Baphometis

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Baphometis N煤mero III

A Verdade Nua e Crua Para aqueles Que querem seguir A Arte Real

Equin贸cio de Primavera

2009

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Baphometis

é

Há rumores, através os séculos, da existência, no mundo, de um Grande Segredo, apenas conhecido por alguns escolhidos – Iniciados: um vasto Corpo de Conhecimento esperando para ser desvelado.

um

periódico destinado à divulgação e

discussão

mais

do

Esoterismo,

especificamente

naquilo

que tange o Sistema Thelêmico.

Os gregos suspeitavam que os Iniciados Egípcios possuíam este Segredo. É dito que vários estudiosos gregos, incluindo Sólon, Sócrates, Platão, Euclydes e Pitágoras obtiveram tal segredo dos egípcios; e estes de outras “civilizações mais antigas” ainda não localizadas no tempo e no espaço.

Mas esta aberto a qualquer Corrente de Pensamento. Se você leu Baphometis, nos envie

suas

críticas

e

observações. Elas nos serão bastante úteis em todos os sentidos.

Mas

levadas

em

mensagens

que

serão

consideração

Sólon foi enviado ao Egipto para encontrar ali uma solução para os problemas sociais Atenienses, já que uma guerra civil naquela cidade-estado parecia inevitável. Retornou com uma doutrina política revolucionando o Pensameto grego.

respeitem as

normas de educação e civilidade. e-mail terralua@superig.com.br

EDITORIAL

Não é sem grande hesitação que escrevemos este texto. Porém subjacente á esta discussão existe algo que, se verdadeiro, virá inevitavelmente à luz do dia em alguma época não determinada no futuro; ou, talvez, este dia não se encontre muito distante.

Platão também foi ao Egipto. Naquele país, os sacerdotes de Amon lhe contaram a história da Atlantida e lhe ensinaram a Geometria. E ele trouxe este conhecimento para Atenas. Pitágoras e Euclydes ficaram famosos por suas 2


contribuições à Matemática. Entretanto, ambos, assim é dito, obtiveram seus conhecimentos na Terra de Khen (Egipto).

O Dilúvio, parece, também estaria conectado com este corpo de Conhecimentos, para não mencionarmos o desastre da Torre de Babel. Ninrod deparou-se com este desastre quando, entre outras coisas, tentou reviver um Corpo de Conhecimentos que existia antes do Dilúvio – assim nos conta a lenda bíblica.

Mais recentemente, os Templários – assim diz a lenda – descobriram um Grande Segredo quando mantiveram as ruínas do Templo de Salomão sob a guarda deles. Eles usaram este Segredo na organização de uma bem sucedida Ordem Militar por longos duzentos anos, como jamais houve no mundo, e no estabelecimento de um sistema bancário, através do qual acumularam imensas riquezas. Mas a história desses personagens nos traz um aviso para o qual não podemos fechar os olhos:

Por que mencionamos tudo isto? Porque são murmurados, em conexão ao acima, rumores a respeito de algum sinistro e desastroso Segredo que esteve conosco por algum tempo, mas que foi “perdido” ou velado por algum “Poder” desconhecido atualmente, mas que está sempre atuante na vida dos seres humanos no sentido de não nos deixar evoluir e, assim, conhecermos o nosso real lugar no contexto Universal.

No caso de Sócrates, o Conhecimento obtido custou-lhe a vida. Newton, mais recentemente, esteve perto da loucura, até que se afastou dos escritos em seu poder definitivamente.

Para vários estudiosos (entre ocultistas e pesquisadores independentes) este tremendo Segredo se relaciona com “poderes alienígenas” e, possivelmente, o governo de muitas nações escondem completamente estes e similares tópicos. Nós não sabemos, ao certo, se existe ou não esta cobertura governamental (ou, quem sabe?, religiosa), ou uma

Mas, nenhum deles experimentou tamanho sofrimento e perseguições como os Templários. Por que? O que pode ser tão desastroso a respeito deste Conhecimento “secreto”? Simplesmente pelo fato de estar associado ao Oculto? 3


conspiração mundial em torno desses segredos. Mas os rumores cada vez são mais fortes.

6000 anos, quando a estrela (Corpo Astral) erguia-se das trevas da morte no Ocidente, o submundo do Amenti.

(Euclydes Lacerda de Almeida)

“O primeiro Herói Celestial não era o Sol, mas o Conquistador do Sol e do Calor Solar. Ele era somente como Deus-Fogo, mas um Deus sobre o Fogo: e na estação quando o Sol encontravase no Sígno de Leão e o calor africano tornava-se insuportável, então Set, como Estrela Cão (SetNa, ou Satan), ou Sut-Har – Set Horus (Orion) se erguia.

Corpo de Luz O “Corpo de Luz” é assim chamado porque era reconhecido antigamente que o homem ressuscitava não pelo seu corpo físico, como acreditado pelos cristãos, porém em um mais tênue e etéreo veículo que se ergue das trevas da morte, o abismo, como as estrelas se erguem resplandecentes no horizonte. O corpo astral ou “fantasma” era o mais antigo tipo de ressurreição porque, de acordo com a doutrina egípcia – quando a múmia transformada no Amenti, obtinha uma “alma” entre as estrelas do firmamento o indivíduo erguia-se outra vez no horizonte como a constelação de Orion (a Estrela de Horus) – o Sahu, ou Corpo Glorificado, ressuscitado eternamente nos Campos de Sekhet Heru (Espaço ou Eternidade).

Nas Eras passadas, a Constelação de Orion era, originalmente, nomeada como “Horus da Ressurreição”.

Rápidas Considerações Sobre Thêlema

Orion representa Horus erguido (O Glorificado) há, pelo menos, 4


É difícil, senão impossível, precisar o instante, se é que houve algum, em que Thelêma, como um sistema filosófico calcado na Real Vontade do indivíduo e em sua plena liberdade, começou a surgir no pensamento humano como uma possibilidade a ser atingida. Poderíamos nos referir, dentro de um passado bem próximo, a Rebelais com sua máxima: “FAY ÇE QUE VOUDRAIS” e, bem anteriormente, a São Paulo com o seu ‘AME E FAZE O QUE QUIZERES”. Mas estes foram esboços muito tênues do “FAZE O QUE TU QUERES HÁ DE SER TUDO DA LEI” dos dias de hoje, surgindo como uma nova expressão moral encontrada em Liber AL.

(Surgimento e Desenvolvimento no Brasil) “É minha convicção que Karl Germer teve tanta Relação com a O.T.O. Quanto Rudolf Steiner. Nenhuma.

Há mais ou menos 6000 anos, o ser humano dava um passo definitivo para sua evolução: criava uma maneira de registrar os eventos do dia a dia e de resguardar sua experiência e conhecimentos para as gerações futuras. O advento da escrita possibilitou, a partir daí, o desenvolvimento de novas sociedades que corrigiam, refinavam e acrescentavam novas informações à herança deixada pó seus ancestrais. A escrita foi o marco fundamental para aquilo conhecido hoje como História, e era considerada uma magia trazida pelos deuses. Portanto, é dito, na Tradição Esotérica, que a invenção da escrita deve-se ao deus Thot, ou Hermes-Mercúrio na Tradição Greco-romana.

“Faze o que tu queres” é conhecida como a Lei de Thêlema, e deriva-se da regra fundamental da “Abadia de Thêlema”, na clássica sátira intitulada “Gargantua e Pantagruel”, escrita pelo padre, médico e estudante do oculto, François de Revelais (1492). Crowley considerava Rebelais como um profeta e pioneiro de Thêlema no mundo. Foi através do trabalho de Rebelais que a máxima tornou-se conhecida como parte da Literatura Ocidental; e foi adotada pelos senhores da Sociedade inglesa denominada “Hell-Fire”. Nos escritos de Crowley, a Lei de Thêlema é explicada em termos da Verdadeira Vontade, o ultimal

Assim sendo, eu invoco a complacência deste grande Deus para que me inspire neste trabalho sobre o início, desenvolvimento e atual “status” do Sistema Thelêmico no Brasil. 5


centro ou quintessência de cada ser humano.

lovecraftianas. O Sr. Kenneth Grant, após ter sido expulso da O.T.O., liderada por Karl Germer, em 1950, auto-intitulouse O.H.O. (Cabeça Externa da Ordem) e procedeu a dar nascimento a uma organização por ele denominada Typhoniana, em completo descaso ás intenções de Crowley para o destino da Ordem. Para evitar quaisquer outras insinuações e dúvidas é necessário sublinhar aqui o fato de que este senhor jamais foi membro da A.`.A.`., muito embora alguns de seus seguidores afirmem ao contrário.

Contudo, a nós parece, que a idéia vem de tempos bem mais recuados, muito embora não tenhamos qualquer condição de apreciar o quando e onde, a não ser que aceitemos como verdadeiras as teorias de Kenneth Grant, colocando a Tradição como surgida em antigas e desaparecidas civilizações como, por exemplo, Lemuria, Atlântida, Duat, etc., e como sendo uma “Tradição Estelar”. Tais teorias são muito interessantes, atraentes, etc.; mas estas “estórias” (Lemuria, Atlãntida, e outras mais) já foram por demais exploradas por outros ocultistas anteriores, a começar por H.P.Blavatsky. Fica-nos, entretanto, a dúvida se a definição (“Estelar”) significa que a Tradição tenha vindo até nós do espaço sideral, trazida por alienígenas, como nos descreve Zacharia Sitchin em seus livros. Mais uma vez a capacidade espiritual do homem, como um ser autônomo, é posta em dúvida. Tudo que é admirável vem de outras bandas, outros mundos... Mas estas seriam fantasias, conjecturas, aceitas somente por poucos thelemitas. Elas prevalecem no ramo da O.T.O. chamado O.T.O. Typhoniana liderada por Aossic Aiwsass (K.G.), naturalmente. A nosso entender, este senhor perdeu-se em suposições extra-terrestres e

Também é uma afirmativa de Kenneth Grant de que a sede da Grande Ordem situa-se na estrela Sirius. Comete-se, assim, um grande e trágico erro1. A Silver Star não é Sírius: a Estrêla de Prata é o nosso próprio Self, a “Estrêla” que todo homem e toda mulher é. O Sr. Kenneth Grant tem desertado seu próprio Self, seu Anjo Guardião, e ligou-se ao Gênio do “Mal”. Na verdade ele, tomando cada passo da Árvore da Vida”, ao invés de “Cruzar o Abismo”, onde se encontra Daath, mergulhou diretamente, por esta entrada nos Reinos Qliphoticos, fazendo de Daath uma falsa “coroa” e aceitando Choronzon (o 1

. Nota de E.: Há muito mais tempo os, assim chamados, rosacruzes, também afirmam que é em Sírius a sede da ordem rosa-cruz. Apenas é necessários sabermos qual rosa-cruz é esta: a AMORC, a F.R.A., a Áurea.... qual delas?

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falso self – o ego) como seu “deus”. Para o próprio bem qualquer estudante de nossa Ciência o seguinte aviso é importante: acautelem-se de não seguir estes passos, vendo-os como um exemplo daquilo que se deve evitar no Caminho Mágico. Trabalhando com a “Árvore da Morte” este magistas revelam-se a si mesmos como necromantes da pior espécie. Hitler e o seu Nazismo é um exemplo deste fato. Aquilo com o que estão ligados e trabalham é, na verdade, matéria morta, putrefata..., as cascas vazias de incontáveis abortos. Por estas e todas as evidências encontradas em seus livros, Kenneth Grant tem se provado um não thelemita, um Irmão Negro, que é pior que um simples magista negro. Não se deve confundir magista negro com Mago Negro. Seria o mesmo que confundirmos um simples ajudante de enfermagem com um médico. Para se tornar um Mago Negro você teria que, pelo menos, atingir o grau de Adeptus Maior. Alem do mais o Senhor Kenneth Grant tem-se mostrado preso a uma fobia concernente à homossexualidade do XI° O.T.O., o que evidencia muita coisa. Mais um lembrete: não confunda-se também Mago Negro com Irmão da Esquerda ou com um Membro da Fraternidade Negra. São coisas totalmente diferentes.

O Sistema Thelêmico, sem sombra de dúvida, foi iniciado em nosso país pelo desassombro, intrepidez e devoção iniciáticas de Marcelo Motta, fato que alguns tentam negar por estarem contaminados pelo despeito de certa organização norte americana desejando usurpar o mérito da divulgação de Thêlema seja em nosso país ou fora dele. A versão de que Thêlema teria sido divulgada no Brasil através da FRA não resiste a uma simples crítica. Mais à frente trataremos do assunto com detalhes.

Crowley, gastou toda sua fortuna, e dedicou sua vida,

Marcelo Motta (1938-1987) foi uma figura ímpar, homem brilhante mas, as vezes, profundamente exótico, cujas exigências em assuntos iniciáticos thelêmicos faziam dele um iniciador temido. Hoje em dia, alguns falsos líderes, tentam imitá-lo, mas apenas conseguem macaquea-lo. Creio que uma das providências mais urgentes que temos que tomar, para manter a pureza dos anais de Thêlema no Brasil, é começarmos a filtrar as falsas informações derivadas de pretensos conhecedores do assunto. Infelizmente existe, circulando entre nós, uma quantidade enorme de textos avulsos e livretos insistindo em despejar sobre nós uma cachoeira de lixo.

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desenvolvendo a filosofia Thelêmica, tal como revelada por Aiwass em Liber AL vel Legis. O resultado foi volumosa produção de comentários, anotações, trabalhos, tratados e livros relacionados à Magick, ao Misticismo, Yoga, Qabalah e outros assuntos correlatos.

praeter humana que, segundo Crowley, era duplamente o mensageiro da Divindade governante do Novo Aeon e seu próprio “Anjo Guardião”. O Livro compõem-se de Três Capítulos, um para cada membro das três principais Divindades do Aeon: Nuit, Hadit e Ra-Hoor-Khuit. Liber AL é uma direta transmissão de novos deuses governantes do Corrente Aeon, iniciado em 1904. È dito que a cada publicação do Livro sucede uma guerra; e que quando o Livro for editado, seguindo corretamente as instruções contidas nele próprio, ocorrerá uma guerra de conseqüências jamais previstas, pondo fim a civilização tal qual a conhecemos.

Todo este material influenciou o Ocultismo do Século XX. Existem estudos que determinam que cada Capítulo de Liber AL estaria associado, em particular, com um Aeon da Evolução Espiritual da humanidade. Aqui, chamo à atenção dos leitores que a frase “Livro da Lei” deriva-se da Maçonaria, como um alternativa forma para a frase “Volume da Sagrada Lei (V.S.L.). Claro que em lojas cristãs este Livro será a Bíblia aberta no Altar; numa loja judia será a Torá, que significa “A Lei”; e numa loja mixta haverá mais de um livro no Altar. Em lojas, templos, capítulos, e outros corpos rituais thelêmicos, apenas Liber AL vel Legis é usado no “Altar”.

“O crescimento dos dois maiores monstros da sociedade, Corporações e Burocracia, tem esmagado quase a todos dedicados partidários a ideologia do individualismo e independência”

O coração do Sistema Thelêmico é, claro, Liber AL vel Legis, também conhecido como Liber AL, e Liber CCXX. É um livro razoavelmente pequeno, e tem sido editado em forma de panfleto. O livro foi “ditado” à Crowley em 1904, durante sua viagem nupcial ao Cairo. O autor do Livro apresentou-se sob o nome da Aiwass, uma entidade

Em linhas gerais não existe muita diferença entre o Esoterismo Tradicional (Ortodoxo) e aquele chamado Thelêmico, a não ser certamente no tocante áquela ênfase colocada, 8


pelo último, sobre a Liberdade e a execução da Real Vontade do indivíduo no processo da Consecução Espiritual. Seria interessante lembrar aqui que, segundo Thêlema, a Real Vontade do indivíduo é a Vontade do Universo – disto, o dístico no Lâmen da O.T.O.: “Deus est Homo”. E isto não está muito longe das últimas concepções científicas quando dizem: “ O Homem é o ser verdadeiro, o Ôlho que vê o mundo”. A concepção thelêmica é Monista, em que Deus é a própria criação. Em Liber II – “A Mensagem de Mestre Therion” – o tema é abordado de forma clara.

É sobejamente conhecido que a figura de Crowley sempre esteve associada a “Satanismo”, “Luciferismo”, etc.; isto é: tudo aquilo que foi incorporado maliciosamente na Tradição Cristã (Osiriana), que é uma terrível herança do conceito patriarcal judaico, adotado pela Teologia Católica Romana. Além disso, as práticas mágicas de Crowley, obviamente ligadas ao Aeon de Horus, não são compreendidas por estes ainda presos ás superstições crististas, profanos ou iniciados nos ritos do Deus Sacrificado. Para terror dos crististas, o mais conhecido “moto mágico” é “TO MEGA THERION” (A Grande Besta), e que possui relações íntimas com o número apocalíptico 666. “Seria interessante, em resposta a todo este terror com relação ao número, lermos sobre o significado do número o que escreveu Peter Lorie em seu livro “Revelation” (pag. 160-6), e o que outros apontam, mas em significado inverso: “É possível que o número 666 e os extraordinários versículos do Apocalipse relacionados com a Besta nada tenham a ver com o Mal... Em quase todas as religiões não cristãs o número 6 não é considerado maléfico. Pelo contrário, na Árvore da Vida ele está alocado em Tiphareth (O Sol). Na Cabalá, a tradição mística judaica secreta, o seis é considerado a perfeição dos número.” (A Estrela de David

Incontáveis textos tentam explicar o que seja Thêlema, Verdadeira Vontade, etc., mas não conseguem chegar a ponto algum, porque na verdade, o Caminho deverá ser uma experiência de vida e, por conseguinte, livros escritos por “profanos” jamais poderão dar uma resposta plenamente satisfatória – “procure o Reino de Deus e o resto lhe será acrescentado”. Portanto, não cairei aqui neste erro tão repetido: o erro de tentar explicar intelectualmente Thêlema, Vontade, etc. Visto sob um ângulo muito cauteloso, Thêlema poderia ser considerada como uma filosofia de vida, na qual inseriu-se conceitos místicos, mágicos e religiosos, no sentido lato da palavra religião, isto é, “religare”. Há também em Thêlema juízos sociais. 9


tem seis pontas, relacionando-se com os seis dias da criação e com as seis letras do nome judaico de Deus, as Seis Ordens de Anjos, os seis corpos celestes, e assim por diante.

Dentro do processo thelêmico aprende-se o quanto a liberdade individual é preciosa para o desenvolvimento humano, tanto na área espiritual quanto na social; então compreende-se que Thêlema oferece esta liberdade sem restrições ao homem, mais do qualquer outra filosofia ou religião já ofereceu. Thêlema também determina, através seus postulados, que as pessoas. Todas elas, independente de raça, religião ou cor política, têm o sagrado direito de adotar a filosofia de vida que quiserem para si, sem que qualquer outra pessoa ou coisa lhe imponha limites como tem sido feito, através dos séculos, por conta de religiões, regimes políticos, etc. Mas também compreende-se ser um dever sagrado combater quaisquer tendências contrariando este direito, ou procurando locupletar-se social ou financeiramente usando Thêlema como desculpa. Qualquer thelemita mantêm bem claro seu repúdio a esses que vêm agindo assim durante anos, seja no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo.

Na Gematria hebraica, o número 666 não tem qualquer significado maléfico, querendo antes dizer um Messias – um indivíduo que tem uma mensagem particularmente divina a transmitir: “a palavra Apocalipse significa, na realidade, uma revelação profética, uma revelação de verdade”.. Entretanto, acontece que a palavra Revelação significa “velar” (esconder) duas vezes. Isto significa que o Apocalípse é uma prefecia “velada duas vezes”. Poderíamos, portanto, considerar a possibilidade de o animal apocalíptico com o número 666 pode ser humano, alguém que traz uma revelação, um messias (que poderia ser um “anti-cristo” na medida em que não pregaria a antiga Palavra do Deus Sacrificado, mas uma Nova Palavra – ver “O Encontro Magick” – Fernando Pessoa e Crowley.

Não podemos fazer uma avaliação do Movimento Thelêmico, em todos seus níveis, sem profundo estudo do mesmo em todas dimensões possíveis.

A maior parte do material thelêmico, existente na língua portuguesa, foi traduzido, e com interessantes anotações, por Marcelo Motta. Isto em muito facilitou, beneficiou e acelerou, em nosso país, estudos e práticas, tanto mágicas quanto místicas, baseadas no sistema.

Também, não se pode esquecer de que o pensamento thelêmico não é novo, e não se restringe ás organizações 10


somente como o casual instrumento pelo qual a Lei foi transmitida. Estes e outros, voltam-se para a liderança de Frater Achad (Charles Stansfeld Jones), baseando-se do fato de ter sido ele o descobridor das Chaves de Liber AL. Outros tantos consideram Crowley como um grande magista, mas refutam veementemente o texto do Livro da Lei, principalmente o Terceiro Capítulo. Existe uma boa percentagem se voltando para Jack Parsons (Frater Belarion), ou para Marcelo Motta (Frater Parzival). Muitos afirma que Aiwass é uma invenção de Crowley. Tal afirmativa tem sido exposta pelo líder do Caliphado, Hymenaeus Beta; e nós sabemos que o problema que “aflige” este “thelemita” prende-se ao problema de direitos autorais. Os membros da loja em Pasadena, California, dos quais Crowley não tinha qualquer conhecimento pessoal, estavam espalhando rumores e fofocas entre si próprios, tal como, atualmente, acontece entre os vários grupos espalhados no território nacional brasileiro. McMurtry era meramente um desses, somente que sendo um oficial do Exército Norte Americano, estacionado na Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial, teve a oportunidade de estar, por pequeno lapso de tempo, pessoalmente com Crowley. – um pequeno lapso de tempo que ele soube explorar e exagerar,

materiais que o representam no mundo externo. Isto quer significar que você pode ser um thelemita sem pertencer, ou jurar fidelidade a quaisquer das ordens “oficialmente conhecidas” como thelêmicas. Além disso, existem organizações thelêmicas não seguindo os “padrões” apresentados por estas organizações “oficiais”, mas sim suas próprias e independentes vias. Por exemplo: organizações como a Fraternitas Saturni (Gregor A, Gregorius – Grosche) que aceita o aadvento da Corrente Aeonica Thelêmica, não aceitam o Sistema de Crowley e nem sua autoridade espiritual. A Fraternitas Saturni apresenta-se como uma organização passando por várias transformações durante sua mais recente manifestação ( de 1927 até o presente). Esta fraternidade tornou-se conhecida através descrições fragmentadas enfatizando os sensacionais trabalhos mágico-sexuais em suas lojas ou, também, seu obscuro e satânico lado. Isto é compreensível sob a luz do fato que Saturni é (ou foi) a mais ousada organização luciferiana no moderno renascer do esoterismo ocidental. Ultimamente, alguns “thelemitas” bandearam-se para aquele lado. Outras organizações, embora aceitando a Lei de Thêlema, não reconhecem Crowley como um líder as ser seguido – consideram-no tão 11


posteriormente, em beneficio próprio. Assim mesmo, ele pareceu, ao velho e cansado Crowley, mais substancial que os outros, longe na América. De qualquer forma, a autorização dada a ele por Crowley era somente temporária e meramente significativa que McMurtry era o menino de recado de Crowley para dar fim às intrigas lha chegando aos ouvidos vindas de Loja na California. Crowley jamais nomeou McMurtry O.H.O. da O.T.O., e o título pelo qual o chamou mais tarde – Caliph – nada tem a ver com a O.T.O.. Foi mais no sentido de lisonjear o ego de McMurtry e mantê-lo dócil no sentido de auxiliá-lo naquela difícil situação. De qualquer modo, Germer jamais aprovou as cartas de autorização, porque sabia da real situação de McMurtry e da Loja na Califórnia.

não contaminadas pelas mazelas causadas por falsos “adeptos thelêmicos. Naturalmente, tais organizações usam nomes bem distantes de qualquer relação direta com Thêlema. Reconhecemos que o Movimento Thêlemico encontrase, atualmente, em processo de amadurecimento, malgrado as idiotices surgindo em seu Nome e, por isto, apresenta muitos desencontros além daqueles criados pelos energúmenos citados acima. Talvez, em vista disto, o Movimento não sobreviverá como um Sistema coeso, coerente, etc., repetindo-se mais uma vez o processo histórico averiguado no Sistema Cristão. Isto porque não conseguimos ainda esclarecer os obscuros fatos ocorridos num passado recente, e que vem nocivamente atuando no presente. Precisamos fazer com que a verdade, a respeito de Thêlema, seja recuperada e dita abertamente. Mas aí existe algo mais profundo – talvez seja a Vontade dos Mestres que tudo isto aconteça, até que encontremos as Chaves desse processo...

Recentemente, surgiu uma facção apoiando a teoria de Frater Achad de que Aiwass é um “demônio” inimigo da humanidade. Assim, neste particular assunto, o que quer que possamos dizer a respeito. Sofrerá, sempre, contestações, restrições, aprovações, negações e limitações. Nos dias atuais, tornase cada vez mais difícil encontrarmos verdadeiros thelemitas: e por conseguinte, Thêlema em sua pureza original – a não ser em grupos e organizações ultra-veladas, ainda

∇ O DESEJO DE HEGEMONIA O sôfrego desejo de hegemonia política e domínio mágico procurado por alguns 12


grupos, auto denominados O.T.O., tem em muito prejudicado a evolução do Sistema Thelêmico no mundo, porque aquela Ordem é a organização através da qual Crowley se propôs divulgar Thêlema na externa. Infelizmente, estes grupos são compostos de pessoas se injuriando mutuamente em nome de ideais não compreendidos, sem perceberem que, em essência, falam a mesma língua e procuram a mesma coisa. Não desconheço, entretanto, a existência de elementos infiltrados nestas organizações determinados a destruir Thêlema através da discórdia.

profundo fanatismo, herança dos piores momentos na carreira de Marcelo Motta. Em razão disto, bons thelemitas são perseguidos como Frater Lancelot que teve a iniciativa de colocar-se como um elo entre duas destas organizações. Assim comete-se uma série de injustiças prejudiciais ao próprio evoluir do Sistema como uma força viva, coesa, dinâmica e libertária. E nenhum desses “thelemitas” existentes por aí, sabedores destas misérias, veio à público esclarecer o que acontece. Preferem manter tudo sob panos para evitarem confrontos com seus líderes, “mestres”, caliphas, reis, etc.

Entre estas organizações destacamos o Caliphado e a, assim chamada, Loja Nuit, que se erguem como obstáculos à harmonia e à fraternidade entre todos nós. Sei existirem profundas diferenças entre tais grupos, mas são diferenças que podem ser superadas, bastando para isto respeito mútuo e bom senso.

Em alguns desses núcleos prega-se uma leitura limitada, vigiada e baseada nas idiossincrasias de seus tutores. E ai de quem se afasta desse “curso de leitura” para ampliar seus conhecimentos – brutal repreensão e/ou expulsão será sua recompensa. Ora, todos nós sabemos muito bem que qualquer texto deveria ser lido, estudado e analisado com a maior neutralidade possível na busca qualquer coisa útil que seu autor nos possa transmitir. É salutar conhecermos opiniões de outros em vários assuntos. Mas, nas inúmeras OTOs que conheço, quem assim procede, seguindo sua vontade de conhecer e a liberdade claramente expressa em Liber OZ, são repreendidos, atacados, punidos, descriminados e

Infelizmente estas são qualidades inexistentes em tais grupos, e qualquer iniciativa pessoal de qualquer de seus membros, em direção a este entendimento com outros grupos, seria considerada traição aos princípios da organização a que ele pertence e punida com extrema severidade. No grupo de Ribeirão Preto (Loja Nuit), se é que ainda existe, o mesmo aconteceria, até com maior intensidade, pois aquela Loja é liderada por um 13


sumariamente afastados do “rebanho” – e na maior parte das vezes, claro, são considerados “focos de pestilência”.

Hoje, este ex-mestre não somente abandonou seus antigos vínculos com o Caliphado, tornando-se destacado membro da Fraternitas Saturni.

Assim acontecendo, os reais interessados em Thêlema vão se diluindo em outras denominações, na maioria das vezes nada tendo a ver com a Corrente Original, a não ser algumas vagas insinuações para parecerem que têm base thelêmica – pura propaganda enganosa para atrair incautos.

A maioria das organizações chamadas OTO, no Brasil, dá guarida à péssimas traduções e publicações realizadas a toque de caixa sob a tutela de grupos de pseudo thelemitas. Sem contar com as horrorosas traduções feitas pelo líder de uma dessas OTO, cujo conhecimento da língua inglesa é igual àquele que possui de Thêlema, isto é: nenhum, pois em seus desvarios de tradutor confunde a palavra “mourning” (tristeza, lamento, luto, etc.) com “morning” (amanhecer, alvorada. Manhã), e traduziu “The Signo f the MOURNING Isis, como sendo “O Sinal do amanhecer de Isis”. Esse grosseiro erro, magicamente falando, causa grande transtorno em iniciantes da magia prática, que transfere, sem o saber, o erro para a Plano Astral, com sérias e funestas conseqüências ao praticante. O erro está registrado na pag. 67 do livro “Rituais e Aleister Crowley”. Sinceramente não sei como um, assim chamado, “destacado membro da O.T.O.” possa ter cometido tal erro, além de infantil, nocivo para os outros.

Em meio a este triste cenário, o Caliphado tenta manter, com mãos de ferro, o monopólio das obras de Crowley. Para assegurar esse açambarcamento utiliza-se de espiões em todos os cantos do mundo numa teia muito bem elaborada. A principal missão destes agentes sendo ameaçar escritores livres, sinceramente votados a dizerem a verdade sobre o existente por detrás de todas essas organizações espúrias. Seguindo este plano, não faz muito tempo, o autor deste trabalho viu-se impedido de publicar uma livro sobre Thêlema no Brasil, somente porque sublinhava verdades a respeito da O.T.O. Norte Americana e de algumas outras organizações, e da atuação de seus líderes em nosso país. Esta façanha, digna dos tempos da inquisição romana aliada a uma ditadura política, e totalmente contrária aos preceitos thelêmicos, foi realizada por um ex-mestre do Caliphado no Brasil.

Não seria, talvez, necessário afirmar que o resultado dessa execrável atitude, perante Thêlema, é o surgimento de traduções feitas por indivíduos sem a menor experiência iniciática 14


no Sistema (ou de outro qualquer), o que, obviamente, os torna os menos indicados para o trabalho esotérico.

sobre o “salvador”, cada um acreditando que suas versões particulares fossem as verdadeiras. O processo intensificou-se após o Concílio de Nicéia, quando o grupo vitorioso, liderado pelo Imperador Constantino (que não seguia absolutamente o credo cristão, mas sim suas ambições políticas) começou a reescrever os Evangelhos no sentido que estes apoiassem a versão romana.

Talvez, por ter convivido 13 longos anos com os austeros preceitos de Frater A., eu não possa tolerar certas posturas em relação à Thêlema em geral e à O.T.O. e a A.´.A.´. em particular. Resumindo: Da Original O.T.O. desenvolveram-se galhos atrofiados, versões variadas de um tema já deformado que passaram a ensaiar, cada qual, a sua particular versão. Disto resultou a dês-ordem atual. Sempre houve na estrutura desses arremedos algo que, mais cedo ou mais tarde, produz uma implosão, o que determina a total quebra nos laços, desses simulacros, com a Ordem, e o irremediável fim deles nos planos mais altos...

Em Thêlema, você tem somente duas opções: ou você é um thelemita, assumindo toda carga que esta classificação nos confere, ou não é. Em Thêlema não existe “alto do muro”, e todo aquele procurando, por um motivo ou outro, permanecer “neutro”, numa cômoda posição, agradando a todos, nada tem a ver com Thêlema: é um enganador ou um enganado... no que isto pese àqueles se dizendo contemporizadores; adjetivo que em nosso linguajar significa “homem de duas caras”.

A Liberdade e a Fraternidade deveriam ser os mais fortes elos unindo todos os thelemitas. Entretanto, é a discórdia e ofensas recíprocas que tornaram-se o denominador comum entre eles. Se os grupos mais abastados fossem capazes de superar a intolerância, as barreiras impedindo o desenvolvimento salutar do Movimento seriam derrubadas para o bem de todos. Bastaria um pouco de equilíbrio

Jamais permitiremos que aconteça com os textos thelêmicos o mesmo desastre acontecido com as escrituras cristãs, Isto é, uma drástica transformação , adaptações e deturpações no sentido de agradar gregos e troianos. Quando os registros escritos do cristianismo começaram a circular, os grupos independentes costumavam a completá-los com suas tradições 15


para acabamos com estes erros, pois é certo que ninguém gosta de permanecer no erro – a não ser os desmiolados – embora esta não seja um a regra geral, conheço pessoas adorando estar em erro.

dos ídolos e dos idolatras. Necessitamos encontrar a verdade em toda sua nudez e pureza, e para isto devemos, um após outro, remover os véus com os quais a cobriram vários tipos de congregações sacerdotais ou de homens comuns: os primeiros procurando impressionar o povo e adquirir mais poder para si próprios e para, lógico, suas religiões ou organizações esotéricas, afastando-se, cada vez mais, da verdade; os segundos, por pura ignorância instilada pelos primeiros.

Thêlema jamais foi uma religião, como alguns a querem apresentar; e deveria ser evitado todo e qualquer pensamento, ou ação, dando-lhe esta conotação. No momento, em que instalamos uma crença religiosa, e a organizamos, ela traz, em seu âmago, a semente da hipocrisia, do dogmatismo, da intolerância; o cerceamento da liberdade de expressão individual, da pesquisa e um falseamento da verdade. As pessoas afirmam acreditar na religião, mas a maioria é hipócrita: “ela só agem como se acreditassem porque há benefícios terrenos em fazer isto. Elas criam para si mesmas uma ilusão porque isso as deixa felizes. Neste terreno e, principalmente entre “thelemitas”, ninguém crê em nada do que alega crer. Por isto o terreno thelemico está tão cheio de hipócritas, pois se falam como thelemitas, agem ao contrário.

Antes de morrer, Crowley deixou várias advertências, sobre o futuro de Thêlema, em cartas dirigidas a Karl Germer. Especificamente em uma delas, alerta à seu futuro sucessor a necessidade de serem realizadas mudanças na estrutura e nos rituais da O.T.O., para que aquela Ordem pudessem fazer face aos tempos modernos como uma legítima guardiã da Corrente por ele iniciada. A necessidade da reforma era óbvia. Dificilmente uma ordem, do caráter da O.T.O. poderia permanecer estática sem sofrer sérias conseqüências minando-a. Sem tais mudanças a O.T.O., emergente após décadas de contanto com o Sistema Osiriano, estaria preparada para enfrentar seus futuros adversários. Na antevisão de Crowley, sem isto a O.T.O. entraria em colapso. Uma previsão bastante exata. O aviso não foi seguido, nem por

Esta tem sido uma constante histórica, e Thêlema não pode seguir esta regra sob pena de desaparecer como um Sistema altamente orgânico e aliado à evolução universal. Não queremos destruir a crença de ninguém. Apenas procuramos a verdade, e se para encontra-la tivermos que derrubar ídolos, isto é problema 16


Germer, que em certo sentido tentou destruir a Ordem, e nem pó seus supostos sucessores. Unicamente Kenneth Grant e Marcelo Motta trabalharam no sentido destas mudanças. Infelizmente, a reforma executada por Kenneth Grant causou completa deformação na Ordem, fazendo-a desviar-se de seus fitos básicos. Marcelo Motta deixou suas mudanças serem dominadas por brutal intolerância. O resultado dessas duas tentativas resultou numa O.T.O. dividida e acéfala; sem a menor chance de cumprir sua missão, qual seja: tornar-se o centro de divulgação e expansão Thelêmica na externa.

devemos observar, em ouro contexto, que com essa tentativa de massificação ele foi profanado e, como todos sabem, ridicularizado. Com esta massificação, criou-se mais uma discriminação, e esta divide as pessoas em dois grupos distintos: aquelas possuidoras de poder financeiro para ter acesso à uma literatura séria (porém cara), e os que não possuem este poder de compra e, portanto, destinados à limitações em um literatura superficial, enganosa, comercial, “popularizada”, destinada á grande venda, como a que vemos crescer e poluir nossas livrarias atualmente – nada que realmente preste... Assim, desde já, estes últimos se encontram excluídos de qualquer mudança evolutiva religiosa e social num futuro próximo. Esta literatura massificada encontra-se eivada de conotações crististas. Porque estas atraem o público desavisado. Claro que esta evolução está em andamento, mas, como dito, “ muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos” ou, como dito em outro livro: “que meus servidores sejam poucos e secretos; eles regerão os muitos e os conhecidos” (Liber AL vel Legis, I, 10). A grande verdade é que em se falando de Esoterismo, e querendo massifica-lo, ainda restará, como sempre, uma elite: “quantidade jamais foi qualidade!”

∇ Talvez, mais do que outra “onda”, as mudanças trazidas pela tentativa de massificação do esoterismo, seja a que mais profundamente alterou pensamentos, hábitos e costumes de grande parte de pessoas neste fim de século – a grande influência desta mudança na sociedade por ser exemplificada através os filmes “Aquarius”, “O Cristal Mágico”, “A Última Tentação de Cristo”, e outros. Entretanto, além de sabermos o que o Esoterismo não pode se massificado (ou socializado, como pensam alguns) por razões óbvias à todo sério estudante do oculto, 17


Nós nos arriscamos a afirmar que o início desta onda deu-se no Brasil, a partir da década dos anos 60, quando o Esoterismo, engatinhando através algumas poucas e sérias organizações, e a publicação de pouquíssimos livros, em sua maioria misturados com uma literatura espiritista, conseguiu erguer-se sobre seus pés. Desde então, o pensamento Esotérico começou a ser amplamente divulgado (mas de uma maneira errada, sensacionalista, comercial e, acima de tudo, embebido naquela adocicada e enjoativa pieguice romano alexandrina. Tal difusão deve-se à rádio-difusão, à televisão, onde inúmeros artistas aderiram à onda no sentido de projetarem suas imagens aos olhos do público, como difusores de uma nova era. Desta maneira, toda cidadão, preparado espiritualmente ou não, começou a receber “informações” antes somente dadas a poucos iniciados, com a mente preparada para recebê-los. Micro computadores, cada vez mais acessíveis à massa, coroaram esta “divulgação” caótica e sem rumo. Hoje qualquer um pode acessar, com um simples toque de dedo, os mais variados assuntos do ocultismo. Mas acontece que estas informações carecem da “chaves” indispensáveis à sua compreensão. O povo pode, agora, penetrar, por assim dizer, nas mais misteriosas “sociedades secretas de iniciação”. Eu riria ante tal

afirmativa se o problema não fosse tão sério: toda esta informação não serve para nada (sob o prisma da verdadeira iniciação), a não ser como uma demonstração de imbecilidade e exotismo. Hoje em dia, todo e qualquer pateta pode passar como sendo um iniciado, um mago, um adepto, etc... Para exemplificar o que digo, um desses patetas tornou-s membro da Academia de Letras, alcançando aquela “imortalidade” tão passageira como o brilho de um foguete na noite de Ano Novo, mas que massageia o ego exaltado. Claro que este tipo de “divulgação esotérica” é um absurdo e uma panacéia para os velhacos. Um amontoado de lixo jogado sobre os incautos. A cerca desses “movimentos esotéricos”, onde aparecem Reis do Mundo, Guardiões Espirituais, Mestres Acencionados, “ordens Rosa Cruz”, proliferando em nosso meio, consideradas como “centros iniciáticos”, pode-se citar um fato ocorrido há algum tempo atrás: “ a revista francesa Poit de Vue, N.140, de 20 de novembro de 1947, descreveu um homem que apareceu na França e se dizia “Rei do Mundo”, além de ser o “Maha Cohan Kout-Humi Lal Singh e outros personagens mais. Era um homem de mais ou menos 45 anos, tipo nitidamente europeu, cabelos e bigodes negros e olhos habitualmente autoritários (o tipo 18


que os imbecis adoram como imagem de “deus”) Seu nome: Cherenzi Lind... Desembarcando em Paris, afirmou numa coletiva que naquele mesmo ano faria um grande milagre, coisa que não ocorreu, naturalmente. Quis um encontro com os maiores cientistas de França para discutir com eles temas tais como energia nuclear,etc.: todos compareceram, menos ele. Lind possui vastas áreas de terra no Panamá e outros países centro-americanos. Embora dissesse sempre jejuar, tinha um fraco por frango e ‘a la financiéree e vinhos de Borgonha, além de consumir grande quantidade de charutos de ótimas marcas. Passava noites com a famosa Lydei Bastieu embora, dissesse ser um homem casto.” Poderíamos falar sobre outros charlatões que se dizer ser gurus, guias, etc., mas a Consciência Pública saberá distinguir o joio do trigo. Afinal, pelos frutos os conhecereis. Claro está que o fito desses velhacos é o faturamento alto, vindo de onde for.... da venda de livros, periódicos, folhetos, e “palestras”... atrás disto vamos encontrar aquelas “ordens” e “ fraternidades” que nada têm a oferecer a não ser uma “patente” assinada para você mostrar orgulhosamente aos seus amigos (e inimigos). E tome “fraternidade do raio violeta”. Do azul, e de todo espectro... ordens “cabalistas” , ledores de Tarot, etc. A situação atingiu, em pouco tempo, as raias do absurdo, em

que uma enorme quantidade de “magos”, “gurus”, “ordens secretas” (como pode ser secreta se é conhecida publicamente?), etc., começaram a surgir nos meios de comunicação, anunciando seus poderes, suas virtudes, suas legitimidades, suas ancestrais origens (de preferência atlantas e egípcias), e uma imensidão de outras idiotices. Conhecemos, pessoalmente, dois desses místicos (um trabalhando com cristais, o outro lendo tarot) que se tornaram ricos com suas atrapalhadas; um deles mudou-se para a Espanha; ou outro foi passear pelo mundo... tudo as custas dos trouxas que lhe deram dinheiro (uma das energias do Plano dos Discos), para ouvir baboseiras agradáveis a seus egos. É exatamente desta época o surgimento daquele “mago de televisão”, ao qual me refiro em um outro trabalho. Porém, não fica só nisto. O desatino vai mais longe. Religiões, mesmo entre as mais ortodoxas, viram-se envolvidas no contexto, e o número de inovações espúrias e falsas igrejas, lideradas por vigaristas, “bispos” e “pastores”, sem quaisquer princípios éticos e, principalmente espirituais, brotaram como ervas daninhas neste fértil terreno. A própria respeitável Maçonaria, antes intocável, abriga vários destes nocivos agentes da vigarice. Vemos que há pouco tempo, a maçonaria dividiu-se em 19


vários “Orientes”, e o nível “maçônico” de seus membros decaiu inexoravelmente tornandose uma assunto de risos por toda parte.

operando na externa, envolveramse nesta desordem – principalmente a O.T.O. A estrutura da ordem alterou-se de maneiras evidente, mas não no bom sentido, ou naquele desejado por Crowley. A ordem tornou-se um simples club, onde os diletantes de um ocultismo medíocre podem agora reunir-se para jogar conversa fora. Seus elos com a Grande Ordem (aqui me refiro à Real O.T.O.), e ela perdeu contato com a Palavra do Aeon, e as Sucessão Apostólica tornou-se uma pilheria; de mau gosto, diga-se de passagem. No final deste século várias organizações se apresentam como sendo a O.T.O., algumas delas até usam a sigla acrescida de outras letras. Imbecís: não sabeis que isto altera profundamente o valor cabalístico da verdadeira sigla e, portanto, as vibrações contidas nela? Senão vejamos: o valor numérico da Sigla O.T.O. é, quando valores reais são dados à estas letras, 666. Mas que dizer do valor numérico de S.O.T.O., C.O.T.O. , O.T.O.A., O.T.O.M., etc?

Tudo que tem início, seguramente terá um fim. A “Onda Esotérica” está aos poucos se diluindo. Superado o “oba! oba! dos festivos e dos superficiais, percebe-se de que tudo que as pessoas têm acesso fácil neste carnaval esotérico, não passa de ilusão – o restolho que reais iniciados permitem seja exibido à profanos e profanadores. A agitação esotérica amainou. Pouquíssimos foram aqueles ligados às reais fontes. Porem, a inércia desse movimento ainda faz com que o cadáver estremeça como se vivo estivesse, e nós ainda temos muito tempo pela frente para suportar o fedor emanado dele. A “revolução ocultista” dos anos 60, afetou seriamente a todos – tradicionais e liberais – e o mais importante, alterou os métodos de transmissão do “Conhecimento Oculto”. Como jamais esteve em tempo algum, ele, se encontra mais velado, mais incompreendido por profanos. As próprias fantasias e idiotices divulgadas como se fossem Esoterismo, automaticamente criaram estas veladuras, estas salvaguardas. que

É bastante exaustivo tentar apresentar as origens e a história e os perfis dos protagonistas do movimento Thelêmico no Brasil, principalmente quando tomamos a O.T.O. como ponto de referência. Existe aí uma complexidade além de nossa capacidade discursiva profana (não poderíamos nos expressar de outra maneira, claro)

Outro grande desastre foi as Ordens Thelêmicas, 20


diário mágico. Este “discípulo” falhou em todas as provas a ele requeridas pelo currículo do Probacionista.

mais ainda dificultada porque inclui certos detalhes iniciáticos longe de serem compreendidos pelo profano. Na verdade, não existem segredos. “Os verdadeiros segredos são segredos pela simples razão que não podem ser compreendidos pelos profanos”. Isto é evidente à todos aqueles que procuram, honestamente, estudar a Ciência Esotérica.

As “iniciações” aqui realizadas pela delegação do Caliphado deixaram muito a desejar ou, em outras palavras: não tiveram eficácia alguma. Verdadeira decepção para alguns dos “iniciados” mais bem informados. As “iniciações” foram realizadas baseadas em rituais já publicados por Francis King (“The Secrets Rituals Of the O.T.O.” – Samuel Weiser – N.Y. – 1973), portanto inteiramente sem valor sob o ponto de vista mágico. Além do mais, tais rituais estão carregados de características maçônico-osirianas, que é suficiente motivo para serem completamente abandonadas, por thelemitas, como peça de museu.

∇ Ninguém desconhece a existência de pessoas afirmando categoricamente, mas de maneira equivocada, (pois os fatos não confirmam a versão), que a O.T.O. surgiu no Brasil quando, em 1995, chegou ao nosso país uma delegação, proveniente do “Caliphado”, para “iniciar” alguns indivíduos, que se renderam ao glamour daquela entidade, aos Três Primeiros Graus da organização californiana. Evidentemente isto não corresponde à verdade, da mesma forma que não é verdadeira aquela outra versão de ter sido a FRA a precursora de Thêlema no Brasil. Esta “estória” foi divulgada publicamente através texto de um certo Fra. S., ex-discipulo de Fra. T. na A.´.A.´. e de Fr. A. na O.T.O. Ester Fra. S., durante todo tempo em que esteve sob instrução de Fra. T., jamais apresentou a seu instrutor, uma simples linha, sequer, de um

Thêlema teve seu primeiro aparecimento público no Brasil há exatamente 37 anos atrás, quando Marcelo Ramos Motta publicou o livro “Chamando Os Filhos do Sol”. Posteriormente, desenvolvido e grandemente divulgada por Fra. A., Soro S., Fra. L., Fra. B., Fra. Sh., e outros corajosos homens e mulheres ligados ao movimento. Não podemos deixar de citar aqui a presença de Raul Seixas, trabalhando thêlema mediante seu gênio musical. A O.T.O. é o instrumento da A.´.A.´., através da qual a Lei 21


pode e deve ser divulgada, progressivamente, como o crescimento da vegetação sobre a Terra. A O.T.O. é o visível corpo da Lei como a A.´.A.´. é o invisível; e se propriamente utilizada, pode, sem qualquer distúrbio, libertar o mundo. Os fundamentos desta afirmativa têm sido ventilados, aqui e ali, por vários autores sob forma de cartas, monografias e livros, cada qual destacando uma face da questão. E entre estes devemos citar o nome de um grande batalhador conhecido como Toninho Buda, cujo escopo maior de sua vida tem sido esclarecer e divulgar Thelema e a figura de Raul Seixas.

O.T.O., Ordem de Thêlema, A.´.A.´., Liber AL, Liber OZ, etc., não faziam parte do currículo do esoterismo brasileiro. Somente raríssimos estudiosos, com conhecimento de movimentos esotéricos além mar, e acesso a livros editados fora do Brasil, e uma ou duas organizações místicas, tinham alguma idéia (e mesmo assim talvez superficialmente) do que estes nomes representavam no contexto do ocultismo. Entretanto, um certo número dessas mesmas pessoas e organizações, escondiam cuidadosamente tal conhecimento do público em geral. As organizações mantinham a mesma desinformação em relação à seus membros (os mais novos e, evidentemente, de graus mais baixos), devido ao receio que tinham (e ainda têm) da má reputação com a qual Aleister Crowley foi estigmatizado durante toda sua vida por seus inimigos (que eram muitos e fortes) e mesmo de alguns de seus “amigos” e parceiros, tais como Israel Regardie (falecido) que foi, durante algum tempo, secretário particular de Crowley, se bem que tal reputação de Crowley sendo o resultado de uma grande campanha fomentada e financiada por seus inimigos aliados à Grande Feitiçaria. Foram sórdidas mentiras contra ele pessoalmente e às ordens por ele lideradas na época. Entendam os leitores o “raciocínio” dessas pessoas: não ficaria muito bem para o “status”

Para possuir uma idéia de tudo que falamos, basta que o estudante examine a vasta documentação existente. Mas ele deve, guiado por seu bom senso, separar as falsas informações daquelas autênticas e realmente fundamentadas. Para chegar a um bom termo e formular sua própria opinião, que ele mergulhe no passado recente, precisamente a partir de 1961, e que nunca se esqueça de que “pelos frutos os conhecereis”. Isto quer dizer o seguinte: a arvore sã só póde dar frutos saudáveis... E ainda mais, nunca se esqueça que a Verdadeira Ordem não tenta converter, não discute e não fala demais. Até 1961, o Sistema Thelêmico, Aleister Crowley, 22


delas serem conhecidas como ligadas à Thêlema e á Aleister Crowley. No dizer da Igreja de Roma e de outras correntes osirianas, ele era um satanista da pior espécie, no que pese o fato de que a maioria dessas pessoas não têm a menor idéia do que é ser um satanista na real acepção do termo fora da teologia cristista. Eles até se esquecem que um Bispo, líder cristã na época inicial do Cristianismo, chamava-se “Lucifer”.

obviamente, deveriam estar vacinados contra as fraquezas dos seres humanos comuns. Não se pode dizer que tais questões sejam inteiramente injustificadas. Temos constatado invariavelmente coisas altamente chocantes acontecerem nestas organizações iniciáticas e com iniciados. O problema é observado com tanta freqüência que a nós parece fazer parte do currículo dessas organizações – não somente das mais antigas, também das mais recentes. Disto poderíamos elaborar três teorias: ou estas ordens são falsas, e jamais tiveram qualquer valor espiritual iniciático, ou aqueles que a compõem e dirigem não estão suficientemente preparados para fazê-lo e não são iniciados coisa alguma; ou uma última hipótese, existe algum fator, muito velado, aí inserido, trabalhando no sentido de destruir ou TESTAR estas instituições, mediante a implantação de discórdias, divisões e lutas internas. Visto sob este ângulo, a última hipótese seria (particularmente para nós) a mais exata, embora não descartemos inteiramente as outras. Por que os “Mestres” quereriam que tais coisas aconteçam? Se é que eles permitem.... Não é fácil responder estas questões, sem considerarmos outra hipótese, qual seja: serem estes “mestres” uma grande ilusão. Porém, a melhor resposta seja que eles não possam interferir diretamente em nossas ações, mesmo que sejam

A, confusão, a indeterminação histórica, as lutas políticas internas e externas entre facções rivais, são mazelas invariavelmente acompanhando, como uma sombra, as diversas ordens de perfil maçônico no mundo. A O.T.O., como uma organização maçônica que é, não fugiu a esta regra infelizmente; muito embora tenha adotado, se assim podermos dizer, a doutrina thelêmica em certa fase de sua trajetória. Mas não foram todos os ramos da ordem a assumir tal postura. De qualquer forma, com invariável constância vemos pessoas se alarmarem com o fato, e de como pode ser isto acontecer. Constitui uma incógnita (para não iniciados, certamente) como pode isto acontecer em organizações supostamente criadas e mantidas por Adeptos, isto é, por homens e mulheres, supostamente possuidores de certos elevados níveis de consciência espiritual muito acima do vulgar; e que, 23


desastrosas: pessoas e grupos necessitam exercer o livre arbítrio, dentro de certos limites, evidentemente. E estes limites são tão elásticos que parecem ser infinitos. Admito haver alguma ambigüidade quanto aos seres humanos terem ou não livre arbítrio, pois ter livre arbítrio é você poder fazer qualquer coisa que queira, mesmo destruir-se.

tão distantes umas das outras? No específico caso da O.T.O., poderse-ia afirmar que a ordem foi criada ainda no contexto das vibrações do Antigo Aeon, e ligada a homens profundamente influenciados pelas vibrações da época. Mesmo Crowley, nasceu e viveu inserido neste ambiente. Note-se que ele mesmo confessa ter, inicialmente, repulsa pelo Livro da Lei, especificamente pelo Terceiro Capítulo, e que “perdera” os manuscritos originais do Livro durante um longo período de tempo. E nós sabemos como “esquecimentos” são explicados pela psicologia moderna...

Mas aqui ergue-se outra questão: “Se Deus é onipotente, onipresente, não saberia ele, então, todas as nossas escolhas de antemão? Se então isto é verdadeiro, Deus sabe o futuro que nos reserva. Assim sendo todas as nossas escolhas estão feitas, e o livre arbítrio deve ser uma ilusão.

Não é fácil discorrer sobre um assunto tão complexo como este sem entrarmos em algumas contradições. A história, o desenvolvimento e a condição atual da O.T.O. torna-se um tema extremamente intricado e confuso. Confusão vinda de longas datas, alastrando-se no tempo sem controle. Particularmente no Brasil, a todo este emaranhado somou-se eventos importantes, transcorridos nos anos, e até hoje não devidamente explicados e, por tal razão, usados e divulgados de maneira incorreta, inescrupulosa por indivíduos que não tiveram a menor participação direta e pessoal neles, mas que se aproveitam deles para evidenciarem suas pobres figuras, as quais estariam delegadas ao anonimato sem o uso do artifício.

Evidentemente, existem muitas variáveis para a explicação do fenômeno. É importante que os leitores compreendam que as ordens são formadas e administradas por indivíduos humanos, em uma significante diversidade de opiniões sobre vários temas. Mesmo entre os líderes o mesmo acontece, muito embora fosse de se presumir que, pelo menos na filosofia básica houvesse uma concordância. Infelizmente esta não é a regra observada, o que para muitos torna-se um paradoxo inexplicável. Como pode acontecer que pessoas ligadas a uma mesma organização, criada para cumprir uma determinada linha filosófica, tenham opiniões 24


No decorrer do tempo com surgimento de inúmeros grupos arvorando-se, cada qual, como único e verdadeiro centro thelêmico, aumentou ainda mais esta teia desordenada, onde surgem novas intrigas políticas, subornos, compra de patentes, influências financeiras e as mais inconcebíveis acusações e ameaças entre “irmãos”. Em suma: Até hoje ninguém pode, com a devida convicção, dizer o que realmente ocorreu e está ocorrendo no seio da O.T.O. (hoje existem várias O.T.O.) e de outras ordens, ditas thelêmicas no Brasil e no exterior, a não ser que se tenha envolvido direta e pessoalmente na evolução de todas as ocorrências desde 1962, quando Marcelo Ramos Motta, publicando “Chamando Os Filhos do Sol” lançou a pedra fundamental do Movimento Thelêmico no Brasil

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