Tribuna do Norte - 21/08/2010

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economia

Sábado | 21 de agosto de 2010

Tribuna do Norte | Natal | Rio Grande do Norte | 7

[ SEBRAE ] Para analistas do estado de São Paulo o resultado da pesquisa realizada com mais de 2,7 mil empresas mostra recuperação diante dos impactos da crise financeira

Faturamento das micros sobe 10,7% até junho ão Paulo (AE) - O faturamento real (descontada a inflação) das micro e pequenas empresas cresceu 10,7% no primeiro semestre de 2010, em relação ao mesmo período de 2009, mostra a Pesquisa de Conjuntura do Sebrae-SP, divulgada ontem. Para os analistas da entidade, o resultado mostra recuperação diante dos impactos da crise econômica mundial no ano passado. O estudo tem como base dados de 2.716 empresas do Estado de São Paulo, dos setores de Indústria, Comércio e Serviços. O setor mais atingido pela crise, a indústria, teve a maior alta na comparação entre semestres, de 19,7%. Serviços (11,5%) e comércio (7,1%) também tiveram incremento no faturamento. A região com maior alta no faturamento nessa comparação foi o interior (11,7%), seguido pela capital (10%) e pela Região Metropolitana (9,7%). No Grande ABC, o crescimento foi de 8,7%. Na comparação mensal, de maio a junho de 2010, o faturamento real caiu 3,7%, mas, na anual, de junho de 2009 a junho de 2010, subiu 5,6%. A pesquisa relaciona a queda das receitas de maio a junho ao aquecimento do comércio em maio, para a compra de presentes para o Dia das Mães, e ao desaquecimento em junho, por conta da interrupção das atividades em três dias úteis do mês, para jogos da Copa do Mundo. “Essa queda era esperada”, informa o estudo. Junho de 2010 foi o nono mês consecutivo, na comparação anual (em relação ao mesmo mês do

MORAIS NETO

S

Aquecimento da economia ajuda micros e pequenas a se recuperarem dos efeitos da crise

NÚMEROS

19,7%

de alta foi registrada no faturamento da pequena indústria, o maior do segmento.

23,5

bilhões de reais foi a receita total das micros e pequenas no mês de junho, segundo o Sebrae.

ano anterior), com aumento na receita real das micro e pequenas empresas. Em junho, a receita total dessas companhias ficou em R$ 23,5 bilhões. De maio a junho, houve redução de R$ 905 milhões. De junho de 2009 a junho de 2010, aumento de R$ 1,2 bilhão. EXPECTATIVA Os micro e pequenos empresários mostraram-se otimistas com o futuro - 40% acreditam na manutenção do faturamento de suas empresas pelos próximos seis meses e 34% esperam um aumento das receitas. O otimismo man-

tém-se na hora de avaliar a economia brasileira. Para 39% dos entrevistados, o nível de atividade nos próximos seis meses ficará estável. Para 34%, subirá. O nível de incerteza ficou “elevado”, na opinião dos pesquisadores - 25% dos empresários não sabe como evoluirão as receitas da empresa nos próximos seis meses. “É provável que os aumentos nos juros básicos da economia tenham contribuído para a incerteza sobre o futuro. Os aumentos podem refrear o ritmo de crescimento da economia e, portanto, das vendas das micro e pequenas empresas”.

[ ALIMENTOS ]

[ INFLAÇÃO ]

Cesta básica sobe pela 2ª semana em Natal

IPCA-15 reforça aposta de Selic alta

custo do cesta básica comercializada nos supermercados e hipermercados de Natal apresenta variação positiva pela segunda semana consecutiva. Nesta semana, os preços subiram, em média, 0,10% em relação à semana passada. Nas últimas quatro semanas, porém, a variação acumulada é negativa (0,59%). O custo médio da cesta básica para consumo mensal de uma família de seis pessoas – quatro adultos e duas crianças – que era de R$ 325,59, aumentou para R$ 325,90. A pesquisa é realizada semanalmente pelo Procon Natal junto a seis supermercados e seis hipermercados da capital, incluindo 40 itens básicos de alimentação e limpeza, dos quais 23 subiram esta semana, e dezessete 17 sofreram redução. Os produtos industrializados e semi-elaborados subiram 0,10%, assim como os legumes, frutas e verduras, que também subiram, em média, 0,10%. Já os produtos de higiene e limpeza registraram ligeira redução de 0,01%. Os maiores aumentos da semana foram observados na laranja pera (subiu 16,0%), filé de merluza congelado (+12,9%), tomate (+8,0%), creme dental de 50g (+6,2%), carne bovina de 1ª (+4,6%), macaxeira (+4,5%) e margarina vegetal de 250g (+3,7%). Por outro lado, dentre os produtos que registraram redução de preço nesta terceira semana de agosto, destaque para a cebola pera (caiu 25,9%), batata comum (18,6%), feijão carioquinha tipo 1 (-17,2%), repolho branco (-8,4%), macarrão com sêmola (-7,1%) e arroz agulhinha tipo 2 (-6,7%).

io e São Paulo (AE) - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) se manteve em deflação em agosto, apresentando apenas menor ritmo de queda. Em julho, a deflação havia sido de 0,09%, passando agora para queda de 0,05%. Mesmo assim, esse resultado reforça, na avaliação de analistas, a possibilidade de que os juros básicos (Selic) sejam mantidos nos atuais 10,75% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 31 de agosto e 01 de setembro. Os preços dos alimentos caíram 0,68% em agosto. Segundo o IBGE, vários alimentos continuaram com os preços em queda, de julho para agosto. Entre os destaques de queda estão batata-inglesa (-22,06%), tomate (-21,89%), cebola (-9,26%), açúcar cristal (-8,10%), hortaliças (-8,00%), feijão carioca (4,78%) açúcar refinado (3,96%), e leite pasteurizado (1,93%). O que mais surpreendeu foi a alta de apenas 0,01% registrada pelo conjunto de preços administrados, que surpreendeu, por exemplo, o economista Hui Lok Sin, do Banco BBM. “Uma parte disso vai implicar um número mais baixo para agosto, mas não necessariamente para o restante do ano”, disse. Com uma aposta de queda de 0,03% para o IPCA-15, a economista-chefe da Icap Brasil, Inês Filipa, foi a que mais perto chegou do resultado real. Segundo ela, “o dado apenas reforçou a expectativa, que deve se tornar majoritária no mercado, de estabilidade da Selic em 10,75%.

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