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Novo serviço: Segunda Opinião on-line tira dúvidas clínicas em tempo real página 03

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DCNTs, o problema de Saúde Pública que mais mata no Brasil página 06

Reportagem Fotográfica: Promoção e prevenção de saúde com algumas PICs página 04


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Melhor em Casa comemora primeiro ano Fonte: MS / DAB

Criado em novembro de 2011, o programa já está presente em mais de 100 municípios

Um estudo publicado pela ONU em outubro deste ano alertou os governos de países desenvolvidos: é preciso maior preparação e atenção para o envelhecimento. Segundo o estudo, em 2050 será mais comum ver pessoas com idade superior a 60 anos do que inferior a 15. Com essa informação somada à expectativa de que cerca de 80% dos idosos viverão em países em desenvolvimento, como o Brasil, o Ministério da Saúde, não por acaso, criou em novembro de 2011 o programa Melhor em Casa. Ele não atende exclusivamente idosos. Além deles, o programa foi desenvolvido para atender pessoas com necessidade de reabilitação motora, pacientes crônicos sem agravamento ou

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em situação pós-cirúrgica, mas de acordo com dados oficiais do MS, 64,4% de seus pacientes que se encaixam neste perfil são também da chamada terceira idade. A ideia, segundo consta no Portal da Saúde, é ajudar a reduzir as filas nos hospitais de emergência e melhorar a recuperação do paciente, por ele poder

É preciso mais preparo no atendimento a idosos ser atendido próximo à família. Para isso, já foram capacitadas 400 Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e 167 Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP) em 20 estados,

alcançando 107 municípios. Deste total, 132 EMADs e 58 EMAPs já estão atendendo a população em 60 municípios de 17 estados.

O exemplo de São José O programa do Ministério da Saúde pode ter sido criado há apenas um ano, mas em São José, SC, no Hospital Regional, uma iniciativa semelhante já acontece desde 1992, embora de maneira informal. O Programa de Assistência Domiciliar Interdisciplinar, PADI na sigla, foi reestruturado em 2008, para se adaptar às regras do SUS e, mesmo assim, com uma nova visão de assistência domiciliar baseada na interdisciplinaridade. O programa inclui procedimentos como aplicação de medicamentos parenterais e suporte de oxigênio e os pacientes inseridos no programa, além de receberem a visita de médicos, enfermeiros e assistentes sociais em casa, são monitorados por telefone semanalmente. O tratamento pode variar de quatro meses a dois anos.


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Telessaúde SC disponibiliza novo serviço A Segunda Opinião on-line permitirá que profissionais tirem dúvidas clínicas em tempo real e diminuam os encaminhamentos desnecessários Izauria Zardo, enfermeira e coordenadora do serviço, explica melhor como funciona TI - O Núcleo de Telessaúde SC está lançando um novo serviço no estado. O que seria e como ele surgiu? Izauria Zardo - É o serviço de Segunda Opinião on-line, Um serviço que prestará consultoria clínica a distância para as equipes de Saúde da Família, em tempo real, através da rede de internet. O serviço foi pensado a partir da Portaria nº 2.546, 27 de outubro de 2011 do MS, que rege o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, na qual está posto que um dos serviços a ser oferecido pelos Núcleo de Telessaúde para as equipes é a teleconsultoria “com o fim de esclarecer dúvidas sobre procedimentos clínicos”. TI - Qual o principal objetivo desse novo serviço? Izauria Zardo - A ideia é aumentar a capacidade resolutiva da Atenção Básica, qualificando os atendimentos realizados nas UBS e evitar, sempre que possível, encaminhamentos desnecessários para o nível secundário de atenção à saúde. Assim, também promovemos a troca de

experiências entre teleconsultores e profissionais da Estratégia de Saúde da Família, e abrimos a possibilidade para realizarmos no futuro o matriciamento a distância entre o nível primário e secundário de cuidados em saúde.

“É uma possibilidade de auxílio, uma troca de informações” TI - E como ele funciona? Izauria Zardo - A princípio, ele será disponibilizado em forma de chat. Uma teleconsultora, médica de família e comunidade com experiência em Atenção Básica, atenderá em tempo real, por 10 horas semanais distribuídas de segunda a sexta-feira. Os dias e horários disponíveis serão expostos na área externa do portal Telessaúde (telessaude. sc.gov.br). Cada atendimento realizado será individual e registrado em fichas digitais apropriadas, que ficarão armazenadas em banco de da-

dos seguro. TI - Esse novo serviço foi feito pensando em atender qual público, especificamente? Izauria Zardo - Inicialmente médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família de SC. Isso porque entendemos serem estes os profissionais que lidam mais diretamente com questões clínicas que podem resultar em encaminhamentos evitáveis. São nessas consultas que podem surgir dúvidas e inseguranças em relação à melhor conduta para cada caso. E é neste momento que o serviço entra em cena, representando uma possibilidade de auxílio, de troca de informações. Uma segunda opinião mesmo, obtida a distância e de forma imediata. TI - E o serviço já existente de Segunda Opinião Formativa, continuará funcionando? Qual é a principal diferença entre os dois serviços? Izauria Zardo - A princípio, ele continuará funcionando normalmente, sim. A principal diferença entre os dois serviços é que um atenderá em tempo real, enquanto o outro enviará as respostas em até 72h úteis. Mas os dois estarão integrados, de forma que os casos discutidos em tempo real que necessitarem de maior embasamento teórico para resolução, poderão ser diretamente enviados à Segunda Opinião Formativa assíncrona pelo teleconsultor, para pesquisa baseada em evidências e resposta em até 72h úteis.

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Ações Integradas em saúde com PICs

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s Práticas Integrativas e Complementares (PICs) têm caráter multiprofissional e contemplam recursos terapêuticos. São uma alternativa para prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de técnicas eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio e a sociedade. A adoção das PICs na APS não se configura como um novo serviço, mas sim como um novo recurso terapêutico a ser desenvolvido pelos profissionais de saúde que atuam na Estratégia de Saúde da Família. As PICs fortalecem a abordagem integral à saúde em confronto com o modelo biomédico, ressaltando que a saúde vai além da ausência de doença e das verdades científicas.

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O Centro de Saúde Rio Tavares, de Florianópolis, mostra que as PICs fazem parte do dia-a-dia dos atendimentos individuais e de grupos. O CS conta com profissionais de saúde capacitados para atuar em: Acupuntura: usa agulhas em pontos definidos do corpo que se distribuem sobre linhas chamadas meridianos. Fitoterapia: utiliza plantas medicinais para tratamento de agravos. Aromoterapia: inalação de óleos essenciais. Hipnoterapia: uso de técnicas hipnóticas para diferentes tratamentos de saúde. Argiloterapia: banhos, cataplasmas, compressas de argilas de variadas cores e diferentes composições. Auricultura: reflexoterapia concentrada na orelha.

Reportagem fotográfica Fotos: Thaine Machado Texto: Gisele Damian Links úteis CS Rio Tavares: http://www.sauderiotavares.blogspot.com.br CPIC-PMF: http://www.picfloripa.blogspot.com.br/ Portal DAB: http://dab.saude. gov.br/cgat/index_pnpic.php

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Doenças crônicas não transmissíveis O principal problema de saúde no Brasil e no mundo, as DCNTs chegam a matar 72% dos seus pacientes. Mas como mantê-las sob controle e diminuir tais índices, utilizando a prevenção e promoção de saúde, principal arma sugerida pelo MS?

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m dos maiores desafios para a Saúde Pública nacional, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representaram, só no ano de 2009, segundo o último levantamento disponível, quase 73% das mortes registradas no país o que as consolidaram, segundo o MS, como o maior problema de saúde do Brasil. Um estudo realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, também com dados relativos a 2009, foi mais a fundo nas estatísticas e comprovou que dentre as DCNT, foram as doenças cardiovasculares as responsáveis pelo maior número de óbitos (31,3%), seguido pelo câncer

(16,2%), pelas doenças respiratórias (5,8%) e, por fim, pela diabetes (5,2%). Juntas, essas quatro doenças ultrapassaram os 80% do total de mortes por Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Para diminuir essa proporção, o MS desenvolveu um Plano de

ajudar a saúde do país a diminuir em até 2% o número de mortes consideradas prematuras (abaixo de 70 anos) decorrentes destas doenças. Para isso, um dos principais objetivos é reduzir drasticamente a presença dos principais fatores de risco como a obesidade, o tabagismo e o consumo médio de sal. “É preciso cuidar das No livro “O cuidado das conpessoas e não só de dições crônicas na Saúde Básica de Família”, o autor Eugênio Viladoentes e doenças” ça Mendes alerta para a importância de um Sistema Único de Ações Estratégicas para o Enfren- Saúde que atue na prevenção de tamento das DCNT. Com ações tais doenças: “Quebrar o paradige metas previstas para os próxi- ma do atendimento ao episódio mos 10 anos, o documento visa agudo, da cura para o cuidado


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contínuo às condições crônicas, da atenção à saúde com o envolvimento do cidadão e da sociedade, é, sem dúvida, um grande desafio. Um sistema de saúde precisa cuidar das pessoas para que elas não adoeçam e não apenas cuidar de doentes e de doenças”, ressalta já na introdução. Prevenindo na prática Na cidade de Imbituba há um bem sucedido exemplo de grupo de atenção às DCNT. Apesar de relativamente novo (ele existe há apenas três meses), o grupo intitulado NASF em Movimento segue à risca as instruções do Plano de Ações. Duas vezes por semana, Thaís G. Mendes, educadora física, e Luiz H. Michels, nutricionista, atendem idosos e portadores de alguma patologia. A ideia é repassar orientações nutricionais e prevenir atitudes sedentárias. Segundo os profissionais, cerca de 30 pessoas participam dos encontros. Em uma praça pública, localizada em frente à Unidade de Saúde da Família local, os profissionais orientam exercícios físicos, com alongamentos e caminhadas - ou movimentos coordenados, em dias de chuva. Antes e depois das atividades, os participantes hipertensos, por precisarem de atenção especial, vão até a E.S.F. e verificam a pressão arterial. Além disso, uma vez por mês é feito também um acompanhamento individual com nutricionista, focando na reeducação alimentar, na retirada de dúvidas sobre assuntos diversos relacionados à nutrição”, explicam os profissionais. Os resultados são percebidos através dos depoimentos dos próprios participantes e da evolução que os próprios profissonais notam: “entre os pacientes, os depoimentos mais comuns são deles dizendo que não sentem mais dores no corpo, geralmente causadas pelo sedentarismo, e que notaram que conseguem se mexer melhor”, relatam os profissionais. Link interessante Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ cartilha_plano.pdf

Exercícios na praça, orientados pelo grupo NASF em Movimento

Homens X Mulheres O Brasil tem passado por processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional desde a década de 60, o que pode explicar a relativa queda das estatísticas: entre 1991 e 2009, houve uma diminuição de 26% na taxa de mortalidade por DCNT – o que equivale a uma redução média de 1,4% ao ano. Além disso, um estudo realizado no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP mostra que apesar da queda da mortalidade, o número de internações tem aumentado nos últimos 24 anos. Na década de 1980 tinha uma média de 856/ano, atualmente está por volta de 1.106/ano. Entretanto, longe da situação ideal, a situação ainda é preocupante, principalmente se levarmos em consideração as diferenças entre os sexos. Um dos dados disponibilizados no Plano de Ações do MS avalia os Anos Potenciais de Vida Perdidos em ambos os sexos, considerando-se a expectativa de vida padrão de 70 anos. Os homens apresentaram os maiores índices em quase todas as doenças. No caso da cardiopatia isquêmica, o dado chegou a dobrar em relação ao das mulheres. Apenas o câncer colorretal mostrou um índice superior entre elas.

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Filmes

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Intocáveis (2012)

Recém formado e ainda desemprego, o jovem advogado Rudy Baylor conhece um dos casais que o contrata, trazendo a ele um caso que lhe daria fama nacional: Donnny Ray Black, filho do casal, sofre de leucemia. Embora na época já existisse tratamento, a companhia de seguro de saúde contratada pela família insiste em negá-lo repetidamente, de maneira ilegal. A história é originalmente contada no livro de mesmo nome, escrito em por Josh Grisham.

Baseado em fatos reais, o longa conta a história de um milionário que, devido a um acidente em um voo de parapente, ficou paraplégico. Mal humorado e difícil de lidar, Phillipe tem dificuldades em achar alguém que permaneça contratado como seu “cuidador” até que conhece um dia Driss, um jovem negro e recém saído da prisão. Sua decisão de contratá-lo e sua amizade vão contra as opiniões da família e tratam, de maneira cômica, de tabus sociais como o preconceito.

Eventos O 1º Congresso Latinoamericano e do Caribe sobre Saúde Global aconteceu no México, em 2010. A segunda edição, programada para os dias 9, 10 e 11 de janeiro de 2013 será em Santiago, no Chile. Entre os temas tratados, o principal objetivo do evento é comparar conhecimentos e fortalecer alianças para a educação e defesa da saúde global. O quê? 2º Congresso Latinoamericano e caribenho sobre Saúde Global. Quando? 19, 10 e 11 de janeiro de 2013 Onde? Santiago, Chile. Mais informações: http://www.congresosaludglobal.uchile.cl/

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Livros

O homem que fazia chover (1997)

O projeto Saúde Brasil 2030 reuniu em um livro os temas mais relevantes para traçar os horizontes futuros do sistema de prestação de cuidados à saúde no Brasil. O ano de referência para colocar tudo isso em prática, é claro, é 2030. A obra está dividida em seis partes: Desenvolvimento, Estado e Políticas de Saúde; População e Perfil Sanitário; Organização e Gestão do Sistema de Saúde; Força de Trabalho em Saúde; Estrutura do Financiamento e do Gasto Setorial; e Desenvolvimento Produtivo e Complexo da Saúde. Para fazer o dowload gratuito e autorizado do livro, basta acessar o site da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade - http://migre.me/b4PvX .


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Parceria entre Telessaúde SC e ACMFC O núcleo de Telessaúde de Santa Catarina reuniu-se, no último dia 27, com a Associação Catarinense de Família e Comunidade (ACMFC) a fim de firmar uma parceria. Presentes na reunião estavam o Coordenador do núcleo, Luiz Cutolo, o teleconsultor Igor Tavares da Silva Chaves e a médica de família e comunidade Marcela Dohms, presidente da Associação. “O objetivo era estreitar a relação e dar mais um passo na tentativa de vincular todos os tipos de Atenção Básica ao Telessaúde”, explica Cutolo. “Para a Associação, em contrapartida, o maior interesse é melhorar a qualidade dos atendimentos dos médicos da APS e divulgar, é claro, essa especialidade”, completa Dohms. Com a nova parceria, a Associação assume a responsabilidade de realizar de um a dois workshops por mês, investindo tempo e disposição na educação permanente e na melhoria da resolubilidade dos

atendimentos. Um cronograma mínimo deve ser estabelecido em breve. Em contrapartida, o Telessaúde deverá ceder links do seu acervo no portal da ACMFC e uma certificação para todos os profissionais que participarem de webconferências. Parcerias interinstitucionais Essa política, de novas parcerias firmadas com diferentes associações e órgãos vem acontecendo desde agosto de 2011, quando Cutolo assumiu a coordenação do núcleo em Santa Catarina. Além da ACMFC, o Telessaúde também é parceiro do UNASUS e do programa de Residência Multiprofissional e de médicos de família.

“Esta linha de conduta nos ajuda até mesmo em questão de recursos. Temos recursos limitados, mas prezamos pela qualidade dos serviços. Com essas parcerias, a chance de mantê-los alto é maior”, comenta Cutolo.

Destaques

“Qual o diagnóstico e tratamento do SUS?”, disponível no link http://migre.me/bAxzE

As estrelas de participação do mês de outubro vão para as cidades de Imbituba, do Sul do Estado; Irani, no Extremo Oeste; Luiz Alves, na macrorregião do Vale do Itajaí e Vargem Bonita, no Meio-oeste. Selecionados pela frequência e qualidade de suas participações em nossos serviços, estes municípios merecem, além do destaque, o nosso sincero agradecimento. São atitudes como estas que nos fazem crescer cada vez mais unidos e confiantes, porque as maiores conquistas são alcançadas com os maiores esforços. Parabéns!

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Apoio para qualidade de vida na AB Agentes da Alegria: As ESF de Urussanga receberam o apoio da teleconsultora Gisele para organizar as matrizes de intervenção para organização do processo de trabalho. O planejamento de ações, as reuniões de equipe e o apoio institucional dos gestores da SMS de Urussanga concretizaram a ideia de desenvolver atividade educativa a partir da música, do teatro e do sorriso, associados à figura do “doutor-palhaço”, que ficou conhecido no município como o Agente da Alegria. A musicoterapia, o teatro, a expressão corporal e o bom humor foram ferramentes facilitadoras para fortalecer a interação e o vínculo entre equipe e comunidade. As atividades − organizadas pelas ACS, selecionadas e apoiadas pelas enfermeiras das ESF − iniciaram no dia 10 de abril, no evento do Dia Mundial da Saúde. Hoje, são desenvolvidas nas escolas e nos hospitais e contam com a participação das enfermeiras, do médico, do odontólogo, da farmacêutica e do administrativo. Relato – Enfª Lilyan e sua ESF Santana

Inscrições Para solicitar uma teleconsultoria, peça a ficha de inscrição pelo email consultoria. telessaudesc@gmail.com, ou pelo telefone (48) 3212-3505.

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Foto tirada durante uma das atividades do grupo Saúde em Movimento, em Urussanga

Grupo de tratamento a fumantes: após um diagnóstico do território, a equipe De Villa traçou estratégias para diminuir a prevalência de tabagismo e doenças crônicas. No primeiro contato, todos os participantes foram motivados a participar do grupo e receberam orientações gerais sobre como ele funcionava. As atividades começaram no dia 26 de Julho com a enfermeira, o médico e a equipe de ACSs que apoiaram repassando informações sobre tabagismo. A princípio, eram sessões semanais e, mais tarde, passaram a ser de manutenção, com encontros quinzenais. Hoje, o grupo tem sete participantes regulares: seis que cessaram o uso do tabaco e um que retomou o uso após período de abstinência.

Saúde em movimento: a ESF Nova Itália criou, a partir de um pedido da própria comunidade, um grupo para estimular os seus 410 usuários cadastrados no Hiperdia a praticar atividades físicas. Assim, em parceria com a escola que cedeu o ginásio de esportes, o grupo de Movimento Saúde do bairro Nova Itália iniciou suas atividades no dia 06 de julho com 22 usuários, toda equipe de ESF e o fisioterapeuta do NASF. As atividades acontecem todas as sextas-feiras com 10 minutos de alongamento, 40 de caminhada orientada, e 10 de alongamento e relaxamento − tudo orientado pelo fisioterapeuta e pela equipe. Até agora foram realizados 14 encontros com boa adesão da comunidade para a prática.

Relato – Enf. Tania e sua equipe ESF De Villa

Relato – Enf. Ivani e sua equipe ESF Nova Itália


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Pergunta modelo da Segunda Opinião

Qual é o ponto de corte atual para diabetes gestacional? No caso de duas glicemias de jejum alteradas há necessidade do teste de tolerância à glicose? O rastreamento para Diabetes Gestacional(DMG) é controverso pois não existem ensaios clínicos randomizados mostrando melhora nos desfechos perinatais com o rastreamento para DMG. O Colégio Americano de

Avaliação Ajude-nos a melhorar o serviço avaliando nossas respostas. É fácil, basta preencher as duas perguntas que aparecem no final de cada resposta.

Obstetrícia e Ginecologia e a Associação Americana de Diabetes recomendam que todas as grávidas sejam rastreadas para diabetes gestacional entre 24-28semanas de gestação com exceção daquelas de baixo risco (por exemplo, menores de 25 anos, peso pré-gestacional normal, sem história de alteração metabolismo da glicose, sem história de familiares com desfecho obstétrico ruim e também sem parentes de primeiro grau com diabetes). O rastreamento deve ser realizado com teste de tolerância a glicose (TOTG) ou seja glicemia de jejum e glicemia 02 horas após administração de 75gr de dextrose. Não existe evidência suficiente para recomendar o rastreamento universal para diabetes gestacional. O protocolo britânico não recomenda a triagem universal. Ele recomenda o rastreamento daquelas com um dos seguintes fatores de risco: IMC acima de 30, familiar de primeiro grau com diabetes, diabetes gestacional prévia, história de macrossomia fetal(recém nascido pesando 4,5Kg ou mais) ou ainda origem

familiar de local com alta incidência de diabetes(Sul da Ásia, Oriente Médio ou Caribe). O rastreamento é realizado entre 24-28sem com TOTG após administração de 75gr de dextrose. Além disto recomendam não oferecer rastreamento de DMG através de glicemia de jejum , glicemia casual ou glicosúria. E orientam informar as gestantes do pequeno risco de complicações no parto, se a diabetes gestacional não for controlada e da boa resposta da DMG às mudanças na dieta e exercício físico na maioria das mulheres.

Evidências e Referências 01. Kirkham C, Harris S, Grzybowski S. Evidence-based prenatal care: part II. Third-Trimester Care and Prevention of Infectious Diseases. Am Fam Physician 2005;71:1555-60,1561-2. 02. National Institute for Health and Clinical Excellence-NHS. Diabetes in Pregnancy, 2008. Disponível em: http://guidance. nice.org.uk/CG63. 03. http://portal.saude.gov.br/ portal/arquivos/pdf/informe_tecnico_campanha_influenza_2012. pdf (acessado em 16.07.2012) Categoria da Evidência: Grau D de recomendação Profissional solicitante: Médico Descritores: Diabetes gestacional, glicemia Teleconsultor: Equipe Telessaúde SC

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Programação das webs de Novembro

07/11

14/11

Competências do enfermeiro na demanda espontânea Atenção Primária - 15h

Estratégias para prevenção em Saúde -15h

Palestrante: Vinícius Paim Brasil (Enfermeiro) Resumo: O enfermeiro deve estabelecer o trabalho em equipe como princípio norteador. Nesta web discutiremos o papel do enfermeiro durante o atendimento à demanda espontânea; limites e competências legais na atuação profissional em

Palestrante: Igor Tavares Chaves Resumo: Nesta web, trataremos do tema da prevenção em sua forma mais ampla, discutindo alguns aspectos culturais e algumas perguntas como: por que buscar a prevenção? Quais as suas prioridades? Quais as estratégias para a prevenção de indivíduos e das populações?

21/11

28/11

Biodanza na Saúde da Comunidade - 15h

As influências da indústria farmacêutica na saúde - 15h

Palestrante: Elizabeth Dreyer Machado Chraim Resumo: A Biodanza pode ser realizada em encontros semanais em grupo, usando músicas, sugerindo movimentos e deflagrando vivências que levam a uma nova forma de sentir, pensar, agir e viver. Incentiva também algumas mudanças nas relações cotidianas, melhoras na qualidade de vida.

29/11 WORKSHOP - 15h Palestrante: Marcela Dohms – Médica de Família e Comunidade Título: Habilidades de comunicação na prática do médico de família e comunidade - Estratégias práticas para facilitar a relação médico-paciente. Público alvo: Médicos da Estratégia de Saúde da Família de SC.

Palestrante: Ronaldo Zonta Resumo: Essa web tem o objetivo de debater como a indústria farmacêutica e o marketing sobre medicamentos e doenças influencia os diagnósticos e prescrições dos profissionais de saúde.

Opinião! Se você tem alguma dica de webconferência, ou se sua equipe está percebendo alguma demanda em específico, envie-nos um e-mail! Você pode ajudar na escolha das próximas webs ou workshops escrevendo para o endereço eletrônico telessaude@saude.sc.gov.br. Sua participação é importante!

Expediente: Jornalista Responsável: Marina Veshagem Texto, redação e edição: Camila Garcia Artes Gráficas (reportagem e capa): Vanessa de Lucca Orientação: Izauria Zardo, Igor Tavares da Silva Chaves, Gisele Damian, Marina Veshagem Revisão: Marina Veshagem Reportagem fotográfica: Thaine Machado

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