Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! 2016

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Adenium flor-das-areias TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 3


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Adenium é flor d’onde num nasce quase nada, é rosa-do-deserto solitária e graciosa. É lírio

impala corajosa valentia. É flor que guarda graça no mundo das areias. Traz vida, alegria, beleza; e, logo o que não parecia morar ali, se apresenta. Serpente serpenteando sendo ser, aranha curiosa, lei seca, lagarto do deserto, escorpião destemido, jerboa, adax, víbora chifruda, dromedário. É ser de canto nenhum, só tem lá. E lá brota flor uma vez ao ano. É de pouco pra dar saudade. Quando brota é festa, é comemoração, é raridade desmedida; quando brota é querência, é vastidão.

Anderson Maurício Artista-pesquisador, diretor e cofundador da Trupe Sinhá Zózima

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ÍNDICE Ela disse sorrindo: Faz vinte e cinco anos que não sou gente! | Anderson Mauricio................. 06 Sobre jardins que florescem no asfalto | Paula Venâncio............................................................................. 08 O registro do Toda Terça | Leonardo Souza e Rui Alves....................................................................................... 14 Atividades realizadas em 2016 Os minutos que se vão com o tempo |março, abril e agosto........................................................................ 16 Rodadas de conversa no busão | maio........................................................................................................................... 20 II Mostra de teatro no ônibus | junho e julho........................................................................................................... 28 MovaCidade | setembro................................................................................................................................................................ 40 Mês Rosa | outubro.......................................................................................................................................................................... 46 Projeto de autogestão_ “Uma Noite de Samba” | Tatiana Nunes..................................................... 50 Projeto de autogestão_ Polly TiVi: você não viu, mas eu tivi! | Cleide Amorim................. 54 Projeto de autogestão_ A cobradora | Maria Alencar....................................................................... 58 #Voudebus | novembro................................................................................................................................................................. 62 Noite para festejar | dezembro........................................................................................................................................... 68 É preciso festejar | Cleide Amorim............................................................................................................................................ 72 Ficha técnica................................................................................................................................................................................................. 74

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Noite para festejar, com Trupe Sinhá Zózima foto Christiane Forcinito

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ELA DISSE SORRINDO:

FAZ VINTE E CINCO ANOS QUE NÃO SOU GENTE!

#Voudebus_ OitentaSão, com Ana Dutra e passageira Lucineide Rodrigues da Silva | foto Christiane Forcinito 6 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Ontem, este tempo ainda vivo em mim. Ontem, viajamos mais uma vez na imensidão do humano. Ah, este ônibus casa/ser da multidão sempre me traz fé. Eu, quando pequeno, dei o nome à cidade, lugar que antes do sol nascer papai saía todos os dias para trabalhar, dei o nome de CIDADÃO, esse ‘dão’ que todos nós temos em dizer desejos inconsciente guardado no coração, dizer o que ainda não existe em palavra, então o outro ri. Ela disse sorrindo: Faz vinte e cinco anos que não sou gente! Neste instante chovia tanto que, de repente, estava tudo alagado, a cidade virou rio, virou mar. A poesia se faz presente pra dizer que é necessário acreditar, ter fé, ter brio para seguir confiando que tem tempo pra tudo, tem riso que há de florir mesmo no lamaçal, lótus a sempre de existir; há de florir o humano e sua contradição e ela há de nos fazer compreender. Ela disse sorrindo: Faz vinte e cinco anos que não sou gente! E cantou como quem uiva pro mundo sua existência. Ela uivou como o vulcão aquece a terra. Ela nos aqueceu, ela é esperança de ser gente que reconhece o sentido da vida, reconhece o lugar de cravar a palavra tempo/espaço do nascer pra si mesmo. Ela nasceu diante dos meus olhos, esse que agora água em canção. Ela cantou sorrindo uma prece. Ela encantou... Faz vinte e cinco anos que não sou gente!

Anderson Maurício

Artista-pesquisador, diretor e cofundador da Trupe Sinhá Zózima

Obs: Não sabemos como será com a troca da gestão na SPTrans, não temos verba nenhuma para continuar o projeto Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! Mas temos fé. Continuaremos Dona Lucineide Rodrigues da Silva – Passageira/espectadora. TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 7


Mês Rosa_ Gravata Florida: a Festa Tropical Brasileira, com DJ Rodrigo Silva e Priscila Reis | foto Christiane Forcinito

Sobre jardins que florescem no asfalto 8 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


A Trupe Sinhá Zózima é um grupo de artistas que se propõe dia a dia a vivenciar as sutilezas do trabalho e descobrir caminhos para o encontro, fazendo desse “não-lugar” terminal, desse “não-lugar” transporte público um “lugar possível”, com a construção de territórios sensíveis. É nesse semear diário em sua lata rodante que os projetos e ações da Trupe ganham forma e vão revelando essa ecologia urbana necessária para que pessoas e espaços ganhem vida, como a doce passageira Lucineide, como tantos outros, como cada um de nós que, em algum momento, embarcou nesse ônibus. Em 2017 serão dez anos de trabalho ininterruptos de pesquisa cênica no ônibus. Desde 2009, com a proposta de residência artística no Terminal Urbano Parque Dom Pedro II – semente do projeto Arte Expressa – e, desde 2014, com a ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! – um dos pilares do Arte Expressa e que tem como princípio a oferta de programação artística e cultural de forma contínua e a abertura de espaço para que outros grupos/artistas/pesquisadores/vivenciadores experimentem o ônibus e o terminal como “lugares possíveis”. Trabalhos registrados nas muitas publicações da Trupe Sinhá Zózima, disponíveis para leitura nas plataformas digitais do grupo. E, desde a primeira publicação de registro da ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! em 2014, optou-se por dar nomes de plantas aos cadernos. Já tivemos a nossa Goiabeira (2014), nossa Jacareúba (2015) e agora nossa Adenium flor-das-areias. TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 9


Trupe Sinhá Zózima Projeto Arte Expressa

desde 2014 mais de 150 atividades realizadas, contemplando diversas linguagens artísticas e culturais mais de 350 artistas e grupos envolvidos, vindos de diversos estados do Brasil e até mesmo de outros países mais de 4.500 pessoas embarcaram no ônibus da Trupe Sinhá Zózima e, ao longo das atividades que aconteceram dentro e fora do ônibus estacionado no Terminal Parque Dom Pedro II e das ações de divulgação (imprensa, redes sociais, banners, flyers e locução no terminal), indiretamente

foi tocado o imaginário poético dos passageiros de que a arte é possível dentro daquele espaço, onde circulam diariamente mais de 200 mil pessoas 10 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Noite para festejar, com Trupe Sinhá Zózima foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 11


foto Priscila Reis

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São encontros com um público, na maioria das vezes, desavisado, que se surpreende com a possibilidade de mudar o roteiro da pressa ditada pelo relógio, pela labuta do dia, que sem se dar conta de sua grandeza pede licença para entrar. Pessoas que, embora reconheçam o terminal e o ônibus como parte de seu próprio corpo-máquina-trabalhador-cansado-em-trânsito, se questionam se aquele ônibus florido pode ser parte sua. Às vezes nos esquecemos do cheiro das flores que brotam em nossas próprias mãos. Às vezes nos esquecemos do gosto da fruta e da textura do caldo que nos escorre nos lábios. Às vezes nos esquecemos que a arte é também parte nossa. Mas, quando o encontro acontece, o corpo traz a memória, a lembrança, a certeza de existir, não só como corpo-máquina-trabalhador-cansado-em-trânsito, mas como ser-sujeito-social-fazedor-criador-luz-potente-semeador. E, ali, com os olhos repletos de vida, é que nos damos conta da nossa importância como indivíduos e como coletivos. É, ali, que o ônibus transborda seu sentido de OMNIBUS (para todos). A ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! tem, em sua essência, a função do semear. É um trabalho que exige a paciência da conquista diária. E que exige da Trupe e de todos os envolvidos o compromisso de buscar a sobrevivência. Para 2017 ainda não se sabe como a ação será mantida – tanto por existirem mudanças estruturais com a chegada de novos governos, quanto pela falta de verba concreta para manter os custos efetivos das atividades. Todo ano é necessário trazer nas mãos as sementes, arar a terra para que possam florescer jardins no asfalto. E eles hão de florescer. Porque é necessário, porque a vida pede encontro, porque o corpo precisa do perfume da flor e do caldo do fruto.

Paula Venâncio

Coordenadora de conteúdo da Trupe Sinhá Zózima

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O registro do Toda Terça

Leonardo Souza e Rui Alves, Cinefoto Colapso _ foto Priscila Reis 14 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Conhecemos a Trupe Sinhá Zózima e a ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! em novembro de 2015, quando fizemos o registro da apresentação Poemas Jazzeado da banda Chaiss na Mala, com participação dos poetas Giovani Baffô e Thiago Calle. Alguns meses depois fomos convidados pelo Anderson Maurício para captarmos o material do espetáculo “Os minutos que se vão com o tempo”, gerando dois vídeos de divulgação e o registro do espetáculo na íntegra. E, em seguida, surgiu o convite para registramos de forma contínua a ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! em 2016. Estivemos presentes em quase todas as terças-feiras no Terminal Urbano Parque Dom Pedro II. Uma experiência única e enriquecedora em todos os aspectos. Foram encontros artísticos que, para nós, representaram “100 trabalhos em 1”, já que, há cada terça, os tipos, cores, emoções, espectadores e relações estabelecidas eram totalmente diferentes umas das outras, nos trazendo desafios profissionais, nos instigando como espectadores, artistas e profissionais do audiovisual. Olhando para trás com todo o material captado e as vivências dos encontros, com certeza, privilégio é a melhor palavra para definir a oportunidade e responsabilidade que nos foi concedida. Assim, além da saudade e nostalgia, ficam, acima de tudo, a gratidão e a admiração por todos que participaram dessas viagens no ônibus mágico da Trupe Sinhá Zózima.

Leonardo Souza e Rui Alves

Criadores da Cinefoto Colapso TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 15


Os minutos que se vão com o tempo, com Trupe Sinhá Zózima | foto Christiane Forcinito

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Os minutos que se vão com o tempo | março, abril e agosto teatro | livre | aprox. 120 min | espetáculo em ônibus de linha em movimento Encenação de Anderson Maurício e dramaturgia (em processo colaborativo) de Cláudia Barral. Com Trupe Sinhá Zózima (Anderson Maurício, Cleide Amorim, Junior Docini, Maria de Alencar, Priscila Reis, Tatiana Nunes Muniz e Tatiane Lustoza) E se cada minuto fosse uma semente, quantas florestas teríamos perdido? Embarcar rumo à casa, esse lugar dentro de si, é atravessar imensidões, internas e externas, imensidões marítimas, urbanas, íntimas e passageiras. O tempo é vida preciosa, travessia que pode nos ensinar a semear cantigas d’alma, colher sons que vem do coração, cantar a música dos nossos dias. O espetáculo é um caminho que se propõe a acompanhar os passageiros em seus variados destinos. Uma jornada de trajetos afetivos e geográficos, proposto por figuras que alteram as bordas do cotidiano no transporte coletivo, local onde é encenada a peça, onde encontramos seres humanos em construção como tantos, em falta, como todos nós. As apresentações dos meses de março e abril fizeram parte da programação do projeto “Os minutos que se vão com o tempo: da imobilidade urbana ao direito à poesia, à cidade e à vida”, contemplado pela 24º Edição da Lei de Fomento. Além das apresentações realizadas às terças-feiras, dentro da ação Toda Terça Tem Trabalho Tem Também Teatro! foram realizadas apresentações às quintas e sábados. TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 17


de 15 de março à 30 de abril sempre às terças, quintas e sábados | 20h local de partida: Terminal Urbano Parque Dom Pedro II (av. do Estado, s/n. Sé) local de encontro: Plataforma zero (próximo as catracas e caixas bancários)

datas e linhas de embarque 15/03, 07/04, 16/04, 23/04_ sentido Terminal Cidade Tiradentes, linha 4313/10 17/03, 29/03, 09/04, 26/04_ sentido Terminal São Mateus, linha 3141/10 19/03, 31/03, 12/04, 28/04_ sentido Terminal Santo Amaro, linha 5111/10 22/03, 02/04, 14/04, 30/04_ sentido Terminal São Miguel, linha 3301/10 24/03, 05/04, 19/04_ sentido Terminal João Dias, linha 6403/10

foto Christiane Forcinito 18 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


foto Christiane Forcinito

Já durante o mês de agosto, as apresentações ocorreram apenas nas noites de terça-feira, dentro da ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro!, com o projeto “Residir é assentar tijolos na memória do tempo”, contemplado pelo Edital Proac 38/2015 e que contou com apoio de cessão de espaço da SPTrans.

local de partida: Terminal Urbano Parque Dom Pedro II (av. do Estado, s/n. Sé) local de encontro: Plataforma zero (próximo as catracas e caixas bancários) datas e linhas de embarque 2/8_ sentido Terminal Cidade Tiradentes, linha 4313/10 9/8_ sentido Terminal Santo Amaro, linha 5111/10 16/8_ sentido Terminal São Mateus, linha 3141/10 23/8_ sentido Terminal São Miguel, linha 3301/10 30/8_ sentido Terminal Cidade Tiradentes, linha 4313/10 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 19


Rodadas de conversa no busão | maio Programação desenvolvida dentro da ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! como parte do projeto “Residir é assentar tijolos na memória do tempo”, contemplado pelo Edital Proac 38/2015 e que contou com apoio de cessão de espaço da SPTrans. 2 e 3/5_ Capacitação: caminhos para a circulação nacional e internacional, com Marcelo Bones 9 e 10/5_ Sustentabilidade: reflexões sobre a criação e apropriação de condições que possibilitem a existência de uma atividade artístico-cultural, com Sérgio de Azevedo 16 e 17/5_ Curso Produção do Grupo Galpão, com Gilma Oliveira Santos 18/5_ Transição: como fazer da crise oportunidade, com Lala Deheinzelin 23 e 24/5_ A grande lata rodante: a arte de gestar, parir e cuidar, com Tatiane Lustoza 30 e 31/5_ Elaboração de Projetos Culturais, com Dani Sampaio 20 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Rodadas de conversa no busão_ Capacitação: caminhos para a circulação nacional e internacional, com Marcelo Bones | foto Priscila Reis TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 21


“O encontro fora da ‘sala de aula’ também foi fundamental para termos uma linda experiência teatral.”

marcelo bones

Programador, consultor e assessor de importantes festivais teatrais brasileiros

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Rodadas de conversa no busão_ Capacitação: caminhos para a circulação nacional e internacional, com Marcelo Bones | foto Priscila Reis TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 23


Rodadas de conversa no busão_ Sustentabilidade: reflexões sobre a criação e apropriação de condições que possibilitem a existência de uma atividade artístico-cultural, com Sérgio de Azevedo | foto Tatiane Lustoza

“Trata-se de uma gota no oceano. Em meio ao vai e vem furioso e incessante, parece que a ação pouca diferença faz. Porém, para quem estava ali, o envolvimento era nítido.”

Sérgio de Azevedo

Artista-gestor-educador. Doutorando em Educação pela Unicamp. Mestre em Artes pela ECA-USP. Especialista em Gestão e Políticas Culturais 24 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Rodadas de conversa no busão_ A grande lata rodante: a arte de gestar, parir e cuidar, com Tatiane Lustoza | foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 25


Rodadas de conversa no busão_Transição: como fazer da crise oportunidade, com Lala Deheinzelin | foto Tatiane Lustoza

Rodadas de conversa no busão_ Elaboração de Projetos Culturais, com Dani Sampaio | foto Tatiane Lustoza 26 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Rodadas de conversa no busão_ Curso Produção do Grupo Galpão, com Gilma Oliveira Santos | foto Tatiane Lustoza

“Foi a primeira vez que ministrei uma oficina de produção em um ônibus. Experiência incrível e provocadora, para dizer o mínimo. Em tempos de repensarmos os modos de atuação no campo da cultura, o programa proposto pela Sinhá Zózima revela-se atento, sensível e oportuno ao atual momento político do país. Encontrar pessoas empenhadas em refletir e debater sobre gestão cultural a fundo, como foi o caso, faz nascer uma esperança de que podemos construir outras relações com o ofício. Menos subserviente e dependente. Mais potente, perene e criativo. Evoé!”

Dani Sampaio É produtora cultural, pesquisadora de políticas culturais e fundadora-gestora da SIM! Cultura TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 27


Cordel do amor sem fim_ com Tatiane Lustoza, Trupe Sinhá Zózima_ foto Daniel Abicair 28 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


II Mostra de teatro no ônibus junho e julho Programação desenvolvida dentro da ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! como parte do projeto “Mostra de Teatro no ônibus: em busca da arte do encontro sem fronteiras” contemplado pelo Edital Proac 14/2015 e que contou com apoio de cessão de espaço da SPTrans. 7/6_ Conversação com os grupos participantes + Apresentação de cenas curtas e trechos do espetáculo “Cordel do amor sem fim”, com Trupe Sinhá Zózima 12 anos | 60 min. | Dramaturgia: Cláudia Barral | Direção: Anderson Mauricio | Direção musical: Roberta Forte | Elenco: Anderson Maurício, Cleide Amorim, Junior Docini, Priscila Reis, Tatiana Nunes Muniz e Tatiane Lustoza

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Eu transito, com Cia Asfalto de Poesia foto Christiane Forcinito

14/6 e 21/6_ Eu transito, com Cia. Asfalto de Poesia (ABC paulista/SP) 12 anos | 60 min. | Direção: Caio Marinho | Criação coletiva da Cia. Asfalto de Poesia | roteiro e adaptação: Amanda Massaro, Marcela Sampaio e Maria Silvia do Nascimento | atrizes-criadoras: Amanda Massaro, Marcela Sampaio, Maria Silvia do Nascimento e Yohana Back

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Eu transito, com Cia Asfalto de Poesia foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 31


Opereta Canta Zumbi, com Núcleo Teatral Opereta foto Christiane Forcinito

28/6_Opereta Canta Zumbi, com Núcleo Teatral Opereta (Poá/SP)_ excepcionalmente às 19h30 e 21h 12 anos | 60 min. | Direção: Marco Senna | Elenco: Anderson Borges, Camila Rafael, Dora Nunes, Edson Guilherme, Heline Albano, Kátia Aparecida, Marco Senna, Pâmella Carmo, Patty Nascimento, Priscila Klesse e Silas Xavier 32 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Opereta Canta Zumbi, com Núcleo Teatral Opereta foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 33


Saída discreta pela porta dos fundos, com Grupo Saída discreta pela porta dos fundos _ foto Christiane Forcinito

5/7_ Saída discreta pela porta dos fundos, com Grupo Saída discreta pela porta dos fundos (São Paulo/SP) 12 anos | 60 min. | Direção: Howardinne Queiroz | Dramaturgia: Alexandre Cruz | Elenco: Howardinne Queiroz, Patrícia Faria, Rodrigo Ribeiro, William Fernandes 34 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Saída discreta pela porta dos fundos, com Grupo Saída discreta pela porta dos fundos _ foto Christiane Forcinito

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A feira do bago de jaca, com Grupo Café com farinha _ foto Christiane Forcinito 36 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


12/7 e 19/7_ A feira do bago de jaca, com Grupo Café com farinha (Itapecerica da Serra/SP) 12 anos | 60 min. | Direção e dramaturgia: Nay Dias | Elenco: Daniel Nomoto, Diego Faria, Filipe Azeredo, Gisele Winter, Gustavo Cardoso, Laura Amaral

A feira do bago de jaca, com Grupo Café com farinha _ foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 37


Processo de criação compartilhado Iracema via Iracema, com Agrupamento Andar7 + Trupe Sinhá Zózima_ foto Christiane Forcinito 38 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Processo de criação compartilhado Iracema via Iracema, com Agrupamento Andar7 + Trupe Sinhá Zózima_ foto Christiane Forcinito

26/7_ Processo de criação compartilhado Iracema via Iracema, com Trupe Sinhá Zózima e Agrupamento Andar7 (São Paulo/SP) 16 anos | 60 min. | Direção: Anderson Maurício | Dramaturgia: Suzy Lins de Almeida | Atriz criadora: Luciana Ramin | Vídeo artista e mapping: Gabriel Diaz Regañon TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 39


MovaCidade_ Mobilidade Urbana_ pelo direito à cidade | setembro Apresentações das criações das Oficinas de Formação Artística MovaCidade, que contou com a participação de interessados selecionados via chamamento público, com intuito de construir de intervenções artísticas interagindo diretamente com a cidade a partir do transporte público e/ou ônibus da Trupe Sinhá Zózima, com orientação de Flávia Teixeira e Marcela Sampaio. Do som metálico, do cinza do concreto, das vozes dissonantes que compõe o movimento caótico de nossa cidade podem surgir a leveza e a moção de um canto, o compartilhar de um sorriso que transforma o caminho da rotina já endurecida. O MOVACIDADE mistura história e experiências para delas criarmos novas escutas. A poesia habita a cidade. É preciso ter olhos, ouvidos, pele e vontade para poetizar o mundo.

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MovaCidade_ Mobilidade Urbana_pelo direito à cidade, com Flávia Teixeira, Marcela Sampaio e artistas/passageiros | foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 41


“Nunca tinha feito nada parecido. Foi bem bacana todo o processo, as apresentações e os encontros. Muita gente boa reunida e disposta a fazer e realizar coisas. O espaço parece ser bem difícil no início e assustador até, como qualquer espaço em que se chega. Tudo que se encontra no Parque Dom Pedro II é extremo: o som, os habitantes, a arquitetura, os passantes. Com o tempo aprendemos a ouvir e deixar a poesia brotar. Acredito que tenha sido mais um estudo de observação de nós, dos outros, do terminal e do que queríamos ali ...Já que também somos passageiros.!”

Flávia Teixeira

Atriz, maranhense, formada pela Escola de Arte Dramática EAD/ECA/USP e pelo Núcleo Experimental de Teatro do SESI com a coordenação da diretora Maria Thaís. 42 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


MovaCidade_ Mobilidade Urbana_pelo direito à cidade, com Flávia Teixeira, Marcela Sampaio e artistas/passageiros | foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 43


“Foram selecionadas 50 pessoas dos inscritos. Alguns tinham a arte como profissão, outros tinham a vontade da aproximação e na sua maioria uma intenção forte de modificar o olhar sobre a cidade. O espaço do ônibus e o terminal eram o grande desafio... Em nosso estudo de relação com aquele espaço, vimos olhares distantes, gestos de medo, de agressividade, palavras ‘secas’ e histórias que buscavam ser contadas. Partimos nossa criação para a seguinte pergunta: ‘O que nos faz sorrir?’... E das respostas surgiram propostas, e dessas vieram as criações que aos poucos foram organizadas no que chamamos de apresentação e mais do que isso... Foi um compartilhar, uma percepção do ser e ser. No final do processo, nos vimos, nos encantamos, ‘desnudamos’ nossas emoções e pudemos perceber que mais do que dizer ao outro o que precisaríamos fazer, tínhamos que SER... Brincamos, cantamos e dançamos nas plataformas, fizemos do ônibus um berço a ser embalado e um livro a ser lido. Ali, aprendemos a amar... E isso não é um exagero e sim uma percepção. Quando nos colocamos disponíveis a escuta do outro, de toda sua história, receios, e pegamos em sua mão para dançarmos juntos uma ciranda mesmo com todas as diferenças que a sociedade insiste em catalogar e discriminar... Isto é uma relação de amor.”

marcela sampaio Atriz. Formada em Educação Física, pela Universidade USCS em 2004 e Pós-Graduação em Arte-Educação pela USP Maria Antonia em 2011. 44 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


MovaCidade_ Mobilidade Urbana_pelo direito à cidade, com Flávia Teixeira, Marcela Sampaio e artistas/passageiros | foto Christiane Forcinito

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Mês Rosa_ Gravata Florida: a Festa Tropical Brasileira, com DJ Rodrigo Silva e Priscila Reis | foto Christiane Forcinito

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mês rosa | outubro Programação desenvolvida dentro da ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! como parte do projeto “Residir é assentar tijolos na memória do tempo”, contemplado pelo Edital Proac 38/2015 e que contou com apoio de cessão de espaço da SPTrans. 4/10_ Uma noite de samba, com Tatiana Nunes e Junior Docini 11/10_ Gravata Florida: a Festa Tropical Brasileira, com DJ Rodrigo Silva e Priscila Reis 18/10_ Polly TiVi: você não viu, mas eu tivi!, com Cleide Amorim, Junior Docini, Alexandre Lindo, Pedro Alcântara, Priscila Reis 25/10_ A Cobradora, com Maria Alencar. Direção de Anderson Mauricio e dramaturgia de Maria Shu

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Mês Rosa_ Gravata Florida: a Festa Tropical Brasileira, com DJ Rodrigo Silva e Priscila Reis | foto Christiane Forcinito 48 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


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Mês Rosa_Uma noite de samba, com Tatiana Nunes e Junior Docini | foto Christiane Forcinito

Projeto de autogestão_ “Uma Noite de Samba” “Uma Noite de Samba” surgiu de uma cena que apresentei com um companheiro de sala enquanto fazíamos o curso de teatro na Fundação das Artes de São Caetano do Sul, em meados de 2004. Foi uma cena muito gostosa e divertida de se fazer. Quando a Trupe propôs que nós, integrantes, fizéssemos um projeto para ser apresentado no ônibus, imediatamente me recordei daquela cena de tantos anos atrás. A partir dessa ideia, começamos o projeto de autogestão. Logo chegou a hora de pensar em o quê e como fazer. Em especial, foi necessário pensar em como adaptar o espaço, afinal, a sala de aula espaçosa seria substituída pelo corredor do ônibus da Trupe. Outra mudança importante aconteceria no texto que, com certeza, teria que ser aumentado, pois precisaríamos de mais tempo em cena. O texto de “Uma Noite de Samba” surgiu justamente da pesquisa de maravilhosos sambas existentes. Os principais diálogos da encenação foram formados e encaixados a partir das letras dessas músicas, que incluem “Insensato Destino”, “Boneca de Piche”, “As Mariposas”, “Mulheres”, “Joga a Chave” e outras. Nesta nova versão, fiz o convite ao também integrante da trupe, Junior Docini para estar em cena comigo. Posteriormente, conforme as ideias para a encenação iam surgindo, os outros integrantes da Trupe também foram convidados, 50 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


um a um, para completar o time, nos ajudando com as canções, com a encenação, com as brincadeiras e força. A cena conta a história de uma mulher e seu marido boêmio, que sempre a deixa em casa para curtir com os amigos suas noites nas rodadas de samba. Na nova versão, a brincadeira rendeu tanto que foi criada uma nova cena, que se passa antes da cena principal (que é a volta do boêmio a casa), Surgiu também o “Bar da Creusa”, graças ao companheirismo e o senso de humor dos amigos integrantes da Trupe. O final da cena também foi modificado no desenrolar do processo, de forma a empoderar essa mulher, já que a apresentação iria acontecer em pleno Outubro Rosa. Até o momento, foi feita apenas uma apresentação em caráter experimental, mas que deixou um gostinho de “quero mais” para mim e acredito que para os demais também. Após essa experiência, sabemos o que funcionou e o que precisa ser melhorado. Sabemos que precisamos de uma direção, de algumas amarrações e de uma dramaturgia mais completa. Fazer o processo de autogestão inicialmente me causou certa insegurança, pois aquela foi a primeira vez em que eu estava encabeçando um projeto e também, eu assumo, sou medrosa mesmo. Senti receio ao perceber que seria a responsável por resolver tudo, montar texto, pedir as devidas liberações, pensar e planejar os figurinos e o cenário, controlar o checklist e fazer a produção de tudo que seria necessário no dia. Foi trabalhoso, assim como tudo nesta área, mas também muito prazeroso. É muito satisfatório ver um trabalho como esse concluído e saber que com empenho, com a cachola funcionando, com a ajuda necessária é possível, sim, desenvolver um trabalho legal. Obrigada a todos que de alguma forma colaboraram para o desenrolar desse projeto.

Tatiana Nunes

Artista-pesquisadora da Trupe Sinhá Zózima

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Mês Rosa_Uma noite de samba, com Tatiana Nunes e Junior Docini | foto Christiane Forcinito

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Projeto de autogestão_ Polly TiVi: você não viu, mas eu tivi! Polly não é ninguém… nem tão pouco representa! Talvez represente a si mesma, fingindo ser o que não é, sendo de fato o que não importa… talvez… Talvez seja o próprio reflexo da fraqueza humana e da habilidade de gozar dessas fraquezas, rir-se delas com certa crueldade. É possível que traga identificação, por isso, estabeleça uma comunicação com o público/ plateia/ espectador. Afinal, existe coisa melhor do que rir da própria desgraça diária? Mas, a qual público estaria eu me referindo? Talvez seja tão evoluída, a medida que acessa e exalta as grandes falhas do humano; talvez critique, cutuque, faça uma reflexão acerca do ambiente que nos cerca… talvez… Polly é criatura impaciente e inescrupulosa ou, quem sabe, é apenas sincera no seu jeito de ver o mundo. Seria a sinceridade cruel? Ou é apenas um jeito divertido de ver as coisas? Polly também é showoman! Sim! Gosta de brilhar e ser exaltada! De ver o povaréu aos seus pés, como uma grande estrela de televisão; ela gosta de comandar, não de ser comandada. Tem seu próprio tempo, porém, nem sempre suas ideias funcionam. É uma criatura histriônica. Polly não é ninguém, nem tão pouco representa ou será que ela é o reflexo de quem sensacionaliza a vida alheia, em troca de audiência?!” Agradecimentos a ação “Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro!”, da Trupe Sinhá Zózima, que mais uma vez abriu espaço para que a apresentadora Polly comandasse seu show de variedades em 2016, o “Polly TiVi – você não viu, mas eu ti vi”, que abraçou o público passageiro do Terminal Urbano Parque Dom Pedro II, com o intuito de divertir e gargalhar e, quem sabe, refletir.

Cleide Amorim

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Artista-pesquisadora da Trupe Sinhá Zózima


Mês Rosa_ Polly TiVi: você não viu, mas eu tivi!, com Cleide Amorim, Junior Docini, Alexandre Lindo, Pedro Alcântara, Priscila Reis | foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 55


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Mês Rosa_ Polly TiVi: você não viu, mas eu tivi!, com Cleide Amorim, Junior Docini, Alexandre Lindo, Pedro Alcântara, Priscila Reis | foto Christiane Forcinito

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Projeto de autogestão_ A cobradora A COBRADORA_ um processo compartilhado. Com Maria Alencar, dramaturgia de Maria Shu, direção de Anderson Mauricio, trilha sonora de Rafael Paiola e iluminação de Junior Docini. Uma mulher que tenta sobreviver a dura realidade, guarda o acúmulo de dias na memória, narra, conta, grita e esbraveja suas experiências. É voz feminina que denuncia a opressão de uma sociedade patriarcal. É preciso falar de mulher para mulher, é preciso falar de mulher para mundo. O processo compartilhado nos possibilita o diálogo direto com o público – o bate papo após as apresentações levanta muitas e distintas impressões sobre a cena, personagem, dramaturgia e esse formato potencializa a criação e nos revela outras possibilidades de estudo. Sempre que posso falo que nasci feminista, sim, isso é verdade. Nunca pareceu natural a divisão do azul e do rosa. Nunca pareceu natural a divisão de trabalho ser feita por gênero e não pela capacidade de cada um. Nunca pareceu natural a fala “tarefas domésticas” pois sempre reconheci como “ trabalho doméstico”. A vontade de criar o monólogo sobre uma cobradora surgiu dentro do ônibus da Trupe em conversas que tive com o Anderson Mauricio. Queríamos dar voz a essa figura que é do cotidiano e faz parte do imaginário coletivo. Disso surgiram algumas perguntas: Quantas vezes pegamos o ônibus na vida? Quantas vezes olhamos para o cobrador(a)? Qual a figura que a cobradora representa nesse espaço? Os seus direitos são respeitados? Como é vista a figura feminina nessa profissão? Nessa jornada não poderia ser outra pessoa para escrever e criar essa figura-mulher-cobradora senão Maria Shu. Li um texto da Shu, em 2013, e fiquei aguardando um momento para dividir e compartilhar um trabalho com ela. A Maria Shu tem uma escrita potente, ácida, cheias de imagens e que contempla a 58 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


poesia do cotidiano e suas figuras. A personagem faz do ônibus sua casa, é uma guerra diária ser mulher, ela resiste às duras penas. Ela não fala apenas dos problemas de uma profissão, levanta questões do lugar da mulher no mundo, fala da ânsia que o ser humano tem para viver. Ela cobra o espaço e cobra cada passageiro uma única coisa: direitos humanos.

Maria Alencar Artista-pesquisadora da Trupe Sinhá Zózima

Mês Rosa_ A Cobradora, com Maria Alencar | foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 59


Mês Rosa_ A Cobradora, com Maria Alencar | foto Christiane Forcinito

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#Voudebus_ Pé na Jaca, com Thiago e os quase quinze | foto Christiane Forcinito

#VOUDEBUS | novembro Programação desenvolvida dentro da ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! como parte do projeto “Residir é assentar tijolos na memória do tempo”, contemplado pelo Edital Proac 38/2015 e que contou com apoio de cessão de espaço da SPTrans. 1/11_ Pé na Jaca, com Thiago e os quase quinze (Thiago Pires– voz e violão; Ivan Alineri – bateria; Rafael Fuzaro – baixo; Rafael Grassi - guitarra e Eramir Neto – sax, flauta e efeitos) 62 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


#Voudebus_ Pé na Jaca, com Thiago e os quase quinze | foto Christiane Forcinito

“Acho esse projeto de grande relevância, pois é levado ao público, muitos deles em deslocamento, entretenimento e lazer. Quem tem a oportunidade de participar desses eventos com certeza se transforma.”

Rafael Fuzaro

Músico da banda Thiago e os Quase Quinze

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#Voudebus_ #OMNCMQSB (O Mundo Não Conhece, Mas a Quebrada Sabe Bem), com Família Nada Consta | foto Christiane Forcinito

8/11_Opera Tosca com Fulano de tal, com Carlos Gomes (atividade cancelada por motivos de saúde) 15/11_ Feriado_ não houve programação 22/11_ #OMNCMQSB (O Mundo Não Conhece, Mas a Quebrada Sabe Bem), com Família Nada Consta (Dunstin – MC; Matheus de Sá - violão e voz e Rafa Alface – cajon) 64 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


#Voudebus_ #OMNCMQSB (O Mundo Não Conhece, Mas a Quebrada Sabe Bem), com Família Nada Consta | foto Christiane Forcinito

“Nós da Família Nada Consta saímos totalmente satisfeitos, felizes e gratos. Acreditamos que o projeto tem um poder muito forte de levar a arte e cultura de forma acessível e livre. Torcemos para que possa ser mantido, pois fazem a diferença. Produção, organização, bastante eficaz, dando aula com relação a contratação, respeito ao artista, equipamento de som, registro fotográficos e filmagens, preocupação e assistência. Gratidão ao lindo trabalho do coletivo. Muita luz!”

Dunstin Farias de Sá Novaes

Músico da Banda Família Nada Consta TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 65


29/11_ OitentaSão, com Ana Dutra

#Voudebus_ OitentaSão, com Ana Dutra foto Christiane Forcinito

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“Tudo de mais positivo neste projeto! Como disse, Este projeto não pode morrer. Precisa se perpetuar. O Show começa quando as luzes acendem e esta luz JAMAIS poderá se apagar...’ Todo Artista tem de ir aonde o Povo esta’...”

Ana Dutra Cantora

#Voudebus_ OitentaSão, com Ana Dutra foto Christiane Forcinito

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Noite para festejar, com Trupe Sinhá Zózima foto Christiane Forcinito 68 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Noite para festejar | dezembro Programação desenvolvida dentro da ação Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! como parte do projeto “Residir é assentar tijolos na memória do tempo”, contemplado pelo Edital Proac 38/2015 e que contou com apoio de cessão de espaço da SPTrans. Na primeira terça-feira do mês (6/12), a Trupe Sinhá Zózima convidou o público a pensar em festa. Em 2017, a Trupe completará 10 anos. A noite foi uma oportunidade, um olhar para cantar as cantigas d’alma, contar as histórias do percurso, festejar as conquistas.

Noite para festejar, com Trupe Sinhá Zózima foto Christiane Forcinito TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 69


Noite para festejar, com Trupe Sinhá Zózima foto Christiane Forcinito

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É preciso festejar

Noite para festejar, com Cleide Amorim, Trupe Sinhá Zózima | foto Christiane Forcinito 72 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


é preciso festejar ainda que o sol escureça, que a cabeça pese, que o corpo padeça é preciso festejar, ainda que a doença não cesse, que o dinheiro queime, que a dor enlouqueça é preciso... é preciso festejar os aprendizados vividos, os sons, os sentidos, a estranheza da força que move os corpos... ora presentes, ora perdidos... é preciso festejar as crianças que despertam o frescor da vida... os jovens que resistem, os adultos imaturos, os velhos senis... os sorrisos tristes e os olhos infantis... é preciso... é preciso festejar as derrotas e as glórias de um dia cansado, de um dia festivo... é preciso é preciso festejar a morte, essa incrível viagem pelos paraísos escondidos é preciso festejar a vida, a oportunidade dos encontros, dos abraços e dos sorrisos... é preciso!

Cleide Amorim

Artista-pesquisadora da Trupe Sinhá Zózima TRUPE SINHÁ ZÓZIMA 73


Ficha técnica Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro! 2016 Coordenador Anderson Maurício

Motorista Wilson dos Santos

Produção Geral Tatiane Lustoza

Assessoria de imprensa e redação Paula Venâncio

Produtora Paula Barison

fotografias Christiane Forcinito Priscila Reis Daniel Abicair

Audiovisual Cinefoto Colapso (Leonardo Souza e Rui Alves) Equipe de apoio Cleide Amorim Junior Docini Maria Alencar Priscila Reis Tatiana Nunes 74 TRUPE SINHÁ ZÓZIMA


Designer Deborah Erê Desenhos Guilherme Kramer Roberta Giotto Deborah Erê

Contatos

www.sinhazozima.com.br contato@sinhazozima.com.br 55 (11) 9.8053-0652 55 (11) 2584-2852

Webmaster Danilo Peres

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