Tugabikers magazine - Volume 01 _Numero 07

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editorial Director GERAL Miguel Flores [miflores@iol.pt] Director GRÁFICO bruno Brito [brunorider@iol.pt] REDACÇÃO tiago Lopes [maxispeedrt@hotmail.com] colaboradores permanentes César Coriolano Mafalda Magalhães correspondente Internacional Renato (Macau) Publicado Por www.tugabikers.com Edição Miguel Flores / Bruno Brito Redacção www.tugabikers.com

movidos pela paixão

Textos (excepto onde indicado) Miguel Flores / Bruno Brito / Tiago Lopes Créditos das fotos Miguel Flores E-mail geral www.tugabikers.com@gmail.com propriedade www.tugabikers.com by Miguel Flores Anúncios e publicidade www.tugabikers.com@gmail.com “The tugabikers Magazine”, é uma revista digital criada por amantes de duas rodas e/ou para amantes de duas rodas. © 2009-2010 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial fotográfica ou escrita, incluídos neste número, sem a autorização expressa por escrito do Director. PArcerias

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Miguel Flores - O Editor Um ano de existência, sete números e um vídeo de comemoração da revista, acho que não poderia pedir mais nada. Embora algumas noites sejam perdidas na elaboração de cada número, tudo isso é esquecido aquando o lançamento de cada uma. Ilha de Man, uma viagem de sonho que finalmente tive a oportunidade de concretizar este ano. As palavras são insuficientes para descrever todo o ambiente, a camaradagem uma viagem que aconselho a todos. Neste número tentamos dar-vos a conhecer um pouco a Ilha de Man com uma mega reportagem. Contamos com as habituais entrevistas e desta vez com um destaque para uma entrevista a uma grande comissária. As foto-reportagens seguem com Estoril 2 e Braga 1. Neste número contamos com o testemunho de 4 dos intervenientes mais directos da revista que falam sobre a existência da mesma. Em nome de toda a equipa do tugabikers o meu agradecimento por todo o empenho. Espero encontrar-vos num próximo numero ou no fórum.

Miguel Flores


INDICE indice

#12 - Entrevista Marta

#04 - TT / Isle Of Man

#24 - Pedro Martinho #38 - Entrevista Ricardo & Rute

#30 - Braga I

N#

02

Editorial

03

Indice

04

TT - Isle Of Man ( 1ª Parte)

12

Entrevista Marta Figueira- Against All Odds

16

Estoril II

24

Entrevista Pedro Martinho

07

- 2010

28 1º Aniversário (Tugabikers Magazine) 30 Braga I 36 Sniper Shots Special (Braga I) 38 Entrevista

com

Ricardo & Rute Santiago

44 TT - Isle Of Man ( 2ª Parte) 50 Friends

at Isle of

Man

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T T Pรกgina 04 / tugabikers magazine


’S D L R O W F O H C R A E S E H IN T

T S E T S A F RACE

) e t r a p a r i e (prim

01 De Junho 16h30m e os pés bem assentes no chão, mas ainda custava a acreditar que ali estávamos a realizar uma viagem de sonho, e presenciar a mais famosa corrida de estrada do mundo. Texto: Tiago Lopes

N

Fotos: Miguel Flores

ove da manhã já no

e ainda com pouco tempo na ilha digamos que foi

aeroporto de Lisboa e nós

simplesmente irreal, absolutamente espectacular.

em cheios de ansiedade

Segundo dia, levantar bem cedinho porque ainda

para entrar no avião, nunca

havia muita coisa para ver, cerca das dez da

mais chegava a hora, bem mas saltando umas horas mais para a frente, 16h30m e acabadinhos de chegar, o nosso contacto e anfitrião na ilha, Mac, lá nos descobriu (éramos os únicos de manga curta e calções), malas no carro e toca a ir para a pista, pois não havia tempo para relaxar depois dos voos, já que as sessões de treinos começavam cerca das 18h00 e as estradas seriam fechadas pouco depois das 17h00m, a caminho da pista ficamos a saber que o Mac e o irmão Stuart eram comissários de pista, e para primeiro dia ficamos com eles no posto em Union Mills, aonde se podia ouvir as motos a sair para a pista e rolar a fundo durante cerca de dois minutos até passar pelo local aonde estávamos, e assim que passam os primeiros pilotos, a expressão usada foi “Irreal”, não pode, eles não podem passar aqui a esta velocidade, mas moto após moto lá acreditamos, no que estávamos a presenciar, para primeiro dia

manhã chegamos ao paddock e o que encontramos ainda nos deixou mais incrédulos que no dia anterior, famílias inteiras a passear pelo paddock, e quando digo famílias inteiras, refiro-me desde o avô ao animal de estimação, num paddock muito descontraído e aberto a toda gente, lá fomos á procura do nosso pequeno grande herói, e lá o encontramos numa caravana modesta como se nada passasse lá estava a Equipa Benimoto Suzuki Cetelem, depois de nos inteirarmos de como tinha corrido a sessão do dia anterior ao Luís Carreira, preparamo-nos para ir com outro irmão do Mac, o Derek e o Juan um amigo que foram os nossos cicerones no circuito, que nos levaram a alguns dos melhores lugares para fazer as nossas fotos, ao final da tarde já estávamos preparados na zona norte da ilha a espera dos guerreiros, e assim que se fazem á pista ouvemse os motores a gritar a quilómetros de distância, é impressionante o tempo que se vai de acelera-

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OF WORLD’S IN THE SEARCH

FASTEST RACE

dor aberto neste circuito, infelizmente o treino das motos atrasou devido a um incidente com um side car, havendo já pouca luz, o que não permitiu tirar fotos nas melhores condições mas mesmo assim, estávamos em êxtase a ver todo o ambiente que rodeava este treino, e admirados com toda a gente a perguntar sobre o Luís Carreira, mais parecia que era um piloto local e que toda a gente o conhecia, de facto o envolvimento deste povo no evento é extraordinário, este povo vive e respira corridas, entretanto o Luís Carreira fazia o decimo sexto tempo da sessão o que lhe permitia rodar a cerca de seis segundos do tempo realizado no ano passado, num circuito com sessenta quilómetros é de se tirar

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o chapéu. Terceiro dia e uma experiencia gratificante para o Miguel iria acontecer, dar uma volta ao circuito à boleia do Luís Carreira, mas calma não foi na Suzuki, isso teria sido o clímax, mas a bordo de uma scooter, enquanto eu fiquei no paddock, alguém tinha de trabalhar, enquanto o patrão se divertia, cerca de uma hora mais tarde estavam de volta e o olhar do Miguel dizia tudo, qualquer coisa do género “estes gajos são loucos”, enquanto o Luís explicava ao Miguel a zona da montanha que infelizmente não puderam fazer porque se encontrava fechada devido a um acidente grave (infelizmente há quem tente fazer as façanhas dos pilotos e nem sempre corre bem aqui), eu escutava atento a conversa destes dois, enquanto o Luís dizia “aqui passo em sexta a fundo e moto salta por todo o lado e não se tira punho” o Miguel olhava para mim e dizia “não pode ser então nós íamos na scooter e aquilo já saltava por tudo quanto era lado, este gajo é louco”, e a conversa prolongou-se por mais uns minutos, connosco sempre atentos às explicações do Luís acompanhando-o quando foi meter pneus novos nas jantes, já a preparar o treino de

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OF WORLD’S IN THE SEARCH

FASTEST RACE

mais logo, cerca das cinco da tarde

rosto do publico um sorriso de

fomos ao encontro do Derek e do

alivio, assim que acabou o treino,

Juan que desta vez nos iam levar

apressamo-nos para saber como

para uma zona em que os pilotos

tinha corrido o treino ao Luís

rolavam a mais de duzentos

Carreira, e quando vimos a tabela

quilómetros hora e ao passar numa

de tempos, constatámos que o Luís

lomba relativamente pequena mais

tinha engolido um cronometro,

parecia um salto, e após os

ficava com o decimo terceiro tempo

primeiros pilotos passarem e

da sessão apenas umas decimas

apesar de já ser o nosso terceiro

acima do tempo que tinha feito na

dia na ilha, estávamos incrédulos, a

sessão anterior com 18.38,95s

luta que os pilotos tinham para

simplesmente fenomenal como

dominar aqueles monstros sempre

diziam alguns dos locais, quando

que a roda dianteira levantava era

viam a regularidade do nosso

algo que não consigo passar para

compatriota, mais um dia passado

estas linhas, pois sempre que um

e a ansiedade para os dias de

lutava mais um pouco com a moto

corrida era cada vez maior.

toda a gente sentia um calafrio no

Ultimo dia de treinos e decidimo-

corpo, e quando a roda dianteira

nos separar enquanto o Miguel

colava outra vez no chão via-se no

seguiu com o Derek e com o Juan,

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eu fiquei no paddock para registar a acção do último treino que ditava a classificação da tabela no geral das sessões, o frenesim era enorme todos os pilotos queriam sair cedo para a pista pois no dia seguinte seria a primeira prova de ferro com a corrida de Dainese Superbike TT, o Luís confirmava o excelente desempenho das sessões anteriores rodando perto dos tempos realizados antes mas não muito satisfeito com a afinação da sua moto, fazendo o melhor tempo nesta sessão com 18.40,73s sendo o vigésimo nesta sessão, ficando o melhor registo da geral o de 18.38,53s realizado na terceira sessão dando o vigésimo nono posto da geral sendo a única maquina se Superstock nos primeiros trinta classificados, o que antevia uma boa prestação para a corrida do dia seguinte. Dia 5 de Junho, o primeiro dia de corridas estava ai, o sol fazia-se sentir e as condições eram bastante favoráveis, as motos começavam a sair para a pista uma a uma, o Luís era o trigésimo sétimo a sair para a pista, o que lhe dava trabalho redobrado pois teria de lidar com o facto de ter de desembaraçar de possíveis pilotos mais lentos, e ai está o Luís já na linha de partida e começou a sua prova saindo muito bem e passando no primeiro ponto intermédio já a rolar bastante rápido, na primeira passagem pela linha de meta ocupava o vigésimo nono posto da classificação, á segunda passagem pela linha de meta e entrando nas boxes para fazer o seu primeiro abastecimento ocupava o vigésimo sétimo posto, batendo o seu recorde pessoal com 18.25,60s sem trocar de pneu nesta paragem á terceira passagem pela linha de meta cairia duas posições passando a ocupar o vigésimo nono posto da

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FASTEST RACE

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tabela, voltando a atacar na quarta

liderado durante a primeira parte da

volta antes de entrar para reabastecer

corrida com duas voltas com tempos muto

mais uma vês e trocar o pneu traseiro

rápidos sempre abaixo do minuto 17,20s,

batendo de novo o seu recorde

mas viria a abandonar com problemas na

pessoal com 18.20,05s, á passagem

sua moto.

pela quinta vez na linha de meta

Com o dia seguinte para descanso dos

subia quatro posições ocupando o

guerreiros, entra os quais eu e o

vigésimo quinto lugar e a rolar muito

Miguel, convidados pelos

perto dos vinte primeiros, ganhando

nossos acolhedores na

cerca de vinte segundos nesta volta

ilha, Stuart e a Janet

em relação á volta de saída das

fomos conhecer a

boxes anterior, na derradeira passa-

avenida mais movimen-

gem pela linha de meta voltaria a

tada da ilha nesta altura

bater o seu recorde pessoal ficando

do ano, a Promenade,

este em 18.18,50s obtendo o vigési-

excelente a ideia da

mo primeiro lugar da tabela e sendo o

organização em fazer

decimo oitavo piloto mais rápido em

uns eventos nesta

pista nesta volta, de lamentar a

avenida de maneira,

penalização de dez segundos por ter

com tudo bem

ultrapassado em 100 metros o limite

organizado e o

de velocidade do pit lane que era de

publico bem

60 quilómetros hora que o fez baixar

comportado e

para vigésimo segundo lugar não

civilizado, com

ferindo em nada a participação do

várias tendas

piloto luso.

com musica ao

Depois de uma corrida bastante intensa em que o ritmo foi forte nos pilotos da frente mais parecia uma corrida de circuito fechado e com grelha de partida pois eram as curtas as diferenças entre os pilotos, Ian Hutchinson foi o vencedor, depois do piloto local Connor Cummins ter

vivo e bebida com fartura o ambiente era de festa, só o nosso Continuação da reportagem da Ilha de man na página 44.

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Marta Figueira Pรกgina 12 / tugabikers magazine


Marta Sofia Martins Salgueiro Figueira, com 34 anos e residente em Rio de Mouro, assistiu pela primeira vez a uma prova do COV em 2009. Foi de corpo e alma que se dedicou ao mundo do motococlismo. Tornou-se comissária e apartir daí nunca mais parou. O tugabikers foi à descoberta de Marta e descobriu o que esta comissária sente a cada momento passado na pista... Texto: Bruno Brito

Fotos: Miguel Flores

T

UGABIKERS: Marta como é que o teu dia começa? Marta: O meu dia começa muito cedo levanto-me por volta das 6 da manhã todos os dias para entrar ao serviço às 8 da manha.

TUGABIKERS: Como começou a paixão pelas motas? Marta: A minha paixão pelas motos surgiu com um grande empurrão do Rodrigo (o meu marido), que tanto insistiu para eu ir às provas com ele que me conveceu a começar a ir e foi quando o “bichinho” acordou. TUGABIKERS: Como e quando surgiu a ideia de te tornares comissária? Marta: A ideia de me tornar comissária surgiu exactamente na primeira prova a que o Rodrigo me levou ou seja o ultimo COV do ano passado, eu fui com ele assistir aos treinos, depois quis ir ver as corridas no Domingo e no fim do dia já só me queria inscrever e poder viver aquela sensação mas da forma como os comissários a vivem não apenas como uma mera espectadora. TUGABIKERS: Marta, actualmente é casada com um comissário. Qual dos dois tem um feitio mais difícil de lidar, o Comissário ou o Marido? Marta: Ora bem terei que dizer que é mais dificil lidar com ele como marido, uma vez que para além de ambos sermos comissários nunca estamos no mesmo posto e ainda bem, mas profissionalmente lidamos um com o outro como se não fossemos casados e sei isso porque trabalhamos juntos. Portanto sem dúvida é mais dificil lidar com o Rodrigo como marido pois o sentimento é outro. TUGABIKERS: Qual é a primeira prioridade para um comissário quando entra na

AGAINST

ALL

ODDS

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Marta Figueira

AGAINST ALLODDS

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pista? Marta: A segurança acima de tudo.

qualquer distinção entre mulheres ou homens somos uma equipa e ponto final.

TUGABIKERS: Achas que é dado valor aos comissários tendo em conta, que por vezes podem sofrer acidentes provenientes dos acidentes nas corridas? Marta: Quanto a isso depende de várias situações depende do tipo de prova depende das entidades com quem se está a trabalhar, mas acho que tem havido um crescente reconhecimento da figura do comissário e do papel que desempenham em cada corrida.

TUGABIKERS: Quais são os teus ídolos do motociclismo? Nacional e Internacional. Marta: Sinceramente entre os internacionais não tenho qualquer preferencia. Quanto aos nacionais há um Senhor que me cativou desde a primeira vez que o vi a correr que é sem duvida nenhuma o Massa.

TUGABIKERS: Achas que neste momento as comissárias são vistas de uma maneira diferente do que algum tempo atrás? Marta: Sim claro mas isso é como em qualquer profissão ou actividade que se desempenhe as mulheres tem lutado bastante para se afirmarem e no MCE não há

TUGABIKERS: Algum comentário que queiras deixar? Marta: Tenho muito orgulho de fazer parte desta grande familia que é o MCE. Obrigada pelo carinho pelo apoio e por todas as emoções que me fazem sentir.E ainda um imenso agradecimento ao Tugabikers por tudo o que tem feito por nós.

TUGABIKERS: Como defines numa palavra a tua experiência como Comissária? Marta: Fabulosa.

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Nelson Rosa - StockSport 1000

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2

Estoril

Foto-Reportagem

Mais uma prova do Nacional se realizou no Estoril nos dias 29 e 30 de Maio. Algumas novidades no podium nĂŁo faltaram assim como muita festĂ mistura. Fotos: Miguel Flores

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2

Estoril

Miguel Moreira - StockSport 1000

Ricardo Borges Promomoto 600

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JosĂŠ Leite StockSport 1000


Pedro Monteiro StockSport 1000

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2

Estoril

Miguel Oliveira - StockSport 600

Miguel Vilares PĂĄgina 20 / tugabikers magazine

SĂŠrgio Moreira


Daniel Café - Promomoto 1000

Pedro Flores Promomoto 1000

Ricardo Lourenço tugabikers magazine / Página 21


2

Estoril

Amarilio - StockSport 600

Sand

Nuno Cachada - StockSport 1000

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dro Carvalho - Promomoto 1000 SĂŠrgio Moreira - Promomoto 600

Luis Carreira - StockSport 1000

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PEDRO MARTINHO Pedro Alexandre Martinho, tem uma grande paixão por motas. Com 36 anos e residente na area de Sintra e serralheiro como profissão, Pedro falou ao tugabikers, sobre a sua experência na pista e dos custos elevados para manter viva a sua paixão. Texto: Bruno Brito

Fotos: Miguel Flores

T

ugabikers: Olá Pedro Como é que surgiu a

Tugabikers: O que te levou a ir fazer um Track day?

tua paixão pelas motas?

Pedro: A principal razão foi o divertimento, pois adoro motas e

Pedro: Não sei bem, acho que isso nasce com

tudo o que as rodeia. Queria também evoluir a minha condução

as pessoas. Lembro-me quando era pequeno

e explorar a mota, por outras palavras queria que a relação com

de sentir qualquer coisa quando via uma mota, uma

a minha “menina” evoluísse para outro patamar, e

atracção digamos assim, depois um amigo meu comprou

foi isso que acon-

uma (Dt50MX) e foi nela que comecei a aprender a andar de mota. Desde logo decidi que um dia havia de ter uma. Tugabikers: Como é que é um dia na vida do Pedro? Pedro: A maior parte do tempo dedico ao trabalho pois tenho uma serralharia e isso ocupa-me demasiado tempo, digamos que num dia normal da semana não tenho tempos livres até chegar a casa aí por volta da hora do jantar. Á noite quando não saio, vejo Tv e ponho a conversa em dia no Tugabikers. No dia de descanso que é ao Domingo se estiver bom tempo aproveito quase sempre para aliviar o stress, ou seja para andar de mota. Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a primeira moto que tiveste? Pedro: A incontornável Yamaha DT50LC, depoisDTR125, Hornet600 e R1. Tugabikers: Como foi a primeira aventura em pista? Pedro: Foi muito bom, já andava na estrada há algum tempo mas em pista a condução é totalmente diferente e foi um acumular de novas sensações e emoções. E para não fugir á regra, fiquei viciado fazendo mais 6 TD´s em 6 meses seguidos.

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teceu. Tugabikers: Achas que são seguros? Pedro: Sem dúvida que a condução em pista é mais segura que a condução em estrada. Tugabikers: O que achas do ambiente que se vive num track day? Pedro: Do melhor mesmo, para quem gosta mesmo de motas vai encontrar num TD um ambiente difícil de encontrar noutro lugar, depois com o tempo vamos fazendo amizades e esse ambiente já de si bom ainda fica melhor. Por mim fazia um TD todas as semanas. Tugabikers: Já participaste em algum Curso de Condução? Pedro: Sim, participei num curso promovido em Julho 2009 pelo Action Team no AIA. Tugabikers: Entre um Curso de Condução e um Track Day qual é que preferes? Pedro: Ambos têm os seus prós e contras mas prefiro os TD, uma vez que tens mais liberdade na condução. Tugabikers: Temos muitos jovens que depois de rodarem em pista nunca mais querem andar

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na “estrada”, é o teu caso?

trajectórias ideais.

Pedro: Não. Acho que comecei a andar menos em estrada mas continuo a andar, este ano já tenho a tradicional viagem a

Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de

Jerez na agenda, e vou também á Ilha de Man em 2011 ou

participantes nas competições?

2012 (ou ambos ) e claro as voltinhas de Domingo. O pior é

Piloto: Essa é fácil, baixava os custos. Sei que é o que toda

que para andar bem em pista temos de fazer uma série de

a gente diz mas infelizmente a realidade é essa. Para

alterações na mota que quase a impossibilitam de andar na

fazeres uns TD´s já não sai barato, competir então…

estrada. Tugabikers: Qual é a tua opinião sobre o Nacional de Tugabikers: Já te passou pela cabeça fazer uma prova do

Velocidade?

Nacional?

Piloto: Como a cobertura que a nossa imprensa “especial-

Pedro: Ui, tantas vezes. O pior mesmo é o orçamento, além

izada” faz ao COV não é a melhor (excepção claro da

disso em termos de condução acho que ainda não estou

TugaBikersMagazine), não sigo com muita atenção o nosso

preparado.

campeonato. No entanto acho que faz falta sangue novo nas competições uma vez que são sempre os mesmos a vencer

Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou?

já há uns aninhos (sem desprimor para os mesmos). Há falta

Pedro: Michael Doohan. Depois do que ele sofreu com a

de competitividade e corridas empolgantes e isso afasta o

queda em 92 e conquistar o que ele conquistou, requer muita

interesse das pessoas.

determinação, força de vontade e espírito de sacrifício. Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que se Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portugal?

queira iniciar numa pista?

Pedro: Até nem estamos mal servidos em relação á qualidade

Piloto: Poucos. Que conselhos têm vocês para mim? 

dos mesmos, agora em quantidade aí já a porca torce o rabo. Gosto muito do Estoril e GOSTO MUITO do AIA (ainda não

Tugabikers: Algum comentário que queiras deixar?

andei em Braga). Acho o Estoril uma pista mais acessível para

Piloto: Queria deixar um agradecimento á equipa do Tugabik-

quem se quer iniciar, é já uma velha conhecida, e a pista do

ers pelo trabalho e dedicação a este desporto que nós adora-

Algarve mais exigente em termos de decoração do traçado e

mos. Continuem com força.

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1º ANIVE O tempo passa num instante, ainda no outro dia sai o número um e esta revista é número sete, que nivellllllllllllllllllllll É bom sinal que assim seja, ou de outra forma não tínhamos chegado tão longe no tempo e em exemplares, mas nada disto teria sido possível sem o Bruno Brito”Brunorider” agarrar este projecto com “unhas e dentes”, com a colaboração do Tiago,César e da Mafalda. O resultado tem vindo a melhorar de exemplar para exemplar, a vossa critica é a melhor arma para que assim seja. Acho que se conseguiu dar uma alegria muito grande a todos os que tivemos o prazer de publicar as suas entrevistas, de outra forma seria muito complicado terem a oportunidade que só apenas os campeões nacionais de algumas modalidades conseguem nas revistas da modalidade. Os pilotos são mais facilmente identificados e conseguimos desta forma ter uma noção do que cada pessoa pensa da modalidade e das experiencias por que já passaram, conseguindo assim chamar mais “pilotos de rua” para dentro da pista aonde sim se pode acelerar… O grafismo e as reportagens são uma excelência própria da criatividade do Bruno… Os meus votos são que para o ano estejamos todos cá para festejar mais um aniversário cheio de saúde.

This is not ending, is just the beginning… Um ano de existência. Uma ideia que se tornou num esboço. Um esboço que se tornou numa realidade. A 10 de Junho de 2010 às 23h45 horas, arranca a versão teste da tugabikers magazine. Para mim cada número tornou-se um desafio diferente, tentando estar à altura da qualidade que as fotos transmitiam foi necessário um grafismo do mesmo calibre. Cada número sofreu alterações gráficas até chegar a um grafismo mais inovador e dinâmico. Todo este trabalho não teria sido possível sem o meu grande amigo Miguel Flores, a sua dedicação pelo motociclismo e a paixão pela fotografia, tornaram este projecto uma mais-valia para o fórum tugabikers e para todos. Aos meus grandes amigos e impulsionadores da tugabikers Magazine, César Coriolano e Mafalda, a vossa dedicação e a vossa amizade tornaram este “projecto” uma paixão constante e de querer fazer mais e melhor. A chegada do Tiago Lopes (Sansão) veio complementar a revista com os brilhantes textos que tornam a mesma um motivo de orgulho.Todos aqueles que directamente ou indirectamente colaboram com a mesma, vocês são a razão pela qual ela existe. Aproveito as linhas deste número para agradecer a todos por me fazerem crescer mais como ser humano, obrigado amigos pela vossa amizade.

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ERSÁRIO O 1º de muitos aniversários, certamente! Um ano de trabalho, um ano de sucesso. Todos os intervenientes estão de parabéns! A revista Tugabikers é sem dúvida a maior aliada ao Campeonato Nacional de Velocidade/Motosport e não só. Deu-nos a conhecer um leque variado, e talvez desconhecido para alguns , de pilotos nacionais e também de algumas pessoas envolvidas no campeonato. É um projecto inovador que é de se louvar. Foi um ano de trabalho com qualidade. O seu grafismo é de um extremo bom gosto. O conteúdo é composto por fotos de alta qualidade (tiradas por grandes fotógrafos) e de matéria bem interessante, divertida e diferente. As várias edições foram sempre surpreendentes. Desejo um futuro e uma evolução excelentes. E espero um dia ver escrito em algum lugar “já nas bancas”!

Tugabikers, como tudo começou! Miguel Flores, aliou a paixão da fotografia ao motociclismo e com o crescendo primor nos seus clics, veio a necessidade de criar um espaço próprio, para a divulgação do seu trabalho.27 de Maio de 2008, às 22:51 horas, foi iniciado o projecto Tugabikers. Actualmente dezenas de amantes das 2 rodas, acompanham diáriamente o maior forum dedicado ao motociclismo desportivo nacional. Desde o Motosport até aos Trackday´s, desde o alcatrão até à terra, desde as quedas aos snipershots. Com a inclusão do Bruno no projecto, surge a revista - The Tugabikers Magazine - a única do género online. Um ano após o lançamento do n.º “zero” e após 6 edições, já há quem apele ao formato “papel”, mas isso são outras contas! O trabalho do Bruno na edição da revista e do Miguel na fotografia, é fantástico, provando desta forma que quando feito com paixão só pode ter o resultado obtido. Posso afirmar com convicção que a Mafalda é o nosso pilar. Explicar o porquê levaria a escrever mais umas centenas de palavras. É uma honra para mím fazer parte da criação deste projecto. Sendo que o Miguel e o Bruno são actualmente e naturalmente os principais impulsionadores do Tugabikers. Agradeço a todos os que nos acompanham neste projecto e aos que sem eles isto não era possível: Mizolas, Brunovsky e a Mafalda.

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BRAGA1 Foto-Reportagem

Mรกrio Alves - Promo

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omoto 1000

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BRAGA Foto-Reportagem

1 Francisco Castro- Promomoto 600

Luis Tuning- Promomoto 600 Pรกgina 32 / tugabikers magazine

Ruben Nogueira- Stocksport 600


JosĂŠ Silva- Promomoto 1000

Miguel Vilares- Stocksport 600 tugabikers magazine / PĂĄgina 33


BRAGA Foto-Reportagem

1

Fernando Costa - StpckSport 600

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Luis Carreira - StockSport 1000 Nuno Nogueira - Promomoto 1000

Tiago Ferreira - Promomoto 600 Tania- Promomoto 600

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by Miguel Flores tugabikers magazine / Pรกgina 37


r t n e

o d ar

Ric

Santiago . C e g r o J o d r a ic R Nome: Idade: 31 anos aparica C e d ta s o C : e d a id C ica ís F o ã ç a r a p e r P e t Hobbies: Motos, Ne entista m a ç r O r o id d e M : e Actividad Página 38 / tugabikers magazine


a a t s i rev Ricardo e Rute Santiago, são um exemplo entre muitos que participam no Campeonato Nacional. Se por um lado, Ricardo defende o número 127 na pista, por outro lado Rute Santiago abraça o cargo como chefe de equipa. O tugabikers foi à conversa com o casal “Ribentas” e descobrir um pouco mais de ambos... Texto: Bruno Brito

T

Fotos: Miguel Flores

ugabikers: Olá Ricardo, Como é que surgiu a

Ricardo: Gira, pensava que era o Valentino Rossi da Margem

tua paixão pelas motas?

Sul mas percebi rapidamente que não era!

Ricardo: Desde muito cedo, já nasci com o “veneno” no sangue.

Tugabikers: Olá Rute, sabemos que a tua paixão pelas

Tugabikers: O que te levou a ir fazer um Track day? Ricardo: Desde pequeno que tive o sonho de ser piloto, como nunca o fui, pensei em ir sonhar para a pista.

motas começou muito antes de conheceres o Ricardo, quando é que isso aconteceu?

Tugabikers: Achas que são seguros?

Rute: Desde novinha que sempre gostei de motas, até que

Ricardo: Independentemente do organizador, acho que sim,

aos meus 13 anos os meus pais ofereceram-me a minha

aconselho a qualquer um para descarregar a adrenalina

primeira mota como prenda de natal, uma YAMAHA DT50 LC (Cor de Rosa) (risos) Tugabikers: Como é que é um dia na vida do Ricardo? Ricardo: Simples (risos), acordo por volta das 6:30 e faço 45 km´s para ir para o “bules”, tenho um dia de trabalho como qualquer português e volto para casa junto da minha “ex. Namorada”. Tugabikers: Rute como é que o teu dia começa? Rute: Bem cedinho e com muita vontade de viver…. Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a primeira moto que tiveste? Ricardo: Uma bela de uma Casal de 4 velocidades com transferes mexidos e um escape 80. Rute: YAMAHA DT50 LC Tugabikers: Como foi a primeira aventura em pista?

tugabikers magazine / Página 39


dentro de um dos nossos circuitos. Tugabikers: O que achas do ambiente que se vive num track day? Ricardo: De grande nível, adoptei grandes amigos. Tugabikers: Já participaste em algum Curso de Condução? Ricardo: Sim, alem da minha esposa, os cursos foram dos factores que mais me levaram a fazer a promomoto este ano. Tugabikers: Entre um Curso de Condução e um Track Day qual é que preferes? Ricardo: Talvez o Curso de Condução, estamos sempre a aprender. Tugabikers: Temos muitos jovens que depois de rodarem em pista nunca mais querem andar na “estrada”, é o teu caso? Ricardo: Sim, 100% viciado em pista. Tugabikers: Qual foi a primeira prova em que participaste? Ricardo: Este ano, Estoril I. Tugabikers: Como foi a tua 1ª corrida?

e t u r

Ricardo: Muito empolgante, senti-me muito bem e superei todas as minhas expectativas. Tugabikers: Rute de quem partiu a ideia de participar no Campeonato Nacional de Velocidade 2010? Rute: Para ser muito sincera eu sou quase sempre a primeira a dizer vamos e a

Santiago o ig le a T s u s e J e g olan

Nome: Rute S Idade: 31 anos ica r a p a C e d ta s o C : e Cidad Hobbies: Viver trativa Actividade: Adminis

vontade do Ricardo em realizar este sonho era tanta…, que é difícil de dizer de onde partiu porque nos somos um.... Tugabikers: Nas corridas como é? Muita pressão? Stress? Ricardo: Normalmente tento-me manter calmo, fico irritado quando não consigo fazer aquilo que sei. Tugabikers: Rute, qual dos dois é que têm o feitio mais difícil? O piloto ou o marido?

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Rute: O Marido sem dúvida, é um rabugento, o piloto é menos melga. Tugabikers: Que preparativos costumas fazer antes de entrar numa competição? Ricardo: Nada de especial, tento manter uma boa forma física e ter tudo mais ou menos organizado para que seja um fim-de-semana em grande. Tugabikers: Rute sendo tu chefe da equipa “Ribentas Racing Team”, consegues dar-nos uma ideia de como foi a preparação para o Nacional? Rute: Preocupamo-nos primeiramente com a segurança do piloto, em seguida preparamos a nossa motinha e o resto preparamos conforme a nossa disponibilidade, mas como tudo é feito com muito carinho não custou mesmo nada, e na primeira prova a ansiedade foi a nossa amiga conselheira.

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Tugabikers: Qual é a prova que te falta fazer? E com que objectivos? Ricardo: Um passo de cada vez, quero fazer o meu melhor no MOV e depois então pensar além. Tugabikers: Qual foi o teu melhor resultado como piloto? Ricardo: Foi um belíssimo 5ºLugar.

Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou? Ricardo: Miguel Praia Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portugal? Ricardo: São traçados muito divertidos, mas Braga merecia um melhor asfalto. Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de participantes nas competições? Ricardo: Primeiro: Talvez tornar tudo mais acessível em termos monetários – Segundo: Dar mais atenção a quem realmente faz um grande esforço para entrar nesta competição. Tugabikers: Qual é a tua opinião sobre o

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Nacional de Velocidade? Ricardo: Ooops (risos), acho que tudo podia ser diferente, temos pernas para andar e ficamos parados. Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que se queira iniciar numa pista? Ricardo: Dar muita importância á segurança e viver cada momento ao máximo. Tugabikers: Atendendo a muita dificuldade que existe em arranjar patrocínios, podemos saber se a equipa “Ribentas Racing Team” tem e quais são os que apoiam a mesma? Rute: Os apoios que temos são familiares, tudo negócio de família, com excepção do patrocínio do Sr. Lopes Da Silva – ARMEIOS.PT – que desde o inicio nos deu a sua boa vontade em apoiar, de resto enviamos cartas de apresentação para varias entidades e a resposta foi “que não existe retorno”…, pois! Tugabikers: Ricardo e Rute algum comentário que queiram deixar? Ricardo & Rute: Estamos a adorar este mundo, ficámos surpreendidos com as amizades que nasceram deste desporto. Com muita admiração e carinho queremos agradecer a todos por nos receberem com tanta amizade, uma pista cheia de beijinhos e abraços ao TUGABIKERS.

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’S D L R O W F O H C R A E S E H IN T

T S E FAST RACE

) e t r a p a d n (segu

fotografo é que não gostou particular-

carros das equipas aproveitavam para mais uma volta

mente das vistas, não lhe enchiam bem o

ao circuito, e de repente os meus olhos ficam

olho, eram as saudades do produto

incrédulos vindo do nada surge uma Ducati e

nacional que já apertavam, mas continu-

quem a conduzia deixava toda a gente

ando, desde de uma feira popular montada em plena avenida junto ao mar e

boquiaberta, de casaco de cabedal, botas e luvas sem faltar o capacete e de kilt

varias tendas, animação não faltava, a

mostrando bem o seu joelho quando

festa era tal forma descontraída e atractiva

curvava com o corpo fora da moto, logo

que nem o frio da noite sentimos, num

seguido pelo coelho da Duracell numa

serão bastante agradável.

scooter, havia para todos os gostos,

Dia descanso, Domingo, aqui não se corre

mas não seria um verdadeiro

ao Domingo, ao invés a tradição diz que

baptismo do Mad Sunday se nós

este domingo se intitula Mad Sunday, ao

não nos fizéssemos á pista, e assim

final da manhã o Mac foi nos buscar a

que entrámos em pista na carrinha

casa, “vocês não podem ficar em casa,

do Mac com o Miguel sempre pronto

venham que vou-vos mostrar as vistas na

a dar ao gatilho, surge um acrobata

montanha”, e nós lá fomos ver o Mad

com uma KTM sempre de roda

Sunday o dia em que os comuns dos

dianteira no ar atrás de nós, e

mortais querem experimentar o circuito da

bang, foto do dia o senhor entusi-

montanha para sentirem na pele as sensa-

asmado ao ver um fotografo á sua

ções que os pilotos tinham sentido antes,

frente a captar os registos das suas

primeiro ponto de paragem, Goose Neck,

acrobacias, aprimorou-se e de repente lá

uma curva de velocidade média á entrada

estava ele apuros, já que na tentativa de

da montanha, que proporciona ao publico

fazer um belo de um cavalo, lhe saltou um

uma excelente vista, assim que chega-

dos pés dos apoios e o senhor lá teve as suas

mos, constatamos o porquê de se chamar

dificuldades em controlar a moto, momento este

Mad Sunday, desde motos a automóveis,

que o Miguel captou não fosse ele rápido no

via-se de tudo, inclusive uma família num

gatilho, depois destas emoções foi ir para casa e

táxi, e até alguns pilotos nas carrinhas e

ver na TV o resumo do dia anterior bem relaxados

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TT tugabikers magazine / Pรกgina 45


OF WORLD’S IN THE SEARCH

FASTEST RACE

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ao pé da lareira. Segunda-feira, corrida de Superstock, aquela em que na teoria o Luís poderia obter o melhor resultado, o tempo estava um pouco nublado o que atrasou o programa já que devido a uma neblina o helicóptero não podia levantar. Com os meteorologistas a afirmarem que o tempo iria melhorar, a organização decidiu começar a corrida ainda com uma ligeira neblina que depressa se dissipou. Com ritmo desta corrida a ser de loucos já que as diferenças de tempos entre concorrentes perspectivava ser ainda menor. Na grelha de partida mostrava-se ansioso mas bastante confiante em entrar em cena sendo o trigésimo sétimo piloto a sair para a pista, fazendo uma boa primeira volta, excelente aliás, voltaria a bater o seu melhor tempo com 18.16,92s cruzando a linha de meta no décimo sétimo lugar, na segunda passagem pela linha de meta e entrando nas boxes para reabastecer, batia novamente o seu melhor tempo desta vez com 18.06,77s e subindo um lugar na tabela ocupando agora o décimo sexto lugar, na terceira passagem ela linha de meta continuava a voar baixinho fazendo a volta de saída das boxes muito forte rolando ao nível dos dez primeiros, ainda assim descia uma posição e ocupava o décimo sétimo lugar, na derradeira volta, rolou entre os quinze mais rápidos permitindo conservar o décimo sétimo lugar numa corrida em que os abandonos foram poucos na primeira parte da tabela, o que demonstra bem o quanto competitiva é esta classe, a vitória caia novamente para Ian Hutchinson mas desta vez com uma grande luta com Ryan Farquhar, que liderou até á terceira volta só sucumbido na ultima volta da corrida depois de Ian Hutchinson ter feito um tempo canhão, fica o registo de numa corrida com duzentos e quarenta quilómetros o Luís Carreira ter ficado a pouco mais de trinta segundos do top 10, perdendo cerca 0,125s por quilómetro, o que comprova as curtas diferenças de tempo nesta classe, e comprovando assim o excelente resultado do piloto luso, que nos deixou com a sensação que ainda poderia fazer melhor no Senior TT prova rainha deste evento. Quarta-feira dia 9 de Junho eu e o Miguel fomos com os nossos cicerones para mais um local um pouco estranho, já que era no meio de umas arvores numa zona bastante rápida em que possivelmente os pilotos poderiam passar a mais duzentos e cinquenta quilómetros hora, e eis que o tempo resolveu pregar uma partida, primeira parte do circuito abateu-se um dilúvio, o que levou a que organização adia-se por algum tempo o inicio das corridas marcadas para este dia de Supersport e de Side Car, nós aguardávamos

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pacientemente com algum frio na zona aonde estávamos, já que lá não chovia apenas se fazia sentir um vento desagradável e frio e esperamos cerca de duas horas até que a organização decidiu adiar as corridas para o dia seguinte. Sexta-feira dia 11 de Junho, Senior TT a prova rainha do evento, aonde todos os pilotos querem obter o melhor resultado, com o dia a começar com a Parade Lap, com os pilotos de Motogp, Loris Capirossi e Jorge Lorenzo a marcar presença este ano assim como Angel Nieto e outras glórias do passado, dando uma volta ao circuito aonde se pode ver motos desde o início do TT até aos tempos de hoje. Na grelha de partida Luís Carreira mostrava-se bastante confiante na obtenção de um excelente resultado, assim que lhe dada ordem de partida, começa a voar no primeiro ponto intermédio ocupava o décimo nono posto, o que dava boas indicações para o resto da corrida, mas infelizmente na primeira passagem por Creeg-Ny-Baa com vento muito forte não evitou uma queda sem consequências para o piloto mas danificando a moto o suficiente para os comissários não deixarem retornar á pista, entretanto a corrida viria a ser interrompida á terceira volta depois dos aparatosos acidentes de Connor Cummins e Guy Martin sendo a interrupção da corrida devido a moto de Martin se ter incendiado e ser preciso entrar no circuito um carro anti-fogo para controlar as chamas da moto já que esta se envolveu numa bola de chamas que se podia ver a alguma distância, com isto, a equipa Benimoto teve uma nova oportunidade para alinhar, já que a direcção de prova clarificou que todos os pilotos que tinham abandonado até a interrupção da corrida poderiam alinhar na nova partida desde que até ao reinicio as motos passassem nas verificações técnicas a fim de ver se estavam em condições de retornar á pista sem por em perigo outros pilotos, a corrida iria ter novo inicio sem que as voltas antes efectuadas fossem contabilizadas, assim sendo a equipa Benimoto com os seus próprios meios foi buscar a

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OF WORLD’S IN THE SEARCH

FASTEST RACE

moto para a poder reparar enquan-

de subir estes andares a correr, o

toda a Equipa Benimoto Suzuki Cetelem nos

to o Luís Carreira vinha de boleia

tempo era escasso, o médico

presenteou, e o desejo de em 2011 estar presente e

com um motard português que se

depois de o observar ainda o

acompanhá-los em uma jornada de sucesso, por fim

deslocou á Ilha de Man com um

mandou fazer umas flexões o que o

não poderíamos deixar de agradecer a quem nos

grupo de amigos, a corrida teria

Luís fez, sem problemas cartão

recebeu tão carinhosamente bem ao estilo portu-

inicio às 15h00 e os elementos da

verde na mão toca a descer os qua-

guês, Mac, Stuart, Janet, Derek e família, Juan,

Benimoto chegaram com a moto ao

tro andares a correr eu mal o

Chunky, Adrian e Ivan, ao Marco o tripeiro residente

paddock cerca das 14h40, enquan-

acompanhava, de perna curta mas

na ilha e comissário de pista, muito obrigado vocês

to os elementos da equipa recu-

rápida num ápice estava na box,

foram formidáveis, long live the Manx people.

peravam a moto, O Luís Carreira

mas infelizmente o excelente

teve de passar no posto médico a

trabalho da Benimoto foi infrutífero,

fim de ser observado pelo médico

recuperaram a moto em pouco

da prova, para receber um cartão

mais trinta minutos mas a corrida já

verde que lhe dava a possibilidade

tinha tido inicio e o nosso guerreiro

de alinhar na nova partida, ora

não pode alinhar, ficando um gosto

ainda antes de chegar ao médico

algo amargo na equipa cientes que

teve de subir a correr quatro

poderiam ter sido melhor a ex-

andares na torre de controlo com o

celente prestação que a equipa

fato vestido e botas calçadas, só

tinha feito então até ao momento,

por ai já podia alinhar se fosse o

da parte Dos Tugabikers fica o

meu aval que contasse, mas depois

enorme orgulho que a prestação de

Não percam o próximo numero sobre a viagem de Ilha de Man, contada na primeira pessoa por:

Miguel Flores tugabikers magazine / Página 49


FRIENDS AT I Beany d n a Mac Tiago,

Dave

Juan Ian

family d n a k Dere Pรกgina 50 / tugabikers magazine

Mac


ISLE OF MAN

Adrian

Ivan tugabikers magazine / Pรกgina 51



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