Revista Todeschini Afonso Pena

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PAISAGEM






EDITORIAL Renovar e surpreender são palavras-chave que nos movem a oferecer soluções para a transformação de sonhos em realidade. Essa inovação, marca registrada na Todeschini Afonso Pena, acaba de tomar proporções gigantescas no que tange à excelência em produtos e serviços refletidos em nosso showroom e nas páginas desta revista.

Inovação, aliás, facilmente percebida em cada detalhe de nossos projetos e evidenciada no novo conceito de showroom que possui ambientes inéditos e cheios de personalidade, capazes de surpreender você.

Para celebrar esse grande momento, a Todeschini Afonso Pena reuniu nas páginas desta revista, além de alguns dos nossos clientes e parceiros, reportagens sobre tendência, decoração, sustentabilidade e profissionalismo. Um projeto que é motivo de grande orgulho para todos nós.

Sejam todos muito bem-vindos a este universo de ousadia e inovação.

Ricardo Matos Diretor

TODESCHINI AFONSO PENA



ÍNDICE COLABORADORES

Showroom

ANDRÉ FURQUIM

Criativo e competente. O empresário e marqueteiro é também nosso editor chefe, com experiência de sobra no mercado publícitário. Traz na bagagem a participação na criação de outras quatro revistas em Campo Grande, focadas no público A.

THAIS POMPÊO

A exclusividade dos móveis Todeschini são os protagonistas de um novo conceito de showroom. Um projeto que leva a assinatura do arquiteto Luis Pedro Scalise.

P36 Novos tempos [P26] Descubra por que, hoje em dia, sustentabilidade é sinônimo de vantagem competitiva. Uma tendência encabeçada pelas classes A e B. Sem fronteiras [P54] Perfil de uma geração que alcança sucesso antes dos 30 anos ao transformar boas e criativas ideias em sucesso profissional.

Nossa jornalista morou dez anos fora de Campo Grande. Trabalhou em diversos programas de TV, como GNT Fashion e Mesa Pra Dois, rodou a Europa, estudou Cinema e História da Arte. Há três anos está de volta a Campo Grande cheia de frescor e de histórias para contar.

ALEXIS PRAPPAS

Sempre de bom humor, Alexis é um dos fotógrafos mais solicitados para a elaboaração e produção de editoriais. Seu talento e sensibilidade inquestionáveis fazem com que seus ensaios fotográficos sempre ganhem um olhar exclusivo.

THIAGO CHAIA

Um dos diretores de arte mais requisitados da cidade, Thiago atua no mercado nacional desde 96. Publicitário, diretor de criação da agência Midianova e professor na Pós-Graduação da UCDB. Atualmente anda todo orgulhoso de sua mais nova e melhor criação: Arthur, seu filho de um ano.

GEREMIAS JUNIOR

Entrevista [P10] O presidente nacional da Todeschini, João Farina Neto, fala com exclusividade sobre os bastidores de uma das maiores indústrias moveleiras da América Latina.

Geremias é profissional experimentado. Com sete anos de experiência, responde pelo marketing da Todeschini Afonso Pena e é um dos responsáveis pelo novo posicionamento da empresa no mercado sul-mato-grossense, além de idealizador e facilitador do projeto da revista.

Escandinávia [P62] Uma viagem a um canto extremo do globo – prato cheio para os amantes da natureza, da arte e do design. O ponto de partida da coleção Vida.

Tiragem: 8.000 exemplares Projeto gráfico e diagramação: Midianova Jornalista responsável: Thais Pompêo | DRT 0001030/MS Revisor: Raphael Chaia TODESCHINI AFONSO PENA Av. Afonso Pena, 3776 - 67 3312 8200 ouvidoria@todeschiniafonsopena.com.br



ENTREVISTA

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O PODEROSO CHEFÃO Sob a tutela dos Farina, família italiana que está à frente da Todeschini há mais 70 anos, os desafios se transformam em combustível para ir mais longe – nas primeiras duas décadas de administração fizeram o negócio dar um salto: de empresa de instrumentos musicais à maior indústria moveleira da América Latina. A última conquista? O reservado lar doce lar da elite brasileira.

FOTOS: ALEXIS PRAPPAS

Mais conhecido como Joni, apelido de infância de João Farina Neto, o presidente nacional da Todeschini comanda um negócio que há décadas não para de crescer: 330 lojas espalhadas por todos os Estados do país. Uma potência, que aos 72 anos, cresceu 20% em 2011, se comparado com o ano anterior – momento em que mercado geral noveleiro cresceu 7% e o de planejados 11%. Para chegar a essa performance, muitos obstáculos testaram a obstinação da família. A Todeschini nasceu como uma empresa especializada em acordeons mas que aprendeu a se reinventar devido ao advento do rock e aos prejuízos sofridos após um incêndio em seu prédio. Sem olhar para trás, aproveitou a deixa do destino para mudar o rumo da história. Começava aí a Todeschini das cozinhas componíveis que se tornou a empresa de alta tecnologia e processos diferenciados para a produção de móveis planejados que conhecemos hoje. Joni, 61, representa a terceira geração de italianos, que está a frente de uma indústria de 54 mil m², uma das maiores e mais tecnológicas do mundo. Lá trabalham cerca de 650 pessoas entre a linha de produção, comercial e administrativo. Trabalho de excelência alcançado com o somatório de dois importantes fatores: altos investimentos em tecnologia – a indústria em Bento Gonçalves foi uma das primeiras a se tornar automatizada dentro setor moveleiro – e constante qualificação de seus funcionários – em 2004, a Todeschini foi eleita pela revista Exame a melhor empresa para se trabalhar no Brasil. Em uma entrevista exclusiva, concedida durante sua visita a Campo Grande, o empresário falou sobre sua última tacada: um investimento de 10 milhões de Euros em um equipamento italiano com tecnologia de ponta para pinturas em alto brilho.

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RT: No início, a Todeschini tinha um perfil muito diferente do qual possui hoje. Joni: É verdade. A Todeschini foi uma fábrica de acordeon até a década de 60. Mas com a entrada do rock, o instrumento foi substituído pela guitarra elétrica. Foi então que tivemos que procurar alternativas e começamos a produzir móveis. RT: Por que móveis? Joni: Porque o corpo do acordeom era feito de compensado, que é madeira, e nós tínhamos muitas máquinas para trabalhar madeira. RT: Logo no início já lançaram tendências, não é mesmo? Joni: Exatamente, porque junto com o lançamento dos nossos móveis, trouxemos para o Brasil o conceito de móveis modulados, que até então não existiam por aqui. As cozinhas moduladas tinham como princípio ir encostando um móvel no outro, compondo o ambiente conforme a necessidade do cliente. O sucesso foi tão grande que nos tornamos a maior fábrica de cozinhas da América do Sul durante as décadas de 70 e 90.

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RT: Quando começaram a ter lojas exclusivas? Joni: No final da década de 90. Nessa época chegamos à conclusão que apenas fabricando produtos populares não teríamos muitas condições de desenvolver nosso produto. Porque quando se trabalha com produto popular, o foco tem que ser no preço, e aí, você não pode agregar design e valor. Nesse sentido, começamos a criar uma linha de produtos mais sofisticados e uma rede de lojas que trabalhassem exclusivamente com a marca Todeschini. Foi dessa forma que saímos do varejo tradicional, das lojas multimarcas, dos magazines, e começamos a inaugurar nossas lojas exclusivas. RT: Nesse constante processo de investimento e modernização, qual será o próximo passo? Joni: Acabamos de investir 10 milhões de Euros em uma máquina de pintura italiana de alta tecnologia, uma das melhores linhas para trabalhar alto brilho. Ela proporciona uma planicidade e um brilho excepcionais à pintura, um material que parece um vidro. Essa pintura é tendência na Europa, principalmente em cozinhas. Para conseguir um produto com essa qualidade – bah! - é muito difícil, precisa-se de uma tecnologia muito avançada. Poucos conseguem produzir móveis com esse tipo de acabamento e qualidade em escalada industrial.

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RT: Vimos parte desses produtos em alto brilho no Loft Casa Cor MS. Aliás, a Todeschini é patrocinadora oficial do evento nacionalmente. Joni: Enxergamos a Casa Cor como uma grande oportunidade, uma ação forte onde estamos juntos ao nosso público. Um bom exemplo do sucesso que tem sido nossa parceria com a Casa Cor é o Loft Todeschini desenvolvido aqui, em Campo Grande; se nós não fossemos patrocinadores, não poderíamos fazer um projeto daquele porte, entraríamos como os outras empresas que participam da Casa Cor. Mas como patrocinadores, nós tivemos o privilégio de um local de destaque; inclusive, ganhamos o prêmio Casa Cor de projeto mais ousado, mas isso já é mérito do (arquiteto) Luis Pedro Scalise, que é um grande artista. RT: Como Campo Grande e o Mato Grosso do Sul estão posicionados no universo Todeschini? Joni: Nós temos excelentes colaboradores em Campo Grande. Um é o Wagner (Luiz Freitas), que desenvolveu um trabalho bem focado e posicionado na Todeschini Afonso Pena, mas que se transferiu para Brasília para assumir o mercado da Capital Federal. Nosso outro grande parceiro é o Ricardo (Ferreira de Matos), que dirige as operações da Todeschini Afonso Pena desde o segundo semestre de 2011, uma pessoa com muita experiência e vontade de crescer. Eu tenho certeza que ele vai dar continuidade ao sucesso iniciado pelo Wagner e que o ano de 2012 será mais um ano excepcional para a Todeschini em Mato Grosso do Sul.

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MESTRES DA FOTOS: ALEXIS PRAPPAS

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PAISAGEM

Sete empresários de seis diferentes escritórios de Campo Grande e do interior do Estado revelam por que fazem a diferença no mercado exclusivo da construção, arquitetura e decoração. Já dizia o arquiteto modernista João Batista Vilanova Artigas: “Admiro os poetas. O que eles dizem com duas palavras a gente tem que exprimir com milhares de tijolos”. É essa motivação que une os profissionais da capa da primeira edição da revista Todeschini Afonso Pena. Seja na arquitetura, na decoração ou na construção, eles suam a camisa para captar e concretizar a subjetividade e os desejos de cada um dos seus clientes. Parceiros, que encontraram na Todeschini Afonso Pena, um caminho para dar cor, forma e textura a toda e qualquer individualidade.

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Bethania Breda A paranaense Bethania Breda mudou-se para Chapadão do Sul - MS, em 2003, para acompanhar o marido, Marcelo Gasparetto, em suas novas empreitadas profissionais. Cinco anos depois, foi ele quem passou a seguir os passos da mulher. A demanda do escritório de arquitetura de Bethania aumentou tanto em meia década, que Marcelo juntou-se à esposa para ampliar os horizontes comerciais – juntos, montaram a Aiphos Construções e Empreendimentos, hoje, uma das mais fortes da região. Bethania chegou na cidade em um momento em que o mercado regional entrava em um próspero período de expansão. Nos últimos anos, Chapadão do Sul viu sua economia agrícola ser fortalecida com a instalação de usinas de álcool, hidrelétricas e uma Universidade Federal. Nesse cenário favorável, a construção civil da pequena cidade deslanchou. Todos os anos, a paisagem ganha casas e prédios de todos os portes que, com frequência, exibem na fachada a placa: Bethania Breda Arquitetura. A feminilidade dessa gaúcha de 33 anos, ilude os menos avisados - Bethania prefere as obras a interiores: “Se eu puder, chego no máximo até piso e revestimentos”, brinca, “É que eu gosto mesmo de obra e acredito que esse é o meu diferencial aqui em Chapadão. Prefiro não deixar tudo na mão do engenheiro, porque fui em quem fiz o projeto, conheço seus detalhes”, atributos reconhecidos pelo CREA MS que a homenageou em 2009. Embora os detalhes de decoração não seduzam a profissional, ela não poupa esforços e aciona seus contatos caso sua ajuda seja solicitada. A prova disso é a parceria que possui com a Todeschini Afonso Pena: “Eu conheço e confio na empresa - na minha casa, meu quarto e minha cozinha são Todeschini. Por isso, não hesito em indica-la para os meus clientes. Eles resolvem tudo!”, celebra a arquiteta.

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Captar a essência de cada cliente e incorporá-la em cada detalhe é o que move o trabalho das parceiras Janice Bueno Mendes Terra e Cristiane Evangelista Belchior. A dupla é afinada na diferença: embora sejam decoradoras, a primeira possui boa tarimba como comerciante, e a segunda é exímia arquiteta. Divertidas, elas mesmas brincam dizendo que enquanto a Cris tem um olho para tudo que é mais raro e sofisticado, Janice trabalha para equalizar custo beneficio. Quando o assunto é cor, Cris dá uma acalmada na exuberância de Janice. “Eu gosto muito de duas cabeças pensando porque são duas visões diferentes das coisas e isso funciona muito bem no nosso trabalho”, constata Janice.

Cristiane e Janice A relação de confiança que possuem com seus clientes é a prova da credibilidade que adquiriram ao longo desses sete anos de parceria. A segurança é tanta que muitos chegam a entregar a chave da casa e só a pedem de volta um dia antes de mudar; outros passam a senha do cartão para agilizar o processo de compras. Cris brinca: “No final das contas viramos quase funcionárias deles”, referindo-se a algumas pessoas que atendem há mais quatro anos sem parar. É essa relação de confiança que elas também possuem com a Todeschini Afonso Pena. “Nós tínhamos um pé atrás com modulados por achar que eles não atendiam a nossa necessidade. Até que o Ricardo (Ferreira de Matos, diretor da Todeschini Afonso Pena) nos levou para conhecer a fábrica em Bento Gonçalves. Ficamos impressionadas ao vermos as inúmeras possibilidades que a Todeschini oferece”, Janice completa: “Não gostamos de mobiliário com aparência frágil, e conhecendo mais a fundo a Todeschini, vimos que seus móveis apresentam um grande diferencial de qualidade, padronagens, cores, e inclusive, de espessura de tamponamento, o que proporciona robustez. É isso que procuramos: um produto que nos dê a certeza de estarmos proporcionando ao nosso cliente um excelente negócio em todos os níveis”, finaliza Janice.

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A mais nova profissional a ocupar a capa desta edição é Tatiane Werner. Com um ano de experiência no mercado imobiliário, a corretora arriscou montar sua própria empresa aos 23 anos, de tanto ouvir “nãos”. Hoje, aos 26, ela tem a certeza de ter dado o passo certo na hora certa: “Há três anos, quando comecei, os negócios não estavam tão aquecidos em Campo Grande como estão agora. De dois anos para cá o mercado ficou brilhante”, comemora a empresária. Tatiane batalhou por espaço no mercado e adquiriu know-how como gerente de uma construtora e depois como corretora de uma imobiliária. A simpatia e o profissionalismo a renderam um grande fluxo de clientes, o que a encorajou a montar a sua própria empresa: a Solução Inteligente. Segundo ela, o nome é uma síntese da postura do escritório, que tem como objetivo atender todas as solicitações de forma ágil e consistente, do melhor investimento à melhor opção de mobiliário.

Tatiane Werner Seus clientes são na maioria de Campo Grande e do interior do estado. Estes indicam a empresa aos amigos de São Paulo que possuem fazendas em Mato Grosso do Sul. Na maioria dos casos, a procura é por imóveis de médio e alto padrão para investimento. Com objetivo de atender da melhor forma os empresários, a corretora tem fechado importantes parcerias com a Todeschini Afonso Pena. “Se o cliente me pede um apartamento mobiliado, eu passo direto para a Todeschini Afonso Pena. Lá eles resolvem todas as nossas necessidades, o que deixa o cliente satisfeito e eu também”. Obstinada, Tatiane quer chegar muito mais longe: durante o dia trabalha, e a noite estuda Direito, com especialização na área imobiliária. “Tudo o que eu faço é voltado para esse mercado”, afirma. Os resultados já aparecem no volume de negócios e até em premiações - em 2011 ganhou melhor corretora do Estado por uma importante construtora de Campo Grande.

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Aos 25 anos de carreira, Maria Lenise Pasqualotto figura entre os principais nomes da decoração em Campo Grande. A gaúcha chegou por aqui no inicio da década de 90, para assumir os negócios agropecuários do pai. Bem... o trabalho no campo ela deixou a cargo do marido, para dedicar-se exclusivamente a sua grande paixão, a decoração. Formada em Relações Públicas, Lenise teve seus primeiros contatos com o universo decorativo quando ainda morava em Porto Alegre. “Umas amigas faziam arquitetura e eu comecei a gostar muito daquilo tudo e peguei fácil o espírito da coisa. Por isso mesmo digo que sou meio autodidata”, conta, referindo-se ao reconhecido feeling que possui para o bom gosto e harmonização de ambientes.

Maria Lenise Pasqualotto Os ambientes concebidos por Lenise são sempre quentes e aconchegantes, característicos pelo uso da cor. Outra marca registrada da decoradora é a mistura entre o novo e o velho. Para ela nada é mais démodé do que comprar tudo novo na hora de redecorar: “Eu sempre digo que a casa tem de ser um porto seguro, construído ao longo de uma vida inteira. É por isso que eu valorizo os objetos que contem a história de vida do morador, uma cristaleira que ganhou da avó, uma peça que comprou em uma viagem... Seu estilo de vida está acima de qualquer design”. Esse trabalho altamente individualizado conquistou uma carteira de clientes selecionadíssima. Qualidade que busca em cada um dos seus parceiros e que encontrou na Todeschini Afonso Pena: “Existe uma forte tendência para o planejado pela sua agilidade, grandes inovações de design, acabamento e cores. Eu utilizo essa facilidade sem perder o padrão exclusivo do meu trabalho. Tanto que a Todeschini tem me dado a oportunidade de desenhar os meus projetos, o que eu gosto bastante, porque sempre consigo inventar alguma coisa nova. Afinal de contas, ninguém gosta de ter uma casa igual a outra!”.

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Folhas de livros parecem voar sobre as paredes, chapéus no estilo western colados no teto dão graça a um saloon e uma réplica de cabeça de zebra, com um único brinco, em cima da louça decora o lavabo. A arquitetura de interiores de Luis Pedro Scalise é nacionalmente reconhecida pela ousada elegância: repleta de detalhes surpreendentes, bem humorados e muitas vezes oníricos. Não por acaso, Luis Pedro é o atual parceiro da Todeschini Afonso Pena. Suas obras, assim como as da empresa, combinam de forma criativa o plano de necessidades do cliente à história ou estilo que ele quer contar. O trabalho do arquiteto tem ganhado notoriedade principalmente na área comercial, onde não param de pipocar convites para a criação de ambientes temáticos, de cafés a boates sertanejas. “O que eu faço é marketing de narrativa. Nada em minhas criações é gratuito, eu não uso cores ou texturas porque estão na moda. Para mim, as coisas precisam fazer sentido, tem de fazer parte da história para estarem lá”, explica. Apesar dos inúmeros cursos e especializações, como design de joias, de móveis e de interiores, é de suas viagens que ele tira suas maiores inspirações: “A pessoa pode estudar toda a hidrografia da Europa, mas nada se compara à experiência de estar lá e olhar com seus próprios olhos o rio Sena ou o Tames. Esse momento tatua a alma da pessoa para sempre”, descreve Luis Pedro.

Luis Pedro Scalise Após rodar o mundo, voltou de vez para Campo Grande em 2008, e iniciou uma fase de grandiosos projetos. Em 2011, foi o ano de sua grande consagração: com a Valley Pub obteve o Prêmio de arquitetura temática country na Groenlândia; com um restaurante inspirado na cultura Toscana, venceu a Casa Trio em São Paulo, na categoria projeto comercial; e com o Loft Todeschini, levou o prêmio de projeto mais ousado na Casa Cor MS. Devido ao destaque obtido na mostra, este ano, Luis Pedro participará como arquiteto convidado da Casa Cor em São Paulo. Reconhecimento merecido a um arquiteto que sabe contar histórias como ninguém.

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O economista Beto Gusmão representa tradição no setor imobiliário em Três Lagoas. Junto de sua esposa, Lucimar, a Gusmão Empreendimentos se sobressai no maior mercado imobiliário do Estado. Nos últimos cinco anos, eles acompanharam de perto a mudança radical no perfil da cidade, que passou de uma economia pecuária para industrial. Vivem o boom econômico que alavancou o setor imobiliário, criando uma demanda violenta por moradia. “A cidade tem recebido bastante gente de fora. A realidade é de déficit habitacional muito grande, que gira em torno de quatro a cinco mil unidades, desde produtos populares, aos de médio e alto padrão”, explica Beto.

Beto e Lucimar Gusmão Em meio à aceleração do mercado super-aquecido, o casal percebeu que além de haver falta de oferta no setor, o que existia estava na mão de poucas pessoas. A necessidade criou a oportunidade, e há dez anos entraram com tudo na construção civil com a BG Construção e Incorporação. Até hoje, 200 unidades já foram entregues pela construtora. Uma de suas frentes de trabalho inclui agora uma força tarefa para viabilizar um consórcio de mais um edifício de luxo em Três Lagoas. Muito perspicaz, o experiente empresário tem aproximado sua empresa da Todeschini Afonso Pena. Sua aposta é na venda do empreendimento com o mobiliário - o que, segundo Beto, valoriza o imóvel e facilita a venda ou o aluguel. “Em Três Lagoas, onde existe uma grande população flutuante, buscamse apartamentos prontos. Hoje, acredito que pelo menos a cozinha, a suíte e o banheiro têm de ter armários. Primeiro, porque sintetiza melhor os espaços, e segundo, porque aqui as pessoas buscam comodidade, querem tudo pronto, funcionando. Só para você ter uma ideia, no edifício Ramez Tebet, ninguém aluga um apartamento sem mobília. Mas, se ele tiver armários, conseguimos chegar de R$ 3.500 a R$ 4 mil de locação”, palavra de economista.

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SUSTENTABILIDADE

NOVOS TEMPOS

A cada ano, a nova ordem mundial toma mais corpo e ganha mais velocidade. Ser verde é a palavra chave, não apenas como uma questão ética, mas como uma bela vantagem competitiva. A nave-mãe está ficando, a cada ano, mais apertada. Hoje, somos 7 bilhões de pessoas no planeta Terra – em 2050, seremos 9 bilhões. Número que preocupa os estudiosos quanto à demanda de alimentos e matérias-primas os quais tais bilhões necessitarão para sobreviver. Nesse cenário, a sociedade de consumo está sendo questionada – econômica e ambientalmente falando. Já não existe mais lugar para jogar lixo fora ou consumo irresponsável. Um momento limítrofe em que a sociedade desperta – mesmo que na marra - para atitudes mais conscientes tanto na esfera individual quanto em escala industrial. Numericamente falando, houve um crescimento de 500 mil consumidores conscientes entre 2006 e 2010, segundo a última pesquisa do Instituto Akatu sobre hábitos de consumo dos brasileiros. Embora esse grupo seja pequeno – 5% contra 37% dos indiferentes – ele é formado, principalmente, por consumidores das classes A e B. Segundo Suênia Souza, Gestora do Centro Sebrae de Sustentabilidade, são esses consumidores conscientes, somados ao encarecimento das matérias-primas, que farão as empresas se adequarem à nova agenda sustentável: “Toda e qualquer estratégia de gestão sustentável é urgente. A forma mais concreta de pressão é a exigência do consumidor. Esse dado foi apontado pela pesquisa do Instituto Akatu, que mostrou que 60% dos consumidores tem alta expectativa sobre o papel desenvolvido pelas empresas”. Suênia explica o mecanismo da engrenagem: pequenas e microempresas empregam 60% da mão de obra no país. Essas trabalham amalgamadas às grandes corporações, fornecendo produtos e serviços. “É uma ação em cadeia: o consumidor exige das grandes empresas, que exigem das pequenas empresas. O governo, por sua vez, amarra as duas pontas com criação de leis sustentáveis, subsídios e incentivos”, esclarece Suênia.

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Consumo de luxo Nessa maré, a tendência é que a população se torne cada vez mais exigente na hora da compra, em uma mesma proporção que a necessidade de “apertar os cintos” ganha prioridade. Uma mudança a médio e longo prazo, mas certeira. Para entender as novas direções do consumo, estudos são feitos e previsões lançadas. Em se tratando de luxo, ninguém melhor do Lidewij Edelkoort, considerada pela revista Time uma das 25 personalidades mais influentes do design, para falar sobre esse nicho de mercado. Em entrevista à revista Casa Vogue do mês de janeiro, a designer holandesa revelou que aposta em uma queda no volume de consumo para os próximos anos, ao mesmo tempo em que acredita em um aumento de investimento em produtos com valor agregado. Segundo Lidewij, haverá uma desaceleração do ritmo de vida: “Vamos consumir de forma mais apropriada, onde entram menos volume, e mais investimentos em peças de qualidade e duradouras”.

Pense globalmente e aja localmente Sempre pioneira, a Todeschini aposta nessa tendência há mais de dez anos. A empresa saiu na frente ao assumir a responsabilidade sócio-ambiental que lhe cabe e, em 2002, tornou-se a primeira empresa moveleira do Brasil oficialmente sustentável. Certificouse junto ao Programa Integrado de Gestão da Qualidade e Ambiental com as normas ISO 9001:2000 e ISO 14001:2004, que controlam rigorosamente todos os processos relacionados a fabricação do seu produto, desde a origem das matérias-primas até a destinação final dos resíduos sólidos. Na fábrica, cada detalhe é pensado para a maximização do uso de energia renovável, desde a estrutura do prédio, que utiliza ao máximo a luz solar, com telhas translúcidas, à busca constante por novas tecnologias aliadas ao desenvolvimento sustentável. O último grande investimento da empresa foi uma nova máquina para pintura alto brilho preparada para trabalhar com tinta a base de água, um produto não poluente, com qualidade tão boa quanto a tinta à base de solvente. “Normalmente, no Brasil, são usadas as tintas que levam solventes, que são poluentes. Na Europa, a tecnologia de tinta à base de água já está sendo utilizada. Aqui, os fabricantes começaram a desenvolver essa tecnologia em escala industrial – e nós já estamos preparados para receber esse tipo de pintura”, comemora João Farina Neto, presidente nacional da Todeschini.

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Construindo a sustentabilidade Foi por essa atitude consciente que a Todeschini foi escolhida a dedo pelo empresário goiano, Urgelmar Arthur Storni, para ser sua parceira no primeiro condomínio sustentável de Mato Grosso do Sul. Além de todo mobiliário ter selo de garantia “verde” Todeschini, o projeto, desenvolvido pelo arquiteto Dálber Aguero, privilegia tecnologias ecologicamente corretas na construção: sistema de ventilação cruzada, placas solares, telhado verde, tijolo ecológico, captação e aproveitamento das águas da chuva. Opções que já existem há algum tempo no mercado, mas que normalmente são usados de forma isolada. O condomínio está sendo um campo de provas para o conceito que o empresário levará para os seus próximos empreendimentos em Campo Grande e outras capitais do país. Urgelmar continua a estudar novas possibilidades, que com o tempo serão barateadas, como a energia fotovoltaica, para a geração de energia elétrica através da energia solar. “Em nossos próximos projetos vamos somar ainda mais tecnologias ecologicamente corretas até chegar a uma casa totalmente sustentável. Eu acredito muito nessa vantagem competitiva, nesse grande diferencial de mercado. Tudo isso agrega valor ao patrimônio, porque o mundo está caminhando para isso. Se não mudarmos nossas percepções e cultura agora, entraremos em um caminho sem volta”. A essa altura você deve estar se perguntando: “e tudo isso é economicamente sustentável?”. Urgelmar prova que sim. Apesar de ter um diferencial de cerca de 20% comparado às construções comuns, o investimento retorna para o bolso do cliente em médio prazo, com a economia de energia, luz e água. Os sobrados de 172m² foram feitos com acabamentos de alto padrão, direcionados para uma classe da população que aprova e privilegia opções sustentáveis. “Até então não havia essa possibilidade na construção civil. Eu tenho certeza que a partir do momento em que as pessoas tiverem a opção, entre uma casa sustentável e uma comum, elas vão optar pela sustentável. Eu falo isso porque sou investidor, eu analiso os dois lados. Não estou fazendo uma coisa exclusivamente por sonho. Estou fazendo o que eu acredito como empreendedor – contribuindo com a minha parte para um mundo melhor, oferecendo uma nova opção ao mercado e tenho certeza que o público vai se encantar”.

FOTO: ALEXIS PRAPPAS

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Rota verde Conheça empresas sul-mato-grossenses que oferecem produtos com selo verde: desde papinhas orgânicas para bebês, a bijuterias sofisticadas feitas a partir de materiais recicláveis.

Todesflor Para cada árvore utilizada para a produção dos seus móveis, a Todeschini planta outras quatro, um sistema que utiliza matéria prima de origem 100% renovável, chamado Todesflor. O projeto colabora com a preservação do meio ambiente através do reflorestamento planejado, com uma área de 800 hectares de Eucaliptos e 3700 hectares de Pinus Elliottis, localizadas no município de Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul.

Feira de produtos Orgânicos da Prefeitura de Campo Grande Quarta-feira na praça do Rádio e aos Sábados no estacionamento da prefeitura. Das 6h ao meio dia, mas chegue cedo porque os produtos acabam logo.

Mel Zen Mel e produtos orgânicos. Onde encontrar: Rua Bahia, 561, Centro, Campo Grande, MS Contato: 3325 0019

O Baby Papinha 100% orgânica para bebês Desenvolvida pela campograndense, Anahi Philbois, O Baby é a primeira a papinha no Brasil que não tem a necessidade de refrigeração. Já possui encomendas para 9 outros estados, o que quadriplicou sua produção. Contato: 9295 4084

Organic Beef Carne orgânica produzida no Pantanal Onde encontrar: Supermercados Comper e Extra

20 A 22/JUNHO “Hoje nós vemos de forma cada vez mais clara que crescimento econômico, proteção ao meio ambiente e equidade social formam uma única agenda: a agenda do desenvolvimento sustentável”, Sr. Sha Zukang, Secretário-Geral da Rio+20. Vinte anos depois da Rio 92 - e cinco anos após a publicação do Relatório Bruntland, que cunhou a expressão ‘desenvolvimento sustentável’ - a cidade do Rio de Janeiro vai receber a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Chamada de Rio+20, o evento reunirá 50 mil chefes de estado, de governo, representantes de organizações internacionais e empresários para estabelecer metas concretas para conciliar desenvolvimento econômico e sustentabilidade.

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Biofrutas Abacaxi, manga e maracujá produzidos por agricultores familiares e de assentamentos do governo em Rio Negro, Bonito e Campo Grande. Onde encontrar: a partir de março na feira orgânica da prefeitura de Campo Grande e nos supermercados de todo Estado. www.biofrutas.com.br

Brazil Bonito Produz bolsas e outras peças, como toalhas de mesa e jogos americanos, a partir de reciclagem de materiais e utilizando a mão de obra da comunidade. Onde encontrar: Empório Olinda, lojas dos passeios da Gruta do Lago Azul e rios da Prata, Mimosa e Sucuri. Contato: 3255-1968 www.brazilbonito.org.br

Jóias do Pantanal Transforma materiais reaproveitáveis, como chifre de boi, em biojóias e peças de decoração. Av. Dr. Paulo Machado, 497 – Loja 5 Campo Grande/MS Contato: 67 3326 6583 www.joiasdopantanal.com.br



SOB NOVA DIREÇÃO Dos primórdios à consolidação como uma marca de excelência - conheça o backstage da Todeschini Afonso Pena, uma empresa com DNA jovem e ousado, que em 2012 comemora grandes conquistas: 14 anos de vida, nova era na diretoria e um inédito conceito de móveis planejados.

O tempo parece ter voado para a Todeschini Afonso Pena. A loja cresceu a passos largos em sintonia com o desenvolvimento de Campo Grande e do Estado. A celebração dos 14 anos de vida da loja começou com as conquistas de 2010, comemoradas em 2011. Ano memorável em que recebeu reconhecimento nacional como a segunda maior loja Todeschini em volume de vendas – deixando para trás importantes unidades do eixo Rio/São Paulo; inaugurou uma parceria sem precedentes com o arquiteto Luis Pedro Scalise; estreou na Casa Cor MS com premiação e, tudo isso, permeado por um período de transição de diretoria muito bem sucedido. A maior prova dessa transição de sucesso aconteceu em março deste ano, em Salvador, na Bahia, durante o Meeting Todeschini, uma espécie de Oscar promovido pela fábrica. Não deu outra - a Todeschini Afonso Pena se manteve como a segunda loja que mais vende no país, e mais, somou outro importante e inédito título a sua coleção: foi eleita “case nacional de sucesso no relacionamento com especificadores”, um reconhecimento pelo programa que a loja desenvolve para promover uma aproximação com corretores, arquitetos, engenheiros e decoradores.

FOTOS: ALEXIS PRAPPAS

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Marco zero Para entender a grandiosidade desse projeto com representatividade nacional, temos que retomar aos seus primeiros anos de vida. Criada por Wagner Luiz Freitas, 41, há 14 anos, a Todeschini Afonso Pena, desde julho 2011, está sob o comando do empresário Ricardo Ferreira de Matos, 34. Nome forte escolhido a dedo pelo criador para dar continuidade a história de sucesso de sua criatura. “Você cria um filho, troca fralda, passa noites em claro, vê a criança crescer e lhe chamar de parceiro; e quando chega a hora de jogar bola com ele, você tem que passar para uma nova etapa e nomear alguém para dar continuidade ao seu trabalho”, brinca Wagner Luiz Freitas, com certa melancolia que tenta disfarçar. O caminho percorrido entre a pequena loja de 90m², em 1998, e o voluptuoso espaço de 700m² foi conquistado degrau por degrau. Um dos mais significativos foi a construção do prédio na Avenida Afonso Pena, nos moldes que conhecemos hoje, trazendo a marca Todeschini com um novo posicionamento para Campo Grande e todo o Estado: “Eu escutei várias pessoas falarem que eu era louco, que a cidade não comportaria uma loja desse porte, que eu não teria retorno. Mas eu fiquei obcecado por essa ideia e não medi esforços nem comprometimento para alcançá-la. Não tinha dúvidas, nem por um momento, que a loja seria um sucesso”. Nessa jornada, o empresário teve que conquistar profissional por profissional, levá-los para conhecer a fábrica, em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, para mostrar que a Todeschini era muito mais do que eles imaginavam. Um trabalho determinado, que culminou em premiações regionais e nacionais, passando na frente de centenas de lojas Todeschini de todo o país.

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Sucessão programada Depois de consagração nacional, Wagner recebeu uma proposta irrecusável do presidente nacional da marca, João Farina Neto, 61. “Em março de 2011, depois que nosso trabalho foi reconhecido nacionalmente, o presidente me chamou na fábrica e disse: ‘senta, que eu tenho uma coisa para você’. Em um estalar de dedos, ele mudou minha vida completamente. Propôs que eu assumisse as duas lojas da fábrica em Brasília, DF, para alavancar as operações, sob a condição de que eu deveria deixar Campo Grande. Para aumentar a pressão, a resposta deveria ser dada em uma semana”, relembra Wagner. Assim que proposta do presidente foi aceita, iniciou-se uma busca minuciosa e incessante para encontrar a melhor opção para o nome de seu sucessor. Foram 30 ansiosos dias até chegar, e se ter certeza, de que a melhor indicação seria Ricardo, gestor que admirava há muitos anos. Wagner e Ricardo se conheceram em uma negociação dentro da Todeschini Afonso Pena: “Eu mesmo o atendi. Negociante nato, foi difícil fechar venda com ele”, diverte-se Wagner. Ricardo acrescenta: “Somos grandes amigos, contudo a nossa afinidade começou no campo profissional, o que é raro”. Com o convívio, descobriram que suas trajetórias profissionais eram bastante parecidas e chegaram a cogitar possibilidades de negócios. Ricardo mudou-se de Campo Grande em 2009, mas foi convidado a voltar em 2011 para assumir as operações da Todeschini Afonso Pena. Wagner explica sua escolha: “Eu levei muito em consideração o embasamento do Ricardo como gestor. Transportei suas funções como gerente regional de uma indústria farmacêutica para a minha cadeira na Todeschini e não consegui ver nome melhor. Tanto que hoje, depois de apenas oito meses de gestão, podemos perceber que ele já está totalmente integrado”, revela Wagner.

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Nova era O novo piloto assumiu a direção dos negócios, que rodavam à 150km por hora, sem poder pisar no freio ou fazer pausas para pit stops. Tanto que, em menos de um ano, Ricardo Ferreira de Matos acumula no currículo projetos ambiciosos na seara moveleira: prêmio de projeto mais ousado na Casa Cor MS e desenvolvimento de um showroom de proporções e conceito inéditos na história de Campo Grande. Audácias de um experiente e arrojado técnico com o frescor nato dos 34 anos de idade. Paulista, com MBA em gestão empresarial pela Faculdade Getúlio Vargas, entrou no negócio com o desafio de melhorar o que já era bom. É sobre esse assunto que Ricardo fala com exclusividade na entrevista abaixo.

RT: O que podemos esperar dessa nova fase da Todeschini Afonso Pena? Ricardo: O nosso grande compromisso é dar sequência à história de sucesso de 14 anos da loja. Nesse sentido, assumimos um desafio de nos diferenciar cada vez mais no mercado, com um produto de alto valor agregado e excelência em serviços. RT: Como esse objetivo é colocado em prática? Ricardo: Trabalhamos para entender cada particularidade, cada necessidade dos nossos clientes. Por isso estamos lançando um novo conceito mobiliário, onde o nosso cliente pode, literalmente, ‘viajar’ no projeto do seu móvel tendo a Todeschini Afonso Pena como uma parceira para transformar todos esses sonhos em realidade. Isso sem contar com um atendimento diferenciado pósvenda, com total funcionalidade. Inclusive, ainda este ano, vamos colocar em prática um projeto de manutenção preventiva. RT: Qual é o tamanho da Todeschini Afonso Pena atualmente? Ricardo: Dentro da loja trabalham 30 profissionais, entre arquitetos, projetistas e consultores. Já nas ruas, temos 35 equipes trabalhando em sua capacidade máxima de produção, o que significa cerca de 70 pessoas (cada equipe de montagem é composta por um montador e um auxiliar de montagem), dentro das casas, dos apartamentos e dos ambientes corporativos dos nossos clientes. Além disso dispomos de uma frota, com dois caminhões, três carros de apoios e quatro motos da assistência técnica. RT: Por que o novo showroom Todeschini AP é tão surpreendente? O que muda? Ricardo: Além de mudanças no layout da fachada, o que muda, principalmente, é a coleção. Estamos lançando a coleção Vida, que trabalha com os sentidos, com as sensações que o ambiente provoca nas pessoas, uma busca pela humanização do design. Neste contexto, criamos um novo conceito de showroom, onde ele perde seu caráter frio, sem personalidade e ganha vida. O cliente consegue vivenciar o ambiente dentro da loja e transportar aquela experiência para a sua própria casa. Um projeto muito bonito realizado pela Todeschini Afonso Pena em parceria com o arquiteto Luis Pedro Scalise, que consegue aliar tudo isso com um ar de inovação. Ou seja, mudamos tudo.

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SHOWROOM A nova Todeschini Afonso Pena vai te fazer sonhar com 17 ambientes que trazem as últimas tendências da indústria moveleira. Uma loja sob medida para saciar os sedentos por exclusividade. O ponto de partida dos desejos da sua próxima morada.

UM LUXO DE CASA Esqueça tudo o que você já viu sobre showroom de móveis até hoje. Agora, imagine um espaço de 600m² com dezenas de ambientes, em que todos poderiam, muito bem, ser capa de revista. Agora, imagine-os em sua casa. Em cada detalhe, uma agradável surpresa – do design arrojado dos móveis, à alta tecnologia dos materiais, cores e texturas, passando por um excepcional bom gosto e inovação. Em um paralelo com o mundo da moda, podemos dizer que o novo showroom Todeschini Afonso Pena poderia ser considerado uma São Paulo Fashion Week do mobiliário. O frescor da mostra é trazido pela vibração colorida da coleção Vida, que propõe uma valorização dos sentidos e utiliza o design para o viver bem. O ponto de partida de todo o conceito foi a Escandinávia, por propor um estilo de vida menos severo, onde o homem é a essência da casa. Traduzindo em imagens, uma mescla de tons claros sempre com um toque de cor para criar casas mais iluminadas e alegres. Para receber a nova coleção, a Todeschini Afonso Pena inovou ao inaugurar uma nova concepção de showroom. Com ambientes altamente personalizados, a loja busca concretizar as necessidades do perfil de cada um dos seus clientes - um trabalho com um refinamento de detalhes sem precedentes em Campo Grande. FOTOS: ALEXIS PRAPPAS

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O arquiteto Luis Pedro Scalise assina o projeto e faz, como ninguém, suntuosidade e o charme transitarem por caminhos inusitados. Mais do que desenvolver toda a nova proposta do showroom, o arquiteto criou móveis e luminárias que estrearam o novo conceito de mobiliário da Todeschini Afonso Pena – oportunidade que estimula outros profissionais a também criarem formas exclusivas para saciar as necessidades e desejos individuais dos seus clientes. Para dar vida à nova concepção da loja, o showroom passou por uma grande reforma, a começar pela fachada que foi totalmente transformada. Em seu interior, detalhes foram criados para proporcionar aconchego: construção de pérgolas para rebaixar o teto – originalmente, o pé direito da loja tem 10 metros de altura; uma nova luminotécnica e uma melhor divisão dos espaços foram criadas (no total, foram criados 17 ambientes). Scalise sintetiza em poucas palavras a atmosfera que criou: “Sabe aquela sensação de estar bisbilhotando o quarto de uma pessoa que pode chegar a qualquer momento? É esse sentimento que queremos passar”. Bem-vindo ao novo showroom Todeschini Afonso Pena, um lugar repleto de ideias para transformar seus sonhos em realidade.


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Espaço otimizado: totalmente integrado à decoração, mas que, quando necessário, ganha isolamento com cortinas automatizadas. O painel do Home Theater é padrão Carvalho, um acabamento feito com fibras de carvalho.

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Eu sempre falo que as pessoas tem de parar de pensar na Todeschini como um armário pronto; hoje a empresa é uma grande parceira para executar a criação do arquiteto. Eles estão prontos e preparados para tirar as ideias do papel Luis Pedro Scalise

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Cozinha inspirada no design viking. Um Ambiente sofisticado e tecnológico. A começar pela cor tomate acetinada, destaque da coleção Vida. Nichos por todo o pé direito; ao fundo, imagem plotada dos fiordes noruegueses. Banquetas Gommus em couro, outra novidade da Coleção Vida.

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Para dar maior aconchego à suite, foram construídas pérgolas com lâminas Moka. A cama, que também é um produto Todeschini, possui cabeceira Capitonê e criados-mudos com frente Foglie - folhas naturais aplicadas artesanalmente em eco resina – um must have da coleção Vida. Recamie, também, com frente Foglie e lâminas de tamponamento Nero. Poltrona Shell.

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Na cozinha, os acabamentos em Alto Brilho Nata e Siena, e a torre do despenseiro Satin Glass Turquesa com perfil Slim agregam charme e modernidade. O gaveteiro de canto, de 90ยบ, possui sistema Blum de corrediรงas. Armรกrio a Ventos, onde os dois articulados sรฃo abertos simultaneamente.

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TOP DESIGN

FOTOS: ALEXIS PRAPPAS

MAS QUÁ BUTIQUE CAFÉ AVELÃ TOUCH Texturas que remetem a acabamentos em concreto e madeira, detalhes em aço, vidro e alto brilho. Com essas ferramentas, a Todeschini Afonso Pena apresenta um projeto exclusivo que oferece conforto, beleza e funcionalidade para o dia a dia.

A loja café, localizada em Bonito, foi pensada para ser um ambiente acolhedor, com carinha de brechó descolado. Para dar esse clima e complementar a decoração, foi escolhido o acabamento Avelã Touch. As estantes e os nichos, com tamponamento de 25 mm, foram estruturados com alturas e larguras variadas para dar suporte para roupas, peça de decoração, livros. O móvel central, composto por prateleiras de vidro e gavetões, recebe a parte de acessórios e serve como apoio para exposição de roupas e objetos. Na parte superior do canto do café, o nicho com fundo em espelho e prateleiras de vidro de 19mm guardam doces e saches para a cafeteira. Projetista - Renan Trindade Arquiteto: Marcos de Castro

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SEM FRONTEIRAS Sérgio é empresário da noite, Carlos César encabeça um escritório de TI e Dálber arquiteta casas. Apesar das carreiras díspares, eles possuem em comum o talento em explorar novas possibilidades e transformar boas ideias em êxito profissional. Uma geração de jovens empreendedores, que obtiveram sucesso antes dos 30 anos, e acreditam na máxima: para os negócios não há fronteiras.

Os jovens gênios do Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, têm encorajado e deflagrado uma onda ousada e competitiva em vários setores da economia mundial. Na ponta da fila temos Mark Zuckerberg, 27 anos, fundador do Facebook, o principal representante de uma geração de novos empresários que têm conquistado estrondoso sucesso profissional cada vez mais jovens. Com eles, uma nova forma de encarar a realidade é lançada ao mercado, com inovações que agregam soluções sempre criativas e muito lucrativas. Se olharmos para o nosso quintal, a realidade não é diferente. O Brasil, mais precisamente o Mato Grosso do Sul, não foge à regra. Conversamos com três jovens empreendedores que começaram suas empresas antes dos 25 anos e em três diferentes setores: tecnologia – como não poderia deixar de ser - balada e arquitetura. Além do empreendedorismo nato, outra característica é comum aos três empresários: para eles, o céu é o limite.

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O extremo oeste da tecnologia

Guardadas as devidas proporções, o oeste do Brasil também tem se destacado com jovens empreendedores. Mais precisamente em Campo Grande, dois executivos ganharam notoriedade dentro e fora das fronteiras geográficas de Mato Grosso do Sul - os irmãos gêmeos Carlos César e Carlos Flávio Girão de Arruda, 37 anos. Juntos, criaram a Agence, uma empresa de consultoria e tecnologia da informação que possui uma respeitável carteira de clientes como: Bradesco, Vivo, Sadia, Banco do Brasil, Ministério da Saúde, entre outros. Ao entrarmos na sede da empresa, em Campo Grande, fomos surpreendidos por um zunzunzum que vinha da grande sala à direita da porta principal. O barulho era produzido por vinte homens, vestidos em camisetas, que conversavam animadamente. Típica atmosfera de uma empresa de tecnologia. Um dos diretores, Carlos César acompanha a movimentação da sua sala, por uma janela de vidro, onde um computador e um laptop estão conectados sobre a mesa. Esta é uma das três unidades da empresa de TI fundada em 1999 em um quarto dos fundos da casa em que os irmãos moravam. Desde a infância, ambos sempre foram apaixonados por informática: “Era tempo do computador TK-82. Eu e meu irmão brincávamos de desenvolver linhas de códigos de jogos e nossa maior diversão era jogar algo que tivesse sido desenvolvido por nós mesmos”, conta César. Depois de formados, César e Flávio, publicitário e economista, respectivamente, decidiram abrir uma empresa de desenvolvimento de websites.

Bons contatos, alta competência e uma pitada de sorte abriram novos horizontes para a Agence. Após dois anos de sua fundação, ganharam a conta da Tele Centro Oeste Celular (TCO) para desenvolver uma atividade inédita dentro da empresa: prestar consultoria sobre TI e criar um software administrativo online. O desafio foi cumprido com tamanho sucesso que, na época, a Agence teve que abrir uma filial em Brasília para administrar outras contas do grupo. Dois anos depois, surgiu outra excelente oportunidade no ramo de TI em São Paulo, na empresa japonesa Toyota. A dupla não deixou passar a oportunidade: conquistaram o cliente – que está com a Agence até hoje – e abriram um pequeno escritório na capital paulista. “Acho que nosso grande diferencial sempre foi levar o protótipo do sistema pronto nas primeiras reuniões, com isso fica mais fácil de visualizar o que podemos fazer. Outro item que considero uma vantagem competitiva é que nossos sistemas são fáceis de navegar, ou seja, o cliente consegue atingir seu objetivo com o menor número de cliques possível. Além do mais, temos um cuidado especial com a direção de arte do software”. Instalados na Meca dos negócios, fincaram os pés por lá, e passaram a prospectar outras contas. Atualmente, 90% do volume financeiro da empresa vem de consultoria e desenvolvimento de sistemas administrativos online para empresas de todo o país. Alguns de seus programas são utilizados até mesmo pelas empresas matrizes fora do Brasil, como os da Toyota, no Japão. Na tendência de internacionalização de mercados, a intenção é que a quarta filial da Agence seja nos Estados Unidos.

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Western revisitado O espírito empreendedor também habita o corpo do jovem empresário Sérgio Francisco Longo, 28 anos. Se depender dele, o estilo western (ou “far west”, que traduzindo significa “extremo oeste”) vai invadir e ganhar as capitais brasileiras. Junto com os irmãos Flaviano, 26, e Daniela, 32, ele construiu um império da noite sertaneja que está em plena expansão, a casa noturna Valley. Além da Valley Pub, outras três filiais serão abertas nos próximos meses: mais uma em Campo Grande, e outras duas, uma Cuiabá, Mato Grosso, e outra em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Até o fim deste ano, outras três parcerias devem ser concluídas em Goiânia, Brasília e Ribeirão Preto. A multiplicação da Valley é alimentada por uma cena sertaneja que não para de crescer em todo o país. Essa foi a grande sacada dos três irmãos, que inauguraram a casa em fevereiro de 2009, apostando em um nicho de mercado que estava carente, época em que as violadas se multiplicavam na capital sul-mato-grossense, mas sem ter um endereço fixo ou estrutura profissional. Foi quando, Sérgio, aos 25 anos, recém-formado em Direito, e então funcionário de uma imobiliária, avistou o prédio da antiga Chatanooga e se deparou com uma grande possibilidade de negócio: “Eu olhava o imóvel e pensava que aquilo só poderia virar uma balada. Eu não era do ramo de festas, mas frequentava o movimento sertanejo, enxergava o crescimento desse mercado e sabia que o gênero já estava ganhando o Brasil de um jeito diferente, por isso resolvi apostar na ideia e chamei meus dois irmãos para entrarem no negócio comigo”.

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Em apenas três anos, a coragem e a determinação dos Longo transformaram a casa noturna, com investimento inicial de R$ 700 mil, em quatro clubes sertanejos em três estados, que juntos contratam 250 funcionários e promovem 200 shows por mês. Atualmente, a marca é reconhecida pelo serviço de alto padrão e arquitetura inovadora – só para se ter uma ideia, uma única casa do grupo não sai por menos de um milhão de reais e tem atraído empresários de vários ramos, inclusive, da cena eletrônica. Um sucesso vertiginoso, em que o próximo passo é a transformação da empresa em franquia: “Esse processo é demorado, leva pelo menos um ano. Mas, hoje, estamos analisando todas as parcerias que estão aparecendo em São Paulo capital, Paraíba, Fortaleza e Bahia independente de termos ou não formato de franquia”. Questionado sobre o segredo do sucesso, o empresário responde fazendo uma breve retrospectiva: “Quando entramos no negócio, todo mundo dizia que Campo Grande era o pior lugar para mexer com festa, que o público não prestigiaria, que os points de balada tinham uma vida útil muito curta. Mas o que a gente vê hoje é uma realidade completamente diferente; percebemos que o que acontecia é que ninguém tinha dado atenção e investido em qualidade, por isso o público nunca tinha sido fiel. Pelo contrário, nós estamos sempre preocupados em fazer o melhor, não somos apenas uma casa bonita”. O público reconhece isso.

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Arquitetura da construção O caçula dos três empresários citados nesta reportagem, é uma grande aposta que já tem alçado voos altos na paisagem de Campo Grande. A obra do jovem Dálber Aguerro, 26 anos, bebe na fonte de grandes nomes da arquitetura moderna brasileira: Oscar Niemeyer, Paulo Mendes da Rocha e Ruy Ohtake. Seus traços contemporâneos e ousados alimentam os desejos criativos de uma cena urbana em pleno desenvolvimento: telhado de duas águas invertido em formato de V, apelidado de papillon (que significa borboleta em Francês) e um cobiçado condomínio com conceito sustentável (leia reportagem sobre sustentabilidade página 29).

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Incansável, após três anos de formação, já acumula mais de 120 projetos, desde reformas a estudos – para cerca de 50 clientes. Para se ter uma ideia, atualmente, a maioria das casas assinadas por Dálber custam em média um milhão de reais. Uma carreira de rápida ascensão que teve início quando ainda cursava faculdade. Lá, muitos colegas viraram clientes. Organizadíssimo, ele apresenta os números de trabalhos, salvos em arquivos, que ele executou para outros estudantes de arquitetura: 185 em quatro anos de faculdade. Com o dinheiro comprou seu primeiro carro: “Eu ganhava dinheiro e aprendia. Meu primeiro projeto, que virou uma casa de verdade, foi para um colega, uma casa simplesinha. O segundo, foi para um cliente de uma colega, que se sentia insegura para projetar”. Fez estágio durante a faculdade e, apesar da proposta para ser efetivado por um escritório de arquitetura, depois do fim do curso, resolveu seguir carreira solo em um escritório improvisado

em um dos cômodos da casa dos pais. A pouca idade é recompensada pela grande confiança que Dálber possui em si mesmo e em seu trabalho. A dedicação aos desenhos e aos clientes é intensiva e solitária - não possui nenhum estagiário porque segundo ele mesmo, é perfeccionista com tendência à centralização de tarefas. “Eu projeto tudo na cabeça, antes. O papel só recebe o que eu já tinha criado na minha mente. Depois de tudo, passo para o computador”, descreve Dálber, dando uma pista do seu grande segredo: “Acredito que o que está me ajudando profissionalmente é a forma como eu 'projetei' tudo – clientes, projetos, pessoas, situações - na minha cabeça através da imaginação e atração. Trabalho muito a mente para conseguir o que desejo e para desenvolver projetos. Venho fazendo isso há algum tempo. Já dizia o astrônomo Carl Sagan: 'A imaginação irá normalmente nos levar a mundos que nunca existiram – sem ela não iremos a lugar algum'." Fica a dica desse jovem e promissor arquiteto.


PROBEL E PELMEX.

PARA DORMIR BEM E LEVANTAR COM O PÉ DIREITO.


Shopping Norte Sul Plaza. Joaquim Murtinho, esquina com Bahia. Maracaju, em frente ao Extra. Bahia, esquina com Abr茫o Julio Rahe. Afonso Pena, pr贸x. Rio Grande do Sul.

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A Escandinávia parece outro planeta visto por olhos embriagados de tropicalismo. Nessas terras posicionadas próximas à região polar, a natureza se apresenta arrebatadora, e as cidades, urbanas e sofisticadas. Prato cheio para os amantes da arte e do design. De Alvar Aalto à Ikea.

DRAMÁTICA E

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SOFISTICADA

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TURISMO

BALÉ DE LUZES COLORIDAS O show de luzes coloridas e brilhantes, oficialmente conhecido como Aurora Boreal, teve sua versão mais intensa dos últimos 50 anos nos últimos meses. De acordo com a Nasa, desde 2007 o fenômeno tem aumentado de intensidade e teve seu pico de brilho durante o inverno 2011/2012. Na Escandinávia, o Norte Noruega e da Suécia possuem uma das melhores posições geográficas para assistir ao espetáculo - fenômeno natural que para ser observado exige dois requisitos: tempo aberto sem muitas nuvens (quanto mais estrelado melhor) e boa atividade de radiação dos ventos solares (elétrons que saem do Sol e formam a aurora ao se chocarem com os átomos de alta atmosfera). Como dizem por lá, ‘a Aurora Boreal é um doce sopro vindo do Sol’.

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Terra do nunca

A costa da Noruega é uma das maravilhas naturais do planeta. Montanhas cobertas de florestas ficam à beira d’água, picos nevados envoltos em nuvens, cascatas jorram em fiordes, e glaciares coroam vales entre montanhas. Segundo viajantes experientes, a melhor forma de conhecer toda essa exuberância é a bordo de um cruzeiro. O livro ‘As Melhores Viagens do mundo’ entrega o mapa da mina: todos os dias do ano, um navio da Hurtigruten (Coastal Voyage) parte de Bergen para Kirkenes, acima do Círculo Ártico e perto da fronteira com a Rússia. A viagem tem duração de 11 dias e engloba 34 portos – um deles se conhece o esplendor das ilhas Lofoten, com seus picos escarpados. Os navios são novos, bem confortáveis e têm excelentes restaurantes. Atraem viajantes mais interessados na aurora boreal do que em diversão. Os panorâmicos lounges a bordo dão chance de apreciar a beleza extravagante da terra e do mar. A cada desembarque há muito a explorar, incluindo museus pequenos e interessantes nas cidades. Diversas excursões levam os passageiros para conhecerem cidades, glaciares, andarem em trenós puxados por cães e terem contato com o modo de vida do povo saami. Trata-se de uma rara viagem de descobertas.

Sol da meia noite No inverno, longas noites. No verão, dias que nunca terminam. Neste período, “o Sol da meia noite” acende os ânimos dos escandinavos e deixa a noite com cara de eterno pôr-do-sol. Quanto mais próximo da região do Círculo Polar Ártico, mais longos são os dias – que chegam a nunca terminarem. Isso acontece porque a inclinação do eixo da Terra em relação ao plano da sua órbita faz com que a luz solar incida quase perpendicularmente sobre os pólos, durante seis meses do ano. Dias perfeitos para aqueles que dizem que dormir é perda de tempo.

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MÚSICA

Roskilde Festival Quando o sol derrete o gelo da Escandinávia, a música abre caminho para o verão. A porta de entrada é o Roskilde Festival, o maior festival de música do Norte do Europa. O evento acontece no mês de julho, na cidade de Roskilde, na Dinamarca, e reúne todos os anos cerca de 170 bandas de todo o mundo e mais de 75 mil pessoas. Em 2011, os sete palcos do evento receberam The Strokes, Kings of Leon, Arctic Monkeys, Africancubism, Seun Anikulapo Kuti e Femi Kuti (filhos do legendário Fela Kute), isso só para citar as principais atrações. Uma grande festa que celebra bandas consagradas e que aponta os próximos nomes da cena mundial. Os convites para Roskilde Festival 2012 já estão a venda. www.roskilde-festival.dk

O suéco Lars Gullin teria sido muito mais conhecido se tivesse visitado com mais frequência os Estados Unidos, e se o abuso de drogas não tivesse acabado prematuramente com sua vida e carreira. A sonoridade do seu saxofone está em algum lugar entre Gerry Mulligan and Serge Chaloff. Para muitos críticos, Gullin foi um dos melhores saxofonistas barítonos de todos os tempos e um gigante do jazz europeu. Durante sua curta carreira, tocou com Lee Konitz, James Moody, Clifford Brown, Zoot Sims e Chet Baker. Para escutar: ‘The Great Lars Gullin’, volumes 1 ao 5, do selo Dragon.

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Astro do jazz

Oh Land Por falar em pop, um dos destaques do fim do ano passado foi a loiríssima dinamarquesa Oh Land. O lançamento do segundo álbum de Nanna Fabricius, seu nome de registro, tem contagiado setlists pop da Europa e dos Estados Unidos. Para descrevê-la, Lúcio Ribeiro, da Folha de São Paulo, deu a dica “Pense em uma Beyoncé escandinava com cara de má”. Vamos ficar de olho!



ARQUITETURA

Alvar Aalto “Não faz sentido criar novas formas se estiverem desprovidas de novos conteúdos”, constatou Alvar Aalto em 1927. O finlandês foi um dos mais influentes arquitetos do Movimento Moderno Escandinavo e um expoente da arquitetura orgânica modernista (formas curvas) na Europa. Aalto desenvolveu um rico legado de construções e objetos. Alguns dos trabalhos de maior relevância foram: o Auditório da Finlândia e o campus da Universidade de Tecnologia de Helsínquia. Na seara do design, Alvar Aalto também deixou grande contribuição: o célebre Vaso Aalto, também conhecido como Vaso Savoy; sem falar dos seus projetos de cadeiras baseados na exploração das possibilidades de corte e tratamento industrial da madeira. Todo sua história e obra podem ser conferidos nos museus Alvar Aalto, em Helsínquia e em Jyväskylä, na Finlândia. www.alvaraalto.fi

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Snøhetta Criado em 1987 pelos arquitetos Craig Dykers e Kjetil Thorsen, Snøhetta é o escritório de arquitetura e design mais premiado da Noruega. Depois de conquistarem três disputadas competições para realizarem projetos nos Estados Unidos, os sócios decidiram abrir uma filial em Nova York. Os projetos premiados são, nada mais nada menos, do que o anexo do Museu de Arte Moderna de São Francisco, a reconfiguração da Times Square e o Museu e Memorial Nacional do 11 de Setembro, no antigo local do Word Trade Center, em Nova York. Na Escandinávia, a obra mais comentada do Snøhetta é o New Oslo Opera House, em Oslo, na Noruega, que ganhou o prêmio Mies van der Rohe em 2009.

BIG Architects O jovem e ousado Bjarke Ingels encabeça uma nova geração de arquitetos que combina muita perspicácia, experimentação lúdica, responsabilidade social e humor. Os projetos do seu - Bjarke Ingels Group – são construções de vanguarda que sempre surpreendem por todos os lados. Com tantos adjetivos, o escritório dinamarquês, criado em 2005, só poderia colecionar prêmios: conquistou o Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 2001 com o projeto Stavanger Concert House (Stavanger, Noruega); no ano seguinte, foi premiado pela revista sueca Forum AID pela concepção do condomínio VM Houses (Copenhague, Dinamarca). Mas foi o The Mountain (Copenhague, Dinamarca), sua obra mais aplaudida: premiada pelo World Architecture Festival Housing Award, Forum Aid Award e pelo MIPIM Residential Development. Outro importante projeto do grupo é o condomínio residencial The 8 House, também em Copenhague: uma espetacular surpresa que reúne design, sustentabilidade e interação com a natureza. Definitivamente, seu site merece uma visita: www.big.dk .

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NOMA

CIDADES

Copenhague _ DK

O atual restaurante número 1 da renomada revista britânica Restaurant é o dinamarquês Noma, do chef Rene Redzepi. Premiado duas vezes consecutivas (2010 e 2011) com o topo do pódio no World’s 50 Best Restaurants, o Noma alia excelência técnica da alta gastronomia com ingredientes e iguarias dos países Nórdicos. Em seu site, o chef Rene esclarece: “Noma não é sobre azeite de oliva, foie gras, tomate seco e azeitonas pretas. Ao contrário, nos mantemos ocupados explorando as regiões Nórdicas e descobrindo comidas surpreendentes para trazer para a Dinamarca e mostrar para o mundo”. www.noma.dk

CIDADE LIVRE Em Copenhague, um lugar diferente é o bairro de Christiania. Na década de 70, hippies tomaram conta de 34 hectares de um antigo terreno militar. Atualmente, o bairro é conhecido como “cidade livre”, e abriga mil moradores com estilo de vida alternativo dentro da capital dinamarquesa. De tão peculiar, Christiania passou a integrar a rota turística da cidade.

Estocolmo_SE

ESCULTURAS A CÉU ABERTO Uma homenagem ao corpo humano e à arte. O Parque Vigeland reúne a obra completa do artista Gustav Vigeland - são mais de 200 esculturas em bronze, granito e ferro. Vigeland é o maior parque de esculturas feito por um mesmo artista no mundo, totalmente concebido entre 1939 e 1949, e uma das maiores atrações turísticas da capital da Noruega. www.vigeland.museum.no

MUSEU VASA Entre as quatorze ilhas de águas cintilantes que ligam os diversos bairros de Estocolmo, siga para Djurgården. Lá você vai descobrir o Vasa Museet, um museu de uma peça só. Não é para menos, o Vasa exibe o único navio do século XVII ainda existente. O espaço foi especialmente construído para abrigar a embarcação que possui 95% do casco original preservado e ornamentado com centenas de esculturas talhadas. Um verdadeiro tesouro artístico que foi redescoberto nas profundezas oceânicas na segunda metade da década de 50. Ainda no museu, acompanhe as nove exposições relacionadas ao navio e recarregue as energias em seu restaurante temático.

Oslo _ NO

DESIGN DISTRICT HELSINKI Se você for à Finlândia, reserve ao menos um dia para passear no Design Distric de Helsínquia, a capital do país. O Design Distric, como o próprio nome sugere, é um bairro que reúne as últimas tendências do design Finlandês. São mais de 200 lojas, galerias, restaurantes, hotéis e museus. Lugar perfeito para compras e para descobrir os grandes nomes de artistas finlandeses da atualidade. www.designdistrict.fi

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Helsínquia _ FI


R. Ant么nio Maria Coelho, 3242 - Jardim dos Estados - Campo Grande-MS


POP ART

CONSUMO

Para o arquiteto e designer Verner Panton, era inconcebível sentar num sofá bege e quadrado. Influenciado pelo design italiano e norteamericano, o dinamarquês criou peças que são sucesso de vendas até hoje. Em 1960, lançou aquela que seria sua mais famosa criação: a cadeira Panton, um dos ícones da Pop Art - foi a primeira cadeira de plástico feita de uma peça única. Ao longo de sua carreira, Panton também desenvolveu uma série de abajures modernos com características diferentes de qualquer um dos contemporâneos escandinavos. Muitas dessas peças você encontra no site: www.danishdesign.com.br.

CRISTAIS DE GRIFE A marca suéca Orrefors é sinônimo de tradição, luxo e design. Suas taças frequentam as mesas mais finas do planeta, como as do Palácio Real da Suécia. Para deixar seus produtos ainda mais glamurosos, a Orrefors convidou o incansável estilista Karl Lagerfeld, da Chanel, para desenvolver uma linha de copos de cristal. De taças de champanhe a copos para água, eles vêm nas tonalidades transparente, preto e leitoso alguns vêm com o monograma KL gravado. No Brasil, a linha é encontrada na loja St. James, em São Paulo (11 2955-5344). Mas prepare o bolso: os preços variam de R$ 600 por uma taça de champanhe, à R$ 10 mil por um vaso.

HAPPY HOUR MINIATURA SURREAL Desde que deixou a faculdade em 2008, a artista dinamarquesa Maria Rubinke tem chamado bastante atenção com suas esculturas nada convencionais. Rubinke utiliza a inocência inerente da cerâmica para produzir um contraste inesperado entre suas figuras burlescas, irônicas e muitas vezes violentas. Sua obra está à disposição na Galeria Hans Alf, em Copenhague. www.hansalf.com.

A GOTA D’ÁGUA Uma boa invenção da Menu, é a encantadora Dropp. Feito em borracha, o recipiente é divertido e pode receber inusitados conteúdos, dependendo da criatividade do usuário. Onde encontrar o bowl Dropp no Brasil? Scandinavia Designs, em São Paulo.

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Potencialize o prazer de um drink com os belíssimos copos da designer dinamarquesa Rikke Hagen. Com formato diferente, as peças combinam elegância, satisfação e função no simples conceito do design nórdico. Obras de arte desenhadas com exclusividade para Normann Copenhagen. No Brasil, você encontra os copos na Scandinavia Designs, em São Paulo.



LOFT TODESCHINI

ESCANDINÁVIA REVISITADA

No Loft Todeschini, cores, formas, texturas e brilhos transformaram olhares moderados, em incendiários peraltas. Uma experiência que conquistou o público e o júri da Casa Cor MS 2011, e marcou o início de uma nova era para a Todeschini Afonso Pena.

FOTOS: ALEXIS PRAPPAS

O Loft Todeschini, espaço criado para a Casa Cor MS, foi a maneira que o novo diretor da Todeschini Afonso Pena, Ricardo Ferreira, escolheu para dar boas vindas aos clientes da empresa e lançar oficialmente a coleção Vida. Com 212m² – o maior loft construído na história no Brasil – o espaço foi criado para um casal que gosta de receber. Lá, o clima era de festa, luxo, cores e brilhos. Um projeto audacioso de um dos mais renomados arquitetos de Mato Grosso do Sul: Luis Pedro Scalise. Logo no início, a orientação do Ricardo foi clara: “Com o Loft, vamos inaugurar o novo conceito de mobiliário Todeschini, onde o arquiteto tem liberdade para criar. Por isso, Luis Pedro, fique à vontade”. O resultado foi surpreendente. O Loft Todeschini conquistou o prêmio de “Projeto mais Ousado”, segundo o júri oficial, o que

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rendeu ao arquiteto dois convites do diretor nacional da Casa Cor, Ângelo Derenze: um para participar da Casa Trio em novembro de 2011, na capital paulista – onde conquistou o primeiro lugar -, e outro da Casa Cor São Paulo 2012. Mas antes de atracar em portos premiados, Scalise navegou minuciosamente por mares Escandinavos. Inspirou-se em suas lendas, folclores e paisagens para criar as formas, cores e texturas dos doze ambientes do Loft. “O que eu fiz foi marketing de narrativa. Nada é gratuito. O quadrado, o vermelho, as estampas estão lá porque contam a história da Escandinávia, fazem parte do seu patrimônio vivo”, explica o arquiteto. A escolha do tema retoma a principal inspiração da recémlançada Coleção Vida Todeschini – a Escandinávia.


Bem quadrado O quadrado esteve presente em todo o Loft, das estampas dos tecidos aos móveis, passando pelas luminárias. Uma homenagem aos vikings, que criaram o botão e a tacha em formato quadrado.

Produção em série Em parceria com a Todeschini, Scalise criou móveis, luminárias e estofados. Um projeto tão bem sucedido que as luminárias quadradas criadas por ele especialmente para a área gourmet do loft serão comercializadas em escala nacional pela Todeschini ainda este ano.

Bonitas e confortáveis A sofisticada decoração do Loft foi realçada com as poltronas Back; a arrojada Shell, estampada por Scalise com temática escandinava; e a The Chair - novidades da Coleção Vida.

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CULTURA

AS DONAS DO BACKSTAGE

FOTO: ALEXIS PRAPPAS

Elas são primas e adoram tudo o que seja relacionado à moda. Para compartilhar suas ideias, descobertas e achados, criaram um blog que há dois anos é sucesso entre as bem nascidas de Campo Grande. O Backstage47, da Carol, Michelly e Roberta, fala sobre moda, beleza e saúde de um jeito descomplicado e despretencioso. Dos últimos desfiles de Paris a botox e preenchimento, passando pelo clássico dos blogs de moda – o look do dia. O perfume cosmopolita não exclui as raízes do campo: a família é ligada ao agronegócio, tanto que o avô, Geraldo Mattos Lima, é um dos fundadores de Nova Andradina – um dos pólos da pecuária sul-mato-grossense. Contudo, as netas optaram por caminhos distintos: Roberta é médica infectologista; Michelly, publicitária de formação e produtora de moda por opção; Carol estudou moda, atua como consultora de imagem e a única das três que vive em São Paulo. “Nós três somos bem diferentes! Talvez por isso o sucesso do blog!”, arrisca Roberta. Em quase dois anos de vida, o Backstage47 já alcançou mais de dois milhões de acessos.

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“Eu, literalmente, cresci rodeado de instrumentos e artistas perambulando lá em casa”, conta o cantor e compositor Daniel Black, referindo-se à infância na casa dos pais Tetê Espíndola e Arnaldo Black. Nessa atmosfera musical, foram moldados os primeiros contornos da alma do artista. Aos 12 anos de idade, compôs sua primeira música, “Beije-me”. Hoje, aos 24, a qualidade das letras e melodias do paulistano impressionam a crítica e conquistam artistas de renome, como a cantora Maria Gadú, que o convidou para participar do seu primeiro DVD, com a música “Aurora”. “Conheci a Maria quando ela ainda morava em São Paulo. Um grande amigo em comum a levava nos meus primeiros shows. Anos depois nos reencontramos no Rio de Janeiro e nos apaixonamos musicalmente. O mais bacana é que ela já conhecia muito do meu repertório”.

DEVAGARINHO Depois do empurrãozinho da amiga famosa, em 2011 Dani Black viu sua carreira decolar: lançou seu primeiro disco solo, chamado “Dani Black”, que tem tido shows lotados, com um público que conhece e canta suas letras do início ao fim. “Devagarinho”, e a própria “Aurora” podem ser ouvidas nas rádios, aqui, de Campo Grande. Com agenda lotada - no momento em que concedeu essa entrevista, o cantor estava de malas prontas para estrear o show em Portugal – Dani prepara uma extensa turnê: “depois da Europa, vamos lançar o disco em São Paulo e, aí, caímos na estrada. Quero muito tocar em Mato Grosso do Sul, tenho uma relação muito enraizada com essa terra - a terra da minha Família Espíndola, essência do meu DNA musical”.

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FOTOGRAFIA OU PINTURA? Mercedes Leite de Barros nasceu no Rio de Janeiro, cresceu entre Campo Grande e o Pantanal da Nhecolândia, estudou em Nova York e desabrochou artisticamente em Colônia, na Alemanha. Diferentes experiências que afloram de forma singular no trabalho da artista. Suas fotomontagens tratam de questões contemporâneas, normalmente permeadas por contrapontos entre natureza e cultura, modernidade e tradição. Em seu processo de criação, a artista submete as fotografias a interferências químicas e digitais, quase sempre, somando pitadas oníricas às obras. Seu trabalho conquistou galeristas, curadores e colecionadores, principalmente, da Alemanha e do Japão. Tanto que a obra “Tchernobyl”, de 1988, que retrata a ameaça invisível da energia atômica, faz parte do acervo permanente do Museu Ludwig, na Alemanha. Sua última série, chamada “Runway”, exposta em Berlim, em dezembro de 2011, apresenta imagens de aeroportos, pistas e plataformas impregnados de significados metafóricos, como uma zona de trânsito entre o presente, o passado e o futuro. Fotografias que sofrem interferências e são misturadas a imagens do seu arquivo pessoal. Sua agenda é movimentada e internacional: em maio terá uma retrospectiva em Varsóvia, na Polônia, e em junho Mercedes traz seu trabalho para o Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande. Imperdível!

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GASTRONOMIA

Dicas de Chef

Conversamos com renomados chefs daqui de Campo Grande e de São Paulo para descobrir do que eles não abrem mão na cozinha, suas necessidades e - por que não? - manias na hora de colocar a mão na massa.

Alessandro Segato “Nas últimas décadas houve grandes mudanças de hábitos em geral. Em específico, falando de cozinhas, certamente uma das mais importantes é a passagem de um lugar simplesmente operacional para um ponto de encontro e confraternização! Em uma cozinha da atualidade, certamente eu não abro mão da praticidade do conceito de armários e bancadas modulares, design e qualidade adaptáveis às minhas necessidades! Sobre utensílios, certamente não se pode (ao meu ver) abrir mão na cozinha de um bom “saautée” (uma boa frigideira de borda media-alta) e poucas, mas boas, facas; saindo do básico, entram o descascador de legumes e o moedor (pimenteiro).” Chef de cozinha e empresário (SP)

“Um bom móvel para guardar utensílios precisa ter muitas gavetinhas. Nesse sentido, antigos armários comprados em antiquários são boas opções. Além de poder guardar formas de bolo, forminhas de doce, eles também servem para guardar utensílios e mantimentos. Agora, sobre os utensílios, fico com a pinça, batedor de arame e uma boa faca.” Chef proprietária dos restaurantes Carlota e Las Chicas (SP)

Carla Pernambuco Andreia Diniz

“Não abro mão dos meus moedores de sal e pimenta, e nos armários eu gosto dos aramados embutidos para guardar azeite, vinagres e outros temperinhos ao lado do fogão.” Flor de Sal Ateliê Gastronômico (CG)

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“Eu adoro prateleiras funcionais, abertas, que ocupam melhor o espaço e que permitem enxergar o que está ali. Tenho várias delas na minha cozinha. Em algumas eu guardo temperos, outras utensílios, e nas prateleiras mais visíveis acabo guardando a minha coleção de panelas, que também enfeitam a cozinha. Sobre os utensílios, gosto muito de raladores, especialmente os pequenos para ralar queijo e o zester, ralam tudo bem fininho, de uma forma a deixar o queijo quase derretendo na boca.” Chef de cozinha do Instituto Paulo Machado

Paulo Machado “Devido minha altura (1,92m) preciso de uma bancada mais alta que o comum para trabalhar, senão as costas sofrem. E um utensílio que eu não abro mão é uma faca de serra, daquelas bem comuns que usamos em casa.” Chef proprietário da Trattoria Zafferano (CG)

Alexandre Furquim

FOTO: ALEXIS PRAPPAS

Aventure-se na cozinha! Quem lhe dá a dica é a chef gaúcha, radicada em São Paulo, Carla Pernambuco, proprietária do premiado restaurante Carlota. Para revista Todeschini, Carla separou uma receita fácil e deliciosa: tartar de atum com fios de pepino. A receita foi tirada do livro Dez x 10, onde a chef apresenta sua interpretação de receitas urbanas, brasileiras, asiáticas, italianas, vegetarianas, crus, sopas, saladas, pratos elaborados e sobremesas. Embora atum fresco seja artigo raro em nossa cidade, vale a pena o empenho para encontrá-lo! TARTAR DE ATUM COM FIOS DE PEPINO
| POR CARLA PERNAMBUCO 4 porções
 800g de lombo de atum limpo picado para tartar 3 colheres de sopa de gengibre ralado 6 colheres de sopa de saquê 2 colheres de sopa de talo de cebolinha picado sal 1 colher de tabasco 2 pepinos japoneses ralados em fios Misture tudo muito bem, exceto o pepino, acerte o tempero e divida, em aros individuais. No centro do prato, disponha os fios de pepino e desenforme o tartar de atum sobre eles.

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ASSISTÊNCIA

NA HORA CERTA Já imaginou uma assistência técnica que adivinha o momento exato de entrar em cena e prestar socorro? Parece ficção? Mas é isso mesmo que a Todeschini Afonso Pena está desenvolvendo. A empresa acaba de criar um setor especializado para garantir total assessoria no pós-venda. Dessa forma, proporciona ao cliente uma experiência diferenciada em todas as etapas do processo. Por acreditar que marcas fortes fazem a diferença, a Todeschini montou uma assistência técnica altamente qualificada para atender o cliente com excelência. Além disso criou o departamento de quality consulting, responsável por monitorar a pontualidade, assertividade do setor e mensurar o nível de satisfação do cliente. O cumprimento dos prazos e o alto padrão de qualidade nos serviços prestados são prioridades para a empresa. O próximo passo é iniciar a assistência técnica preventiva, o que vai permitir à empresa antecipar-se às possíveis necessidades de manutenção do cliente. O serviço funcionará da seguinte forma: após seis meses da montagem, os técnicos entrarão em contato com os clientes para agendar uma visita técnica preventiva para assegurar maior durablidade aos móveis.

FOTO: ALEXIS PRAPPAS

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Geremias Junior, gerente de marketing da loja pontua: “o setor de qualidade da Todeschini Afonso Pena é muito mais do que acompanhar métodos e processos do pós-venda. É um novo olhar sobre o nível de excelência e reflexo do comprometimento da empresa com os nossos clientes”.




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