As Descobertas de Mohammed

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Projeto de Articulação Curricular

J/I da Portela – E.B.1 de Loureiro Ano letivo de 2010 - 2011

As descobertas de Mohammed

História Andarilha



Prefácio As fábulas, lendas e contos de fada, quando lidos, continuam a encantar crianças e adultos, textos que resgatam o pouco da magia que ficou em suas lembranças dos tempos em que seus pais sentavam com eles na sala, no quarto ou na varanda para contar as histórias mais fantásticas de belas princesas e de reinos distantes. Quando lemos contos de fadas para as crianças, certamente estamos a ajudá-las a recuperar partes de uma infância que se perdeu num tempo em que usavam a linguagem dos seus sonhos para conversar com fadas e enfrentar gigantes. Através das histórias lidas pelas próprias crianças ou contadas pelo professor, é possível que elas experimentem estados afetivos diferentes daqueles que a vida real lhes pode proporcionar.


Assim, a presença da Literatura infantil na escola e no lar representa um estímulo forte à aprendizagem da leitura. Adquirindo o gosto pela leitura a criança passará a escrever melhor, terá um repertório amplo de informações e poderá produzir um livrinho de histórias ilustradas e contadas por todas as crianças da sala. O presente trabalho possui como objetivo geral a influência dos contos de fadas e das fábulas no desenvolvimento infantil. O conteúdo deste pequeno livrinho, desde a imaginação à conceção, espelha o imaginário das crianças envolvidas e transporta-nos a nós e a elas para uma importante janela de contemplação, de forma lúdica, desse mundo do imaginário. Teremos nos respetivos autores, seguramente, melhores leitores e bons escritores da Língua Materna. O Diretor de Agrupamento Fernando Lopes


HISTÓRIA ANDARILHA Bem perto do deserto e das famosas pirâmides do Egito, um menino como tantos outros, passava todo o tempo que podia a imaginar o que seria viajar por todo o mundo e conhecer meninos da sua idade que vivem em outros países. No seu aniversário pediu aos pais uma grande enciclopédia em que pudesse explorar locais distantes de outros povos. Nesse dia, os pais de Mohammed já lhe tinham preparado uma grande surpresa. Ofereceram-lhe um computador com uma pen, já com ligação à internet! No dia da festa de aniversário, ao ver a surpresa que o esperava, Mohammed ficou maravilhado e não perdeu tempo em explorar imagens de todo o mundo.


Foi então que encontrou um blogue interessantíssimo que falava de atividades e jogos realizados numa escola de um país chamado Portugal. Mohammed não conhecia esse país e, por isso, tratou logo de o procurar no globo terrestre que iluminava e decorava a secretária do seu pai. Pensou que gostava de conhecer aquele sítio onde os alunos das escolas faziam coisas tão interessantes. Voltou para o blogue e encontrou o nome da escola. Chamava-se E.B.1 de Loureiro-Delães e até tinha um endereço eletrónico, para onde enviou algumas mensagens. Entretanto os professores convidaram-no a visitar pessoalmente a escola para conhecer todos os seus alunos.


Não tardou muito até que Mohammed fizesse uma surpresa inesperada ao Jardim-de-Infância e à Escola de Delães. Conheceu todos os alunos, falou da sua família e do seu país e, principalmente, pediu ajuda aos seus novos amigos para lhe apresentarem um pouco de Portugal e alguns dos seus encantos. Os meninos do Jardim-de-Infância gostaram tanto dele, que após a sua visita à sala de atividades decidiram escrever-lhe uma carta.



Capitulo I

Uma carta para o nosso amigo Mohammed


Olá Mohammed, como estás? Ouvimos dizer que vens a Portugal e que gostavas de saber o que é uma quinta. Pois bem, nós sabemos muitas coisas das quintas da nossa região (Delães, Riba D`Ave, Bairro, S. Simão, Carreira, Landim …) Uma quinta é uma área muito grande com cercas, para os animais não fugirem. Tem uma casa grande onde vive o Sr. Lavrador/ Agricultor e a sua família. Numa quinta trabalha-se muito. É necessário tratar dos animais e dos campos.


O Sr. Agricultor lavra a terra com ajuda dos tratores e de máquinas. A terra fica fofinha, depois metem-se lá sementinhas. Vem a chuva e o sol e a sementinha cresce, cresce… Quando ela cresce muito dá-nos milho ou trigo para fazermos pão e outras comidas, como por exemplo, salada de milho, cereais para o pequeno-almoço e pipocas. O Sr. Agricultor também semeia erva para os animais comerem e planta legumes / hortaliças para nós fazermos a sopa.


Na nossa região as quintas têm muitas vaquinhas brancas e pretas que gostam muito da erva verdinha dos campos. Sabes, Mohammed, que alguns meninos pensam que as vaquinhas dão pacotes de leite? Aha… ha… ha… que disparate! As vaquinhas dão o leite, o Sr. Lavrador leva a uma fábrica e as máquinas da fábrica metem o leite em pacotes. Depois vamos ao hipermercado e compramos pacotes de leite para beber.


Algumas quintas têm ovelhas, porque as ovelhas também dão leite e dão uma coisa muito importante, a lã, para fazermos camisolas, gorros, cachecóis e luvas muito quentinhas, porque cá, no Inverno, cai geada que é muito fria. Sabes como se tira a lã às ovelhas, Mohammed? É com uma tesoura grande. Mas as ovelhas não vão ao cabeleireiro! É o Sr. Lavrador que lhes corta a lã. Chama-se tosquiar as ovelhas.


Nas quintas há porquinhos e nós gostamos muito de comer fiambre e salsichas que são feitos de carne de porco. Os nossos papás e os avós gostam muito de presunto e de chouriças.


As nossas quintas têm muitas galinhas e elas comem milho e dão-nos os ovos. Às vezes também têm lagos com patinhos e muitos coelhinhos.


Uma vez apareceu na nossa escolinha um coelhinho de verdade e escondeu-se dentro da casinha de jardim que temos no recreio, mas a Cátia abriu a porta e o coelhinho fugiu para a rua. É perigoso para o coelhinho, porque pode vir um carro e matá-lo, ou um cão e comê-lo. Pronto Mohammed, agora já sabes o que é uma quinta. Se quiseres podes visitar a quinta do “tio Manel.”

Beijinhos dos meninos do Jardim-de-Infância de Delães.


VAMOS PARA A QUINTA DA TIA JACINTA BRINCAR COM A SUA CABRITA

E OS COELHINHOS TODOS AOS SALTINHOS A PASSAR PELOS PORQUINHOS

VAMOS PARA A QUINTA DO TIO MANEL E BRINCAR COM O JOEL

OLHA O CÃOZINHO OLHA O GATINHO QUE BONITO QU’ELE VAI

AQUI HÁ VAQUINHAS PATOS OVELHINHAS GALOS E TAMBÉM GALINHAS

COM SUAS ORELHAS COM O SEU RABINHO E UM LINDO BIGODINHO



Capitulo II Os bichos da floresta


Numa bela manhã de primavera, o Zé e a Micas convidaram Mohammed a passar um dia na EB1 de Loureiro com os alunos do 1º ano para conhecer alguns animais do Parque Nacional da Peneda Gerês. O Zé começou por mostrar algumas imagens da região.


Ao ver aquelas lindas paisagens, Mohammed ficou muito curioso e cheio de vontade de conhecer o Gerês. A Micas disse: - Prometo que quando chegarem as férias da Páscoa, levo-te a visitar o Parque e assim poderás conhecer alguns dos animais, a floresta, as cascatas, os rios, as aldeias, as praias fluviais, a serra.


- Também podemos fazer um piquenique delicioso. – sugeriu o Zé. - Boa ideia! Eu adoro a Natureza! – exclamou Mohammed.


- Nas noites de luar, do alto das colinas, podemos observar o cĂŠu e as estrelas mais cintilantes do Universo! - disse a Micas.


- O melhor será ouvir todos os sons que os animais emitem porque vivem em liberdade e felizes. – lembrou o Zé. - Eu estou muito curioso para ouvir essa melodia. – disse o Mohammed. - Prepara bem os teus ouvidos para escutares a canção dos Bichos da Floresta. – propuseram a Micas e o Zé. - Eu já estou pronto. Podem começar…


REFRÃO Os bichos da floresta Vivem em liberdade Devem ser respeitados por nós! Os bichos da floresta Vivem em liberdade Devem ser respeitados por vós!

Muge a vaca, relincha o cavalo Mia o gato e grunhe o javali E o falcão voando alto Cai a pique no chão! Uiva o lobo, regouga a raposa Pia o mocho e canta o tentilhão Lá na serra do Gerês Saltava feliz uma cabrinha montês! Salta a rã e salta o esquilo Nada a truta no regato frio E a coruja no ramo da árvore Procura algo pra comer. Chia o rato, sibila uma cobra Plana a águia no alto da colina E o sapo escondido lá no lago Guarda bem os girinos bebés. Adaptação em tempo real da canção: “O Mundo dos Sons”


- Gostei muito de ouvir esta canção. Eu não conhecia Portugal e quero muito ir visitar o Parque da Peneda Gerês, a floresta para poder ver todos esses animais a viverem em liberdade nesse lugar tão especial. - Como este ano se comemora o Ano Internacional da Floresta, para terminarmos a visita faremos uma festa com todos os animais. Será o Fungagá da bicharada! – terminou o Zé.

Fungagá da Bicharada Vamos falar de animais e de como eles são Do lobo do gato e do gavião E outros mais também virão Talvez uma águia, um garrano ou um falcão


REFRÃO

É o fungagá, fungagá da bicharada É o fungagá, fungagá da bicharada É o fungagá

Vamos todos aprender como vive a bicharada O que é um cardume e uma manada Vamos ver não tarda nada Quem é que afinal tem a voz bem afinada


REFRÃO É o fungagá, fungagá da bicharada É o fungagá, fungagá da bicharada

Vamos também descobrir uns amigos bestiais Bem diferentes dos habituais E vamos rir até não poder mais Com as palhaçadas dos amigos animais

REFRÃO É o fungagá, fungagá da bicharada É o fungagá, fungagá da bicharada Adaptação da canção: “O Fungagá da Bicharada” de José Barata Moura


CapĂ­tulo III Mohammed no Jardim da Nina


Nessa tarde primaveril, em que o Sol ainda sorria um pouco envergonhado atrás da amiga nuvem, a professora sugeriu aos seus alunos do 2.º ano que tivessem uma aula diferente do habitual. Como estavam a estudar o tema dos Seres Vivos, a ideia seria deslocarem-se até ao Jardim da Nina que ficava próximo da sua escola e aproveitar a presença do Mohammed para os acompanhar. Assim, poderiam observar mais de perto a Natureza e, no final, realizar um belo trabalho de Expressão Plástica e uma canção.


Se bem pensaram, melhor o fizeram!.. Pés ao caminho!... Deram as mãos e em fila seguiram atrás da professora, levando nas mãos a sebenta e o lápis e no olhar a curiosidade característica.


Ao chegarem à entrada receberam as boas-vindas da Fada Nina que se posicionava em cima do portão. Qual não foi o espanto daqueles meninos e meninas quando ela se colocou na frente da fila e pediu de imediato que a seguissem. A certa altura a Fada explicou que, uma vez que os meninos tinham vindo aprender mais sobre a fauna e a flora dos jardins, o Mohammed iria ser um deles e, assim, aprenderiam todos juntos. Foi então que o mais reguila daqueles alunos, perguntou: - Como poderemos estudar estes animaizinhos tão pequeninos que quase se perdem debaixo dos nossos pés?


- Ora aí é que entro eu.- respondeu a Fada. Deixem essa parte comigo. E continuou:

“Pós de perlim-pim-pim pós de perlim-pim-pão. Meninos pequeninos rebolam pelo chão.”


E, de imediato, todos ficaram mais pequeninos. Agora eram as flores que pareciam enormes e os animais do mesmo tamanho que eles. Então, começaram a explicar ao Mohammed o nome dos insectos que iam encontrando, bem como as suas principais características. Começaram por ver um gafanhoto que saltitava por cima das suas cabeças. Depois, cruzaram-se com uma mosca bem negra que levava migalhas nas suas patas. Foram andando pelos canteiros e viram uma borboleta a esvoaçar de um amor-perfeito para uma tulipa e desta para um lírio. De um buraco que lhes pareceu enorme saiu o senhor grilo que veio cumprimentar o pirilampo. Continuaram a sua caminhada e passaram pelas pedrinhas até outro canteiro onde viram e sentiram o perfume maravilhoso das rosas e dos cravos. Estava tudo tão agradável que não contavam com o que lhes aconteceu de seguida: todos tiveram de fazer patinagem num líquido de aspecto viscoso deixado pelo amigo caracol.


Seguraram-se uns aos outros para não caírem e repararam então numa bela e alta flor, de “pescoço” virado: era um belo girassol.


Os meninos continuaram a sua visita de estudo, e depararam-se com uma joaninha “voa, voa”, vermelha às pintinhas, que sobrevoava as zínias e os malmequeres. De repente, o Daniel apanhou um grande susto, porque ia pisando uma minhoca comprida, castanha e muito feia, que saiu de um buraco na terra, ao lado da petúnia rosa. O Mohammed ficou muito admirado, pois nunca tinha visto uma minhoca. Achou piada ao seu corpinho gordinho a rastejar! Mais à frente, encontraram um exército de formigas em carreirinho, carregadas de alimentos, para guardarem nas suas toquinhas para comerem nos longos e frios dias de Inverno. Também viram uma orquídea amarela cor do Sol, e em cima dela uma abelha, que retirava o pólen, para fazer o mel docinho, na colmeia, que os meninos tanto gostam.



Entretanto, pelo caminho, passou-lhes um libélula a voar, mesmo pertinho das suas cabeças e aterrou em cima de uma calêndula vermelha. Que divertido que foi! No meio do canteiro das gerberas, disfarçado na erva, estava a cigarra verdinha. Os meninos aperceberam-se da sua presença pelo belo canto que ouviram. Olharam com atenção, e lá estava ela… Estava a ser uma aula fantástica e muito divertida. A quantidade de animais e plantas que já tinham descoberto! Afinal, a Natureza era muito bonita e misteriosa!… Chegaram ao fim da visita, os meninos e o Mohammed estavam estupefactos com o que aprenderam no Jardim da Nina, mas antes de voltarem à escola e de se despedirem do Mohammed, tinham um problema para resolver. E foi aí que a fada Nina se lembrou: - Pois é, agora vocês têm de voltar ao vosso tamanho normal! Então esperem:


“Pós de perlim-pim-pim pós de perlim-pim-pão. Ao seu tamanho normal, Os meninos voltarão.”


E assim os meninos voltaram a ser o que são. Despediram-se da Fada Nina e regressaram para a escola, muito felizes e impressionados com o que viram. Lá o Mohammed perguntou: - O que é que vamos fazer sobre esta visita? Os meninos responderam: - Nós vamos fazer um trabalho de Expressão Plástica, vamos desenhar os animais e flores que vimos e fazer um cartaz… Também vamos criar uma canção sobre o que vimos… E claro que tu podes colaborar!


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Fui lá ver uma borboleta Tirolé-tirolé-ló-lá. Fui lá ver uma borboleta Tirolé-ló-lá. Como era a borboleta? Tirolé-tirolé-ló-lá. Como era a borboleta? Tirolé-ló-lá. Era azul e violeta Tirolé-tirolé-ló-lá. Era azul e violeta Tirolé-ló-lá.

2 REFRÃO Eu fui ao Jardim da Nina Tirolé-tirolé-ló-lá. Eu fui ao Jardim da Nina Tirolé-ló-lá. O que foste lá fazer? Tirolé-tirolé-ló-lá. O que foste lá fazer? Tirolé-ló-lá.

Fui lá buscar uma rosa Tirolé-tirolé-ló-lá. Fui lá buscar uma rosa Tirolé-ló-lá. Como era essa rosa? Tirolé-tirolé-ló-lá. Como era essa rosa? Tirolé-ló-lá. Era bonita e cheirosa Tirolé-tirolé-ló-lá. Era bonita e cheirosa Tirolé-ló-lá.


3 Fui lá ver um caracol Tirolé-tirolé-ló-lá. Fui lá ver um caracol Tirolé-ló-lá. O que fazia o caracol? Tirolé-tirolé-ló-lá. O que fazia o caracol? Tirolé-ló-lá. Punha os pauzinhos ao sol Tirolé-tirolé-ló-lá. Punha os pauzinhos ao sol Tirolé-ló-lá.

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4 Fui lá buscar uma tulipa Tirolé-tirolé-ló-lá. Fui lá buscar uma tulipa Tirolé-ló-lá. O que fizeste à tulipa? Tirolé-tirolé-ló-lá. O que fizeste à tulipa? Tirolé-ló-lá. Dei-a à menina Filipa Tirolé-tirolé-ló-lá. Dei-a à menina Filipa Tirolé-ló-lá.

Fui lá ver umas joaninhas Tirolé-tirolé-ló-lá. Fui lá ver umas joaninhas Tirolé-ló-lá. Como eram as joaninhas? Tirolé-tirolé-ló-lá. Como eram as joaninhas? Tirolé-ló-lá. Eram cheias de pintinhas Tirolé-tirolé-ló-lá. Eram cheias de pintinhas Tirolé-ló-lá.


CapĂ­tulo IV Mohammed no Pomar


Na semana seguinte, andava Mohammed a passear perto da escola de Delães, por entre os montes e campos do concelho de Famalicão. Quando de repente, descobriu um lindo e grande pomar, cheio de árvores de fruto: havia imensas macieiras, pereiras, pessegueiros, laranjeiras, limoeiros… Entrou para o pomar, quando viu debaixo de um diospireiro, algumas frutinhas que andavam muito desesperadas, procuravam crianças que pudessem saboreá-las. Mas estava difícil, a maioria das crianças não gostavam de frutas, preferiam comer bolachas, refrigerantes, bolos, entre outras coisas, e com isso as frutinhas ficavam para trás. Elas estavam muito tristes por estarem esquecidas!


Mohammed, falou com algumas dessas frutinhas, para melhor as conhecer, pois na Terra dele, algumas n찾o existiam. Cada uma das frutas contou a sua import창ncia:


Falou o morango: - Sou uma fruta, venho do morangueiro, tenho muita quantidade de vitamina C, protejo os ossos, os dentes e vasos sanguíneos. Tenho um sabor maravilhoso e sou muito vermelhinho! Disse a maçã: - Venho da macieira!! Sou rica em vitaminas A, B1, B2, C, sou excelente para o cérebro e posso ajudar para um sono tranquilo. Sou doce e prometo dar muita alegria! A seguir, falou a pêra: - Tenho uma grande quantidade de nutrientes. Venho da pereira e tenho um sabor muito delicado e sumarento.


Logo depois, falaram as laranjas e os limões: - Somos frutos com casca muito grossa, mas muito suculentos e cheios de vitamina C. As laranjas são mais doces e vêm da laranjeira.


O figo, também quis falar: - Eu chamo-me figo e venho da figueira. Sou uma fruta muito energética e doce. Muitas avós utilizam-me para fazer deliciosas compotas para os seus netinhos.

E por fim, vieram as uvas: - Vimos da videira e com o nosso suco, os Homens podem fazer o vinho. Aqui na região do Minho, há muitas videiras e existe um vinho muito famoso:” O Vinho Verde”. Mas, é só para adultos…as crianças só podem comer as uvas, que são muito saborosas e doces.

Quando todas acabaram de falar, Mohammed perguntou: - Como é possível que a maioria das crianças não gostem de frutas?


O morango, comentou: - Somos tĂŁo saborosas e ainda por cima muito importantes para a saĂşde!


E então o dióspiro falou: - Frutinhas, não fiquem aflitas, as crianças são muito inteligentes. Se levarmos estas informações para cada uma delas e fazermos com que descubram a nossa importância para a saúde, tenho a certeza que não nos deixarão mais de lado.


A maçã perguntou: - E como podemos fazer isso? Mohammed pensou e respondeu: - Devemos chegar aos livros, às revistas e às televisões, informando a vossa importância na vida delas. E especialmente, tentar chamar a atenção dos pais, pois são os principais responsáveis pela boa alimentação dos filhos.


As laranjas e os limões, com muito entusiasmo disseram: - Vamos lá frutinhas... não podemos ficar paradas! Já temos solução! As crianças agora irão comer lanches mais saudáveis, vão trocar os bolos e bolachas por frutas apetitosas. Mohammed, despediu-se de todos e muito feliz exclamou: - Adeus a todos! E que todas as crianças sejam muito mais saudáveis!


Pelo caminho, Mohammed encontrou um amigo da escola de Delães, da turma do 3ºano e contou a sua história no pomar. O amigo ouviu com muita atenção e disse a Mohammed que na sua escola, os alunos também são muito inteligentes e levam sempre lanches saudáveis e dois dias por semana, recebem fruta variada.



CapĂ­tulo V Mohammed conhece os rios


Noutra manhã, depois de acordar, Bernardo levantou-se, abriu a persiana do seu quarto e viu que estava um lindo dia de sol. Ficou deslumbrado por ver os passarinhos a esvoaçarem, as cores alegres das flores, as borboletas a voarem de flor em flor, a frescura dos frutos nas årvores do seu pomar, enfim, um belo dia para fazer um piquenique.


Foi logo falar com os seus pais e prop么s-lhes a sua ideia. Eles acharam uma 贸tima ideia e enquanto se preparava tudo Bernardo foi chamar a sua amiga Rita e o Mohammed. J谩 com tudo na mala do carro, os pais do Bernardo sugeriram uma viagem at茅 as margens do rio Douro.


Durante a viagem, o Bernardo perguntou aos seus pais porque é que não foram para junto do rio Ave, pois era bem mais perto. - Não fomos para as margens do rio Ave porque algumas fábricas e algumas pessoas deitam lixo e águas contaminadas para o rio, deixando-o completamente sujo, os peixes ficam doentes e alguns morrem, o cheiro à volta dele é intenso e nós se fossemos para lá poderíamos ficar doentes. – respondeu o pai. - Mas pai, não existem mais rios em Portugal? - Claro que existem mais rios, temos o rio Douro, o rio Mondego, o rio Tejo, o rio Sado e o rio Guadiana.


A Rita comentou que na escola tinha ouvido que o rio Sado nascia na Serra da Vigia e tem a sua foz perto da cidade de Setúbal, onde tem um estuário muito grande no qual habitam alguns golfinhos e tem 180 Km de extensão. A Mãe disse que o rio Mondego é o maior rio que nasce em Portugal, na Serra Estrela, desagua no mar perto da Cidade da Figueira da Foz e tem uma extensão de 234 Km. Ficou popularmente conhecido por «Basófias», devido às fortes cheias no Inverno e ficar quase seco no Verão.


O Pai do Bernardo exclamou: - Eu ouvi dizer que o rio Guadiana tem de comprimento 870km! Nasce em Espanha e desagua junto a Vila Real de Santo António. Era conhecido por Odiana, até ao século XIII. Entretanto, o seu Pai ligou o rádio para descontraírem um pouco. O senhor locutor informou que estava a decorrer, na foz do rio Tejo, perto de Lisboa, uma festa de sensibilização contra a poluição dos rios. - Boa tarde! - Disse a jornalista Joana Gama. – Encontra-se nesta festa, o que significa que certamente se preocupa com esta causa. O que me sabe dizer sobre este rio? - Boa tarde. Sei que este rio nasce em Espanha e tem de comprimento 1007km. - Muito obrigada. E a senhora, que informações me pode dar sobre este tema? - Eu nasci no Porto. Lá existe um rio que nasce em Espanha e desagua entre Vila Nova de Gaia e Porto. Nas suas margens pode observar-se as vinhas que originam o mundialmente conhecido Vinho do Porto. Chama-se rio Douro e tem, de extensão, 850km. - Nem de propósito! Estão a falar do nosso destino! – comentou o Mohammed.


- Para terminar, só mais uma questão. Pode ser já este senhor tão simpático. Conhece o rio Minho? - Por acaso, este ano fui passar férias em Caminha, a foz desse rio. No entanto, a sua nascente é em Espanha. Finalmente chegaram ao seu destino: a margem direita do rio Douro! Escolheram um local esplêndido para o seu piquenique. Estenderam a toalha de xadrez branco e azul e, como já estavam com bastante fome, todos ajudaram a preparar a sua refeição. Cuidadosamente, foram aparecendo na toalha deliciosos petiscos: sandes, rissóis, panados, filetes, pão, queijo, fiambre, pataniscas, fruta, iogurtes, sumos naturais e água. Entretanto, Mohammed estava deslumbrado com tanta iguaria diferente de tudo ao que estava habituado. Enquanto saboreavam o seu verdadeiro manjar dos deuses, observavam o rio. De repente, viram algo diferente a mexer. Curiosos, foram ver o que se passava.


- Oh, é uma truta! – exclamou a Rita. - Vamos ver se conseguimos observar outros animais fluviais, como a boga, a enguia, a amêijoa asiática, a lampreia, o sável ou o meixão. - Mas se existem peixes no rio, também devem existir plantas aquáticas! - Sim, há várias, como alisma, lentilha-de-água e jacintos-de-água, tão comuns no nosso rio Ave. Sabem porquê? – questionou o Pai do Bernardo. - Não, por que razão? - Essa planta vive com a poluição, alimentando-se de partículas poluídas e, como sabem, o rio Ave encontra-se muito poluído…


Como estavam a ter dificuldade em encontrar todos os seres vivos referidos, os pais fizeram a seguinte proposta: - Que tal uma visita ao Sea Life? - Ótima ideia, querido! - respondeu a mãe. Não sei se lá encontraremos animais e plantas fluviais, mas poderemos encontrar alguma informação acerca de locais onde os conseguiremos observar. - Empolgados com a sugestão, arrumaram tudo e partiram.


Infelizmente, nĂŁo tiveram tempo de fazer essa visita porque Mohammed teria de estar no aeroporto Francisco SĂĄ Carneiro para a sua viagem de regresso a casa ao final desse mesmo dia. No entanto, a desejada visita ficou prometida a Mohammed para breve.


Refrão As águas dos rios, São preciosas demais! Vamos cantar, Como são assim especiais!

Neste país que é tão pequeno, a paisagem é de encantar. Nela os rios respiram vida, temos de a cuidar!

Poluir não nos leva a nada, só destrói, suja e mal trata quer os peixes como os golfinhos Contamina e mata

Vê o Minho e o Mondego, o Guadiana e o Douro, Olha o Tejo e o rio Sado, Tanta água é ouro!

Se queremos ter um futuro com água para beber Se queremos estar num mundo sem medo de viver!


Com a bagagem repleta de aventuras, amizades e muito conhecimento, Mohammed regressou ao Egito, feliz‌

Boa Viagem Amigo!


Dicionário/Dictionary Português- Inglês/Portuguese-English abelha - bee adeus - goodbye aldeia - village alunos - students amêijoa - clams amigo - friend animal - animal árvore - tree borboleta - butterfly cabra - goat campo - fields canção - song cão - dog caracol - snail carta - letter

cascata - waterfall cavalo - horse céu - sky cavalo - horse céu - sky chuva - rain coelho - rabbit cravo - carnation dióspiro -persimmon enguia - eel erva - grass escola - school esquilo - squirrel estrela - star fábricas - factories fada - fairy


falcão - hawk família - family férias - holiday fiambre - ham figo - fig flores - flowers floresta - forest formiga - ant foz - river mouth gafanhoto - grasshopper galinha - chicken golfinho – dolphin grilo - cricket (bug) insetos - insects inverno - winter jardim – garden lã - wool laranja - orange lavrador - farmer legumes - vegetables

leite - milk limão - lemon lixo - rubbish lobo - wolf maçã - apple margens do rio - river bank meixão - elvers meninas - girls mensagem - message milho - corn minhoca - worm morango - strawberry mosca - fly natureza - nature orquídea - orchid ovelha - sheep país - country pais - parents pão - bread pássaro - bird


Mapa da Escola

Caรงa Andarilha 20 4

17

1

11

8

13 22

Escola

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9

2

Partida Chegada

Cantina

Cantina

15

5

7 14 16 6

19 12

3

18


Os animais da quinta

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Jardim de Infância Os animais da Quinta perderam-se na Escola! Existem seis animais diferentes. Segue o mapa e encontra-os‌ Cola-os na tabela amarela.

2 3 4 5 6


Animais da Floresta 1.º ano

1 “A” vai até à baliza 7 7 “O” vai até à baliza 5 5 “R “ vai até à baliza 15 15 “U” vai até à baliza 3 3 “C” vai até à baliza 9 9 “J” Se segues o mapa da cor azul “Porto” já estás perto de encontrar o teu animal!

1 “A” vai até à baliza 7 7 “O” vai até à baliza 5 5 “R “ vai até à baliza 8 8 “G” vai até à baliza 4 4 “A” vai até à baliza 5 5 “R” vai até à baliza 12 12 “N” Se segues o mapa vermelho já estás perto de encontrar o teu animal!

Chave Mágica

3

7

5

16 9

1

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1

5

5

4

12 7


O Jardim da Nina 2.º ano 1 “A” vai até à baliza 7 7 “O” vai até à baliza 5 5 “R ” vai até à baliza 2 2 “E” vai até à baliza 19 19 “S” vai até à baliza 5 5 “R” vai até à baliza 21 21 “I” Já estás perto de encontrar a tua flor!

1 “A” vai até à baliza 6 6 “L” vai até à baliza 13 13 “T “ vai até à baliza 15 15 “U” vai até à baliza 16 16 “P” vai até à baliza 21 21 “I” Já estás perto de encontrar a tua flor!

A tua descoberta tem uma palavra! Vai ter com a tua professora , pede- lhe a chave para juntar às letras que encontraste e descobre a tua flor! Chave Mágica

13 15 6

21 16 1

13 15 6

21 16 1


Mohammed no Pomar 3-ºano

1 “A” vai até à baliza 6

6 “L” vai até à baliza 5 5 “R” vai até à baliza 2 2 “E” vai até à baliza 12 12 “N” vai até à baliza 5 5 “R” vai até à baliza 4 4 “A” vai até à baliza 9 9 “J” vai até à baliza 11 11 “A” vai até à baliza 21 21 “I” Já estás perto de encontrar a tua árvore! A tua árvore tem duas palavras! Vai ter com a tua professora, pede -lhe a chave para juntar às letras que encontraste e tenta descobrir o seu nome! Chave Mágica

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1

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Mohammed procura os rios 4.ºano 1 “A” vai até à baliza 7 7 “O” vai até à baliza 20 20 “I” vai até à baliza 12 12 “N” vai até à baliza 4 4 “A” vai até à baliza 5 5 “R” vai até à baliza 10 10 “D” vai até à baliza 11 11 “A” vai até à baliza 8 8 “G” vai até à baliza 15 15 “U” vai até à baliza 21 21 “I” Já estás perto de encontrar o teu rio! O teu rio tem duas palavras! Vai ter com o teu professor, pede lhe a chave para juntar as letras que encontraste e tenta descobrir o seu nome! Chave Mágica

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7

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Este projeto foi desenvolvido por todos os alunos do J/I da Portela e E.B.1 de Loureiro no ano letivo de 2010 /11 da Freguesia de Delães, Concelho de Vila Nova de Famalicão, sob a supervisão de:

Corpo Docente Carolina Costa – Educadora de Infância Ana Paula Botelho – 1.º ano, turma C Marisa Fernandes – 1.º ano, turma C1 Sara Silva – 2.º ano, turma C2 Ana Sofia Dias – 2.º ano, turma C3 Carole Silva – 3.º ano, turma C4 Pedro Reis – 3/4.º ano, turma C5 Joana Borges – 4.º ano, turma C6 António Abreu- Apoio Educativo e Coordenador de Estabelecimento

Célia Silva – Animadora Socioeducativa Antónia Reis – Música Sofia Abreu – Inglês Vítor Azevedo e Jorge Silva – Atividade Física e Desportiva Expressões – Marta Sá, Olga Martins e Joana Salgado António Abreu- Apoio Educativo e Coordenador de Estabelecimento Técnica Operacional – Laura Fonseca


Fim


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