Sem fronteiras - 66ª Reunião Anual da SBPC

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Registro da 66ª Reunião Anual da SBPC na Ufac Universidade Federal do Acre (Ufac) Minoru Martins Kinpara — reitor Margarida de Aquino Cunha — vice-reitora Maria Socorro Neri Medeiros de Souza — pró-reitora de Graduação Josimar Batista Ferreira — pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Enock da Silva Pessoa — pró-reitor de Extensão Aline Andréia Nicolli — pró-reitora de Assuntos Estudantis Alexandre Ricardo Hid — pró-reitor de Planejamento Thiago Rocha dos Santos — pró-reitor de Administração Filomena Maria Oliveira da Cruz — pró-reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Comissão Executiva Local (CEL) Coordenação Margarida de Aquino Cunha — coordenadora Alexandre Ricardo Hid — vice-coordenador Josimar Batista Ferreira — vice-coordenador Secretaria Geral José Sérgio Lopes Siqueira — secretário-geral Elizabete Santos da Silva — vice-secretária-geral Patrícia Melo Smangoszevski Adriana Vilhena Monteiro Moreira de Souza Kamila Costa Oliveira Geirto de Souza Marly dos Santos Araújo Assessoria José Porfiro da Silva Isla Maria Amorim de Souza Daniel Cícero Gonçalves Pena Comissão da SBPC Cultural Flávio Lofêgo Encarnação — coordenador Fabiana Nogueira Chaves — vice-coordenadora Enock da Silva Pessoa Daniel da Silva Klein Miguel Gustavo Xavier Comissão da SBPC Jovem e Mirim Tatiane Castro dos Santos — coordenadora Reginâmio Bonifácio de Lima — vice-coordenador Frank Oliveira Arcos Luciana Pereira Ogando Floripes Silva Rebouças Norma Suely Tinoco Lima Alexandre Melo de Souza Comissão da SBPC Indígena Jacó César Piccoli — coordenador

Gilberto Francisco Dalmolin — vice-coordenador Manoel Estébio Cavalcante da Cunha Valquíria Garrote Andréa Martini Comissão da SBPC Extrativista Tadeu Melo da Silva — coordenador Francisca Cristina Moura de Lima Boaventura — vice-coordenadora Comissão de Infraestrutura Thiago Rocha dos Santos — coordenador Sérgio Luiz Zuza da Costa — vice-coordenador Luciano de Souza Ferreira Arlem Vieira Cavalcante Alexandro da Conceição Braz Auton Peres de Farias Filho Wanderley Araújo de Castro Junior Subcomissão de Espaço Físico Eliana da Silva Campêlo — coordenadora Antônio José Brasil da Silva — vice-coordenador Edilberto Ferreira Jansen Júnior Raimundo Lima de Figueiredo Lisângela Pazinatto Neméia de Oliveira Farias Subcomissão de Manutenção, Limpeza, Conservação e Energia Sérgio Luiz Zuza da Costa — coordenador Cleber Tadeu Allievi — vice-coordenador Francisco Costa Lima Luis Alberto Maia Subcomissão de Alojamento e Hospedagem Creso Machado Lopes — coordenador Antônio Carlos Fonseca Pontes Júnior — vice-coordenador Yuri Karaccas de Carvalho Anajara Rodrigues Ferreira Sandra Maria Soares da Rocha Julia Simone Ferreira Maria Francisca Barroso Martins Subcomissão de Transporte e Recepção Lorena Rodrigues Barbosa da Silva — coordenadora Sandro Victor Alves Melo — vice-coordenador Maria do Socorro Costa e Souza Alan dos Santos Barbosa Dauana Franco Porto Ângela Maria Poças Dionel Alves de Araújo Thiago Castro Saab Luanara da Costa Ribeiro Subcomissão de Segurança e Trânsito Isla Maria Amorim de Souza — coordenadora Ormifran Pessoa Cavalcante — vice-coordenadora Carlos Tadeu Teles de Lima Ivone de Oliveira Moraes de Souza Weverton Márcio do Nascimento

Subcomissão de Imprensa Francisco Aquinei Timóteo Queirós — coordenador Francisco de Moura Pinheiro — vice-coordenador Márcio Adriano Chocorosqui Wagner da Costa Silva Francielle Maria Modesto Mendes Giselli Xavier D’ávila Lucena Glauco Capper da Rocha Daniel Lopes Dias Subcomissão de Alimentação Aline Andreia Nicolli — coordenadora Tatiane Dalamaria — vice-coordenadora Rafael Lima de Oliveira Alanderson Alves Ramalho Elza de Fátima Dias Itamar Miranda da Silva Fernanda Andrade Martins Katiúscia Shirota Imada Subcomissão de Saúde Filomena Maria Oliveira da Cruz — coordenadora Cristiane de Oliveira Cardoso Reis — vice-coordenadora Zuila de Mendonça Correia Romeu Paulo Martins Silva Priscila Oliveira de Miranda Miguel Júnior Sordi Bortolini Daniela Fernandes da Silva Dilza Teresinha Ambros Ribeiro Sandra Maria Soares da Rocha Kárytha Krystyny Melo de Souza Subcomissão Monitoria e Apoio Antônio Carlos Fonseca Pontes Junior — coordenador Aline Andreia Nicolli — vice-coordenadora Enock da Silva Pessoa Maria do Socorro Neri Medeiros de Souza José Dourado de Souza Andrey Maquiné Bezerra Subcomissão de Comunicação Visual Gilson Mesquita — coordenador Antônio de Queiroz Mesquita — vice-coordenador Allen Ferraz Lins Márcio Adriano Chocorosqui Frederico Silva de Oliveira Veridiano Barroso de Souza Filho Regiane Araujo Sampaio Subcomissão de Informática, Equipamentos Audiovisuais e Telefonia Edvandro Carlos Reckziegel — coordenador Marcos Thomaz da Silva — vice-coordenador Cleuton de Menezes Almeida Camilo Mendes de Oliveira Bruno Samuel Pereira Gomes Silva Gerder Costa de Oliveira Jerbisclei de Souza Silva


Momento oportuno


66ª Reunião Anual da SBPC ocorreu no cinquentenário da Ufac Sediar o maior e mais prestigiado evento em ciência e tecnologia do Brasil foi o desafio enfrentado e cumprido pela Ufac no ano em que completou 40 anos de federalização e 50 anos de história. A 66ª Reunião Anual da SBPC foi realizada entre os dias 22 e 27 de ju-

lho de 2014, no campus de Rio Branco, com o tema “Ciência e Tecnologia em uma Amazônia Sem Fronteiras”. As origens da Ufac remontam à criação da Faculdade de Direito do Estado, em 1964, bem como à sua federalização dez anos depois. Portanto, em 2014, a instituição comemorou seu cinquentenário — meio século de existência, um

aniversário celebrado em grande estilo, que culminou com o acolhimento da 66ª Reunião Anual SBPC. Vamos conhecer estas origens da universidade acriana.


Tempos pioneiros


Os movimentos estudantil e comunitário da década de 1960 foram expressivos aliados para a criação de uma universidade em Rio Branco, capital do Estado do Acre. Esses grupos reivindicavam a necessidade de uma instituição de ensino superior destinada a qualificar a mão de obra local e atender a demanda de profissionais dispostos a contribuir com o então nascente Estado.

Desse modo, surgiu, em 25 de março de 1964, a Faculdade de Direito. Após quatro anos, surgiu a Faculdade de Ciências Econômicas. Em seguida, vieram os cursos de Letras, Pedagogia, Matemática e Estudos Sociais, culminando no que se chamava Centro Universitário do Acre, depois transformado em Universidade do Acre. No dia 5 de abril de 1974, essa universidade tornou-se federal, aglutinando esses seis cursos.

Surgia, então, a Universidade Federal do Acre (Ufac), uma instituição pública e gratuita cujo objetivo é produzir e difundir o conhecimento. Na época em que foi criada, contava com 857 estudantes matriculados. Mas, com o tempo, foi se expandindo em espaço físico e cursos de graduação.


Graduação


Atualmente, a Ufac conta com aproximadamente 12 mil alunos matriculados em 45 cursos de graduação (bacharelado e licenciatura), distribuídos em dois “campi” universitários: o Campus Rio Branco, na capital, com 33 cursos, e o Campus Floresta, em Cruzeiro do Sul, com 12 cursos.


Há, também, seis cursos regulares em nível de mestrado: Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia; Ecologia e Manejo de Recursos Naturais; Produção Vegetal; Saúde Coletiva; Desenvolvimento Regional; Letras: Linguagem e Identidade. Consta, ainda, um doutorado em Produção Vegetal. Os cursos de graduação e pós-graduação da Ufac estão agrupados conforme centros, que são órgãos acadêmico-administrativos que contemplam áreas afins. No Campus Rio Branco, são estes os centros inicialmente constituídos e seus respectivos cursos de graduação: Filosofia e Ciências Humanas: Jornalismo, Geografia, Filosofia, História, Ciências Sociais e Psicologia; Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas: Direito e Economia; Ciências Exatas e Tecnológicas: Matemática, Sistemas de Informação, Engenharia Elétrica e Engenharia Civil; Ciências Biológicas e da Natureza: Biologia, Física, Química, Veterinária, Engenharia Florestal e Agronomia; Ciências da Saúde e do Desporto: Medicina, Educação Física, Enfermagem, Saúde Coletiva e Nutrição; Educação, Letras e Artes: Pedagogia, Letras-Português, Inglês, Francês, Espanhol, Artes Cênicas e Música.


No Campus Floresta, há dois centros. Confira-os com seus respectivos cursos: Centro Multidisciplinar: Engenharia Florestal, Agronomia, Ciências Biológicas (bacharelado e licenciatura) e Enfermagem; Centro de Educação e Letras: Pedagogia, Letras-Português, Inglês, Espanhol e Formação Docente para Indígenas.


PósGraduação


Além do recente doutorado em Produção Vegetal, a pós-graduação da Ufac apresenta 11 cursos de mestrado: acadêmico, profissional e em rede; também há um curso de doutorado da rede Bionorte: Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais: trata-se de um mestrado importante para o desenvolvimento sustentável, pois seu objetivo primordial é a capacitação de profissionais para a pesquisa sobre temas que são estratégicos para o desenvolvimento da região. Suas linhas de pesquisa são: manejo de recursos naturais, sociedade e meio ambiente. Mestrado em Desenvolvimento Regional: representa uma expansão da oferta

de pós-graduação na Ufac, em caráter multidisciplinar. Propicia formação técnico-científica à comunidade acadêmica, com aprofundamento na pesquisa para solucionar problemas da região. Mestrado e Doutorado em Produção Vegetal: seu principal objetivo é proporcionar aprofundamento científico a profissionais da área de ciências agrárias, sobretudo em atividades de ensino e pesquisa com espécies vegetais nativas ou exóticas, cultivadas ou com potencial agrícola para a Amazônia.


Mestrado em Letras: Linguagem e Identidade: consolida pesquisas na área da linguagem e sua inserção no contexto regional. Divide-se em três linhas de pesquisa: análise e descrição linguística, cultura e sociedade, linguagem e escola. Mestrado em Saúde Coletiva: funciona em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É um curso bienal, com o objetivo maior de aprofundar a pesquisa na área de saúde, além de buscar soluções para enfrentar problemas de saúde pública. Mestrado em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia: oferece a profissionais da área uma formação com perfil inovador, no sentido de torná-los atualizados com novos saberes de teor interdisciplinar, no tocante à geração de processos e produtos tecnológicos de elevado valor científico. Mestrado em Sanidade e Produção Animal Sustentável na Amazônia Ocidental: oferecido a profissionais das áreas de medicina veterinária, zootecnia, agronomia, ciências biológicas e cursos afins, para torná-los atualizados com novos saberes em relação a sanidade e produção animal sustentável, no tocante à geração de processos e produtos tecnológicos de elevado valor científico. Mestrado em Educação: promove a formação de mestres em educação, de acordo com princípios de construção de uma escola pública democrática e de qualidade social. É voltado para o desenvolvimento da região, mediante


a pesquisa e a docência, fomentando a divulgação do conhecimento produzido e estimulando a cooperação entre pesquisadores da região Norte com as demais instituições de pesquisa do país. Mestrado Profissional em Ensino de Ciência e Matemática: aprimora a formação continuada de professores, mediante o exercício de atividades de pesquisa aplicada e o desenvolvimento da prática pedagógica, favorecendo a reflexão sobre seu exercício profissional e suas concepções sobre ensino e aprendizagem. Mestrado Profissional em Matemática da Rede Profmat: é um curso semipre-

sencial, coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática, com oferta nacional, realizado por uma rede de instituições de ensino superior, no contexto da Universidade Aberta do Brasil (UAB). O Profmat visa atender professores de Matemática em exercício no ensino básico, especialmente na escola pública. Mestrado Profissional em Letras da Rede Profletras: programa de pós-graduação “stricto sensu” em Letras, reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Semipresencial, com oferta simultânea nacional, no âmbito da UAB, tem por objetivo capacitar professores

de Língua Portuguesa para o exercício da docência no ensino fundamental. Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte: centrado no tripé biodiversidade, biotecnologia e conservação, no sentido de contribuir para o desenvolvimento da biotecnologia e para a conservação do bioma amazônico. Focaliza o desenvolvimento de processos e produtos, objetivando a conservação do bioma e o desenvolvimento de um setor industrial baseado na biodiversidade amazônica.


50 anos depois


SBPC escolhe Ufac para sediar 66ª edição de seu encontro nacional A Ufac colocou, pela primeira vez, o Acre no circuito dos grandes eventos científicos nacionais. Essa história começou no dia 9 de julho de 2011, durante reunião do Conselho Diretor da SBPC, em Goiânia. Na ocasião, o então vice-reitor, Pascoal Torres Muniz, foi um dos que defendeu a candidatura da Ufac como sede da 66ª Reunião Anual da SBPC, diante de uma bancada composta por cerca de 30 conselheiros da conceituada associação científica. Acompanhado de representantes do Estado, Muniz trouxe para Rio Branco a notícia de que a Ufac fora escolhida pelos membros do conselho da SBPC. Lançando mão de recursos audiovisuais, como exibição de vídeo sobre o Acre, além da realização de uma convincente exposição de motivos, a comitiva acriana conseguiu entusiasmar os conselheiros, levando-os a uma decisão favorável. Começava já na época, quando a professora Olinda Batista Assmar ocupava o cargo de reitora, a jornada da Ufac em seu desafio de sediar um renomado encontro de estudantes, pesquisadores, professores e cientistas do Brasil e do exterior: a 66ª SBPC ocorreria no campus sede da cinquentenária universidade amazônica.


O que é a SBPC?


conta com mais de 6 mil sócios ativos, entre pesquisadores, professores, estudantes e pessoas dos mais diversos interesses ou, simplesmente, amigos da ciência, ou seja, aqueles cujo desejo é contribuir com o avanço da ciência no Brasil. Conforme suas similares estrangeiras (americana, argentina, britânica e francesa), a SBPC não é uma associação exclusiva de cientistas e técnicos, pois não se exige nenhum pré-requisito ou qualificação técnica para ingresso como sócio. Atualmente, sua Diretoria e seu Conselho são compostos, em maioria, por cientistas brasileiros, mas isso não é uma obrigatoriedade.

Segundo informações de seu site (www.sbpcnet.org.br), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é uma associação civil, sem fins lucrativos, sem caráter político-partidário e religioso, com sede em São Paulo-SP. Foi fundada em 8 de julho de 1948, por um grupo de cientistas e entusiastas da ciência. Sua criação seguiu os parâmetros de entidades do mesmo tipo que já existiam em outros países. Já em sua fundação, a SBPC contava com 265 sócios, um número que, desde então, continuou crescendo. Hoje,


Açþes promovidas


a cada edição. É considerado o maior evento da ciência nacional, no qual são discutidos os avanços científicos em diversas áreas do conhecimento e são debatidas políticas públicas em ciência e tecnologia. A 1ª Reunião Anual foi realizada em outubro de 1949, na cidade de Campinas-SP. Além de promover eventos de cunho regional e nacional, a SBPC organiza, periodicamente, grupos de trabalho, compostos por cientistas de renome em suas áreas, com o objetivo de estudar e apresentar propostas para problemas específicos do Brasil. Ainda há a publicação de informativos, revistas e livros, para divulgar pesquisas e socializar os acontecimentos do meio científico. As atividades realizadas pela SBPC cumprem a finalidade de pôr em prática seus objetivos. Em geral, esses objetivos gravitam em torno do estímulo ao avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. A SBPC exerce uma importante função no sentido de expandir e aperfeiçoar o sistema nacional de ciência e tecnologia, e de divulgar e popularizar a ciência no país. A realização de uma Reunião Anual, com a participação de entidades científicas, é uma das ações promovidas para alcançar os objetivos. Esse evento ocorre, tradicionalmente, no mês de julho, há 66 anos, sem interrupção, com seis dias de atividades científico-culturais, sempre em uma universidade pública de Estado brasileiro diferente


Organização prévia


Planejamento para 66ª SBPC começou 1 ano e 6 meses antes do evento “O Acre vai ser vitrine para o Brasil”, disse o reitor da Ufac, Minoru Kinpara, na ocasião da abertura do 1º Encontro Preparatório para a reunião nacional da SBPC, ocorrido numa quinta-feira, dia 31 de janeiro de 2013, na sala da Assessoria do Órgão dos Colegiados Superiores. A reunião contou com a participação da secretária-geral da Diretoria da SBPC à época, Rute Maria Gonçalves de Andrade; do deputado federal Sibá Machado (PT-AC); do secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Marcelo Minghelli; da vice-reitora Guida


Aquino; além de professores, parceiros e pesquisadores ligados à organização do evento. “Nós conseguimos trazer o maior evento científico do país para nosso Estado”, ressaltou Kinpara naquele dia. Durante as fases de organização, ele sempre reiterou que o Estado seria o centro das atenções da comunidade científica e da mídia nacional: “Isso contribuirá para o desenvolvimento das pesquisas científicas em toda a região Norte; queremos fazer o nosso melhor para proporcionar uma boa impressão aos visitantes de todo o país.” Seguindo essa mesma linha de pensamento, a secretária-geral Rute Maria declarou, no 1º Encontro Preparatório, que os olhos do restante do Brasil estariam voltados para o Acre. “Já realizamos a reunião da SBPC em outros estados amazônicos”, lembrou. “Contudo, será a primeira vez que o Acre sediará o encontro nacional. Os pesquisadores conhecem bem a realidade do Amazonas e do Pará, mas conhecem pouco sobre a parte mais ocidental da Amazônia, o Acre.”



Divulgação do evento


Ufac montou estande na 65ª SBPC, em Recife Com o objetivo de promover uma apresentação de seus setores, cursos de graduação e pós-graduação, infraestrutura, unidades acadêmicas, órgãos integradores, além de descrição da instituição como um todo, a Ufac esteve presente na 65ª Reunião Anual da SBPC, ocorrida na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, com o tema “Ciência para o novo Brasil”. A Ufac manteve, de 21 a 26 de julho de 2013, em parceria com o governo do Estado do Acre, estande na ExpoT&C para divulgar-se enquanto instituição realizadora do encontro vindouro. Assim, os visitantes puderam conhecer, mediante fôlderes, banners, jornal e vídeo institucionais, suas principais características e realizações em ensino, pesquisa e extensão. Estudantes, professores, curiosos e autoridades, como o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, visitaram o espaço da Ufac naquele evento. O estudante do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Bruno Vilar do Nascimento, por exemplo, considerou boa a apresentação da instituição. “É sempre bom participar dessas reuniões e discutir um pouco sobre ciência e tecnologia”, disse. “No próximo ano [2014], com certeza, estarei no Acre”. Já Bruna Mendes, aluna da Faculdade Santa Terezinha, de São Luís, no Mara-



nhão, declarou que, pelas informações que viu sobre a Ufac e sobre o Estado do Acre, teve vontade de conhecer a região e a universidade acriana. Discurso da vice-reitora da Ufac O encerramento da 65ª SBPC, entre outras coisas, foi marcado pelo discurso da vice-reitora da Ufac e coordenadora da Comissão Executiva Local (CEL) da 66ª SBPC. Naquela noite de 26 de julho de 2013, no teatro da UFPE, Guida apresentou um vídeo produzido pela Assessoria de Comunicação da Ufac, o qual mostrava como era a instituição em seus “campi” de Rio Branco e de Cruzeiro do Sul. A solenidade contou com a participação da presidente da SBPC, Helena Nader; do reitor da UFPE, Anísio Brasileiro; além de estudantes, pesquisadores e professores de diversas instituições de ensino superior do país. “Será a quarta Reunião Anual que acontecerá na região Norte e o Acre, consequentemente, estará recebendo pela primeira vez este grandioso evento, desde que teve início, com a 1ª reunião, em Campinas, no ano de 1949”, rememorava Guida em seu discurso, pelo qual ela também destacou a aproximação e interação efetiva que um encontro desse porte proporciona a professores, estudantes e pesquisadores, entre outros envolvidos em atividades de ciência e tecnologia.

“Assim, de uma maneira mais geral, tudo que acontece no campo de uma Reunião Anual da SBPC proporciona uma ampla reflexão sobre os rumos do nosso país”, continuava a vice-reitora. “E essa reflexão é fundamental, pois o Brasil ainda é marcado pela desigualdade. Desde a desigualdade econômica e social até a própria desigualdade científica e tecnológica, que, evidentemente, se manifesta em todos os espaços nacionais.” Ainda segundo Guida, a realização da 66ª SBPC no Acre implicava num ato de extrema importância para o Estado. “É de um simbolismo sem tamanho para a reflexão do papel que a ciência e a tecnologia têm para o Brasil, tão grande, tão diversificado, marcado por sua cultura e imensidão de recursos naturais”, completava. Também fez um convite a todos para participar do evento no Acre.


Secretaria geral


Preparo estrutural começou com inauguração da Secretaria Geral A Ufac começou a preparar-se estruturalmente para sediar a 66ª SBPC quando foi inaugurada a sala da Secretaria Geral da Comissão Executiva Local (CEL) do evento, no dia 21 de agosto de 2013, a qual funcionaria como polo aglutinador de todos os trabalhos das comissões e subcomissões organizadoras da Reunião Anual. Participaram da solenidade de inauguração o reitor Minoru Kinpara, a vice-reitora Guida Aquino e o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Marcelo Minghelli, além de pró-reitores, professores e servidores técnico-administrativos. A sala foi equipada com um pequeno auditório para uso de projeção de slides, mediante “data show”; mesa de reunião; computadores com acesso à internet; mesas de chefia e recepção.

Kinpara lembrou, naquele momento, que a Ufac incrementava sua infraestrutura para sediar o maior evento da ciência nacional, com a realização de várias reformas e obras no campus de Rio Branco. Ele referia-se a recuperação de calçadas, troca do piso de passarelas (com o objetivo de melhorar a acessibilidade), climatização de salas de aula, pintura de prédios e blocos, entre outras coisas. “Queremos fazer o melhor para proporcionar uma boa impressão aos visitantes de todo o país”, destacou. “Temos tudo para fazer um grande evento. Para isso, peço a colaboração e o empenho de todos.” Já a vice-reitora Guida Aquino enfatizou a parceria com a Comissão Executiva Central (CEC) da SBPC. “Essa comissão nos ajudará bastante, já que tem o ‘know-how’ de 65 anos na organização do evento”, disse. “Tudo o que decidirmos será apresentado à CEC, que dará o aval para execução das

ações de organização.” Inclusive, três temas para a SBPC no Acre estavam definidos e seriam submetidos à CEC para seleção. Eram eles: “Ciência para uma Amazônia Produtiva e Sustentável”; “O Papel da Ciência e Tecnologia numa Amazônia sem Fronteiras”; e “O Papel da Ciência e Tecnologia na Diversidade Amazônica”. Um dos temas figuraria em material de divulgação do evento. Simultaneamente, a organização da reunião já contava com a participação de 120 servidores da Ufac, entre professores e técnico-administrativos, distribuídos em comissões e subcomissões.


Cartaz e Tema


SBPC definiu tema para 66ª Reunião Anual

Cartaz Uma vez definido o tema “Ciência e Tecnologia em uma Amazônia sem Fronteiras”, a Subcomissão de Comunicação Visual do evento tratou de elaborar propostas visuais do cartaz que identificaria a 66ª SBPC para o mundo.

A SBPC escolheu, no dia 27 de agosto de 2013, o tema da 66ª Reunião Anual. A Comissão Executiva Local (CEL) encaminhou, no dia 21, para a Comissão Executiva Central (CEC), em São Paulo, os temas “Amazônia Produtiva e Sustentável”, “O Papel da Ciência e Tecnologia numa Amazônia sem Fronteiras” e “O Papel da Ciência e Tecnologia na Diversidade Amazônica”.

O lançamento do cartaz elaborado e impresso ocorreu no dia 10 de outubro de 2013, na sala da Secretaria Geral, com a presença da presidente e do secretário-geral da SBPC, Helena Nader e Aldo Malavasi; da vice-reitora, Guida Aquino; além de autoridades locais, pró-reitores, professores e técnico-administrativos.

A temática escolhida pela CEC, com algumas adequações, foi “Ciência e Tecnologia em uma Amazônia sem Fronteiras”. Com o tema definido, a Ufac daria início à produção do material gráfico oficial que seria utilizado na divulgação do evento.

A arte gráfica do cartaz incorporou elementos regionais para ilustrar a Amazônia Continental, presente em nove países da América Latina. Verificam-se, na imagem, elementos cotidianos de tecnologia, da ciência e da cultura regional associados à riqueza da floresta e sua biodiversidade.

O processo para a escolha dos três temas encaminhados à CEC implicou numa discussão interna que contou com a participação dos centros dos “campi” de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, dos cursos de pós-graduação, do Parque Zoobotânico (PZ), da Unidade de Tecnologia de Alimentos (Utal) e dos professores e técnico-administrativos do Colégio de Aplicação (CAP).

Ciência e T ecnologia em uma Amaz ônia sem Fr ont eir as

Também foi idealizada uma malha exata de 66 linhas, que fazem alusão ao número de edições da reunião. Linhas e colunas são conectadas por pontos e setas, expressando a ideia de disseminação do conhecimento que seria gerado.


Vistoria do campus


Presidente e secretário-geral da SBPC visitaram a Ufac A presidente da SBPC, Helena Nader, e o secretário-geral da entidade, Aldo Malavasi, vieram de São Paulo para vistoriar o campus e verificar o andamento das fases de organização da 66ª SBPC, no dia 9 de outubro de 2013. O objetivo da visita também incluiu o reconhecimento da estrutura da universidade e o reforço do planejamento geral que estava sendo realizado. Um passeio pelo campus de Rio Branco possibilitou a adesão de novas ideias ao projeto que tornaria possível a realização de mais uma Reunião Anual da SBPC. “O Acre é um pedaço do Brasil que nos emociona”, disse Helena, referindo-se à expectativa gerada pela Ufac ao sediar o evento. “Tenho certeza que será incrível.” A vice-reitora e, na ocasião, reitora em exercício da Ufac, Guida Aquino, falou sobre a motivação que a equipe estava manifestando, devido à magnitude de realizar um evento científico que é referência para o país e para o mundo. “O Acre está preparado”, declarou. “A Ufac está preparada para realizar um trabalho que marque sua história.” Malavasi se referiu à relação da Ufac com a comunidade externa. “Chegou o momento de a população perceber o quanto a universidade é importante, já que, em 2014, terá a presença de pesquisadores, estudantes e profissionais de todo o mundo, além de muitas outras novidades em seu cronograma”, comentou.


Parcerias


Apoio municipal Ufac e SBPC estabeleceram parceria com Prefeitura de Rio Branco A Prefeitura de Rio Branco foi uma das parceiras da SBPC e da Ufac na realização da 66ª SBPC. No dia 10 de outubro de 2013, o prefeito Marcus Alexandre recebeu Helena Nader e Aldo Malavasi (presidente e secretário-geral da SBPC), juntamente com a coordenadora da Comissão Executiva Local (CEL) e vice-reitora, Guida Aquino, e sua equipe. Nesse encontro, foram abordados detalhes da parceria. O prefeito destacou que a reunião da SBPC deixaria um legado para o Estado e garantiu o apoio logístico necessário para a realização do evento. Ficou acertado que os professores municipais seriam qualificados e que nos estandes da Expo T&C e SBPC Cultural seriam expostos projetos da prefeitura. “Esse evento é uma grande oportunidade para Rio Branco, que vai receber cientistas de várias partes do mundo e que vão deixar aqui parte de seus conhecimentos, inovações científicas e tecnológicas”, ressaltou Marcus Alexandre. “A qualificação de nossos professores dentro desse evento vai resultar numa melhor qualidade do ensino em nossas escolas.” Por sua vez, Guida Aquino disse que as reuniões da SBPC impactam as cidades

e garantem ciência de ponta para as instituições. “Todos ganham, por isso é importante que os gestores, como o governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre, se envolvam e sejam parceiros nessa jornada”, lembrou.

Posteriormente, a Ufac apresentou à Prefeitura de Rio Branco, no dia 31 de janeiro de 2014, na sede da Secretaria Municipal de Educação (Seme), as demandas de infraestrutura para a realização da Reunião Anual.

ximadamente, 8 mil pessoas em cada dia do evento, sendo 2.500 de fora do Estado. Por isso, a Ufac necessitava do apoio da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), da Superintendência de Transporte e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) e da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), para garantir um “ambiente favorável e agradável”, como pediu o secretário-geral da SBPC, Aldo Malavasi. “A Ufac está fazendo um trabalho excepcional, por isso é necessário o apoio decisivo da prefeitura”, concluiu.

Esperava-se uma circulação de, apro-

Segundo o vice-prefeito Márcio Batista,

Apresentação de demandas



aquele era um momento histórico para a universidade e a 66ª SBPC enobreceria a cidade de Rio Branco; o evento, através de um resultado exitoso, levaria o nome do Acre para o mundo. “Esse vai ser o maior evento de ciência e tecnologia já realizado na Amazônia e nós vamos, sim, envolver a prefeitura”, disse. Apoio governamental Governador declarou 2014 como ‘Ano da Ciência e Tecnologia’ Devido à realização da Reunião Anual da SBPC no Acre, o governador Tião Viana instituiu 2014 como o “Ano da Ciência e Tecnologia”, por meio do decreto governamental n° 6.951, assinado na tarde do dia 31 de janeiro, na Casa Civil. Participaram do ato de assinatura o secretáriogeral da SBPC, Aldo Malavasi; o reitor e a vice-reitora da Ufac, Minoru Kinpara e Guida Aquino; o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Marcelo Minghelli; o diretor-presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia do Acre (Funtac), Luís Augusto Mesquita; e a chefe da Casa Civil em exercício, Nazareth Araújo Lambert. Para Malavasi, essa Reunião Anual faria história. “O entusiasmo que tenho encontrado na Ufac e nos parceiros é grande”, declarou. “O esforço é mostrar ao acriano a melhor ciência brasileira que está sendo feita hoje.” O governador Tião Viana falou, naquele dia, que a 66ª SBPC seria uma celebração e que o povo acriano é muito receptivo: “Não há lugar onde a hospitalidade seja maior do que no Acre. Todos estarão empenhados. Com apoio permanente e intenso, espero que o resultado seja muito

bom.” O reitor Minoru Kinpara agradeceu o apoio do Governo do Estado e falou que não existiria possibilidade de realizar um ótimo evento sem as parcerias. “Queremos fazer um evento que orgulhe nosso Estado e a Ufac”, destacou. “Estamos muito empenhados para fazer uma das melhores reuniões da SBPC que o país já teve.” De acordo com o decreto, ficava declarado que as atividades a serem desenvolvidas durante o exercício de 2014, visando à concretização do “Ano da Ciência e Tecnologia”, seriam coordenadas pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect), Funtac e Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac), contando com o apoio das demais secretarias, fundações e autarquias do Estado. Busca de apoio em Brasília Além das parcerias com a Prefeitura de Rio Branco e com o Governo do Es-

tado, a Ufac se mobilizou para buscar apoio em Brasília, no sentido de fortalecer a realização da 66ª SBPC. Desse modo, no dia 20 de março de 2014, com reuniões articuladas pelo deputado federal Sibá Machado (PT-AC), o reitor Minoru Kinpara, a vice-reitora Guida Aquino e o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, estiveram na capital federal. Um dos encontros ocorreu na Caixa Econômica Federal, com o superintendente nacional de Patrocínios, Gerson Bordignon. A comitiva da Ufac fez a apresentação do evento. Outros patrocínios também foram pleiteados junto ao Banco do Brasil, à Petrobras e aos Correios. Além disso, foram feitos contatos com a TAM e a Gol para negociar o aumento do número de voos durante os dias da Reunião Anual. Houve, ainda, audiência com o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, para garantir o fortalecimento e a manutenção das redes de telefonia na Ufac.


Abertura


Teatro Universitário lotado Grande público prestigiou cerimônia de abertura da 66ª SBPC Fazer a 66ª SBPC acontecer implicava numa série de providências relacionadas à infraestrutura, como montagem de espaços e preparação de salas, além de manutenção e limpeza; alojamento, hospedagem e alimentação; transporte e recepção; segurança e trânsito; informática e equipamentos audiovisuais; saúde etc. Finalmente, após inúmeros contatos institucionais, parcerias e reuniões promovidos pelas comissões e subcomissões instituídas para organizar e dar suporte ao evento, chegou o momento de abertura da 66ª SBPC, ocorrida na noite de 22 de julho de 2014, no Teatro Universitário, que estava ocupado por aproximadamente 1.500 pessoas. A solenidade contou com a presença da presidente da SBPC, Helena Nader; do reitor da Ufac, Minoru Kinpara; da vice-reitora da Ufac, Guida Aquino; do Ministro da Ciência e Tecnologia, Clelio Campolina Diniz; do secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Acre, Marcelo Minghelli; do prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre; da presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Tamara Naiz; além de representantes do Ministério da Defesa, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aper-



feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e de demais autoridades. O reitor da Ufac ressaltou, em seu discurso, a importância da ciência e da tecnologia para diminuição das diferenças regionais. “Temos um país continental, com múltiplas realidades. A ciência e a tecnologia são imprescindíveis para o progresso do Brasil. O legado que a SBPC deixará para a Ufac

é o de aproximar a ciência e a tecnologia do cotidiano e da vida das pessoas”, disse. Ele agradeceu a presença de cientistas, estudantes, professores, pesquisadores, desejando um ótimo evento a todos e ressaltando que a Ufac os receberia com “muito carinho e hospitalidade”. A presidente da SBPC, Helena Nader, destacou que o tema do evento,

“Ciência e Tecnologia em uma Amazônia sem Fronteiras”, era bastante pertinente à região. “A Amazônia tem uma riqueza natural que transborda as delimitações da geografia política, já que esse acervo do planeta é cada vez mais reconhecido como imprescindível à preservação das espécies vivas. É nesse imenso laboratório natural em que se integra o Acre e sua capital, Rio Branco, onde vamos realizar a 66ª Reunião Anual da SBPC”, ressaltou.


Atividades


Por padrão, além da programação científica, todas as reuniões anuais da SBPC contam com uma programação permanente, integrada pelas atividades denominadas Sessão de Pôsteres e Jornada Nacional de Iniciação Científica (JNIC); SBPC Jovem; SBPC Cultural; e Expo T&C. Confira suas descrições: Sessão de Pôsteres e JNIC: constituem oportunidades para que estudantes de graduação ou mesmo do ensino médio e profissionalizante exponham e apresentem seus trabalhos científicos, mediante aprovação e inscrição prévia.

SBPC Jovem e Mirim: destina-se a estudantes do ensino básico (fundamental e médio) e profissionalizante. Suas atividades são gratuitas, de acesso livre e abertas ao público em geral. Têm por objetivo despertar o interesse dos jovens pela ciência e tecnologia.


SBPC Cultural: envolve o meio artístico, com atividades culturais que enfatizam a expressão regional. Sua programação é composta por shows musicais, exibição de vídeos, apresentação de peças de teatro, feira de produtos artesanais e praça de alimentação com pratos típicos da região etc.



Expo T&C: trata-se de uma mostra de ciência, tecnologia e inovação, feita em estandes. Reúne centenas de expositores, entre universidades, institutos de pesquisa, instituições governamentais, agências de fomento e organizações interessadas em apresentar novas tecnologias, produtos e serviços.


Para esta edição da Reunião Anual, destacaram-se como novidades o Dia da Família na Ciência, a SBPC Indígena, a SBPC Extrativista e a participação de associações científicas estrangeiras: Dia da Família na Ciência: tratou-se de uma atividade, com eventos na SBPC Jovem e na Expo T&C, cujo objetivo foi o de chamar a atenção da família e do público em geral para a Reunião Anual, tornando-a mais popular e mostrando a presença da ciência no cotidiano das pessoas.

SBPC Extrativista: oportunidade para mostrar e discutir ciência e tecnologia voltadas para o extrativismo, com o objetivo de unir experiências acadêmicas e tradicionais para o desenvolvimento sustentável das comunidades dessa área, bem como propor desafios e estratégias para superá-los.

SBPC Indígena: espaço para debates sobre questões alusivas aos povos indígenas. Temas como ciência, educação e saúde indígenas estiveram na pauta das propostas para discussão. Também houve oportunidade para apresentações musicais e realização de rituais de índios do Brasil, da Bolívia e do Peru.

gress Association — Isca); e a Associação Americana para o Avanço da Ciência (American Association for the Advancement of Science — AAAS). Essa programação científica e cultural constituiu-se em espaços privilegiados para debates, reflexões críticas, produção e difusão de saberes que movimentaram a comunidade acadêmica, as escolas públicas e particulares, outras instituições de ensino superior, profissionais liberais e a comunidade em geral. Estrutura da Expo T&C

Associações científicas estrangeiras: entre as novidades, incluiu-se a participação no evento de associações científicas estrangeiras. Integraram essa liga para o progresso da ciência a Associação Chinesa para a Ciência e a Tecnologia (China Association for Science and Technology — Cast); a Associação Europeia para a Ciência (EuroScience — ES); o Congresso de Associações de Ciência da Índia (Indian Science Con-

A Expo T&C foi uma atividade da 66ª Reunião Anual da SBPC abrigada numa tenda de 4.200 metros quadrados, a qual se localizou em frente à BR-364. O material para montagem da tenda chegou ao campus de Rio Branco no dia 9 de junho de 2014, transportado em duas carretas vindas de São Paulo. A Expo T&C constituiu o maior local para mostra de ciência, tecnologia e inovação do evento. A tenda reuniu, em ambiente climatizado, centenas de expositores.


O Departamento de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura (Deracre) realizou a terraplanagem e drenagem dos mais de 6 mil metros quadrados que abrangeram o espaço da Expo T&C, assim como executou a abertura do acesso ao Parque Zoobotânico (PZ) para a realização da SBPC Jovem e Mirim e também da SBPC Indígena.

Segundo a vice-reitora Guida Aquino, o local em que foi erguida a Expo T&C será utilizado, posteriormente, para a construção da pista olímpica de atletismo da Ufac, beneficiando, principalmente, o curso de Educação Física da instituição. Culinária regional Praça de alimentação reuniu 39 expositores na Reunião Anual Na 66ª SBPC, a praça de alimentação ficou localizada na quadra de esportes do bloco do curso de Educação Física. O espaço contou com 39 barracas que ofereceram pratos da culinária tradicio-

nal acriana e amazônica. Os expositores fizeram parte do programa estadual Economia Solidária. Trinta e dois deles ofereceram comidas salgadas e sete dedicaram-se aos doces. A barraca Doces Tropicais, por exemplo, apresentou doces de frutas regionais, fabricados artesanalmente. “Nosso objetivo é mostrar os bombons de cupuaçu, de castanha e o salame de cupuaçu”, disse a vendedora Paula Ferreira. “As pessoas têm nos procurado para conhecer esses produtos.” Jussara Coelho e José Fernandes, estudantes de Física da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), campus Parintins, vieram ao Acre para apresentar trabalho na seção de pôsteres da feira científica. Além do interesse pela culinária, a SBPC tem proporcionado trocas de experiências culturais. Fernandes participou de sua primeira reunião e considerou-a muito interessante, pois o encontro com pessoas de outros lugares promoveu o comparti-

lhamento e a difusão de ideias. Para o estudante, a cultura acriana é parecida com a amazonense. O que pode diferenciar os dois estados é a diversidade cultural. Alguns pratos típicos chamaram a atenção dos visitantes, como a “baixaria”, comida que integra pão de milho, ovos, carne moída e cheiro verde. Outra comida que chamou atenção dos participantes foi a carne seca. “A baixaria é diferente, eu gostei. Mas a carne-seca é muito gostosa. No Amazonas, essa é uma comida elitizada; nem todo mundo tem acesso e a gente não encontra nos supermercados com muita frequência”, contou a estudante Jussara Coelho. De acordo com a coordenadora do programa Economia Solidária, Edna Paro, circularam, diariamente, na praça de alimentação, uma média de 3 mil pessoas. Os comerciantes comemoraram as vendas na 66ª SBPC. Segundo a coordenadora, um vendedor de tapiocas, por exemplo, utilizou 25 quilos de goma de mandioca por dia.


Economia Solidária Associação de Mulheres do 2º Distrito produziram 5 mil bolsas recicladas Com o objetivo de fomentar o comércio local e a geração de emprego e renda, o programa Economia Solidária, além da praça de alimentação, realizou atividades de artesanato, jardinagem e produção de bolsas a partir de material reciclado, as quais foram distribuídas aos participantes inscritos na 66ª SBPC. Um total de 5 mil bolsas foram confeccionadas pela Associação de Mulheres do 2º Distrito, demonstrando a contribuição dessa entidade para a inclusão

social e a preservação do meio ambiente. A associação arrecadou lonas e banners usados por instituições públicas e particulares no Estado e na capital. Com essa matéria-prima, as costureiras do 2º Distrito trabalharam na produção das bolsas. Além disso, a Ufac, em parceria com a Coordenadoria do Trabalho de Economia Solidária e a cooperativa Catar, promoveu a coleta seletiva de materiais recicláveis (papel, plástico, metal e vidro) durante os dias do evento. As atividades da Feira de Economia Solidária consistiram em sucesso de

público e de renda para pequenos empreendedores. Foram 79 participantes na área do artesanato; 39 na praça de alimentação; e quatro grupos em jardinagem. Eles representaram diversos municípios do Acre, entre os quais, Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil, Porto Acre, Sena Madureira, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Feijó e Manuel Urbano. A Ufac contou com a parceria da prefeitura municipal, do governo do Estado, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e de outras entidades na realização dessas atividades na Reunião Anual.


Participação da casa Professores da Ufac marcaram presença na apresentação de trabalhos Pesquisadores Ufac apresentaram 46 trabalhos durante a 66ª Reunião Anual. Eles discutiram temas como “Proteção das invenções biotecnológicas”; “Serpentes peçonhentas e acidentes ofídicos no Brasil”; “Amazônia: o desafio da formação e fixação de doutores”; “Fósseis do cenozoico do Acre: uma janela paleobiológica na Amazônia Ocidental”, entre outros. Na programação científica geral, registraram-se 190 atividades, com a participação de pesquisadores renomados do Brasil e do exterior, e gestores do sistema estadual e nacional de ciência e tecnologia. Ocorreram 50 conferências;

55 mesas-redondas; 55 minicursos; 30 assembleias, encontros e sessões especiais (veja quadro completo a seguir). A programação da 66ª Reunião Anual

da SBPC foi preparada com o objetivo de levar aos participantes um panorama amplo do que melhor se faz em ciência hoje no Brasil e no Estado do Acre. Entre outros temas que foram debatidos nas conferências, figuraram, ainda, “Ciência e tecnologia: imperativo para o desenvolvimento brasileiro”; “Reservas extrativistas 25 anos depois”; “O Brasil no espaço: as aplicações e os serviços oferecidos por satélites”; “Biodiversidade e sociedades tradicionais na Amazônia”; e “O uso de animais em pesquisas e no ensino”. Entre os temas discutidos nas mesas-redondas, estiveram: “Os impactos socioambientais da exploração de petróleo e gás de xisto no Acre”; “O marco civil da internet” etc.


[Quadro] A 66ª SBPC em números Inscritos Total de participantes inscritos: 6.531 Moradores do Acre: 3.446 Público circulante Programação científica: 16 mil SBPC Jovem e Mirim: 13 mil Expo T&C: 10 mil Dia da Família na Ciência: 4 mil SBPC Indígena: 3 mil SBPC Extrativista: 3 mil TOTAL: 49 mil Programação científica Assembleias, encontros e sessões especiais: 30 Conferências: 50 Mesas-redondas: 55 Minicursos: 55 TOTAL: 190 SBPC Jovem e Mirim Oficinas: 28 Minicursos: 25 Palestras e mesas-redondas: 9 Trilha do seringueiro: 20 Papo jovem: 8 Tendas1: 10 TOTAL: 109

Conferências: 11 Mesas-redondas: 24 Encontros: 10 Atividades culturais: 8 Exposições, mostras de artesanato, pintura, fotografia, vídeos e banners: 9 TOTAL: 62 SBPC Extrativista Mesas-redondas: 4 Roda de conversa: 1 Minicursos: 3 Exposições, visitas, exibição de vídeos: 6 TOTAL: 14 Dia da Família na Ciência Tendas2: 10 Palestras: 9 TOTAL: 19 Expo T&C Expositores: 29 Área total: 4.200 m2 Funcionamento: das 10h às 19h Público circulante diário: 3 mil Apresentação de trabalhos científicos Programação científica: 1.139 SBPC Jovem: 120

SBPC Indígena 1 Tendas com diversas atividades: Planetário do Mast, Programa AEB Escola, Mostra Sesc Ciência-Energia, Museu Itinerante Ponto UFMG, Circo da Ciência, Jogos Educacionais Digitais, BiblioSesc, Vivenciando a Biologia e a Química etc. 2

Idem.



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