Revista Mais Conteúdo

Page 1

Flores

armas de conquista?

Implante Dentário

procedimento ficou mais acessível

Paulo Franco

um olhar crítico sobre nossa educação

Nonô Nardelli

paixão por Ribeirão Pires



4. Artigo Prof. Nelson Carmargo

5. Cidade Lei Cidade Limpa

6. Crônica Jornalista Eduardo Camargo

8. Curtas Notícias do Brasil e do mundo

9. Prefeito Responde Clóvis Volpi

10. Mulher Cléo Meira

12. Meio Ambiente Sacolas plásticas

14. Educação O Fantasma do Bullying

15. Trânsito Segurança começa na cama

16. Pet Concientizar e castrar

17. Saúde Apnéia X Qualidade de Vida

18. Saúde Bucal O que você precisa saber

19. Política Antônio Muraki

20. Capa Nonô Nardelli

26. Gastronomia Vai um “negrinho” aí?

30. Cidade Evelin Jordão

32. Direito Dr. José Cezar de Carvalho

33. Destaques Fotos do mês

34. Reflexão Ala Voloshyn

35. Lazer Piadas e Cruzadas

36. Decoração Como escolher sua cozinha

38. Gente Flores: armas de conquista?

39. Cultura Escola Municipal de Artes

40. Música Banda Classicaus

42. Crônica Professor Paulo Franco

Sejam bem-vindos! Um novo começo. É assim que encaro este primeiro número da revista Mais Conteúdo que chega às suas mãos neste mês de setembro, uma publicação inovadora, um trabalho nunca antes visto na microrregião e que marca minha volta, como profissional, à imprensa local. Como jornalistas, tivemos a preocupação de que esta publicação trouxesse algo de novo para você, caro leitor. Um produto de qualidade que, esperamos, lhe traga a mesma satisfação que tivemos em produzi-la. Seja na questão do design, mais limpo que a concorrência quanto do conteúdo que, na minha humilde opinião, será de muita valia para suas horas de lazer. Uma revista para observar, ler, degustar, aproveitar, compartilhar. É um presente que nós e nossos anunciantes oferecemos a você. A idéia partiu do empresário Antônio Carlos Carvalho da Silva, o Gazeta, que ao me convidar, apresentou o projeto com a mesma paixão com que toca o jornal Mais Notícias, outra publicação de renome e reconhecimento que circula semanalmente há oito anos. É importante destacar que os dois, apesar de irmãos por parte de pai, não são gêmeos siameses – ainda que estejamos aproveitando os talentos em ambas as publicações. Por isso, a revista trará a você exatamente a proposta que a batiza: Mais Conteúdo, mais informação e, o melhor de tudo, gratuitamente em uma revista digna de Ribeirão Pires, uma cidade que não deve nada a qualquer outra. Aproveito o espaço que muito me orgulha ocupar para convidar o leitor a participar e que faça da “nossa” revista também a “sua” revista. Opine, diganos o que achou, sugira. Estamos abertos para fazer de Mais Conteúdo melhor a cada mês junto com vocês. Danilo Meira


Edição 1 - Setembro / 2011 Publicação Mensal de Mais Notícias Empresa Jornalística Ltda. CNPJ: 05.531.420/0001-18 email: maisconteudo@maisnoticias.inf.br Editor: Antonio Carlos Carvalho Jornalista Responsável: Vanessa de Oliveira - Mtb: 53.573 Redação: Danilo Meira - Mtb: 43.013 Thiago Quirino - Mtb: 61.451 Editoração: Gustavo Santinelli Departamento Comercial: Sidnei Matozo / Claudio Sant’anna Departamento Jurídico: Dr. Gilmar Andrade de Oliveira Dr. Eric Maques Regadas Colaboraram: Nelson Camargo / Eduardo Camargo Cezar de Carvalho / Ala Voloshyn Paulo Franco / Cecília Bentini José Carlos Moretti / Lia Di Paulo Dr. Thiago Brunelli Resende da Silva Gazeta / Odayr Miguel de Lima Administração: Elisete Helena Pimenta Esta Edição: 10.000 exemplares Tiragem Auditada por ASPR Distribuição Gratuita em: Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Região da Represa Billings Rua Olímpia Catta Preta, 194 1° Andar, Sala 2 • CEP 09424-100 Centro • Ribeirão Pires • SP Fone: 4828-7570 • Fax: 4828-1599

Quase perdi o compromisso: Mudaram o nome da Estação do Metrô Por tradição histórica e para facilitar o reconhecimento e o acesso, dá-se aos locais os nomes característicos de cada região. Assim, Portugal tem esse nome pela existência, de um porto “portus cale”, localizado onde hoje fica a cidade do Porto. Nossa região era chamada pelos índios de Caaguaçu, do tupi, “caá”, mata e “guaçú”, grande, significando portanto “mata grande”, pois é o que havia na região, onde atualmente fica a cidade de Ribeirão Pires, nome esse, dado em homenagem a família Pires que habitou nosso município. Deram ao riacho, no qual foi proclamada a nossa Independência, o nome de Ipiranga, de “y”, água, rio ou riacho e “piranga”, vermelho/a, por ser esse riacho de cor avermelhada, devido a cor da terra que o impregnava dessa coloração. Como em São Paulo, até meados de 1750, a língua falada, embora não oficial, era o nheengatu (língua geral, mistura do tupi e do guarani com outros falares indígenas) os bandeirantes paulistas, adentrando-se por regiões ainda inexploradas pelos brancos, fundavam lugarejos (futuras cidades) e lhes davam o nome da língua dos índios. É por isso, por tradição, que, até hoje, muitas cidades, ruas, regiões e outros acidentes geográficos têm o nome de língua indígena, o tupi ou o guarani, duas línguas muito parecidas assim como o português e o espanhol. É de se estranhar a constante mudança de nomes de ruas, metrôs, e outros logradouros públicos num flagrante desrespeito à documentação oficial, à fácil localização, à tra-

dição, à história, e até mesmo a um misticismo cultural-religioso. Quando se muda o nome de uma rua, há que se fazer averbações em cartório, para mudar os documentos de propriedade, e outros documentos, o que implica em gastos e transtornos para o proprietário do imóvel, há o inconveniente dos correios, de localização de ruas por parte de pessoas, que não sabem que o nome foi alterado, às vezes, por puro interesse eleitoreiro, de algum ocupante de cargo público. Eu mesmo, certa ocasião, ia descer na estação do metrô Ponte Pequena, e quase passei, perdendo o horário de um compromisso, porque haviam mudado o nome para Estação Armênia, “em homenagem” a alguns armênios que no presente habitam a região. O vereador não foi eleito para se preocupar com coisinhas, antes maléficas que benéficas.

Nelson Luiz de Carvalho Camargo é pesquisador, professor de Ciências Humanas, Língua Portuguesa, Literatura e de Língua Latina. Leciona nas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires. Nasceu na Vila de Tarumã, estado de São Paulo, em 1947. Veio para Ribeirão Pires, com sua família em 1952, aos cinco anos de idade.


Ribeirão Pires: uma cidade agradável ao olhar Com a aplicação da Lei Cidade Limpa, a cidade de Ribeirão Pires está ganhando uma nova cara, um visual mais limpo e mais agradável ao olhar, uma vez que agora teremos anúncios disciplinados e uma maior valorização da arquitetura dos prédios.

Ter-Boy, onde hoje está localizada a Scala Sports, posteriormente Gustão Esportes e hoje Scarpa Sports. Outro não tão antigo assim, mas também digno de nota é o edifício Sant’anna que, há cerca de 30 anos, era um posto de gasolina da bandeira Esso.

Durante o período de adaptação, que vai até o dia 30 de setembro, muitas pessoas notaram, especialmente na região central, uma grande movimentação da parte dos lojistas que promoveram várias obras para adequar suas fachadas à nova regulamentação. Com isso, alguns “tesouros” que estavam escondidos vieram à tona e atiçaram a lembrança dos munícipes que moram há mais tempo na cidade.

Mais do que o passado, o futuro se mostra com destaque na Rua Afrânio Peixoto. Exemplo para a cidade, as fachadas se mostram organizadas e, agora, torna possível admirar as belas fachadas que compõem o centro velho da cidade, que tem boa parte dos seus prédios construída entre os anos 50 e 70 do século passado e andava escondida pela “enormidade” dos antigos anúncios.

Uma delas foi a Plaza Imóveis, que ocupou até meados dos anos 90 o imóvel onde hoje está localizada a Doceria Ribeirão, na esquina da Rua Francisco Monteiro com a Rua Boa Vista. Outra, mais antiga, é a Pastelaria

A partir de agora, a cidade e sua bela arquitetura fica à disposição dos ribeirãopirenses e visitantes em toda sua plenitude e beleza. É Ribeirão Pires, para todos olharem e admirarem.

Remoção de painéis conta um pouco da história da cidade

Enquanto vários comércios já se adaptaram à nova legislação e apresentam nova identificação...

...alguns ainda terão que se adaptar


Amigos que se foram Fiquei muito consternado com minha última viagem a Ribeirão Pires. Em uma semana perdi três grandes amigos. O primeiro foi o jornalista Fausto Polesi que foi meu patrão, amigo e mentor intelectual. Foi quem me ensinou alguma coisa corretamente. Antes de ser patrão e chefe, era amigo dos jornalistas do “Diário do Grande ABC”, tendo acumulado, desta forma, uma legião de admiradores. Sabia chamar a atenção dos funcionários sem magoá-los; orientava-os sem causar ressentimentos. Seus editoriais eram aguardados com expectativa, diariamente, pois focalizavam sempre temas de grande interesse e importância, com independência e elegância. Seu lápis azul ficou famoso sublinhando textos incorretos publicados no jornal; ou os seus bilhetes elogiando ou criticando uma matéria, enviados para redatores, colunistas, editores e demais funcionários. Pessoas como Fausto Polesi deveriam ter uma vida mais longa, como ele certamente terá na memória de quantos o conheceram. No dia em que soube do enterro de Fausto Polesi, pelo jornal, encontrei-me em Ribeirão Pires com outro amigo, o Newton Diniz. Fiquei sabendo por ele que o Vitória nasceu de uma divisão ocorrida no Bahia e seu avô esteve envolvido nos acontecimentos. Contei-lhe que o São Paulo FC também foi fundado assim, ele que era são-paulino roxo, assim como o Fausto era corintiano (aliás os quatro fundadores do Diário, Fausto, Edson Dotto, Maury Dotto e Ângelo Puga eram corintianos). O caso do São Paulo FC foi assim, segundo relato que ouvi ainda menino do meu avô, José César de Carvalho, que integra-

06

va o grupo: todos pertenciam ao Internacional SC, ocorreu uma cisão e um grupo fundou o Paulistano (que não se envolveria muito com o futebol; e o outro grupo, onde estava meu avô, fundou o São Paulo FC. Ficamos, eu e o Diniz, de beber um aperitivo a tardinha na padaria Empório dos Pães, mas ele sentiu-se mal, foi levado para São Paulo, onde acabou falecendo. Ainda hei de tomar esse aperitivo com ele, lá no céu, quando chegar minha vez... Chegou sábado, eu estava com uns amigos no Bar do Vô, no shopping, quando chega o Welson dos Santos Ferreira, amigo desde os tempos da Vila Aurora, filho do ex-vereador Wilson dos Santos Ferreira. Ele mesmo também chegou a ser vereador. Conversamos longamente sobre nossa juventude, sobre sua mãe, hoje com 91 anos de idade, vizinha e amiga da minha mãe,Vera Camargo. Falou com entusiasmo sobre a possibilidade de mudar-se também para Lindóia, ou Serra Negra e pediu até que eu procurasse um imóvel para ele. Na segunda-feira fico sabendo do seu falecimento. Perder três amigos em uma semana não é fácil. Desse jeito os meus conhecidos de Ribeirão Pires vão enviar uma petição ao prefeito de Lindóia, o sr. Justino Lopes, para que providencie minha presença na cidade, não me ausentando mais até Ribeirão Pires. Eduardo Camargo é jornalista, tendo trabalhado muito tempo no “Diário do Grande ABC” e em outros jornais de São Paulo e região; foi também assessor de imprensa da Prefeitura de São Bernardo.



Brasileiros desbravam a América em uma motocicleta Um casal brasileiro está chamando a atenção nos Estados Unidos por estar realizando um sonho: atravessar a América em uma motocicleta. Sinomar Godois Tavares, 56 anos, e Edivania Marques, 31 anos, estão há dois anos fazendo o percurso e já andaram cerca de 37 mil quilômetros, partindo de Morrinhos, no interior de Goiás. A viagem, feita em uma Honda Shadow 750 - e sem GPS - era um sonho da adolescência de Tavares, que se concretizou após sua aposentadoria. “A questão é mostar que não é necessário gastar muito dinheiro para fazer o que você ama”, afirmou. Atualmente, o casal está em Nova York, no caminho de volta.

Filme “Bonequinha de Luxo” completa 50 anos e ganha edição especial Bonequinha de Luxo, um dos maiores filmes de todos os tempos, completa 50 anos este mês. Como presente aos cinéfilos, a produção protagonizada por Audrey Hepburn e George Peppard, ganha uma edição especial em BluRay. A comédia romântica, originalmente chamada de Breakfast at Tiffany’s, se baseia e um romance escrito por Truman Capote e foi dirigida por Blake Edwards, por sinal marido da atriz principal. Reeditada e remasterizada, a nova versão inclui também uma série de extras sobre a filmagem que consagrou o estilo e a elegância de Audrey Hepburn.

Locadora virtual chega ao Brasil Agora no Brasil, a Netflix, serviço de vídeos por streaming via Internet, oferece ao internauta que tiver banda larga um grande acervo de filmes, séries e programas que podem ser assistidos por meio de dispositivos conectados à rede, como PS3, XBox360, TVs conectadas e smartphones. Para poder assistir aos filmes que, em sua maioria, são produções clássicas, a empresa recomenda que o usuário tenha internet banda larga com uma velocidade mínima de 500 kpbs (0.5 MB). Para assistir em qualidade similar a de DVD ao menos 2 MB são recomendados e, em HD, o dobro disso. Em tempo: ao contrário das locadoras tradicionais, o Netflix brasileiro não tem filmes recém-lançados. Até fechamento desta edição, os mais novos que estavam em acervo haviam sido lançados nos cinemas ha mais de 1 ano, isso porque o serviço não tem intenção de concorrer com TVs por assinatura. O custo é de R$ 15 mensais e todos os filmes disponíveis em catálogo possuem dublagem ou legenda em português. O site é www.netflix.com.

Governo Federal aumenta IPI de carros importados

08

A partir de agora, os carros importados ficarão mais caros. O Governo Federal anunciou a elevação do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para estes veículos ou os que não atendam a novas exigências de uso de peças produzidas no Brasil. A medida, contudo, só deve atingir ao bolso do consumidor em 60 dias, prazo para provar que atendem às novas regras, que exigem o uso de ao menos 65% de componentes fabricados no país e também que ao menos 6 de 11 etapas de produção definidas pelo Governo sejam feitas em território nacional. Na prática, os veículos mais atingidos com o aumento de 30% no IPI serão, principalmente, os carros chineses, os coreanos e os de luxo. A exceção são os carros fabricados no México e na Argentina, países que têm acordo automotivo com o Brasil. A medida vigora até dezembro de 2012.


O Prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi é mais uma personalidade a marcar presença na revista Mais Conteúdo, respondendo a perguntas sobre os mais diversos assuntos ligados à nossa cidade. Você também pode participar, enviando seu questionamento para nossa redação. Todo mês, selecionaremos algumas que serão respondidas e publicadas neste espaço. Envie a sua para maisconteudo@maisnoticias.inf.br 1 - Este ano, o Festival do Chocolate chegou a um patamar que agradou muito aos presentes. Como prefeito, qual a sua avaliação? Nesses anos, buscamos o tempo todo a fórmula ideal para o Festival e, parece-me neste momento, que a fórmula foi encontrada, pois o projeto sempre foi separar os shows da praça de alimentação e, com a construção da tenda, não só foi possível essa separação como viabilizar os espetáculos, mesmo que tenhamos chuva e frio. O que pode ainda evoluir sobre as participações de eventos culturais, pois a meta seria juntar gastronomia e cultura. 2 - Apesar do grande festival, há reclamações quanto a escassez de opções de lazer na cidade, o que leva os munícipes a buscar opções em cidades vizinhas. O que a Prefeitura planeja para o setor no futuro próximo? Se você considerar cidades vizinhas (Rio Grande da Serra e Mauá), nós temos muito mais lazer que elas. Se você considerar o resto do ABC, é possível que tenham mais atividades. No entanto, Riberião Pires está em ascendência e outras cidades estão estagnadas. O tempo é nosso aliado nisso, e continuaremos crescendo. 3 - O senhor está entrando na fase final de sua gestão. Na sua opinião, qual será o grande legado que deixará para a cidade? Ribeirão Pires é hoje o melhor lugar do ABCDMRR para se viver, morar, constituir família. Temos hoje uma rede educacional municipal e particular de excelente qualidade, haja vista as avaliações do ENEM e INDEB. Nosso Parque Industrial, embora não grande, não polui e sustenta a economia da cidade. Estamos construindo um novo hospital, que será responsável pelo atendimento de aproximadamente 15 mil pessoas/mês, com 125 leitos, UTI, UTI Neonatal, e ainda atenderá cirurgias de média complexidade. Construímos um Terminal Rodoviário de 6.000 m2 que, após a construção da nova estação Ferroviária (CPTM), permitirá a completa integração entre elas. Construímos a Vila do Doce, estamos viabilizando o Mercado Municipal na antiga Rodoviária, recuperamos os Postos de Saúde e construíremos o Posto de Saúde do Centro Alto. Fizemos

1 Milhão e setecentos mil m² de asfalto, sem cobrar um único centavo do cidadão. Muitas outras coisas foram feitas, mas o mais importante foi devolver ao ribeirãopirense o amor pela cidade, o orgulho de ser cidadão. A segunda coisa mais importante foi pagar as dívidas de Ribeirão Pires e com isso recuperar a economia da cidade. Apenas quatro dívidas (Pasep/ C.U.R.A./INSS/Kaethe Richers) ainda precisam ser quitadas, mas todas estão equacionadas, pois o orçamento melhorou muito, saímos de R$ 72 milhões em 2005 para R$ 200 milhões em 2012. Esse é o meu legado, ter dado à Ribeirão Pires a representatividade que ela buscou desde sua emancipação. 4 - Como o senhor vê a Ribeirão Pires do futuro? Ribeirão Pires crescerá muito nos próximos 10 anos. A população chegará a 140 mil habitantes. O Parque Industrial crescerá muito com o Rodoanel Sul e Leste. A infraestrutura que estamos criando permitirá esse crescimento. O desenvolvimento de Ribeirão Pires se dará no sentido Ouro Fino, tanto para moradia quanto para desenvolvimento industrial. A nossa renda per capita crescerá muito e economicamente seremos autossustentáveis em 5 anos. Se não errarmos em escolher os próximos políticos e os eleitos forem empreendedores e sóbrios nas ações políticas. Ribeirão Pires será a menina dos olhos do ABC para se viver (morar). Tenho certeza disso. 5 - O senhor disse recentemente que este será seu último cargo eletivo. Como avalia sua trajetória política? Minha vida pública foi de sucesso. Venci eleições em todos os cargos que disputei. Agora é hora de ajudar novos políticos a crescer. Quero ser exemplo para os próximos Prefeitos. 6 - Após a aposentadoria, planeja ter alguma ligação com a política? Claro. Deixo de disputar cargos eletivos mas não a política. Quero prestar serviços em assessoria para pequenas e médias prefeituras. Mostrar que é possível governar com responsabilidade e transformar cidades usando novos conceitos para velhos problemas. Modernizar não só os equipamentos, mas o cidadão que governa. Outros prefeitos/vereadores já fazem isso no Brasil e obtêm sucesso. Faço parte desse time moderno embora já tenha 63 anos. Clovis Volpi Prefeito

09


Por Thiago Quirino

Uma mulher de Força e Determinação Conheça uma das figuras políticas femininas mais preparadas de Ribeirão Pires “Quem espera que a vida / Seja feita de ilusão / Pode até ficar maluco / Ou morrer na solidão / É preciso ter cuidado / Pra mais tarde não sofrer”, esse conhecido verso da música “É preciso saber viver” representa o pensamento de uma mulher que há anos acompanha o desenvolvimento político em Ribeirão Pires. Ela, que é formada em Letras, com especialização em Administração Escolar e MBA em Gestão Pública decidiu que chegou sua vez de colocar todo seu potencial a serviço da população, esta mulher é a Cléo Meira. Atualmente na presidência do PTN, o Partido Trabalhista Nacional, Cléo se vê na obrigação de levar adiante a ideologia de um partido que nasceu em 1945 com o fim da Ditadura do Estado Novo, com a bandeira de que é o trabalho que realiza a intenção. Em Ribeirão Pires, Cléo enxerga a oportunidade de realizar um trabalho político de forma diferenciada. Além do partido, Cléo teve uma vide de preparação. Ainda nos bancos escolares participou ativamente dos grêmios estudantis, foi representante de bairro, e representante de professores. “Minha vontade de fazer política nasceu da esperança de fazer valer o que era de direito de todos. A política foi a única maneira que encontrei de contribuir com a transformação da sociedade em prol dos interesses da população”, revela a pré-candidata a uma cadeira na Câmara em 2012. Embora não tenha exercido um cargo público ainda, Cléo possui uma rica fonte de inspiração que envolve vários personagens. “Eu admiro a qualidade, a competência e a transparência que ainda há em

10

alguns políticos, sem citar nomes, porque isso é pessoal. Todos que passaram pelo poder desde a época de Marechal Deodoro da Fonseca tiveram sua parcela contributiva para o progresso e desenvolvimento do nosso país até os dias atuais”. Os livros também inspiram: “Meu livro de cabeceira é a Bíblia Sagrada, mas posso recomendar o livro da cientista política Hannah Arendt - O que é Política. Reflito sempre em seus pensamentos, tais como o sentido da política é a liberdade”. E o cenário político atual possibilita o ingresso cada vez maior de mulheres. Sobre esse assunto, Cléo faz a seguinte avaliação: “A participação feminina na política ainda é primária, haja vista que as mulheres do país tiveram direito ao voto e a se candidatar somente em 1932. É preciso que haja um equilíbrio para que o sexo feminino seja representado melhor na política. Hoje temos a garantia de 30% das vagas de candidatos para mulheres e isso foi um começo. A lei ainda não é suficiente e precisamos buscar outras formas de incentivar a participação da mulher na política brasileira”. Cléo acredita que mesmo havendo grande diferença de gênero na quantidade de cadeiras ocupadas nas esferas Executivas e Legislativas, a competência, o esforço, a determinação e a coerência da mulher poderão transformar esse cenário. “Posso citar como exemplo as sete cidades do ABCDMRR que no total de 108 cadeiras no Legislativo, apenas 06 são ocupadas por mulheres; na Assembleia Legislativa de São Paulo, de 94 deputados estaduais, apenas 11 são mulheres; na esfera Federal, de 513 deputados, 44 são mulheres. Acredito na força e na determinação feminina. Conto e convido todas as mulheres de Ribeirão Pires para se filiarem ao PTN e se candidatarem, para que juntas possamos virar esse jogo”. Com isso, seu principal interesse como précandidata é fazer um trabalho diferenciado visando e resguardando os interesses da coletividade, atendendo e humanizando todos os setores públicos para melhorar a qualidade de vida de toda a família ribeirão-pirense. “O bem estar da população deve começar dentro de casa”, essa tem sido uma frase orientadora para a Cléo. Seu pensamento é de que a família é uma base, um alicerce importantíssimo na formação do ser humano. “É na família que encontramos todo o apoio que precisamos, o aconchego, a educação, nossa fé. A família é nosso verdadeiro norte”, completa. E para quem pensa que Cléo é do tipo de mulher que não se dá bem com outras atividades, aí vai uma informação interessante: ela ama jardinagem, inclusive tem o hábito de cuidar do jardim de sua casa sem luvas, para manter contato direto com a terra. Dessa forma, Cléo Meira se prepara, uma vez que “É preciso saber viver”.



Sacolas plásticas, as únicas vilãs do Meio Ambiente? Por Vanessa de Oliveira

12

Há tempos a sacola plástica vem sendo vista como grande vilã do Meio Ambiente. E não é para menos. Ela demora pelo menos 300 anos para se decompor; ocupa espaço nos aterros; sua produção utiliza grande volume de água e gera resíduos industriais. Há ainda o uso inadequado e descarte na rua, o que leva o material às galerias e bueiros, causando entupimentos e enchentes; polui a água e o solo e traz prejuízo à vida de animais marinhos. Em São Paulo, o consumo mensal está na casa dos 2,4 bilhões, o que corresponderia, em uma conta simplificada, a 59 unidades por pessoa. Diante disso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decretou fim da linha para as sacolas plásticas nos supermercados paulistas. Um acordo assinado no dia 09 de maio, entre Alckmin, o presidente da APAS (Associação Paulista de Supermercados), João Galassi, e o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas, prevê que até o final deste ano os supermercados deixarão de entregar as sacolas derivadas de petróleo ao consumidor. Mas toda a história envolve uma contradição: Criadas como uma possível solução verde para definitivamente substituir as sacolinhas plásticas, as sacolas sustentáveis, mais conhecidas como “Ecobags”, se mostraram uma alternativa contraditória, segundo relatório da Agência do Meio Ambiente britânica, obtido pelo jornal britânico “The Independent”. O estudo apontou que elas são mais prejudiciais ao meio ambiente. Acontece que durante todo o processo de fabricação e transporte das sacolas, a emissão de gases poluentes e o desperdício de matéria-prima é maior para as sacolas mais resistentes, de forma que uma sacola de papel deveria ser reutilizada por três vezes, a de polipropileno onze vezes e a de algodão, no caso, as Ecobags, 130 vezes para valer a pena a troca da sacola de plástico. O resultado do relatório britânico mostra que, para equilibrar o impacto de cada Ecobag, o consumidor teria que utilizar a mesma em todos os dias úteis do ano, mas grande parte das sacolas de algodão é usada apenas 50 vezes antes de serem jogadas fora, tornando-se assim, piores que as sacolas plásticas, que são usadas apenas uma vez.



Bullying: o fantasma que ronda o ambiente escolar Vanessa de Oliveira

14 O bullying (agressão física e verbal sistemática à qual uma pessoa é submetida) é coisa antiga, mas devido às sérias consequências que tem causado, vem repercutindo de maneira constante. Em um caso recente, na cidade de Mauá, um adolescente de 14 anos foi apreendido depois de ser flagrado com uma arma dentro da mochila, na Escola Estadual Professora Mirna Loide Correa Ferle. Segundo a polícia, o garoto disse que havia comprado a arma por R$ 400 e a levou à escola com a intenção de assustar um colega, que o agredia constantemente. A psicóloga Juliett Camelo Freitas esclarece aos pais, alunos e professores como prevenir esse problema e como lidar com o fato se ele já aconteceu. Mais Conteúdo - Existem estratégias de prevenção para evitar a violência no meio escolar? Juliett Freitas - Acredito que as escolas podem fazer muito para evitar esse tipo de ação, começando pela discussão do tema em sala de aula, promovendo ações que incentivem a solidariedade, respeito às diferenças e tolerância. Os educadores podem incentivar seus alunos a serem solidários com aqueles que possuem problemas relacionais e/ou com alunos novos, pois assim inibem a ação dos agressores.

Mais Conteúdo - Como os pais podem perceber que o filho está sendo vítima de bullying? Juliett Freitas - Falta de ânimo para ir à escola; ficar ansioso logo pela manhã; pedir para trocar de escola; rendimento escolar baixo; tornar-se uma criança fechada, arredia; semblante deprimido; baixa autoestima; pesadelos frequentes relacionados à convivência no ambiente escolar; dar desculpas pouco convincentes para não gostar da escola. Após ter certeza desse fato, é importante que os pais conversem com seus filhos, tomando cuidado para que sinta que pode confiar em você, e não sentir vergonha. Se não sentir essas duas coisas, a criança ou adolescente não contará nada. Mais Conteúdo - De que maneira a família deve atuar quando o seu filho é o autor do bullying? E quando o filho se trata da vítima? Juliett Freitas - Normalmente, o agressor tem um comportamento provocador e de intimidação permanente. Ele possui um modelo agressivo na resolução de conflitos, apresenta dificuldade de colocar-se no lugar do outro, vive uma relação familiar pouco afetiva e tem muito pouca empatia. Tanto o agressor como as vítimas sofrem. Portanto, necessitam ser escutados, atendidos e tratados.


Por Thiago Quirino

Segurança no trânsito começa na cama O percurso diário era de 150 km, de Carapicuíba ao Vale do Paraíba, São Paulo. Todos os dias, o engenheiro de produção Edson Seiji Akasaka, 53 anos, acordava às 4h30 para ir ao trabalho e depois ainda dava aulas à noite. “Em uma sexta-feira, eu estava com muito sono. Lembro que passei pelo pedágio e abri as janelas do carro, com o objetivo de evitar a sonolência. Para não ouvir o barulho dos carros, coloquei protetores auriculares. De repente, pensei: onde estou? Achei que estava morto. O ambiente estava esfumaçado (pelo gás do airbag) e os meus olhos, embaçados, pois os óculos tinham caído. Bati na traseira de um caminhão baú e o motorista veio em meu socorro. Notei que estava na Via Dutra, no quilômetro 188. Eu dormi ao volante, por volta das 18h15. Fiquei quatro dias internado e um bom tempo sem dirigir. Hoje estou aqui para contar a história. Tive muita sorte”. Essa é uma de várias histórias de acidente de trânsito causado por motoristas que dormem ao volante. A sonolência durante o dia pode causar um déficit nas atividades rotineiras como trabalho, relações sociais, concentração e aprendizagem, entre outras. Além disso, quando a sonolência ocorre ao volante, muitas vidas são colocadas em risco em função das elevadas chances de acidentes. Os acidentes no trânsito são a maior causa de morbidades e mortalidade.

Estimativas sugerem que até 20% dos acidentes são causados por sonolência excessiva. Um estudo realizado no Brasil mostrou que 7,6% dos acidentes com motoristas interestaduais ocorrem devido à sonolência excessiva. Entre as principais causas dessa sonolência estão a privação de sono e um distúrbio respiratório chamado Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. Algumas empresas de transporte rodoviário, pensando em cuidar dos profissionais e garantir a segurança no trânsito, estão trabalhando em programas para recuperação e descanso de seus motoristas. A Viação Salutaris lançou, há 11 anos, o “Programa Medicina do Sono”, com investimento da ordem de R$ 7 milhões. O programa já registrou dois milhões de testes de vigília e fadiga; instalação de 10 salas de estimulação do alerta e três laboratórios do sono; uma média de 900 atendimentos a profissionais por ano; e 2,5 mil exames de polissonografia. Atualmente, o programa atende cerca de 1000 motoristas realizando avaliações rotineiras e utilizando estruturas de apoio, como as salas de estimulação do alerta, uma das principais ferramentas do programa, que são encontradas cidades do Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Para não sentir sono ao volante, o ideal é dormir de maneira regular e habitual. Se estiver com sono enquanto dirige, a única solução é parar de dirigir.


CONSCIENTIZAR E CASTRAR! Por Maria Cecilia Bentini, paulistana é pós-graduada em publicidade e propaganda pela ESPM-SP e Diretora Geral da Oscip AJUDANIMAL, que abriga mais de 300 animais. Luta pela causa animal há mais de 20 anos.

Queridos leitores, vamos abordar um assunto que gerou polêmica e “bombou” nas últimas semanas nas redes de proteção animal. Recebemos vários repasses de e-mails protestando contra um artigo publicado por uma mídia da cidade que abordava o início de uma campanha de conscientização através de banners espalhados pela cidade, baseados em Posse Responsável. O texto do e-mail criticava o release que, em nenhum momento, falou em castração e ainda mencionava a falta de visão do Poder Público em não enfatizar este procedimento. A nota divulgada enaltece a posse com responsabilidade, mas, em nenhum momento, menciona a castração! Fala de doações de animais através do Centro de Zoonoses que (segundo o texto) estariam VACINADOS E VERMIFUGADOS. Aos olhos da proteção animal de Ribeirão Pires, bem como de todas as pessoas que nos repassaram a mensagem eletrônica e tiveram acesso a matéria, o release é falho, pois deixa de abordar um tema crucial - A CASTRAÇÃO. Até mesmo aos olhos da proteção animal, é impossível falar em posse responsável sem mencionar o controle populacional. Em Ribeirão Pires, salta aos olhos a quantidade de animais abandonados nas ruas, não só no Centro, mas também nos bairros, justamente pela ausência de campanhas regulares e permanentes de castração na cidade. Não estamos criticando a campanha e sim pedindo para que sua divulgação seja revista, pois ficamos preocupados com a possibilidade do CCZ de Ribeirão estar doando animais SEM CASTRÁ-LOS, ignorando o fato de que a posse responsável é intimamente ligada a este ato. Tentamos, através do Facebook, obter uma resposta oficial do Dr. Jorge Mitidiero, que responde pela Secretaria de Saúde, mas infelizmente, até o fechamento deste artigo, ele não nos respondeu. Ligamos para o CCZ que, questionado a respeito, alegou que os animais, na grande maioria, já estão castrados, e os que não estejam, são submetidos ao procedimento antes da efetiva doação. Em tempo: o Dr. Jorge respondeu a outra internauta que há a pretensão de se adquirir um terreno para ampliar o CCZ. Seria uma boa notícia se não soubéssemos que é um processo que pode levar anos até a sua conclusão e que os animais que JÁ ESTÃO NAS RUAS e não podem ficar aguardando por tanta burocracia. Eles precisam de ações imediatas, que diminuam seu sofrimento. Acreditamos que tanto a Secretaria de Saúde, quanto a Prefeitura estejam cientes de que o núme-

16

ro de cães nas ruas aumenta diariamente e que grande parte deles está procriando justamente por não estarem castrados. Em seu blog (jorgemitidiero.blogspot.com), o Dr. Jorge menciona, por diversas vezes, a Campanha de Adoção dos animais mas nada fala sobre a castração. Ainda temos esperança de que Mitidiero nos responda ao ler este artigo, pois esperamos que os animais doados REALMENTE estejam castrados, uma vez que seria um contra-senso se falar em posse responsável sem tomar tal atitude. Não ter uma política permanente de castração, como acontece em outras cidades do ABC e em São Paulo, sobrecarrega os abrigos e os protetores independentes, que tentam, dentro das suas possibilidades e disponibilidade de espaço, amparar a animais que são fruto de crias indesejadas. A castração regular e gratuita evitaria que milhares e milhares de animais vagassem errantemente pelas cidades, passando fome, frio, medo e, ainda por cima, sendo vítimas de maus tratos da parte de pessoas que há anos se sentem incomodadas com sua presença nas ruas, sem que o Poder Público faça algo para protegê-los. Represento uma das ONGs oficializadas desta cidade, a AJUDANIMAL, e é com tristeza e impotência que analiso esta situação, pois não temos espaço e nem condições financeiras para absorver a todos e, neste momento, a Administração ignora totalmente o drama destes animais. No ano passado, tentamos uma parceria com a Prefeitura, conversamos com o senhor prefeito Clóvis Volpi que, na época, se mostrou disposto a tentar ajudar nossa organização que ampara mais de 300 animais e se sustenta com pequenas doações de simpatizantes, afinal, estamos assumindo a responsabilidade de amparar, cuidar, castrar e vacinar animais que supostamente teriam de ser cuidados pelo Governo. São animais que necessitam cuidados veterinários, atropelados, subnutridos, prenhes além de ninhadas de cães e gatos. Até agora, infelizmente, nada foi oferecido e é provável até que tenha caído no esquecimento. Esperamos que, nas próximas eleições, sejam feitas propostas mais consistentes pelos candidatos que pretendem representar Ribeirão Pires em relação ao abandono de animais e como minimizar esta triste realidade, incluindo uma campanha permanente de castração, parceria com as ONGs e protetores e aplicação de leis severas contra quem abandonar e maltratar um animal. Vale lembrar uma frase que uma saudosa amiga gostava de dizer: “ANIMAL NÃO VOTA, MAS SEU DONO SIM!”.


Por: Dr. Thiago Brunelli Resende da Silva - CRM 117.787 Médico Otorrinolaringologista - HOSPITAL RIBEIRÃO PIRES

Apneia interfere na qualidade de vida A Apneia é o distúrbio do sono mais frequente, caracterizado pela interrupção breve e repetida das vias aéreas superiores, com a cessação completa do fluxo aéreo. “Geralmente a pessoa ronca alto e acorda com a sensação de sufocamento. Durante o dia, apresenta sonolência, dificuldade de concentração, irritabilidade, depressão, diminuição da libido, ardor e dor de garganta ao acordar, além de refluxo gastro-esofágico”, explica o Dr. Thiago Brunelli Resende da Silva, Médico Otorrinolaringologista do Hospital Ribeirão Pires. Esse conjunto de sintomas acaba repercutindo negativamente na qualidade de vida da pessoa e pode resultar em complicações cardiovasculares (hipertensão arterial, alteração no ritmo do coração, IAM, derrame cerebral), diminuição da libido e da memória. “Sem contar que a dificuldade de concentração e a sonolência excessiva aumentam os riscos de acidentes de trânsito e de trabalho”, alerta o médico. Estudos mostram que fatores genéticos e ambientais têm relação com o desenvolvimento dos distúrbios respiratórios do sono. O homem, ao evoluir, sofreu uma modificação na sua área de passagem de ar pelo trato respiratório superior para facilitar a fala. Por isso, o estreitamento nessa região aumentou as chances de colabamento, o encontro da parede anterior com a posterior da faringe, causando um fechamento. A Apneia atinge três vezes mais os homens do que mulheres (9% contra 2,4%) e piora com a idade. Aos 65 anos, a proporção é 45% de homens e 30% de mulheres, sendo mais frequente e duradoura em quem consome bebidas alcoólicas, uma vez que o álcool relaxa os músculos da garganta e prejudica a qualidade do sono de forma geral. A obesidade também facilita o aparecimento do problema, por conta do excesso de tecidos gordurosos na região da faringe, dificultando a passagem de ar pela via aérea. O diagnóstico é feito a partir das queixas do paciente e do cônjuge, que normalmente percebe algo errado no sono do companheiro. A avaliação inicial pode ser complementada com a polissonografia, que é o exame que registra o sono em seus diversos aspectos durante uma noite. “O tratamento é realizado conforme a gravidade da doença. Se leve, orientamos para a higiene do sono, perda

de peso, exercícios e avaliação das vias aéreas superiores (garganta e nariz). Há casos em que é necessária cirurgia ou uso de aparelhos intra-orais. Em casos mais graves, podemos utilizar o CPAP (aparelho usado durante a noite do sono, do tamanho de uma caixa de sapato com um mecanismo de entrada de ar em fluxo contínuo por um tubo ligado a uma máscara na face. Existem diversas máscaras e aparelhos)”, explica dr. Thiago, que ainda dá uma dica: “A melhor forma de prevenir a Apneia é ter uma boa noite de sono“. Veja mais recomendações: 1 - Tenha hora para deitar e acordar e não durma fora do horário estipulado. 2 - Evite álcool, cigarro e estimulantes. 3 - Mantenha o quarto escuro, temperatura adequada, pouco barulho, cama e travesseiros adequados. 4 - Adote alimentação leve e no máximo duas horas antes de deitar. 5 - Faça exercícios leves no período da noite, como caminhada, ioga e hidroginástica. 6 - Não tome medicamentos para dormir sem orientação médica.

17


Saúde Bucal O que você precisa saber Você pensa que é somente uma dorzinha no “molar esquerdo”. Conforme vai passando o dia a dorzinha aumenta e passa a incomodar, mesmo assim você decide ignorar. À noite, durante o happy hour, após tomar aquela cerveja gelada você, com fome, decide mordiscar um pequeno quitute e aí vem a surpresa. Um frio sobe dos pés à cabeça, paralisa o corpo, sua reação é gritar já que seu dente reclama de algo que você mordeu e que acaba de encostar no lugar errado. Só então você decide procurar o dentista. No dia seguinte, no consultório, seu dentista avalia o estrago e declara a lista dos problemas acumulados em sua boca. A falta de higiene devida, alimentação irregular, hábito de levar objetos à boca e outras variáveis, acarretaram uma série de situações que, juntas, são responsáveis por sua dor. Inconformado com a quantidade de irregularidades , você, que sempre acreditou ser saudável, decide que só quer tratar a dor e ignora parte do tratamento sugerido pelo dentista. Resultado: em pouco tempo você estará sentado na fila de espera do consultório aguardando sua vez para ser atendido mais uma vez. Essa situação se repete com frequência. Muitas pessoas não conseguem entender o que se passa em sua própria boca. O implantodontista José Carlos Moreti, da Odontologia Moretti, explica que a primeira função do profissional de saúde bucal é obedecer a técnica para encontrar a fonte

18

primária do problema. “As pessoas procuram resolver algo especifico e nós encontramos outros problemas que causaram a patologia. Precisamos mostrar tudo o que o paciente precisa. O ortodontista, por exemplo, precisa deixar a boca em boa condição antes de agir”, explica o doutor. O atendimento, dessa forma, se pauta pela saúde do paciente onde cada problema é tratado com o devido cuidado. Por isso é importante ter um consultório integrado, onde vários atendimentos especializados podem ser feitos. No caso onde o doutor Moreti atende, os pacientes encontram, no mesmo local, uma série de especializações que podem colaborar com a qualidade da saúde bucal. Dentre a lista de especialidades, destacam-se: Oclusão, Clínica Geral, Estética, Prótese, Endodontia e Ortodontia. Assim, quando os problemas são detectados, o paciente pode ser tratado no mesmo lugar e com qualidade garantida. Sem o atendimento e tratamento correto, os problemas na boca podem continuar a incomodar o paciente, mesmo que ele tenha procurado o especialista somente para melhorar a estética. Da próxima vez em que visitar seu dentista, aceite o tratamento como um todo. Sua saúde vale mais do que você imagina. Seguir o tratamento completo vai ajudar não só você a ter um sorriso mais bonito, mas também vai te ajudar a economizar, afinal, serviço bem feito... dura.


Por Thiago Quirino

O vereador de passado limpo A história política de Ribeirão Pires é repleta de casos interessantes. Como em todo lugar, há pessoas que afirmam que todos os políticos são corruptos, que não se deve confiar em ninguém e que na política não há mais esperança. Mas e se eu dissesse que há exceções? Que dentre tantas figurinhas carimbadas exista uma que foge a regra? Por incrível que pareça, existe um pré-prefeiturável que tem uma história de vida política invejável. Em 20 anos de atuação ativa no governo de Ribeirão Pires, seja no Executivo (ao comandar alguma Secretaria) ou no Legislativo, nunca se ouviu falar de nenhum escândalo em que tal personalidade estivesse envolvida, e isso não é por acaso. O vereador Antônio Muraki (PTB), líder de governo na Câmara e também pré-candidato ao Paço Municipal em 2012, sempre se preocupou com sua administração e atos transparentes visando o bem-estar de todos. Hoje, desenvolve um trabalho honesto e aberto como líder de governo e membro da Casa de Leis. Muraki tem um nome a zelar, tem sua família como base de sua estrutura sólida, almeja uma cidade (e por que não um mundo) melhor por ter descendentes seus que ele sabe que precisam

crescer em um mundo mais fortalecido e justo. É em seus netos que ele deposita a confiança de que é necessário lutar para se garantir um futuro melhor ou pelo menos tentar fazer com que todos tenham os mesmo direitos e deveres. Cesar e Arthur (FOTO) hoje são o incentivo e a razão que move Muraki a lutar por uma cidade melhor. “Quero, desde já, plantar uma boa semente para que não só os meus netos, mas todos os pequeninos colham uma generosa plantação de seriedade e respeito. Por que não começar a mudar a visão de política que todos têm?” Com base na experiência como presidente da Associação Nipo-brasileira de Ribeirão Pires, Antônio Muraki já desenvolve vários trabalhos voltados para a ação social em parceria com entidades filantrópicas do Município, uma forma de difundir a cultura oriental através de políticas públicas do cuidado ao próximo. Assim, se sua família é à base de sua força e em todos esses anos de mandado o vereador nunca se envolveu em corrupção ou escândalo, então esta bem claro que podemos sim, governar com honestidade e sabedoria visando não só o futuro, mas um presente digno para todos.

19


Nonô Nardelli: Um apaixonado por Ribeirão Pires

20

Essa é a frase que melhor pode definir a Nonô Nardelli, reconhecida personalidade e integrante de uma das mais renomadas famílias da cidade que é destaque da primeira edição de Mais Conteúdo


Nonô Nardelli, casado, pai de duas meninas é uma figura conhecidíssima em todos os círculos sociais de Ribeirão Pires, um resultado de anos de dedicação e trabalho iniciado por seu pai, Ricardo, e hoje, com muito orgulho, tocado por ele. Uma jornada de muita luta e dedicação que não é recente. Na verdade, ela começa em meados dos anos 70, quando ainda era criança: “Nasci, cresci e estudei aqui em Ribeirão, no ENAU, até a oitava série”. Foi então que ele, assim como muitos aqui na cidade, foi obrigado a atravessar as fronteiras da cidade, a ganhar o mundo, por conta dos estudos: “À época, não existia colegial em Ribeirão e tive que ir para o Objetivo, em Santo André”. Há quem diga que um momento, uma decisão, é capaz de nortear toda uma vida. No caso de Nonô, foi um incidente familiar o responsável pela grande mudança que se reflete até os dias atuais: “Meu pai ficou doente, em 1987 e, por isso, tive que participar mais dos negócios da família, ir para a loja, trabalhar como comerciante. Meu pai queria tanto que eu aprendesse, que me colocou para dirigir caminhões. Eu fazia assistência técnica, montagem, levava relógios para consertar em São Paulo. Enquanto eu estava em um lugar, meu irmão estava em outro. Tínhamos que saber de tudo. Meu pai só me dava dinheiro se nós trabalhássemos”. A lição ficou para toda a vida. Se hoje é um comerciante de sucesso, Nonô deve tudo a Ricardo, seu pai, fundador da Loja Nardelli (hoje especializada em móveis), e que lhe ensinou todos os segredos do ofício. Bom filho que é, não esconde a gratidão por tudo que aprendeu. “Eu dou muita importância para isso. Tudo o que aprendi no comércio devo a meu pai. Pretendo passar isso para minhas filhas”, afirmou, antes de exaltar os feitos e méritos do duro trabalho feito pelo patriarca: “Sempre agradeço a Deus porque talvez não merecesse tudo o que meu pai deixou. De tudo que ele trabalhou, acho que deveria ter aproveitado muito mais a vida. Mas o legado mais importante foi a nossa formação e o respeito pelo próximo”. Com olhos marejados e mostrando muita saudade, Nonô também lembrou da chácara Nardelli, sede de grandes eventos e festas da cidade. “Aquilo foi a vida do meu pai”, afirmou sobre o empreendimento que é sucesso e hoje é tocado por seus irmãos.

Sempre agradeço a

Deus porque talvez não merecesse tudo o que meu pai deixou

‘‘


Paixão por Ribeirão A ligação entre Nonô Nardelli, sua família e Ribeirão Pires não poderia dar em outra coisa: uma paixão incomensurável pela cidade. Nonô também falou sobre sua relação com a cidade: “Nasci aqui, cresci aqui, moro aqui, assim como toda a minha família. Não pretendo deixar a cidade, é um lugar bom para morar com pessoas muito agradáveis”. Mas, como todos bem sabem, há muito mais na Pérola da Serra, algo mágico, que faz com que as pessoas nunca se esqueçam e que, por mais que você fique longe, desperte aquela saudade: “Conheço vários lugares, e nenhum é igual a Ribeirão. Tenho primas que moram na Europa e nos Estados Unidos que sempre falam da saudade que têm daqui”. Assim como você, caro leitor, já deve feito por algumas vezes, nosso entrevistado também tentou explicar qual o motivo que deixa Ribeirão Pires tão acolhedora, tão inesquecível. Muitos vêm de fora e ficam sem vontade de voltar para casa, outros vão já pensando em quando voltar. Mas e para quem viveu aqui por toda a vida? A explicação, lúdica e precisa, se aplica a todos os que, assim como ele, construíram suas trajetórias nesta cidade: “Quando você passa sua vida, sua infância, em um lugar, você cria raízes”, afirmou Nonô antes de completar: “Quando você pega a Anchieta vindo para cá, você sente a diferença. Quando você chega em Guapituba e vê aquele morro ali na entrada, já sabe que está voltando para casa. E isso é o que temos que preservar ao máximo”, afirmou, exalando toda a alma ribeirãopirense. Mais do que paixão, o respeito e a devoção que mostra por Ribeirão Pires também são notáveis e também trazem confiança. “Eu sempre quero o melhor para a cidade, e até pelo meu nome, não farei coisas erradas. Tenho obrigação de representá-la bem onde quer que eu esteja”. Desta maneira, não foi surpresa ver que ele fez parte de entidades-chave para a cidade em papeis de destaque, onde continua esta história.


Nonô e Ricardo Nardelli: lições passadas de pai para filho


ACIARP Tudo isso, somado ao sucesso empresarial, pavimentou, de forma natural, seu caminho até a presidência da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires (ACIARP), espécie de sindicato dos lojistas da cidade, uma entidade de suma importância nos últimos tempos. Lá, Nardelli ficou por quatro anos, em uma experiência tão recompensadora quanto trabalhosa, um verdadeiro desafio que encarou com a mesma dedicação e carinho com que tocou todos os seus negócios. “Quando você está no seu comércio, fica no seu próprio mundo. Quando assume uma entidade dessa importância, é preciso achar alternativas para que todos os outros vendam mais”, reconheceu. Ao chegar a entidade, viu que teria muito trabalho a ponto de se dedicar no mímimo quatro dias por semana. De fato, ao promover o chamado “choque de gestão” na Associação, Nardelli acabou por beneficiar não só ao comércio da cidade, mas também a toda a população. Na sua gestão, foram promovidos eventos diversos, como palestras, cursos para a capacitação de comerciantes e profissionais da cidade, além de outros projetos como o Cartão ACIARP, os convênios para

administrar a Vila do Doce e outros projetos e parcerias que deixaram a entidade reconhecidamente próxima à população. Em números, a entidade cresceu tanto em pessoal quanto em número de associados, tendo hoje mais do que o dobro que antigamente. Para tudo isso acontecer, além do trabalho, houve outra parceria de fundamental importância: “Tive a sorte de ter o apoio do prefeito”, afirmou, ressaltando que as parcerias com a prefeitura foram importantíssimas e ajudaram a entidade a se manter ativa e participativa, como ele mesmo constatava pessoalmente: “quando nos encontrávamos com associações de outros municípios, a de Ribeirão Pires era a que mais tinha trabalhos”. Além disso, lembra, foi por meio da entidade que ajudou a aquecer a economia do município: “Veja se você encontra um comércio de portas fechadas em Ribeirão? Você não acha. Na minha época, chegaram várias empresas, como as Lojas Cem, por exemplo”. Mais do que fomentar, Nonô se orgulha de outro feito: “conseguimos trazer de volta o comerciante para a ACIARP. Esse foi o grande mote. Cidades maiores que Ribeirão Pires tem, proporcionalmente, menos filiados que nós. E tudo isso sem nenhum diretor ser remunerado”.


Política e Futuro Antes mesmo da ACIARP, Nonô Nardelli também guardou mais uma boa herança de seu pai: o gosto pela política. Hoje com 46 anos, ele tem uma trajetória mais longa do que muitos possam imaginar: “comecei na política em 1988, quando coordenei a campanha do meu pai e tinha apenas 23 anos”, contou. Naquela eleição, Ricardo Nardelli foi candidato em Ribeirão Pires. Quatro anos mais tarde, ele estava lá outra vez: “em 1992, apoiei o Valdírio (Prisco, ex-prefeito). Ele ganhou a eleição e fui Chefe de Gabinete na gestão inteira, até 1996. Em 1998 peguei a presidência do antigo PL (Partido Liberal atual PR, Partido da República), e estou lá até hoje, no único partido a que me filiei”. Figura presente na vida política da cidade, ele esteve ativo nos anos seguintes, participando direta ou indiretamente de decisões importantes. Mas sua volta a Prefeitura se deu apenas em 2009, 13 anos depois, como secretário de Governo na gestão Volpi, cargo que ocupa até hoje. Desta feita, virou um filho privilegiado de Ribeirão Pires, aliando o amor à terra com a possibilidade de ter contato próximo a todos os projetos e necessidades de Ribeirão Pires, uma posição mais do que favorável para falar sobre como vê a Pérola da Serra no futuro. De cara, a primeira delas vai ao encontro do pensamento de boa parte dos munícipes que desejam ver a cidade em ponto acelerado de desenvolvimento: “Ribeirão melhorou muito, mas há uma série de problemas

a resolver. A cidade é antiga e não foi projetada para o futuro”. Mas, como ele será já que teremos uma série de intervenções próximas, como a chegada do Rodoanel que, por si só pode mudar toda a sua cara? Na sua análise, a saída está em estabelecer limites, por exemplo, no crescimento. Ainda que a cidade seja dez vezes maior do que São Caetano, há muito verde que deve ser preservado e, exatamente por isso, ele concorda com uma afirmação recente do prefeito Clóvis Volpi de que a cidade deve ter, no máximo, 200 mil habitantes. “A cidade cresceu muito e nenhum prefeito esperava que fosse desta maneira”, afirmou, antes de elencar o poderio de Ribeirão Pires que ainda tem muito a crescer em relação ao comércio: “Como cada vez ficará mais difícil ir para Santo André, São Bernardo, as pessoas tendem a ficar aqui. A cidade tendo supermercado, shopping, entre outros negócios, ficará mais valorizada pelo cidadão. Nosso comércio está melhorando muito”, avaliou, antes de pregar a união para que sejam atendidas as crescentes exigências da cidade: “Ninguém faz nada sozinho. Para melhorar, é preciso união para que tudo fique de acordo com o grau de exigência do ribeirãopirense, que, felizmente, aumentou”, disse. E quem pode duvidar disso. A família Nardelli já provou, mais de uma vez, que amor e dedicação são capazes de tudo e isso, como não poderia deixar de ser, também se aplica a Nonô, visionário, sonhador e, acima de tudo, ribeirãopirense de coração.


Por Thiago Quirino

Vai um “negrinho” aí? “O Brigadeiro é bonito e solteiro”

Brigadeiro é um doce brasileiro popularmente conhecido e sempre presente em festas de aniversário e comemorações em geral, surgiu provavelmente no Rio Grande do Sul (onde era/é conhecido como “Negrinho”) na década de 1940, geralmente servido junto com cajuzinhos e beijinhos. O nome do doce é uma homenagem ao Brigadeiro Eduardo Gomes. Nos anos de 1946 e 1950, o militar candidatou-se à presidência da República pela UDN. Pelo físico avantajado e boa aparência, o candidato conquistou um grupo de fãs, em especial algumas moças do Pacaembu, bairro de São Paulo, que organizavam festas para promover sua candidatura. Eduardo Gomes fez grande sucesso entre as mulheres com o slogan “vote no Brigadeiro que é bonito e solteiro”. Conta a história que, numa destas ocasiões, as amigas do Brigadeiro criaram o doce. Como as festas dos correligionários e cabos eleitorais eram muito disputadas pela população, estes logo começaram a chamar os amigos para “irem comer o docinho do Brigadeiro”. Com o tempo o nome de “brigadeiro” acabou sendo dado ao doce. Apesar do apoio recebido, a eleição foi ganha pelo então general Eurico Gaspar Dutra. Mas, a partir daí, o brigadeiro teve grande difusão pelo Brasil, se tornando uma das jóias da cozinha brasileira, e atualmente tem sido muito apreciado internacionalmente. Em outros países nosso brigadeiro é conhecido como “trufa brasileira”.

26

Ingredientes 1 lata de leite condensado de qualidade 3 colheres (sopa) chocolate em pó 1 colher (sopa) de manteiga 1 xícara (chá) de chocolate granulado Modo de Preparo Em uma panela, coloque o leite condensado com o chocolate em pó e a manteiga. Misture bem e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até desprender do fundo da panela (que corresponde a cerca de 10 minutos). Retire do fogo, passe para um prato untado com manteiga e deixe esfriar. Enrole em bolinhas e passe-as no granulado. Sirva em forminhas de papel. Dica: O brigadeiro tradicional é enrolado e coberto com chocolate granulado, antes de enrolar unte também as mão. Sobre a receita Rendimento: 40 unidades Tempo de Preparo: 45 min. Nível de Dificuldade: Fácil Custo: $ - Baixo



Campanha de Apoio à Segurança do Pedestre Motorista, dê passagem ao pedestre na faixa “Deixar de dar preferência ao pedestre/veiculo não motorizado resulta em cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69“

Pedestre, respeite as Leis de Trânsito: só atravesse na faixa

28



Por Danilo Meira

Artista de Ribeirão Pires promove mostra de sucesso em São Paulo Grata revelação das Artes Plásticas, a artista ribeirãopirense Evelin Jordão foi destaque em uma exposição realizada no renomado Conjunto Nacional, que fica na Avenida Paulista, em São Paulo, com sua mostra “Colorir”. Nos quadros, ela resgatou memórias de sua infância na cidade e, naturalmente, desenvolveu vários temas, puxando para a nostalgia e as emoções, cativando a todos os visitantes, que se admiraram com o brilho e as cores fortes e os desenhos inovadores, em tonalidades fabricadas por ela mesma. A mostra “Colorir”, de Evelin Jordão, expôs 16 quadros, uma instalação, uma intervenção e cinco esculturas da artista, com obras em tons fortes e desenhos marcantes. “Eu mesma fabrico as minhas tintas. São cores exclusivas com um gestual bem particular”, afirmou a artista. De

30

fato, a vivacidade dos quadros saltou aos olhos, seja da parte de crianças ou idosos. Não faltou quem elogiasse, tirasse fotos ou até mesmo a questionasse sobre seu processo criativo. “As minhas obras respiram da grande oficina de criatividade e diversidade da natureza, com cores vibrantes, usando da simplicidade e da sensibilidade, de inspiração tropical com formas lúdicas e aclimatizadas. Desenvolvo meu trabalho quase que ao acaso”, afirmou, inspirada, a artista. Bem sucedida, a mostra “Colorir” lhe rendeu novos convites, como o da renomada artista portuguesa Maria dos Anjos para levá-la à Casa de Portugal. Para isso, ela busca apoio: “estou em busca de patrocínios para levar a exposição a mais lugares”, concluiu.



LEI FICHA LIMPA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS JÁ A Lei Ficha Limpa, aprovada no ano passado pelo Congresso Nacional (Lei Complementar nº 135, de 4.6.2010), acabou não sendo utilizada nas eleições federais e estaduais do ano de 2010, em face do princípio da anterioridade que se aplica em direito eleitoral (art. 16 da Constituição Federal), tendo sido esta a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). A Lei Ficha Limpa somente conseguiu a sua aprovação devido à mobilização da sociedade brasileira, que reuniu mais de 1,6 milhão de assinaturas, e aí, então, não restou outra alternativa ao Congresso Brasileiro, senão a sua aprovação, sendo certo que a intenção da sociedade era a sua aplicação de imediato, ou seja, já nas eleições do ano de 2010, o que não aconteceu, devido ao chamado princípio da anterioridade e à declaração feita pelo Supremo Tribunal Federal de que somente valeria para as eleições futuras. Estamos prestes a chegar às eleições municipais de 2012 e resta uma pergunta? A Lei Ficha Limpa será aplicada nas eleições municipais? A resposta já foi dada pela Suprema Corte do país e a decisão é positiva no sentido da sua primeira aplicação, será agora sim e, assim, estar-se-ia respeitando o chamado princípio da anterioridade consagrado no artigo 16 da Constituição Federal. A Lei Ficha Limpa, editada por força de projeto de lei de iniciativa popular, veio complementar a antiga Lei Complementar (nº 64/90) que estabelece diversos casos de inelegibilidade, impugnação de candidaturas, cassação de candidatos, impugnação de diplomação, etc. A grande novidade trazida pela lei FICHA LIMPA é a inelegibilidade de possíveis candidatos que não respeitam as normas jurídicas, e/ou o patrimônio público, pois o respeito às normas jurídicas e ou patrimônio público é um DEVER de todos os cidadãos, e muito mais ainda para aqueles que pretendem saírem candidatos, seja a qualquer cargo eletivo. Uma mudança, que tem “perturbado os possíveis candidatos” são as alterações dos prazos de inelegibilidades, pois a lei antiga possuía prazos menores à nova lei (FICHA LIMPA), que aumentou os prazos e retirou a questão judicial do “TRÂNSITO EM JULGADO”, ou seja, pode existir ainda recurso judicial e, mesmo assim, o candidato não poderá concorrer, desde que já tenha havido uma decisão colegiada e unânime que condenou o possível candidato pela prática de lesão ao patrimônio público e em outros casos previstos na Lei Ficha Limpa. Uma questão, que é uma grande novidade, é aquela que afeta as contas públicas, de Governadores e Presiden-

tes de Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, que tiveram suas contas rejeitadas, pelos seus respectivos tribunais de contas, ficaram inelegíveis por 8 (oito) anos, desde que das respectivas rejeições conste a condição de “INSANABILIDADE”, ou seja, ocorreu uma lesão ao patrimônio público, portanto, a decisão dos TCE (Tribunal de Contas do Estado), que é um órgão colegiado, ou seja, é a mesma aplicação como um órgão julgador do judiciário, tornando o candidato já inelegível. A aplicação da Lei Ficha Limpa é uma conquista da sociedade brasileira e é necessária a sua aplicação já no início do processo partidário, devendo os partidos políticos fazerem a primeira filtragem e, caso isso não ocorra, os partidos adversários deverão utilizar-se das impugnações aos candidatos que não respeitam a Lei Ficha Limpa, pois todo o Judiciário irá aplicá-la, devido à decisão do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, retirando assim, da vida pública, os chamados “Fichas Sujas”, ou seja, os maus políticos.

José Cezar de Carvalho, advogado militante na área Eleitoral, com pós-graduação em Direito Constitucional, Direito Civil e Processo Civil.


Por Gazeta

A ex-prefeita Maria Inês em visita ao Mais Notícias para entrevista exclusiva.

O implantodontista Dr. José Carlos Moreti Frias em seu consultório em Ribeirão.

Grupo de Apoio a Pessoa com Deficiência atua no Festival do Chocolate.

Cidadão participa da Campanha pela segurança do pedestre promovida pelo Jornal Mais Notícias e revista Mais Conteúdo.

Priscila, Val e Cinthia na reinauguração da Rittorno Pizzaria.

Josafá, o conhecido Boca, braço direito do prefeito Volpi.

Agentes de Trânsito posicionados para mais uma sessão de autuações.

Lair da APAE e o Governador Alckmin no 20º Congresso da FEHOSP em Atibaia.


OFÍCIO Um dia pela manhã enquanto tomava meu cafezinho, que adoro, fiquei pensando em qual é de fato meu ofício, meu verdadeiro trabalho. Ouve-se tanta coisa a respeito que a confusão muitas vezes é inevitável. Há quem diga que é demais importante realizarmos nossos talentos, mas nem sempre é uma questão fácil de perceber. Então continuei a pensar e cheguei a uma grata conclusão. Meu ofício é provocar a reflexão! Hoje o faço quando escrevo, conto uma história, converso ou enfrento um problema. Sempre busco a compreensão do que vivo e não tardo em compartilhar o que percebo, pois gosto muito de dividir minhas ideias. A forma poderia ser outra, não através da escrita, mas arte cênica, jornalismo, pintura, dança, servindo um delicioso cafezinho e conversando, ministrando aulas em uma escola, vendendo livros e assim por diante. A forma pode ser incalculável e mudar durante a vida, mas a essência precisa permanecer, no meu caso, provocar a reflexão. Isto me faz muito feliz, sinto-me útil e consigo utilizar meus talentos que demorei muito tempo para aperfeiçoar e sei que ainda tenho muito a aprender e desenvolver e não me cansaria ao fazê-lo, pois faço o que gosto e acredito. Faço o que mantém minha alma em paz. E o seu ofício qual é? O que o faz sentirse útil e feliz? Se o tem claro, não abra mão por nada, mas se ainda não sabe busque-o ao refletir sobre o que mais ama fazer e oferecer.

Por Ala Voloshyn Textos: http://alavoloshyn.blogspot.com Literatura infantil: http://livrosvivos.blogspot.com Livro: http://ala-voloshyn.blogspot.com Email: alavoloshyn22@yahoo.com.br Cel.: (11) 8275-7609 Fone: 3565-6609

Ala Voloshyn, nascida em agosto de 1956, em São Paulo, filha de imigrantes ucranianos, estudou Psicologia na atual Universidade Metodista de São Paulo. Formou-se em 1980 e desde então atua como psicóloga. Já trabalhou com a educação do surdo-cego e deficiente auditivo. Apresentou programa de entrevistas na Web TV. Ministra palestras e contação de histórias. Mantém blogs pela internet sobre literatura infantil e textos de sua autoria. Tem editado um livro de literatura infanto-juvenil intitulado Pimenta do Reino. É membro da Academia Popular de Letras da Biblioteca Paul Harris de São Caetano do Sul e colaboradora dos jornais Enfim, de São Caetano do Sul e Mais Notícias, de Ribeirão Pires.

34


Passatempo

Piadas Soldados Comunistas Estão a decorrer exercícios militares entres as forças armadas cubanas e soviéticas. O Capitão soviético dirige-se a um dos seus soldados grita: - SOLDADO IVANOV!!! Espete esta baioneta em seu pé direito! – ordena o oficial. - Sim meu capitão! O soldado Ivanov cumpre a ordem e continua em sentido sem mexer um único músculo. - Queixas-te Ivanov? - Não meu capitão! - Por quê? – questiona o líder do exército. – Porque o meu glorioso partido, através dos heróicos exemplos dos

seus melhores filhos, ensinou-me a suportar a dor! O oficial cubano não se mostrou minimamente impressionado. Virou-se para as suas tropas e berrou: - SOLDADO PEREZ! – Espete esta baioneta em seu pé direito soldado! - Sim meu Capitão! O soldado Perez lá espetou a baioneta no pé direito continuando na mesma posição como se não fosse nada com ele. - Queixas-te Perez ? - Não meu Capitão ! - Por quê? - Porque graças ao meu glorioso pais foram-me distribuídas botas tamanho 47, enquanto eu só calço o número 42!


A cozinha por Caroline Roncon

prática e funcional

Como qualquer espaço da casa, planeje a cozinha de acordo com as necessidades de sua família. Siga estas 10 regras de ouro para ter uma cozinha bonita e funcional: 1. Saiba que a pia, a geladeira e o fogão devem estar próximos formando um triângulo para otimizar o trabalho de quem cozinha. 2. O armazenamento é definitivamente uma consideração ao se projetar uma cozinha funcional. Se você está limitado pelo espaço, olhe para cima. Normalmente existe bastante espaço entre os balcões e o teto que não é utilizado em uma cozinha. Olhe para o espaço acima da geladeira. O seu está só acumulando poeira? Se sim, coloque um armário e você terá um ótimo espaço para guardar louças pouco usadas ou doces que você quer manter escondidos das crianças. 3. Outra dica importante para projetos de cozinhas é incluir embutidos. Você pode ter fornos, microondas e armários para eletrodomésticos pequenos. Isso vai fazer com que a sua cozinha pareça menos tumultuada. Você pode optar também por prateleiras móveis na altura da cintura, para guardar pequenos eletrodomésticos como torradeiras. 4. Lembre-se que alguns aparelhos como máquina de lavar louças e geladeira que faz gelo precisam de pontos de água. No caso da pia serão necessários pontos distintos para água quente e fria. Além disso, tanto para a própria pia quanto para a máquina de lavar louça, serão necessários também pontos de esgoto.

36

5. Pense bem na localização dos eletrodomésticos principais e já coloque os pontos de energia para evitar sobrecarga com o uso de benjamins. Use sempre a medida padrão dos eletrodomésticos. Não adianta querer economizar espaço e criar uma cozinha onde não cabe uma geladeira ou fogão do tamanho necessário para sua família. 6. A forma clássica de distribuir os eletrodomésticos básicos em torno dos armários é: geladeira, espaço, fogão, espaço, pia. Essa organização mantém o calor do forno longe da geladeira mas ainda provê espaço para que eles fiquem perto o bastante (dois passos ou menos, como manda a regra). 7. Não deixe os botijões na cozinha. Deve ser criada uma área para eles no lado de fora, mas a chave de gás (registro) deve ficar ao lado (e não atrás) do fogão. 8. Para os armários próximos ao chão, planeje uma base de pelo menos 15 cms para auxiliar na sustentação. É importantíssimo que tal base seja construída após conhecimento da medida dos balcões que serão utilizados, pois há diversas normas a serem seguidas. Consulte o projetista! 9. Instale o granito após a instalação dos móveis. Você acabará economizando, pois não terá que utilizar alvenarias para sustentá-los. 10. Faça os armários mais altos, menos fundos para que seja menor o perigo de acidentes ao remover o que está guardado. Para driblar o pouco espaço: use e abuse de recursos como prateleiras e ganchos.



Por Vanessa de Oliveira

38

Roseli Rocha Bernardo: a vendedora de rosas que traz o romantismo à tona A rosa é uma das flores mais populares do mundo e não é para menos. A flor é carregada de beleza, perfume e um colorido especial que, por todas essas virtudes, está associada ao sentimento mais nobre que existe: o amor. Roseli Rocha Bernardo, 35 anos, é conhecida dos casais apaixonados de Ribeirão Pires. Há cinco anos ela percorre os bares e restaurantes do centro da cidade, vendendo rosas e ajudando a tornar os bons momentos a dois ainda mais especiais. Antes da missão de despertar o romantismo alheio, Roseli atuava como ajudante de cozinha, em um restaurante em São Bernardo do Campo, município onde morava. Após perder o emprego, as vésperas do Dia dos Namorados, um amigo lhe deu uma sugestão para não deixar que a renda ficasse comprometida com a falta do emprego. “Ele conhecia uma pessoa que vendia flores há um tempo em Ribeirão Pires, e me deu a ideia de começar a trabalhar com isso. Comprei 30 rosas, papéis para embalar, montei os arranjos e fui à cidade vender. Lembro que era um sábado e as vendas foram boas. Fiz R$ 80 naquela noite. Na outra semana, encomendei mais flores para trabalhar sexta-feira e sábado. Com o passar do tempo, comecei a vender também nas vésperas de feriado, foi aí que mudei para Ribeirão Pires, porque tinha que ficar até 4h10 esperando o primeiro ônibus para voltar para São Bernardo. Era sacrificante”, recorda. O trabalho começa na quarta-feira, quando ela vai ao CEASA, em Santo André, comprar as rosas. No mesmo dia, ela prepara os arranjos e no início da noite, às 19 horas, inicia a maratona de vendas, que vai até domingo. Em sua cesta, Roseli não tem apenas rosas naturais para oferecer. Há também as artificiais, recheadas com um bombom, e um

tipo bem sugestivo: um botão de rosa que vira uma calcinha. Tem mulher que fica constrangida ao receber essa última opção, mas não há motivo para isso, já que o produto é totalmente discreto. “Às vezes, a mulher não quer nem segurar a rosa na mão, mas não dá para perceber que é uma calcinha, porque ela é bem enroladinha”, fala Roseli. Os preços dos três tipos de flores variam de R$ 6 à R$ 10. Na sua peregrinação para estimular o romance nos casais, ela encontra todo tipo de reação. “Tem alguns homens que nem me esperam oferecer; dão a rosa, fazem a declaração; como tem aqueles que mal ofereço e já falam não; ou brincam, dizendo: ‘ela não merece’, ou ‘nós já casamos’, e tem mulheres que tomam a frente e falam que não querem, ou que não gostam de flores mesmo”, conta. Dia após dia acompanhando tantos casais, é possível traçar um perfil dos apaixonados: os homens mais jovens são os que mais demonstram romantismo. “Os casados falam muito mais ‘não’ quando ofereço a rosa do que os solteiros, mas às vezes, eles deixam de dar por um consenso com a esposa: ela não se importa tanto de ganhar porque não tem mais aquele clima do início; ou porque sabe que o marido não está com uma situação legal de dinheiro na noite; acha que é um gasto desnecessário; pelo tempo em que estão juntos, ele não acha mais uma novidade dar uma rosa para alegrá-la, como para ela também já não causa uma emoção”, diz a florista, fazendo uma ressalva: “Mas é importante manter essa vontade de querer agradar, isso faz a diferença. Tem homem que fala: ‘mas hoje não é dia de nada’. Em uma data comemorativa, todo mundo dá, mas fora de data é que é legal, porque surpreende. Tem gente que fala também que não gosta de presentear com

flor porque murcha, mas ela não vê o sentimento. Quem a receber não esquecerá aquela data, por mais que a rosa vai acabar”, diz ela, completando. “Acredito que a flor é uma coisa de Deus, é a natureza. Às vezes, a gente procura coisas bonitas em tantos lugares e a rosa, que aparentemente é uma coisa tão simples, tem um significado afetivo muito forte”. O carinho embutido na rosa realmente tem poder. Roseli conta um episódio em que sua flor ajudou um casal brigado a fazer as pazes. “Certa vez, tinha um casal que estava discutindo e quando o rapaz me viu, me chamou, pegou uma rosa e deu à namorada, que estava chorando. Depois de um tempo, encontrei-os novamente e ele disse que eu havia sido a salvação dele naquela noite, que havia chegado na hora certa e depois da flor, eles ficaram bem”. Para Roseli, vender rosas é muito mais do que uma atividade de onde tira o seu sustento e que ajuda a estimular o amor entre as pessoas. É também uma verdadeira terapia, que lhe proporciona momentos de alegria quando as coisas não vão tão bem. “Tem dias que estou chateada, mas ao sair para vender flores e ter contato com pessoas que estão com um astral legal, a gente esquece um pouco dos nossos problemas. Perdi meu pai há um ano e no dia que isso aconteceu, fui trabalhar, porque se ficasse em casa, não ficaria legal. Cada comércio que eu entrava e conversava com os clientes era, por um segundo que fosse, um momento que me fazia esquecer um pouquinho os problemas. O meu serviço me faz muito bem”.

Prolongando o tempo de vida da sua flor Há quem diga que as flores “duram apenas o tempo suficiente para se tornarem inesquecíveis”. Mas há algumas dicas básicas e simples para você conservar ao máximo o presente recebido. Confira: 1- Não exponha as flores diretamente ao sol. Pode haver exposição à luz, desde que indiretamente. Um local fresco e arejado é o ideal. 2- A água do vaso que receberá as flores deve ser limpa. Pode ser usada água da rede pública, uma vez que o cloro não prejudica as flores. O vaso também deve estar absolutamente limpo, como um copo que você usa. As flores são muito sensíveis à micro organismos e todo cuidado tomado com a higiene ajuda bastante na manutenção da beleza e do perfume das flores. 3- Se você não for trocar a água do vaso diariamente, ao menos retire as folhas caídas na água. Estas folhas entram em rápida decomposição, criando bactérias que se infiltram nas flores, diminuindo, e muito, a vida útil das mesmas.


Conheça a Escola Municipal de Artes Ítalo Turriani Por Lia Di Paulo - locutora, apresentadora e cidadã de Ribeirão Pires

A antiga fábrica de sal foi onde tudo começou em junho de 2009. Por um tempo, houve a necessidade de dividir espaço com a Escola Municipal de Música. Só em 2010, quando a Câmara de Vereadores oficializou a escola, é que nasceu uma das melhores fontes produtora de cultura em Ribeirão Pires, a Escola Municipal de Artes Ítalo Turriani (lê-se Turiani). Como sede própria foi utilizada a antiga residência do professor e pintor que dá nome à escola. Foi nesse local que se iniciou a formação da então professora e diretora da escola, Lilian Salles Cunha, neta de Ítalo, com quem aprendeu a dar as primeiras pinceladas. Ela formou-se na Escola Belas Artes e hoje passa todo o seu conhecimento aos vários alunos, nos cursos de pintura em tela, desenho artístico, desenho de moda, desenho de mangá e pintura em azulejo. Tudo isso com o apoio de outros 12 professores. O sonho de Lilian é ter um espaço maior para atender a demanda que é grande, existe inclusive lista de espera. “Gostaria de atender a todos num espaço onde possamos ministrar as aulas e fazer reposições dos alunos, além de um espaço para futuras aulas audiovisuais”.

Lilian ainda enxerga o serviço prestado pela escola como uma forma transmitir a herança obtida com seu avô. “Essa é a forma de dar continuidade a esse dom que Deus me deu. De que vale ter todo um conhecimento e não for compartilhado? Atendemos a toda a região, formando artistas cada um a sua maneira”. Uma das alunas, Eliana, que está na escola desde a sua fundação revela o que a arte e a escola representam para ela: “A arte contagia, expressa o belo que existe em cada um de nós. É o que impulsiona a vida. O curso é gratuito e nos dá oportunidade de conquistar novos horizontes além de ser a continuidade de nossa família. Aqui somos assim”, comenta a estudante e futura artista. Os alunos já fizeram várias exposições, inclusive no 7º Festival do Chocolate, com visitas de mais de duas mil pessoas. A escola cria muitas oportunidades. Além do aprendizado, forma artistas e também ajudar na renda familiar ao vendendo os seus trabalhos. A escola fica na Avenida Humberto de Campos, 131, Centro Alto, Ribeirão Pires. Telefone 4827-5484.

39


Classicaus: um dos talentos musicais do Grande ABC O Grande ABC é um berço de talentos musicais. Ciente disso, a SEJEL (Secretaria de Juventude, Esporte, Lazer, Cultura e Turismo), de Ribeirão Pires, abre espaço, há cinco anos, para bandas ou grupos da cidade e região mostrar seu trabalho à população. Na edição de 2011, a irreverência e qualidade musical deram à Classicaus o primeiro lugar no Concurso de Bandas. O grupo venceu 40 bandas inscritas e como parte do prêmio, tocaram no principal evento do município, o Festival do Chocolate. A Classicaus é formada por integrantes do Grande ABC e da Capital: Renato Avili, 37 anos, baterista, é de São Bernardo do Campo; Rangel Fabrete, 30 anos, vocalista, é de São Paulo; Luiz Roca, 31 anos, guitarrista e backing vocal, é de Ribeirão Pires; Fagner Nunes, 27 anos, baixista e backing vocal e Cícero Adnei, 27 anos, tecladista, guitarrista e backing vocal, são de Mauá. Cada um de uma localidade, mas que se uniram com o mesmo objetivo: inovar o repertório com músicas que agitam o público, mas, que muitas vezes, são deixadas de lado por bandas que pensam sempre nas mesmas canções. O baixista da Classicaus, Fagner, conversou com a reportagem da Mais Conteúdo e contou como se deu esse encontro entre os integrantes, a experiência de participar do Concurso de Bandas e do Festival do Chocolate. Além disso, Fagner avalia a abertura do mercado para novas bandas.

Por Vanessa de Oliveira

HISTÓRICO DA ALINTEC Atuando no mercado desde 1999, a Alintec presta serviços de solda e corte em materiais ferrosos e polímeros plásticos, adequando nossa capacidade de produção ao seu projeto e necessidades. Atendendo a todos requisitos de qualidade, com total compromisso no cumprimento de prazo e com mão de obra especializada, nossos soldadores são qualificados, a Alintec é a parceira ideal para a sua empresa. Somos certificados pelo Sistema da Qualidade ISO 9001: 2008, com o escopo: Produção e prestação de serviços em usinagem, solda, corte e montagem de peças metálicas conforme especificações dos clientes.

Alintec Serviços Industriais Ltda.

alintec Serviços Industriais

Av. Eduardo Valeriano Nardelli, 230 (antiga Estrada da Varginha) Ouro Fino Paulista - 09443-270 Ribeirão Pires - SP Tel.: (11) 4822-2207 • 4822-2729 ID: 55*122*12159 E-mail: alintec@terra.com.br

40

alintec Serviços Industriais


Mais Conteúdo - Como e quando surgiu a banda Classicaus? Fagner - A banda surgiu em meados de 2008 e veio de uma formação de outra banda. O intuito da formação da Classicaus foi a junção de bons músicos cansados dos mesmos repertórios reproduzidos nas noites de São Paulo. Queríamos fazer um repertório diferente, mais abrangente, que agradasse não apenas o público rock and roll, mas sim que agradasse os olhos e ouvidos de todos que estivessem ouvindo. A Classicaus traz integrantes que realmente gostam do que estão fazendo e são pessoas de mente aberta à novas experiências. Valorizamos sempre o bom relacionamento entre os integrantes da banda, pois cremos que, a partir disso, fica muito mais fácil desenvolver qualquer trabalho, motivo esse que já forçou a Classicaus a trocar algumas vezes de integrantes (risos). Mais Conteúdo - Quem são as influências da banda? Fagner - Podemos resumir que as influências da banda são músicas boas. Temos a mente aberta para escutar qualquer tipo de som, desde que seja uma boa música. Sabemos que se pode retirar boas influências dessas boas músicas. Mais Conteúdo - Como foi a experiência de participar do Concurso de Bandas de Ribeirão Pires? O que isso acrescentou à carreira de vocês? Fagner - Foi bem legal, pois o nível das bandas esse ano era muito bom. Foi também um desafio para nós, que vínhamos de uma boa agenda no mesmo mês do concurso e tivemos que nos virar para arrumar um pouco de tempo para se dedicar às musicas do desafio. O concurso acrescentou mais uma experiência de palco e pôs à prova nosso objetivo de agradar vários tipos de público. Como era na praça, a céu aberto e de graça, percebemos que conseguimos agradar com o nosso show cada vez mais pessoas que já estavam indo à praça para ver nosso show. Mais Conteúdo - Como foi partici-

par do 7º Festival do Chocolate? Fagner - Foi algo inesperado, o público estava esperando pela banda, o teatro ficou lotado, o som estava maravilhoso, o público curtiu e interagiu muito. Enfim, foi de grande satisfação pra gente, poderíamos ter tocado no palco principal tranquilamente. Mais Conteúdo - Quais foram as maiores dificuldades que vocês enfrentaram no início da banda? Fagner - Tivemos e ainda temos dificuldades em mostrar nosso trabalho, há uma concorrência muito grande em São Paulo, é sempre um desafio chegar aos contratantes, mas temos bolado algumas estratégias, pois o show está muito bom e as reproduções com qualidade muito superior ao que se vê por aí em grandes casas noturnas e bares. Também tivemos bastante trabalho em manter um time com bom relacionamento, pois já tivemos muitos problemas com certos integrantes. Mas está tudo indo muito bem, agora que o grupo está cada vez mais focado em se superar no palco. Mais Conteúdo – Como vocês vêem os incentivos das Secretarias de Cultura do Grande ABC quanto aos artistas da região? Está satisfatório ou ainda há muito o que fazer? Fagner - Achamos que ainda há muito a fazer, precisamos de mais festivais, concurso de bandas e grupos. Estamos sendo contaminados por coisas que não acrescentam nada à sociedade, esses eventos incentivam o público a buscar mais as artes. Mais Conteúdo – Quais os planos para o futuro da Classicaus? Fagner - Estamos trabalhando forte em trazer um show cada vez mais performático e um repertório cada vez mais empolgante. Quem assiste o show Classicaus, com certeza, irá querer ver de novo. Estamos sempre traçando novas metas e objetivos, visando tocar em grandes casas noturnas e bares de São Paulo e interior. Hoje podemos dizer que a Classicaus está acima da média quando se fala em banda cover em São Paulo.


A CULPA DO

PROFESSOR

PAULO FRANCO Formado em Letras e em Pedagogia e Pós-graduado em Docência para o Ensino Superior. Poeta e escritor, tem 7 livros publicados e dezenas de premiações em nível nacional.

42

Salvo algumas ingerências, a escola pública está bela. Ela nunca esteve tão bem equipada. Pelo menos em São Paulo. Os prédios estão bem pintados, há estoque de tinta até em excesso. Há merenda para matar a insaciável fome dos que dependem dos assistencialismos desde a época do populismo do Getúlio. Vagas a escola também tem. É! A escola pública está uma graça. Agora tem até verba de embelezamento. O mobiliário é novo e há até falta de espaço para depositar tantas mesas, cadeiras, armários e outras bugigangas que chegam em abundância. Até computador filho de pobre já conhece. Livro, então, é o que mais tem. Vem de todo lado. Logística estranha! O Governo Federal envia toneladas de livros de ótimas editoras, material de primeira. E é tanto livro que o aluno não consegue carregar. Mesmo assim, não satisfeito, o Governo Estadual ainda manda imprimir cartilhas em tamanha quantidade que acabam empilhadas pelos corredores e porões do sistema. Material realmente não falta. O que significa que dinheiro não falta. Mas com tanto investimento, por que não funciona? Por que o país que não aceita ser vice no futebol, é, em silêncio, apenas o 53º colocado no Programa Internacional de Avaliação de Alunos, ficando abaixo da média mundial em leitura, matemática e ciência? “Vejas” e “Folhas”, pedagogistas de plantão, alguns dirigentes, supervisores e diretores, que não suportariam mais a sala de aula por uma semana, insistem que a culpa é do professor. Mas qual seria essa culpa? Estar em extinção já que todos estão fugindo da sala de aula? Os professores que ainda existem, em sua maioria, estão doentes e sem capacidade de reação. Talvez esta seja a grande culpa. Agora os jovens não procuram mais a profissão. As faculdades do setor estão fechando. A Educação está morrendo e ninguém percebe, talvez porque a escola esteja bela, pelo menos aos olhos de uma sociedade que não enxerga o que vê.




Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.