Muquivista

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EDITORIAL 4


A Muquivista vem com uma proposta de apresentar o Museu dos �uilombos e Favelas Urbanos – o MU�UIFU para a população em geral. Mais uma forma de quebrar estereótipos e mostrar que favela é arte. Está edição, apresentamos o museu e contamos um pouco de sua história através de uma das muitas exposições que lá se encontra. Convidamos você para conhecer e se apaixonar por esse espaço, venha conhecer o Muquifu e tomar um chá da Dona Jovem. Boa leitura! Thassianna Maia

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10 O Muquifu

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Burrinho

20 Janelas

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Alexsandro


CONTeUDO 28 26 Afresco

Lampada

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Agentda Cultural

Curiosidades


EXPEDIENTE A Muquivista é uma publiação acadêmica do curso de designer gráfico da faculdade INAP Instituto de comunicações e artes. O projeto gráfico e editorial será repassado para o Museu dos �uilombos e Favelas Urbanos,para fins de comunicação externa.

NATHALIA TOLEDO

MICHELly CHENG

THASSIANNA MAIA

TATYANE MOREIRA

KELLY CRISTINA


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O Muquifu 10

foto: Kelly Cristina texto: Thassianna Maia/ Mauro Silva


Com a proposta de preservar o tesouro de cada pessoa, surgiu o Museu dos �uilombos e Favelas Urbanos - MU�UIFU, que precisou ir para fora do país para poder ser reconhecido dentro da própria comunidade. Em 20 de novembro de 2007 foi inaugurado o Memorial do �uilombo, espaço onde antes era guardado todo o acervo do museu. Devido a complicações na comunidade, o espaço teve que ser transferido de local e exatos cinco anos depois, na nova e atual sede, foi fundado o Muquifu. O Muquifu é um museu incomum, onde o que vale é a história por trás dos objetos. Sendo um museu comunitário conta, através do seu acervo, fragmentos das histórias e memórias dos moradores do Morro do Papagaio, Vila Estrela, Vila São Bento, Barragem Santa Lúcia e Vila Esperança que formam o Aglomerado Santa Lúcia, em Belo Horizonte. Desde a sua fundação o Muquifu se apresenta como espaço de exposições de objetos colecionados trazidos

pelos moradores, espaço de reflexões, debates, manifestações culturais e muito mais. O Muquifu realiza exposições museológicas com temáticas relacionadas ao acervo de problemas e soluções trazidos pela comunidade, organiza ações e eventos culturais e expõe objetos biográficos dos favelados. Habemus MU�UIFU, que nossa História e nossas Memórias não sejam soterradas pela especulação imobiliária, para que nossos jovens não figurem apenas como estatística no extermínio da população negra. Para que nossos mais velhos e nossos mais novos sintam orgulho de nós e de nossas lutas. �ue eles entendam porque foi preciso criar o MU�UIFU: Para que as próximas gerações pudessem encontrar, nos arquivos da memória, os nomes daqueles e daquelas que resistiram. Para que pudessem descobrir que, no passado, existiu um Povo �uilombola, que defendeu seus Direitos até o último instante: Povo Negro, movido pela Fé, que nunca perdeu a Esperança e que morreu lutando!

Onde o que vale é a história por trás dos objetos

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- por Tatyane Moreira O Muquifu é uma junção de museu e capela, ele representa as favelas e os moradores, há várias coisas para se conhecer no muquifu, desde histórias de moradores que lutarão para manter a capela de pé á objetos deixados por eles, que mesmo sem valor financeiro, se tornarão importantes para os moradores, como toda obra de arte. O muquifu está entre a cidade grande e entre a favela, e mesmo lutando contra a desigualdade social, ele não tem apoio governamental. Por mais que estruturalmente ele não parece um museu, o muquifu tem um enorme valor simbólico, o muquifu orienta o nosso olhar do centro para a periferia, nos interstícios de uma história incomum, composta de objetos que são feitas sem cobrança ao mérito, janelas sem quadros preenchidos com histórias de bateria e danças que evocam um passado ancestral. As exposições do muquifu, geralmente trazem a realidade dos moradores, como por exemplo, a obra,“Janelas, histórias e memórias em extinção;” Nesta obra eles representam os barracos, as paredes, becos e memórias que vão sumir com o tempo

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para dar lugar a um parque. Mas antes de acontecer, um fotógrafo resolve eternizar os moradores, emoldurados pela janela do pequeno espaço que chamam de lar. Outra obra importante do Muquifu, é “ Doméstica, da escravidão à extinção. ” Eles criaram um quarto com todos os dizeres que só elas poderiam escrever, como memórias, protestos, agradecimentos, histórias e com objetos escolhidos por elas, como cama, vassoura, material de limpeza, televisão e etc. O muquifu, é um museu diferente, que todas as pessoas deveriam visitar e conhecer um pouco da história de umas das comunidades de Belo Horizonte, a favela não é apenas um lugar perigoso, como a maioria das pessoas pensam ser, favela é arte, e isso o Muquifu consegue representar com clareza. A história que o museu carrega é uma história de pessoas do bem, que moram em favelas e lutam para serem reconhecidas pelo seu valor interno, pela solidariedade, honestidade e a busca de paz por viverem em um lugar mal representado pela sociedade.



[ACERVO] Aos poucos iremos contando algumas histórias do nosso acervo, e para começar teremos uma das nossas peças mais icônicas, O Burrinho.

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O dono do burrinho não tinha nada. Era um menino sem perspectivas que carregava sacolas no mercado, sacolas grandes, quase maiores que ele. Um dia uma senhora teve pena do menino e o levou para casa. Dava-lhe umas sobras de comida, de cadernos e lápis, roupas usadas e desprezadas pelos filhos. Mas qualquer coisa tinha valor, diante do imenso nada da vida do menino. Em outro tempo, já rapaz depois de muitos anos de serviços prestados, a madame lhe deu um burrinho de pata quebrada, que foi consertada pelo novo dono pelas mãos de uma irmã chegou ao Muquifu, junto com essa memória de exploração humana e uma pata consertada pelo novo dono. -Texto: Cidinha da Silva. Foto: Alexsandro Trigger


Siga o Muquifu www.facebook.com/muquifu

@muquifu

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Foto: Alexsandro Trigger


Alexsandro Trigger Alex, de 24 anos é o úncio funcionário do museu. Morador da própria comunidade, trabalha como guia, monitor e mediador do Muquifu já teve três trabalhos expostos no Museu. Como você veio parar no Muquifu? Bom, eu conheço o Muquifu desde 2012, desde quando ele era na antiga sede, eu trabalhava com gastronomia na época e coincidentemente eles estavam fazendo um projeto chamado “gastronomia no morro” , participei de algumas oficinas que eles promoveram, achei bem interessante, mas devido a falta de tempo, eu me afastei um pouco do projeto, daí em 2016, retornei no Muquifu para pedir um parceria para um projeto muito caro, já havia tentado a par-

ceria em vários lugares e não conseguir, o último que pensei foi o Muquifu e rolou, e coincidentemente eles estavam abrindo um exposição chamada “Folia, Frevo e Favela”, a folia e o frevo eles já tinham, que o Clayton que trouxe lá de recife, estavam precisando da favela, e eu trabalhava com isso, então entrei na exposição também, e daí começou minha parceria com o Muquifu, e não foi só pela grana, conversei com o Padre Mauro e o Clayton, e voluntariamente resolvi abrir o museu todas as terças-feiras, que era o dia em que ele ficava fechado. �ual o significado do Muquifu pra você? Acho o Muquifu muito importante para salvar a memoria da comunidade, principalmente, se tratando de museu de território, da minha co-


munidade que é o morro do papagaio, acho de estrema importância ter esse espaço e o Muquifu é muito rico e muito vivo, tudo funciona como tem que funcionar, mesmo sem recursos, e é muito doido ver esses museus pré-estabelecidos e não ter uma pessoa dentro e aqui no Muquifu a gente tem muitas pessoas sempre e a proposta é que as pessoas conheçam a nossa história, não que ela tenha mais valor que outras histórias mas que a gente preza pela história de cada um. Como é trabalhar em um museu que fica dentro de uma igreja? É tranquilo, e funciona perfeitamente, fiquei meio confuso no inicio mas acaba que passo a maior parte do dia dentro da igreja, mesmo trabalhando no museu, e não tem muita distinção, a não ser de instituição, mas de espaço físico é igual, tanto que para entrar no museu é preciso passar por dentro da igreja. �ual exposição/coleção você considera ma� importante? Ou que você gosta ma�? Em geral eu acho que todas tem igual importância, mas a que eu admiro mais é a exposição do “Du” fotografia, por eu ser fotografo também e por retratar a historia da comunidade em fotos, ao longo de quase 50 anos de registro que ele em fazendo, tem alguns equipamentos analógicos dele em exposição também. E em termo de importância eu também gosto bastante por mostrar esse registro. foto: reprodução facebook texto: Tatyane Moreira / Thassianna Maia

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NĂŁo tire nada Janelas, HistĂłrias e M

Fotografias Marco Mendes Curadoria Mauro Santos


além de fotos: Memórias em Extinção


Nos próximos anos, duas comunidades do Aglomerado Santa Lúcia vão deixar de existir com o Vila Viva, projeto da Prefeitura de Belo Horizonte. Barracos, paredes, becos e memórias que vão sumir do mapa para dar lugar a um parque.

HOMEM EM CONSTRUÇÃO Luiz Gonzaga Americo

Na obra, um pai de família olha pela janela do quarto do seu filho, inacabada como sua propria história.

Antes que as casas sejam derrubadas e toda a sua importância levada ao chão, o fotógrafo Marco Mendes eternizou os artistas das Vilas Esperança e São Bento, autores de histórias de vida emocionantes e repletas de significado. Nesta exposição, temporária, como as comunidades retratadas, os moradores são ao mesmo tempo a obra e o artista, emoldurados pela janela do pequeno espaço de mundo que chamam de lar. Foram registradas cerca e 200 janelas que irão desaparecer, pelo menos 1800 famílias estão sendo expulsas do aglomerado e, com elas, suas histórias. Das fotos expostas no Museu, todos já foram realocados para conjuntos habitacionais ou locais mais periferizados.

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A FUGA Cleiton Gonçalves de Deus Aguiar

Atrás da cerca, da grade e da porta, o retrato de um jovem que aguarda sua mãe chegar para libertá-lo da obrigação de cuidar do irmão mais novo.


A mãe Poliana Andreza da Silva

Uma jovem mãe é retratada na casa alugada onde tenta construir um lar para o seu filho pequeno. A casa não pertence a ela. Seu futuro também não.

Eder Coelho

FRAGMENTOS

O homem na foto é só um pedaço da sua família, hoje unida no mesmo lote, amanhã despedaçada como as cerâmicas na parede.

A POEIRA DOS SEUS DIAS Ana Pereira da Silva

A cena captura o olhar perdido da moradora de uma comunidade condenada a desaparecer. Indiferente ao tempo, ela varre, todas as manhãs, becos que um dia serão pó.

Firme Joaquim Rodrigues de Sousa

A casa de janela minúscula não é a única coisa que este homem colocou em pé. Sua força também mantem erguido o seu corpo, marcado por cirurgias e parafusos na coluna.

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o colecionador Sebastião Messias

A imagem revela um homem que acumula gaiolas sem pássaros e objetos que algum dia podem ter serventia. Para ele, que tem uma perna amputada, nada nem ninguém é inválido.

o inquilino Junio de Jesus Santos

Na cena, um trabalhador da construção civil olha pela janela da casa que não te pertence. Ainda assim, espera dar um teto ao filho que ele sonha ter.

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[ACERVO] A lamparina de cerâmica vermelha e dourada que lembra a lâmpada do conto infantil Aladim e sua lâmpada mágica, pertence à Isadora, uma menina de 12 anos que foi adotada por Vanusa, moradora do Aglomerado Santa Lúcia. Ela e mais seis irmãos estavam em um abrigo e quando chegou no novo lar, ganhou a lâmpada de presente do pai. �uando conheceu o Muquifu em 2013, decidiu deixar o objeto em exposição no Museu, na esperança que, um dia o irmão visite o Museu e descubra onde ela está vivendo e possam se reencontrar. -Texto: Dalva Pereira Foto: Alexsandro Trigger


Cleiton Gos Artista plastico, pernambcano. Cleiton Gos, um dos responsáveis pela pintura da Capela Como o pintor d� 14 mulheres, qual reação você percebe n� mulheres que foram homenagead� nesta obra? Acho que elas se percebem, pertencentes a comunidade e a sociedade como no geral ,não só a favela, isso eu venho reconstruindo junto com elas, até porque eu não faço essa pintura aleatoriamente, eu pego a referência de cada uma e pergunto cores preferidas, momentos importantes de suas vidas. Elas participam desse momento de criação, elas não são só homenageadas, elas compartilham tudo da vida delas comigo, eu não sou só um artista plástico que chegou para homenagear, eu comecei a pertencer também a comunidade, no momento em que retrato cada uma, eu tento fazer parte da vida delas, e indiretamente eu faço, durante dois anos e me emociono muito com a história de cada uma delas. O que o museu significa para você? O Museu e a Capela da Vila Estrela e a própria Vila Estrela, hoje para significa família para mim, é como um reencontro de uma história que nunca vivi, mas é como se eu sempre tivesse feito parte dessa história, não só a partir do momento em que cheguei aqui, mas a memória do que a gente encontra aqui, as pessoas, a afetividade traz essa lembrança e a gente começa a perceber que a historia de cada um, é bem parecida com histórias que vivi na infância, e isso pra mim é como se fosse um reencontro de pessoas que eu nunca convivi mas que sempre fizeram parte da minha vida.

foto: reprodução facebook texto: Tatyane Moreira / Thassianna Maia

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As sete alegrias e sete tristezas de Maria a história das 14 senhoras

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história do Afresco pintado na capela reflete muitas emoções para os moradores e para as pessoas que conhecem a história das pessoas que estão retratadas na capela, a história do afresco traz as sete dores e sete alegrias de Maria, mas contadas de uma forma diferente, que faz uma homenagem as quatorze mulheres que lutaram para manter a capela viva, as musas da comunidade, que mesmo com tantas dificuldades, elas não desistiram do sonho, que era construir uma capela. Elas se reuniram para conversar, cozinhar, tricotar, tomar chá e rezar, es-

sas quatorze mulheres viveram fases parecidas com as de Maria, ao longo dos anos, com as lutas e vitórias que passaram. Então Cleiton Gos, artista plástico e membro do muquifu, foi um dos que retratou essas mulheres pelas paredes da capela, ele não é apenas um artista plástico que simplesmente retratou essas mulheres, ele também fez parte da história delas, de alguma forma, pois ele não só as pintou, ele pesquisou a história delas, os gostos de cada uma, os momentos que elas passaram, as cores que elas mais gostavam e etc.

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O Afresco torna a capela Vila Estrela diferente, as pinturas fazem com que a capela seja mais viva, mais vista, mais harmônica, torna ela um ponto de paz para os moradores. Por tanto as histórias por trás dessa obra de arte, guardam muitas experiências, lutas, conquistas, sonhos e realizações, tudo isso por moradores de comunidade, que não precisam de dinheiro para serem felizes, que não se importam com a cor da pele ou status, são histórias de pessoas do bem e que merecem todos os reconhecimentos e tendem a ser inspirações, agora mais ainda, com a história de algumas de todas as guerreiras que sobrevivem em favelas, pintadas na capela da Vila Estrela.

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Padre Mauro

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Padre Mauro é administrador, diretor e curador do museu. Era pároco da comunidade mas foi transwferido. Hoje vai diaramente no museu e nesse espaço conta como funciona a cozinha que é capela e que se tem um museu.


I

sso é fascinante, quando cheguei aqui em 2000, eu encontrei um barraco, muito pobre e miserável, quase abandonado, com um grupo de mulheres, que já não eram 14, por que algumas já haviam falecido, e outras foram morrendo ao longo desses 17 anos. Então elas queriam que aquele barraco virasse uma igreja e elas me narraram uma história muito dramática, que um dia elas chegaram naquele barraco onde elas se uniam para conversar, costurar e rezar, então um dia elas chegaram para fazer o que faziam de rotina e havia uma placa colocando a capela em venda, daí elas ficaram assustadas porque elas já vinham usando o espaço a mais ou menos 10 anos, e logo descobriram que a paróquia vizinha “Menino Jesus”, que era a proprietária do terreno que resolveu colocar a capela a venda sem avisar a elas, então elas marcaram uma reunião com o Bispo responsável , e ele aceitou se reunir com elas e disse a elas que elas deveriam sair. Mas elas não saíram e nem brigaram com ninguém, só resolveram ficar, porque não tinham para onde ir. Depois de ouvir essa história eu entrei em contato com o Padre da época, que era o Padre José Leite, e ele nem sabia dessa história, porque já tinham se passado muitos anos, então ele se prontificou a ajudar, e transferiu a paróquia de lá para a paróquia de cá, que é a paróquia “Nossa senhora do Morro”, e quando dei a notícia a elas, elas começaram

a se perguntar, “então quando é que vamos ter uma igreja de verdade?” Mas o interessante é que o que eu via aqui era uma cozinha, ou capela que tinha uma cozinha, eu não entendia a importância da cozinha para elas, de certa forma me incomodava um pouco a cozinha dentro da capela, então chamamos uma arquiteta e resolvemos que seria feito uma capela, ao lado um centro comunitário, e que lá o primeiro andar todo seria uma cozinha, então foi assim, nós inauguramos a capela em julho de 2011, após muita luta para conseguir dinheiro. E na mesma data conseguimos celebrar a primeira missa aqui, inclusive a Dona Santa que era a que mais queria a capela, sofreu um aneurisma, ela já estava com 96 anos e não conseguia vir mais aos encontros, mas para essa missa ela veio e faleceu uma semana depois. Então foi isso, a cozinha não era mais aqui, na minha cabeça eu já havia conseguido colocar a cozinha em um lugar melhor. Certo dia quando estava celebrando, vi que elas estavam trazendo todos os utensílios da cozinha para a capela, então resolvi perguntar a elas “Porque vocês ficam trazendo as panelas para cá e acabam servindo o chá aqui, vocês querem que a cozinha seja aqui dentro?” e elas me responderam, “Sim, a gente sempre quis isto?” , foi quando eu me toquei e entendi elas, na cabeça delas era uma cozinha mesmo, e que elas chamavam um Padre, as vezes, para poder celebrar, e elas cozinhavam ali e costuravam ali, mas elas usavam também para ser capela, então na ideia delas seria uma grande cozinha que teria uma capela .E por decisão delas, agora a cozinha é oficialmente aqui, na capela.

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(programação completa)



Estamos em busca do financiamento recorrente, a fim de trazer a sustentabilidade para o museu e continuar a nossa luta pelo reconhecimento e salvaguarda das favelas e quilombos urbanos. Seja padrinho ou madrinha! Colabore como puder: compartilhe e/ou apoie a gente!




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