Uma Celebração de 40 Anos de Utopia, Paixão e Resistência

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SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA, TURISMO, ESPORTE E LAZER apresenta

TRIBO DE ATUADORES ÓI NÓIS AQUI TRAVEIZ

UMA

CELEBRAÇÃO DE

40 ANOS DE UTOPIA, PAIXÃO E RESISTÊNCIA


UMA

CELEBRAÇÃO DE

40 ANOS DE UTOPIA, PAIXÃO E RESISTÊNCIA


No ano de 2018 a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz completa 40 anos de atuação junto à comunidade portoalegrense e em todo Brasil. Para celebrar esta data histórica a Tribo vai realizar uma grande Programação Especial de Celebração, com uma Mostra de seu repertório recente e de um trabalho inédito, "Meierhold". No encerramento das atividades será lançada a 18° edição da revista de teatro Cavalo Louco (criada e publicada pelo grupo), numa noite de celebração e performance cênicomusical baseada na obra de Violeta Parra. No ano de 2019, dando continuidade à programação especial, o Ói Nóis cria o Laboratório Internacional de Teatro, para partilhar com os estudantes de artes cênicas do Brasil e de outras partes do mundo a pesquisa e o trabalho continuado da Tribo de Atuadores, disseminando essa vasta história de atuação e resistência que se desenvolve no sul do país. Toda a Programação Especial de Celebração de 40 anos da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz será gratuita e pretende, dessa forma, dar visibilidade, continuidade e consequente aprimoramento do trabalho de pesquisa e criação desenvolvido ao longo de muitos anos de trajetória, intrinsecamente ligada à inovação estética e à democratização da cultura.


FOTOS: PEDRO ISAIAS LUCAS


CALIBAN

A TEMPESTADE DE AUGUSTO BOAL

FICHA TÉCNICA

Impulsionada pela ideia de que “somos todos Caliban” a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz criou a encenação para Teatro de Rua “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal”. A encenação analisa criticamente a “tempestade” conservadora que hoje sofre a América Latina, e especialmente o grande retrocesso nos direitos sociais e na luta pela autonomia econômica, política e cultural que vivemos no Brasil. Momento fecundo para retomar Caliban enquanto representante das opressões advindas deste encontro colonial, colocando em foco o discurso de resistência evidenciado nesta figura. Agora Caliban não é mais somente o colonizado. Ele é a representação dos oprimidos de toda sorte que residem neste país chamado Brasil. Caliban é símbolo da identidade latinoamericana e da resistência ao neo-colonialismo. Criação coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz a partir do texto “A Tempestade” de Augusto Boal Música: Johann Alex de Souza Atuadores: Roberto Corbo, Clélio Cardoso, Keter Velho, Marta Haas, Eugênio Barboza, Tânia Farias, Paulo Flores, André de Jesus, Márcio Leandro, Leticia Virtuoso, Mayura Matos, Luana Rocha, Lucas Gheller, Daniel Steil, Rochelle Silveira, Raphael Costa, Rafael Torres, Helen Sierra, Rogério Bertoldo, Mariana Stedele, Fabricio Miranda, Alex Pantera e Dijean Bueno. Gênero: Teatro de Rua / Duração: 90min


FOTO: MARGARETH LEITE


EVOCANDO OS MORTOS POÉTICAS DA EXPERIÊNCIA

FICHA TÉCNICA

“Evocando os Mortos - Poéticas da Experiência” refaz o caminho da atriz na criação de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea. Esse trabalho constitui um olhar sobre as discussões de gênero, abordando a violência contra a mulher em suas variantes, questões que passaram a ocupar centralmente o trabalho de criação do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. Ao seguir a linha de investigação sobre teatro ritual de origem artaudiana e performance contemporânea, a desmontagem de Tânia Farias propõe um mergulho num fazer teatral onde o trabalho autoral da atriz condensa um ato real com um ato simbólico, provocando experiências que dissolvam os limites entre arte e vida e ao mesmo tempo potencializem a reflexão e o autoconhecimento. Criação da Atuadora Tânia Farias a partir de quatro personagens de espetáculos da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. Concepção e Atuação: Tânia Farias Produção:Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz Duração: 90 minutos


FOTO: PEDRO ROSAURO

FOTO: PEDRO ISAIAS LUCAS


ONDE? AÇÃO N 2 O

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FICHA TÉCNICA

A performance “Onde? Ação N 2” de forma poética provoca reflexões sobre o nosso passado recente e as feridas ainda abertas pela ditadura militar. A ação performática se soma ao movimento de milhares de brasileiros que exigem que o Governo Federal proceda a investigação sobre o paradeiro das vítimas desaparecidas durante o regime militar, identifique e entregue os restos mortais aos seus familiares e aplique efetivamente as punições aos responsáveis.

Criação Coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz Participam da Performance: Tânia Farias, Marta Haas, Leticia Virtuoso, Luana Rocha, Keter Velho, Rochelle Silveira, Helen Sierra, Paulo Flores, Eugênio Barbosa, Roberto Corbo, Márcio Leandro, Clélio Cardoso, Alex Pantera e Daniel Steil. Duração: 40 minutos


40 ANOS DE UTOPIA, PAIXÃO E RESISTÊNCIA


MEIERHOLD

FICHA TÉCNICA

Meierhold a nova encenação da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é uma adaptação livre da peça “Variaciones Meyerhold”(2005) do dramaturgo, ator e psicanalista argentino Eduardo Pavlovsky. Ao completar o seu quadragéssimo ano de trajetória a Tribo homenageia dois Mestres da cena contemporânea e do teatro latino-americano: Meierhold e Pavlovsky. No centro da encenação a figura de Meierhold, célebre ator, diretor e teórico russo, cujo discurso inovador e revolucionário o transformou em personalidade de relevância no panorama teatral do início do século XX. Grande questionador das formas acadêmicas da criação teatral, a postura de Meierhold confronta com as ideias de seu contemporâneo Stanislavski, com que manteve uma relação ao mesmo tempo estreita e distante. A encenação reúne aspectos do discurso artístico do pensador russo e os relaciona com momentos dramáticos de sua trajetória pessoal, sujeito ao cárcere, tortura e humilhações até o seu brutal assassinato pelas autoridades da Rússia stalinista. A peça “Meierhold” tenta captar a forma em que este extraordinário homem de teatro nos “afeta” hoje. Adaptação livre da peça “Variaciones Meyerhold" Atuadores: Paulo Flores e Keter Velho Duração: 90min



LANÇAMENTO DA 18a REVISTA

CAVALO LOUCO Nestes 40 anos de Ói Nóis as leitoras e leitores da Cavalo Louco terão a oportunidade de ter nas mãos o novo número da nossa Revista de Teatro. É uma edição especial que celebra os quarenta anos da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. Um novo número da revista Cavalo Louco é sempre um motivo de alegria para Tribo e principalmente neste momento lamentável que o país vive. A Revista que nasceu como semestral em 2006 nos últimos anos passou a ser anual devido as dificuldades crescentes que o Ói Nóis Aqui Traveiz assim como todos os grupos de teatro vem vivendo no Brasil. Vivemos um tempo de retrocessos sociais onde a nossa frágil democracia foi golpeada. Onde o ódio e a violência se propagam. E como não poderia ser diferente o Ministério da Cultura foi desmantelado. Para nós manter esta publicação viva é mais uma forma de resistir a esta onda conservadora e reafirmar o pensamento crítico em defesa da democracia, da liberdade e da justiça social. Este número traz uma reflexão sobre esta trajetória de quarenta anos através de olhares diversos de nossos colaboradores. Nesse grave momento que o nosso país vive, onde novamente a sombra do fascismo paira sobre os brasileiros, o Ói Nóis Aqui Traveiz reafirma as suas ideias e práticas coletivas.



VIOLETA PARRA UMA ATUADORA! Quem ouviu Violeta cantar? Quem teve contato com a obra de Mercedes Sosa, uma das mais importantes vozes do mundo, deve ter escutado algum dia a canção Gracias a la vida. Mercedes a gravou em 1971, no LP Homenaje a Violeta Parra e que virou hino da America Latina. Mas quem ouviu a voz de Violeta? Foi então que Tânia Farias, uma premiada atriz e recente cantora - que é fã de Violeta -, resolveu montar um espetáculo para “trazê-la” para nós. Surge Violeta Parra – uma Atuadora! Tânia, que canta com voz de quem ama Violeta, convidou Mário Falcão para participar como músico nessa empreitada. O trabalho é um incrível desafio. Mário tratou de aprender as canções e a decodificá-las ao seu jeito de tocar guitarra. Amante da MPB, acabou por fazer uma mistura (ou costura) entre o andino e o popular brasileiro. E é com esse viés mestiço que estão “vestindo” as pérolas do cancioneiro desse ícone da arte da América do Sul.

HOMENAJE A VIOLETA PARRA “Já não cabiam mais em sua cabeça os pássaros azuis assim foi que, em um meio dia de estranha luminosidade, abriram um trágico orifício de escape e se foram os pássaros azuis, levando consigo Violeta Parra” Atahualpa Yupanqui


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