na agricultura familiar. São universitários dos cursos de Agronomia, Zootecnia, Medicina Veterinária e Ecologia. Os estudantes se deslocam até os Assentamentos Soledade e Sítio de Góes, em Apodi; Bom Sucesso, no município de Pedra Grande e, Canto da Ilha de Cima, em São Miguel do Gostoso, para construir, conjuntamente, com os agricultores, um Plano de Ação para ser colocado em prática no decorrer do ano. Ao chegar às comunidades os estudantes da Ufersa são muito bem recebidos pelos agricultores. O maior diferencial é o caráter coletivo da proposta de trabalho. “Estamos a dialogar com os agricultores para a construção de um projeto mais sólido de enlace da sustentabilidade”, afirmou Kaliane Aguiar, estudante de medicina veterinária. O plano tem como base os três princípios da agroecologia: a produção orgânica, a soberania alimentar e a comercialização solidária. “A produção orgânica é um mercado crescente”, afirmou o professor Joaquim Pinheiro, observando que atualmente se faz necessário pensar

Aprendizado com a troca de experiências entre agricultores e alunos

Proposta é contruída de forma coletiva com as comunidades rurais

Durante a vivência, o trabalho no campo fascina os universitários da Ufersa

Estudantes são sempre bem recebidos pelos agricultores e suas famílias

em novos espaços para a comercialização dos produtos orgânicos. “Aprendemos demais. Estaremos sempre abertos para receber os estudantes”, afirmou Francisco Antônio de Souza, criador de cabras no assentamento Sítio de Góes. Com 38 animais, Toínho de Cícero, como é mais conhecido, é um dos maiores produtores de leite de cabra do assentamento. Lucas Sombra, acadêmico de Agronomia, reconhece a importância do Programa. “Cada experiência é transformadora devido à realidade de cada ambiente. A vivência proporciona sair do ambiente tecnicista da Universidade para conhecer a realidade dos agricultores familiares na sua lida diária e, isso, é muito importante para nós estudante”, avaliou. O Programa Vivenciar e Construir Saberes acontece desde o ano passado e foi renovado para mais um ano. A proposta é construir alternativas para melhorar a atividade agroecologia. “Trabalhamos com reflexões que fazem parte da realidade do pequeno agricultor que tem a terra como o seu único patrimônio”, afirmou o estudante de Agronomia André Victor Sales Passos, ressaltando a importância da agroecologia; o controle do agricultor no que se refere ao plantio e ao consumo de alimentos e a diversificação de culturas. O Programa de Extensão da Ufersa conta com a parceria da Terra Viva/Rede Pardal.


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CACTUS BAJA

Tudo pronto para a disputa nacional Equipe da Ufersa participará de disputa nacional, que acontece em março, em São Paulo

Integrantes do Projeto Cactus Baja apresetam protótipo de carro nas escolas de Mossoró

A equipe Cactus Baja da Ufersa começou 2014 com todo pique nas atividades. No começo de fevereiro, os membros do projeto retomaram a maratona de palestras nas unidades educacionais de Mossoró a fim de expor e apresentar a iniciativa. A terceira a receber a visita foi o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). E as próximas serão as escolas Abel Coelho, Eliseu Viana e José de Freitas Nobre. A expectativa é que até o final deste ano os integrantes do Cactus Baja percorram aproximadamente 10 unidades. Em cada visita, ficam os contatos em caso de interesse da unidade em desenvolver projetos similares com a Universidade. De acordo com a estudante Sâmia Senna Diógenes, do 7º período de Engenharia Mecânica da Ufersa, as visitas integram a proposta de participação em exposições, feiras, seminários e nas competições do gênero. “Os alunos ficam bastante deslumbrados com o trabalho, sobretudo por

mostramos a eles que a maior parte das peças é desenvolvida aqui mesmo na Ufersa pela nossa equipe”, descreve a estudante. O Carros são submetidos a diferentes obstáculos foco das atividades do Projeto é dos porque a experiência regional foi voltado para competições do gênero, de modo que as visitas visam importante para observarmos o que atrair os estudantes e divulgar a precisávamos melhorar”, repassa Sâmia. Já no final de fevereiro, o protótipo modalidade. Em 2013, a Equipe Cactus Baja da do carro deve estar pronto para teste. A Ufersa participou pela segunda vez da equipe Cactus Baja da Ufersa é formada Competição BAJA SAE - Etapa Nordeste, por 27 estudantes de graduação dos realizada na cidade de Camaçari/BA, a cursos de Engenharia Mecânica, de equipe retornou para casa com o prêmio Energia e do Bacharelado em Ciência e de 2º lugar geral na competição e com Tecnologia (BCT). Sob o comando do destaque nas modalidades Manutenção capitão, o estudante Yuri Mendonça, 8º e Custos (1º lugar), Espírito de Equipe período de Mecânica, a equipe é dividi(1º), Arrancada (2º), e Apresentação da por lideres que comandam os subsistemas que fazem o carro funcionar. Geral do Projeto (3º). Juntos, eles têm como objetivo O foco agora é partir para a disputa nacional, prevista para a primeira desenvolver um veículo atrativo ao merquinzena de março, na cidade de Piraci- cado consumidor. Para tanto, devem se caba, em São Paulo, na vigésima edição atentar a critérios como o apelo visual da Competição Baja Nacional. “A da máquina; um bom desempenho; competição nacional tem uma dimensão confiabilidade e ainda a facilidade de muito maior, mas nos sentimos prepara- operação e manutenção.


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CNPq

Pesquisador de ponta

A boa notícia é que, além do professor Francismar Medeiros, outros oito tiveram a Bolsa renovada publicados; mais de 10 artigos ou capítulos de livros e, mais de 200 apresentações de trabalhos em eventos científicos. Além do vasto conhecimento na sua área de atuação, a humildade é outra característica reconhecida por todos que têm a oportunidade de trabalhar com o professor Francismar. “Nunca devemos achar que sabemos de tudo”, frisou. Para ele, a formação teórica é fundamental para se acompanhar a evolução da ciência. Para os novos pesquisadores, o professor orienta o engajamento nas bases e grupos de pesquisa, dedicação e muito estudo.

Bolsa Produtividade José Francismar passou do nível 1D para 1A, última posição em pesquisa adotada pelo CNPq Aos 52 anos, o pesquisador da Uni- conhecimentos”, opinou. Remanescente versidade Federal Rural do Semi-Árido, o da Esam, Francismar Medeiros acumula 29 engenheiro agrônomo José Francismar de anos de trabalho dedicados à instituição. Medeiros, passou a integrar nesse início de Graduado em Agronomia, Mestre em ano, a lista dos maiores pesquisadores do Engenharia Agrícola e Doutor em AgronoConselho Nacional de Desenvolvimento mia, o professor tem atuação na área das Científico e Tecnológico – CNPq. O pesqui- ciências agrárias, com pesquisas voltadas sador é servidor técnico administrativo da as subáreas de Irrigação e Drenagem e, Ufersa, sendo também docente dos Pro- Manejo do Solo e Água. Atualmente ele gramas de Pós-Graduação em Fitotecnia, integra o Comitê de Engenharia Agrícola Irrigação e Drenagem e, Manejo de Solo e do Comitê Nacional de Desenvolvimento Água da Universidade. Ele passou do nível Científico e Tecnológico. 1D para 1A, que é a última posição em Pesquisador do CNPq há mais de 12 termos de pesquisa adotada pelo CNPq. anos, o professor traz no seu currículo a Para o pesquisador, a mudança de coordenação de 04 projetos de pesquisas; nível é consequência de muitos anos dedi- executor de mais de 10 pesquisas; mais de cados ao estudo e a pesquisa. “Representa 50 orientações de trabalhos científicos uma vida dedicada a pesquisa e orienta- (graduação), mais de 30 orientações de ções acadêmicas com o propósito de cada dissertações de mestrado e teses de douvez mais obter e desenvolver novos torado; mais de 100 trabalhos científicos

Além de Francismar Medeiros, mais oito professores da Ufersa foram contemplados com a Bolsa de Produtividade em Pesquisa do CNPq. São os docentes: Clodomiro Alves Junior, José Francismar de Medeiros, Edna Aroucha, Michael Hrncir, Glaur Henrique de Sousa Nunes, Vander Mendonça, Celsemy Eleuterio Maia, Salvador Barros Torres e o professor Francisco Claudio Lopes de Freitas. A Bolsa Produtividade em Pesquisa (PQ) é concedida após avaliação do mérito científico, onde são considerados os projetos de pesquisa, a contribuição científica, tecnológica e de inovação sobre divulgação científica, além da formação do pesquisador em nível de Pós-Graduação; coordenação ou participação em projetos e redes de pesquisa que contemplem divulgação científica.

INFORMÁTICA

Metrópole Digital: Trabalho à vista O Instituto Metrópole Digital com pólo na Ufersa, nos câmpus de Mossoró e Angicos, proporciona a 80 estudantes, a possibilidade de formação no curso técnico em Tecnologia da Informação (TI). O curso que iniciou no ano passado entra na fase final com atividades práticas em forma de estágios, atividades de ensino, pesquisa, extensão, cursos, projetos, experiência profissional, palestras e eventos na área de TI. Rafaela Rodrigues, concluinte e já estagiando na área, afirma que o curso oferece oportunidade para o mercado de trabalho. “Gosto bastante do estágio e acredito que não faltarão portas abertas para me receber no mercado”, ressalta a aluna. Dos 400 ingressantes na primeira turma, apenas 80 conseguiram chegar ao último módulo. O curso relativamente rápido e o ritmo de aulas intenso com muitos exercícios. O Instituto Metrópole Digital oferece aos jovens a oportunidade

Maior parte das vagas (70%) é destinada a alunos da rede pública


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NOSSOS VALORES

Márdem José: Dedicação e trabalho Mardem José Matos Herculano, 52 anos, ingressou no quadro funcional da Instituição em fevereiro de 1978, nos primórdios da Escola Superior de Mossoró – ESAM para a função de Datilógrafo, ascendendo, logo em seguida, para a função de Assistente em Administração. A primeira lotação foi no secretariado do Departamento de Zootecnia, por onde passou quatro anos. Deixou o setor porque ingressou no curso de Agronomia, embora nunca tenha concluído. O diploma de graduação veio em 2010, com a titulação em Administração, pela UFRN. Daquele Departamento, passou para a Coordenação de Extensão e Assuntos Estudantis, acumulando a função com a colaboração para a Revista Caatinga. Posteriormente assumiu funções na Coordenação de Pesquisa e Pós-graduação, Reitoria (Diretoria) e, atualmente, é Pró-Reitor Adjunto da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe). Por todos os setores que laborou, Márdem era reconhecido – e por isso sempre solicitado – pelo seu exímio desempenho em datilografia, juntamente com colegas como Erisberto e Alvanete. “Sempre éramos solicitados para datilografar algum documento da Esam que exigisse rapidez na entrega, e isso rendeu boas histórias”, relembra ele. Um desses causos aconteceu num domingo, quando Márdem descansava numa sala do antigo Cine Cid – onde hoje é o Teatro Lauro Monte – e foi surpreendido pelo funcionário do cinema, portando uma lanterna, lhe procurando em meio à sessão. “Estava acontecendo um Congresso Nacional de Zoologia na Esam e precisavam que alguém datilografasse alguns trabalhos que seriam apresentados no dia seguinte, já os deixando no ponto de publicar. Foi um susto!”, comenta. Em 36 anos de casa, Márdem viu 10 administradores estarem à frente da Esam-Ufersa e, com isso, muitos momentos importantes. Ele destaca três: o período da gestão de Vingt-un Rosado, a substituição das máquinas de datilografia por computadores, e a transformação da Escola Superior em Universidade.

SAÚDE

Tem que exercitar! Os servidores da Ufersa já encaram com mais disposição a jornada de trabalho. Pelos menos os que optaram pela ginástica laboral oferecida pela instituição por meio da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas. A proposta é incentivar os servidores à prática de atividades físicas. A aula de ginástica é mais uma ação do Projeto Movendo a Ufersa, voltado para a diminuição de doenças, minimizando os impactos negativos consequentes da rotina de trabalho. Idealizado pela assistente social Lúcia de Souza e pelo Plano de Saúde Geap, o projeto tem como instrutor o educador físico Armando Melo. Com mais de 60 inscritos, a atividade começou com apenas 15 participantes e já chegou em diversos setores da Universidade, como na biblioteca e registro escolar. São muitos os benefícios proporcionados pela ginástica laboral como, por exemplo, a redução do nível de estresse, a prevenção de doenças como LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), entre outras. Quem participa da ginástica, recomenda. Esse é o caso do Alan Carlos, que diz comprovar os efeitos da atividade. “Acredito que a ginástica laboral pode contribuir muito para nossa saúde e bem-estar, tanto no sentido da prevenção de doenças decorrentes de nossas atividades, como o próprio relaxamento e descontração que a ginástica nos proporciona”, afirma o servidor.

Exercícios físicos melhoram o desempenho dos servidores da Ufersa


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HORTA DIDÁTICA

resultado do projeto vai mais além de Quem planta, colhe... Overduras e legumes fresquinhos Estudantes do ensino fundamental Os pais das crianças também se estão vivenciando uma experiência exitosa envolvem assistindo palestras educativas com o projeto de Extensão Horta Didática voltadas principalmente para uma alimenna Escola, desenvolvido pela Universidade tação mais nutritiva, sendo incentivados a Federal Rural do Semi-Árido, na Escola cultivar uma horta no quintal de casa. “É Estadual Francisca Martins de Souza, que um recurso pedagógico de grande funciona nas dependências do Câmpus importância”, avalia a professora Zoraide Oeste da Ufersa Mossoró. Além de Fernandes, do primeiro ano. A horta, diz a acompanhar o processo de preparação, professora, complementa os conteúdos plantio e colheita de uma horta, os ensina- repassados em sala de aula. mentos são muito mais abrangentes. O A Horta Didática faz tanto sucesso projeto envolve estudantes universitários, que já tem até um mascote, o Seu Noura. professores e servidores da escola, bem “Onde ele chega, desperta a como os alunos e seus familiares. atenção e o interesse das “Trata-se de um projeto multidisci- crianças”, diz Giorgio plinar, aberto a parcerias, que engloba Mendes. A aceitação ao tanto a teoria como a prática”, resume o projeto foi tão significacoordenador do Projeto Horta Didática, tiva que outras ideias Giorgio Ribeiro, doutorando do Programa estão constantemente de Pós-Graduação em Fitotecnia. Os ensinamentos vão desde a forma correta de plantar e colher as hortaliças, passando pela importância de uma alimentação saudável à base de frutas e verduras, cuidados com o meio ambiente, higienização dos alimentos, valorização do trabalho do homem do campo, cidadania e compromisso social. Alunos acompanham desenvolvimento da horta

sendo incorporadas. Coentro, cenoura, rúcula, alface e beterraba foram às hortaliças produzidas na primeira colheita. “O bom é que a produção é consumida pelos alunos da escola”, pontua Giorgio Mendes. O Projeto Horta Didática conta com 12 parceiros.

Regar a horta é atividade extra classe

Colheita é usada na merenda escolar

INCUBADORA

Gestão para crescer em Angicos Pequenos empreendedores da região do sertão central estão buscando a Ineagro Cabugi – Incubadora Tecnológica e Multissetorial do Sertão do Cabugi, da Ufersa Angicos, para aprimorar suas atividades. Atualmente, sete pequenos empresários estão em processo de incubação e um préincubado. “A proposta da incubadora é incentivar boas ideias incentivando o empreendedorismo a partir das potencialidades local”, explica o gerente da Ineagro Cabugi, André Luiz. Um exemplo de resiliência para mostrar a sua arte vem do artesão, José Marcos Rodrigues, da A&M Artesanato, que trabalha com escultura em madeira. Há dois anos ele sobrevive da confecção de peças, com temas voltados para a fauna e a flora da caatinga. São animais, objetos e pessoas esculpidas na madeira umburana encontrada na própria região. Marcos garante que só utiliza madeira morta, ou seja, troncos catados no meio do mato. “Ainda criança comecei a fazer alguns animais para brincar. Assim, fui tomando gosto”, confessa. Autodidata, antes de ser incubado não havia feito nenhum curso. Ele só frequentou a escola até o sexto ano . O trabalho é feito na frente ou na sala da casa dele que é de taipa, construída com barro e pau-a-pique, e chão batido, no bairro Alto da Alegria. O artesão buscou a Ineagro Cabugi para aprimorar o ofício. Há doze meses, Marcos é um dos sete incubados onde busca aprimorar a técnica e divulgar a arte. Depois de incubado, ele já participou de seis cursos promovidos pelo Sebrae, tendo participado também de feiras e exposições.

José Marcos supera muitas dificuldades para produzir peças em madeira

BONSAI – Outro exemplo vem da Nativa Bonsai e Paisagismo,

do universitário Francisco Gomes Barreto Neto. O trabalho tem como diferencial o cultivo de bonsai, arte de reproduzir em pequeno vaso uma árvore em miniatura. A produção de bonsais é pioneira na região do sertão central e tem como maior diferencial a utilização de espécies nativas da caatinga como a jurema, pereiro, juazeiro, buganvílias, umbuzeiro, entre outras. Paralelo a produção de bonsais, Barreto Neto também faz manutenção de jardins, comercializa mudas e jarros e aluga plantas ornamentais. A Inegro Cabugi conta com sete empreendimentos incubados: Sertão Gelado, Pizzaria José Ítalo, Djalma Pescado, Inova TIC’s, Ideal Carimbos, AC2 Envelopados e A & M Artezanato.


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