ALMANAQUE (desanual) do TEATRÃO

A LMANAQUE (desanual) do

TEATRÃO C o n t e n d o t o d a s a s i n f o r mações úteis ( e o u t ra s n e m p o r i s s o ) p a ra o cultivo das artes

nº1 PRIMAVERÃO ABRIL - AGOSTO

2015

- VER A PÉ, ANDAR DE PERTO -

TEAT TE ATRÃO AT

INSTRUÇÕES DE USO Cá está ele: o almanaque. É ultra l eve, d i s p e n s a b a t e r i a , t e m q u a s e 8’’ e é inteiramente touch . Para usufruir de todas as su a s f u n c i o n a l i d a d e s é p re c i s o, a n t e s de mais, separar as folhas. Eis como deve proceder: 1. Procure um abre-cartas afiado, uma navalha ou uma f a c a p e q u e n a ( n ã o s e c o r t e ! ) .

2. Separe as folhas cortando pelas dobras até conseguir f o l h e a r c a d a f o l h a i n d iv i d u a l m e n t e.

3. Arrume a faca ou lá o que usou!

4. O almanaque está pronto, dig a lá se não é bonito.

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Mais vale um toma que dois te darei

D

epois de em anos anteriores se ter dedicado à história, memória e imaginação coletivas, tomadas como um todo, o Teatrão de 2015-16 tentará abordar a realidade mais diretamente. A ideia é fazer das artes quotidiano. A nossa ambição é tornar a criação e fruição das artes do espetáculo mais frequente e mais próxima, comprimindo o espaço-tempo o mais que pudermos, sem perder pitada. Tendo em conta a equipa existente, as parcerias firmadas, a oferta cultural na região e os desejos (que se adivinham) da população, esta parece-nos a abordagem mais adequada para desenvolver um projeto de artes do espetáculo. A programação e a formação nos vários concelhos do Baixo Mondego, e não apenas em Coimbra, fará aumentar a diversidade de públicos e criadores, tornando mais dinâmica e aberta a produção artística.

E

sta nova forma de organizar e apresentar a programação, em jeito de almanaque e orientada por um eixo temático e outro temporal, procura também chegar mais perto dos cidadãos de Coimbra e do Baixo Mondego. Este almanaque tenta (logo nos dirá se com sucesso ou não) ir além das habituais agendas e catálogos de programação, num perfil misto entre boletim de programação e manual de leitura. As folhas de sala, folhetos e bilhetes poderão ser anexados pelos espectadores, a posteriori, para colecionar como uma caderneta de cromos. Esta publicação tem também como objetivo propiciar a discussão sobre o próprio programa, como já vimos a fazer no Fórum, atividade regular de debate com parceiros, colaboradores e espectadores.

Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela. Einstein

O Teatrão é uma estrutura financiada e apoiada por

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Parcerias

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V E R A P É , ANDAR DE PERTO

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m pouco inspirados pela Arte da Cartografia de Borges, no conto Del rigor en la ciencia (1935), imaginamos um teatro à escala de um para um, do dia a dia e dos lugares de cada pessoa, tentando observar e reproduzir cada passo e cada instante, na sua irreversibilidade e irredutibilidade. Nietzsche aconselhava a que não se acreditasse em nenhuma ideia que não tivesse nascido a céu aberto, criada em movimento, livre. Ao palmilhar terrenos, inscrevemos o mundo em nós, e nós no mundo. Muitos artistas e pensadores são andarilhos, para não dizer vagabundos (de Baudelaire a Debord, de Thoreau a Brecht). Melhor dizendo, são topógrafos naturais, desenvolvendo as suas próprias ferramentas, fazendo de conta que se mapeiam e a tudo à sua volta, deixando cartas e cartas de uma geografia sensorial. Estar pronto para isso é tudo. Em vez de esperar que as divindades digam o que é humano, em vez de programar a humanidade como um deus tecnológico, temos de olhar para nós e em volta cada vez mais de perto. Ver com as mãos, dar a ver com o corpo. É preciso tocar as coisas e as pessoas.

Quem embarcou com o diabo tem que viajar com ele

PAS S E I O S E P A S S E A T A S Muitos consideram que andar a pé é uma moda recente. Na verdade é uma capacidade que desenvolvemos entre os 14 e os 16 meses de vida. Para a aprimorar e deixar na moda, contudo, importámos o jogging, a marcha nórdica, o skyrunning e o pedestrianismo – porque para «calcorrear» ninguém sai do sofá. Andar a pé, por trilhos marcados, pela cidade e pela região são propostas deste almanaque. Assim sendo, ponha-se a andar.

Mata do Choupal Na margem direita do Mondego,

NightRun Coimbra Uma corrida noturna, que também

acompanhando o rio por cerca de 2km. Há trilhos mar-

tem versão de caminhada, organizada por alunos e pro-

cados, parque de merendas e bar.

fessores da ESEC. Partem às 21h30 do Largo da Portagem,

Até à Lapa Na margem esquerda do Mondego, é um

todas as quartas-feiras. Os percursos são anunciados

jardim com vista privilegiada sobre o rio e a cidade,

com antecedência no site do evento. Correr, conviver e

integrado na Quinta das Canas - casa seiscentista

conhecer melhor a cidade, em grupo e à noite.

utilizada pelo Destacamento de Ação Fiscal da GNR.

Ciclovia de Mira Dá acesso direto ao areal da Praia de

Mas como “quem não deve não teme”, pode entrar pelo

Mira e Poço da Cruz // Rota A – Gandaresa 10400m //

sumptuoso portão (do jardim) e aproveitar a beleza e

Rota B – Rota das Lagoas 8000m // Rota C – Rota dos

história do espaço para relaxar. Aberto das 9h às 17h30.

Moinhos 5700m.

Jardim Botânico da Universidade de Coimbra* O maior

Ciclovia da Marginal Atlântica da Figueira da Foz Co-

jardim botânico de Portugal, com 13ha de terrenos, e

meça e termina na Avenida do Brasil, desde a Rotunda

o único com entrada gratuita! Aproveite os meses de

dos Navegantes ao Oásis. Extensão: 1070m.

maio e junho para passear na Alameda das Tílias. E se lhe perguntarem “Preto é, Galinha o fez em Coimbra?” já saberá que em causa está o portão principal, da auto-

Nota Naturalmente que não desejamos que o seu

ria de Mestre Galinha, concluído em 1884.

ímpeto pedonal se quede por estes percursos que asside volta. Ou no shopping, ou na Baixa, ou na rua do seu

requalificação e melhoria, pelo que talvez não o possa visitar!

bairro, ou nas escadas do prédio. Mas ande de perto e

Ups.

veja a pé, vai reparar que vê melhor.

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nalamos! Ande, nem que seja do sofá para a cozinha, e *Sabemos de fonte segura que o JBUC vai sofrer obras de

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MAIS LUZ 2015 é o Ano Internacional da Luz — uma iniciativa mundial para destacar a importância da luz e das tecnologias óticas na vida dos cidadãos, assim como no futuro e desenvolvimento das sociedades de todo o mundo. Integrado nas celebrações da Luz, comemora-se também o centenário da Teoria da Relatividade. Em 1915, a teoria da Relati-

vidade Geral desenvolvida por Einstein mostrou como a luz estava no centro da própria estrutura do espaço e do tempo.

A Relatividade Geral proposta por Einstein (a teoria que explica todos os fenómenos gravitacionais que conhecemos e que sobreviveu a um século de testes contínuos à sua validade) permanece jovem de espírito.

Candeia que vai à frente alumia duas vezes

A I N D A M A I S LUZ! PROJETO PEDAGÓGICO

L UZ DE PALCO W O R K S HOP

O f i c i n a M u n i c i p a l do Teatro i n s c r i ç õ e s a t é 2 9 de maio O teatro não é um sítio escuro ou com sombras a mais (deixamos isso ao cinema), porque nele há dimmers, circuitos, projetores, reflexões e refrações a acontecer. Porque, lá no canto mal iluminado da régie, há um técnico de luz que opera as maquinarias e esteve, com antecedência, a ensaiar a luz e o escuro do espetáculo.

Assim, fez-se luz também para nós: stage lightning workshop! Acendeu-se a lâmpada e associamo-nos desta forma pedagógica às comemorações do Ano Internacional da Luz (UNESCO). Este workshop de luz para teatro, organizado e dirigido por

Jonathan Azevedo, aguarda a luz ao fundo do túnel (ou seja, inscrições).

Com certeza já o viu de fato e gravata, na fotografia do prémio Nobel e desalinhado com a língua de fora. Mas sabia que Einstein, o génio > quase nunca usava meias > só começou a falar aos três anos > divorciou-se da primeira mulher Mileva Maric por ter cometido adultério com Elsa Einstein, prima direita com quem casou mais tarde > tinha cabelo preto > deu ao seu violino o nome de Lina

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Objectivos: Domínio dos recursos e técnicas do método de McCandles e a compreensão do desenvolvimento do Método com a visão de Richard Pilbrow e das funções da luz num espetáculo de teatro; Compreensão dos sistemas de iluminação de cena – Instrumentos; acessórios e controlo. Capacidade de montar, ligar e afinar projetores numa montagem de um espetáculo de teatro. Conhecer os mecanismos de controle: mesas e dimmers. Conhecer a distribuição da corrente elétrica – Alimentação; Dimmers e Circuitos. Capacidade de estudar o papel sob um ponto de vista cénico e não literariamente.

Conteúdos: As funções e as qualidades da luz num espetáculo teatral. Princípios elementares do “Design de Luz”. Metodologia de trabalho, procedimentos, ângulos e posições. O “Método” de McCandless e a revisão de Pilbrow. Os equipamentos da iluminação de cena: 1 - Fenómenos óticos fundamentais - a reflexão e a refração da luz. 2 - Unidades de medida de iluminação e de fluxo luminoso - lux e lumens. 3 - Lâmpadas - diferentes tipos de produção de luz utilizando a eletricidade - lâmpadas de descarga, lâmpadas de incandescência, lâmpadas fluorescentes. 4 - Os projetores e os seus diferentes tipos plano convexos, fresnel e de recorte. 5 - Equipamentos de variação de intensidade (Dimmers). 6 - Mesas de Controlo Utilização do equipamento na prática. Teoria de Cor Utilização do Software de luz. 7- Desenho e leitura de plantas. 8 - Execução de um exercício de Light Design utilizando as ferramentas aprendidas para iluminar um objeto e uma música.

M ÚSIC A

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GOLDEN SLUMBERS INDIES’R’US

Tabacaria 1 1 d e a b r i l , s á b a d o , 22h A c o l h i m e n t o d o F e s t i v a l S a n tos da Casa As GOLDEN SLUMBERS são um duo de Lisboa, oficializado em outubro de 2013. My Love is Drunk, o primeiro single do EP de estreia, I Found the Key, foi selecionado para a coletânea Novos Talentos FNAC ‘14. The Staves, Kings of Convenience, Simon and

Garfunkel, The Beatles e Cat Power são algumas das influências das irmãs que começaram por cantar covers. O Festival Santos da Casa convida e o Teatrão acolhe: Golden Slumbers na Tabacaria, com o seu folk bem harmonizado em guitarra e voz. Entrada: 5 €

A ti chova todo o ano e a mim em abril O programa SANTOS DA CASA é o mais antigo programa de rádio inteiramente dedicado à música portuguesa. No ar desde 92, está este ano a completar 23 primaveras.

Diariamente entre as 19h e as 20h na antena dos 107.9FM, Fausto da Silva e Nuno Ávila levam o ouvinte numa viagem de uma hora pela música portuguesa.

O festival SANTOS DA CASA começou quando a RUC fazia 13 anos, com 13 concertos transmitidos em direto do Auditório Salgado Zenha. Daí para cá a filosofia mantém-se: trazer à cidade as bandas e artistas que o programa e blog do Santos da Casa divulgam, apostar, todos os anos, em bandas que nunca pisaram palcos à beira do Mondego.

Bandas? Todas as que brindaram os espectadores com concertos merecem todo o carinho e admiração, por isso, foram convidados para esta casa. No entanto, se pedirem algum destaque particular os olhos brilham um pouquito mais, quando se fala das noites vividas com mais público na sala, ou as estreias gloriosas que foram proporcionadas à cidade, ou as bandas que já com carreira cimentada, não abdicaram de vir ao festival, reconhecendo, desta forma, o trabalho desenvolvido pelo Santos da Casa.

Os Maias, de Eça de Queiroz, a trágica e problemática história de três gerações de Maias, um enredo familiar que tem como clímax o romance incestuoso entre Carlos e Maria Eduarda. Filhos de Pedro da Maia, um pai abandonado por uma mulher deslumbrada por um napolitano, Carlos da Maia e Maria Eduarda separam-se na infância e voltam a reencontrar-se anos mais tarde, para viver um amor proibido. O dono mais novo do Ramalhete, mesmo tendo conhecimento dos seus laços sanguíneos com Maria Eduarda, continua a dar seguimento ao enlace que acaba por matar de desgosto o velho Afonso da Maia.

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LITERATURA DE TRAZER NO BOLSO Resumos rápidos de grandes clássicos da literatura, para fazer um brilharete quando se está com alguém que queremos impressionar intelectualmente.

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Passarinho que que na na água água se se cria, cria, toda toda aa vida vida por por ela ela pia pia Passarinho OS TEMPOS DO ESPETÁCULO DESEJO E OBSESSÃO

OS TEMPOS DO ESPETÁCULO DESISTIR É UM PRÉMIO

A tragédia deste mundo é que ninguém é feliz. Não importa se presa a um tempo de sofrimento ou de felicidade. Todos estamos sozinhos. Cada pessoa que fica presa no tempo fica

Com o passar do tempo, as pessoas esqueceram por que razão mais alto é melhor. Mesmo assim, continuam a viver nas montanhas. Os Sonhos de Einstein

presa sozinha. Os Sonhos de Einstein

Não há caminho sem desvio, assumimos, e ambos se completam com um caminhante e o seu ato de caminhar. O desvio, neste caminho, são as obsessões que manipulam os desejos e retiram a pessoa do seu espaço e tempo natural. A vontade individual pode ser seduzida (e induzida) pela publicidade e pelo capital.

Mas em quê? Mas como? Neste espetáculo, e neste caminho, os atores refletiram e estudaram as suas próprias obsessões. Partiu-se de um micro universo para questionar os outros. Os desejos e as obsessões comuns da nossa cidade, do nosso país, e por aí além…

No trilho do desvio experimenta-se o poder de consumir. Desistir desse desvio, construir um caminho alternativo, é escolher. Esta produção é, então, também sobre autonomia, determinação, sobre… desistir! Fazê-lo ativamente, em consciência, com desejo. Os tempos dos sonhos são tempos de encontros sem obsessão. E o prémio da desistência está ao alcance da plateia, que será convidada a sair do seu contra-relógio diário.

O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.

O ATO DE CAMINHAR Os tempos deste espetáculo são três, como os tempos da vida. Encaixados, sequenciais, complementares, diferentes… mas em que tempo vive este espetáculo? Em que tempo vive o espectador? O presente é o único tempo em que a vida acontece, mas, ainda assim, qual delas? A real ou a virtual?

Certo é que a relação de cada um (espectador e ator) com o mundo, com as pessoas e com as coisas, é apoiada no espaço e no tempo. Em variáveis. Partindo do livro Os Sonhos de Einstein, e das suas imagens próximas do quotidiano, este espetáculo pede tempo para o presente, como único potencial da vida. Como único tempo em que, ao mesmo tempo, se é e se cria consequência. Este “presente” que não uma hipótese oferecida para desleixo, desligada do real ou de causaefeito. Mas o oposto. É um presente-potência, um encontro.

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Passamos gra n d e p a r t e d a n o s s a v i d a e m n e g a ç ã o . C o m a n o s s a c o n s c i ê n c i a presa a um p a s s a d o q u e j á n ã o e x i s t e o u e m p e n h a d a n u m f u t u r o q u e n ã o existe ainda. O ú n i c o t e m p o q u e p o d e e x i s t i r , o p r e s e n t e , q u e é j u s t a m e n t e o tempo da vida , o n d e e s ó o n d e e l a e x i s t e , e s t e d e i x a m o s d e l a d o , e m n o m e d e tormentos e q u i m e r a s d e t e m p o s q u e n a d a s ã o . C l ó v i s d e B a r r o s F i l h o

A BR I L

TEATRO

TERREN OS BALDIOS NOVAS I n s p i r a d o e m S o n h o s d e E i n s te i n d e Allan Lightman E n c e n a ç ã o d e J o a n a M attei c o m A n a B á r b a r a Q u e i r ó s , J o ã o S a n tos, Nuno Carvalho Este é o espaço simultaneamente ocupado e a ocupar. É o terreno onde tudo (ou nada) pode acontecer. Um baldio onde podem nascer flores, ervas-daninhas, ou um monte de lixo e entulho. Este terreno baldio, performático, é uma chamada para um encontro que vai depender do dia, da hora, da nossa disposição e da vossa. É uma troca de tempo por experiências. Onde tudo, ou nada, pode acontecer. Normal: 10€ // Estudante/M65: 5€ // Grupos e Classes: 4€

Não é o sol que faz a sombra LABORATÓRIO Contribuição do público para o espetáculo De 14 a 18 de abril Terça a sexta às 21h30 Sábado às 17h e às 21h30 TEMPORADA Estreia 8 de maio, sexta às 21h30 Em cena até 30 de maio Quinta e sexta, 21h30 Sábado, 17h e 21h30 Excepto dia 23

OFICINA Um prólogo para desfrutar e aproveitar o espetáculo dias 9, 16 e 30 de maio às 16h Entrada: 2,50€ DATAS PARA ESCOLAS De terça a sexta De 7 a 29 de maio Sessões às 11h e às 14h30 CONVERSA Ditadura do tempo 16 de maio, sábado, às 18h

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A RELATIVIDADE DO TEMPO

Vivemos fora do nosso espaço-tempo. Vivemos num tempo pautado por espaços e tempos que nos são alheios, que são do outro. Estamos, portanto, deslocados. A nossa vida é condicionada pela vida do outro – a hora a que entramos no trabalho, se a pessoa de quem gostamos gosta (ou não) da mesma forma que nós. Viver no espaço-tempo do outro não significa que se crie relação - com «esse» outro. O encontro (a relação) só pode acontecer estando cada um em si (no seu espaço-tempo), na sua máxima potencialidade. A sociedade de consumo agarra-nos pelo espaço-tempo em que não vivemos, e pelas imagens que perseguimos. Desejo, obsessão, o fetiche do luxo e do poder. A «alma da mercadoria» (que é oca) enchenos e fura-nos com mais desejo, mais obsessão, mais imagens e mais luxo (mais lixo, afinal). Como podemos, então, reverter o deslocamento e habitar o nosso espaço e tempo? Sob que luz, então, se o tempo também é relativo?

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O T E A T R Ã O A 2 5 D E A B R IL NO BRASIL Estreado por ocasião dos 40 anos do 25 de abril, a data da Revolução dos Cravos em Portugal, CONTA-ME COMO É mostra um conjunto de peças curtas, autênticos pedaços do Portugal contemporâneo surgidos da pena de três premiados dramaturgos. Numa sala dessacralizada recriam-se as formas de comunicação da imprensa, da rádio e da TV, que passam aos cidadãos uma versão oficial de Portugal. Em digressão, levamos a versão condensada desse painel da realidade portuguesa.

SÃO PAULO // SESC BOM RETIRO // 24, 25 e 26 de abril RIO DE JANEIRO // ESPAÇO CULTURAL ESCOLA SESC (Festival Palco Giratório Jacarepaguá) // 2 de maio

// ATIVIDADES PARALELAS SÃO PAULO // Oficina Cultural Oswald De Andrade SEMINÁRIO A ARTE DA CRISE > MESA REDONDA 25 de abril Como as crises - políticas, sociais, económicas - anunciadas ou clandestinas - entram nos espetáculos de teatro? É diferente na Europa do Sul e na América do Sul? O que muda de Portugal para o Brasil (e vice-versa)? Nos 40 anos da Revolução dos Cravos, mote do espetáculo Conta-me Como É, discutimos estas questões.

Com Celso Curi, Sérgio Luís Oliveira, Marco Antonio Rodrigues, Luiz Fernando Marques, Isabel Craveiro e Sérgio Tréfaut > OUTRO PAÍS 25 de abril Uma das inspirações para o espetáculo Conta-me Como É, o filme Outro País restreou em abril de 2015, após restauro digital. Primeiro documentário de Sérgio Tréfaut, Outro País (1999) foi composto a partir de imagens de arquivo de fotógrafos e realizadores, entre eles Glauber Rocha, filmadas em Portugal, nos revolucionários anos de 1974-75. Entre outros testemunhos, conta com os de Sebastião Salgado, Robert Kramer e Thomas Harlan. > DRAMATURGIA PORTUGUESA E BRASILEIRA NA ATUALIDADE 5, 6 e 7 de maio Espaço de intercâmbio e debate entre dramaturgos brasileiros e portugueses e interessados na discussão sobre a produção dramatúrgica diante das atuais crises políticas, sociais e económicas nos dois países, dando sequência ao debate iniciado na mesa redonda. O público, aqui, é convidado a participar ativamente na discussão.

Com Alexandre Dal Farra, Luís Indriunas, Jorge Louraço, Pedro Marques, Jorge Palinhos, Sandra Pinheiro, Cássio Pires e Fabio Brandi Torres

SINGLE SINGERS BAR Galpão do Folias 27 de abril Um espetáculo de café-teatro onde se recria um cabaré dos anos trinta, habitado por personagens solitárias que cantam para espantar os seus males.

OFICINA DE DRAMATURGIA 5, 6 e 7 de maio Nesta oficina, os participantes serão desafiados a escrever um ou mais textos a partir da sua experiência no entorno da OCOA. Cada autor, à vez, sugerirá aos restantes um exercício de escrita que permita transformar essas experiências em texto teatral. Os textos serão revelados ao público no último dia da oficina.

Com Pedro Marques, Jorge Palinhos e Sandra Pinheiro

RIO D E J A N E I R O / / Espaço Cultural Escola SESC OFICINA DE DRAMATURGIA 29 e 30 de abril Os participantes, da turma de Dramaturgia do projeto UZINA, serão desafiados a escrever um texto inspirado numa das cenas de Terror e Miséria no III Reich, de Brecht, mas versando a sua realidade.

Com Jorge Louraço OFICINA DE DANÇA CORPO EMARANHADO 1 de maio A oficina, com o Núcleo Atmosfera - NUA, de São Luís (Maranhão), propõe aos participantes a experimentação de matrizes de danças populares, que servirão como base para a desconstrução e construção de obras híbridas a serem apresentadas em diferentes formatos e lugares como resultado final das atividades.

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Vê-se pela aragem quem vai na carruagem

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PANOS – palcos novos palavras novas é um projeto da Culturgest que alia o teatro escolar/juvenil às novas dramaturgias, inspirando-se no programa Connections do National Theatre de Londres. Todos os anos há peças novas, escritas de propósito para serem representadas por grupos escolares ou de teatro juvenil.

PROJETO PEDAGÓGICO // CLASSES

SÓ HÁ UMA VIDA

E NELA QUERO TER TEMPO PARA CONSTRUIR-ME E DESTRUIR-ME NOVAS Sala de Ensaios 19 de abril, domingo, 16h // 20 e 21 de abril, segunda e terça, 21h30 Só Há Uma Vida... conta com um grupo de adolescentes que nos convoca para uma assembleia ideal, onde cada um se representa a si próprio, ao público e ao país. O processo de criação da classe PANOS passou também por uma investigação feita

com perguntas retiradas de afirmações do texto. Munidos de telemóveis, fizeram perguntas e gravaram respostas, assumindo que pessoas de diferentes gerações respondem e reagem de forma diferente à mesma questão. Entrada: 4€

MÚ SICA

Maio me molha, maio me enxuga

P OSTCARDS INDIES’R’US Tabacaria 7 d e m a i o , q u i n t a , 2 2h CD e single – para o site Through the wire music são “4 minutos de prazer musical”.

Os POSTCARDS são Julia, Marwan, Rany e Pascal. Pela mesma ordem, vocais e ukulele (sim, aquela guitarra havaiana tipo cavaquinho), guitarra, baixo e percussão.

Entrada: 5€ Recomendação 1 vá ao site postcardsmusic.com e veja/ ouça a fantástica cover de Hey Jude (com um bónus de I’ve just seen a face) no topo de um prédio. Recomendação 2 venha vê-los/ouvi-los na Tabacaria, 7 de maio às 22h.

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Os meninos à volta da fogueira começaram a fazer música juntos em 2012. Exatamente assim, segundo contam, à volta de uma fogueira, num acampamento longe das ruas problemáticas de Beirute (Líbano) de onde são naturais. Misturaram o folk com o rock, influenciados por Fleet Foxes e Beatles e criaram o seu próprio som original. Lançaram o primeiro álbum em setembro de 2013, e no final do ano passado lançaram Where the wild ones,

M A I O de noi te

De noite todos os gatos são pardos

R O T E I R O B Y NIGHT Coimbra Académico, Aqui Base Tango, Bigorna, Broadway, Casa das Caldeiras, Famous, Impacto, ODD, Piano Negro, Rock Planet, Tropical.

Condeixa Antigus Bar, Kool Café.

Esta lista existe porque ninguém merece ficar em casa, de castigo, nas noites de sexta-feira. E porque a febre não se fica por aí, estendemos os planos ao fim de semana, em matiné para os mais corajosos. Há variedade e pode escolher sem pressão (ou com), na certeza de que não temos comissão em nenhum dos seguintes espaços. Entre os históricos e os emblemáticos, há espaço para o café da esquina, a danceteria e aquele bar indescritível. Divirta-se!

Figueira da Foz NB Club, Casa Havaneza, Zeitgeist, 3 Chaminés.

Montemor-o-Velho Gargantua, Alcáçova, Danceteria Paraíso.

Cantanhede Rex Bowling, Piazzolla, Karma Bar. Mira Mira Sol Caffé, Glow Bar.

Maio frio e junho quente: bom pão, vinho valente OS MELHORES LOCAIS PARA APRECIAR O CÉU À NOITE (tem aqui o roteiro, só lhe falta a companhia)

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A observação de corpos celestes (referimo-nos a estrelas, planetas, à lua, etc) é mais fácil depois do pôr do sol.

Mas antes de sair pela noite à procura, deve ter atenção a algumas questões práticas. A primeira delas é o local, mas quanto a isso poupamos-lhe a maçada e tem ao lado uma listagem aprovada por especialistas. Importa apenas que saiba evitar a «poluição luminosa», um fenómeno do século XX que dificulta a vida a astrónomos e ao mais simples observador. Um céu limpo, sem nuvens, é outra condição básica. Deixamos à sua consideração a utilização de instrumentos avançados, desde binóculos a telescópios, mas recomendamos uma mantinha.

Coimbra Miradouro do Vale do Inferno (na encosta norte de Santa Clara), Praia Fluvial, Entrada da Mata de Vale de Canas.

Montemor-o-Velho Parque da entrada do Castelo, Estacionamento do Centro de Alto Rendimento, Miradouro da Torre.

Figueira da Foz Estacionamento junto à chaminé de Buarcos (não recomendado no verão), (pelos caminhos da) Serra da Boa Viagem, Costa de Lavos: barreira do norte e parque de estacionamento das auto-caravanas.

Mira Entre o 1º e o 2º paredão da Praia de Mira, Palheirão (na fronteira com a praia da Tocha).

Condeixa-a-Nova (pelos caminhos da) Serra da Senhora do Círculo, Parque verde da Ribeira de Bruscos e Srª das Dores, Buracas do Casmilo.

/ / M ÚSICA

DUETOS - 8 ASSALTOS pela Bonifrates 7, 10, 14, 17, 21, 24 e 28 de abril, 21h45 // Teatro-Estúdio Bonifrates (Casa Municipal da Cultura de Coimbra)

Mancines 9 de abril, 21h30 // Auditório do Conservatório de Música de Coimbra

EGO pela Marionet 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17, 18 e 19 de abril quarta a sábado, 21h30 // domingo, 16h Teatro da Cerca de S. Bernardo

Real Combo Lisbonense 10 de abril, 21h30 // Teatro Académico de Gil Vicente

CUBO criação colectiva do CITAC 9 a 11 de abril, 21h30 // Teatro-Estúdio do CITAC 1 a 3 de maio, 21h30 // Teatro da Cerca de S. Bernardo O MEU PAÍS É O QUE O MAR NÃO QUER pela Casa da Esquina 9 de abril, 21h30 // Teatro Académico de Gil Vicente 18 de abril, 21h30 // Teatro Esther de Carvalho Projeto Industrial de Dois Palhaços + Geração de Viúvas + Vamos Cortar na Casaca pelo Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal 18 de abril, 21h30 // Sede do Rancho Regional “Os Esticadinhos” de Cantanhede História de Um Povo Sem Rosto pela Escola de Artes do CAE 25 de abril, 21h30 // Grande Auditório do Centro de Artes e Espetáculos Exercício final / Curso de Iniciação ao Teatro criação coletiva do CITAC 14 a 19 de maio, 21h30 // 10 a 14 de junho, 21h30 Teatro-Estúdio do CITAC Cartas A Um Amor Ausente pelo CITEC 29 e 30 de maio, 21h30 // Teatro Esther de Carvalho

// D A N Ç A Hierarquia das Nuvens de Rui Horta 16 de abril, 21h30 // Teatro Académico de Gil Vicente Pântano de Miguel Moreira 22 de abril, 21h30 // Teatro Académico de Gil Vicente

J UNH O

// T E A T R O

Costurar Cantigas e Histórias da Nossa Memória Catarina Moura e Luís Pedro Madeira (Taleguinho) 11 de abril, 10h30 // Teatro da Cerca de S. Bernardo Chanterie et Cantilène Coro de Thuir - Chanterie et Cantilène, Coral Juvenil Silva Marques e Coro Pequenas Vozes da Figueira da Foz 12 de abril, 17h // Grande Auditório do CAE

Na Música nos Encontramos integrado na 17ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra 17 de abril, 21h30 // Teatro Académico de Gil Vicente Toques do Caramulo 23 de abril, 21h30 // Auditório do Conservatório de Música de Coimbra 12º Aniversário do Jazz ao Centro Clube - Dia Internacional do Jazz Combo do Sítio de Sons + Combo da TONE Music School + Big Band do Conservatório de Música de Coimbra + Mats-up 30 de abril, 18h00 às 23h59 // em vários locais do Centro Histórico de Coimbra e Salão Brazil A Querela dos Grilos 30 de abril, 21h30 // Auditório do Conservatório de Música de Coimbra XIII Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra com Vertigo (República Checa), What About Sam (Portugal/França/Itália), Slow is Possible (Portugal), Jorrit Dijsktra (Holanda), entre outros 28 a 31 de maio // Centro Cultural D. Dinis, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Museu Nacional Machado de Castro e Salão Brazil Sons da Cidade 20 de junho, todo o dia em vários locais

Sem Um Tu Não Pode Haver Um Eu de Paulo Ribeiro Estamos a recolher programações de entidades do Baixo Mondego para integrar na próxima edição do almanaque. Se tiver sugestões para o período de setembro de 2015 a fevereiro de 2016 contacte-nos através do e-mail agenda@oteatrao.com.

P Á G . 11

29 de abril, 21h30 // Teatro Académico de Gil Vicente

PROJETO PEDAGÓGICO

FOTOGRAFIA DE CENA W O R K S HOP

O f i c i n a M u n i c i p a l do Teatro a p a r t i r d e maio A proposta de um workshop de fotografia de cena surge pela necessidade de valorização da própria fotografia. Num mundo que produz e consome milhões de imagens por segundo, torna-se cada vez mais importante proporcionar uma experiência e um contacto com a fotografia produzida em contexto de cena, em contexto teatral. O objectivo desta formação é também de consciencializar e aproximar públicos de teatro, e não só, a toda a dinâmica da construção do processo criativo em torno de uma peça de teatro.

Estar perto de atores, encenadores, téc-

nicos de palco, desenhadores de luz, cenógrafos, figurinistas, sentir a luz e ambiências como se de um corpo presente se tratasse, presenciar os dias de ensaios até à estreia. Aconselhado a quem pretende adquirir os fundamentos básicos da fotografia de cena de forma prática e consistente, dominando à partida a técnica fotográfica no sentido geral. // Orientado por Carlos Gomes - Imagem Fixa // Número máximo de participantes: 10 // Material fotográfico digital recomendado // Domínio médio avançado na prática de fotografia // Inscrição: 130€

Objectivos: Consciencializar e aproximar públicos de teatro e não só, à dinâmica da construção do processo criativo em torno da imagética de uma peça de teatro. Criar e desenvolver a dinâmica de construção de uma imagética que sirva os propósitos da fotografia de cena no geral. Aperfeiçoar conhecimentos técnicos e estéticos de acordo com o conceito do trabalho cénico. Desenvolver linguagem fotográfica própria. Perceber e entender a importância do acompanhamento de vários momentos do trabalho criativo de cena. Apreender os fundamentos básicos da fotografia de cena. Apresentar um corpo final de imagens que sirvam a promoção de uma peça de teatro.

Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso

TRÊS IRMÃS CRIADAS TROIANAS

Isabel Craveiro, Margarida Antunes de Sousa e Inês Mourão estão no Teatrão há vários anos e inúmeras personagens. Em 2015 e 2016 recriarão figuras célebres da dramaturgia ocidental: Hecuba, Cassandra e Andrómaca, de As Troianas, de Eurípides; Olga, Masha e Irina, de Três Irmãs, de Tchekhov; Solange, Claire e a Madame, de As Criadas, de Genet. Qual foi o caminho delas para chegar aqui?

INÊS

TEATRO

T RÊS IRMÃS ( M A K I N G OF) NOVAS A p a r t i r d e Trê s I r m ã s d e T chekhov E n c e n a ç ã o d e M a r c o A n t o n i o Rodrigues

com I nês Mourão, Is a b e l C r a v e i r o , J o ã o S a n t o s , M a r g a r i d a S o u s a , R u i R a p o s o entrada livre

Entre irmãos não metas as mãos

Primeiro ato IEFP (Av. Fernão de Magalhães) 2, 9 e 16 de junho 14 e 21 de julho terças, às 16h Segundo ato Museu do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha 3, 10 e 17 de junho 15 e 22 de julho quartas, às 18h Terceiro ato Manutenção Militar 4, 11 e 18 de junho 16 e 23 de julho quintas, às 21h30 Quarto ato Jardim das Oliveiras 5, 12, 19 de junho 17 e 24 de julho sextas, às 19h30 jantar 2,50€ Conversa com o público 19 de junho, sexta, depois do espetáculo

Em setembro os quatro atos que apresentámos na rua serão apresentados na Sala Grande da OMT. TRÊS IRMÃS (MAKING OF) Estreia 17 de setembro // Em cena até 25 de outubro // quarta a sábado, às 21h30 // domingo, às 17h // quarta a sexta (a partir de 7 de outubro), às 14h30 e às 21h30.

XIX NA RÚSSIA A próxima grande criação própria parte de Três Irmãs de Anton Tchekhov. Neste texto, como em muitos outros, Tchekhov escreve apoiado num momento de profunda transformação social que sente na Rússia do século XIX. A mudança imposta sob a classe burguesa rural, ainda prussiana, é um processo radical de modernização.

Três Irmãs trata dessa mesma mudança com o foco numa casa aristocrática. A invasão de uma ideia de sociedade de massa e consumo num ambiente de cultura iluminista e aristocrata, virada para o passado e vivendo utopias que não procura concretizar.

XXI NO TEATRÃO A construção dramatúrgica, orientada por Marco Antonio Rodrigues, parte do texto de Tchekhov para espreitar o tempo presente em Portugal, a ação do passado e a possibilidade de futuro. Antes de mais, para perceber onde estamos enquanto sociedade neste período em que também se sentem mudanças.

Nesta primeira fase, as irmãs andarão em espaços públicos, em quatro momentos que se cosem pelas linhas de um documentário que a irmã mais nova começa a produzir.

J UNH O

MÚSIC A

Quem canta, seu mal espanta

COMBO DE JAZZ J A Z Z I N’ Tabacaria 1 1 d e j u n h o , q u i nta, 22h

Os alunos do Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra voltam a apresentar o melhor do seu repertório no palco da Tabacaria. Estes combos têm contribuído para enriquecer a oferta cultural e formativa da cidade e para os alunos de jazz são uma experiência performativa fora da sala de aulas, mas num espaço vizinho.

Depois do combo há Jam Session, com alunos de escolas de música da cidade. jazz Entrada: 3€ // Alunos CMC: 2€

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Voice

Come on,

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Vo.

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why don't we

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jazz!

Start

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And all that jazz!

I know a

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13

Vo.

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that

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hot,

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It's just a

JAZZ!

«And all that Jazz» Chicago 1975 // Letra de Fred Ebb // Música de John Kander

DANÇA

A VIAGEM T R A D I Ç Ã O E MUDANÇA S a l a G r a nde 1 3 d e j u n h o , q u i nta, 21h30

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A viagem de Filipa Francisco começou na primavera de 2009. Levou-a até ao Festival de Dança Contemporânea de Ramallah, onde conheceu a Companhia de Dança Tradicional e Contemporânea El-Funoun. Enquanto acompanhou o grupo nas viagens pela Palestina encontrou um espaço intermédio nas danças tradicionais: ao mesmo tempo próximo do quotidiano de modernidade e afastado dele enquanto libertação do real.

Essa viagem transformou-se noutras, até ser este espetáculo itinerante que, em cada paragem, procura e investiga a dança que os ranchos folclóricos mantêm a rodopiar, entre saias e casacas. Em 2012 fez paragem em Coimbra, trabalhou com o GEFAC, e apresentou o espetáculo no TAGV em outubro. Em 2015 repete a paragem, reencontra aqueles amigos e A Viagem volta, agora na OMT. Normal: 10€ // Estudante/M65: 5€ // Grupos e Classes: 4€

J UNH O

Desde 2001 que existe no Teatrão espaço para crianças e jovens brincarem ao Teatro. Desde 2009 que adultos também entram na brincadeira. Todas a semanas ou nas férias, o teatro passou a ser uma possibilidade na cidade, para todos.

E depois veio o Bando à Parte nos bairros, o Bando à Parte com filhos de emigrantes, o upgrade do Bando à Parte para o CBR (com a extinta Linhas Cruzadas). Inventámos o Fórum Teatrão e o Condomínio Vale das Flores para pôr as pessoas a falar para além de brincar. E toda esta conversa fez gente mais bem-disposta, que passou a conhecer outra gente e a falar sobre esta gente. Agora fora de brincadeiras e trocadilhos, depois de catorze anos de classes, cursos, workshops, ateliers e projetos de intervenção do Teatrão estamos a construir um serviço educativo para a região do Baixo Mondego. Coimbra, Condeixa, Soure, Montemor-o-Velho, Cantanhede e Mira terão, através da coordenação do Teatrão, um serviço educativo que possa ser uma expansão dos projetos criados na cidade de Coimbra durante estes anos e verão nascer outros, pensados de acordo com as características e ambições de cada lugar. Este projeto, com consultadoria da Fundação Calouste Gulbenkian, arrancará a partir de Setembro de 2015.

PROJETO PEDAGÓGICO

F Ó R UM TEATRÃO COMUNIDADE

Relacionamento do Cidadão com as Instituições Públicas Tabacaria 2 0 d e j u n h o , s á b a d o , 17h entrada livre

O Fórum Teatrão é uma é uma iniciativa de conversas e debates que dá voz aos cidadãos para que possam levantar questões, apontar caminhos, e participar no desenvolvimento cultural da sua comunidade.

Conta com o apoio do Centro de Estudos Sociais e com a participação de outros agentes culturais da cidade, cidadãos, investigadores, representantes do poder autárquico, professores e alunos do ensino superior e muitos outros. Este espaço de encontro que convida à reflexão tem sido imprescindível na relação do Teatrão com a cidade.

O FÓRUM de dia 20 parte da reflexão de uma das criações próprias deste ano. Põe na mesa os hábitos e os meios de relação dos cidadãos da cidade de Coimbra com as instituições públicas e os órgãos representantes do poder local e nacional. Será que os cidadãos de Coimbra apresentam mesmo sugestões para a cidade? Apresentam reclamações? Participam na assembleia municipal? Enfim, as perguntas também são como as cerejas e as respostas surgirão.

Participe, dê a sua opinião e partilhe as suas ideias.

Lua nova trovejada, trinta dias é molhada

SOL S T Í C I O D E V E R Ã O !

A divisão do ano em quatro estações foi herdada da Roma antiga. Portugal, à semelhança do que acontece na generalidade dos países do hemisfério norte de zona temperada, dá as boas-vindas à primavera a 20 de março, estação que acolhe até 21 de junho, altura em que se prepara para abrir as portas ao Verão. O equinócio da Primavera está associado à celebração do renascimento da natureza, que hiberna durante o solstício de inverno.

Está também ligado a ares ligeiramente mais quentes e menos húmidos, condições propícias para uma limpeza geral da casa: abrir as janelas para arejar a casa depois de longos dias condenada ao frio.

Três estações do ano Antigo Egito: a estação das cheias, o Inverno e o Verão

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OUTRAS TRADIÇÕES Duas estações do ano Nigéria: a estação seca e a estação das chuvas

J UNH O

Grandes discursos não provam grande sabedoria

BILHETE PARA O FUTURO // TEATRÃO DE CORDEL Imagine que vai à procura da agenda de espetáculos da região centro e dá de caras com as seguintes peças: > Narsizo, ou o namorado de si mesmo : comedia para se reprezentar no theatro do Bairro Alto > Novo drama heroico ou nova comedia heroica de Ulisses na Luzitania > Elogio para se recitar no Theatro do Salitre na noite de 17 de Dezembro em obzequio dos felices, e preciozos annos de Sua Magestade fidelissima que Deos guarde > Novo e gracioso entremez intitulado quanto sofre quem se casa e o remedio para não sofrer > Comedia nova intitulada Aspacia na Syria > A venturosa infeliz cazada, viuva, e freira: comedia tragica > Novo e graciozo drama intitulado os suspiros da dama porque nam foi ver os touros > Drama para se representar no Theatro da Rua Dos Condes, dia em que faz annos a serenissima Senhora D. Carlota Joaquina, Princesa do Brazil > Dido desamparada, destruição de Cartago : opera segundo o gosto do theatro portuguez > Nova e graciosa pessa intitulada As convulções desmaios e disgostos de huma peralta da moda na infausta morte do seu caõzinho chamado Cupido > Novo e gracioso entremez intitulado Conselhos às raparigas para conservarem os amantes e virem a ser seus maridos > Auto de Sancta Genoveva, princeza de Brabante

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Se hoje vamos “à net” para descobrir as histórias verdadeiras ou inventadas da atualidade, houve um tempo em que as encontrávamos penduradas em cordas ou cordéis - era o tempo da literatura de cordel, que, além de pequenas histórias, versos, lendas, etc, também abrangia o teatro de cordel. Este movimento de teatro popular, que teve o seu auge no séc. XVIII, reproduzia-se e circulava de mão em mão em pequenos folhetos ou papéis avulsos que, impressos de forma tosca, divulgavam sobretudo peças anónimas ou adaptações de autores clássicos (para representações populares), além de peças de autores e tradutores portugueses. Em Portugal, os locais principais de apresentação destes textos eram os teatros do Bairro Alto, do Salitre e da Rua dos Condes, em Lisboa, e no São João, no Porto.

Quem consegue ficar indiferente a títulos como estes? O interesse por este material tem vindo a aumentar nos últimos anos e temos assistido à crescente edição de obras e catálogos por parte de instituições como as bibliotecas Nacional, da Fundação Gulbenkian, do Teatro Nacional D. Maria II e, em especial, da Sala Jorge de Faria da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, cujo acervo é de enorme importância, tanto pela quantidade, como pela qualidade. É por força deste esforço de recolha, tratamento e edição que conseguimos saber quais os títulos e autores que desenvolveram esta literatura, colocandonos o desafio de descobrir um teatro que tem tanto de erudito como de popular e que urge conhecer melhor. É o que faremos em 2016, numa criação de Natália Luiza, em coprodução com a FLUC e o TAGV.

FÉ R I AS DE VERÃO

J UL H O

PROJETO PEDAGÓGICO

WORKSHOP

22 a 26 de junho, durante as manhãs grupos dos 6 aos 9, dos 10 aos 13 e dos 14 aos 18 anos Desta vez convidamos os mais novos para descobrirem bairros dentro da cidade ou, se quisermos, várias cidades dentro da mesma. Pequenotes e mais graúdos passearão pela Alta, Baixa, Solum, Santa Clara ou Conchada/Celas em visitas promovidas pelos próprios habitantes que mostrarão porque adoram ou odeiam o seu bairro, revelando segredos ou histórias inusitadas. Para cada faixa etária o desafio adequado de descoberta das pessoas, da arquitetura, do património mais escondido, da arte urbana, da música e do comércio de cada bairro.

PROJETO PEDAGÓGICO

S R. NINGUÉM NOVAS

Encenação de Marco Antonio Rodrigues Sala Grande 2 a 11 de julho, segunda a sábado, 21h30, domingo, 17h A segunda coprodução deste ano letivo com a Escola Superior de Educação de Coimbra é encenada por Marco Antonio Rodrigues e parte das Histórias do Sr. Keuner, de Bertolt Brecht. Este é o personagem de histórias curtíssimas (que raramente ultrapassam a página), que privilegiam a estrutura à moralidade. O Sr. Keuner olha a vida sempre de um ân-

gulo diferente do comum, como se fosse um misto de filósofo com homem de ação. O carácter misterioso e metafórico dos contos ajuda a turma a filtrar aqueles que serão trabalhados, exatamente aqueles que criam mais relação. Acompanhe no site e nas redes sociais mais informação atualizada acerca deste projeto. Entrada: 4€

Quem vai ao mar avia-se em terra

Olhos de Fervença // Cadima - Cantanhede Uma praia fluvial com nascentes naturais de água que abastecem o concelho. Há zonas relvadas, um modesto areal, parque de merendas, bar, chuveiros e sanitários.

40º20’56,36’’N | 8º41’45,90’’W

Praia Palheiros do Zorro // Torres do Mondego – Coimbra Além do areal banhado pelo rio, esta praia conta com muitas outras comodidades, desde aluguer de toldos e espreguiçadeiras a bares e restaurantes. Há ainda parque de merendas equipado com churrasqueira e os indispensáveis chuveiros e sanitários. 40º12’10,62’’N | 8º21’55,12’’W

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Se não for participar no workshop do Teatrão o melhor mesmo é celebrar a chegada do verão e fazer-se à praia. Aqui bem perto a escolha é considerável - isto, claro, para quem aguenta uma sessão de crioterapia por mergulho. O mar salgado da costa de prata chega a Mira, Tocha (Cantanhede) e Figueira da Foz – aqui na região. Considerem-se também as praias fluviais, segundo os exemplos.

J UL H O

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto

Siga aquele tá xi!

Ou melhor, siga-nos numa antevisão da programação deste biénio. A programação do Teatrão inclui propostas de encenação com Rogério de Carvalho, Nuno Cardoso, Natália Luiza, Joana Mattei e Marco Antonio Rodrigues. Siga já, que mais virá.

Antes de chegar ao Teatrão, Rogério de Carvalho montou O que é que o pai não te contou da guerra?, produção do Teatro Nacional de São João que estreou no final do mês de março - dias antes de estrear Faz Escuro nos Olhos no Fórum Lisboa. Além disso, continua a trabalhar com as Boas Raparigas e vai levar Sangue na Guelra (2014), uma criação Amarelo Silvestre, a outras paragens. Parte para Moçambique a convite do programa Próximo Futuro (Gulbenkian) - ainda fará escala, noutras produções, em Angola e Brasil. Em outubro está de volta à companhia das Boas Raparigas para o Music-Hall (2015) de Jean-Luc Lagarce. Em Janeiro leva o Frei Luís de Sousa (2016) à Companhia de Teatro de Almada. Há ainda planos para ver e ouvir as Confissões de um terrorista albino (2014).

Com o Teatrão As Criadas, de Genet (2016) Numa pausa de ensaios, Nuno Cardoso revelou que entre maio e julho andará pelo país com Britânico (2015), pelo Ao Cabo Teatro. Para setembro de 2015 o projeto é trabalhar com as comunidades do Porto em Arquipélago: À margem da alegria, tal como em 2016 com Arquipélago: O Mundo é redondo. Prepara entretanto solos com Meg Stuart (para novembro de 2015) e com Àlex Rigola (para o FITEI 2016). Ainda leva o Misantropo (2016) à cena no Teatro Nacional São João – entre abril e julho do próximo ano.

Com o Teatrão As Troianas, de Eurípedes (2016)

2 0 1 5 - 1 6 / / V E R A P É , A N DAR DE PERTO Para este biénio, escolhemos peças de teatro cujas metáforas, apesar de universais, estão muito perto da nossa realidade particular e nos ajudam a desvendá-la. Convidámos criadores que trabalham o corpo, a voz e o pensamento do ator de uma forma muito articulada com as características dos textos, por um lado, e dos espectadores, por outro:

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> Três Irmãs, de Tchekhov, enc. Marco Antonio Rodrigues (2015) > As Criadas, de Genet, enc. Rogério de Carvalho (2016) > As Troianas, de Eurípedes, enc. Nuno Cardoso (2016)

Desenvolvemos projetos especiais, um de cruzamento entre áreas artísticas e entre artes e ciência; outro de pesquisa e dramaturgia: > Terrenos Baldios criação de Joana Mattei (2015) > Teatrão de Cordel criação de Natália Luiza, em coprodução com a FLUC e o TAGV (2016) Além disso, levamos a atividade a outros espaços públicos, comunitários e institucionais. Esta proximidade corresponde a um maior aprofundamento profissional e técnico.

J UL H O

TEATRO

UM MUSEU VIVO

DE MEMÓRIAS PEQUENAS E ESQUECIDAS Teatro do Vestido d e e c o m J o a n a C r a v e iro Sala Grande 1 8 d e j u l h o , s á b a d o , 18h Um Museu Vivo... é um projeto desenvolvido em torno de uma história recente de Portugal: a ditadura portuguesa, a revolução e todo o processo revolucionário. Esta criação foi construída com base numa recolha de testemunhos de cidadãos comuns, que dão forma a sete palestras. Deste modo, o coletivo Teatro do Vestido procurou desafiar as grandes narrativas históricas políticas e afetivas, que têm sido construídas com base nos protagonistas militares e políticos. É uma história, com várias peças, construída com base em declarações reais da população, que nos leva a questionar as formas de produção da história, de memória e da sua transmissão procurando descobrir, no meio de tantas recolhas e de tantos materiais, onde ficam as pessoas no meio destas narrativas e de que modo este período fundamental da história do nosso país se concretiza nos dias de hoje.

O espetáculo tem uma duração de 4h30 e inclui um jantar com os espectadores.

O jantar decorrerá num local próximo da Oficina Municipal do Teatro.

O tempo tudo cura, menos velhice e loucura

Prólogo

Fragmentos de um Processo Revolucionário

Onde se fala de uma fotografia tirada na escola primária…

Várias histórias, em fragmentos, a partir de documentos

Pequenos Atos de Resistência

e testemunhos de diversos acontecimentos do processo

Algumas das construções culturais, nacionais, sociais

revolucionário.

sobre as quais se funda o Estado Novo.

Espantados de Regressar – História de uma família

Arquivos Invisíveis da Ditadura Portuguesa

Sobre a descolonização

A forma invisível como o aparelho repressivo atuava e al-

Quando é Que a Revolução Acabou?

guns dos atos de resistência para a combater.

A partir dos ‘livros revolucionários’ de outrora reflete-se

Sobre o Silêncio que Persiste

sobre quando se acabou essa revolução em que eles – os

O processo de tortura e prestação de declarações à PIDE.

donos do livros – acreditaram.

Português Entrecortado

Pós-memória

Descreve-se o golpe do 25 de Abril a partir das comuni-

Onde se reflete sobre o agora, 40 anos depois, e que co-

cações rádio.

memorações foram essas a que assistimos.

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O MUSEU VIVO É UM CONJUNTO DE SETE PALESTRAS PERFORMATIVAS COM UM PRÓLOGO

J UL H O

Como canta o galo velho, assim cantará o novo

T

ambém conhecidas como “conservatório popular” as escolas de música das Associações (vulgo Bandas) Filarmónicas levam o ensino e a prática musical ao contexto mais local e próximo das populações. Uma das filarmónicas mais antigas do país, com atividade ininterrupta, faz aliás parte da lista, na localidade de Verride.

Além da listagem das bandas desta região do baixo mondego ficam também os contatos, eventuamente úteis aos membros de comissões de festas e demais organizadores de romarias, procissões e arruadas! www.bandasfilarmonicas.com

Academia Musical Arazedense 922 272 663 Associação Filarmónica 25 de Setembro 239 680 645 Associação Filarmónica União Verridense 239 676 012 Associação Musical da Pocariça 231 42 08 71 Associação Recreativa e Musical de Ceira 239 923 889 Banda Soure 239 509 609 Filarmónica 15 Agosto Alfarelense Filarmónica Instrução e Recreio de Abrunheira 239 675 954 Filarmónica Mirandense 960 153 971 Filarmónica Ressurreição de Mira geral@filarmonicamira.com Filarmónica União Taveirense 239 983 517 Phylarmonica Ançanense phylarmonica@come.to

Sociedade Artistica Musical Carvalhense 233 940 678 Sociedade Boa União Alhadense 233 930 410 Sociedade Filarmónica Dez de Agosto 233 411 329 Sociedade Filarmónica Figueirense Sociedade Filarmónica Paionense sfpaionense@ffdc-coimbra.com Sociedade Filarmónica Quiaense 233 910 167 Sociedade Filarmónica Recreativa e Beneficente Vilanovense 239 641 622 Sociedade Filarmónica Paionense 967 389 102 Sociedade Musical e Recreativa de Alqueidão filarmoni.alqueidao@sapo.pt Sociedade Musical Recreativa, Instrutiva e Beneficente Santanense 233 929 669

V

enha descobrir a boutique onde os seus vizinhos compram aquelas coisas de marca! É onde também se vendem as hortaliças mais frescas. Em algumas feiras ainda há mobiliário, sempre com as peças todas encaixadas e com os parafusos no devido lugar. Há tapetes, atoalhados, pão e bolos, brinquedos para as crianças, roupa interior e lingerie (nas suas várias grafias: «lã-gerie», «lingueri» e «lanjari»). Contudo, desconfie se tentarem vender-lhe sapatilhas «ardidos» ou «naik», consolas «PolyStation» ou roupa da «Doce&Cabana». Organize o seu calendário e traga um saco de compras com rodinhas. É escolher, fregueses:

P Á G. 2 0

02 03 06 07 07 11 14 17 19 20 22 23 27

Figueira da Foz Figueira da Foz Cantanhede Coimbra Figueira da Foz Mira Cantanhede Figueira da Foz Figueira da Foz Cantanhede Figueira da Foz Coimbra Mira

Marinha das Ondas Ferreira-a-Nova* Recinto da Feira Bencanta Alqueidão* Portomar Tocha Maiorca Paião* Recinto da Feira Bom Sucesso Bencanta

27 Cantanhede 28 Figueira da Foz 30 Mira

Tocha Maiorca Portomar

*se coincide com domingo passa a sábado

Segunda-feira // semanal // Soure Quarta-feira // quinzenal // Montemor-o-Velho Sábados // semanal // Coimbra – Bairro Norton de Matos Sábados // semanal // Soure

J UL H O

M ÚSIC A

BENJAMIM INDIES’R’US Tabacaria 2 9 d e j u l h o , q u a r t a , 2 2h

O escritor de canções que passou quatro anos radicado em Londres voltou para Portugal em 2013 para se instalar no coração do Alentejo, sem passar pela sua casa de partida: Lisboa. Luís Nunes, nome de batismo, voltou pela necessidade de escrever na sua língua, refletir sobre o seu universo específico, falar sobre as pessoas que existem no seu quotidiano sem a barreira da linguagem. Benjamim voltou às raízes. “Auto-Rádio” é um disco feito para que todas as pessoas consigam compreender. Acima de tudo, é um disco em busca da identidade que parecia adormecida mais a norte da Europa e que vai buscar tanta inspiração ao Duo Ouro Negro, à Lena d’Água, ao Chico, ao Zeca como ao Dylan, aos Beatles e aos Beach Boys. Neste percurso, Benjamim deixou de ser Walter.

Entrada: 5€

Quando a esmola é muita, o pobre desconfia

PROJETO PEDAGÓGI CO

CLASSES DE TEATRO 2015-2016

Durante o ano letivo os finais de dia na OMT são muito agitados. Gente de todas as idades vai ou vem aprender teatro. Agora são cinco classes a funcionar: uma para os mais pequenos, até aos nove anos, três para os mais graúdos, até aos 18 anos, e outra, para os grandes, até... qualquer idade! Depois de alguns anos de casa, as classes de adolescentes pegam em textos dramáticos e prepararam um espetáculo para o Projeto Panos, da Culturgest.

Outras classes, as dos grandes, ganham autonomia e criam um Grupo de Teatro Amador, a Classe T, que, depois de apresentar em fevereiro o primeiro trabalho se prepara para sair em digressão.

E como o tempo passa a correr, mal o tempo letivo termina e se está de férias é logo tempo para se inscrever no novo ano. As inscrições para novas classes abrem logo em julho. Mensalidade: 20 € // Inscrição: 13,50 €

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Inscrições a partir de julho na OMT Para crianças, jovens e adultos

Soluções das cruzadas!

Não faça batota! Já resolveu as palavras cruzadas? Então cá estão as soluções, em jeito de ficha técnica arrumadinha e tradicional.

FICHA TÉCNICA Direção: Isabel Craveiro (8H), Cláudia Pato (15H) e Margarida Sousa (14H) Direção Artística: Isabel Craveiro Direção de Produção: Cátia Oliveira (4V) Direção de Comunicação: Margarida Sousa Direção Técnica: João Castro Gomes (11V) Coordenação Pedagógica: Cláudia Pato EQUIPA ARTÍSTICA Atores: Ana Bárbara Queirós (13V), Inês Mourão (8V), Isabel Craveiro, João Santos (7V), Margarida Sousa, Nuno Carvalho (17H) Dramaturgo: Jorge Louraço Figueira (2H) Pedagogos: Ana Bárbara Queirós, Cláudia Carvalho (19H), Filipe Góis (16V), Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Santos, Margarida Sousa, Nuno Carvalho Iluminação e Vídeo: Alexandre Mestre (10V) Fotografia: Carlos Gomes (5H) EQUIPA DE COMUNICAÇÃO Comunicação e Assessoria de Imprensa: Catarina Ribeiro (3V) e Mariana Pardal (18H) Grafismo: unit.lab, por Francisco Pires (9H) e Marisa Leiria (1V) EQUIPA TÉCNICA Técnico de Luz e vídeo: Alexandre Mestre Técnico de Som: Rui Capitão (20V) EQUIPA ADMINISTRATIVA E DE PRODUÇÃO Gestão Cultural e Financeira: João Santos Produção Executiva: Carlos Pinto (12V) Técnica Administrativa: Ana Rosmaninho (6H) Contabilidade: Sofia Valente VOLUNTÁRIOS: Rita Sousa, Raquel Margalho, Rafael Torres, Guilherme Lima, Beatriz Sequeira, Nuno Gomes, Lila Taborda e Rita Capelo.

P Á G. 2 2

Quem está de fora, não racha lenha HORIZONTAIS 2. Músico, cantor e compositor brasileiro que é seu 5. Personagem principal do romance Os Maias 6. Empresa de gestão aeroportuária portuguesa 8. Rainha Santa 9. Nome escolhido pelo atual Papa 14. Flor branca e amarela, namorada do Pato Donald 15. Entrou para o Guinness Book como a modelo que fez mais capas de revistas em todo mundo 17. Nome próprio do Santo Condestável (tem uma estátua em frente ao Mosteiro da Batalha) 18. Revista cor-de-rosa lançada em 2013, sai às terças 19. Feminino de Cláudio

VERTICAIS 1. Fadista portuguesa mais conhecida pela versão de ‘Ó Gente da minha terra’ (escrever com «s» em vez de «z») 3. Ceifeira portuguesa de Baleizão morta a tiro na sequência de uma greve 4. Concorrente de reality show com poucos conhecimentos geográficos 7. Um dos doze apóstolos de Jesus Cristo 8. Aquela que depois de morta foi Rainha 10. O mais célebre conquistador do mundo antigo, com o cognome O Grande 11. Masculino de Joana 12. Roberto (...) cantor brasileiro com concertos agendados para Portugal em maio 13. Apresentadora, ex-mulher de Manuel Maria Carrilho 16. II de Espanha em 1556 e I de Portugal em 1580 20. Jogador de futebol conhecido por Il Maestro, exnúmero 10 na seleção nacional

J UL H O

FICHA TÉCNICA

J UL H O

Comer e coçar, o mal é começar

PROJETO PEDAGÓGICO

S ARDINHADA COMUNIDADE

Jardim das Oliveiras 3 0 d e j u l h o , q u i n t a , 1 9h

Se o bacalhau é rei a sardinha é rainha Pra fechar a temporada É ench er a barriguinha Uma dúzia de palavras para experimentar dizer quando se bebe um copo a mais*:

Ora bem se sabe que chegado o verão e o calor apetece o convívio ao ar livre. Para encerramento da temporada do Teatrão nada melhor que assar umas sardinhas e beber uma sangria ou um copo de vinho.

Por isso, traga ou compre a sua sardinha na broa e venha dar um passinho de dança porque o bailarico fecha a OMT até à próxima temporada.

INDUBITAVELMENTE VEROSSIMILHANÇA PRELIMINARMENTE PARALELOGRAMOS PROLIFERAÇÃO CONSUBSTANCIAÇÃO ESCRUTÍNIO CIRCUNSCRIÇÃO ESPECIFICIDADE FATILOQUENTE TRANSUBSTANCIADO INCONSTITUCIONALISSIMAMENTE *esta caixa foi aleatoriamente colocada no seguimento da sardinhada. Qualquer relação possível será fruto do acaso.

Barcos de camarão (4 pessoas)

Salmão com melão, lima e ervas (4 pessoas)

Ingredientes: duas alfaces // uma embalagem de miolo de camarão cozido // um abacate // uma manga // uma cenoura // coentros q.b // sal e pimenta q.b // azeite e vinagre q.b

Ingredientes: 200 gramas de salmão fumado // meio melão // duas limas (sumo e raspa) // uma cebola roxa // dois cebolos // duas colheres de sopa de hortelã picada // duas colheres de sopa de salsa picada // alcaparras q.b // sal e pimenta q.b // azeite q.b

1. Descascar a manga e o abacate.

2. Misturar numa tigela o camarão, a manga e o abacate picados, a cenoura ralada e os coentros picados. Temperar com sal, pimenta, azeite e vinagre. Reservar.

3. Arranjar as alfaces de modo a retirar as folhas até chegar ao coração.

4. Dispor as folhas do coração da alface numa tábua ou prato e rechear com a mistura dos camarões. Servir de imediato.

1. Retirar a casca ao melão e cortar em fatias muito finas.

2. Misturar numa taça o sumo e a raspa das limas com as ervas, a cebola e os cebolos laminados e o azeite e reservar.

3. Dispor num prato o salmão e as fatias de melão, alternadamente, em forma de rosácea. Regar com o molho e temperar com sal e pimenta. Polvilhar com as alcaparras.

4. Servir com salada.

P Á G . 23

REC E I T A S PAR A Q U E M N Ã O G O S T A D E SARDINHAS

Quem vier atrás, feche a porta.

R O T A das nossas produções no Baixo Mondego

L OCAIS DE D I STRIBUIÇÃO

O CONTRABAIXO

Anthrop Quebra Costas Bragas Rua Visconde da Luz Café Santa Cruz Praça 8 de Maio Casa Costa Rua Filipe Simões Coimbra Concept Store Avenida Sá da Bandeira Coisas e Sabores Praça 8 de Maio Fangas Quebra Costas Hortícola de Coimbra Rua Visconde da Luz Livraria 115 Rua da Moeda Mercadinho do Botânico Jardim Botânico da Universidade de Coimbra O Encanto da Freiria Largo da Freiria Quiosque Sousa Largo da Portagem Tabacaria Espírito Santo Praça 8 de Maio Tabacaria do Arco Praça Fausto Correia Tabacaria Machado de Assis Praça Fausto Correia Tabacaria Pavão Rua Alexandre Herculano

de Patrick Süskind Encenação de Antonio Mercado Teatrão / Conservatório de Música de Coimbra Teatro Esther de Carvalho Montemor-o-Velho 19 e 20 de junho, sexta e sábado, 21h30 Auditório Lourdes Norberto Linda-a-Velha 25 a 28 de junho, quinta a domingo, 21h30 Auditório Monsenhor Nunes Pereira Pampilhosa da Serra 28 de agosto, sexta, 21h30 integrado no Ciclo Mise en Scène

TERRENOS BALDIOS Encenação de Joana Mattei Teatrão Associação Cultural e Recreativa de Tondela Tondela 23 de maio, sábado, 21h30 25 de maio, segunda, escolas

À DIREITA DE DEUS PAI, Uma Desgarrada em Dois Atos a partir da obra de Tomás Carrasquilla Teatrão / Trincheira Teatro (no âmbito da Plataforma T2) Centro Cultural de Penacova 11 abril, sábado, 21h30 Centro de Recreio Popular de Formoselha 19 de abril, domingo, 17h Centro Popular de Trabalhadores de Sobral de Ceira 2 maio, sábado, 21h30 no âmbito da Plataforma Mondego Cineteatro António Lamoso Santa Maria da Feira 9 de maio, sábado, 21h30 Auditório Monsenhor Nunes Pereira Pampilhosa da Serra 29 de maio, sexta, hora a anunciar

C ONTATOS OFICINA MUNICIPAL DO TEATRO Rua Pedro Nunes . 3030-199 Coimbra - Portugal 40º 11’ N / 8º 24’ W Bilheteira Tlf: +(351) 239 714 013 Tlf: +(351) 239 714 013 Tlm: +(351) 914 617 383 Tlm: +(351) 912 511 302 info@oteatrao.com reservas@oteatrao.com

CORREIO SENTIMENTAL DO LEITOR Ideias para a cidade? Considerações sobre a oferta cultural e a vida no geral que anseia partilhar? Emoções, desporto, receitas e tantas outras coisas? O almanaque do Teatrão tem espaço para o ouvir e para as suas opiniões.

Escreva-nos para Teatrão Oficina Municipal do Teatro, Rua Pedro Nunes, 3030-199 Coimbra ou para correiodoleitor@oteatrao.com A melhor «carta» do mês receberá um convite duplo para Terrenos Baldios ou Três Irmãs (Making Of)!

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