Revista Time Out SP - PT - Ed.20/jul. 2013

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O MELHOR DA CIDADE TIMEOUT.COM.BR 22/7 A 21/8 2013 R$ 9,90

uguês t r o P Em #20 o ã ç i Ed ISSN 2238-0744

+ FEIRA DE ARTE IMPRESSA + QUEIJOS ARTESANAIS + THE BREEDERS NO BRASIL

Novos wine bars e lojas especializadas harmonizam cada vez mais a bebida com a cidade

A CONQUISTA

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A revista Time Out SP está disponível em todos os hotéis acima, nos stands da SPTuris, nos aeroportos de Congonhas e anuncios20.indd 6 Anuncio Hoteis-PT.indd 12-13

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O MELHOR DA CIDADE NOS MELHORES HOTÉIS

MANHATTAN

Internacional de Guarulhos, nos postos da Movida Rent a Car e também pode ser encontrada nas melhores bancas da cidade anuncios20.indd 7

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O mês na cidade

22 de julho a 21 de agosto

O de sempre Pulsa SP

Observações sobre a cidade.

Arte 50 Uma feira de pôsteres e outros

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tipos de obras impressas agita a região do Bom Retiro.

Radar O mapa do vinho

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Joss Whedon

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Cinema 54 A cinebiografia da escultora Camille Claudel, um thriller sobre um prisioneiro no corredor da morte e uma comédia romântica e um drama feminino entram em cartaz. É pouco? Ainda tem o Festival Anima Mundi.

Tintos, brancos e rosés finalmente estão recebendo a atenção que merecem em São Paulo. Descubra os melhores lugares para tomar uma taça ou uma garrafa inteira.

Gay Conheça o Projeto Purpurina,

O cineasta americano explicou para nós como foi dirigir Os Vingadores e, na a sequência, comandar cap uma pequena produção baseada em Shakespeare.

Bares & Cafés

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Os pães crocantes e o ambiente charmoso são os carros-chefe da rede de cafés Le Pain Quotidien.

Compras & Estilo

Música & Noite

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Teatro & Dança

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Ícone dos anos 1990, The Breeders volta à cidade. E mais: os novos álbuns de Kanye West e Sigur Rós.

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artesanais! Saboreie-os na Queijaria, na Vila Madalena.

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um grupo de apoio a jovens homossexuais.

Diego Rousseaux/Divulgação

Comes & Bebes Restaurantes Sim, nós temos queijos

www.timeout.com.br

Um novo foco sobre uma peça fundalmental de Nelson Rodrigues.

Oh, dúvida cruel A estonteante variedade de vinhos da Enoteca Decanter

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Futebol 66 Apesar do sucesso da Copa das Confederações, o Brasil tem ajustes a fazer para o Mundial de 2014.

Circulando em SP

Levantou Poeira

Você encontra design exuberante e irreverente na mais nova loja de móveis e objetos nos Jardins.

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Telefones e endereços essenciais para o turista na cidade.

Dizem por aqui Hoje estou depositando forças na defesa do queijo Colonial do oeste de Santa Catarina e Paraná. Temos muito de defender este queijo se não, em breve, será apenas história.

Design da capa Bia Gomes Foto da capa Shutterstock

Divulgação

Nossa capa na versão em inglês

Impressões expressas Cartões-postais da Feira de Arte Impressa do Tijuana

bruno cabral, criador do site Mestre Queijeiro. Na página 29

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Pulsa SP

midia ninja

Panorama

Mês quente Em junho, os brasileiros se dividiram entre a febre de bola e o fervor dos protestos. A Copa das Confederações começou dias depois de milhares de pessoas terem ido às ruas contra o aumento das tarifas do transporte público, entre outras queixas. Na imagem, feita na Avenida Paulista em 18/6, um catador de lixo recolhe latinhas de refrigerante de uma placa publicitária vinculada à Copa das Confederações e incendiada durante os tumultos.

Carta da editora Junho de 2013 certamente entrará para a História brasileira. Parece que faz um tempão quando, a essa altura do mês passado, escrevíamos ansiosamente sobre a proximidade da Copa das Confederações. A competição veio e foi embora, assim como a onda de manifestações – a maior no país em mais de duas décadas. O Brasil se viu nas manchetes do mundo todo e isso deve continuar com a iminência da Copa do Mundo de

2014 e a evolução dos protestos, enquanto o governo se esforça para acompanhar e entender tudo. Da complexa política federal à política do queijo – isso mesmo, queijo e política –, na seção Restaurantes conferimos a situação do queijo artesanal brasileiro, conversando com dois fomentadores apaixonados que estão buscando, apoiando e vendendo esses produtos. E o que combina melhor com

queijo do que vinho? Em nossa matéria de capa, erguemos a taça à emergente cena do vinho em São Paulo, liderada por uma nova e bemvinda onda de wine bars. E, daqui para Hollywood, conversamos com o diretor de cinema Joss Whedon para saber como ele transformou os versos de Shakespeare em filme, em seu próprio quintal.

Catherine Balston Subeditora

EDIÇÃO PASSADA Todas as reportagens de junho-julho estão em timeout.com.br

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Caia em nossa rede timeout.com/sao-paulo

No site timeout.com.br, no Facebook e no Twitter divulgamos, de forma imediata, uma seleção exclusiva com dicas de restaurantes, filmes, festas, shows, exposições, peças de teatro, e muito mais. Fique ligado!

Time Out São Paulo é uma publicação da Editora Dansville Ltda. Rua Valdir Niemeyer, 58 Perdizes, São Paulo – SP 01257-080, Brasil. Tel +55 (11) 3071-3309 Email contato@guiatimeout.com.br Publisher Silvio Giannini

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Vem aí em nosso site Centenas de críticas de restaurantes, bares, cafés e clubes, constantemente atualizadas, além de reportagens e fotos de nossas edições anteriores estão esperando o seu acesso.

Editorial Editora-chefe Claire Rigby Subeditora (Inglês) Catherine Balston Subeditora (Português) Marina Monzillo Editores-assistentes convidados CM Corey, Juan Cifrian e Rafael Argemon Repórter Cecília Gianesi Tradução Christopher Mack, Christine Puleo, Mariana Leite e Sarah LeBaron von Baeyer Revisora (Português) Fabiana Caso Rio de Janeiro Editora (Português) Alice Moura Editor (Inglês) Doug Gray Design Editora de arte e fotografia Bia Gomes Editor de arte interino Emerson Cação Tratamento de imagem Gráfica Aquarela

são Paulo timeout.com.br

Publicidade – 3071-3309 r. 22 Diretor comercial Elcio Farigo Gerentes de conta Luciana Gomes e Luiz Guerreiro

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Colaboradores Textos Anna Fitzpatrick, Anna Veciana, Brent DiCrescenzo, CM Gorey, David Fear, Doug Gray, Eric Hynes, Evelin Fomin, Geoff Andrew, James Manning, Kevin Raub, Matt Phipps, Rafael Argemon

Paramore Hayley Williams

e companhia chegam com seu som pop-punk e visual emo para encerrar o mês no Espaço das Américas, nos dias 30 e 31/7. http://j.mp/TOSP_para

LUCIEN FREUD A mostra ‘Corpos e Rostos’, do célebre pintor, neto de Sigmund Freud, está em cartaz no Masp. O foco são as obras produzidas na sua juventude e os nus. http://j.mp/TOSP_lucien

Marketing e distribuição 3071-3309 r. 18 Diretora de marketing & novos negócios Virginia Castro Administração Diretor financeiro Gregório Correa de Ávila Analista financeira Sueli Maria da Silva

Rio de janeiro timeout.com/rio-de-janeiro Time Out São Paulo é publicado sob licença e em colaboração com a Time Out International Ltd London UK. A marca Time Out é usada sob licença da Time Out Group Ltd, 251 Tottenham Court Road, London W1T 7AB, UK +44 (0)20 7813 3000. www.timeout. com © Copyright Time Out Group Ltd 2013

The Cat Empire A banda

australiana de ska e funk, apaixonada por ritmos latinos, aterrissa em solo carioca pela primeira vez, em 2/8. http://j.mp/TORJp_cat

Chairman Tony Elliott International MD Cathy Runciman International Content Director Marcus Webb International Editor Chris Bourn International Art Director Anthony Huggins

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flavio Sandoval/divulgação

Time Out Group

Lima Restobar A comida

peruana está na moda e recentemente ganhou mais uma passarela, esta cevicheria e bar de pisco em Botafogo. http://j.mp/TORJp_lima

Nenhum pagamento de qualquer natureza garantiu

Urban Arts O Rio de Janeiro

finalmente tem uma filial para chamar de sua deste misto de galeria de arte de rua e loja de pôsteres paulistana. http://j.mp/TORJp_urban

ou influenciou as resenhas desta publicação. A Time Out São Paulo mantém sua independência editorial e os anunciantes não recebem garantias ou tratamento especial de nehuma ordem: um anunciante pode receber uma boa ou má avaliação. Impresso no Brasil por Gráfica Aquarela Distribuído pela Euromag 3473-9178

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DIVULGAÇÃO

O diretor mutante

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TIME OUT entrevista

Joss Whedon, o homem por trás de Buffy, a Caça-Vampiros e do filme Os Vingadores, diverte David Fear ao falar da sua nova investida, uma adaptação de Shakespeare

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uem conhece Joss Whedon aprendeu a esperar nada menos que o inesperado deste mutante produtor, roteirista e diretor norte-americano. Trata-se de um artista que pegou uma série de TV sobre vampiros com um título bobo – Buffy, a Caça-Vampiros – e a transformou no seriado mais incisivo sobre as angústias adolescentes de todos os tempos. Ele conseguiu ainda assumir um projeto televisivo problemático, a série Firefly – um faroeste no espaço sideral, nada menos que isso – e, de alguma forma, fazê-lo renascer das cinzas como uma fênix. E após dirigir Os Vingadores, o maior sucesso de bilheteria do ano, repleto de efeitos especiais e homens vestindo collants, ele concebeu uma adaptação em preto e branco de uma comédia shakespeariana, cujo custo total é menor que um dia de bufê nas filmagens de Os Vingadores. Enquanto os reles mortais relaxariam após filmar o épico de super-heróis da Marvel, o cineasta de 48 anos chamou um grupo de amigos atores para rodar uma produção de guerrilha da peça Muito Barulho por Nada, literalmente em seu próprio quintal. A princípio, a combinação dos versos de Shakespeare com o timing cômico supersarcástico dos pupilos de Whedon (Amy Acker, Alexis Denisof, Nathan Fillion) sugere um episódio perdido de Buffy, a Caça-Vampiros, mas o cineasta cult não está cortejando a ironia. Como ele disse à Time Out, essa produção improvisada foi resultado de uma longa obsessão pelo conto do Bardo sobre artimanhas envolvendo casais apaixonados: os noivos Claudio e Hero armam para juntar os amigos Beatrice e Benedick. Você estava em uma pausa de 11 dias na produção de Os Vingadores e, naturalmente, decidiu filmar alguma coisa... Não, não, nós filmamos em 12 dias. O que é isso, tentar filmar algo em 11 dias? Seria loucura! Tinha concluído a produção de Os Vingadores, mas não havia iniciado a pós-produção? Foi um mês depois de terminarmos a produção, enquanto trabalhávamos na pós-produção; já estávamos editando e fazendo ajustes enquanto rodávamos o filme, simplesmente porque o cronograma era muito apertado. Algumas pessoas da Marvel ficaram até ofendidas com a ideia de eu tirar férias, mas eu disse: “Olha, foi uma filmagem estafante; preciso de uma semana de folga”. Porém, cerca de um mês antes da folga, minha mulher [a produtora -executiva Kai Cole] sugeriu do nada que, em vez de relaxar em uma praia, filmássemos Muito Barulho por Nada por perto de casa. Por alguma estranha razão, pensei: é

uma ótima ideia. Um dos pontos fortes dela como produtora é que só quer que as pessoas façam aquilo que realizam bem. É algo que temos em comum, e eu quis Alexis e Amy protagonizando o filme. Desejava que as pessoas vissem como Nathan [Fillion] pode ser engraçado. Sabia que eles poderiam fazer essas coisas muito bem. Então, tomado por essa ridícula impulsividade, simplesmente me joguei: “Sim, posso adaptar uma peça em duas semanas! Sim, vou ensaiar a tarde inteira! Sim, devo tirar vantagem do fato de meus amigos serem talentosos e conhecerem muito bem esse texto!”. Essencialmente, isso tudo começou com você organizando leituras de Shakespeare nas tardes de domingo em sua casa ao longo dos anos, certo? Talvez tenha começado até antes disso, quando minha mãe e meu padrasto promoviam leituras no Dia de Ação de Graças. Mas, sim, lá pela quinta temporada de Buffy, começamos a organizar

“Um cineasta tem de ir além do que foi escrito, mesmo que o autor seja o mais brilhante de todos” domingos preguiçosos que giravam em torno de Shakespeare, inspirados pelo passatempo de feriado da minha família. Essa peça em especial foi uma que fizemos várias vezes em casa, com Alexis e Amy lendo os papéis dos amantes Benedick e Beatrice – e com as canções que você ouve no filme, que escrevemos especialmente para uma das leituras. Sempre houve uma ótima energia em torno daquelas encenações em particular, portanto, quando Kai e eu começamos a falar sobre filmar algo naquele ínterim, foi a primeira coisa que nos veio à mente. Você pensou em filmar essa peça antes, no intervalo entre séries de TV ou na época da greve de roteiristas de 2007-2008? Não, porque, por mais que eu tenha visto ótimas produções dela ao longo dos anos e sempre tenha adorado o texto, não sentia que realmente entendia o todo do que Shakespeare estava fazendo com a narrativa. Não sentia que tinha uma pegada cinematográfica da peça. Aí, quando Kai me deu o livro durante a filmagem de Os Vingadores, foi como lê-lo pela primeira vez. De repente, pensei: “Ah, sei exatamente como fazer isso!” Aí era hora de começar.

Você se lembra da primeira produção de Muito Barulho por Nada que viu? Foi uma montagem perfeita no Regent’s Park Open Air Theatre, em Londres, quando estava no ensino médio. Assisti a ela três vezes; era uma mostra de repertório que incluía Sonho de uma Noite de Verão, que também vi três vezes. Lembro-me da maneira como o ator que fazia Benedick falou a frase “This can be no trick” [“Não pode ser brincadeira”] – eu pirei, foi tão engraçado. Eu tinha grande afeição pela peça, embora isso fosse anos antes de realmente entender que a história apresenta dois lados da mesma moeda. Shakespeare justapõe um conto muito leve com um muito pesado e com isso está dizendo que o que achamos acreditar e sentir são basicamente manipulações do que nossa sociedade espera que pensemos e sintamos. Tudo isso, e ainda tem final feliz... Quero dizer, é uma história que vale a pena contar! [Ele coloca o rosto muito perto do gravador] Pessoal aí fora, só vou dizer uma coisa: não mato ninguém desta vez, ok? Prometo que nenhum querido personagem shakespeariano morre nas minhas mãos! Aposto que, se chamássemos 20 escritores diferentes e perguntássemos o que adoram no texto de Shakespeare, teríamos 20 respostas diferentes... Espera, você vai fazer isso agora? [Olha freneticamente em volta] Tem 20 escritores se preparando para surgir das sombras?! Tem, não tem? Onde entro na fila? Não faremos isso, não. Mas, já que você, Joss Whedon, está aqui, pergunto: o que tem na obra dele que faz você sempre voltar a ela? Sabe no que se resume? Ele ama tanto tudo e todos. Digo, seu amor pela língua é óbvio, assim como seu amor por contar histórias; o cara conseguia mudar de gênero ou de humor em um piscar de olhos. Mas Shakespeare é o tipo de dramaturgo que nos leva para dentro da alma de seus arquétipos, não só de seus protagonistas. Ele nos empolga com a intensidade de uma grande revelação e, então, nos derruba. Você pode voltar a ler suas peças pela risada, pelas ideias, pela maneira como pequenos detalhes e o contexto maior se encaixam... Você pode viajar com uma única sílaba dele. É o pacote completo. Ele dá belas falas para coveiros e bobos da corte, assim como para príncipes e reis. Exato! E não importa se o papel é grande ou pequeno, você sempre tem a noção de que todo gesto e fala contam. Lembro-me de quando estava dirigindo Adam Baldwin no piloto da série Firefly, ele exagerava na raiva do personagem. Quer dizer, o papel dele era de um assassino cruel, mas a interpretação parecia demais. Então o puxei de lado e disse: “Adam, não o interprete como um criminoso.

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TIME OUT

divulgação

entrevista

Ação entre amigos O cineasta chamou suas pupilas Amy Acker (à esq.) e Jillian Morgese para encarnarem as personagens Beatrice e Hero

Para saber, começa-se fazendo perguntas... E termina com você querendo descobrir quais são as respostas. É por isso que eu precisava fazer Muito Barulho por Nada. [Pausa] Porque percebi [o personagem] que Borachio está apaixonado por Hero, na verdade. Essa é a única explicação para mim. Um vez que se percebe isso, o texto é aberto de uma forma muito incrível. Torna a história de Margaret tão forte e triste também. Então, sabendo que tinha todos esses grandes atores prontos para começarem, queria garantir que houvesse uma motivação para aparecerem todos os dias, mesmo que seus papéis não fossem tão grandes. Esse é um tema recorrente em sua obra: a ideia de pessoas unindo-se por uma causa comum. Isso está em Buffy, em Firefly, em Os Vingadores e, até um certo ponto, neste filme. O texto pode até ser de Shakespeare, mas o filme passa a sensação de ser um projeto de Joss Whedon. Bem, um cineasta tem de ser específico e ir além do que foi escrito – mesmo que o autor seja o mais brilhante em língua inglesa de todos os tempos. Você precisa direcionar o material para o que te move, e a ideia de uma comunidade se unindo para enfrentar

a escuridão me atrai. O mesmo vale para personagens femininas poderosas – não só Beatrice, que obviamente é um papel forte, mas também papéis de apoio, como Hero, que não podia ser bobinha. Eu queria que suas falas dissessem implicitamente: “Tenho o direito de me erguer e ter voz”. Isso também é muito parte do meu mundo. Então, sim, essa peça envolve muito das temáticas que exploro há algum tempo.

Nunca há tempo o suficiente para trabalhar em algo, não importa se você estiver fazendo em 12 dias ou em 12 meses, de verdade. E a necessidade é sempre mãe da invenção, independentemente do tamanho do projeto. Você precisa disso para ter inspiração criativa. Tivemos bastante problema com Os Vingadores, em termos de fazer malabarismo com cronogramas e construir os cenários em tempo, o que foi uma garantia de que as coisas nunca seriam fáceis. Mas havia dias em que estávamos em locações lindas e perfeitas, e eu simplesmente ficava perdido. Aí nos mexíamos para ir a um lugar muito difícil para filmar – e, então, eu estava no paraíso [risos]. Quanto mais você se choca com as realidades do mundo, mais se vê forçado a tomar decisões criativas que parecem mais críveis ou simplesmente mais empolgantes e arrojadas. Acho que as restrições são em parte o que faz as coisas funcionarem.

Filmar Os Vingadores e depois rodar um longa em 12 dias em sua casa. Você acha que o processo de fazer uma produção menor, em um esquema mais de guerrilha, irá alterar a forma como trabalhará em projetos maiores no futuro?

Greg Gayne/ divulgação

Você não é um louco, você é o cara bacana e esta história é realmente sobre você. Pense no personagem como um protagonista”. Ele adaptou perfeitamente. É assim que penso os personagens de Shakespeare, especialmente os de Muito Barulho por Nada. Alguém veio até mim após a estreia e disse: “Uau, isso é tão diferente de Os Vingadores!”. E pensei que, na verdade, não é. Foi preciso fazer cada um daqueles super-heróis brilhar e a plateia sentir como se soubesse de onde cada uma daquelas pessoas veio antes de salvar o mundo. Eu tinha de saber por que eles estavam dispostos a arriscar tudo.

Mãos à obra Whedon filmou sua versão de ‘Muito Barulho por Nada’ em apenas 12 dias

Quem é seu público, para quem filma? Em qualquer coisa que eu faça – seja pequena, seja grande –, tudo se resume a tentar realizar algo para todos. Shakespeare escreveu para as massas, sua obra foi e é incrivelmente popular, e sei que ainda tem gente que não vai ver um filme de Shakespeare, ponto. Mas mostrei o filme para amigos meus e os dois deles me disseram: “Nunca iria ao cinema ver algo assim e, no entanto, adorei”. Não fizemos um filme do tipo [empola a voz] “estamos aqui para declamar majestosamente blá blá”. É uma comédia romântica. As pessoas talvez demorem uns minutos para se ajustar à linguagem, mas [o filme] é sobre duas pessoas que fazem coisas ridículas em nome do amor. Quem não se identifica com isso? Muito Barulho por Nada estreia em 26 de julho. Leia a crítica em Cinema.

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KEINY ANDRADE/divulgação

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O VINHO e a cidade Uma nova safra de wine bars e lojas especializadas tomam conta de São Paulo. Kevin Raub desvenda os caminhos para se provar os melhores vinhos, inclusive os nacionais

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lubes de coquetéis experimentais e bares de cerveja artesanal podem até ser a modinha em Nova York e Londres, mas, aqui em São Paulo, o vinho é protagonista de uma tendência que promete dar nova dimensão à cena de bares da cidade – tradicionalmente voltada para outro ramo, o dos cervejeiros. E os ventos da mudança cheiram a chardornnay e merlot. “No Brasil, até há alguns anos, bebíamos vinhos caros e ruins”, diz Daniela Romano, criadora do Selo 7 Sommeliers, sistema brasileiro de classificação da bebida. "Mas, com a tecnologia, vinhos melhores e mais jovens agora podem ser produzidos com preços mais baixos. A renda dos brasileiros – principalmente em São Paulo –, aumentou e junto cresceu o nosso interesse em tomar vinho. E também em aprender mais sobre ele. Os cursos, o enoturismo e os clubes de vinho estão em alta. Estamos vivendo um boom..." E, embora tomar tintos e brancos certamente não seja nenhuma novidade nos círculos mais altos da sociedade paulistana – os restaurantes refinados há muito têm amplas cartas de vinho e sommeliers bem preparados –, os bares finalmente estão matando a sede cada vez maior de seus clientes por vinho. Novos e charmosos wine bars, tavernas subterrâneas e híbridos de loja e bar começaram a surgir nos últimos dois anos, oferecendo uma bem-vinda alternativa para o chope e as caipirinhas. Na maior parte dos casos, rótulos importados do Velho Mundo e dos vizinhos Argentina e Chile dominam as cartas dessa nova safra de estabelecimentos, embora haja bons vinhos nacionais também. O wine bar e restaurante Bravin, de Daniela Bravin (sommelière das mais conhecidas da cidade), é um dos melhores lugares para explorar alguns brasileiros exclusivos, na garrafa ou na taça. “Acho que a cerveja brasileira é pior que o vinho brasileiro, então prefiro tomar uma cerveja importada e um vinho brasileiro”, diz Bravin, que busca produtos nacionais interessantes e tem cerca de 40 deles em sua adega. Outros especialistas são mais ousados: “Harmonize um Cave Geisse Rosé Brut com feijoada”, recomenda Aldo Assada, sommelier do recém-aberto wine bar high-tech Bardega, sugerindo um rosé espumante de uma das vinícolas-butique do Rio Grande do Sul para acompanhar o tradicional prato. Embora já seja possível encontrar, em taça, vinhos brasileiros exclusivos e fabulosos nos cada vez mais numerosos bares especializados da cidade, isso ainda é muito mais difícil do que deveria. Difícil, mas não impossível, como você descobrirá em nossa seleção de dez dos melhores wine bars. Com os sommeliers de cada casa, conseguimos dicas de bebidas nacionais superiores e, onde não há nenhuma no menu, recomendamos uma alternativa importada mais acessível. Para quem quer uma ou duas garrafas para levar para casa, também vasculhamos a cidade para encontrar as melhores lojas, assim como os restaurantes que não cobram rolha – o que significa que você pode beber seu vinho favorito (ou o mais barato que conseguiu encontrar, se este for seu estilo) sem pagar uma alta taxa. Um brinde a isso!

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WINE BARS

Al. Jaú, 1.844, Jd. Paulista, 3063-3961. divinewinebar.com.br

TADEU BRUNELLI/DIVULGAÇÃO

Bravin

A NOSSA DICA Ocasionalmente, o Bravin abre para uma Domingueira – um churrasco harmonizado com vinhos aos domingos. As datas são anunciadas no Instagram da proprietária: @danielabravin O MELHOR BRASILEIRO EM TAÇA Routhier e Darricarrère Cabernet Sauvignon/Merlot 2012 (R$ 23) O MELHOR BRASILEIRO PELO CUSTO-BENEFÍCIO A.R.M.M., Cab. Lot 3 (R$ 110)

Divine Wine Bar

A NOSSA DICA Vale a pena pagar o couvert artístico de R$ 20 para ouvir o jazz ao vivo às quinta-feiras, a partir das 21h30. O MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO Alento Tinto 2010, Portugal (R$ 100) A INDICAÇÃO DO SOMMELIER Stoneburn Pinot Noir 2009, Nova Zelândia (R$ 138)

LEANDRO RAMOS/DIVULGAÇÃO

O SUBSOLO com cara de porão do Divine é exatamente como deve ser um bar de vinho: pouco iluminado e misterioso. Spots amarelos dão o clima e iluminam as paredes de pedras e tijolos expostos, e as poucas mesas tornam o lugar intimista. Apesar de ter apenas cerca de 16 opções servidas na taça (R$ 19 a R$ 90), o Divine é um wine bar muito dedicado aos tintos, brancos e rosés. Leve sua taça até a máquina Enomatic, que serve automaticamente uma seleção de oito vinhos de ponta; a pequena dose de 25 ml possibilita que reles mortais provem bebidas vintage caríssimas. O ponto forte do Divine são os rótulos do Novo Mundo (garrafas a partir de R$ 76), marcados no menu com símbolos que representam os vintages excepcionais, os biodinâmicos (produzidos por meio de metódos naturais bem específicos) e os recomendados pela casa. Entre os 120 vinhos vendidos na garrafa, encontram-se quatro espumantes brasileiros, inclusive da cobiçada vinícola-butique Cave Geisse, do Rio Grande do Sul. O clima de esconderijo e as boas comidas – peça microrraviólis de camembert e macadâmia na manteiga negra e sálvia (R$ 38) – fazem deste o lugar ideal para relaxar. Sente-se em um dos sofás mais isolados e tenha uma noite agradável.

OS DEVOTOS DO VINHO se reúnem no bar e restaurante Bravin, cuja proprietária nada convencional – a sommelière tatuada e careca Daniela Bravin – tem uma abordagem tão original quanto sua aparência. Não há carta de vinhos. Os clientes se colocam inteiramente nas mãos dela, acompanhando-a à adega para encontrar a melhor opção da noite com base no preço, nas preferências pessoais e – sejamos honestos – nos caprichos de Bravin. Ao som de uma trilha sonora muito agradável de clássicos brasileiros, ela examina seus produtos maravilhosamente selecionados, com cerca de 40 vinhos brasileiros exclusivos, mas também com rótulos do mundo todo. Se você não quiser uma garrafa inteira, escolha entre os cerca de seis vinhos que são abertos a cada noite para serem vendidos na 'taça' – na verdade, eles são servidos em generosos minidecantadores de 250 ml e custam entre R$ 19 e R$ 23. Um ar de bar clandestino toma conta do piso inferior, que fica separado do elegante restaurante do andar de cima. Os petiscos saborosos incluem o queijo brie empanado com geleia de frutas e uvas (R$ 47) e o trio de linguiças artesanais (R$ 28). Lá em cima, pratos mais substanciosos formam o menu, embora pareça que a comida é apenas uma coadjuvante da bebida. Tudo aqui parece muito arrojado, exatamente o que a cena do vinho na cidade precisa. R. Mato Grosso, 154, Consolação, 2659-2525

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WINE BARS

RAHEL PATRASSO/DIVULGAÇÃO

Bardega

A NOSSA DICA Bolinhas pretas nas máquinas indicam quais vinhos estão na promoção 2 taças por 1 durante a happy hour (ter. a qui., 18h30-20h30) O MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO Eugen Müller Forster Mariengarten Riesling Kabinett 2011, Alemanha (R$ 96) A INDICAÇÃO DO SOMMELIER La Rioja Alta Viña Alberdi Reserva Rioja 2005, Espanha (R$ 180)

É FÁCIL SENTIR-SE intimidado no Bardega, seja pelo grande número de opções ou pela tecnologia. A sofisticada casa é um dos mais novos bares de vinho do Itaim, consolidando o bairro como o destino principal de enófilos. Majoritariamente frequentado após o expediente, o Bardega – um espaço tipo celeiro, com vigas de madeira e algumas luzinhas pendentes – é dominado por uma parede inteira de máquinas de autosserviço Enomatic. As máquinas, aliás, são a bênção e a maldição do Bardega. Quase 100 vinhos podem ser servidos, em taças de 30 ml e 60 ml, ou no tamanho mais generoso de 120 ml, com preços que vão de R$ 4 a R$ 320. Pegue uma taça, insira o cartão e vá em frente. A bênção é que você pode provar os vinhos mais famosos do mundo – como os incrivelmente caros Château d'Yquem, o Gaya e o Vega Sicilia – sem acabar com sua conta-corrente; a maldição é que isso equivale a ser criança e estar em uma loja de doces: decidir quais botões apertar pode ser vertiginoso. iPads estrategicamente localizados oferecem textos sobre cada vinho ao toque de (outro) botão. Belisque pratos do menu mediterrâneo. Não tem como errar com os deliciosos queijos espanhóis e italianos (R$ 25 a R$ 37) ou o quadril de cordeiro com aspargo (R$ 38), mas o risoto de cogumelos (R$ 25) estava um pouco seco. Só não deixe o vinho subir à cabeça – a degustação a um clique pode fazer a conta crescer rapidamente. R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 218, Itaim Bibi, 2691-7579, bardegawinebar.com.br

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WINE BARS

A NOSSA DICA Nos horários mais concorridos, praticamente todos os vinhos da loja podem ser pedidos em taça. O MELHOR BRASILEIRO Cave Geisse Brut 2010 (R$ 79) O MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO Viña Chocalan Gran Reserva 2010, Chile (R$ 99)

Rouge Bar a Vin EM UM TRECHO DA Rua Dr. Mário Ferraz que é sinônimo de bares badalados, o recém-chegado Rouge Bar a Vin traz uma agradável mudança de cenário. Com uma atitude despretensiosa em relação ao vinho e preços que não são de fazer chorar, é fácil passar uma noite deliciosa aqui. A música ambiente tranquila toca enquanto você examina as opções de vinhos em taça, a maior parte francesa e de outras partes do Velho Mundo (R$ 11-R$ 29), convenientemente apresentadas em um gráfico que os classifica como seco, leve, frutado e encorpado. Para complementar a bebida, o menu tem sanduíches, saladas, carnes grelhadas e algumas surpresas culinárias, tais como o bolinho croque – bolinho frito de presunto, queijo e bechamel (R$ 24,50). O espaço em si é todo em tijolos expostos e em tom vermelho rubi, com lâmpadas suspensas no teto alto. Sente-se no arejado pátio da frente para ver o mundo passar, ou então esconda-se no jardim dos fundos, mas será preciso chegar cedo para conseguir uma mesa durante a semana – a excelente promoção de duas taças por uma durante a happy hour (ter. a sex., 18h-20h) atrai tanto os enófilos mais abastados como os sedentos por uma pechincha, aos montes. R. Dr. Mário Ferraz, 561, Itaim Bibi, 2628-8377. rougebar.com.br

A SOFISTICADA REDE de Curitiba funciona como empório de vinho e restaurante italiano, e é um lugarzinho ultracasual para beber sem culpa. Encontre um banquinho diante do balcão em forma de U – a peça central da loja e popular entre os comensais solitários, que querem uma bebida após o trabalho sem a preocupação de se sentarem à mesa sozinhos. A clientela engravatada do início da noite dá lugar a casais coladinhos e famílias na hora do jantar, quando pratos substanciosos, como rabada com vinho tinto (R$ 49) ou nhoque com ragú de costelinha (R$ 35), podem ser harmonizados com cerca de 570 vinhos em garrafa, incluindo uma dezena de rótulos brasileiros. Atenção para o excelente Quinta do Seival 2008, feito com uvas portuguesas no Rio do Grande do Sul (R$ 99). Ou então escolha entre os mais de 300 itens disponíveis em taça (R$ 16 a R$ 19), que mudam diariamente. Degustações harmonizadas são oferecidas de vez em quando – geralmente com música ao vivo –, caso você tenha interesse em ir mais fundo no assunto. R. Prof. Tamandaré de Toledo, 51, Itaim Bibi, 3078-6442. lojavino.com.br

Shining path A golden spiral staircase connects the two floors at Beato

A NOSSA DICA Ostras frescas chegam de Santa Catarina às quintas-feiras à noite. O MELHOR EM TAÇA Chateau Lagrézette’s Malbec Purple 2009, França (R$ 23) A INDICAÇÃO DO SOMMELIER E. Guigal Crozes-Hermitage 2009, França (R$ 192)

LEO FELTRAN/DIVULGAÇÃO

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Vino!

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WINE BARS

Mais 5 bares

Para um La Rioja, corra para Pinheiros, se seu gosto é mais francês, o destino são os Jardins, indica Catherine Balston seiro do lugar. Se o tempo estiver bom, pegue uma mesa no jardim dos fundos. Ou, para um tête-à-tête mais intimista, vá a um dos cantos mais tranquilos do andar superior, recém-inaugurado. R. Cônego Eugênio Leite, 1.127, Pinheiros, 30340344, lamadrilenasp.com.br

Clima europeu O foco é em italianos e franceses na loja e bar Bodega Franca

'Wine bar' pode até formar dois terços do nome desse lugarzinho rústico dos Jardins, mas, com não mais que 12 vinhos disponíveis na taça, ele certamente não faz jus ao nome. Mas os muitos lugares ao longo do balcão de madeira – ideais para clientes solitários – compensam a falha. Mesas pesadas de madeira e paredes cor de terra dão um ar de taverna italiana ao ambiente, e a

AVEK

O ambiente de dois andares na recém-aberta Bodega Franca incorpora uma bem iluminada loja de vinhos no térreo e um charmoso restaurante à luz de velas no subsolo, onde há candelabros de ferro envelhecido, pequenas jabuticabeiras e uma cobertura de folhagens. Se for passar por aqui só para uma tacinha de vinho, encontre um lugar na varanda que dá para a rua ou sente-se no fundo da loja, onde duas mesas criam um aconchegante refúgio. Para beber, leia o menu ou analise as prateleiras para mais opções. Todas as garrafas em exposição – mais de 350 ao todo – podem ser consumidas no local, com o mesmo preço de loja. O foco é nos vinhos franceses e italianos,

SACRA ROLHA

Três em um Novíssimo e bem decorado, o Avek é loja, 'wine bar' e restaurante mas há opções sul-americanas acessíveis que incluem o chileno Molinero Carmenère 2011 por R$ 39. Para um aperitivo caprichado, peça uma porção de pierogi de lagosta (pasteizinhos de lagosta, R$ 39), pincelados com manteiga de trufas. Al. Franca, 1.045, Jd. Paulista, 3081-3870. bodegafranca.com.br

Itália é o foco do cardápio, com 20 rótulos italianos e, para acompanhar, risotos, filés e massas. Se você

O mosaico de engradados de vinho que forma a fachada dessa autodenominada 'champanheria' deixa claro, desde o início, que o projeto aqui partiu para a decoração temática em vez da elegância sofisticada geralmente associada a bares de champanhe. Dito isto, o espaço é agradável o bastante – prefira o jardim verdejante da frente se o tempo estiver bom. É possível escolher entre 130 vinhos, 12 dos quais estão disponíveis na taça (R$ 16). Se você não for purista, pode pedir um coquetel de vinho, como a caipichampanhe, com espumante, frutas frescas e gelo (R$ 17). R. Rio Grande, 304, V. Mariana, 4304-0300. sacrarolha.com.br

LA MADRILEÑA

O serviço cordial prestado pelos proprietários hispano-brasileiros Edson Sarabia e Emerson Mafra, e a novidade de poder escolher sua bebida em uma prateleira com seletos 45 vinhos espanhóis a preços razoáveis – vindos majoritariamente de Rueda, Ribera Del Duero e La Rioja – fazem de uma visita a esse wine bar de Pinheiros um deleite. As tapas são feitas pela mãe de Sarabia, o que aumenta o ar ca-

GLADSTONE CAMPOS/REALPHOTOS/DIVULGAÇÃO

BODEGA FRANCA

Ao luar O jardim é perfeito para uma noite de verão no Sacra Rolha

procura burburinho, não espere encontrar isso aqui após as 22h. Al. Jaú, 1.595, Jd. Paulista, 4323-1667. rubiwinebar.com.br

TADEU BRUNELLI/DIVULGAÇÃO

Aberto há apenas três meses, o Avek ainda tem muito chão para que o atendimento e a comida sejam tão brilhantes como suas novíssimas taças de cristal. O restaurante consiste em um salão nos fundos – decorado e iluminado de forma charmosa, com um labirinto de abajures em uma parede – e um espaço na frente, mais iluminado, com pé-direito duplo e paredes de tijolos brancos, que é um misto de loja e bar. Ali, caixas e prateleiras de vinho competem por espaço com as mesas, cadeiras e o balcão com banquetas. Você pode se esbaldar com a comida francesa – em opções tais como ostras (R$ 12-R$ 28) e frios (R$ 16), mas é melhor evitar o steak tartare (R$ 38), que tem pedaços de ovo cozido – enquanto bebe um dos mais de 100 vinhos. R. Joaquim Antunes, 48, Jd. Paulistano, 2507-5932.

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LUIS VINHÃO FOFOGRAFIA/DIVULGAÇÃO

RUBI WINE BAR

Olé Tapas caseiras acompanham os vinhos espanhóis do La Madrileña

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COMPRAR E LEVAR

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ENOTECA DECANTER De propriedade da importadora Decanter, a Enoteca Decanter é outra loja de alto nível que virou bar. Apesar de servir petiscos gourmet e 80 vinhos em taça (R$ 6,92-R$ 177), o ambiente ainda é de loja chique. Poltronas de couro, paredes espelhadas e prateleiras de dois andares formam o tipo de cenário que atrai clientes sofisticados, que param para experimentar os vinhos antes de comprar algumas caixas. R. Joaquim Floriano, 838, Itaim Bibi, 3702-2020. enotecadecantersp.com.br O MELHOR BRASILEIRO POR MENOS DE R$ 75 Matiz Touriga Nacional, 2011, Rio Grande do Sul, (R$ 53,15).

CASA DO PORTO Vinhos biodinâmicos e orgânicos, ou seja, naturalmente produzidos, ainda são um pequeno nicho em São Paulo – poucos restaurantes que os levam a sério. O D.O.M. (em Restaurantes) e o bistrô romântico Enoteca Saint VinSaint (R. Prof. Atílio Innocenti, 811, V. Nova Conceição, 3846-0384, saintvinsaint.com.br) são algumas exceções. Se você quiser comprar uma garrafa ou uma caixa, a Casa do Porto é um bom destino, com cerca de 20 vinhos biodinâmicos e orgânicos da França e da Espanha. A loja, que possui filiais em várias cidades, abre dois ou três vinhos, escolhidos entre 600, para que os clientes provem uma taça (R$ 12-R$ 30). As garrafas custam a partir de R$ 25 e chegam a R$ 2,5 mil, por um Château Mouton Rothschild Magnum. Al. Franca, 1.225, Jd. Paulista, 30613003. casadoportovinhos.com.br. O MELHOR BRASILEIRO POR MENOS DE R$ 75 Maximo Boschi brut, 2007 (R$ 39).

Traga o seu Uma lista de restaurantes onde se paga pouco ou nada pela rolha

TADEU BRUNELLI/DIVULGAÇÃO

VINCI Esta importadora exclusiva vende mais de 1,5 mil vinhos pela internet, pelo telefone e em sua elegante loja nos Jardins, sendo que uma de suas especialidades são rótulos da vinícola familiar Viña Errazuriz, do vale do Aconcágua, no Chile. Peça ajuda aos atendentes ou vá em um sábado, quando geralmente há umas duas garrafas abertas para degustação. R. Pamplona, 917, Jd. Paulista, 3130-4500. vinci. com.br O MELHOR BRASILEIRO POR MENOS DE R$ 75 Angheben Barbera, 2008, Rio Grande do Sul (R$ 45,50).

Baby Beef Rubaiyat Jantar em São Paulo costuma ser caro e se pedir vinho, então, a conta pode dobrar. O Rubaiyat está longe de ser uma opção barata, mas o fato de não cobrar a rolha por um vinho (da segunda garrafa 0em diante custa R$ 35) é uma vantagem. Leve um bom tinto para acompanhar o novo Burger Royal (na foto, R$ 55). Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.954, Itaim Bibi, 3165-8888. rubaiyat.com.br

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EXPAND Este distribuidor vende pela internet e em shoppings de São Paulo, incluindo uma loja e wine bar ao lado das butiques de grife no Cidade Jardim. Ali, você pode provar antes de comprar, há uma seleção do catálogo (que tem mais de mil vinhos) disponível em taça (preços variam). Shopping Cidade Jardim, Av. Magalhães Castro, 12.000, Cidade Jardim, 3552-2115. Outros endereços pela cidade. adegaexpand.com.br O MELHOR BRASILEIRO POR MENOS DE R$ 75 Casa Valduga Raízes Cabernet Sauvignon, 2010, Rio Grande do Sul (R$ 62).

Leve para casa um vintage especial ou um bom brasileiro

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Lojas de vinho

VINEA Montada em duas casas vizinhas no Ibirapuera, esta loja vende uma pequena seleção de rótulos importados, a maioria da Itália e da França; você não encontrará nenhum vinho brasileiro. Os tintos são o foco, e há apenas alguns espumantes à venda. Fora da cidade, em Alphaville, a filial da Vinea assumiu uma abordagem mais gourmet, com bar de vinho e restaurante, além de um espaço para enófilos novatos fazerem cursos. R. Manoel da Nóbrega, 1.014, Ibirapuera, 3059-5200. vineastore. com.br. Outro endereço Al. Araguaia, 540, Alphaville, 2078-7880. O MELHOR VINHO POR MENOS DE R$ 75 Joffre e Hijas Gran Reserva, Malbec, 2007, Argentina. (R$ 70)

Brasil a Gosto Este restaurante de comida brasileira faz um belo trabalho de suporte aos produtores de alimentos nacionais e um favor aos amantes de vinho: não cobra pela rolha. R. Azevedo de Amaral, 70, Jd. Paulista, 30863565. brasilagosto.com.br Marcel Se está guardando certa garrafa para uma ocasião especial, leve-a a este excelente francês contemporâneo sem pagar pela rolha. R. da Consolação, 3.555, Jd. Paulista, 3064-3089. marcelrestaurante.com.br Martín Fierro Faça justiça ao seu filé com um bom vinho tinto. Nessa churrascaria argentina, a rolha também só é cobrada (R$ 25) a partir da segunda garrafa. R. Aspicuelta, 683, V. Madalena, 3814-6747. martinfierro.com.br Robin des Bois Neste aconchegante bistrô, uma das pedidas é moules et frites. E é possível beber o vinho que se trouxe de casa, sem pagar por isso. R. Capote Valente, 86, Jd. Paulista, 30632795. robindesbois.com.br

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Comes & Bebes Restaurantes, bares e cafés

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Restaurantes 28 Bares & Cafés 40

É peixe! Cubos de salmão grelhado em emulsão de wasabi, do recém-aberto restaurante asiático Tian

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Restaurantes Queijo em estado de arte

Cheiro de queijo A bela casa da Vila Madalena recende ao aroma forte dos laticínios em maturação

busca queijo nacional de qualidade na cidade. “Há uma fraquíssima oferta de queijos brasileiros nos supermercados, e a maioria não tem sabor algum. Os bons simplesmente não estão disponíveis para comprar.” As constantes expedições de “caça ao queijo” de Oliveira pelo país encheram suas prateleiras (ao lado de geleias, linguiças e outras iguarias caseiras) de uma infinidade de queijos totalmente artesanais e, em grande parte, não pasteurizados. Em pedacinhos de ardósia estão descritos com giz a origem de cada

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em uma bela casa de esquina na Vila Madalena e recende ao forte aroma do queijo em maturação. Ela surgiu das cinzas do agora extinto restaurante Casa da Li, que ficava a apenas alguns metros de distância e onde Oliveira vendeu seus queijos durante três meses para testar o interesse do público. “A demanda por nossos queijos foi enorme, e isso nos deu a certeza de que nossa loja funcionaria”, conta ele. A ideia estava amadurecendo já havia algum tempo, e o resultado é uma das poucas opções para quem

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Quando o assunto é queijo obviamente o Brasil não é a Itália ou a França, com seus laticínios artesanais, das mais variadas texturas e de sabores aos quais é impossível ficar indiferente. Claro que por aqui não faltam a mussarela puxa-puxa cobrindo as pizzas, ou os cremosos Catupiry e requeijão se metendo em qualquer coisa, do pastel ao sushi, ou ainda os pedaços de queijo coalho fumegando nas churrasqueiras nos fins de semana. Mas, olhando para a mesa de café da manhã ou lanche da tarde das famílias brasileiras, é bem difícil encontrar algo além de queijo prato ou mussarela fatiados ou o querido minas frescal – produtos na maior parte industrializados e sem muito gosto. Por isso pode ser surpreendente descobrir que o Brasil tem uma rica tradição, embora pouco comercializada, de produção de queijos artesanais. Trata-se de interessantes laticínios feitos por pequenos produtores de norte a sul, mas que acabam sendo raros em São Paulo. E é exatamente isso que o entusiasta de queijos Fernando Oliveira queria mudar quando abriu a primeira loja paulistana dedicada ao queijo brasileiro – A Queijaria –, em abril deste ano. Bonitinha e iluminada, a loja fica

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Matt Phipps visitou A Queijaria, loja dedicada exclusivamente aos queijos artesanais brasileiros

Caseiros Os queijos mais conhecidos vêm de Minas e o proprietário, Fernando Oliveira, dá uma aula sobre o assunto

queijo, como Minas Gerais, interior de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e até Pernambuco. Os produtos mais conhecidos são de Minas. O queijo da Canastra é um exemplo: amarelo, de leite de vaca, ele vem da fértil serra de mesmo nome. O Canastra Real (R$ 60, o quilo) é uma grande rodela saborosa como um bom emmental, enquanto o Zé Mário (R$ 55, o quilo) é menor, amarelo claro, denso e salgado. Entre as variedades mineiras menos conhecidas estão o Serra do Salitre (R$ 30, a unidade de 600 a 800 g), um queijo salgado parecido com o pecorino, embora seja de leite de vaca, e não de ovelha. O Serrano do Rio Grande do Sul (R$ 68, o quilo) é duro e amanteigado, com um quê dos pastos onde é produzido – nas montanhas de Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul, que têm um dos climas mais frios do Brasil. Mas as verdadeiras revelações em nossa visita vieram do Campo Redondo (R$ 48, o quilo), mineiro que traz o equilíbrio perfeito entre doçura, sal e cremosidade quando está bem jovem e que amadurece rapidamente, tornando-se um queijo mais duro, à la parmesão, quando tem de 4 a 6 meses. E o sublime Suape – queijo

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R. Aspicuelta, 35, V. Madalena, 3812-6449. Seg. a sex.,10h-19h; sáb., 10h-16h. alimentosustentavel.com.br

Na ardósia Origem e preço são descritos em giz sobre pedra

Um mestre queijeiro

Comes & Bebes

O especialista Bruno Cabral lançou um site que vende queijos nacionais selecionados Em 2010, Bruno Cabral morava em Barcelona e decidiu vir ao Brasil para conhecer a realidade do queijo artesanal no país. Apaixonado pelo assunto, ele percorreu 6 mil km em Minas Gerais, visitando fazendas, conversando com produtores, registrando métodos de produção e estudando a legislação que rege a produção e a comercialização do queijo artesanal de leite cru (não pasteurizado). “Neste momento decidi criar o site mestrequeijeiro. com.br, pois percebi a deficiência legal que dificulta a comercialização e, pior ainda, que o consumidor conhecia muito bem os produtos importados, mas não conhecia o brasileiro”. Ele conversou com Time Out São Paulo sobre o que tem feito para mudar isso. O que espera conseguir com o site Mestre Queijeiro? O trabalho mais importante para mim é defender o produtor artesanal. Ele é o transmissor de uma tradição secular que faz parte da história do Brasil. Quero com isso conscientizá-lo que deve continuar acreditando no produto dele. Fazer o consumidor comprar e exigir que os mercados ofereçam esses queijos, garantindo a continuidade desta tradição. E quero tentar mudar a lei antiquada que rege a produção de origem animal.

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adocicado inspirado no emmental, feito em Pernambuco e um dos mais caros da loja (R$ 80, o quilo). Queijos macios parecem não ser o foco, embora Oliveira tenha recebido alguns quando fechávamos esta edição, como o pernambucano Mangabeira (R$ 80, o quilo), estilo Reblochon, e o forte queijo azul de cabra Azul do Bosque (R$ 50, a peça de 300 g), de Joanópolis, São Paulo. É bem provável que a cada visita a seleção do cliente mude, porque escolheu itens diferentes ou porque os queijos maturaram. Esse elemento surpresa é exatamente o grande prazer. Fique de olho, por exemplo, nos queijos trancados na caixa de madeira e vidro até que estejam “maiores de idade” – são queijos de vaca não pasteurizados e que têm menos de 60 dias, que, pela lei, Oliveira não pode vender. Trata-se de uma lei dos idos de 1952, que Oliveira tem esperança que seja modificada neste ano, após uma longa campanha. Inclusive, ironicamente ela contradiz uma lei mais recente que protege as técnicas de produção artesanal de queijo em Minas Gerais como parte do patrimônio cultural brasileiro. Oliveira parece contente em bater papo durante horas sobre queijo. Só se certifique de que ele continue cortando amostras enquanto se empolga na conversa.

Entusiasta Cabral percorreu 6 mil quilômetros estudando a produção mineira

Estado produz 1/5 da produção do leite no Brasil e possui 22 milhões de cabeça de gado. Hoje há muita gente defendendo este queijo, inclusive eu. Mas gosto de lembrar que temos mais de dez tipos de queijos artesanais que são produzidos há mais de um século.

Para encomendar queijos do mestrequeijeiro.com.br: 964116196 ou contato@mestrequeijeiro. com.br. As taxas de entrega variam.

Degustação

Quais queijos você vende? Só os produzidos artesanalmente, de Minas Gerais, São Paulo, Ceará e, às vezes, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O mais famoso que vendo é o Minas Artesanal da Serra da Canastra. Em Minas Gerais, são 30 mil famílias que vivem do queijo, esse

Você promove queijos menos conhecidos? Hoje estou depositando forças na defesa do queijo Colonial do oeste de Santa Catarina e Paraná. Ele é tradicionalmente produzido por imigrantes ou filhos de imigrantes italianos e alemães que trouxeram consigo a receita. Em 1985 eram 41.404 produtores e em 2006, 3.389. São números preocupantes e que exigem atenção. Temos muito de defender este queijo se não, em breve, será apenas história. Matt Phipps

Quando Bruno Cabral não está à caça de queijos, ele é o chef do bar de tapas Donostia (em Bares) e lá promove degustações de queijos. As próximas são em 24/7 e 21/8, com três queijos nacionais: um de cabra coberto por cinza vegetal, a raclette mineira e um azul também de cabra. Completam a degustação queijos e presuntos espanhóis. R$ 70- R$ 80 (sem bebida). Reservas: 3034-0996 ou contato@donostia.com.br

como Roni, quarta geração de uma família de queijeiros de origem italiana. Ele fornece queijo para muitos dos eventos oficiais do Mercadão. Confira os longos provolones pendurados no teto, e não perca a ricota e a mussarela frescas. Mercado Municipal. R. da Cantareira, 306, Rua D, box 2, Sé, 33261488. queijosroni.com

Empório Cruzília Também no Mercadão, o Empório Cruzília possui suas próprias versões nacionais, surpreendentemente boas, de brie, camembert, gouda e gorgonzola (cerca de R$ 10 por peça), produzidas no sul de Minas Gerais. Mercado Municipal, R. da Cantareira, 306, Rua D, box 8, Sé, 3228-0814. cruzilia.com.br

EAT Empório Restaurante Mistura de restaurante, padaria e mercearia orgânica, o EAT é um paraíso dos gourmands. Além de queijos importados, você encontra nacionais como a mussarela de búfala La Bufalini e queijo de cabra e brie da Serra das Antas. Av. Dr. Cardoso de Melo, 1.191, V. Olímpia, 56435353. emporioeat.com.br

X-TUdo A rota dos latícinios artesanais em São Paulo tem mais três endereços Queijos Roni Enfeitando uma das entradas do Mercado Municipal, a banca Queijos Roni é comandada por Roque Bruno Tadeu Peta, mais conhecido

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Mais um, por favor

Tian Asiático contemporâneo traz novos sabores, mas pouca pimenta

Lila Batista/divulgação

Existe um restaurante japonês em cada esquina de São Paulo. As culinárias chinesa e coreana também não são difíceis de achar, se você souber onde procurar. Mas, por seu crescente cosmopolitismo, associado

à expressiva presença de novos imigrantes asiáticos, a cidade faz por merecer bons restaurantes que nos remetam a outros sabores do Oriente, como o tailandês, por exemplo. Um dos pioneiros nessa frente foi o Mestiço (no roteiro). A chave de seu sucesso e longevidade talvez esteja exatamente na sua ‘mestiçagem’: cozinha asiática misturada com

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Feito no wok Arroz com lula, pato crocante, manjericão e cenoura (R$ 28)

Oriente-se A fachada escura e moderna do Tian atrai uma clientela cool

a brasileira e poucas pitadas de pimenta, para agradar a todos. O Mestiço foi aberto em 1997 pela chef tailandesa Marina Pipatpan, que deixou o restaurante e o país há dez anos, mas decidiu retornar, para criar o novo Tian. Assim como a antiga casa, o recém-inaugurado restaurante faz um mix em seu menu, com toques tailandeses, chineses, japoneses, coreanos, vietnamitas e filipinos. O resultado é instigante, a começar pela decoração contemporânea, com um vidro cor-de-rosa separando a cozinha, paredes escuras e ampla janela com vista para a calçada. O cardápio foi montado como um convite ao compartilhamento. Um grupo ou apenas um casal podem solicitar várias porções, como se fossem autores de uma minidegustação. Aqui vai nossa sugestão: para abrir, os delicados anéis de lula empanados em tempura de cerveja (R$ 22), acompanhados de molho kimchi (feito a partir de uma receita coreana com repolho). Bom, mas muito pouco picante. Inclusive, existe uma preocupação excessiva em não tornar os pratos apimentados. Uma tropicalização desnecessária. Se a receita é com pimenta, que a sirvam assim e não adaptada. Para alegria de muitos clientes, a popular entrada kratong tong do Mestiço ganhou uma versão menor e mais delicada no Tian. Batizadas de Golden Baskets (R$ 15), são cestinhas crocantes recheadas de frango e milho. Tom Kha, um clássico caldo tailandês de frango, folha de limão kafir, cogumelo shimeji, leite de coco, gengibre siamês (kha) e capim limão (R$ 20), é simplesmente inebriante. Da panela wok, experimente o arroz com linguiça chinesa, camarão, gengibre e ovo frito (R$ 25) – uma combinação comum na Ásia. Entre os pratos mais sutis, não deixe de provar o filé de peixe fresco, marinado horas em misso (pasta de soja), cozido e servido com um molho à base de champanhe (R$ 38). Super leve, desmancha na boca. Se ainda conseguir, encerre o banquete com o koaniew mamuang, arroz moti com molho de coco e manga (R$ 12). O ambiente cool e os preços razoáveis (para quem não está com muita fome) fizeram do Tian um hit instantâneo. Silvio Giannini R. Jerônimo da Veiga, 36, Itaim Bibi, 2389-9399. Seg. a qua., 12h-15h, 19h-23h; qui. e sex., 12h-15h, 19h-0h; sáb., 12h-16h, 19h-0h; dom., 12h-17h. Prato principal, R$ 16-R$ 38. tianrestaurante.com.br

Hora de provar novos sabores pela cidade Ponto Natural Uma opção saudável de almoço pertinho da Avenida Paulista. Ocupando uma casa dos anos 1940, serve um bufê de saladas, pratos quentes e sobremesas caseiras. R. Haddock Lobo, 187, Consolação, 2306-2117. restaurantepontonatural.com.br Mozza Dedicado à mussarela em diversas formas, ocupa o lugar do restaurante espanhol Alma María, fechado no ano passado, com muito do maravilhoso projeto do arquiteto de Arthur Casas ainda intacto. Entre os sócios estão os restaurateurs de algumas das melhores casas italianas da cidade. R. Oscar Freire, 439, Jd. Paulista, 3063-5820. Casa Santo Antônio Um número surpreendente de restaurantes italianos da cidade é propriedade de antigos funcionários do Fasano. Localizado em uma casa espaçosa dos anos 1950, este é o mais novo deles. Av. João Carlos da Silva Borges, 764, Granja Julieta, 4328-6205. iSushi Atendendo ao póblico em horário de almoço na Vila Olímpia, oferece almoços self-service saudáveis. Sushis embrulhados individualmente podem ser misturados à escolha do cliente, mas os menos pacientes podem optar por uma tigela de yakissoba ou uma salada oriental. R. Dr. Cardoso de Melo, 1.679, V. Olímpia, 3044-6207. isushistore.com.br Wagaya Uma bem-vinda alternativa para o pessoal dos escritórios perto do metrô Vila Madalena, essa espaçosa casa de sushi oferece rodízio no almoço (R$ 38,90) e no jantar (R$ 46), além de opções à la carte como peixe grelhado e yakissoba. Av. Pompeia, 2.549, Pompeia, 3675-5604.

tadeu brunelli/divulgação

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Mozza Onde há mussarela em tudo

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Rota da gula o sistema Visitamos os restaurantes de forma anônima e pagamos a conta sempre. Ah, e não nos interessa avaliá-los após a inauguração. Mas depois de, ao menos, dois meses. Envie sugestões para gastronomia@guiatimeout.com.br aberto nos últimos dois meses imperdível opções vegetarianas Wi-Fi grátis música ao vivo simpático ao público gay drinques BCB bom custo-benefício NOVO

Brás, Mooca & Tatuapé PORTUGUÊS Bacalhoeiro O fato de a

Zona Leste ser a região mais populosa da cidade representa boas novas aos gourmets, com a abertura de bons restaurantes. Esta casa elegante é um deles e serve um clássico da cozinha portuguesa: o bacalhau. Comece pela frigideira de polvo com sal grosso e siga com o bacalhau a lagareiro – postas douradas no azeite, com sal na medida certa, acompanhada de alho, cebola, brócolis, azeitonas e batata assada. Para sobremesa, peça o arroz doce com canela ou a delicada sericaia do Alentejo – um pudim de leite e ovos. São deliciosos. R. Azevedo Soares, 1.580, Tatuapé, 2293-1010. Ter. a sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 12h-1h; dom., 12h-17h. R$ 58-R$ 88; couvert, R$ 17. bacalhoeiro.com.br

Centro, Luz & Bom Retiro BRASILEIRO Varanda Copan Aos

pés do Copan, edifício desenhado por Niemeyer, o Varanda é uma opção confiável de jantar se você se encontrar no Centro para uma noitada. Grupos de executivos e amigos se reúnem no meio da semana para beber, conversar e comer. Janelas que vão do chão ao teto dão vista para grandes cartõespostais da cidade, ainda movimentada até bem tarde. O cardápio combina com o clima discreto, com opções à la carte de massas, carnes de massas, carnes ou peixes, como o salmão grelhado ao molho de alcaparras (R$ 42). Se você estiver naquela parte da cidade no fim de semana, aproveite o popular bufê de almoço. Só não espere o melhor serviço do mundo. Av. Ipiranga, 200, República, 3120-4442. Seg. a sáb., 11h30 -0h. R$ 25-R$ 40; R$ 35,90 por quilo; couvert R$ 5-R$ 10. varandacopan.com.br

Consolação & Higienópolis AMERICANO 210 Diner A lanchonete já

se popularizou entre os que procuram um farto prato típico dos Estados Unidos em Higienópolis. Você morreria feliz se a sua última refeição fosse o famoso macarroni and cheese, salpicado com cogumelo, que

eles têm no cardápio. O sanduíche de atum e os hambúrgueres também não deixam a desejar. Experimente o de porco – robusto, grelhado e coberto por costela desossada ao molho barbecue. R. Pará, 210, Higienópolis, 3661-1219. Metrô Paulista. Ter. a qui., 12h-15h e 19h-0h; sex. e sáb., 12h-16h e 19h-0h30; dom., 12h-17h e 19h-23h. R$ 16-R$ 52. Menu executivo, R$ 24-R$ 49. 210diner.com.br ARGENTINO 348 Parilla Porteña Aos finais de semana, esse restaurante é visível a quadras de distância graças à longa fila na porta, formada por clientes pacientes, que bebem cerveja gelada enquanto esperam por uma mesa. A casa é argentina não só no nome, mas principalmente pela miríade de autênticos cortes de carne apresentados no menu. Há dúvidas se o vacio (também conhecido como corte especial 348) de fato supera o bife de chorizo, mas chame mais gente para ir com você e tire a dúvida. Para acompanhar a carne - que vem no ponto que você quiser - peça a papa tasso: batata frita crocantes. As costelas de porco são ideais para quem quiser substituir a carne, e as empanadas são imperdíveis. Teto com vigas aparentes, cadeiras de vime, mesas de madeira rústica e muitas plantas emprestam à essa antiga casa de bairro um clima caseiro e tradicional. R. Bahia, 364, Higienópolis, 4306-0348.Ter. a sex., 12h-15h30; 19h-0h; sáb.,12h-0h; dom.,12h-18h. R$ 59,50R$ 100; couvert grátis.

ITALIANO Camelo O que começou em 1957 como um restaurante árabe servindo esfihas e humus, se reinventou ao longo dos anos e hoje é uma das pizzarias mais tradicionais da cidade. Ampla, iluminada, cheia e acolhedora, a Camelo serve pizzas em massa crocante, como a especial da casa - pizza Camelo com escarola, bacon, palmito e azeitonas, ou a opção com tomates secos e a saudável rúcula. Desviando um pouco da temática italiana, outra opção saborosa é o frango à passarinho. R. Engenheiro Edgar Egídio de Souza, 98, Higienópolis, 3822-5050. Sex. e sáb., 18h-1h; dom. a qui., 18h-0h. R$ 64-R$ 116 (para dois). Outros endereços por toda a cidade.pizzariacamelo.com.br. VARIADO Carlota A chef gaúcha Carla Pernambuco tem uma criatividade invejável. Em sua cozinha multicultural, a gastronomia internacional é misturada à culinária brasileira. Os resultados são surpreendentes. O incrível mignon de cordeiro com ratatouille provençal e o agnolotti de queijo de cabra são apenas dois exemplos que explicam o fato de o Carlota ter uma legião de fãs. Finalize com a recriação do clássico ‘Romeu e Julieta’, suflê de goiaba com calda quente de catupiry. R. Sergipe, 753, Higienópolis, 3661-9465. Seg., 19h-0h; ter. a qui., 12h-16h e 19h-0h; sex., 12h-16h e 19h-1h; sáb.,12h-1h; dom., 12h-18h. R$ 48- R$ 73; couvert, R$ 11. carlota.com.br

Brooklin, Morumbi & Berrini experiência adquirida em vários endereços vegetarianos de São Francisco, nos Estados Unidos, a chef Tatiana Cardoso abriu seu próprio restaurante em uma bela casa da Chácara Santo Antônio, na zona sul de São Paulo. Na lousa em cima do balcão, encontram-se descritos os pratos do dia (R$ 30, de segunda a sexta e R$ 35, no sábado). Para a sobremesa, vá de iogurte escorrido, batido com mel e calda de frutas vermelhas orgânicas (R$ 14,50, de segunda a sexta, R$ 16,50 no sábado). Logo na entrada, há um empório de alimentos naturais, integrais e orgânicos e uma farmácia com fitoterápicos, cosméticos e chás medicinais. Encontram-se ali também produtos sem glúten, lactose e açúcar. R. Francisco de Morais, 227, Santo Amaro, 5181-0581. Seg. a sex., 8h30-11h e 12h-13h30; sáb., 9h-11h e 12h-16h. R$ 35-R$ 45. moinhodepedrarestaurante.com.br

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VEGETARIANO Moinho de Pedra Com a

Me aqueça neste inverno Cumbuca da cremosa sopa de mandioquinha do bufê chique do Beth Cozinha de Estar

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Esquente-se Cozidos japoneses

contemporâneo, com inspiração na culinária tailandesa e um ambiente simpático ao público GLS. A casa se atualiza sempre, mudando a decoração e o cardápio, mas ao mesmo tempo mantém seus pratos principais e a fidelidade à boa cozinha. Como entrada, peça uma porção de krathong thong – cestinhas tailandesas de massa crocante, recheadas com frango, milho e especiarias. Para o prato principal, prove os curries tailandeses ou vegetarianos, que virão em porções fartas, acompanhadas por arroz de jasmim. Os viciados em chocolate vão adorar os brownies – peça ao garçom para caprichar na calda de chocolate. O toque final é a conta: você não irá à falência, o que é um bônus. R. Fernando de Albuquerque, 277, Consolação, 3256-3165. Metrô Consolação. Dom. e seg, 11h45-0h; ter. a qui., 11h45-1h; sex. e sáb., 11h45-2h. R$ 34-R$ 72,50; almoço, R$ 41R$ 44. mestico.com.br BRASILEIRO Tordesilhas Os amantes da alta gastronomia brasileira não ficarão desapontados: eis aqui um raro exemplo de uma chef famosa, que prepara pratos realmente tradicionais. Inspirada em suas raízes pernambucanas, Mara Salles trabalha basicamente com ingredientes locais, dando destaque a pratos regionais. Sua maestria pode ser mais bem apreciada no guisado de carne seca. Como sobremesa, prove o sorvete de cupuaçu. Al. Tietê, 489, Jardim Paulista, 3107-7444. Ter. a sex., 17h-1h; sáb.,12h- 17h, 19h-1h; dom.,12h17h. R$ 53-R$ 77. tordesilhas.com

Ibirapuera & Moema PIZZARIA Bráz Dizem que a pizza em São Paulo é tão boa que até os italianos têm inveja. É uma afirmação muito ousada, mas se quiser conferir, o Bráz é um bom lugar para tirar a prova e formar sua própria opinião. Comece com uma das especialidades da casa, o pão de linguiça mergulhado em azeite de oliva picante, seguido de qualquer uma das pizzas. Entre os destaques está a ‘Fosca’ (presunto defumado, mussarela e catupiry) e a quatro queijos ‘Favorita’, com taleggio, pecorino, caciocavallo e gorgonzola. R. Graúna, 125, Moema, 5561-0905. Dom. a qui., 18h300h30; sex. e sáb., 18h30-1h30; R$ 45R$ 55 (pizza média). Outros endereços R. Vupabussu, 271, Pinheiros, 3037-7973; R. Sergipe 406, Higienópolis, 3255-8090. casabraz.com.br CHURRASCARIA Costelaria Moema

O segredo da casa está no uso de fornos verticais construídos para o cozimento da peça inteira da costela do boi. É coisa de caipira matuto. O aparelho tem prateleiras e a imensa peça vai, em um prazo de 30 horas, passeando de andar em andar, à baixa temperatura. Oferecem 8 tipos de corte, do chamado espaguete ao matambre, acompanhados de escoltas dignas de um caminhoneiro esfomeado – polenta frita, salada, maionese, arroz, feijão, banana frita. Av. dos Imarés, 758, Moema, 55321313. Seg. a ter., 11h30-16h; qua. a sáb., 11h30-23h; dom., 11h30-18h. Rodízio, R$ 51,90 (seg. e ter.); R$ 59,90 (qua. a dom). costelariamoema.com.br

Itaim e Vila Olímpia PIZZARIA A Tal da Pizza O negócio

começou como uma pizzaria familiar,

na panela wok. Não dá para errar com o clássico arroz chaufa (R$ 30-R$ 36), um arroz frito com uma carne à escolha do cliente. Pedimos o kam lu wantan (R$ 36), estava uma confusão colorida de sabores, com pedaços de pato, frango e porco fritos juntamente com legumes e lascas de pêssego, tudo coberto com molho de tamarindo e wontons fritos. R. Min. Jesuíno Cardoso, 513, Itaim Bibi, 4324-7868. Seg. a sex., 12h-15h e 19h-23h; sáb., 13h-16h e 20h-23h. Pratos principais, R$ 24-R$ 48; almoço, R$ 30. chifawok.com.br CONTEMPORÂNEA Clos de Tapas Com

Henrique Peron/divulgação

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VARIADO Mestiço Ótimo restaurante

O Aizomê é um dos restaurantes japoneses mais refinados da cidade. Seu chef e proprietário, Shin Koike, promove um encontro do Oriente com o Ocidente por meio de menus-degustação. O mais novo deles foi elaborado especialmente para o inverno. Embora a sequência de pratos mude diariamente, são garantidas receitas que aquecem o estômago e a alma, como o sukiyaki – tigela com carne, macarrão e verduras – , o ensopado de pato e macarrão soba ou o yosenabe (na foto) – cozido à base de misso, com frango, tofu, frutos do mar ou vegetais. R$ 180 (7 pratos). No roteiro. fora da cidade, sem talheres nem garçons e clientela cult entre a elite de São Paulo. Essa descendente da Tal da Pizza é totalmente diferente, com cadeiras e sofás de couro estilo Luís XV que estão muito longe da simplicidade rural. A pizza é boa, inclusive as combinações mais aventureiras, como a Scaramouche, com berinjela, uva passa, ameixa, pimentão, mussarela e castanha de caju. Quando estivemos lá, numa noite de quinta-feira, havia poucos clientes. Talvez os paulistanos saibam onde comer pizza tão boa quanto, só que por menos. De qualquer forma, arregace as mangas – o lugar é fiel a suas origens, portanto você não encontrará talheres aqui – e mergulhe de cabeça. R. Dr. Mario Ferraz, 351, Itaim Bibi. 30793599. Seg. a qui., 19h-0h; sáb., 19h-1h; dom., 18h-0h. Pizza grande, R$ 75. ataldapizza.com.br FRANCO-ITALIANO Bar des Arts Um

reduto para todos os sentidos pode resumir esse restaurante: da bela mansão onde está instalado, do seu jardim milimetricamente cuidado ao seu cardápio caprichado. Vá almoçar em um dia ensolarado e escolha entre o bufê e as opções à la carte. À noite, velas acesas dão o clima mais romântico ao local. O menu traz principalmente clássicos da cozinha francesa e italiana, com toques brasileiros. Se você quiser somente um

drinque, o cardápio de aperitivos também vale a pena. R. Pedro Humberto, 9, Itaim Bibi, 3074-6363. Seg. a qui., 12h-0h; sáb., 12h-1h; dom., 12h-17h. R$ 42-R$ 128; almoço, R$ 66-R$ 92; couvert, R$ 8-R$ 12. bardesarts.com.br BRASILEIRO Beth Cozinha de Estar Beth quase sempre pode ser encontrada atrás do balcão desse self-service, ajudando os clientes a decidir qual a melhor opção entre seus pratos caseiros. Com um público formado basicamente por executivos do Itaim Bibi, esse bufê oferece uma seleção de saladas e molhos, peixes, frangos e carnes, com acompanhamentos como creme de espinafre ou de milho, legumes e banana grelhados. Às quartas e aos sábados, é servida a tradicional feijoada em uma versão mais leve. Se sobrar espaço para a sobremesa, você não se decepcionará com o flan ou a mousse de coco. R. Pedroso Alvarenga, 1.061, Itaim Bibi, 3073-0354. Seg. a sex., 12h-15h30; sáb., 12h30-16h. R$ 48-R$ 59. bethcozinha.com.br PERUANO Chifa Wok De todas as combinações de comida fusion, poucas parecem tão corretas como a praticada nos restaurantes chifa de Lima, no Peru. Misturando as cozinhas chinesa e peruana com astuta simplicidade. Chifa Wok é especializado, como o nome indica, em pratos feitos com iguarias cozidas e fritas

cardápio reinventado a cada seis meses, o restaurante conta com a criatividade do casal de chefs Ligia Karasawa e Raúl Jiménez. O couvert é servido em duas etapas: a primeira com pães e manteiga de amburana com castanha-do-pará e conserva de legumes. A segunda é composta por crocante de arroz, creme de feijão, paio e farofa de couve. E isso é só o começo. A casa oferece um menudegustação de seis pratos que rivaliza com qualquer restaurante do Michelin. R. Domingos Fernandes, 548, V. Nova Conceição, 3045-2154. Seg., 12h-15h; ter. a sex., 12h-15h e 19h30-23h30; sáb., 13h-16h e 20h-0h. R$ 15-R$ 32; almoço, R$ 48. closdetapas.com.br

ITALIANO Due Cuochi Cucina Com atmosfera vibrante, essa casa no Itaim Bibi talvez seja o restaurante italiano mais refinado da cidade. O espaço ostenta dezenas de janelas e atrai tanto famílias como empresários. O jeito mais acessível de conhecer o lugar é degustar os deliciosos pratos executivos oferecidos de segunda a sexta, por R$ 44, um dos melhores custosbenefícios da cidade. Se você preferir o menu à la carte, prove o tagliolini ao sugo com camarões – todas as massas são caseiras. Ainda que o restaurante recomende fortemente a bisteca à fiorentina, a carne pode ser um pouco dura. A casa não aceita reservas para o almoço, por isso, chegue cedo para conseguir uma mesa. R. Manoel Guedes, 93, Itaim Bibi, 3078-8092. Seg. a qui., 12h-15h e 19h-0h; sex., 12h-15h e 19h-1h; sáb., 12h-16h e 19h-1h; dom., 12h-17h. R$ 35Outro R$ 78; couvert, R$ 13,50. endereço Shopping Cidade Jardim, Av. Magalhães de Castro, 12.000, 3º andar, 3758-2731. duecuochi.com.br FRANCÊS/ITALIANO Kaá A mais nova

casa franco-italiana da cidade, do celebrado chef Pascal Valero, é mais um dos refinados refúgios amazônicos de São Paulo, projetado pelo arquiteto Arthur Casas. O ambiente externo (com teto retrátil) possui uma parede monumental, coberta com mais de 7 mil plantas tropicais (no idioma tupi, Kaá significa ‘floresta’). Valero, que se transferiu da França para o Brasil em 2002, já esteve à frente de dois dos melhores estabelecimentos da cidade: o Le Coq Hardy e o restaurante Eau, no Grand Hyatt Hotel. O carro-chefe é o peixe da estação, com cogumelos e óleo de trufas. Como sobremesa, a melhor pedida é o fondant de chocolate com creme de coco e banana. Para apreciar a elegância da floresta tropical em toda sua grandiosidade, uma mesa na parte externa deve ser reservada com antecedência. Av. Juscelino Kubitschek, 279, V. Olímpia, 3045-0043. Seg. a sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 12h-17h, 19h-1h; dom., 12h-17h. R$ 39,50-R$ 67; R$ 53; couvert, R$ 13. kaarestaurante.com.br

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Kaá Maremonti Mercearia do Conde Pecorino - Jardins Pecorino - Vila Nova Conceição

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De segunda a segunda das 12hs as 2hs

O mais completo e melhor restaurante italiano

PERUANO La Mar O salão do La Mar foi um dos lugares mais agradáveis que tive o prazer de jantar recentemente. Amplo, iluminado e com pé-direito alto, apresentando ricos detalhes de turquesa brilhante, este ambiente prepara você para o sabor fresco da especialidade da casa: ceviche. Mas não se apresse: peça um Pisco Sour enquanto olha o cardápio. Peça o menu-degustação de ceviche se quiser variedade; mas seja lá o que fizer, não perca o ceviche Nikkei com atum, e fique maravilhado com o sabor rico e doce do gergelim e do molho leche-de-tigre. As sobremesas não são lá essas coisas - vá por nós fique longe do gosmento e super doce suspiro Limeño. R. Tabapuã, 1.410, Itaim Bibi, 30731213. Seg.. a qui., 12h-15h e 19h-0h; sex., 12h-15h e 20h-1h; sáb., 12h-16h e 20h-1h; dom., 13h-17h. Pratos principais, R$ 35-R$ 60; almoço, R$ 42. lamarcebicheria.com

Mudança Feira Gastronômica

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Um lugar de cozinha italiana e cultura

JAPONÊS Kinoshita Improvisação é a palavra-chave nessa cozinha japonesa, que pratica um conceito chamado Kappo cuisine: apresentação imaculada, em criações únicas, preparadas espontaneamente pelo mestre Tsuyoshi Murakami e sua equipe. Depois de calorosas boas-vindas, o maître lhe indicará destaques do cardápio, como os Nameko, pequenos cogumelos japoneses, delicadamente servidos no interior de um limão. Inovações como escalopes e ovas de bacalhau em suco de limão e laranja, servidos em um copo de martini, são delícias para o paladar – com preços à altura, é claro. R. Jacques Félix, 405, V. Nova Conceição, 3849-6940. Seg. a sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 12h-16h e 19h-0h. R$ 30-R$ 75; R$ 49-R$ 68 (almoço executivo); couvert, R$ 8. restaurantekinoshita.com.br

À primeira vista, nos encantamos pela Feirinha Gastronômica – um mercado de comidinhas preparadas por chefs e entusiastas amadores aos domingos. Seu único defeito era o espaço que ocupava: um estacionamento apertado e sem charme na Vila Madalena. Mas temos uma boa notícia: a feirinha se mudou para um lugar maior, com 30 barracas ocupadas por sistema de rodízio.

O novo endereço é na Praça Benedito Calixto. Na estreia na nova área, experimente o nhoque (R$ 15) preparado pela equipe dos restaurantes italianos Per Paolo, os macaroons (R$ 4) da D’Macarons, e as tostadas mexicanas (na foto, R$ 10) do Obá (no roteiro). Domingos, a partir de 4/8. Pça. Benedito Calixto. 85, Pinheiros. feirinhagastronomica.com.br. Mais informações: j.mp/TOSP_gastron.

estão à venda CDs com as músicas ambientes, DVDs e livros com receitas afrodisíacas. R. Chilon, 364, V. Olímpia, 3846-7112. Seg. a qui., 12h-15h; sex., 18h-2h; sáb., 13h-17h, 19h-2h; dom., 13h-17h. R$ 32-R$ 56; almoço executivo, R$ 29,90-R$ 62,60. Outro endereço Av. São Camilo, 988, Granja Viana, 4702-6883. tantrarestaurante.com.br

menu eleva o nível, com uma boa seleção de petiscos, molhos, saladas, kebabs e sanduíches tradicionais libaneses - além do beirute, nada libanês e 100% brasileiro. Tudo apresentado em um menu compacto, de apenas uma página. Uma opção para o almoço é o prato do dia (R$ 25), que muda diariamente. Nos sanduíches, você pode escolher entre dois tipos de pão: o saj, assado no forno metálico oval de mesmo nome bem ao lado da porta de entrada; ou o manoushe, um pão achatado, redondo e mais leve. R. Bandeira Paulista, 485, Itaim Bibi, 30712398. Seg. a sáb., 12h-15h e 19h-23h30; dom., 12h-17h. Pratos principais, R$ 17-R$ 29,50. zaatarrestaurante.com.br

EClÉTICO Le Bou O nome, o toldo e as

Trattoria, Buffet, Adega, Bar e Clube do Whisky

cortinas de redinha nas janelas possuem todos os trejeitos de um bistrôfrancês. É difícil passar pelo Le Bou à noite e não ser seduzido pela leve luz bucólica que emana de dentro. Ache um lugar no salão intimista do segundo andar para um jantar discreto ou sente no longo banco que demarca as paredes cor de pera no térreo, onde a visão da cozinha mostra um pouco da ação. A hora do almoço no meio da semana é movimentada quando grupos de executivos locais chega para os les plats du jour - um cardápio do dia nãofrancês que traz entradas como a polenta ou sopa de milho com um prato principal encorpado - Tarte Goiás - uma torta de galinha, azeitona e ovos, servida com salada. O cardápio do jantar traz pratos franceses como o cassoulet ou steak poivre. R. Bandeira Paulista, 387, Itaim Bibi, 3078-6704. Seg. a sex., 12h-16h; sáb., 12h-17h; ter. a sáb., 19h-0h. Pratos principais, R$ 28-R$ 72; almoço, R$ 22-R$ 42. lebou.com.br

ASIÁTICO Tantra Shows de pirofagia e

Transporte gratuito dos Principais hotéis da cidade

Rua Treze de Maio, 848 Bela Vista - São Paulo/SP Fone: 11 2842.9620 www.villatavola.com.br

de dança do ventre encantam os clientes nesse restaurante de ambiente e cardápio exóticos. Funciona assim: você escolhe no bufê de legumes, carnes e molhos o que quiser e monta seu prato. Depois, um chef mistura tudo em uma grande chapa quente para fundir os sabores. A decoração segue a linha oriental meticulosamente criada com palmeiras, véus, teto de bambu e pétalas de rosas no chão. Para levar o clima até sua casa,

MEXICANO Yucatán Se você procura comida tex-mex, esse restaurante é uma boa opção. Serve rodízio na hora do almoço por R$ 29,50 a R$ 34,90, e não decepciona: guacamole e sour cream estão sempre na mesa, e os tacos, burritos e quesadillas são servidos com frango, carne ou legumes. Peça o chilli primeiro, assim você pode usar o que sobrar na sua refeição. O molho tende a ser trazido por último. Mesas informais de madeira dominam o interior. Os drinques são criativos, mas vai aumentar mais do que deveria a sua conta. Av. Juscelino Kubitschek, 393, Itaim Bibi, 3846-3505. Seg., 12h -15h; ter. a qui., 12h-15h e 18h-0h; sex., 12h-15h, 18h-2h; sáb., 12h-2h; dom., 12h-0h. R$ 5,60R$ 33,60; almoço, R$ 29,50-R$ 34,90. yucatan.com.br ÁRABE Zaatar Um restaurante libanês

claro e sem frescura, o Zaatar não causa uma boa primeira impressão. O espaço funcional não tem nem aconchego nem charme, mas a localização faz dele uma opção útil para quem trabalha no Itaim. O

Jardins CARNES A Figueira Rubaiyat Uma

enorme figueira de 130 anos domina o ambiente desse restaurante localizado na elegante Rua Haddock Lobo, emprestandolhe um ar íntimo e romântico. A casa é famosa por servir uma das melhores carnes da cidade. O aperitivo de carpaccio di funghi em azeite de trufas é obrigatório, assim como o pão de queijo. Como prato principal, experimente a picanha sumus, você não vai se arrepender. Entre as sobremesas, a torta de coco com doce de leite é uma tentação. R. Haddock Lobo, 1.738, Jd. Paulista, 3087-1399. Seg. a qui., 12h-0h30; sex. e sáb., 12h-1h; dom., 12h0h. R$ 74-R$ 235; couvert, R$ 23,50.

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uma taverna aconchegante com pratos inspirados na culinária ibérica. Boa comida e ótimo ambiente são o segredo do sucesso, mas a carta de vinhos também dá um bom empurrãozinho. Quem gosta de frutos do mar precisa provar o polvo a lagareiro – uma delícia, principalmente com os legumes na manteiga. Se preferir algo com mais substância, recomendamos a carne de porco. Os pratos de peixe mais caros, como bacalhoada na lenha (R$ 135), servem duas pessoas. R. Sampaio Vidal, 1.072, Jd. Paulistano, 3081-5211. Metrô Faria Lima. Seg., 12h-15h e 18h-23h; ter. a qui., 12h-15h e 18h-0h; sex. a sáb., 12h-0h; dom., 12h30-22h. R$ 12-R$ 69; couvert, R$ 4,70. adegasantiago.com.br

no menu-degustação (R$ 155 por 5 pratos, R$ 180 por seis) - é uma das melhores da cidade. Al. Fernão Cardim, 39, Jd. Paulista, 3251-5157. Seg. a sex., 12h-14h30 e 18h30-23h; sáb., 18h3023h. R$ 12-R$ 48 por pequenos pratos individuais; almoço, R$ 38-R$ 100. aizome.com.br BRASILEIRO Brasil a Gosto A chef Ana Luiza Trajano traz os ingredientes mais finos das várias regiões do país diretamente até a sua mesa. Comece a aventura pedindo a deliciosa caipirinha de morango e caju, em bela apresentação. Os miniacarajés, em versão aperitivo, são um convite para apreciar uma brilhante e exclusiva recriação do clássico quitute baiano. Como prato principal, deliciese com o abadejo grelhado com crosta de baru (fruto típico do Cerrado) ou o pirarucu grelhado (o maior peixe de água doce do mundo). Encerre com uma degustação da cachaça de ameixa ou de banana – aqui, as aguardentes ganham o status de um fino conhaque. É recomendável fazer reserva. R. Azevedo de Amaral, 70, Jd. Paulista, 3086-3565. Ter. a qui., 12h-15h e 19h-1h; sex. e sáb., 12h-17h e 19h-1h; dom., 12h-17h. R$ 46-R$ 90; almoço, R$ 44; couvert, R$ 8-R$ 12. brasilagosto.com.br

tornou-se um lugar casual-chique preferido de celebridades intelectuais como Philippe Stark, visto por lá em novembro. Recomendamos o ceviche e o risoto de tomate, brócolis e lula baby grelhada do cardápio com influências hispânico-italianas. Escolha entre um lugar no terraço da frente para ver se e ser visto e uma mesa nos fundos, com uma luz intimista de velas à noite, para aqueles que querem um jantar mais discreto. Al. Lorena, 1.989, Jd Paulista, 3081-2966. Ter. a sex., 12h-1h; sáb., 12h30-1h; dom., 12h30-22h30. Pratos principais, R$ 36R$ 66; almoço, R$ 21,90-R$ 25,90. chez.com.br/chezlorena CONTEMPORÂNEO Chez MIS O design

moderno e o endereço (jardim do MIS Museu da Imagem e do Som) fizeram do um lugar por sua clientela, então o Chez MIS um sucesso instantâneo, atraindo chef Shinya Koike estava fazendo algo uma clientela elegante. Se você tiver que certo quando estava à frente do A1 - um esperar por uma mesa, inicie a aventura pequeno izakaya (gastro-bar japonês) com um cocktail no bar - embora o pisco e por longa data um favorito dos sour (R$ 27) estivesse com muito pisco e executivos japoneses no Banco de Tokyo, insuficientemente azedo. Para acompanhar na Avenida Paulista. Koike se mudou a bebida, peça os deliciosos palitos de para alguns quarteirões à frente quando polenta frita (R$ 20) e bruschetta de queijo abriu o Aizomê em 2007. O restaurante de cabra e uva (R$ 25). Uma vez à mesa, de dois andares, em uma casa antiga experimente o cheeseburger (R$ 34), opção nos Jardins (procure pelo número 39 saborosa com farta parcela de carne moída, na parede já que não há placas) serve que só deixou a desejar devido à porção uma mistura de sushi, sashimi e pratos morna de fritas, que o complementava. INTERNACIONAL Chez Lorena Não é quentes japoneses. Koike é reconhecido O gnocchi de mussarela (R$ 41) é uma surpresa que o Chez Lorena encontre seu por seu sushi fusion, em que o Oriente e aposta segura, deliciosamente coberto por espaço precisamente entre o chique e o o Ocidente se misturam, adaptado com creme de noz moscada e migalhas de pão descolado: seus donos são os mesmos ingredientes brasileiros. O sushi talvez crocante. Av. Europa, 158, Jd. Europa, do badalado grupo ao qual pertence o não esteja à altura de chefs como Jun 3467-3441. Ter. a sex., 12h-15h, 18h-1h; Bar Secreto (veja Casas Noturnas). O Sakamoto, mas a completa experiência sáb., 12h-2h; dom., 13h-0h. R$ 32-R$ 109. Timeout_Zucco_Meia-pagina_portugues.pdf 1 15/07/13 16:45 restaurante, aberto em 2010, rapidamente gastronômica japonesa - melhor servida chez.com.br/chezmis

JAPONÊS Aizomê Se você pode julgar

BRASILEIRO D.O.M. Aqui reina o chef celebridade Alex Atala, que absorve as tendências da gastronomia molecular e lhes confere um toque muito brasileiro. A comida é balanceada e harmoniosa, particularmente nos menus-degustação. Há também opções vegetarianas, servidas com verduras e frutas cuidadosamente selecionadas, para garantir contrastes de cor e textura. Se você tende a desmaiar diante de contas muito salgadas, prove o menu-executivo, que traz um panorama da culinária brasileira em belas apresentações, com farofa de mandioca crocante, arroz, feijão e frango. Parece simples, mas Atala eleva o prato a outro patamar. R. Barão de Capanema, 549, Jd. Paulista, 30880761. Seg. a qui., 12h-17h e 19h-0h; sex., 12h-17h e 19h-1h; sáb., 19h-1h. R$ 119R$ 145; almoço, R$ 68; couvert, R$ 29. domrestaurante.com.br

Comes & Bebes

IBÉRICA Adega Santiago Trata-se de

ESPANHOL Eñe São Paulo sofria a falta de

um bom restaurante espanhol até que os gêmeos Sergio e Javier Torres Martinez, de Barcelona, chegaram em 2007. Eles resolveram o problema, abrindo esse restaurante pequeno, com influências catalãs. Estão entre os pratos principais, peixes selecionados e legumes com temperos espanhóis. A personalidade dos gêmeos é vista em todo o cardápio, mas o restaurante normalmente é administrado por uma equipe de chefs locais bem treinados. Para a sobremesa, prove a crema catalana ou churros de chocolate. R. Dr. Mário Ferraz, 213, Jd. Paulistano, 38164333. Seg. a qui., 12h-15h e 19h-0h; sex., 12h-15h e 19h-1h; sáb., 13h-16h e 20h-1h. R$ 48-R$ 68; almoço, R$ 47.

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FRANCÊS L’Entrecôte d’Olivier Você não terá problemas para escolher o que comer no restaurante que antes era conhecido como L’Entrecôte de Ma Tante - todos os dilemas gastronômicos se vão quando se passa pela porta, porque o chef-celebridade Olivier Anquier serve somente um prato: um entrecôte com um molho esverdeado, supostamente a receita secreta de sua tia. Não podemos deixar de imaginar o que aconteceu com a supracitada tia, mas seja qual tenha sido seu destino, a estrela solitária do show, um contra-filé com corte tradicional francês, é bom. Ele é servido com um monte de batatas fritas em estilo bistrô (provavelmente as melhores de São Paulo); e há uma razoável carta de vinhos cujo

forte é a França e a América Latina. O espaço, decorado em vermelhos sensuais e cortinas de veludo, é um pouco exagerado, como poderia ser esperado do time de arquitetos e fashionistas que é dono do lugar. R. Dr. Mário Ferraz, 17, Jd. Europa, 3034-5324. Seg. a qui., 12h-15h e 19h-1h; sex., 12h-15h e 19h-2h; sáb., 12h-2h; dom., 12h-23h. Prato principal, R$ 58; couvert, R$ 4,80. bistroentrecote.com.br

as variedades doces (de cupuaçu, por exemplo). Estes são apenas alguns dos pratos incomuns que fazem desse ótimo restaurante uma experiência memorável. R. da Consolação, 3.555, Jd. Paulista, 3064-3089. Seg. a sex., 12h-14h30 e 19h-0h; sáb., 19h-0h; dom., 12h30-15h e 19h-23h. R$ 39-R$ 107; almoço, R$ 42-R$ 48; couvert, R$ 7,80-R$ 12,80. marcelrestaurante.com.br

CONTEMPORÂNEA Maní Localizado em um canto do Jardim Paulistano onde se concentram vários bons restaurantes, o Maní consegue ser contemporâneo, sofisticado e discreto. Dentro ou fora da casa, é garantida uma refeição excelente em um dos restaurantes mais inovadores de São Paulo. A cozinha moderna é servida aqui com discernimento, e os chefs Daniel Redondo e Helena Rizzo merecem todos os elogios que receberam por seu cardápio vasto e criativo. Prove a premiada entrada de peixe servida com tucupi e banana ou o rosbife em uma crosta de chá preto. É recomendável fazer reserva. R. Joaquim Antunes, 210, Jd. Paulistano, 3062-7458. Ter. a qui., 12h-15h e 20h-23h30; sex., 12h-15h e 20h30-0h30; sáb., 13h-16h e 20h30-0h30; dom., 13h-16h30. R$ 35-R$ 68; couvert, R$ 13-R$ 15; almoço, R$ 35.

MEXICANO Obá Falta comida mexicana

FRANCÊS Marcel Aqui você será apresentado a pratos inesquecíveis, preparados com maestria pelo chef Raphael Despirite. Como entrada, as coxinhas de rã em creme de alho são imperdíveis, assim como os impecáveis suflês – tanto as opções salgadas (como o feito à base de frutos do mar) quanto

externo intimista dão um ar agradável ao lugar. Os pratos são fartos. Prove a salada de legumes grelhados com queijo de cabra e os mexilhões com molho de creme de leite, vinho branco e tomate (refeição que serve perfeitamente duas pessoas). Você com certeza se sentirá muito feliz ao final dessa refeição. Para curar a ressaca, no domingo vá de brunch (R$ 33, até as 16h). Se quiser vir na noite de sexta-feira, faça reserva antes. R. Capote Valente, 86, Jd. Paulista, 3063-2795. Metrô Clínicas. Seg. a qui., 19h-0h; sex., 19h-2h; sáb., 12h2h; dom., 12h-23h. R$ 29-R$ 49; couvert, R$ 5,80. robindesbois.com.br

decente em São Paulo – sem dúvida porque faltam mexicanos na cidade. O restaurateur Hugo Delgado resolve os dois problemas: ele é um chilango da Cidade do México em carne e osso e, embora às vezes a falta de acesso a alguns ingredientes atrapalhe, faz um trabalho fabuloso na seção do menu do Obá dedicada a sua terra natal – as carnitas (tacos de carne suína cozida), o feijão frito, o guacamole e as margaritas. A cozinha também prepara uma variedade de pratos tailandeses, italianos e brasileiros, servidos nas mesas comunitárias em uma casa colorida dos Jardins. Embora praticamente tudo seja gostoso aqui, tamanha ausência de comida mexicana realmente boa na cidade nos deixa a pergunta: por quê? R. Melo Alves, 205, Jd. Paulista, 3086-4774. Seg. a qui., 12h-15h e 20h-0h; sex., 12h-15h e 20h-1h; sáb., 13h-16h30 e 20h-1h; dom., 13h-16h30. Pratos principais, R$ 39,90-R$ 67; almoço, R$ 21,90. obarestaurante.com.br

HAMBÚRGUER St. Louis Um lugar discreto no estilo das hamburguerias americanas: kitsch, confortável e pequeno. Aqui eles não tentam ser mais do que são nem servem mais pessoas do que é viável – o que torna o serviço muito eficiente. E o hambúrguer? Delicioso! Acrescente a isso o preço um pouco mais razoável que os de outros estabelecimentos do gênero e você tem um dos melhores custos-benefícios da cidade. Fãs do estilo provençal ficarão de joelhos pelo hambúrguer com crosta de pimenta (R$ 28,50), de 220g com queijo suíço, cebola grelhada, batatas crocantes, picles e maionese com mostarda Dijon. Peça também uma porção das sensacionais batatas fritas e uma refrescante limonada com framboesa e a refeição fica à beira da perfeição. R. Batataes, 242, Jd. Paulista, 3051-3435. Seg., 18h30-22h30; ter. a sex., 12h-15h, 18h30-23h; sáb., 12h-16h,

PIZZARIA Primo Basílico Nas noites de

domingo, famílias aguardam pacientemente por uma mesa nesse lugar popular, mas tranquilo, enganando a fome com pão recheado ricamente com requeijão de búfala e calabresa forte. O restaurante fica cheio na maior parte das noites, mas conseguir uma mesa não chega a ser um problema. Três mesas lá fora oferecem uma alternativa ao ar livre, mas a coisa rola mesmo é lá dentro, onde você pode ver as pizzas entrando e saindo do enorme forno de alvenaria. A massa da pizza tradicional é tipo ciabatta – grossa e massuda –, mas a massa fina também é uma opção. Se estiver se sentindo aventureiro, dê uma chance à Brigitte e descobrirá o mesmo que nós: queijo brie, aspargo e mel são uma combinação surpreendentemente boa. Carnívoros inveterados devem pedir a Obelix, cuja linguiça de javali satisfaz qualquer gaulês de respeito. Av. Gabriel Monteiro da Silva, 1.864, Jd. América, 3082-8027. Seg. a qui., 18h-0h30; sex. e sáb., 18h-1h30; dom., 18h-0h30. Pratos principais, R$ 48-R$ 63. primobasilico.com.br

FRANCÊS Paris 6 O número ‘6’ faz referência ao sexto arrondissement parisiense – o bairro de Saint-Germaindes-Prés, que inspira toda a decoração desse restaurante. Mas há toques bem brasileiros também, como a enorme televisão de tela plana que exibe jogos de futebol e os pratos batizados com nomes de celebridades. Aposte em opções difíceis de errar, como o steak frites e a truites aux amandes. Mas, o que interessa mesmo é que esse restaurante funciona sem parar as 24 horas do dia. R. Haddock Lobo, 1.240, Jd. Paulista, 3085-1595. R$ 36-R$ 79; almoço executivo, R$ 39-R$ 49; couvert, R$ 12. 24h. paris6.com.br FRANCÊS Robin des Bois As mesas de madeira à luz de velas, os pôsteres, os espelhos em molduras antigas e o espaço

Essa é boa Pizza gourmet

nicole fialdini/divulgação

Comes & Bebes

ITALIANO Fasano Passe pelo elegante lobby do hotel Fasano para chegar ao restaurante homônimo – um majestoso átrio de mármore preto e madeira escura em um estilo clássico do década de 30. Projetado pelos arquitetos Isay Weinfeld e Márcio Kogan, a atenção dos dois pelos detalhes cobrem tudo, desde aos móveis até a iluminação. Os melhores pratos incluem o sedoso e perfumado raviolini d’Anitra al profumo d’arancia (R$ 99), massa recheada com carne de pato e com molho de laranja, uma desconstrução feliz inspirada no clássico francês canard à l’orange. – e a costoletta di vitello alla Milanese (carne de vitela à milanesa, R$ 113), um prato clássico que está no menu desde os anos 90, quando o chef italiano Luciano Boseggia estava no comando. R. Vittorio Fasano, 88, Jd. Paulista, 3062-4000. Seg. a sáb., 19h30-1h. R$ 89-R$ 270; couvert, R$ 29. fasano.com.br

Bráz A Caprese (R$ 73,50) é a bestseller, com mussarela de búfala, manjericão, tomate-caqui e pesto de azeitonas pretas. Primo Basílico A Romana (R$ 69,90) leva alici e mussarela enquanto a Brigitte (R$ 35,90) é coberta por queijo brie, mel e aspargos frescos. A Tal da Pizza Para quem não se importa de gastar, a pedida é a Au Champagne (R$ 80, 12 pedaços), com trufas brancas, queijo mascarpone, sementes de papoula e azeite de trufas.

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JAPONÊS Sushiguen Executivos elegantes, paulistanos relaxados e turistas lotam o balcão e as mesas desse singular restaurante especializado em sushis, escondido em uma galeria da Paulista. No ofício há 35 anos, o sushiman Shimizu sabe o que faz. Experimente o tirashi (R$ 40 a R$ 77), com pedaços de atum, salmão e ouriço espalhados sobre um leito de arroz em uma tigela. Av. Brig. Luís Antônio, 2.367, Jd. Paulista, 3289-5566. Metrô Brigadeiro. Seg. a sáb. 11h30-14h30 e 18h-23h. Dois sushis, R$ 10-R$ 17,50; almoço executivo, R$ 24-R$ 40. JUDAICO Z Deli Esse espaço simples tem

poucas mesas e um balcão self-service de saladas deliciosas. Gefilte fish (peixe recheado) pode ser encontrado não só no Pessach (Páscoa judaica), mas o ano todo. Para um gostinho do Leste Europeu, prove as vareniks, pasteizinhos de carne e peixe. O ambiente não tem nada a ver com os preços, portanto, você pode gastar mais do que espera. É o mais próximo que chegará da famosa ‘Katz’s Deli’ de Manhattan. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.350, Pinheiros, 3064-2058. Seg. a sex., 12h-18h; sáb., 12h-16h30. R$ 39-R$ 49.

Liberdade, Bela Vista & Vila Mariana CHINÊS Chi Fu Já foi conhecido

pelo ambiente um tanto desleixado.

Uma reforma radical, porém, que durou nove meses, teve resultados surpreendentes. Um elevador transporta a clientela, quase exclusivamente chinesa, entre os dois andares, forrados de papel de parede em tons dourados, retratando a Cidade Proibida. Pepinodo-mar? Lagosta? O exótico tem seu preço (cerca de R$ 180), mas os pratos mais comuns são absurdamente baratos. Saímos satisfeitos. Esse não é exatamente o lugar para um jantar romântico – a mesa circular é vasta, acomodando no mínimo seis pessoas. Pça. Carlos Gomes, 200, Liberdade, 3112-1698. Metrô Liberdade. 11h-16h e 18h-22h. R$ 20-R$ 100. BCB JAPONÊS Shin-Zushi Esse restaurante pode não estar localizado na Liberdade, mas tem ótima reputação entre os fãs da comida oriental. O sushi é feito com peixe de alta qualidade – sempre fresco – e o bolinho de arroz desmancha na boca. Há também uma boa variedade de delícias importadas – que vão pesar um pouco na conta, mas valem a pena. Experimente o sashimi de torô, inesquecível. R. Afonso de Freitas, 169, Paraíso, 3889-8799. Metrô Paraíso. Ter. a sex.,11h30-14h, 18h-22h30, dom., 18h-22h. Sushi, R$ 14 (par); almoço, R$ 28; couvert, R$ 8.

Vila Madalena & Pinheiros CARNES Martín Fierro Se carne

é a pedida do dia, esse restaurante argentino, cuja popularidade resiste

ao tempo, é o lugar. Há uma série de cortes brasileiros no cardápio. Se preferir, você pode fingir que está em Buenos Aires, provando um excelente bife de chorizo ou o asado de tira. A salada de acompanhamento talvez seja simples demais – justamente como em Buenos Aires – mas, para começar, as empanadas são uma boa pedida. R. Aspicuelta, 683, V. Madalena, 38146747. 12h-23h. R$ 21-R$ 77; couvert, R$ 4,10. martinfierro.com.br CONTEMPORÂNEO Rothko O artista

Diego Belda colocou suas mãos criativas na cozinha de seu restaurante Rothko, que foi inaugurado no início de 2011. Inspirados em diferentes tipos de culinária, cada prato tem uma bela composição de sabores e cores vibrantes, como o sashimi de salmão com geleia de lichia e farofa de wasabi, ou a pamonha com shimeji e molho pesto. Peça uma seleção dos pequenos pratos – bocadilhos – ou tente os principais, menos criativos, mas igualmente saborosos. Pontos negativos? Serviço lento, e alguns itens do menu em falta. R. Wisard 88, V. Madalena, 3032-4295. Qua. a sex. 18h-0h; sáb.,12h-0h; dom., 12h-17h. R$ 25-R$ 43.

VARIADO Santa Gula O melhor horário aqui é à noite, quando cerca de 200 velas são acesas e os vários andares da casa se revestem com um ar bucólico e charmoso. Caminhe pelo corredor que liga a rua à casa principal e entrará em um ambiente onírico. As noites são ideais para jantares íntimos. Aos fins de semana, predominam

as famílias. O cardápio varia: de pratos inspirados nas gastronomias tradicionais italiana e francesa a influências asiáticas e brasileiras. R. Fidalga, 340, V. Madalena, 3812-7815. Metrô Vila Madalena. Ter. a qui., 12h-15h30 e 20h-0h45; sex., 12h-15h30 e 20h-1h45; sáb., 12h-16h45 e 20h-1h45; dom., 12h-16h45. R$ 21R$ 70; almoço, R$ 32; couvert, R$ 11. santagula.com.br

Comes & Bebes

18h30-23h30; dom., 18h30-22h30. R$ 18-R$ 57. stlouisburger.com.br

Zona Norte BRASILEIRO O Compadre O shopping de móveis Lar Center pode parecer um lugar estranho para um restaurante, mas O Compadre é popular mesmo assim. Durante os finais de semana, o grande ambiente fica lotado de famílias e é uma boa opção de almoço para os visitantes do imenso centro de convenção Expo Center Norte, que fica por perto. A temática rústica de fazenda fica completa com as vigas de madeira no teto, os bancos do bar cobertos por pele de vaca e as rodas de uma carroça na entrada. Encha seu prato no bufê – são 60 opções, incluindo massas, moquecas, saladas e alguns acompanhamentos como quiabo frito e jiló, duas especialidades da casa. Para carnes grelhadas, peça o seu corte favorito – a picanha e o entrecôte são boas opções – ao chef que comanda a churrasqueira. Encerre a refeição com uma das 200 cachaças mineiras que fazem parte da seleção da casa. Av. Otto Baumgart 500, V. Guilherme, 2252-3131. seg. a sex., 12h-16h, 19h-23h30; sáb., 12h-0h; dom., 12h-17h30. Bufê, R$ 59,90-R$ 66,90. compadre.com.br

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Bares & Cafés Cotidiano com charme

Padaria gourmet Belos doces e pães chamam a atenção na entrada da filial da rede belga na Vila Madalena gostosa na boca e a oleosidade do chocolate branco. Neste último caso, a lista de ingredientes descrita no pote, em ordem de quantidade, foi o suficiente para explicar esse efeito: “açúcar, óleo vegetal, leite em pó desnatado, soro de leite, chocolate branco (7%). A omelete com cogumelos e queijo (R$ 18), pálida e sem cor como nunca vi na vida, estava na mesma situação insossa. Tinha algumas poucas lascas saborosas de cogumelo, mas tão pouco queijo que mal dava para percebê-lo. Além disso, veio com uma salada temperada por uma vaga sugestão de molho. Mas, por outro lado, o serviço foi cordial e atento, e o espaço é uma graça, com um espelho imenso na parede de frente para o mezanino, logo acima. O cappuccino (R$ 6,50) estava do jeito que deve ser – sem o acúmulo de chocolate que às vezes encontramos no fundo da xícara, e servido em uma cumbuca bem ao estilo francês. O pão, principal produto e vendido em dois tamanhos, é delicioso – não perca a bengala de passas com nozes.

E o almoço que vimos começar a ser servido parecia incrível. Voltaremos para experimentar, com PowerBook e tudo. R. Wisard, 138, V. Madalena, 3031-6977. Seg. a sáb., 7h-22h, dom., 8h-22h. Cafezinho, R$ 4,90;

sanduíches, R$ 10,90-R$ 31. Outros endereços Shopping Vila Olimpia. R. das Olimpiadas, 360, 3047-6541; R. Pais de Araujo, 178, Itaim Bibi, 30780383; Shopping Cidade Jardim. Av. Magalhães de Castro, 12.000, 3758-3597. lepainquotidien.com.br

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Não faltam opções de cafés aconchegantes na Vila Madalena. E, se você estiver disposto a gastar um pouco mais por uma boa xícara de cappuccino e pela conexão Wi-Fi, há mais alternativas ainda, com muitas inaugurações de padarias e cafés gourmet no último ano. Recentemente, ao passarmos pela Vila com uma horinha livre e a vontade de um café mais requintado, paramos em um desses lugares – o Le Pain Quotidien, rede belga de alto nível que abriu quatro filiais em São Paulo em menos de um ano. Wi-Fi grátis em um ambiente iluminado e arejado? Sim. Jazz discreto saindo das caixas de som? Sim. Grande mesa comunitária cheia de cappuccinos e gente descolada usando o Facebook e fingindo trabalhar? Também sim. E mais: valet na porta, bem ao estilo paulistano. Depois de passar pelas pilhas de doces e belos e crocantes pães, uma rápida olhada nos preços de alguns itens para levar para casa, expostos nas prateleiras, nos trouxe à realidade – imagine R$ 39,90 por um pote de pasta de chocolate amargo, e geleias a partir de R$ 22,90. Mas tivemos sorte: perto da hora do almoço, oficialmente ainda era café da manhã na Le Pain, (até meio-dia, ou 15h aos fins de semana). Cada mesa já estava posta com uma seleção de coisas para passar no pão a serem combinadas com torrada coberta por presunto e queijo emmental (R$ 10,90) ou com uma cesta de pães, croissants e pain au chocolat, suco de laranja e uma bebida quente (R$ 22). Pedimos uma cesta pequena de fatias de pães variados (R$ 13,90, para dois) e mergulhamos nas geleias e pastas. Geleia de ruibarbo: muito doce, mas também muito saborosa e com um toque azedinho. Creme de avelã: com sabor acentuado da fruta seca, delicioso. Pasta de chocolate branco: doce demais, sem aquela sensação

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Se você acredita que um belo ambiente compensa o alto preço, siga a indicação de café da manhã de Claire Rigby

Almoço leve A tartine de frango ao curry com chutney de manga do Le Pain

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Envie sugestões para gastronomia@ guiatimeout.com.br aberto nos últimos dois meses imperdível Wi-Fi grátis música ao vivo boas opções para refeição simpático ao público gay

NOVO

Brooklin, Morumbi & Berrini Cervejaria Ô Fiô Os apreciadores de ale e lager vão se sentir à vontade com o cardápio de cervejas desse bar. Venha em uma tarde de sol para aproveitar o espaço externo, enquanto experimenta

Essa é boa Cervejas de inverno

algumas das centenas de cervejas nacionais e importadas. As brasileiras estão dividas por região, com mais de 25 marcas só do Estado de São Paulo, caso da stout Baden Baden, mais suave do que a irlandesa Guinness. Aproveite para experimentar uma das dez loiras do Rio Grande do Sul. Aos sábados à tarde, a ótima feijoada é acompanhada por samba de raiz ao vivo. R. Lício Marcondes Amaral, 51, Morumbi, 3721-6636. Ter. a sex., 18h-últ. cliente; sáb. e dom., 12h-últ. cliente. Cerveja 600 ml, R$ 6,50-R$ 200; caiprinha, R$ 10. cervejariaofio.com.br

Consolação & Higienópolis Suíte Savalas O nome desse bar é uma referência a Telly Savalas, ator que interpretava o policial careca Kojak em uma série de TV nos anos 1970. O tema da casa – se é que há algum – gira em torno das fotos emolduradas de programas e filmes de TV que se tornaram cults. Uma espécie de pista de dança espontânea irrompe entre as mesas. A casa – com suaves luzes vermelhas e decoração simples – lota, com um público jovem e variado. R. Mato Grosso, 398, Higienópolis, 3259-4355. Qua. a sáb., 21h-3h. Cerveja, R$ 6,50; caipirinha, R$ 15; couvert, R$ 15. suitesavalas.wordpress.com

Itaim Bibi & Vila Olímpia Bardot ‘Comer, beber, paquerar’ é o mantra desse bar no Itaim Bibi. Entre no clima com o Brigitte, um coquetel com vodca, licor de framboesa e suco de cranberry. As tardes de domingo são um grande sucesso entre o público jovem (couvert, R$ 20-R$ 40). R. Clodomiro Amazonas, 260, Itaim Bibi, 3071-2859. Seg. a sex., 17h-últ, cliente; sáb., 12h-últ. cliente; dom., 14h-últ. cliente. Chope, R$ 5-R$ 5,50; caipirinha, R$ 16, couvert, R$ 40. botecobardot.com.br BottaGallo Ao se aproximar desse bar, é fácil se confundir ao ver um monte de gente do lado de fora, conversando e tomando cerveja, nos bancos compridos ou em pé. São clientes satisfeitos, fumando um cigarro depois da refeição, certo? Errado. Eles estão na fila de espera, porque aqui vale a pena. Comece com um dos coquetéis – o martíni Vesper, com um toque de limão, é uma boa pedida. Uma vez lá dentro, instalado em uma das rústicas mesas de madeira, deixe que os garçons eficientes e simpáticos tragam

Comes & Bebes

Rodada da vez os chopes e peça uma ou duas deliciosas porções de petiscos. R. Jesuíno Arruda, 520, Itaim Bibi, 3078-2858. Seg. a qui., 12h-15h e 18h30-1h30; sex., 12h-15h e 18h30-2h30; sáb., 12h-2h30; dom., 12h-23h. Chope, R$ 4,10; caipirinha, R$ 13,50. bottagallo.com.br Eu Tu Eles Esse bar é popular entre os adeptos da happy hour que trabalham nas proximidades da Faria Lima. A decoração é rústica, com lâmpadas nuas e paredes de barro e o cardápio combina boas cervejas (incluindo Serramalte e Quilmes) e quitutes saborosos. Experimente a tapioca com gorgonzola. Domingo à tarde, o bar tem música ao vivo (pop-rock). Av. Brig. Faria Lima, 2.902, Itaim Bibi, 3071-4535. Ter. a sex., 18h-1h30; dom., 4h-1h. Cerveja 600 ml, R$ 8,40; caipirinha, R$ 16,90; couvert, R$ 20R$ 40. eutuelesbar.com.br Johnnie Wash O bar se tornou praticamente um do tipo temático, oferecendo serviço de lava-rápido e se tornando naturalmente um reduto de motociclistas amantes de Harley-Davidson e afins. Combinada ao rock’n’roll

Mariana Buck/divulgação

Ibirapuera & Moema

Cervejaria Nacional Duas edições limitadas para a estação estão na chopeira deste bar e microcervejaria: a Saravá Imperial Stout e a Pé de Bode, uma lager forte e maltada ao estilo alemão. (R$ 17, pint). Melograno Este bar de cervejas gourmets recomenda para as noites frias a Fuller’s London Porter (R$ 27, 500 ml) ou a Colorado Quattro (R$ 59,90, 500 ml) – uma cerveja escura sazonal. Frangó Meca dos cervejeiros, este simpático bar na Zona Norte tem um menu de proporções bíblicas. Para se aquecer, peça a cremosa stout Dark Side da cervejaria britânica Bath Ales (R$ 8,50, 500 ml).

Bar Ao Vivo Esse estabelecimento pequeno e charmoso é um meio-termo entre um bar de jazz escuro e um pub animado e, como o nome indica, é um bom lugar para ouvir música ao vivo. A lista inclui figuras respeitadas, entre as quais veteranos da bossa nova, como o Zimbo Trio. Para beber, experimente o Martíni do Chef, elaborado com vodca premium, Cointreau e Curaçau Blue. R. Inhambu, 229, Moema, 5052-0072. Seg. a sáb., 19h-2h. Chope, R$ 4,90; caipirinha, R$ 13,90; couvert, R$ 10-R$ 40. aovivomusic.com.br Bar do Batista A comida e a música, ótimas, são a alma desse boteco de Moema cujo dono, o Batista, descreve os frequentadores como “amigos, e não clientes”. Originalmente, o bar pertencia aos pais de Elis Regina. Ela nunca pôs os pés no lugar, mas hoje muitos músicos passam a tarde aqui. “Nossa comida não é nada elaborada, mas é bem feita”, garante o dono. E nós confirmamos. Não deixe de provar o pastel de camarão e o bolinho de bacalhau. Av. Ceci, 868, Moema, 50551435. Seg. a sex., 7h-23h; sáb., 8h-18h. Cerveja, 600 ml, R$ 4,50. caipirinha, R$ 6-R$ 20.

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Comes & Bebes

THE SAILOR revista TIMEOUT -ABRIL2013- 83 x 240.pdf 1 02/04/2013 17:02:28

nostálgico dos anos 1950, também é uma atração na happy hour. Se James Dean tivesse vivido em São Paulo, ele certamente adoraria ter provado a ‘MaracuJack’ – caipirinha de maracujá com Jack Daniels – enquanto via sua Triumph TR5 Trophy 1955 receber o tratamento completo. R. Dr. Cardoso de Mello, 570, V. Olímpia, 3044-1195. Sáb. a ter., 8h-20h; qua. a sex., 8h-0h. Chope, R$ 4,90; caipirinha, R$ 18; couvert, R$ 15 (sex.).

exatamente a localização mais central da cidade, mas os frequentadores dizem que o Dona Felicidade e seu delicioso pudim de leite com coco compensam a viagem até a Zona Oeste. A sobremesa, especialidade da casa, é conhecida como “desmaiado” e, dizem, tem efeitos que ajudam a curar a bebedeira. R. Tito, 21, V. Romana, 38643866. Ter. a sex., 11h30-1h; sáb. e fer., 11h30-20h; dom., 11h30-18h. Cerveja 600 ml, R$ 3,50; caipirinha, R$ 10. donafelicidade.com.br

Jardins

Valadares Há mais de 50 anos, clientes bebem cerveja gelada e aproveitam para comer as porções de frango à passarinho (R$ 26,90) neste boteco amarelo da Lapa. Vencedor de inúmeras premiações de melhor boteco do ano, o Valadares foi capaz de manter seu charme intacto. Enfeitando as paredes, há camisetas de futebol emolduradas que atravessam times e gerações. No cardápio, nada de pratos convencionais. A ideia de uma porção de rã do tipo touro à milanesa (R$ 12) pode até não dar água na boca, mas se trata de uma carne ótima e suave. Prove também a porção tradicional: metade torresmo e metade batatinha na serragem (salpicadas de farinha de mandioca, alho e pimenta). R. Faustolo, 463, Lapa, 38626167. Seg. a sáb., 10h-0h30. Cerveja, R$ 5,50-R$ 7; caipirinha, R$ 10-R$ 15. aperitivosvaladares.com.br

At Nine Os coquetéis são o destaque da casa, sendo o mais famoso deles o que dá nome ao bar, feito de Smirnoff Black, pitaia, xarope de hibisco, limão siciliano e manjericão. A nossa recomendação, porém, vai para o Strawberry Lush, mas talvez você não consiga encontrá-lo sem usar uma das lanterninhas distribuídas para que os clientes leiam o cardápio. R. da Consolação, 2.893, Jd. Paulista, 3061-3933. Metrô Consolação. Seg. a sex., 19h-últ. cliente; sáb., 20h-últ. cliente. Couvert, R$ 10-R$ 50; long neck, R$ 8; Cosmopolitan, R$ 23. atnine.com.br Bar Balcão Não importa se você se instalou no longo e sinuoso balcão ou em uma das mesas do andar superior: aqui, você está no melhor bar da cidade para quem busca um ambiente agradável para bater papo e comer um belo sanduíche. Não há música nem agitação em excesso, trata-se de um estabelecimento estiloso, que atrai um público ligeiramente mais velho, mas ainda assim animado. A comida, bem como o serviço, é simples mas de qualidade, e a pintura no teto é um genuíno Roy Lichtenstein. R. Dr. Melo Alves, 150, Jd. Paulista, 3063-6091. Metrô Clínicas. Seg. a dom., 18h-1h. Chope, R$ 5,60; caipirinha, R$ 11,80.

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Baretto Com elegância, iluminação suave, confortáveis cadeiras de couro e mesas de madeira, o Baretto é tão elegante quanto o hotel onde está instalado. Tudo, do serviço à ótima seleção de músicos, que tocam jazz e bossa nova, remete aos Fasano – a família que dá nome ao hotel e, com meio século de experiência, reúne os melhores hoteliers e restaurateurs do Brasil. Peça um martíni e desfrute da atmosfera. R. Vitório Fasano, 88, Jd. Paulista, 3896-4000. Metrô Consolação. Seg. a sex., 19h-3h; sáb., 20h-3h. Long neck, R$ 16; caipirinha, R$ 20; couvert, R$ 36. fasano.com.br

K

Bar Numero Aberto em 2010, o agradável lugar faz parte do alto escalão de bares exclusivos. Para cruzar a porta, em primeiro lugar, você precisará ter feito reserva. Além disso, tem de estar diposto a gastar, no mínimo, R$ 200 por mesa; mas, se puder, não deixe de ir. O interior é um exemplo do virtuosismo do arquiteto Isay Weinfeld, assim como a fachada, onde um conjunto enigmático de números em relevo adorna a parede: trata-se do único sinal a indicar o bar. R. da Consolação, 3.585, Jd. Paulista, 3061-3995. Metrô Clínicas. Ter. a sáb., 19h-últ. cliente. Long neck, R$ 12; caipirinha, R$ 26. Consumação mínima, R$ 100. barnumero.com.br

Lapa, Perdizes & Barra Funda Dona Felicidade A Vila Romana, entre os bairros de Perdizes e Lapa, não é

Liberdade, Bela Vista & Vila Mariana Barnaldo Lucrécia É nesta bela casa amarela que muitos paulistanos comemoram o aniversário, reunindo os amigos nas grandes mesas de madeira, com pastéis e muita cerveja. Se a banda do dia (sempre tocando sucessos nacionais) for boa o bastante, um trenzinho se formará em torno do bar. Com os funcionários agindo como animadores, distribuindo chapéus e serpentinas, não há como não se envolver na festa. R. Abílio Soares, 207, Paraíso, 3052-2145. Metrô Paraíso. Ter. a qua., 19h-1h; qui., 19h-1h30; sex., 19h-2h45; sáb., 20h-2h45; dom., 19h30-1h30. Cerveja 600ml, R$ 7,80; caipirinha, R$ 17,80; couvert, R$ 10-R$ 35. barnaldolucrecia.com.br Ludus Procura um lugar para jogar a noite toda? Vá ao Ludus. Com 400 opções no menu, de dados e baralho a complexos jogos de tabuleiro alemães, a casa lota praticamente todas as noites – e nerds tomando Fanta Laranja enquanto jogam Banco Imobiliário não são os únicos clientes. O lugar é mais animado do que se poderia esperar. E isso sem mencionar o Twister, que é liberado quando há espaço disponível para a brincadeira. R. Treze de Maio, 972, Bela Vista, 3253-8452. Metrô São Joaquim. Seg. a sex., 12h-15h; qua. e qui., 12h-15h, 18h-0h; sex., 12h-15h, 18h3h; dom., 11h-23h. Cerveja 600 ml, R$ 6,80; caipirinha, R$ 12,80; couvert, R$ 10-R$ 25. ludusluderia.com.br

Vila Madalena & Pinheiros Cervejaria Nacional Em São Paulo, nenhuma cerveja viaja uma distância tão curta do barril ao copo quanto nessa microcervejaria e bar. Sente-se no canto do primeiro andar, de onde se veem

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Donostia Com o nome da cidade litorânea basca conhecida por ter o maior número de bares por quilômetro quadrado, esse bar de pintxo (tapas ao estilo basco) é um lugar tanto para comer quanto para beber. Postas de jamón ibérico (R$ 125 por porção) e jamón serrano (R$ 56 por porção) importadas, além de pratos de pintxo montados engenhosamente – suculentos camarões ao alho, grossas bordas de tortilla, pimentões recheados assados e afins –, cobrem o balcão em forma de L. Puxe um banco e escolha suas delícias entre as variadas opções do menu, ou simplesmente sirva-se do que chamar sua atenção no balcão. Com seis diferentes vinhos tintos servidos na taça, e a taça de cava por R$ 9, o único desafio da noite é o que escolher primeiro. R. Simão Álvares, 484, V. Madalena, 3034-0996. Ter. e qua., 19h-0h; qui. e sex., 19h-1h; sáb., 13h-1h. Cerveja long neck, R$ 12. donostia.com.br

Genésio Ignore, por um instante, as pizzas e as massas, apesar de serem muito boas, e não preste atenção na correria dos garçons: agora repare na clientela – que pode incluir um professor de arqueologia, uma dançarina clássica ou apenas jovens barulhentos. Este é um dos principais ingredientes que faz do Genésio um bar sempre lotado Aqui, todos se sentem em casa e chegam a esperar até meia hora por uma mesa na calçada. O Genésio pertence aos irmãos Altman, donos do Filial e do Genial, e também conta com uma boa seleção de cachaças. R. Fidalga, 265, 3812-6252, V. Madalena. Ter. a qui., 17h-4h; sex., 12h-4h; sáb., dom. e fer., 12h3h. Chope, R$ 5,50; caipirinha, R$ 12,50. bargenesio.com.br

um menu abrangente de cervejas de todo o mundo e, se tiver sorte, fincar pé em uma mesa do jardim arborizado, nos fundos. O Melograno é um barzinho pequeno, estiloso e discreto; e a comida não é nada má também, cobrindo petiscos de boteco, paninis e clássicos reconfortantes, como o peixe com fritas, servido com uma pint. A carta de cervejas foi reformulada em 2012 com uma seleção menor, mas ainda assim impressionante, de 130 rótulos, alguns dos quais são agrupados em menus-degustação com preço fechado. R. Aspicuelta, 436, V. Madalena, 3031-292. Seg. a qui., 18h-0h; sex. e sáb., 18h-1h. Chope, R$ 7; caipirinha, R$ 18. melograno.com.br

Gràcia Os criadores deste bar temático catalão se apegaram aos detalhes: mapa do metrô de Barcelona na parede, mosaicos ao estilo de Gaudí e até menu escrito em catalão. Menu esse que se destaca por deliciosas tapas. Faça a degustação e escolha quarto (R$ 29). As melhores são o brie com mel e a torrada de cogumelos com presunto Serrano. As jarras de sangria são as mais pedidas e têm vários sabores para se escolher. Vá para o happy hour, mas volte para casa antes das 22h, quando house music alta começa a tocar. R. dos Coropés, 87, Pinheiros, 2306-5478. Ter. a sex., 18h-últ. cliente; sáb., 12h-últ. cliente; dom., 16h-últ. cliente. Chope, R$ 5,50; caipirinha, R$ 18; couvert artístico, R$ 0-R$ 30. graciabar.com.br

Pirajá O Pirajá fica em uma movimentada esquina, mas, de algum modo, as árvores na calçada e o ambiente claro e agradável do interior fazem com que os clientes se sintam a quilômetros de distância dos congestionamentos. Bem longe, na verdade, já que o bar é inspirado nos clássicos botequins do Rio e tem a fama de ser o mais carioca dos bares paulistanos. A decoração agradável, que mistura madeira com azulejos brancos, combinada ao excelente cardápio e ao serviço rápido e prestativo, fazem de uma tarde aqui um prazer. Chegue cedo para experimentar o ‘franguinho da TV’ – o prato esgota rapidamente. Av. Brig. Faria Lima, 64, Pinheiros, 3815-6881. Seg. a qua., 12h-1h; qui. a sáb., 12h-2h; dom., 12h-19h. Chope, R$ 5,40; caipirinha, R$ 14,50. piraja.com.br

Melograno Nesse oásis de calma em meio ao caos da Vila Madalena, você encontra

Posto 6 Considerado a grande dama das choperias e o melhor dos bares

reunidos nesta movimentada esquina, tem paredes cobertas de caricaturas de personalidades famosas e fotografias dos anos 1960. O nome Posto 6 homenageia o movimentado posto de salva-vidas de Ipanema (RJ). Peça uma das melhores porções de mandioca frita da cidade para acompanhar seu drinque, enquanto sonha com as praias cariocas. R. Aspicuelta, 644, V. Madalena, 3812-4342. Seg. a sex., 18h-1h; sáb., 14h-3h; dom., 12h-0h. Chope, R$ 5,90-R$ 6,60; caipirinha, R$ 17-R$ 19. posto6.com

Comes & Bebes

os grandes tanques de fermentação lá embaixo, ou suba ao salão de jantar, no último andar, para mais aconchego. Se você gostar de cerveja, encare a experiência completa com uma degustação (R$ 19,90), uma amostra de 150ml de cada uma das cinco cervejas da casa: weiss, lager, India pale ale (IPA), brown ale e stout. O atendimento simpático e a boa comida fazem desta uma ótima opção para sair em turma: nas noites de terça, tem jazz ao vivo e, às quintas, blues. Av. Pedroso de Morais, 604, Pinheiros, 3628-5000. Seg. a qua., 17h-0h; qui., 17h-1h30; sex. e sáb., 12h1h30. Chope, R$ 7,90; caipirinha, R$ 14; couvert, R$ 12. cervejarianacional.com.br

Zona Norte Frangó Localizado na parte alta do bairro, próximo à Igreja da Matriz, na Freguesia do Ó, este bar é a meca dos apreciadores de cerveja – que não dispensam um bom galeto. Chegue cedo em um sábado de sol, acomode-se em uma mesa na calçada e já inaugure a refeição pedindo a famosa coxinha de frango e catupiry. Os amantes da loira devem provar o menu degustação das cervejas, que inclui rótulos brasileiros, britânicos e até os raros trapistas (somente sete mosteiros trapistas produzem cerveja atualmente). Cada opção é servida na temperatura e no copo certos (a trapista vem em uma taça especial). Para sair satisfeito, peça o frango completo – galeto assado servido com polenta, farofa e salada. Lgo. da Matriz Nossa Senhora do Ó, 168, Freguesia do Ó, 3932-4818. Ter. a qui., 11h-0h; sex. e sáb., 11h-2h; dom., 11h-22h. Cerveja, R$ 6,90; caipirinha, R$ 14. frangobar.com.br

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Comes & Bebes

Roteiro de cafés

Suplicy Receitas de inverno

Envie sugestões para gastronomia@guiatimeout.com.br. opções vegetarianas Wi-Fi grátis

Alto da Lapa PADARIA Letícia Com trinta anos de

história, a padaria já é um clássico da zona oeste – hoje com outras três lojas na região e uma no Morumbi. Na unidade do Alto da Lapa, o ambiente amplo e com boa iluminação natural é convidativo para um café da manhã sem pressa. Uma dupla perfeita para o desjejum é o pingado (R$ 4,40), servido em copo de 300 ml, acompanhado do pão de cenoura na chapa com requeijão (R$ 4,40). Se a fome for grande, os sanduíches enormes, como o que leva peito de peru, queijo branco e bacon, na minibaguete (R$ 16,90), podem satisfazer. R. Passo da Pátria, 756, Alto da Lapa, 3831-6765. Seg. a qua., 6h-22h; sáb. 6h-23h; dom., 6h30-22h. Cafezinho, R$ 3,10, sanduíches, R$ 18,60-R$ 25. leticiapaes.com.br

Centro, Luz & Bom Retiro CAFÉ Floresta Aqui vale até tirar foto:

a cafeteria com ares de botequim de antigamente fica bem no térreo do Copan. Com 37 anos de história, é parte de uma rede que possui linha própria de cafés. Cativo e ao mesmo tempo heterogêneo, o público do lugar tem preferência pelo espresso (R$ 3), que tem crema consistente e costuma ser bem tirado . Para acompanhar, recomendamos bolos caseiros (R$ 6,50), como o de laranja com coco e o de banana. Tudo para ser consumido de pé. Av. Ipiranga, 200, República, 3259-8416. Seg. a dom., 8h-22h. Cafezinho, R$ 3; pão de queijo, R$ 2,80. cafefloresta.com.br

PADARIA Padaria Paulistana Em

pleno Mercado Municipal, uma caótica aglomeração de salames e mortadelas descomunais confere a essa padaria/ café/empório uma decoração incomum. Os eficientes garçons contrastam com o serviço das padarias mais tradicionais: as mesas são atendidas por jovens sorridentes, com cabelos coloridos e braços tatuados. R. da Cantareira, 306, Sé, 3229-4664. Metrô São Bento. Seg. a sáb., 6h-18h; dom., 6h-16h. Cafezinho, R$ 3; sanduíches, R$ 8-R$ 14.

PADARIA Dengosa Esta concorrida

padaria da região dos Jardins ainda preserva os ares das antigas panificadoras de bairro. Administrada pelos mesmos donos da Galeria dos Pães, a padaria tem um balcão metalizado, sem bancos, por onde desfilam sanduíches caprichados para serem degustados de pé. Um de seus pontos altos é mesmo o pingado (R$ 4,20), que ali é chamado de média, feito com espuma cremosa de leite e servido na xícara, não no copo. Entre as sugestões, o de pão ciabatta recheado com pastrami, queijo prato e picles de pepino (R$ 15) é uma boa pedida. R. Dr. Melo Alves, 281, Jd. Paulista, 30612919. Seg. a dom., 6h-22h. Cafezinho, R$ 2,70; sanduíches, R$ 6,30-R$ 18,80.

Liberdade, Bela Vista & Vila Mariana PADARIA Pão de Ló A apenas um

quarteirão da Avenida Paulista, em frente ao Hotel Maksoud, o Pão de Ló é um misto de café e padaria, com um acolhedor terraço externo para saborear uma salada de frutas ou uma fatia de bolo ou muffin com café. No interior da loja, você pode se acomodar no mezanino e escolher dentre um menu variado, que inclui desde ovos mexidos a risoto. No fim de semana, um delicioso bufê de café da manhã é servido das 7h às 15h30, com pães, bolos, sucos e omelete por R$ 26,90. R. São Carlos do Pinhal, 451, Bela Vista, 3288-2949. Aberto todos os dias, 6h3023h30. Cafezinho, R$ 3,50; sanduíches, R$ 7-R$ 26.

Brás, Mooca & Tatuapé

Vila Madalena & Pinheiros

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CAFÉ Bangkok Café Boa surpresa na região da Mooca, o espaço funciona somente à noite, utilizando o café da tradicional marca Café do Centro, em versões como espresso (R$ 3,50), macchiato e latte. O ambiente é silencioso e com iluminação baixa e agradável. Inove provando a sopa thai (R$ 12). R. Sebastião Preto, 43, Mooca, 20285344. Ter. a sáb. 18h-0h; dom., 18h-22h. Cafezinho, R$ 6,50. bangkokcafe.com.br

Jardins

Se no verão os cafés paulistanos se esforçam para se adaptar ao clima quente, criando versões geladas de cappuccinos e mochas, no inverno a criatividade dos baristas aflora mais naturalmente. O Café Suplicy, por exemplo, está com um menu especial para esta temporada de frio. São seis receitas a mais de café, chocolate e chá, como o clássico Choconhaque (na foto), preparado com chocolate quente italiano, conhaque e cacau (R$ 13,90). Também entrou no cardápio o Chai, tradicional chá indiano (R$ 6,90). No roteiro.

CAFÉ Deli Paris Esse café estilo parisiense é o local perfeito para um simples café com croissant, ou um brunch completo no domingo (R$ 29,90). Quer você esteja com desejo de doce ou salgado, tudo aqui é bom. Os crepes são de arrasar e servidos com uma boa variedade de recheios; ou peça as opções vegetarianas, tais como a quiche de alho porró e a ratatouille. R. Harmonia, 484, V. Madalena, 3816-5911. Metrô V. Madalena. Seg. a sex., 7h-23h30; sáb., 7h-15h; dom., 8h-15h. Cafezinho, R$ 3,20; crepe, R$ 17,90.

Zona Sul CAFÉ IL Barista Inaugurado em 2003 pela

Consolação & Higienópolis DOCERIA Cristallo A fachada dessa

doceria – uma Mona Lisa em mosaico – chama a atenção na Rua Oscar Freire. A loja de chocolates e doces abriu em 1953 e, desde então, tem servido bons panettones e paninis da cidade. Pegue um lugar no lado de fora, peça um espresso e tire esse tempo para relaxar e observar o movimento. E não saia sem experimentar uma bomba de chocolate (R$ 5,20). R. Oscar Freire, 914, Jd. Paulista, 3082-1783. Metrô Consolação. Seg. a sex., 9h3022h; sáb. e dom., 10h-22. Cafezinho, R$ 3,30; sanduíches, R$ 10-R$ 24. cristalloonline.com.br.

Itaim & Vila Olímpia CAFÉ Octavio Tomar um cafezinho neste espaço é toda uma experiência: desde a arquitetura até o décor interior, com poltronas de design ‘swan’, tudo aqui irá envolvê-lo. O menu traz bebidas à base de café preparadas com os grãos da fazenda Nossa Senhora Aparecida, na região Alta Mogiana, no interior do Estado. Além do espresso (R$ 5,10) bem tirado, há variações como o espresso romano, que leva um pedacinho de casca de limão. Prove ainda os pratos e, ao final, uma rabanada com calda de melaço (R$ 13,80). Av. Brig. Faria Lima, 2.996, Itaim Bibi, 3074-0110. Seg. a sex., 7h45-22h; sáb., 9h-23h; dom., 9h-22h. Cafezinho, R$ 5,10; sanduíches, R$ 14,50R$ 34. octaviocafe.com

mineira Gelma Franco, trata-se de uma das cafeterias precursoras do movimento dos ‘cafés gourmets’ da cidade. Hoje há quatro unidades onde são apresentados blends de produção própria, nos aromas forte e suave, além de uma variedade orgânica. Os espressos (R$ 4) disputam a atenção com receitas exclusivas, como o freddo limone, feito com cappuccino e sorvete de limão (R$ 13). Para os fãs de um café coado, a casa tem todas as manhãs, até às 10h, um combo (R$ 5,30) que inclui uma xícara de café de coador mais uma fatia de bolo ou pão. R. Verbo Divino, 1.385, S. Amaro, 5181-1671. Seg. a sex., 8h-20h. Outros endereços Al. Lorena, 1.731, Jd. Paulista; R. Mário Ferraz, 414, Itaim Bibi; Shopping Morumbi, Av. Roque Petroni Jr., 1.089. Cafezinho, R$ 4; sanduíches, R$ 8,80R$ 14. ilbarista.com.br

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Compras & Estilo

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Lojas, shoppings e beleza

De olho As cadeiras italianas Lux Gstaad compõem o ambiente da loja de móveis e objetos de design Poeira

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Compras & Estilo Design à vista

Sem pechincha Peças sofisticadas e importadas significam preços altos, estas cadeiras italianas custam R$ 27 mil

que você os esmague e eles cedam ao toque (R$ 800-R$ 1.990). Se dinheiro não for um problema, chute o balde e tenha sua casa inteira projetada e decorada por Penaguião. Se não, escolha apenas uma peça da loja, seja um sofá ousado ou algo efêmero, como o papel higiênico colorido importado de Portugal (R$ 10, o rolo).

Detalhe Fios compõem a luminária

Acessórios Vasos, xícaras e pratos

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R. Dr. Melo Alves, 276, Jd. Paulista, 2305-7616. Seg. a sáb., 10h-20h. poeiraonline.com

andre giorgi/Divulgação

Compartilhando um trecho de rua com butiques chiques, prédios residenciais e a padaria Dengosa (em Cafés), a Poeira chama a atenção com sua placa de néon cor-de-rosa brilhando contra a fachada cinza escura. O misto de loja e consultoria de decoração é o sonho realizado da designer de interiores portuguesa Mónica Penaguião e está muito longe do que foi a primeira loja que ela abriu, quando tinha só 15 anos, em 1981, em Lisboa. “Era um lugar emprestado pelo meu tio”, lembra Penaguião. “Vendia de tudo, de botões a sofás. A única coisa que importava era se eu gostava.” Trinta e dois anos depois, ela coloca a mesma paixão no que se transformou em uma marca internacional; a Poeira foi aberta em 2010 no Rio e, no ano passado, em Maputo (Moçambique) e São Paulo. As paredes de tijolos brancos expostos entremeadas por colunas cobertas por papel de parede verde são uma tela clara e delicada para a peculiar coleção em exposição na loja paulistana. As peças da própria marca – mesas de madeira de demolição branca descascada e móveis de cozinha – são encontradas ao lado de sofás, papéis de parede, luminárias e almofadas criados por designers brasileiros e internacionais. Peças sofisticadas e importadas significam preços altos. Estamos falando de até R$ 2,3 mil por metro de tecido Missoni, por exemplo. As peças brasileiras saem por menos, embora não exista pechincha quando se trata de design. Nós adoramos as excêntricas cadeiras feitas de tábuas de skate, dos designers cariocas do Studio Zanini – de edição limitada, custam R$ 5.480 cada – e as extravagantes cadeiras Lux Gstaad, da casa italiana de design Fornasetti: os encostos dos assentos são compostos de olhos atentos saindo de gorros de esqui com pompom. Mas, a R$ 27 mil cada, suas visitas terão que se sentar com muito cuidado nelas. Fique de olho no trabalho de outro criativo italiano, Gaetano Pesce – seus vasos de resina parecem de vidro até

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A loja Poeira tem móveis e objetos de decoração criativos e extravagantes, conta Anna Fitzpatrick

De fora para dentro A fachada escura chama a atenção, enquanto no interior o branco domina as paredes

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Roteiro de perdição Andarilhas Meias customizadas

Shopping centers

Conjunto Nacional Cerca de 30 mil pessoas circulam todos os dias por esse famoso símbolo da Avenida Paulista. Projetado por David Libeskind, em 1958, a construção é pioneira ao reunir escritórios, apartamentos residenciais e lojas em um só lugar. O complexo abriga a completa Livraria Cultura, fundada por Kurt e Eva Herz, e uma sala para espetáculos. Além disso, há o Cine Livraria Cultura, que conta com uma programação bem selecionada, livre de blockbusters. O relógio e o termômetro digitais que coroam o prédio são referência diária para quem mora na cidade ou só está de passagem. Av. Paulista, 2.073, Metrô Consolação, 3179-0000. Seg. a sex., 7h-22h; sáb., dom. e fer., 10h-22h. ccn.com.br Frei Caneca Localizado próximo à Avenida Paulista, esse shopping é famoso pelas opções culturais – além de reunir muitas lojas, nove cinemas e dois teatros, também recebe eventos e abriga a Escola de Atores Wolf Maya, diretor de novelas da Globo. O cinema é conhecido por ter uma boa seleção de filmes, que vai além das opções do circuito comercial. A praça de alimentação costuma ficar bastante cheia na hora do almoço, de modo que você pode ter de dividir sua mesa. R. Frei Caneca, 569, Consolação, 3472-2000. Metrô Consolação. Seg. a sáb., 10h-22h; dom., 14h-20h. freicanecashopping.com.br Galeria Ouro Fino O público alternativo de São Paulo vive nesta galeria. O lugar sedia estúdios de tatuagem, lojas de roupas e cabeleireiros, O destaque são os pequenos espaços de estilistas alternativos, que vendem peças criativas e diferentes por preços justos. Aqui você encontra coisas que dificilmente estariam em lojas de shoppings mais tradicionais. R. Augusta, 2.690, Jd. Paulista, 3082-7860. Metrô Consolação. Seg. a sáb., 8h-20h (fecha dom.). galeriaourofino.com.br Galeria do Rock Este templo do rock reúne 450 lojas, 190 das quais dedicadas às várias facetas da cena musical. É um bom lugar para encontrar CDs e, especialmente, vinis raros. Para os fãs que gostam de

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Cidade Jardim O shopping luxuoso, parte de um complexo com 12 torres, abriga grifes como Hèrmes, Giorgio Armani, Montblanc e o estilista brasileiro Carlos Miele. Não perca a Chocolat du Jour, uma das melhores lojas de chocolate da cidade. Av. Magalhães de Castro, 12.000, Cid. Jardim, 3552 -1000. Seg. a sáb., 10h-22h; dom. e fer., 14h-20h. shoppingcidadejardim.com

A multitalentosa e artística Camila Nunez – autodenominada stylist, produtora de moda, atriz e designer – acaba de lançar uma coleção de meias-calças pintadas à mão chamada Andarilhas. Nunez sempre gostou de customizar suas próprias meias, mas só agora está vendendo suas criações. Cada peça é única, com padrões que vão de respingos monocromáticos ao estilo das pinturas de Jackson Pollock até vibrantes listras tiedye. Pedidos pelo e-mail nunez.camila@gmail.com ou pelo telefone 98415-1194. R$ 55 cada.

vestir a camisa, também há muitas lojas de roupas, acessórios e pôsteres. Quem estiver se sentindo especialmente roqueiro, pode aproveitar para fazer uma tatuagem ou um piercing em alguns dos estúdios sediados na galeria. O último andar é dedicado ao hip hop e à black music. Os preços são inferiores aos de outras lojas especializadas da cidade. Aos sábados, um batalhão de adolescentes invade o lugar. Aproveite para apreciar a arquitetura do centro de São Paulo, mas cuidado com os batedores de carteira da região. R. 24 de Maio, 62, Centro, 3337-6277. Metrô República. Seg. a sex., 9h-20h; sáb., 9h-17h (fecha dom.). Ibirapuera Um dos maiores e mais antigos shoppings da cidade, o Ibirapuera tem mais de 400 lojas e uma área gourmet que conta com bons restaurantes. Há opções de compras para quase todos os bolsos e gostos, o que torna difícil sair de lá com as mãos vazias. Você também pode aproveitar para caminhar pelas imediações, onde há lojinhas charmosas, cafés e restaurantes em ruas como BemTe-Vi, Gaivota, Pavão e especialmente a Normandia. Av. Ibirapuera, 3.103, Moema, 5095-2300. Seg. a sáb., 10h-22h; Dom., 14h-22h. ibirapuera.com.br

Iguatemi O shopping mais antigo da cidade continua cheio de classe e sofisticação. É a casa de grifes internacionais como Emporio Armani, Louis Vuitton e Ermenegildo Zegna. A Tiffany & Co possui uma loja no térreo, com entrada para a rua, lembrando a icônica loja da Quinta Avenida de Nova York. Além disso, há destaques da moda brasileira, como a Rosa Chá e a Maria Bonita. Lojas internacionais com preços mais acessíveis, como Zara e Diesel, também marcam presença. O cinema é confortável e sua programação sempre acompanha os principais lançamentos mundiais. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jd. Paulistano, 3816-6116. Seg.a sáb.10h22h. iguatemisaopaulo.com.br JK Iguatemi O mais novo shopping da cidade se esmera na opulência. O piso é lustroso e brilhante, os elevadores,são forrados de madeira e as janelas, imensas – algo incomum para um shopping – deixam a luz natural entrar. Além de alguns dos melhores restaurantes da cidade (Varanda, Tre Bicchieri) e previsíveis sinônimos de luxo como Chanel e Bulgari, as novidades são as primeiras filiais brasileiras da

Sephora e da londrina Topshop e sua grife associada, Topman. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041,V. Olímpia. 3152-6813. Seg. a sex., 10h30-23h; sáb., 10h-23h; dom., 11h-22h. Os horários de lojas, bares e restaurantes podem variar. jkiguatemi.com.br

Compras

Envie sugestões para shopping@ guiatimeout.com.br (redação)

Market Place Neste pequeno shopping, o que importa é a qualidade, e não a quantidade de lojas, que parecem ser escolhidas a dedo para manter uma seleção de opções elegantes. O Market Place conta com uma excelente e espaçosa praça de alimentação, com enorme variedade de opções. Entre os destaques, o Outback, a Mango Smoothies e a Brigaderia. O cinema está sempre preparado com os ultimos grandes lançamentos da indústria. Não deixe de passar na Le Lis Blanc. Aproveite para conhecer o Morumbi Shopping, já que uma passarela liga o Market Place ao centro comercial do outro lado da avenida. Av. Dr. Chucri Zaidan, 902, Brooklin, 3048-7000. Seg. a sáb., 10h-22h; Dom., 14h-20h. marketplace.com.br Morumbi O Morumbi é o preferido dos jovens executivos da região, que malham na Companhia Athletica ou fazem compras na Fnac. Na praça de alimentação, há restaurantes gourmet, como o Ganesh (gastronomia indiana) e o Barbacoa (carnes). Marcas brasileiras de prestígio, como Animale, Carlos Miele, Fit e Mara Mac se concentram no mesmo andar, a poucos metros da área gourmet. O cinema é pequeno, mas é uma boa opção para quem quer fazer uma pausa na peregrinação por provadores. Aproveite para passar no Shopping Market Place, que está a uma passarela de distância. Av. Roque Petroni Jr., 1.089, Brooklin, 4003-4132. Seg. a sáb., 10h-22h; Dom., 14h-20h. morumbishopping.com.br Pátio Higienópolis Vá com tempo. Localizado numa avenida arborizada do bairro de mesmo nome, o shopping tem muitas opções de cafés e docerias, bom para sentar e ver o movimento. Cachorros são bem-vindos por aqui e desfilam por seis pisos de lojas. Cansou de provar roupas? Aproveite para ir ao teatro ou a uma das seis salas de cinema. Av. Higienópolis, 618, Higienópolis, 3823-2300. Seg. a sáb., 10h-22h.; dom. e fer., 14h-20h. patiohigienopolis.com.br Vila Olímpia Um pouco mais vazio do que os outros shoppings da cidade, este espaço de compras é uma boa opção para quem quer mais traquilidade na hora de admirar seis andares de vitrines. A praça de alimentação é espaçosa e confortável, com restaurantes de gastronomias variadas, mas pode ficar cheia na hora do almoço. O cinema tem sete salas de programação de grandes lançamentos mundiais. R. Olímpiadas, 360, V. Olímpia, 4003-4173. Seg. a sáb., 10h-22h.; dom. e fer., 11h-21h.scvilaolimpia.com.br

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De casa nova Sick’n’Silly

Alexandre Herchcovitch Na loja recém-instalada em novo endereço, o amplo espaço no térreo apresenta uma microcoleção de peças de décor e papelaria assinadas por ele. Há louças de desenhos geométricos variados, agendas e cadernos que, com seu toque de Midas, dão importância redobrada a qualquer peça que esteja exposta ali. R. Melo Alves, 561, Jd. Paulista, 4306-6475. Seg. a sáb., 10h-20h. herchcovitch.uol.com.br Anunciação Difícil não imaginar uma festa ou um dia inspirado de trabalho para usar cada peça desta grife goiana. As estampas da designer colombiana Catalina Estrada encantam. Os vestidos deixariam qualquer uma de bom humor no verão, mas os casacos também esquentariam (em todos os sentidos) os dias frios de inverno (ou de primavera na cidade de clima instável). A fachada cor-de-rosa chama a atenção e uma trilha sonora delicada sai de duas caixas de som instaladas para fora da rua. Na vitrine, carpas nadam em um minilago no nível do chão. Inspire-se no visual das vendedoras descoladas, mas prepare o bolso: as peças da estação não saem por menos de R$ 600. Um bazar no segundo piso expõe as coleções passadas, um pouco mais baratas, mas não menos do que R$ 400. Nós pagaríamos. R. Oscar Freire, 540, Jardins, 3085-7883. Seg. a sex., 10h-19h30h; sáb., 10h-18h. anunciacao.com Avatim Cheiros da Terra As vantagens de comprar nesta loja com fábrica-base em Ilhéus, na Bahia, são ao menos três: variedade, inventividade e preço. Se até para quem sabe comprar presente há o momento da dúvida, aqui você encontra opções genéricas que não o deixarão de mãos abanando no Natal. Velas, sabonetes, águas de cheiro para roupas e aromas, muitos aromas para ambiente são a especialidade da casa. O perfume para interiores no sabor ‘patchouli’ (R$ 33, 200ml) dura ao menos três horas, e a vela perfumada cravo e canela (R$ 23, 100g) revela a cidade do aclamado romance de Jorge Amado. R. Aspicuelta, 228, V. Madalena, 3023-5612. Seg. a sáb., 10h-19h. avatim.com.br Calu Fontes Os delicados desenhos e decalques de Calu Fontes em peças em cerâmicas têm feito sucesso em decorações feitas com azulejos em alguns estabelecimentos pela cidade, como nos banheiros do café-bistrô Lady Fina (R. Loefgreen, 2.481, Vila Mariana, 2359-2080). Não à toa, lindos pássaros pontilhados com flores dão vida a vasos, moringas, saladeiras, bules, xícaras e outros objetos utilitários, com preços que começam em R$ 25 (azulejo de 15cm x 15cm) a R$ 3.000 (vaso de 1m de altura). Suas colagens misturam mandalas ‘rendadas’ a desenhos de musas dos anos 1920 e imagens orientais. Ótimo para presentes que fazem a diferença. R. Luiz Anhaia, 91, V. Madalena, 3034-0352. Seg. a sex., 10h-18h; sáb., 10h-17h. calufontes.com Casa Juisi Phosphorus Na parede lateral logo na entrada, a frase “Tudo o que o poder toca, estraga”, feita de cinzas por Felipe Cidade, dá as boas-vindas da construção que data de 1890, sede do primeiro cartório da cidade. Suba os dois

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Compras

Lojas

O primeiro endereço da Sick‘n’Silly, na Alameda Jaú, ficou pequeno demais para a loja de skate e estúdio de tatuagem com descarado estilo punk dos anos 1990. Agora, ela está mais bem acomodada em seu novo e maior espaço na Rua Augusta, provando que pode prosperar no ambiente fashionista dos Jardins. Para complementar o estoque de equipamentos para patinação e skate, discos importados de vinil e linhas próprias de roupas (Sick Mind para homens, Silly Girl para mulheres), a loja também levou seu elenco de tatuadores e ampliou os serviços, oferecendo cabeleireiros – mais um atrativo para os clientes, além das exposições de arte e dos shows de pequeno porte. R. Augusta, 2.056, Jardins, 3081-3899. Ter. a sáb., 10h-20h; dom., 13h-19h. sickmind.com.br primeiros lances de escadas para chegar até o andar que dá abrigo a um acervo de mais de cinco mil peças de vestuário, separadas em três ambientes: um para roupas de temática oriental e militar, outro para peças em jeans e outro maior com vestuário de vários períodos e épocas. Mas você precisará ser um produtor de moda, de cinema ou de música para poder levar alguma peça, uma vez que elas são destinadas somente para aluguel de profissionais. A sala onde funciona o brechó destinado ao varejo fica no mesmo andar, além da biblioteca com livros de arte, moda e arquitetura para pesquisa. Peças que chegam do Japão enchem as araras. Da seleção, é possível garimpar vestidos de Norma Kamali e saias Oscar de la Renta e Burberry. Reserve, ao final, um tempo extra para a galeria de Maria Montero, com vocação para dar abrigo a novos artistas e realizar intercâmbios com estrangeiros. R. Roberto Simonsen, 108, Centro, 3063-5766. Metrô Sé. Seg. a sáb., 10h-19h. Facebook: http://j.mp/casajuisi Fernanda Yamamoto Preste atenção à fachada e você perceberá que a janela da frente é uma caixa de vidro sobre rodas: às vezes, a entrada fica à esquerda; às vezes, à direita. No interior, os mais atentos vão reparar no cuidado nos detalhes: do pequeno calendário manual às estruturas

de papelão que suportam os acessórios cortados a laser. Há uma mistura sutil de contrastes - fashion, mas amigável,óbvio, mas subentendido. As roupas, desenhadas por Fernanda e outros jovens estilistas, estão expostas em estruturas parecidas com andaimes, com os nomes dos autores escritos em placas de carro. As coleções utilizam papel, feltro, sedas, origami e geometria, fazendo cada uma das peças única. Os preços são um reflexo do tempo, qualidade e técnica envolvidos nas criações, com vestidos longos a R$ 600, kimonos por R$ 700 e tops por R$ 280. R. Aspicuelta, 441, V. Madalena, 30327979. Seg. a sex., 10h-19h; sáb., 11h-17h. fernandayamamoto.com.br Juliana Bicudo As paredes de tijolo brancas são coloridas pela bancada amarela repleta de sapatos de inspiração retrô ultrafemininos, como sandálias rasteiras (R$ 389) e de salto (R$ 499). Inspirada pela paixão por sapatos da mãe, não demorou muito para que a Juliana, arquiteta e urbanista, migrasse para o design de moda para os pés. Feitos de couro e de acabamento impecável, os sapatos são mais do tipo para mostrar do que para andar. Ainda assim, valem cada centavo. R. Girassol, 170, V. Madalena, 3031-7802. Seg. à sex., 10h-19h; sáb., 10h8h. julianabicudo.com.br

Lê Sacs A casa onde Helena Buon instalou seu mundo particular já vale a ida: um minicaminho de pedrinhas leva até a entrada desse lugar arejado, ‘decorado’ com bolsas de todos os tipos e tamanhos, que formam um espaço onde você quer estar. Em três pontos do chão, sapatilhas e sapatos desenhados para quem quer desfilar um modelo único e, em alguns cantos, objetos de decoração feitos em couro, matéria-prima de todas as peças da loja. Os preços não são baratos, mas justos, dada a qualidade do acabamento e material em que são confeccionados. R. Harmonia, 223, V. Madalena, 3034-2454. Seg. a sáb., 10h-19h. lesacs.com.br Loja do Bispo À primeira vista, a Loja do Bispo parece uma miscelânea desconexa de informação visual. Mas tudo ali é milimetricamente pensado por Pinky Wainer, dona, artista e curadora. Em seis anos no comando do espaço, ela não somente o reeditou como trouxe mais ousadia ao lugar, agora repaginado. A Loja do Bispo é assim, permeada de referências descoladas e gente talentosa, desde o pop de raíz dos anos 1960, com imagens e frases de Andy Warhol, à versão da corrente diluída em olhares contemporâneos como o de Rita Wainer, filha de Pinky, Walmor Corrêa, Eduardo Muylaert e o próprio Lyle Owerko, que a galeria representa com exclusividade. Entre muitos outros. R. Dr. Melo Alves, 348, Jd. Paulista, 3064-8673. Seg. a sex., 11h-19h; sáb., 11h-18h. lojadobispo.com.br

Lojinhas de museus Masp No subsolo de um dos prédios mais conhecidos da cidade, a loja do Museu de Arte de São Paulo se destaca pela variedade de livros de arte de editoras como Taschen, Paisagem, Icon, Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, entre outras. É fácil encontrar os catálogos do acervo do museu e, com exclusividade, os catálogos das exposições em cartaz e de mostras anteriores. Na linha de objetos, há opções em prata e em cerâmica assinadas por artistas como as de Norma Tamaoki, única artista autorizada a produzir peças com obras de Tarsila do Amaral. Um prato decorativo grande assinado por ela sai por R$ 210. Av. Paulista, 1.578, 3251-5644. Ter. a dom., 11h-17h30; qui., 11h-19h30 (bilheteria até 19h30). masp.art.br Pinacoteca Seguindo tendências internacionais, a loja da Pinacoteca oferece uma variedade de produtos institucionais diversos baseados na marca e nas ações do museu, além de uma série de publicações de arte e das exposições temporárias do espaço. Entre nécessaires e livros, destacam-se a caneca de porcelana com desenho criado pelo artista Paulo Von Poser para o Memorial da Resistência (R$ 18) e a linha de sacolas e bloquinhos de anotação ‘Arte por Paixão / Paixão por Arte’. A sacola feita com sobras de banner, nas cores verde e vermelha, custa R$ 55. Já os bloquinhos que declamam paixão pela arte saem por R$ 18. Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, 3324-1000. Ter. a dom., 10h-18h. pinacoteca.org.br

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Por aí

O mês na cidade 50 54 59 60 64 66

DIVULGAÇÃO

Arte & Museus Cinema Gay Música & Noite Teatro & Dança Futebol & Copa do Mundo 2014

História viva Eventos culturais passam a ocupar a Casa do Povo, no Bom Retiro, após sua revitalização

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Arte Boas impressões

Está na mesa A banca de venda de pôsteres, livros de arte e fanzines da primeira feira do Tijuana, em 2009

para revitalização, o espaço tem significado histórico e grandes planos para o futuro. O prédio foi construído em 1953 pela comunidade de imigrantes judeus do Leste Europeu que se estabeleceu no Bom Retiro, como

promover debates, convidar portavozes da dissidência e refugiar quem sofria perseguição política. A organização que financia o centro, o Instituto Cultural Israelita Brasileiro, assegurou que a Casa do Povo nunca fechasse as portas – ela funciona ininterruptamente desde a fundação, embora tenha passado por maus bocados –, mas o interesse renovado em homenagear os ideais de pensamento crítico e liberdade de expressão dos fundadores ajudou a levar a feira do Tijuana a seu espaço principal, dando um pouco de energia e espírito artístico tanto ao prédio como ao Bom Retiro.

um monumento vivo às vítimas do Holocausto. Era um polo social e cultural, recebendo apresentações de dança inovadoras, teatro político e abrigando a redação do jornal Nossa Voz. Durante a ditadura militar, a Casa do Povo sofreu censura por

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Embora muito possa ser dito sobre a experiência de analisar a arte em um museu ou galeria, há uma intimidade incomparável nas obras impressas que você leva para casa e revisita o quanto quiser. Com essa ideia em mente, a 5a edição da Feira de Arte Impressa do Tijuana reúne 40 editoras que oferecem tesouros que vão desde microzines gráficos conceituais até pesados livros de arte e pôsteres bem produzidos. Esta é a primeira vez em que a feira, criada em 2009, acontecerá fora do espaço Tijuana, que fica na Galeria Vermelho. Em vez disso, ela irá para o bairro do Bom Retiro, onde ocupará uma seção do imenso centro cultural Casa do Povo. Na Oficina Oswald de Andrade, ali perto, o evento promoverá workshops de encadernação e de impressão manual, bem como a confecção, por um grupo de artistas, de um imenso ‘livro coletivo’ de caligrafia, na sala de leitura do prédio. O principal atrativo da feira é a variedade incrível de obras à venda, incluindo as da editora paulista Cosac Naify, os livros de arte altamente criativos da editora independente A Bolha, do Rio de Janeiro, e do museu de arte contemporânea La Eñe, de Buenos Aires. Mas o evento também quer refletir sobre a importância (ou a falta de) das artes visuais impressas por meio de debates comandados pelo grupo educacional Máquina de Escrever (projeto da Capacete Entretenimentos, uma plataforma de atividades interculturais), pela revista online Maré e pelo grupo Turnê Literária, que promove a literatura brasileira. As discussões vão abordar temas como o espaço ocupado pela redação crítica nas artes visuais e o potencial das plataformas virtuais versus a expressividade da mídia impressa tradicional. Os visitantes da Tijuana não só ficarão impressionados com a diversidade das publicações, mas também com o lugar estonteante que é a Casa do Povo. Em obras

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CM Gorey garante que a Feira de Arte Impressa Tijuana, agora em local histórico, está imperdível

Prédio histórico A Casa do Povo, que hospeda o evento deste ano

5ª Feira de Arte Impressa do Tijuana Casa do Povo. R. Três Rios, 252, Bom Retiro, facebook.com/ casadopovoxxi. Oficina Oswald de Andrade. R. Três Rios, 363, Bom Retiro, 3361-4976. oficinasculturais. org.br. 27 e 28/7. 12h-20h (Casa do Povo), 10h-18h (Oficina Oswald de Andrade). GRÁTIS

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Galerias

Poeira ao vento Lais Myrrha

Envie sugestões para arte@ guiatimeout.com.br (redação), e claire@guiatimeout.com.br (editora).

Butantã

Santa Cecília

Itaim Bibi & Vila Olímpia Casa Triângulo Instalada em uma casa grande e estilosa no Itaim Bibi, promove e divulga artistas brasileiros e estrangeiros com projeção internacional desde 1988. Sem medo de chocar e diversificar, apresenta pinturas pálidas e infantis de Camila Macedo, que exalam uma misteriosa inocência, bem como as esculturas de Nazareth Pacheco. R. Paes de Araújo, 77, Itaim Bibi, 3167-5621. Ter. a sáb., 11h-19h. casatriangulo.com.br Luciana Brito Galeria Esta elegante galeria representa 20 artistas brasileiros e estrangeiros consagrados, incluindo nomes icônicos como Marina Abramovic, nascida na Sérvia e conhecida como ‘avó da arte performática’. R. Gomes de Carvalho, 842, V. Olímpia, 3842-0634. Seg. a sab., 10h-19h. lucianabritogaleria.com.br Galeria Marília Razuk Desde sua abertura em 1992, esse espaço se dedica a artistas brasileiros e internacionais. São duas unidades na mesma rua. R. Jerônimo da Veiga, 62 e 131, Itaim Bibi, 3079-0853. Seg. a sex., 10h30-19h; sáb., 11h-15h. galeriamariliarazuk.com.br

Jardins Coleção Particular Esta não é uma galeria comum: trata-se de um acervo particular e também da paixão do colecionador de arte Oswaldo Costa. Construído ao longo de 40 anos, o conjunto é uma raridade no mundo dos compradores de arte, já que está aberto a todos e é o próprio dono quem dá as boas vindas para quem quiser vê-lo – com direito a histórias saborosas sobre os artistas. A seleção tem alguns dos mais importantes artistas brasileiros dos últimos 50 anos, com obras de

A artista brasileira Lais Myrrha reverencia a mineração do estado de Minas Gerais e, para isso, a seu modo, também faz escavações. Utilizando diversos meios – como vídeo, escultura e até mesmo fotografia e cartografia – ela explora a natureza efêmera do mundo que nos cerca e questiona o simplismo de conceitos como permanência, independência e igualdade. A exposição de Myrrha tem o mesmo nome de sua mais recente série de obras, ‘Zona de Instabilidade’, um trio de peças em que a poeira do concreto simboliza a instabilidade e a transformação.

Essas ideias são retratadas como meras promessas que existem apenas abstratamente. A natureza temporária e instável de algo sólido, por exemplo, é notável na escultura de concreto Pódio para Ninguém (na foto). Entre as outras obras expostas, estão Dicionário do Impossível – reprodução em mármore das palavras que a artista considera idealizadas, acompanhadas de verbetes tirados do dicionário – e O Tempo Corre para o Norte, uma ampulheta cuja areia fica estática na parte de cima, desafiando a noção de tempo. Até 25/8. Caixa Cultural (no roteiro).

nomes como Geraldo de Barros, Cássio Michelany, Cildo Meireles e Leonilson. Uma peça deste último tem como matéria-prima um papel de embrulho de uma marca de roupas. Há também uma obra de Leda Catunda feita com serrotes, sua obsessão na época. Preste atenção nas inovadoras pinturas e esculturas do artista paulistano Sergio Romagnolo. R. Artur de Azevedo, 51, Jd. Paulista. Visitas agendadas por telefone, 23659575. colecaoparticular.com Galeria Luisa Strina Essa elegante galeria é um dos pilares do circuito artístico contemporâneo mais refinado. Representa grandes nomes como Cildo Meireles, o artista conceitual brasileiro de destaque, além de estabelecidos talentos, como Alexandre da Cunha. R. Pe. João Manuel, 755, Jardins, 3088-2471. Seg. a sex., 10h-19h; sáb., 10h-17h. Outro endereço R. Oscar Freire, 502, Jardins. galerialuisastrina.com.br Mendes Wood Esta galeria injeta um toque de entusiasmo e ousadia bem joviais à cena artística da cidade. Propriedade dos galeristas Pedro Mendes, Felipe Dmab e Matthew Wood, este último dos Estados Unidos, a Mendes Wood é uma galeria de vanguarda, cujos representados agora incluem o principal artista conceitual do Brasil, Tung, assim como um elenco

de jovens brilhantes. R. da Consolação, 3.368, Jardins, 3081-1735. Metrô Consolação. Seg. a sex., 11h-19h; sáb., 11h-17h. Não aceita cartão. mendeswood.com Galeria Nara Roesler Influente nome na arte de São Paulo, além de ela ser uma negociadora experiente e ocupada, Nara Roesler administra o endereço online da Galeria Motor (galeriamotor.com.br) ao lado de seu filho. A pintora japonesa Tomie Ohtake e o jovem artista Rodolpho Parigi são apenas alguns dos nomes representados por ela. Av. Europa, 655, Jd. Europa, 3063-2344. Seg. a sex., 10h-19h; sáb., 11h-15h. nararoesler.com.br

Pinheiros Galeria Estação A arte popular brasileira é o foco dessa galeria dirigida por Vilma Eid. Sua coleção tem obras fascinantes, incluindo artistas como José Antônio da Silva. O local tem também uma loja com belos livros e artesanato. R. Ferreira de Araújo, 625, Pinheiros, 3813-7253. Seg. a sex., 10h-18h; sáb., 11h-15h. galeriaestacao.com.br Galeria Virgílio O espaço arejado e a agradável cafeteria da Galeria Virgílio são pontos de encontro do público de arte em Pinheiros, e o local não se envergonha de ser intelectual. Portanto, não se surpreenda

Baró Galeria Muito importante na cidade, a Baró faz coisas em grande escala, com uma programação em constante mudança e uma ousadia inconfundível. A proprietária, a espanhola Maria Baró, desenvolveu uma boa conexão com artistas de outros países latino-americanos. Sua galeria ocupa um galpão grande e arejadona Barra Funda, bairro em ascensão no mundo das artes. R. Barra Funda, 216, Barra Funda, 3666-6489. Metrô Marechal Deodoro. Ter. a sex., 11h-19h; sáb., 11h-17h. barogaleria.com

Arte

Galeria Vermelho Projetada em 2002 por três arquitetos – entre eles Paulo Mendes da Rocha, a Vermelho ostenta um belo jardim e uma impressionante fachada, usada para instalações, projeções e eventos. A galeria tem uma reputação merecida de descobrir e investir em novos artistas. R. Minas Gerais, 350, Higienópolis, 3138-1520. Ter. a sex., 10h-19h; sáb., 11h-17h. galeriavermelho.com.br

divulgação

Galeria Leme Esse espaço abriga uma galeria dinâmica que representa artistas nacionais e estrangeiros, com especial foco na América Latina. No início de 2012, a Leme levantou acampamento e se mudou para um novo endereço, duas quadras do primeiro. Av. Valdemar Ferreira, 130, Butantã, 3093-8184. Seg. a sex., 10h-19h; sáb., 10h-17h. Não aceita cartão. galerialeme.com

Consolação

ao se deparar com um curso de jornalismo de mídia social ou um show de jazz do multi-instrumentista Renato Anesi acontecendo juntamente com exposições de artistas locais, como Diego Belda e sua “escultura” de mesa de sinuca. R. Virgílio de Carvalho Pinto, 426, Pinheiros, 23732999. Seg. a sex., 10h-19h; sáb, 10h-17h. galeriavirgilio.com.br

Vila Madalena DOC Galeria Esta pequena e dinâmica galeria fica no andar de cima do bar Posto 6 (o proprietário também é um dos sócios do animado boteco). Especializada em fotografia, a DOC promeve a Mostra, o festival anual de fotografia da Vila Madalena, além de uma série de workshops e eventos. Recomendamos. R. Aspicuelta, 662, V. Madalena, 39380130. Seg. a sex., 11h-19h. Sat., 11h-14h. docgaleria.com.br Choque Cultural Essa galeria despretensiosa, influente e ousada dedica-se à arte urbana brasileira, desde grafiteiros até designers de pranchas de skate e gravuristas. No início de 2013, ela fechou seu primeiro e muito querido espaço, na Rua João Moura, e passou a concentrar suas atividades no que antes era seu segundo endereço. R. Medeiros de Albuquerque, 250, V. Madalena. Ter. a sex., 10h-18h; sáb., 12h-18h. choquecultural.com.br Fortes Vilaça Até mesmo os leigos sentem a qualidade dessa que é uma das galerias brasileiras mais bem estabelecidas no circuito internacional. Grandes nomes figuram na sua lista de artistas, como os gêmeos grafiteiros Otávio e Gustavo Pandolfo e Vik Muniz, que vive em Nova York – provavelmente o artista brasileiro mais conhecido no mundo. Vale também conhecer o Galpão, filial do Bom Retiro, mas recomendamos ir àquelas redondezas de táxi. R. Fradique Coutinho, 1.500, V. Madalena, 30327066. Ter. a sáb., 10h-19h. Outro endereço Galpão Fortes Vilaça, R. James Holland, 71, Bom Retiro, 33923942. Ter. a sáb., 10h-19h. Não aceita cartão. fortesvilaca.com.br Raquel Arnaud A curadora de arte contemporânea Raquel Arnaud especializou-se em abstração geométrica em sua galeria São Paulo Gabinete de Arte desde 1980, revelando talentos, como Lygia Clark. Em março de 2011, mudou-se para um novo espaço, maior, dividido em três andares, onde o piso térreo é um arquivo permanente para sua coleção Sergio Camargo. R. Fidalga, 125, V. Madalena, 3083-6322. Seg. a sex., 10h-19h; sáb, 12h-16h. raquelarnaud.com

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Museus &

Centros culturais

Arte

Caixa Cultural Propriedade da Caixa Econômica Federal, a galeria tem duas mil obras de arte, incluindo quadros, esculturas e entalhes de diversas gerações de artistas brasileiros. Pça. da Sé, 111, Centro, 3321-4400. Ter. a dom., 9h-21h. caixacultural.com.br Instituto de Arte Contemporânea O Instituto faz parte da Universidade de São Paulo, mas fica na Vila Buarque, próximo à universidade rival Mackenzie. Seus ex-alunos ilustres incluem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Centro Universitário Maria Antônia, R. Dr. Álvaro Alvim, 90, 1o andar, V. Mariana, 32552009. Ter. a sáb., 10h-20h; dom., 12h-17h. iacbrasil.org.br Museu de Arte Moderna (MAM) Fundado em 1948 e inspirado no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), o MAM possui mais de 5 mil obras de artistas brasileiros aclamados, como Regina Silveira, Cildo Meireles e Leonilson. Sua missão é exibir arte brasileira moderna e contemporânea, e também possui o Jardim de Esculturas, de 6 mil m2. Av. Pedro Álvares Cabral, Pq. do Ibirapuera, 5085-1300. Ter. a dom.,10h18h. R$ 5,50; grátis, dom. mam.org.br

Museu da Casa Brasileira Pertecente no passado à família Prado, de poderosos barões do café, essa bela mansão preservada abriga um museu especializado em decoração e design. O acervo inclui mobília dos séculos 17 ao 21. O museu sedia exposições temporárias, bem como uma premiação anual de design. Há ainda um ótimo restaurante – Quinta do Museu – e, nas manhãs de domingo, o terraço e o jardim são cenários de deliciosas apresentações musicais gratuitas. Av. Brig. Faria Lima, 2.705, Jd. Paulistano, 3032-3727. Ter. a dom., 10h-18h. Estudante, R$ 2; R$ 4; dom. e fer., grátis. mcb.sp.gov.br Museu da Imagem e do Som (MIS) Uma grande obra realizada em 2008 reformou o prédio de concreto, que abriga um acervo de 30 mil fotografias, filmes e gravações. Entre os registros sonoros, há depoimentos de Tarsila do Amaral e Tom Jobim. O museu também realiza exposições e retrospectivas temporárias inovadoras e sedia animadas festas mensais no sábado à tarde em seu quintal. Av. Europa, 158, Jd. Europa, 2117-4777. Ter. a sex., 12h-22h; sáb., dom. e fer., 11h-21h. Estudante, R$ 2; R$ 4. mis-sp.org.br

PRESS IMAGE

Fotografia A moda da periferia

O longo caminho da moda da favela até os bastidores da São Paulo Fashion Week é árduo e geralmente inconcebível, mas, para um grupo de quatro aspirantes a estilista, o sonho se realizou. Mas você não precisa acreditar no que dizemos: o fotógrafo holandês Ahmet Polat estava lá para documentar essa jornada em duas ocasiões, separadas por seis anos: começando com o dia a dia difícil no bairro do Campo Limpo e culminando com cada um dos quatro encontrando o sucesso separadamente. O resultado é a exposição ‘O Dom da Periferia’. Até 31/7, na DOC Galeria. No roteiro. 52 timeout.com.br  Julho 2013 720 ARTE_19jul_Bia.indd 52

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C

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terça a sexta, das 15h às 22h sábado, das 13h às 21h | domingo, das 13h às 20h

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abertura beneficente 12 de agosto de 2013 às 19h Clube A Hebraica - Salão Marc Chagall Rua Dr. Alberto Cardoso de Mello Neto, 115 - São Paulo - SP

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Apoio Cultural:

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Cinema Filme do mês

Divulgação

Camille Claudel, 1915

Asilo da alma Juliette Binoche (à esq.) como Camille, transmite a inteligência, a ansiedade e o isolamento da artista que foi abandonada pela família

Camille Claudel, 1915. Dir. Bruno Dumont, 2013, França. Juliette Binoche, Jean-Luc Vicent. 95 min.

O ano no título de Camille Claudel, 1915, de Bruno Dumont, é duplamente crucial. Não apenas reflete o foco do longa em um momento específico da vida da escultora, como também o diferencia de um filme anterior, de 1988, com nome quase igual e estrelado por Isabelle Adjani. Aquele foi um filme cheio de energia (utilizava a intensidade crua de Adjani) sobre a juventude de Claudel, uma artista de sucesso que foi pupila de Rodin, se envolveu romanticamente e rivalizou com ele. Não é nenhuma surpresa que este filme de agora, do mesmo diretor de A Humanidade e O

Pecado de Hadewijch, seja, em geral, mais contido, mostrando o encarceramento dela, anos mais tarde, em um asilo perto da cidade de Avignon, na França. De modo diverso do que costuma fazer, ele escolheu

ansiedade e o isolamento de uma artista abandonada pela família, impossibilitada de trabalhar e forçada a viver com mulheres em geral muito menos capazes até mesmo de sobreviver do que ela, Binoche mostra uma habilidade eloquente e um controle

O diretor Bruno Dumont finalmente nos deu um filme de imensa beleza visual, clareza temática e ressonância sutil atores profissionais para os papéis principais. E foi recompensado pela ótima interpretação de Jean-Luc Vincent como Paul, o infeliz irmão poeta da heroína, e pela atuação maravilhosa de Binoche como Camille. Transmitindo a inteligência, a

admirável ao acompanhar a simplicidade e a clareza do roteiro e da direção de Dumont – um acerto, embora talvez um tanto controverso, é que as outras internas do asilo são, em grande parte, interpretadas por atrizes amadoras, deficientes na vida real.

Sendo assim, a história lida com o desespero de Claudel com sua situação e a fraca esperança de ser libertada. Felizmente – ainda que o último terço do filme permita que Paul discuta, talvez de forma muito longa, sua apaixonada crença católica –, não se trata de uma das vagas incursões de Dumont pela abstração religiosa. Atendose a diversos documentos históricos, ele simplesmente foca no doloroso momento de Claudel como mulher, artista, depressiva e ser humano sensível e inteligente. Evitando a metáfora e o misticismo (salvo quando seus personagens os adotam), ele finalmente nos deu um filme de imensa beleza visual, clareza temática e ressonância sutil. Geoff Andrew Estreia em 9 de agosto.

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Estreias Muito Barulho por Nada

Shakespeare moderno A peça cômica do escritor inglês foi transposta para os dias atuais e filmada em preto e branco Denisof são os enamorados Beatrice e Benedick, e Nathan Fillion, um adorável sem noção, é o sacana guarda da propriedade, Dogberry. Ninguém tropeça nos versos, e as paisagens nebulosas resplandecem mágica e magistralmente conforme a história abre caminho em meio

a mal-entendidos, manipulações e tragédias, terminando com o triunfo romântico. No entanto, há uma frivolidade infeliz na maneira como o cineasta trata muitas das reviravoltas mais sombrias da narrativa – principalmente no caso de Claudio (Fran Kranz), facilmente

enganado, e sua amada, Hero (Jillian Morgese) –, como se estivesse se apressando nos momentos difíceis para chegar logo ao final feliz. O filme acaba parecendo fácil demais. Keith Uhlich

Cinema

Angustiados caçadores de vampiros no seriado Buffy, a Caça-Vampiros. Cientistas loucos blogueiros com talento musical na série para internet Dr. Horrible’s Sing-Along Blog. A turma cada vez maior de super-heróis com cara de mau da Marvel em Os Vingadores. Joss Whedon (leia entrevista na pág. 14) já trabalhou com vários arquétipos da nossa época. Que outro desafio restava senão os personagens de William Shakespeare, o poeta universal dos amantes malfadados e da realeza com questões existenciais? O romance cômico do Bardo combina, em vários aspectos, com a sensibilidade descontraída de Whedon, devido a seu tom meio leve e seus desencontros amorosos de tirar o fôlego. Ele atualizou o cenário, colocando-o em uma casa moderna, e fez a opção fascinante e idiossincrática de filmar em preto e branco. O atraente elenco é formado principalmente por parceiros de Whedon: Amy Acker e Alexis

divulgação

Much Ado About Nothing. Dir. Joss Whedon, 2012, Estados Unidos. Alexis Denisof, Amy Acker, Fran Kranz. 109 min.

Estreia em 26 de julho.

Simplesmente uma Mulher

imovision/divulgação

Just Like a Woman. Dir. Rachid Bouchareb, 2012, EUA, Reino Unido, França. Sienna Miller, Golshifteh Farahani, Roschdy Zem. 96 min.

Etéreas Golshifteh Farahani e Sienna Miller são amigas em viagem pelos EUA

Marilyn (Sienna Miller) está presa a um marido endividado, um emprego sem futuro e o sonho de ser dançarina do ventre em Simplesmente uma Mulher. Mona (Golshifteh Farahani) é uma imigrante árabe levada a se sentir culpada por ainda não ter dado um filho ao marido (Roschdy Zem). O desemprego repentino, a infidelidade e um homicídio acidental levam essa dupla de garotas de Chicago a fugir para Santa Fé, onde um teste promete um futuro melhor a Marilyn. Dá para ver os vários caminhos que o drama de Rachid Bouchareb poderia seguir: um road movie femininista como Thelma & Louise; um filme fofo em que rebolar leva à libertação, como em Ou Tudo ou Nada; ou ainda contar a história da jovem estrela cujo talento é escondido pela beleza e que acredita que uma simples mudança mostrará

suas qualidades dramáticas. Dito isso, imagine o alívio ao descobrir que Simplesmente uma Mulher colhe alguns elementos de cada um deles, renunciando a fórmulas em favor da análise suave dos personagens – característica que distingue o cineasta francoargelino. Só a estrutura vaga e observadora que ele montou é que nunca se materializa; Bouchareb dá espaço para as atrizes voarem, mas mesmo assim só consegue esboços superficiais, em vez de mulheres de carne e osso. O pior é que quando os clichês começam a aparecer – os telefonemas para casa, um ato de violência inesperado, porém conveniente –, a indefinição geral faz tudo isso saltar aos olhos ainda mais. Filmes genuinamente sintonizados com as nuances da amizade feminina são raros, infelizmente; assim como os filmes que sabem como cumprir a promessa sem entregar os pontos. David Fear Estreia em 19 de julho.

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O Casamento do Ano

Cinema

Não se fazem mais comédias de casamento como antigamente. O Casamento do Ano, por exemplo, não consegue esperar nem cinco minutos para mostrar Robert De Niro direcionando seu cavanhaque ouriçado contra a pelve de Susan Sarandon – em comparação, levar outros dez minutos para Katherine Heigl vomitar parece um ato bem contido. Nessa farsa hollywoodiana nauseante, grosseira e decepcionantemente típica, Don (De Niro) e Bebe (Sarandon) são os anfitriões da festa de casamento de seu filho adotivo, Alejandro (Ben Barnes), com Missy (Amanda Seyfried). A confusão começa quando Alejandro não tem coragem de contar à mãe biológica, uma colombiana ultracatólica que chegou para o casamento, que Don não é mais casado com Ellie (Diane Keaton), a mulher que o criou, e sugere que os divorciados em pé de guerra fiquem juntos por um louco fim de semana de muita troca de cama, muito soco na cara e muita reconciliação de última hora.

divulgação

The Big Wedding. Dir. Justin Zackham, 2013, Estados Unidos. Robert De Niro, Diane Keaton, Katherine Heigl. 90 min.

Até que a morte os separe Robert De Niro e Diane Keaton (ao centro) protagonizam esta comédia sensacionalista Pegando carona em um roteiro anterior seu, do filme Antes de Partir, o ascendente cineasta Justin Zackham oferece ao público-alvo enrugado (e, aparentemente, bastante excitado) um filme rodado como um comercial da

indústria farmacêutica e que faz referências a orgasmos tântricos, bombas penianas e pequenos pecados extraconjugais. Em meio ao sensacionalismo novelesco, O Casamento do Ano tem muita dificuldade em alçar voo. De Niro

e Keaton bravamente encarnam personagens tirados do besteirol, mas não conseguem evitar que o filme se resuma a um grande nada. Eric Hynes Estreia em 30 de agosto.

Festival Anima Mundi de Fogo e De Volta para o Futuro; e o brasileiro Ennio Torresan, que acaba de deixar a Dreamworks, onde participou das produções Madagascar e Kung Fu Panda. E, é claro, para o público em geral há uma lista nada modesta de filmes. Esta edição mostrará 485 animações de 53 países – grande parte é do Brasil, mas França, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha também marcam presença. As sessões dedicadas às crianças, a categoria de trabalhos brasileiros inovadores e o Anima Multi (uma seção multiplataforma que cobre tudo, de videogame a arte interativa) são eventos paralelos interessantes. Já vencer o prêmio de Melhor Filme, coisa séria, pode abrir caminho no tapete vermelho de Hollywood em 2014.

Organizado pela primeira vez em 1993 por quatro diretores brasileiros que temiam pela saúde da cambaleante indústria brasileira de animação, o Anima Mundi certamente acabou com esse medo – agora em sua 21ª edição, é o segundo maior festival de cinema do tipo no mundo. Para cineastas novatos e veteranos, o festival promove os Papos Animados, uma série de oficinas e painéis para amadores, e as Master Classes, fóruns mais aprofundados para profissionais. Neste ano, a lista de palestrantes notáveis inclui Chris Wedge, diretor vencedor do Oscar e que trabalhou na franquia blockbuster A Era do Gelo; Andrew Probert, criador de storyboards dos clássicos dos anos 1980 Águia

divulgação

A mostra de filmes de animação está cada vez maior e mais importante, analisa Doug Gray

‘The Me Bird’ O alegre curta é a interpretação de um poema de Pablo Neruda

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Cinemas

Só clássicos Caixa de Cinema

Envie sugestões para cinema@ guiatimeout.com.br (redação).

Cinema

Centro Cultural Banco do Brasil Construído em 1927 para ser um banco, o imponente prédio no coração do centro antigo é hoje um centro cultural, que dispõe de cinema, café, espaços para exposições e teatro. A sala de exibição costuma lotar rapidamente, porque tem capacidade para apenas 70 pessoas. Os filmes são alternativos. R. Álvares Penteado, 112, Centro, 3113-3651. Metrô Sé ou São Bento. 1 sala, 70 lugares. R$ 2-R$ 4. bb.com.br/cultura Cine Olido Esse cinema faz parte da história de São Paulo: inaugurado em 1957, foi o primeiro cinema-galeria da cidade. Fechado para restauração no começo dos anos 2000, foi reaberto em 2004 como Galeria Olido, um complexo cultural que, além do cinema, abriga centros de dança e exposições. O cinema ainda mantém características de sua época de ouro, como as poltronas vermelhas e hall de entrada com escadaria de mármore. Av. São João, 473, Centro, 3397-0171. Metrô República. 1 sala, 236 lugares. R$ 0,50R$ 1. galeriaolido.sp.gov.br

Consolação & Higienópolis Cinemark Pátio Higienópolis Com boa projeção, o cinema também oferece uma boa visão da tela, mesmo que tenha alguém na cadeira da frente, já que os as salas tem formato stadium. A programação é comercial. Av. Higienópolis, 646, Higienópolis, 3823-2875. Metrô Mal. Deodoro. 6 salas, 98-264 lugares. R$ 15R$ 20; R$ 7,50-R$ 9 (meia entrada). 3D, R$ 25-R$ 27; R$ 12,50-R$ 13,50 (meia entrada). cinemark.com.br Espaço Itaú de Cinema Augusta Esse primeiro cinema da rede que se chamou Espaço Unibanco é dividido em dois espaços, nos dois lados da rua. O principal, do lado par da Rua Augusta, possui uma pequena livraria de publicações sobre cultura e um café, para distrair os que chegarem antes do horário da sessão. A programação procura abranger o melhor do circuito alternativo nacional e internacional. R. Augusta, 1.470 e 1.475, Consolação, 3288-6780. Metrô Consolação. 5 salas, 51-263 lugares. R$ 12-R$ 18. itaucinemas.com.br

Lapa, Perdizes & Barra Funda Espaço Itaú de Cinema Pompeia O cinema é conhecido por ter sido o primeiro do Brasil a possuir a tecnologia 3D Imax, até hoje a maior tela da cidade. Possui também dez salas espaçosas. A sala 10 é VIP, com cadeiras mais largas e reclináveis. R. Turiassu 2.100, 3º andar, Shopping Bourbon Pompeia, 3673-3949. Metrô Barra Funda. 11 salas, 60-327 lugares. R$ 12-R$ 20; R$ 6-R$ 10 (meia entrada). IMAX, R$ 22-R$ 34; R$ 11 (meia entrada). 3D, R$ 22-R$ 34; R$ 11R$ 17 (meia entrada). itaucinemas.com.br

Alisson Louback/divulgação

Centro, Luz & Bom Retiro

A Caixa de Cinema MIS provavelmente foi concebida para preencher o vão entre a experiência do cinema e a nossa sede insaciável pelo entretenimento na forma de vídeos do YouTube. Um misto de cabine fotográfica e jukebox para cinéfilos impacientes mostra pequenas, embora muito memoráveis, cenas de filmes. A “caixa” privativa tem duas cadeiras de cinema, cortina de veludo e apoio para os pés – e pode muito bem ser também uma anedota sobre nossa atenção cada vez mais curta. Mas os 120 vídeos de momentos clássicos

de filmes como Pulp Fiction, O Mágico de Oz e Cidade de Deus são longos o suficiente para nos encantar com um pouco da magia do cinema: eles são selecionados na tela touchscreen (na foto), por meio de múltiplas opções de busca (por título, atores e gênero, entre outras). Com apenas três cenas permitidas por entrada, você terá um gostinho de quero mais quando os créditos subirem – e acabará pensando que deveria ter comprado uma pipoca no caminho. Museu da Imagem e do Som (MIS). Seg. a sex., 12h-22h; sáb. e dom., 11h-21h. GRÁTIS No roteiro.

Vila Madalena & Pinheiros

CineSesc Esse cinema tem um bar no fundo da sala, separado da plateia por uma parede de vidro. Lá você pode beber enquanto assiste ao filme. É uma das salas mais cultuadas pelos cinéfilos da cidade. Exibe filmes de arte fora do circuito comercial e promove mostras. R. Augusta, 2.075, Consolação, 30870500. Metrô Consolação. R$ 8-R$ 12; R$ 4-R$ 6 (meia entrada). sescsp.org.br Cinemark Iguatemi Com a infraestrutura tradicional do grupo Cinemark, que inclui poltronas confortáveis e boa qualidade de projeção de imagem e som, o cinema tem sessões normais e em 3D de filmes do circuito comercial. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Shopping Iguatemi, Jd. Paulistano, 3815-8713. Metrô Faria Lima. 6 salas, 129-266 lugares. R$ 18R$ 29; R$ 9-R$ 14,50 (meia entrada). cinemark.com.br Museu da Imagem e do Som (MIS) Dentro do MIS há também um cinema. O prédio de concreto nos Jardins tem um impressionante arquivo de filmes, vídeos, fotografias e composições musicais, e oferece uma programação de shows e criativas exposições temporárias. Av. Europa, 158, Jd. Europa, 2117-4777. 1 sala, 177 lugares. mis-sp.org.br

Cine-Clube Socioambiental Crisantempo Todas as quintas-feiras, às 20h, esse teatro/cinema apresenta documentários nacionais e estrangeiros com temáticas sociais e ambientais. Fica em um sobrado que também abriga um estúdio de dança. R. Fidalga, 521, V. Madalena, 3819- 2287. Metrô V. Madalena. 1 sala, 100 lugares. cineclubesocioambiental.org.br

Jardins Cine Livraria Cultura Esse cinema, que antes se chamava Cine Bombril, pode ter poucas salas, mas o espaço amplo e a programação interessante – com filmes do circuito alternativo – compensam este fato. Localizado no Conjunto Nacional, na agitada esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, o cinema ainda possui a imensa vantagem de estar localizado ao lado da excelente Livraria Cultura. Av. Paulista, 2.073, Conjunto Nacional, Consolação, 3285-3696. Metrô Consolação. 2 salas, 100-300 lugares. R$ 12-R$ 18; R$ 6-R$ 9 (meia entrada). cinelivrariacultura.com.br

Itaim Bibi & Vila Olímpia Cinépolis JK Inaugurado em 2012, este cinema é dedicado ao conforto e ao luxo. Das oito salas, seis são VIPs. Das outras duas salas, uma conta com a tecnologia Imax e a outra é 4D, que pode gerar 20 efeitos e sensações durante a exibição que não os gerados pelo próprio filme. Os preços são caros, com sessões que chegam a custar R$ 68. Av. Juscelino Kubitschek, 2.041, piso 4, V. Olímpia, 3152-6605. 8 salas, 67-382 lugares. R$ 34- R$ 68; R$ 17-R$ 34 (meia entrada). jk.cinepolis.com.br Kinoplex Itaim Localizado no complexo do Brascan, esse cinema fica junto a uma praça de alimentação com grande variedade de restaurantes e próximo a diversos bares para quem quiser esticar a noite. As salas têm poltronas confortáveis, com apoio de braço móvel. A programação acompanha o circuito comercial. R. Joaquim Floriano, 466, Itaim Bibi, 3131-2004. 6 salas, 155-312 lugares. R$ 18-R$ 23; R$ 9R$ 11,50 (meia entrada). kinoplex.com.br

Liberdade, Bela Vista & Vila Mariana Centro Cultural São Paulo – Sala Lima Barreto Esse cinema intimista fica em um grande prédio de concreto e aço, que também abriga teatro, espaços para exposições, sala de dança e palcos para shows e concertos. As sessões são grátis ou a preços muito acessíveis. R. Vergueiro, 1.000, Paraíso, 3397-4002. Metrô Vergueiro. 1 sala, 110 lugares. centrocultural.sp.gov.br Sala Cinemateca O antigo matadouro municipal, um belo prédio de tijolos aparentes do século 19 e tombado pelo Condephaat, abriga um importante arquivo audiovisual e uma sala de cinema de arte. A programação do local engloba mostras temáticas e retrospectivas nacionais e internacionais, além de eventos concorridos como a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Lg. Sen. Raul Cardoso, 207, V. Mariana, 3512-6111. Metrô Vila Mariana. 2 salas, 110-205 lugares. R$ 4-R$ 8 (meia entrada). cinemateca.gov.br Cine Segall Esse pequeno cinema faz parte do Museu Lasar Segall, instalado na encantadora casa modernista onde viveu o artista brasileiro nascido na Lituânia; há ainda uma biblioteca especializada em arte e um café. R. Berta, 111, V. Mariana, 5574-7322. Metrô V. Mariana. 1 sala, 94 lugares. R$ 5-R$ 10. museusegall.org.br

Brooklin, Morumbi & Berrini Cinemark Cidade Jardim O complexo tem telas gigantes, som e projeção digitais e poltronas love seats. Além disso, possui mais duas salas no conceito Cinemark Premier, com poltronas de couro reclináveis com apoio para os pés, espaço lounge, carta de vinhos e pipoca especial temperada com azeites aromatizados. Tudo isso tem um preço alto. Av. Magalhães de Castro, 12.000, Cid. Jardim, 3552-1800. 7 salas, 72-274 lugares. R$ 18-R$ 21; R$ 9-R$ 10,50 (meia entrada); R$ 37R$ 49 (salas de luxo). cinemark.com.br

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Gay Roteiro

Cinema Projeto Purpurina

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A Lôca Se a logo da balada, a imagem da Rainha de Copas de Alice no País das Maravilhas, já não diz tudo, os nomes de algumas festas – Tapa na Pantera e Loucuras – dão o recado: as coisas podem ficar meio loucas, no melhor dos sentidos. As paredes são escuras e as batidas de techno e pop embalam frequentadores de diferentes tribos – de gays arrumadinhos a travestis. R. Frei Caneca, 916, Consolação, 3159-8889, Metrô Consolação. Qui. a sáb., 0h-7h; dom., 20h-6h. R$ 25-R$ 40. aloca.com.br ABC Bailão Homens com mais de 50 anos ganham desconto na entrada na maioria das noites, o que torna o ABC (Amigos Bailam Comigo) uma das baladas favoritas do público dessa faixa etária. A música vai do pop ao sertanejo, passando pelo axé, por baladas românticas e música lenta. As mulheres pagam mais caro. R. Marquês de Itu, 182, República, 33617964. Metrô República. Qui., 21h-3h; sex., 23h-5h, dom., 21h-3h. R$ 15-R$ 20. abcbailao.com.br Blue Space Este megaclube exclusivamente gay tem capacidade para receber 1.500 pessoas, que se divertem com os shows de drag queen e se deliciam com os go-go boys. Na pista de dança principal, a música é geralmente um bate-estaca não muito estimulante: garotos recém-saídos da adolescência dividem a pista com barbies. Há também um darkroom (onde nada e ninguém são de ninguém). R. Brigadeiro Galvão, 723, Barra Funda, 3666-1616. Metrô Mal. Deodoro. Sex. e sáb., 23h-7h; dom., 20h1h. R$ 20-R$ 28. bluespace.com.br Bubu Lounge Os três ambientes espalhados em mais de mil metros quadrados são amigáveis para héteros. No lounge, há shows ao vivo de samba e MPB. House e techno dominam a pista principal. Para as lésbicas, há uma festa mensal chamada Bubu Só para Elas. R. dos Pinheiros, 791, Pinheiros, 3081-9659. Qua., sex. e sáb., 23h30h-últ. cliente; dom., 19h-últ. cliente. R$ 10R$ 60. bubulounge.com.br Cantho Dance Club O Cantho faz sucesso entre um público democrático e fumante. Tem para todos os gostos: twinks, ursos, barbies, rapazes preppy e travestis. Um dos segredos mais bem guardados da cidade é a festa Energy After, em que o DJ toca house tribal intenso uma vez por mês, a partir das 7h. Sempre aos domingos. O entorno é um pouco degradado, mas bem policiado. Largo do Arouche, 32, Centro, 3362-1530. Sex.. a dom., 23h7h. R$ 25-R$ 35. cantho.com.br

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Clubes

Quando o professor universitário Marcelo Modesto assumiu sua homossexualidade, em 1992, aos 19 anos, não foi apenas ele que se viu vítima de discriminação. Sua mãe, Edith, também teve de enfrentar o preconceito. Foi daí que os dois criaram o Projeto Purpurina, um grupo de apoio a jovens homossexuais de 13 a 24 anos. Eles se reúnem no primeiro e terceiro domingo de cada mês – neste segundo encontro, promovem a exibição de um filme seguida de debate. Em 21/7, a discussão é sobre deficiência física após a sessão de Entre Amigos (Love! Valour! Compassion!, 1997), que conta a vida e os amores de oito amigos gays, um deles cego. Projeto Purpurina, R. Major Sertório, 292, República, 3031-2106. 21/7, 15h. gph.org.br Club Yacht A temática marítima dessa belíssima casa do Bixiga buscou inspiração estética nas listras náuticas de Jean Paul Gaultier e em referências a Atlântida e Iemanjá. O espaço arejado, com uma grande pista de dança cercada por dois mezaninos, é decorado com paredes azuis e balcões espelhados; com pé-direito alto, o teto é cravejado de conchas e tem luzes piscantes que dão uma sensação do glamour dos anos 1980. Duas palmeiras gigantes, uma dentro e outra na área de fumantes, dão um toque tropical. Entre as bebidas da casa, o Sailor (com rum branco, menta, licor maraschino e soda, R$ 25), é servido por bartenders vestidos a caráter e uma boa maneira de entrar no clima. R. 13 de Maio, 701, Bela Vista, 3104-7157. Qua. e qui., 23h30-5h; sex., 0h-5h; sáb., 0h-9h. Cerveja long neck, R$ 8; caipirinha, R$ 12; consumação mínima, R$ 40-R$ 120. clubyacht.com.br

Flex Um dos maiores concorrentes da The Week nas noites de sábado, a Flex tem um clima parecido com a sua rival, com tribalhouse e um público de homens de peitos nus. Este clube pertence aos promoters que produzem o E-Joy (ejoy.com.br), um circuito de festas que acontece em São Paulo, no Rio e em Florianópolis, e que sempre conta com a presença de DJs internacionais. Av. Marquês de São Vicente, 1.767, Barra Funda, 3612-4402. Sáb., 0h-8h. R$ 25R$ 45. flexclub.com.br The Week A The Week é o que os clubes (gays ou héteros) estão tentando ser. É uma espécie de Ibiza no meio de São Paulo. Aos sábados, o público de duas mil pessoas é formado por homens musculosos, casais heterossexuais e celebridades que se dispersam nas duas pistas de dança e na área da piscina. R. Guaicurus, 324, Lapa, 3868-9944. Sáb., 0h-8h. R$ 60-R$ 80. theweek.com.br

Por aí ACADEMIA Commando Fitness A localização conveniente e a mensalidade barata fazem desta academia pequena e sem frescuras uma das favoritas entre os gays que moram na região da Frei Caneca. R. Augusta, 810, Consolação, 9442-8697. Seg. a qui., 6h-1h; sex., 6h0h; sáb.,10h-18h; dom., 12h-15h. R$ 15 por dia; R$ 190 por mês. ACADEMIA Gaviões Essa academia tem três andares e funciona 24 horas por dia. Parada quase obrigatória para os fanáticos por exercício e saradões que se preparam para mostrar na balada. A mensalidade inclui treino com pesos, aulas de aeróbica e karatê. R. 13 de Maio, 812, Bela Vista, 3285-3269. 24h. Outras unidades por toda a cidade. R$ 190. BAR Vermont República Este tradicional boteco é uma antiga instituição gay. Dos auto-falantes é possível ouvir som pop de bandas covers cafonas a hits da MPB. Av. Dr. Vieira de Carvalho, 10, Centro, 3222-5848. Metrô República. Seg. a qui., 18h-1h; Sex. a dom., 18h-2h. vermontrepublica.com.br COMPRAS Acessórios Arco Íris Um grupo de designers de joias produz colares, pulseiras, camisetas, cintos, chaveiros, lingerie e roupas de banho voltados para o público LGBT. Tudo é estampado com a bandeira arco íris e pode ser encontrado nas lojas física e virtual. R. Vitória, 833, República, 3337-3768. Metrô República. Seg. a sáb., 11h-20h; dom., 16h-22h. acessoriosarcoiris.com.br. PADARIA Bella Paulista Bem iluminada e sempre concorrida, essa padaria/restaurante é praticamente uma instituição gay. Desde o começo da noite até altas horas, baladeiros e personalidades de TV aparecem e paqueram, enquanto devoram deliciosos sanduíches, massas ou doces. Só o serviço deixa a desejar. R. Haddock Lobo, 354, Consolação, 3214-3347. Metrô Consolação. 24h. bellapaulista.com PASSEIO SP Gay Bikers O primeiro grupo gay de ciclismo do Brasil organiza passeios pela cidade e algumas vezes fora dela. As exigências: que os participantes sejam maiores de 18, tenham a própria bike e usem capacete. Quando chove, o passeio é cancelado. Dom., 10h. Quitanda Greengrocer. Pça. Cordeiro de Farias, Consolação. sp-gaybikers.blogspot.com SAUNA Termas Fragata Uma das saunas mais tradicionais de São Paulo, com uma atmosfera casual e um público eclético. R. Francisco Leitão, 71, Pinheiros, 3085-7061. 14h-0h. R$ 40. termasfragata.com.br SAUNA Thermas Lagoa Você baba nos go-go boys na sua balada favorita? Aqui, é possível encontrar uma seleção dos melhores à disposição. R. Borges Lagoa, 287, V. Clementino, 5573-9689. Metrô Santa Cruz. Seg. a qui., 14h-0h; sex., 14h-2h; sáb., 14h-1h; dom., 14h-0h. R$ 40- R$ 50. thermaslagoa.com.br

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Música & Noite

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Na direção dos anos 90

3x4 Kelley Deal, Josephine Wiggs, Kim Deal e Jim MacPherson, a formação que gravou o disco com o qual a banda alcançou sucesso comercial em 1993

The Breeders volta à cidade para tocar o álbum ‘Last Splash’ na íntegra. Rafael Argemon conta mais A baixista Kim Deal deixou de vez a banda Pixies, da qual fez parte por 25 anos em junho, para dedicar-se exclusivamente ao The Breeders. A segunda banda, onde ela sempre teve voz ativa, nasceu como um trabalho paralelo; Deal sofria com o pequeno espaço que Black Francis (guitarrista, vocalista e líder do Pixies) dava às suas composições.

Mas apesar de os Breeders terem nascido como um projeto temporário – para alguns períodos de maior liberdade criativa para a baixista, backing vocal e eventual vocalista, longe das constantes brigas com Francis – o grupo acabou alcançando o sucesso comercial que o cultuado Pixies só conseguiu após terminar e retornar anos depois para capitalizar em cima do rótulo cool. Esse passo acertado de Deal começou com Last Splash, o segundo trabalho do The Breeders, que ela gravou com sua irmã gêmea Kelley (guitarra/vocal), Josephine Wiggs (baixo) e Jim

MacPherson (bateria). O álbum, um dos mais importantes dos anos 1990 – e que ganhou até um disco de platina – completa 20 anos e será tocado na íntegra em show no Cine Joia, no dia 24 de julho. Ou seja, quem for à apresentação tem a garantia de ver a banda – que já veio ao país duas vezes, em 2003 e 2008 – tocar dois de seus maiores hits, ícones dos anos 1990: ‘Cannonball’ (quem não se lembra da incisiva linha de baixo na introdução da música?) e ‘Divine Hammer’. Mas além dessas, há também ótimas canções, como a igualmente grudenta ‘Invisible Man’, a doce ‘Drivin’ on 9’, e o punk/

pop de ‘I Just Wanna Get Along’. Os Breeders gravaram até hoje quatro álbuns e três EPs, o último em 2009. Porém, nenhum outro teve tanto êxito como Last Splash, que mostrou ao mundo a força das composições de Kim, limitadas ao número de uma ou duas aparições por disco dos Pixies. Para quem quer reviver ou sentir pela primeira vez essa “vibe” do rock independente dos anos 1990, esse é um show imperdível.

Credicard Hall, em 19 e 20 de julho. No palco, Maria Rita afirma ficar emocionada e orgulhosa da presença que Elis Regina ainda tem, mais de 30 anos após a sua morte. “Minha mãe é parte do inconsciente coletivo da nação e reapresentá-la e redescobri-la sempre vale. Eu tenho como missão fazer o que estiver ao meu alcance para mantê-la viva dentro do coração de vocês.”

Ela canta clássicos imortalizados pela mãe, como ‘Águas de Março’, ‘Arrastão’, ‘Vida de Bailarina’, ‘O Bêbado e a Equilibrista’, ‘Como Nossos Pais’, ‘Alô Alô Marciano’, ‘Maria Maria’ e ‘Fascinação’. Em uma apresentação carioca da turnê, Maria Rita chegou a fazer uma brincadeira com a plateia: “Como vocês têm um certo conhecimento do repertório nem me preocupo.

Vocês seguem cantando e eu sigo chorando”, disse. Os registros do espetáculo em CD e DVD foram lançados em dezembro. Anna Veciana

The Breeders Cine Joia. Pça. Carlos Gomes, 82, Sé, 3231-3705. R$ 100-R$ 200. 24/7, 22h30. cinejoia.tv

Maria Rita Ao vivo, a cantora mantém viva a memória da mãe, Elis Regina Maria Rita levou quase dez anos da trajetória profissional para fazer o que todo mundo gostaria e esperava que fizesse: uma homenagem à mãe, Elis Regina. Esse tributo, Redescobrir, pode ser conferido no

Maria Rita Credicard Hall. Av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro, 4003-5588. R$ 80R$ 220. 19 e 20/7, 22h. credicard.com.br/credicardhall

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Ouça bem Sigur Rós

A opinião de Brent DiCrescenzo é que o esperado sexto álbum do rapper decepciona Yeezus (Def Jam)

Começa na faculdade. Ele é um orador ingênuo, idealista e excepcionalmente talentoso. A seguir, está em Nova York, trabalhando em uma fábrica de tintas que aperfeiçoou a fórmula do verniz. Aí ele se machuca ao ficar preso em uma máquina. Depois é levado para o mundo da elite, onde é seduzido por uma mulher branca. Seus chefes pedem que ele faça um discurso, inicie um movimento, mas ele vai um pouco longe demais, fica muito metido e arrogante. Por fim, desilude-se. Vira underground, mora em um quarto com poucos móveis, tocando sem parar um velho disco de soul. Este é, bem a grosso modo, o enredo de O Homem Invisível,

romance de 1952 do escritor Ralph Ellison. Dá para perceber qualquer semelhança com a carreira de Kanye West? A discografia do rapper comerça com The College Dropout passa pelo engenhoso e colorido Graduation e pelo perturbado e mecânico 808s & Heartbreak, até chegar a este último e recém-lançado álbum, Yeezus, irreverente e raivoso. Eu sei que é insuportável quando um crítico compara um disco a um romance clássico. É uma comparação tênue; Yeezus não se iguala a uma das grandes obras da literatura americana. Mas a persona pop de Kanye West me arrebata como um personagem que Ellison inventaria se vivesse nos dias de hoje. West está intoxicado pelo poder de sua voz, mas cada vez mais incerto de como lidar com ela. Há uma diferença essencial entre O Homem Invisível e Kanye West. O protagonista de Ellison afirma ser invisível porque “as pessoas se recusam” a vê-lo; o rapper está se apagando porque se recusa a nos deixar vê-lo. É difícil acreditar que um megalomaníaco frequentaria o

Kveikur (XL)

Em 2005, a banda islandesa Sigur Rós lançou Takk..., um álbum de músicas-ambiente oníricas. Jónsi Birgisson e seu grupo foram responsáveis por sons maravilhosos, mas, em um mundo tão barulhento, suas canções plácidas e vagas tenderam a se dissipar. É um problema do qual a banda parece ter ciência e o Sigur Rós tem buscado maneiras de afiar sua música e transformá-la em algo que não pode ser ignorado. Eles tentaram elementos folk e acústicos no disco Með Suð Í Eyrum Við Spilum Endalaust, de 2008, e emValtari, de 2012, acrescentaram sintetizadores extras e um coro barroco. Ambos eram legais, mas o último álbum é algo muito diferente. Kveikur empilha camadas grossas de distorção, barulho, dor e desarmonia para formar as belas melodias que fizeram o nome da banda. É um disco tempestuoso, que mostra uma nova direção e pode reposicionar o Sigur Rós como uma das melhores bandas de noise rock do mundo. A faixa de abertura, ‘Brennisteinn’, dá esse novo tom com as guitarras distorcidas de um Kevin Shields endemoniado. ‘Stormur’ e ‘Kveikur’ apresentam texturas rústicas, estrondosas, pulsantes e agitadas por trás de uma das harmonias mais inspiradas do álbum. ‘Rafstraumur’ combina um solo enorme de guitarra, distorcido e uivante, baterias insistentes e vocais doces, enquanto ‘Bláþráður’ é cheia de barulhos esquisitos e opressivos. Mesmo as cordas suaves da faixa final, ‘Var’, trazem longas notas dissonantes, que fazem ranger os dentes. Kveikur é um ataque auditivo do começo ao fim. É exatamente o que o Sigur Rós precisava fazer, e o fez esplendidamente. Pela primeira vez em muito tempo, Jónsi e companhia soam surpreendentes. James Manning

Música & Noite

Escondido O músico abandonou as letras cativantes sobre suas lutas pessoais

estúdio na companhia de um cara indie e pé no chão como Justin Vernon, do Bon Iver (que participa de duas faixas); ou que permitiria que sua obra fosse revisada e modificada de última hora por um manipulador como Rick Rubin; ou que ficasse de antenas ligadas para localizar colaboradores como Evian Christ (na música ‘I’m in It’) e TNGHT (em ‘Blood on the Leaves’). Idiotas presunçosos geralmente não se cercam de tamanho poder intelectual. Kanye é um apropriador astuto. Seu maior talento está em misturar, de forma coerente, elementos incompatíveis como Daft Punk, Vernon, Chief Keef, Nina Simone, TNGHT e os samples de soul que são sua marca registrada. Nesse sentido, apesar de já ter se comparado a Michael Jackson, o ícone pop dos anos 1980 que mais lembra West é Madonna. Infelizmente, Yeezus é seu American Life, o criticado disco de 2003 da pop star. Se quiser uma demonstração das aguçadas habilidades publicitárias de West, repare como ele tem sido bem sucedido em convencer os críticos de que Yeezus é um tipo de declaração punk. O produtor-executivo Rubin tem vomitado esse bordão para a mídia. Claro, o disco certamente começa de forma vigorosa. O alarme agudo da música de abertura, ‘On Sight’, atinge altos decibéis. ‘Black Skinhead’, de longe a melhor faixa, transforma a batida glam do compositor Gary Glitter em marcha de protesto. O baixo profundo e os solavancos de ‘I Am a God’ têm um quê brincalhão. Esse forte conjunto, produzido pelo Daft Punk nos moldes de Human After All (álbum de 2005 do duo), leva a ‘New Slaves’, música que começa brilhante até colapsar de forma decepcionante. Kanye costumava elaborar narrativas cativantes de sua vida e suas lutas. Hoje, fala do seu pau. E muito. A maior decepção de Yeezus é que, tirando as poucas críticas ao sistema corporativo e ao consumismo, o disco trata majoritariamente de seu pênis. Ghostwriters dominam os créditos de Yeezus, em uma ladainha que destrói a ideia de o disco ser cru ou espontâneo. Confira a capa. As polêmicas à la Rage Against the Machine da letra de ‘Black Skinhead’ são creditadas a Lupe Fiasco. O nome Rhymefest aparece em ‘On Sight’ e ‘New Slaves’. Homens invisíveis escrevendo letras para um homem invisível. Este CD vem embalado no nada, em plástico transparente. É um álbum invisível.

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Kanye West

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Na trilha do som

Novo na área Le Rêve Club

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Música & Noite

Bourbon Street Music Club O palco baixo, a proximidade com os músicos e o bom serviço de bar são algumas das características dessa casa em Moema. Blues, jazz e outras vertentes dos ritmos de New Orleans esquentam esse local onde todos assistem aos shows sentados. R. dos Chanés, 127, Moema, 5095-6100. Seg., ter. e dom., 20h; qui., sex. e sáb., 21h; shows, ter., 22h30; qui., 23h30; sex. e sáb., 0h e 1h30; jazz e piano bar, qui. a sáb., 21h30. Entrada, R$ 35-R$ 50. Chope, R$ 7,20; caipirinha, R$ 15,50. bourbonstreet.com.br Jazz nos Fundos Como um bar de jazz deveria ser: escuro (luz vermelha fraca), simples e despretensioso. Fica na parte de trás de um estacionamento, mas a música é excelente e, no fim das contas, o que importa é o jazz. R. João Moura, 1076, Pinheiros, 3083-5975. Ter. a sáb., 20h2h30; shows, 22h e 1h. Metrô Sumaré. Couvert, R$ 13-R$ 19; cerveja, R$ 4h50; caipirinha, R$ 11. jazznosfundos.net Madeleine Os músicos gostam de tocar nesse misto de restaurante e bar. É um lugar agradável, com muita madeira na decoração, pé-direito alto e um mezanino que possibilita uma vista de cima dos shows. Está sempre cheio, mas o serviço pode ser irregular. R. Aspicuelta, 201, V. Madalena, 2936-0616. Seg. a sáb., 19h; shows, 21h30. seg. a qua., R$ 17; qui. a sáb., R$ 23 (cons. mín. R$ 50). Chope, R$ 6,90; caipirinha, R$ 15,90. madeleine.com.br Tom Jazz Um casarão de dois andares especializado em receber shows de… jazz, claro. O público que frequenta o térreo e o mezanino de paredes de tijolos expostos costuma ser mais velho, mais dado à tranquilidade. O ambiente, aliás, recebe no máximo 200 pessoas que sentam nas mesas para apreciar os shows, de forma confortável. Av. Angélica 2331, Higienópolis, 11 3255-0084. 20h-0h. R$ 40-R$ 100, longneck, R$ 7,50; caipirinha, R$ 13. tomjazz.com.br

Música Clássica Sala São Paulo O imponente edifício da Estação Júlio Prestes abriga agora a Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. O espaço, que hoje é o mais importante de concertos eruditos do país, foi construído em 1938 no estilo Luís XVI e totalmente repaginado por dentro para receber os concertos de música. A acústica perfeita se deve em grande parte aos painéis de madeira presos ao teto, que se movem de acordo com as necessidades de cada repertório apresentado. Repare na mistura de elementos antigos e modernos dentro da sala. Pça. Júlio Prestes, 16, Luz, 33679500. Metrô Luz. Bilheteria: Seg. a sex., 10h-18h; sáb., 10h-16h30; dom. e fer. (bilheteria aberta desde 2 horas antes do concerto). salasaopaulo.art.br

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Jazz

Uma opção mais refinada no Baixo Augusta, o Le Rêve Club ocupa um belo casarão com vários andares e tem como público-alvo aqueles que estão a fim de gastar – isso fica claro com o espaço chamado ‘camarote gold’ e seus preços de consumação mínima. Das picapes saem hits dos últimos 20 anos. R. Marquês de Paranaguá, 329, Consolação, 3045-8144. lereveclub.com.br

Indie & Rock Café Aurora Localizado no Bixiga, esse é o lugar para os amantes do rock. O bar, a pequena pista de dança – onde os shows ao vivo acontecem – e o salão descontraído dão um ar acolhedor ao local. R. Treze de Maio, 112, Bela Vista, 3237-1247. Ter. a dom. 20h30-últ cliente. R$ 25-R$ 40. cafeaurora.com.br Hangar 110 Shows de hardcore, punk, rock ou ska podem ser apresentados nesse tradicional reduto de rock da zona norte. A programação inclui bandas independentes, difíceis de assistir em outros palcos da cidade. Os shows costumam acabar cedo, e há uma estação de metrô próxima. R. Rodolfo Miranda, 110, Bom Retiro, 9389-3365. Metrô Armênia. Sex. a dom., 19h-23h. Cerveja, R$ 4; couvert, R$ 10R$ 20. hangar110.com.br

Samba Bar Brahma Um clássico de São Paulo, que fica na esquina mais famosa da cidade, a Avenida Ipiranga com São João, eternizada em ‘Sampa’, de Caetano Veloso. Oferece samba, MPB, choro e jazz. Av. São João, 677, República, 3333-3030. Metrô República. Seg., 16h-1h; ter. a qui., 11h30- 2h; sex., 11h30-4h; sáb., 11h30-últ. cliente; dom., 11h30-últ. cliente; shows, seg., qua. e qui., 22h30; ter., 21h; sex., 23h30; sáb., 23h30; dom., 20h. Entrada: R$ 14R$ 75. Chope, R$ 5,50; caipirinha, R$ 16,50. barbrahmasp.com

Bar do Cidão Este lugar é adorado por seus frequentadores assíduos. Tem samba e chorinho ao vivo toda noite. R. Dep. Lacerda Franco, 293, Pinheiros, 38133111. Seg. a sáb., 19h-últ. cliente. Cerveja 600 ml, R$ 5,50-R$ 6,50; caipirinha, R$ 11; couvert, R$ 8. cidaobar.com.br Casa da Bisa No meio do coração da Casa Verde, fica uma casa com um grande jardim que é perfeita para feijoadas e rodas de samba em dias ensolarados. O público é jovem e costuma esticar a noite para outro lugar, já que a Casa da Bisa fecha cedo. Av. Baruel 651, Limão, 3951-6472. Ter. a sáb., 14h-23h. casadabisaeventos.com.br Grazie a Dio! Nem grande nem pequena demais, essa é uma das melhores casas de música ao vivo para samba, samba-rock e MPB em São Paulo. Aproxime-se, dance e entre no clima – ou sente-se nos cantos e aproveite o jantar. Há música ao vivo de terças a sábados, mas o destaque fica com as noites de samba-rock. R. Girassol 67, V. Madalena, 3031-6568. Metrô V. Madalena. Cerveja, R$ 4,50-R$ 5,50; caipirinha, R$ 10,90; couvert, R$ 15R$ 25. 20h-últ.-cliente; fecha seg. e qua. grazieadio.com.br Ó do Borogodó Esse espaço compacto é a melhor casa de samba na cidade para quem gosta de dançar, beber e cantar de segunda a sábado. Às segundas, o Gafieira Nacional é altamente recomendado por seu estilo purista e as quartas ficam lotadas por causa de Dona Inah e seu grupo. R. Horácio Lane 21, Sumaré, 3814-4087. Chope, R$ 6; caipirinha, R$ 7,50 - R$ 9,50, couvert, R$1 5-R$ 20. Seg. a sáb., 21h-3h; sáb., 13h -3h; dom., 19h-0h.

Ecléticos Bar Secreto Este clube já foi mais secreto, mas continua selecionando a clientela com pente fino. Não tem número de telefone para contato: as reservas são feitas por e-mail, é preciso ter nome na lista para entrar e às vezes até dizer uma senha conhecida por poucos escolhidos. Mistérios à parte, se você conseguir aguentar a fila e passar pelo crivo da exigente anfitriã, encontrará uma sala com luz baixa, iluminada por velas e candelabros. Um piano, sofás de couro, lustres e quadros na parede compõem o ambiente agradável. Lá se encontram modernos, gente do mundinho da moda e afins. A pista é pequena e o som dos DJs passeia pelo rock, MPB e eletrônico. R. Álvaro Anes, 97, Pinheiros. Ter. a sáb., 22h-5h. Entrada, R$ 80; cerveja longneck, R$ 12; caipirinha, R$ 22. sitedobar.com Casa de Francisca Pequeno e aconchegante, esse endereço musical intimista nos Jardins tem apresentações de qualidade todos os dias da semana, de estilos que passam pela MPB e o jazz. R. José Maria Lisboa, 190, Jd. Paulista, 3052-0547. Qua. a sáb., 20h-1h30; dom. 19h30-1h; shows: qua. e qui., 22h; sex. e sáb., 22h30; dom., 21h. Entrada: R$ 26R$ 53. Cerveja long neck, R$ 9,10; caipirinha, R$ 19. casadefrancisca.art.br Cine Joia Bem próximo à praça da Sé, o Cine Joia reacendeu o espaço usado por um cinema dedicado a filmes japoneses de vanguarda durante a década de 1950. Diga-se: lustrando o seu charme vintage, sem arranhões. As paredes são verdes, têm losangos de gesso, os rodapés ostentam madeira e lá no alto você vai ver sancas em níveis. Duas imponentes colunas marcam presença neste salão onde tudo foi pensado para receber shows. Em um contraste animado, as velhas paredes recebem as contemporâneas projeções de video mapping durante os shows, através do sofisticado sistema da casa. O melhor, porém, é ter uma boa visualização de qualquer ponto do andar de baixo, seja perto ou longe do palco. Infelizmente, no mezanino não acontece o mesmo: para visualizar os músicos no palco você precisa estar na primeira fila ­– dê preferência para o andar de baixo na hora dos shows. Pça. Carlos Gomes, 82, Liberdade, 32313705. Metrô Liberdade. Vendas pela internet. Cerveja long neck, R$ 8; vodca com suco de cramberry, R$ 16. cinejoia.tv Lions Instalada em um prédio da década de 1950, a casa tem um certo ar de exclusividade. Sem placa, só dá para encontrá-la se você já sabe o endereço. Depois de subir as escadas do prédio, você vai se deparar com um ambiente surpreendente no quesito estético. O salão tem pé-direito alto e é decorado como um clube de cavalheiros, com animais empalhados nas paredes e móveis chamativos. Cada uma das duas pistas mostra o seu charme: uma delas fica ao lado do belo bar, com um palco que às vezes recebe shows ao vivo. A outra exibe um impressionante jogo de luz que tira proveito dos efeitos de espelhos. Mas a vedete do espaço é o terraço: com vista para a catedral da Sé, é a área mais disputada, tanto por fumantes como não fumantes. O menu musical é variado, com hip hop, soul e funk. Av. Brigadeiro Luís Antônio, 277, Centro, 3104-7157. Ter., qui. a sáb., 0h-6h. Entrada, R$ 30-R$ 120; cerveja longneck, R$ 8; caipirinha, R$ 18. lionsnightclub.com.br

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Teatro & Dança Nova roupagem

Deixar de acompanhar o trabalho do Grupo XIX é não conhecer um dos pontos altos da cena teatral da cidade. No seu 12o ano de vida, a cia. elegeu como ponto de partida uma das obras mais icônicas de Nelson Rodrigues, Vestido de Noiva. O texto, que serve de base para uma dramaturgia original batizada de Nada Aconteceu, Tudo Acontece, Tudo está Acontecendo, transforma a sede do grupo em um grande espaço de eventos preparado para a cerimônia de casamento de Alaíde. Mas, antes, façamos uma pausa para falar da Vila Maria Zélia, uma espécie de condomínio industrial que desde 2004 é residência artística da cia. Uma visita até o espaço, tombado desde 1992, é obrigatória para qualquer interessado na história da cidade. A Vila, praticamente uma microcidade, foi criada sob a justificativa de dar mais qualidade de vida aos operários da Companhia Nacional

de Tecidos de Juta, em 1917. Foram construídas casas, estabelecimentos comerciais, duas escolas e até uma igreja – local estratégico para a peça. Localizada no bairro do Belém, na Zona Leste, a Vila Maria Zélia é uma volta no tempo, agora com suas construções desgastadas. Em Nada Aconteceu..., o público é conduzido como convidado para a cerimônia e festa do casamento que está prestes a acontecer. São duas horas de agonia, dúvida e contradição passadas por Alaíde (vivida por Janaina Leite) antes que ela suba ao altar, confusa em relação ao amor pelo noivo (Rodolfo Amorim) e a atração pela vida libertina (libertária?) proporcionada simbolicamente pela Madame Clessy (Ronaldo Serruya). Na trama do Grupo XIX, a cafetina é transformada em um travesti. A encenação tem direção compartilhada entre Luiz Fernando Marques e Janaina Leite, além da parceria com Alexandre Dal Farra, que compôs a dramaturgia da peça juntamente com o grupo. Armazém XIX Vila Maria Zélia, R. Mário Costa, 13, Belém, 20814647. R$ 15-R$ 30. Sáb. e dom., 18h. 120 min. 16 anos. Até 1/9. grupoxix.com.br

Divulgação

Evelin Fomin indica a peça do Grupo XIX livremente inspirada no clássico Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues

Ao pé do altar A história se passa duas horas antes do casamento de Alaíde

Peça para ver A Posto

viola berlanda/Divulgação

Permita-se envolver pelas partituras visuais da coreógrafa italiana Ambra Senatore, recomenda Evelin Fomin

No chão Três bailarinas se deitam, rastejam, engatinham e se coçam

Não se deixe enganar pelos desenhos aparentemente simples e corriqueiros executados pelas três dançarinas no início de A Posto. Elas deitam no chão, rastejam, engatinham, se coçam, procuram algo que não se sabe ao certo – e a sua imaginação pode ir às alturas ao tentar descobrir os caminhos ali traçados pela coreógrafa italiana Ambra Senatore. De início, as luzes são acesas e

apagadas inúmeras vezes, criando um filtro visual interessante no figurino de tons pastéis e terrosos. Passam-se seis minutos até que a trilha sonora comece a preencher o vazio então ocupado apenas pelos corpos. A dinâmica da coreografia cresce e os movimentos criam complexidade, rompidos apenas pela nova pausa quando então é possível ouvir suas respirações. São, de fato, muitos detalhes que cativam o olhar para esta rara experiência teatral. A Posto Sesc Consolação Teatro Anchieta. R. Dr. Vila Nova, 245, Consolação, 3234-3000. Ter. e qua., 21h. 60 min. 14 anos. R$ 10-R$ 20. 23 e 24/7. sescsp.org.br

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PROGRAMAÇÃO

JULHO A SETEMBRO 2013

administrado por

17 DE JULHO A 04 DE AGOSTO

REALIZAÇÃO:

Classificação: Livre

LA VERITÀ

O TEATRO ACROBÁTICO COM O SURREALISMO DE DALÍ

ESTREIA 08/08 | QUA. a DOM. às 21h |

Classificação: Livre

facebook.com/teatrobradesco

13/08 | TER. às 21h |

Classificação: 10 anos

ACÚSTICO

HERMANOTEU NA TERRA DE GODAH

Curta!

REGÊNCIA: JOÃO CARLOS MARTINS

NX ZERO

OS MELHORES DO MUNDO 11, 12, 18 e 19/09 | QUA. e QUI. às 21h |

BACHIANA FILARMÔNICA SESI SP

Classificação: 12 anos

17/09 | TER. às 20h30min |

Classificação: Livre

Informe-se sobre benefícios Bradesco, Zaffari Card, Bourbon Card e outros descontos no site teatrobradesco.com.br. Ingressos à venda na bilheteria do teatro de domingo a quinta das 12h às 20h, sexta e sábado das 12h às 22h e pelo Ingresso Rápido: 4003-1212. Endereço: Bourbon Shopping São Paulo. R. Turiassú, 2100 - Piso Perdizes.

Siga!

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Teatro Bradesco administrado por

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Futebol & Copa do Mundo 2014 Próxima parada, a Copa

A Copa das Confederações trouxe para o Brasil o clima de Copa do Mundo. O campeonato que terminou em 30/6 foi apenas o menor dos três grandes eventos esportivos a serem sediados no país nesta década, mas seu placar foi positivo – injetou animação nos torcedores e uma certa tranquilidade nas entidades organizadoras da Copa do Mundo. A seleção brasileira chegou ao torneio desacreditada por muitos. A troca de técnico em novembro passado trouxe dúvidas e os últimos resultados geraram vaias. Era preciso mais raça, mais vontade. E foi isso que a equipe apresentou na Copa das Confederações. Com a vitória na final contra a temida Espanha, o time reconquistou a confiança em si mesmo. Neymar, o menino que precisava se firmar para corresponder ao status de estrela da sua geração, marcou quatro vezes nos cinco jogos, com direito a golaços e passes dignos de quem veste a camisa 10 que um dia foi de Pelé. Fred, o camisa 9, recebeu a aprovação até de Ronaldo, que fez história com o mesmo número na amarelinha. O técnico Felipão parece ter encontrado a base do time para a Copa do Mundo, e deve

Jogos em destaque Calendário das partidas Confira a nossa seleção dos melhores jogos em São Paulo, em ordem cronológica. Horários, preços e outros detalhes podem mudar, então é melhor confirmar antes de ir. Os ingressos podem ser comprados online nos sites ingressofacil.com.br e futebolcard.com.br.

Rafael Ribeiro/CBF

O Brasil passou no teste da Copa das Confederações, mas tem muito a melhorar, explica Cecília Gianesi

O gigante acordou A seleção brasileira chegou desacreditada à Copa das Confederações e terminou campeã mantê-la nos amistosos contra a Suíça e Portugal no segundo semestre de 2013. Se como seleção, o Brasil surpreendeu, como país-sede sua performance foi a esperada. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou que o teste foi completado com sucesso, mas não deixou de apontar o que precisa ser melhorado. As manifestações que tomaram todo o país durante a Copa das Confederações evidenciaram ainda

mais o que pode afetar o próximo evento. O transporte deficiente, motivo do início dos protestos, precisa ser resolvido. A distribuição dos ingressos, que gerou longas filas, foi considerada um fracasso. Nos estádios, chegou a faltar comida, os preços dos lanches e bebidas foram considerados altos demais, os sinais de celular e Wi-Fi oscilavam bastante, e a chegada e a saída dos torcedores foram complicadas em algumas partidas.

É preciso lembrar que, enquanto esta Copa envolveu 8 seleções e 6 estádios, no Mundial serão 32 times e 12 estádios. Os problemas tendem a ser maiores. Talvez seja tarde demais para cancelar a Copa, como muitos pediram nas ruas, revoltados com os gastos estratosféricos com o evento e a falta de verba para questões prioritárias, mas ainda há tempo para o Brasil fazer bonito dentro e fora de campo em 2014.

17 JULHO Recopa: Corinthians vs. São Paulo Um empate será o suficiente para que o Corinthians receba a taça da Recopa, já que eles venceram o São Paulo por 2-1 no primeiro jogo, com falhas dos dois goleiros. 21h50, Pacaembu. 20 JULHO Brasilerão: São Paulo vs. Cruzeiro Os dois times se encontram em posições parecidas na tabela do Brasileirão, brigando no topo dela. 18h30, Morumbi. 21 JULHO Brasileirão: Santos vs. Coritiba O time do Paraná esteve nas primeiras posições pelas 5 primeiras rodadas, e tenta manter o ritmo, enquanto o time praiano tentava sair da 16ª colocação. Vila Belmiro. 16h, Vila Belmiro. 28 JULHO Brasilerão: Corinthians

vs. São Paulo Apenas 11 dias depois do título corintiano na final da Repoca, os rivais se encontram novamente, desta vez brigando pelos 3 pontos. Pode significar uma vingança do Tricolor ou a confirmação da superioridade do Corinthians. 16h, Pacaembu. 31 JULHO Brasilerão: Corinthians vs. Grêmio Grêmio vai contar com o novo técnico, Renato Gaúcho para sair do Pacaembu com uma vitória. 21h, Pacaembu. 7 AGOSTO Brasileirão: Santos vs. Corinthians Os dois times estão tentando se encontrar depois de terem perdido suas estrelas para a Europa. Com Neymar no Barcelona e Paulinho no Tottenham, quem fará mais falta? 16h, Vila Belmiro.

14 AGOSTO Brasileirão: Santos

vs. Vasco O placar das últimas três partidas foi 2-0, com o Santos saindo com a vitória em 2 delas. Vasco tem a chance de empatar nos placares, talvez com um outro resultado, para acabar com essa estatística inútil. 22h, Vila Belmiro.

Estádios de Futebol Pacaembu Praça Charles Miller, Pacaembu (3664-4650). Metrô 2, Clinicas. Ingressos R$ 30- R$120. Morumbi Praça Roberto Gomes Pedrosa 1 (3749-8000). Ingressos R$ 30-R$ 120. Não aceita cartão de crédito. Vila Belmiro Rua Princesa Isabel, s/n, Santos (13 325-4000). Ingressos R$ 20- R$60.

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Mapa Informações Úteis

Efeito néon No Centro de São Paulo, o espetáculo de luzes do crepúsculo e o prédio do Banespa ao fundo

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Informações úteis Bombeiros e emergências médicas (Resgate) 193. Polícia 190. DEATUR (Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista) R. da Consolação, 247, Centro, 3151-4167 e 3259-2202.

SAÚDE Para emergencias médicas, vá para um dos hospitais públicos da cidade, como o imenso Hospital das Clínicas (Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255, Pinheiros, 2661-0000, hcnet.usp.br), mas prepare-se para encarar uma multidão. Entre os hospitais particulares, uma opção é o Hospital Nove de Julho (R. Peixoto Gomide, 625, Bela Vista, 3147-9999, hospital9dejulho.com.br), que fica perto da paulista e aceita pacientes sem plano de saúde. Consulte a lista completa de hospitais de São Paulo em saude.sp.gov.br.

Circulando em SP

SEGURANÇA O visitante deve tomar precauções para evitar ser vítima de furtos e assaltos. Mantenha seus pertences sempre à sua vista. Seja cuidadoso com seu laptop ou tablet. Abra mão de joias de aparência cara e seja discreto ao usar câmeras e celulares. Cheque se bolsas e mochilas estão fechadas; não manuseie grandes quantias de dinheiro; não forneça informações pessoais para qualquer pessoa; use só transporte cadastrado. A maioria dos lugares de São Paulo é segura para se andar a pé durante o dia, mas, à noite, evite ruas escuras e onde há pouca circulação de pedestres. Fique atento a motos com passageiro na garupa, esta é uma maneira comum de assalto. Se um bandido se aproximar, não reaja. Ao dirigir, fique atento nos faróis e evite deixar a janela aberta. Por esse motivo, os motoristas tendem a ignorar os semáforos e placas de ‘pare’ à noite. Tranque o carro sempre.

INFORMAÇÃO TURÍSTICA O site oficial de turismo de São Paulo é cidadedesaopaulo.com. Existem várias Centrais de Informação Turística (CITs), como a localizada na Av. Paulista, 1.853. Às quintas-feiras, às 20h, um tour pelo Centro sai do Teatro Municipal. O passeio de duas horas é feito a pé e é gratuito. Informações: 3256-7909 ou 3019-8831.

TRANSPORTE CHEGAR E PARTIR

De avião Aeroporto Internacional de Guarulhos (6445-2945, infraero. gov.br), ou Cumbica, fica a 40 km do Centro e opera voos domésticos e internacionais. Guaracoop (6445-7070, radiotaxiazulebranco.com.br) é o serviço de táxi localizado na saída

do desembarque. As tarifas são fixas e variam de R$ 75 a R$ 130, dependendo do bairro de destino. Por R$ 35 há o ônibus executivo Airport Bus Service (3775-3861, airportbusservice.com.br), que faz paradas em bairros centrais, grandes hotéis e na Rodoviária do Tietê, onde há estação de metrô. A opção mais econômica, embora demorada, é o ônibus circular no 257 para o metrô Tatuapé (R$ 4,30). Congonhas (5090-9000, infraero. gov.br) opera voos domésticos e está a 8 km do centro. As opções de transporte são as mesmas: táxi (R$ 30-R$ 40), ônibus executivo (R$ 35) ou circular (R$ 3). A 99 km de São Paulo fica ViracoposCampinas (3725-5000, infraero.gov.br). A companhia aérea Azul (3003-2985, voeazul.com.br) opera voos que partem dali para várias cidades brasileiras. De ônibus Há três principais terminais em São Paulo, todos conectados ao metrô. A Rodoviária do Tietê (Av. Cruzeiro do Sul, 1.800, 3866-1100), da Barra Funda (R. Maria de Andrade, 664, 3866-1100), e do Jabaquara (R. dos Jequitibás, s/nº, 38661100). Pelo socicam.com.br, pesquisa-se os destinos operados por cada companhia. As passagens também são adquiridas nas rodoviárias ou pelos sites das companhias. No verão e em feriados, recomenda-se comprá-las com antecedência.

TRANSPORTE PÚBLICO O metrô de São Paulo é limpo, seguro e rápido. Entretanto, fazer baldeação costuma ser necessário e alguns bairros não são servidos pelo metrô, só por ônibus. Tarifas & bilhetes Se vai ficar na cidade por um período longo e usar o transporte público, vale a pena ter um Bilhete Único. Esse cartão dá descontos, permite integração entre ônibus, metrô e trens da CPTM, por R$ 5, e pode ser comprado nas estações de metrô. Metrô Existem quatro linhas de metrô. Há mapas nas estações. Uma viagem custa R$ 3.20. O metrô costuma funcionar entre 4h30 e 0h. (0800-7707722, metro.sp.gov.br). Ônibus circulares Informações são obtidas pelo telefone 156 ou pelo sptrans.com.br. A tarifa é de R$ 3.20. CPTM A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (0800- 0550121, cptm.sp.gov.br) é uma extensão do metrô. Um bilhete custa R$ 3.20, e a integração com o metrô é permitida sem custo adicional. TÁXIS Os táxis de São Paulo são brancos. O jeito mais seguro de pegá-los é no ponto ou chamando um rádio-táxi. Táxis comuns também podem ser pegos na rua – um pouco menos seguro. Um novo modo de solicitar um táxi é por meio dos aplicativos para smartphones Easy Taxi e 99taxis. A bandeirada começa em

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Celso Tinôco Cavalcanti (@CELSOTINOCO)

EMERGÊNCIAS

Marque suas melhores fotos de São Paulo no Instagram com a hashtag #timeoutsp. Uma delas pode ser escolhida pela equipe da Time Out São Paulo para aparecer nesta página, como o clique que Celso Tinôco Cavalcanti (@CelsoTinoco) fez do Edifício Torre Paulista, na Av. Paulista. R$ 4,10. Cada quilômetro adicional custa R$ 2,50. A bandeira 2 vale entre 20h e 6h. A maioria das corridas custará entre R$ 20 e R$ 50. Central Táxi 3035-0404. Delta Rádio Táxi 5072-4499. Ligue-Táxi 2101-3030/3873-3030.

DIRIGIR Aluguel de veículos

Os motoristas de São Paulo são agressivos e os congestionamentos podem ser um pesadelo, assim como encontrar onde estacionar. Dirigir não é uma necessidade de quem está visitando a cidade. Para alugar um carro, é preciso ter carteira de motorista e cartão de crédito. A idade mínima é de 25 anos. Hertz 3258-9384/ hertz.com Localiza 5533-3535/localiza.com Movida 3075-8686/movida.com.br

Estacionamento

Durante o horário comercial, existe a exigência de cartão-horário (Zona Azul) em algumas ruas mais movimentadas, fique atento às placas e marcações no asfalto. O valor por hora é de R$ 3. O talão de Zona Azul (dez folhas por R$ 28) pode ser comprado em bancas de jornal.

Rodízio

Entre 7h e 10h e 17h e 20h, há o rodízio de veículos no Centro expandido. Às segundas, placas com finais 1 e 2 não podem circular; às terças, 3 e 4; às quartas, 5 e 6; às quintas, 7 e 8; e às sextas, 9 e 0.

Bicicleta Há poucas ciclovias em São Paulo, mas bons lugares para andar de bicicleta são o Parque Ibirapuera, a Cidade Universitária e às margens do Rio Pinheiros. O passeio é mais seguro e prazeroso durante os fins de semana, quando há menos trânsito de carros. Aos domingos e feriados, entre 7h e 16h, existem as ciclofaixas – faixas das ruas que são delimitadas para o uso exclusivo dos ciclistas. Aos fins de semana e feriados, bicicletas são permitidas no metrô e existe um novo programa de aluguel em vários pontos da cidade (bikesampa.com).

A pé Os melhores bairros para se caminhar são o Centro, Higienópolis e Jardins (mas não é seguro fazê-lo à noite). A Rua Oscar Freire é ótima para ver vitrines das grifes. O Parque Ibirapuera tem várias trilhas. Bairros como Vila Madalena, Consolação e Bela Vista também são agradáveis, mas possuem mais ladeiras.

Necessidades especiais São Paulo é pouco adaptada a portadores de deficiências físicas. A agência Go in São Paulo (3289-3814, goinsaopaulo. com.br) oferece serviços a cadeirantes. O Instituto Mara Gabrilli (img.org.br) dá informações gerais.

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