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REPORTAGEM Pág. 10 a 12

UMinho encanta estrangeiros

academia

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Complemento de alojamento a partir de setembro

ACADÉMICO EM PDF Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 221/ ANO 10 / SÉRIE 6 TERÇA-FEIRA, 21OUT.14

campus

desporto

cultura

StartPoint@ UM: como ser empreendedor!

SC Braga/AAUM derrotado pelo Benfica

Trovas agendado para dia 25 de outubro

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FICHA TÉCNICA

SEGUNDA OPINIÃO PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho // terça-feira, 21outubro 2014 / N221 / Ano 10 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Lénia Rego // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , Ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, Bárbara Araújo, Bárbara Martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Diana Silva, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Florbela Caetano, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Inês Neves, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Maria João, Marta Roda, Norberto Valente, Pedro Ribeiro, Rute Pires, Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás Soveral, Virgínia Pinto. // COLABORADORES: Abel Duarte, António Ferreira, Daniel Silva, Elisabete Apresentação, Elsa Moura, Lara Antunes, Paulo Sousa e Sérgio Xavier // CRONISTAS: António Paisana, Joana Arantes, Maria Aldina Marques, Paulo Reis Mourão // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Lénia Rego // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

Fórum de Ética

Manuel Curado Docente do Departamento de Filosofia da Universidade do Minho

Foi com alegria que acompanhei os trabalhos do Fórum de Ética do dia 15 de outubro. Não se tratou de mais um colóquio de natureza científica. Diferentemente, o objetivo dos organizadores, a senhora Vice-Reitora Graciete Dias e o senhor Professor Licínio Chainho Pereira, foi o de apresentar a Comissão de Ética da nossa universidade, as suas subcomissões e, sobretudo, abrir um espaço de debate sobre um tema cada vez mais importante para a vida da academia. A presença da Ética em qualquer campus do mundo merece ser explicada. Indo directamente ao coração da surpresa: o que faz a Ética no seio de uma comunidade de pessoas que se dedicam à descoberta de conhecimento novo, ao ensino e à prestação de serviços de alto nível à sociedade? O que significa esta estranha palavra de origem grega? Podemos viver sem ela? Olhando para a lista impressionante que o norte-americano Donald E. Brown fez dos universais humanos, no seu livro Human Universals (1991), vemos imediatamente que a Ética é um dos traços mais fortes de todas as comunidades humanas. Não há povo da Terra sem Ética, isto é, sem distinguir o bem e o mal, sem procurar o melhor curso de ação possível, sem catálogos de virtudes, sem recompensas e sem sanções. Aristóteles, na Ética que dedicou a

Eudemo de Rodes, dá-nos o tamanho do assunto: todas as formas de viver que dependem da escolha, isto é, toda a acção voluntária. Há aspectos da vida que não são éticos. O metabolismo dos alimentos ou a passagem da infância para a adolescência não são assuntos éticos porque ninguém os pode alterar voluntariamente. Deste ponto de vista, a Ética é o território que engloba tudo o que fazemos na vida devido a escolhas. A Política é uma parte desse território, tal como a Ciência, a sorte, os afectos e as crenças religiosas. A margem da escolha é pequena, mas existe, e pode ser cultivada por uma arte de viver. A Ética é essa arte. Na Odisseia, o filho de Ulisses vai ter com Nestor à procura de notícias do seu pai e à procura de conselhos para viver bem. Os Pitagóricos que inventaram a matemática, que fundaram o comunismo e que sonharam com a Anti-Terra deixaram-nos listas intermináveis de preceitos sobre como viver bem, desde a proibição de comer favas até à forma de fazer uma viagem. A antiguidade da Ética causa assombro. Temos universais humanos, intuições morais e ideais de vidas dignas. É claro, se temos tudo isto, e se tudo isto faz parte da natureza humana, então talvez não precisemos de reflectir sobre Ética na Universidade. Nada poderia ser mais falso. Porquê? A Mãe Natureza não nos deu nem universais, nem intuições nem ideais morais para as formas de viver que dependem diretamente da ciência e da tecnologia. Se viajarmos num avião supersónico sem um fato especial, é muito provável que a experiência acabe em desastre. Não temos sinais de perigo para esse tipo de velocidades. Isto não significa que só a argumentação racional nos pode dar conselhos éticos. A prudência é

sempre precisa. O desejo de sermos sábios e felizes nunca desapareceu. As universidades estão na vanguarda do conhecimento novo. Todos os dias enfrentam situações que os nossos pais e avós não conheciam e não podiam sequer imaginar. Quem as poderá auxiliar a tomar decisões? O contributo das comissões de Ética é precioso. A Universidade tem áreas em que viaja, como na analogia anterior, a velocidades supersónicas, como a investigação científica, mas realiza também muitas actividades em que viaja a passo muito lento. As comissões são chamadas a dar o melhor conselho sobre as primeiras mas também não se demitem da responsabilidade de oferecer o seu pensamento sobre as segundas. Aqui vão alguns exemplos: consentimento informado na investigação, proteção dos direitos de autor de trabalhos científicos, plágio, bem-estar dos animais que são usados nos laboratórios, etc. Também muito haveria a dizer sobre as próprias comissões de Ética. No primeiro colóquio de Bioética da Universidade do Minho, a 3 de Novembro de 2006, a Prof.ª Marta Mendonça, da Universidade Nova de Lisboa, deu-nos a história rica destas comissões (em texto publicado posteriormente no livro Pessoas Transparentes, Almedina, 2010). Por agora basta dizer isto: a Comissão de Ética da Universidade do Minho está de parabéns pela organização deste Fórum. Voltando à questão inicial, podemos agora responder. O que faz a Ética na Universidade? Faz isto: dá-nos um sinal precioso de que não desistimos de resolver os problemas ligados à investigação científica e ao ensino superior. Aristóteles colocou a Felicidade no fim de todas as acções humanas. É nesse espírito que devemos desejar à Comissão de Ética da nossa Universidade uma vida longa, sábia e feliz!


PÁGINA 03 // 21.OUT.14// ACADÉMICO

ACADEMIA

Complemento de alojamento a partir de setembro Foto: DR REDAÇAO jornalacademico@rum.pt

Os estudantes bolseiros da Universidade do Minho que estejam alojados nas residências universitárias vão poder contar com a contabilização do complemento de alojamento mensal a partir do mês de setembro. Em setembro de 2014, a direção da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) dirigiu um pedido de esclarecimento à Direção Geral do Ensino Superior (DGES) expondo a sua preocupação pelo facto dos estudantes bolseiros alojados em residências universitárias serem obrigados a pagar a sua estadia durante o mês de setembro, uma vez que os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) consideram o complemento de alojamento mensal apenas para o período compreendido entre os meses de outubro e julho. Na altura, a direção da AAUM questionou a DGES sobre se havia alguma norma que, objetivamente e em termos regulamentares, impedisse os serviços de ação social das instituições de ensino superior de processar o complemento de alojamento mensal considerando o período de entrada a 15 de setembro e o período de saída a 15 de julho, atendendo ao facto do mesmo ser distribuído por dez prestações mensais. A resposta chegou agora. De acordo com o Diretor Geral do Ensino Superior nada impedia que se verificasse um "pagamento de 10 prestações entre setembro e junho", "se o início do ano letivo tivesse lugar em setembro, pode ler-se no documento". Tendo em conta que o Despacho

RT 6/2014, de 7 de fevereiro, estabelece que o início do ano letivo tem lugar no dia 15 de setembro de 2014, concluí-se, portanto, que se o ano letivo começa a 15 de setembro, o pagamento das 10 prestações do complemento de alojamento mensal também pode ter início nesse dia prolongando-se até 15 de julho. A notícia deixa satisfeito o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, que vai apresentar, em sede de Conselho de Ação Social, a proposta de integração do alojamento para estudantes bolseiros nas residências universitárias, para que “se passe a considerar esse complemento de alojamento mensal a partir do dia 15 de setembro e se deixe de cobrar esses quinze dias aos estudantes pela

sua estadia”, referiu Carlos Videira. O presidente da AAUM relembrou ainda que estes são estudantes bolseiros e por isso “são estudantes carenciados e a verba que lhes é cobrada durante o mês de setembro, faz-lhes certamente diferença no curto orçamento que têm”. Na carta enviada, o Diretor Geral do Ensino Superior refere ainda que "esta decisão é da competência da Universidade do Minho", não havendo, portanto, qualquer norma que impeça que tal aconteça. A direção da Associação Académica da Universidade do Minho reitera assim o seu pedido de alteração do período em que é contabilizado o complemento de alojamento mensal, fazendo com que deixe de ser

cobrado aos estudantes bolseiros o valor referente à estadia nas residências universitárias entre o dia 15 de setembro e o final do mês. “É importanto que os Serviços de Ação de Social e a Universidade do Minho estejam cientes e estejam sensibilizados que são estudantes muito carenciados e por esse motivo optam por entrar em residências universitárias, têm uma capitação baixa, caso contrário não seriam alunos bolseiros e este valor fará a diferença na gestão do orçamento anual”, acrescentou Carlos Videira. A concretizar-se, esta será uma boa notícia e uma grande ajuda para todos os alunos bolseiros da UMinho que tenham optado por viver nas residências universitárias.


CAMPUS PÁGINA 04 // 21.OUT.14 // ACADÉMICO

CAMPUS

UM futuro para as cidades INES MOREIRA ines.moreira.16@hotmail.com

Na passada sexta-feira, dia 17 de outubro, a cidade de Braga acolheu a Conferência “UM Futuro para as Cidades”, que decorreu no salão medieval da Reitoria, no Largo do Paço. Esta iniciativa integrou-se no ciclo de conferências que estão a ser levadas a cabo nas comemorações dos 40 anos da academia minhota. Foi ainda uma sessão promovida no âmbito do projecto “UM cidades”. Assim sendo, e como não poderia deixar de ser, contou-se com a presença do Reitor da Universidade do Minho, António Cunha, do vice-reitor, José Mendes, e ainda de carismáticas figuras do quadro municipal, como António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa, Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto, e Will Wynn, ex-mayor de Austin, Texas (EUA). “Uma cátedra ligada ao empreendedorismo e à inovação (…), a algo que também é importante para o nosso futuro que são as cidades, as nossas cidades”, foi desta forma que o reitor António Cunha abriu a sessão, enfatizando desta forma a relevância das questões urbanas. De facto é incontestável que “vivemos hoje num mundo especialmente urbano, onde mais de 50% da população mundial vive em cidades”, como referiu José Mendes, responsável pela moderação do debate.

Foto: DR

Desta forma, a sessão teve como principal pretensão discutir todos os desafios que as cidades enfrentam atualmente, como também procurar encontrar soluções que possibilitem o derrube desses mesmos problemas. Esta discussão foi feita em torno dos testemunhos e exemplos da cidade de Lisboa, Porto e ainda de Austin, cidade americana do estado do Texas. Ao longo do debate, os presidentes de câmara das respectivas cidades foram partilhando com a audiência os inúmeros problemas com que são confrontados no seu dia-a-dia enquanto líderes e responsáveis pelos municípios. A desertificação e o envelhecimento do centro da cidade, a poluição e o mau estado de conservação dos

edifícios foram alguns dos problemas apontados e debatidos na sessão. Rui Moreira afirmou mesmo: “O subúrbio tornou-se mais atraente para as pessoas, por erros do país e também pela forma como as cidades se foram financiando”. Ideia partilhada por António Costa, que referiu Lisboa como uma das cidades que mais sofreu com a desertificação nos últimos anos. Face às dificuldades apontadas, surgiu também em discussão a apresentação de soluções que passam, sobretudo, pela reabilitação e regeneração das cidades. Os “mayor’s” participantes no debate mencionaram ainda a importância de uma política centrada na economia da cidade, da força re-

generadora do turismo, da importância de atrair novas empresas, da necessidade do repovoamento do centro bem como relevância das políticas ambientais. Chegando às últimas instâncias do debate, José Mendes lançou a questão que dá título a um livro de Benjamim R. Barber: “If Mayor’s Ruled The World?”. Confrontados com a questão, Rui Moreira e António Costa viram essa possibilidade como algo pouco concretizável, uma vez que “os municípios já não são livres”, dependem do Estado Central. No final, o debate contou ainda com as intervenções de Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga e Domingos Bragança, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães.


CAMPUS PÁGINA 05 // 21.OUT.14 // ACADÉMICO

Cidades inteligentes em debate isabela pereira isapereiiraa@hotmail.com

Nos passados dias 16 e 17 de outubro, a escola de Direito da Universidade do Minho recebeu as primeiras Jornadas Internacionais sobre Cidades Inteligentes. A iniciativa levada a cabo pelo Centro de Investigação Inter-disciplinar em Direitos Humanos em colaboração com a UMCidades e com o Curso de Mestrado em Direito e Informática trouxe a debate as variadas perspectivas académicas criadas em torno da vida nas Cidades da Sociedade da Informação, reunindo especialistas académicos oriundos de diferentes países e de diferentes domínios científicos. A cerimónia de abertura contou com a presença de Pedro Bacelar Vasconcelos, diretor do Centro de Investigação Interdisciplinar em Direitos Humanos, Clara Calheiros, presidente

Foto: DR

da Escola de Direito da Universidade do Minho e José Mendes, Vice Reitor da Universidade do Minho, que salientaram a importância de debater as temáticas relacionadas com a utilização de serviços e ferramentas da Sociedade da Informação na vida

urbana do séc. XXI. Dentro de uma vasta área de convidados internacionais, destaca-se a presença de Radboud Winkels (exPresidente da IAAIL - International Association for Artificial Intelligence

and Law) que se debruçou sobre os sistemas de informação para o serviço de imigração e de Will Wynn, que partilhou a sua experiência em estratégia e projectos que mudaram a cidade de Austin, no Texas, da qual já foi Mayor.

Escola de Ciências abre portas à comunidade FRANCISCO GONÇALVES francisco.mog14@gmail.com

Inserido no Programa de Visitas para as escolas da Universidade do Minho (UMinho) destinados a estudantes e professores do ensino básico e secundário que desejam conhecer o ambiente e as dinâmicas da UM, a Escola de Ciências (ECUM) divulgou recentemente o seu Programa de Visitas para o ano letivo 2014/2015. O Programa, aberto durante todo o ano letivo, engloba atividades laboratoriais, demonstrações experimentais, visitas ao Laboratório

de Microscopia Eletrónica de Varrimento, e palestras nas áreas da Biologia, Física, Geologia, Matemática e Química, além das visitas guiadas às instalações e laboratórios que integram cada Departamento da ECUM. “A ECUM recebe anualmente um número substancial de pedidos de visita por parte de alunos e escolas dos ensinos básico e secundário, sobretudo para conhecimento das instalações, apresentação dos diversos cursos e pela oportunidade de contactarem com os investigadores e com tecnologias e equipamentos pouco acessíveis nas escolas” refere

Ana Carvalho, técnica superior do Gabinete de Relações Externas da ECUM, adiantando um número: “Nos últimos 5 anos, a Escola de Ciências recebeu a visita de 20980 alunos de escolas do ensino básico e secundário para participarem em atividades de divulgação de ciência promovidas pela Escola.” Para Ana Carvalho, a aposta neste género de iniciativas revela que a ECUM está “consciente do seu papel e das suas responsabilidades ao nível da educação da cultura científica e tecnológica”.

“A disseminação do conhecimento científico junto da população em idade escolar e da sociedade em geral, o aumento da perceção positiva do público face ao papel da ciência e da tecnologia no desenvolvimento e na competitividade, e o aumento da atratividade das profissões científicas” são, segundo Ana Carvalho, os objetivos principais do programa. O Programa de Visitas 2014/2015 pode ser consultado na página oficial da ECUM (www.ecum.uminho. pt).


CAMPUS PÁGINA 06 // 21.OUT.14 // ACADÉMICO

StartPoint@UM: como ser empreendedor! CATARINA OLIVEIRA catarinaa_oliveira@hotmail.com

Setenta empresas participaram nos passados dias 14 e 15 em mais uma edição do StartPoint@UM, uma iniciativa do Liftoff – Gabinete do Empreendedor da AAUM, que decorreu nos campi de Gualtar e Azurém, respetivamente. As entidades presentes provinham das mais diversas áreas e setores de atividade, desde a tecnologia às instituições financeiras e trouxeram uma série de oportunidades ao nível do empreendedorismo e mobilidade, estágios e empregos. Tudo isto permitiu aos estudantes e restantes participantes aumentarem a sua network e promoverem-se junto das empresas. Em paralelo, decorreram também palestras e seminários sobre empreendedorismo e criação do próprio negócio. Para demonstrar todo o trabalho que o Liftoff desenvolve juntos daqueles que querem aperfeiçoar a sua ideia, estiveram presentes alguns desses casos que já estão no terreno como é o caso da “Match Up”.

Foto: Nuno Gonçalves

A “Match Up” foi a responsável por toda a dinâmica de SMS, alertando os alunos para as palestras em que se tinham inscrito e sobre as empresas presentes que correspondiam àquilo que cada participante procurava. Uma ideia única e inovadora que agradou aos participantes.

A StartPoint@UM nasceu em 2012 e, dado o facto de estar inserida na Capital Europeia da Juventude, contou com 7000 participantes. No ano seguinte, não existindo o apoio do ano anterior, o evento decorreu na reitoria da Universidade contado com 2500 participantes. Foto: Nuno Gonçalves

À conversa com o presidente da AAUM, Carlos Videira, este afirmou existirem nesta edição, dois fatores que fizeram com que o evento superasse os valores do ano anterior: O facto de a iniciativa decorrer no campus, “onde os alunos têm as suas atividades letivas portanto o próprio trabalho é que vem ter com os estudantes no sítio onde eles estão todos os dias” e o facto de “este ano a iniciativa ser mais abrangente ao fazer-se não só na cidade de Braga, no campus de Gualtar, mas também no campus de Azurém”. No próximo ano perspetiva-se que a Universidade do Minho em parceria com a Câmara Municipal de Braga e a Câmara Municipal de Guimarães consiga com que a StartPoint@UM se torne numa iniciativa ainda mais abrangente com duas edições separadas no tempo, uma em Braga e uma em Guimarães. Tudo isto porque o “perfil dos estudantes é diferente de pólo para pólo”, revela Carlos Videira.


CAMPUS PÁGINA 07 // 21.OUT.14 // ACADÉMICO

Alunos oferecem alimentos SARA SILVA sara.daniela.gs@gmail.com

A Universidade do Minho acolheu este ano uma campanha de recolha de alimentos no âmbito do Dia Mundial da Alimentação, celebrado a 16 de outubro. A iniciativa foi promovida pelo Departamento Alimentar dos Serviços de Ação Social e pelo Departamento Social da Associação Académica da UMinho. A campanha reverte a favor de instituições que prestam apoio a pessoas carenciadas.

Além do objetivo solidário, esta recolha de alimentos visou também sensibilizar os alunos para o desperdício alimentar. "Este ano, a Campanha reforça o apelo contra o desperdício alimentar, uma vez que não desperdiçando todos podem contribuir com mais" pode ler-se no comunicado enviado à comunicação social. Os alimentos recolhidos serão agora entregues a instituições de solidariedade social da cidade.

Foto: DR

Voluntários, procuram-se! redação jornalacademico@rum.pt

Os estudantes da Universidade do Minho foram convidados a tornar-se voluntários no peditório que a Liga Portuguesa Contra o Cancro promove no final de outubro e início de novembro. Na academia minhota o apelo foi acolhido pela Associação Académica da Universidade do Minho, que aceitou assim este repto lançado pela Liga, que, a nível distrital, conta com o apoio do Lions Clube de Braga. Assim, serão disponibilizados cofres de recolhas de fundos em todas as Unidades Alimentares e Desportivas e ainda na Sede da Associação Académica da Universidade do Minho, para que todos os estudantes possam contribuir de forma activa, acção a realizar excepcionalmente entre 27 e 31 de outubro na Universidade do Minho. O peditório será ainda divulgado através das redes sociais, jornais e outros meios de comunicação, para que todos os alunos e restantes membros da Comunidade Académica possam participar como voluntários na recolha deste fundos, que se organiza em vários pontos da cidade de Braga (zonas comerciais, centro da cidade, igrejas do centro

da cidade e nas freguesias, etc), entre o dia 31 de outubro e 2 de novembro.

Para ser voluntário basta fazer a sua inscrição em: https://docs.google.com/

forms/d/1FlFtcYdj1hV9CbyLejFQM8as6TkgdD8mtvyWxZd_RE/ viewform?usp=send_form


CAMPUS PÁGINA 08 // 21.OUT.14 // ACADÉMICO

STOL: um projeto diferente! MARIA PALMA NOBRE anobre@bio.uminho.pt

Como surge e o que é o projecto STOL? O projecto STOL (Science Trough Our Lives) nasceu no seio de um Centro de investigação da Universidade do Minho (CBMA-Centro de Biologia Molecular e Ambiental – Departamento de Biologia), a partir da vontade e dos esforços de três dos seus elementos na altura e nos quais me incluo. Mais tarde, e em muito boa hora, juntou-se a colega do Centro de Matemática, Antónia Forjaz que veio enriquecer a equipa. O STOL é um projecto transversal às várias linhas de investigação do CBMA e tem como objectivo principal, comunicar a Ciência a um público diversificado através de diferentes estratégias e conjugando diversas áreas do saber. É sua função fazer a ponte entre a Universidade e a sociedade bem como entre a investigação e o ensino. Explique sucintamente como se interliga com a noite Branca e também com o croché. O croché surgiu no STOL com uma “brincadeira” entre amigos há cerca de 3 anos. Jorge Buescu, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática de quem sou amiga pessoal de longa data, estava na altura a finalizar o seu livro “Casamentos e outros desencontros” no qual havia um capítulo chamado: “Quando o croché ajuda a Matemática”. E como ele estava atrapalhado porque precisava de uns modelos originais para ilustrar o capítulo, fiz-lhos. A partir daí o bichinho foi crescendo. As minhas colegas STOL, que felizmente também sabem fazer croché, aderiram ao meu desafio e, com elas, outras pessoas. Tivemos inclusivé a ligação a dois lares para a terceira idade. Neste momento o nosso projecto “Ponto a Ponto Enche a Ciência o Espaço” consiste na recriacão de um recife de coral em croché e revela a relacão entre a Biologia e a Matemática no ambito da geometria hiperbólica e da interligacão forma – funcão. Conta com uma história de mais de 2 anos, e já andou por muitos locais. É uma instalacão de carácter dinâmico, requisitável e itinerante, resulta de uma iniciativa

que envolve diversas geracões e está aberto à colaboracão de todos os interessados. Quanto à ligação com a Noite Branca, ao ter conhecimento do concurso promovido pela Fundação Bracara Augusta “Braga vai passar a Noite em Branco” submetemos um projecto que não foi aprovado para financiamento mas que foi acarinhado para constar na programação independente. E é isto. Foi preciso encontrar um local seguro e “aberto à visualização” onde expor o recife e a montra da Loja de lãs Tricots Brancal revelou-se a escolha perfeita, tal foi a disponibilidade com que a ideia foi acolhida desde o primeiro minuto pelos seus proprietários. Em que medida considera que o projeto envolve Matemática e Biologia? Vou colocar as coisa de um modo muito simples: o crescimento celular faz-se de acordo com uma progressão geométrica (uma célula duplica originando duas que posteriormente duplicam novamente e assim por diante, ou seja, 1 – 2 – 4 – 8 – 16 - ...) Há diversos seres vivos cujo crescimento se dá preferencialmente em superfície para optimização: da exposição celular (por exemplo as alfaces ou alguns líquens), das trocas com o ambiente envolvente

(como sejam os corais) ou de outras e cuja forma obedece, geralmente, à geometria hiperbólica. Esta geometria, ao contrário na euclidiana é flexível e, até hoje, a única forma de construir modelos tridimensionais satisfatórios é através do croché (daí o capítulo no livro de Jorge Buescu) Considera o crochet uma 'arte matemática'? Não diria que é uma arte matemática mas sim uma arte que envolve muita matemática, mesmo que quem a pratica possa não ter consciência directa disso. Envolve cálculos, simetrias, padrões. Aliás, o STOL foi convidado para dinamizar um workshop no Encontro Nacional de Professores de Matemática (ProfMat 14) que decorreu em Braga em abril. Foi um sucesso. É um mundo fascinante que estava um pouco adormecido mas que, felizmente, conta com cada vez mais adepto(a)s e a escalas nunca antes vistas. Todos estarão conscientes das diversas iniciativas “yarn bombing” que se multiplicam por esse mundo fora. Ainda há pouco tempo tivemos uma no Parque da Ponte em Braga e outra em Vila Nova de Cerveira, para referir apenas dois exemplos mais próximos. É uma actividade simultaneamente relaxante e desafiadora, exercita o

pensamento e o raciocínio, é gratificante em termos de resultado pela recompensa que é “ver obra feita pelas próprias mãos”, permite juntar diversas gerações. Enfim, um sem número de vantagens. Acha importante que este tipo de tradicões (leia-se croché) renasça? Acho e felizmente não sou só eu. O Museu de Ciência da Universidade de Coimbra tem o projecto “Matemática dos nossos avós” do qual o STOL é instituição parceira e que, passo a citar, “consiste na recolha de conhecimento tradicional relacionado com a matemática que se encontra nas formas geométricas que se encontram em cestaria, rendas, bordados, decorações de casas, calçada portuguesa, ou que está envolvida na construção tradicional de casas, pontes, ferramentas ou embarcações.” Onde podemos procurar mais informacões? Consultem a nossa página no Facebook, ou a nossa página oficial no CBMA (http://goo.gl/bZYz6q). Podem ainda enviar um email para stol@bio.uminho.pt. Texto publicado como retificação a notícia de 16 de setembro de 2014


INQUÉRITO Estás integrada/o na UMinho? ALEXANDRE VALE alexmvrocha@gmail.com

Os programas de intercâmbio permitem que estudantes de todas as partes do mundo efectuem um período de estudos num país diferente do seu. Quem alinha nesta aventura, muitas vezes, encontra uma experiência singular, que os marca para a vida. Conhecem pessoas de todos os continentes, vivem aventuras que no seu país de origem muito dificilmente viveriam e, acima de tudo, aprendem e crescem como nunca. O ACADÉMICO decidiu aproveitar e falar com alguns estudantes de intercâmbio, para obter um pequeno depoimento sobre a experiência destes jovens alunos. Passado quase um mês da sua chegada, o que realçam da sua “aventura”? É o que vamos ver.

IVERALDO MACHADO 3º ano // CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

ADRIELLE DA ROSA 3º ano // CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

O estudante brasileiro descreve a sua experiência em Braga como estando “naquela fase do romance, o início, onde são tudo rosas”.

Oriunda de Blumenau, do estado brasileiro de Santa Catarina, Andrielle diz que o período de intercâmbio está a ser muito bom, pois “Portugal tem algumas similaridades com o Brasil para além da língua portuguesa”, o que a faz sentir-se em casa.

“Pôr os pés pela primeira vez no velho continente tem sido uma constante experiência, hora após hora”. Recebido com sorrisos, construções milenares e pastéis de nata. Desconstruiu o mito do extrangeiro, tornou real o contato com o forasteiro e principalmente me mostrou que somos todos seres-humanos. “Tem sido fantástico”, finaliza o aluno de intercâmbio.

A estudante salienta a organização da cidade e a conduta dos próprios moradores. Andrielle diz também que é “apaixonada pelo Jardim de Santa Bárbara” e que gosta da “forma como cuidam das flores para embelezar a cidade”. “O facto de conhecer novas culturas, novos lugares, utilizar o inglês diariamente faz com que esta experiência de intercâmbio seja muito mais rica e animadora”, sintetiza Andrielle.

MARTIN MARINELLI 3º ano // CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

Chegado de Milão, em Itália, Martin está há um mês em Braga, já se tendo habituado à cidade. Martin elogia a Universidade do Minho: “Eu gosto do Campus (de Gualtar) e de todas as estruturas da Universidade. Os professores são correctos e os colegas ajudam-me quando preciso”. “O que gosto mais em Braga é que está cheia de estudantes, mesmo até de Erasmus, que rondam perto dos 200, e é perfeita para pessoas jovens. Podes ir a qualquer lugar a pé e está sempre algo a acontecer”. O único ponto negativo que destaca na cidade é a chuva. “Parece a cidade de Gotham”, remata.


REPORTAGEM PÁGINA 10 // 21.OUT.14 //ACADÉMICO

REPORTAGEM Professores estrangeiros “conquistam” UMinho sara silva sara.daniela.gs@gmail.com

São professores. Trocaram o país de origem por Portugal e hoje garantem que se sentem em “casa”. Na Universidade do Minho há centenas de docentes nascidos no estrangeiro, mas que decidiram embarcar numa aventura e partir à descoberta de novas culturas, tradições, usos e costumes. São oriundos das mais distintas partes do mundo, desde Itália e Rússia à China e Irão. Tiveram que vencer barreiras culturais e linguísticas, mas escolheram Portugal para viver e a UMinho para trabalhar. O ACADÉMICO foi falar com alguns destes professores para perceber o que os levou a fazer essa escolha e para ouvir a sua experiência e as suas opiniões acerca de Portugal e da universidade onde trabalham.

Vincenzo Riso

o italiano que veio fundar uma escola

Nasceu em Itália e lá fez a maior parte do seu percurso académico. Chegou, primeiramente, a Portugal, através do programa Erasmus, tendo ido para a Universidade do Porto. No entanto, hoje em dia, depois de ter até voltado a viver no seu país, está em Portugal e é presidente da Escola de Arquitetura da UMinho. "Mesmo voltando para Itália, mantive os contactos com Portugal e houve ocasiões de trabalho importantes [ligadas ao país] que depois culminaram num convite para ser docente convidado numa escola que estava a nascer", explica o professor Vincenzo Riso. Essa escola "a nascer" trata-se da Escola de Arquitetura da UMinho, que veio ajudar a fundar e da qual é agora presidente. "Foi notável par-

ticipar nisto. Foi uma experiência absolutamente rara e interessante" descreve-nos o docente com visível entusiasmo. E também a experiência de voltar a viver em Portugal se revelou bastante agradável para o professor Vincenzo. "Gosto de estar aqui. Devo dizer que me senti acolhido em todo o lado, não só meio académico" afirma. De facto, de acordo com o docente, a sua adaptação ao estilo de vida e cultura portugueses não se revelou difícil, uma vez que, na sua perspetiva, as culturas italiana e portuguesa "têm muitas proximidades". "Portugal faz-me lembrar um bocado como era a Itália antigamente" explicita. Quanto à língua, o professor revela, no seu ótimo português (com algum sotaque italiano), que, ao princípio,

"foi um problema, mas não foi difícil de aprender". Aliás, foi até algo que o ajudou a adaptar-se aos restantes aspetos da cultura portuguesa, que teve de abraçar para ficar na UMinho. "Tenho orgulho de pertencer à Universidade do Minho" - é assim que o professor Vincenzo caracteriza a sua relação com a academia minhota. O docente garante que reconhece e aprecia "o trabalho e o esforço" da UMinho ao longo de toda a sua história, embora não deixe de apontar que esta deve apostar ainda na sua internacionalização. Apesar de gostar de estar em Portugal e na UMinho, o presidente da Escola de Arquitetura confessa que lhe agradaria voltar para Itália. " Mas de momento e até a longo prazo quero continuar aqui" esclarece.


REPORTAGEM PÁGINA 11 // 21.OUT.14 // ACADÉMICO

Nasceu na Nigéria, mas é inglesa. Chegou a viver também no Paquistão, no Brasil, em França e, claro, em Inglaterra, local onde tirou a licenciatura e o mestrado. Veio para Portugal, inicialmente para Lisboa, para ganhar experiência profissional e, mais tarde, veio parar à UMinho. Aqui continua, agora com o cargo de diretora do curso de Teatro.

Francesca Rayner

a inglesa “itinerante” que assentou em Portugal

"Vim para a Universidade do Minho um bocadinho por acaso. Vi publicidade para um lugar no Departamento de Estudos Ingleses, pensei que poderia ser interessante e fiquei com o lugar”, descreve a professora Francesca. Como não podia deixar de ser, tendo levado uma vida tão "itinerante", a docente considerou "muito fácil" a sua adaptação ao estilo de vida português. "Os portugueses são muito hospitaleiros e eu senti-me bem aqui" afirma. No entanto, a diretora do curso de Teatro salienta que, ao princípio, há coisas às quais as pessoas têm de adaptar. "Eu sou vegetariana. Quando cheguei a Portugal era muito difícil encontrar essa comida, por isso, não podia jantar fora.. Acho que comi muitas omeletes nos primeiros anos" conta, entre risos. Uma questão que pode também ter contribuído para essa fácil adaptação é a língua. A professora tinha já algumas bases de português decorrente do tempo que viveu no Brasil, na sua infância. "Os ingleses não têm muito boa

fama nesta coisa das línguas, então tive sorte nesse sentido, porque aprendi [português] num contexto natural", diz-nos. A professora confessa, num português excelente, que, apesar dessa relativa facilitação, só começou a lecionar em língua portuguesa há cerca de quatro anos, e que vai dando alguns erros ao falar. No que diz respeito à Universidade do Minho, Francesca Rayner declara só ter "boas coisas a dizer". "Gosto de

"Eu sou vegetariana. Quando cheguei a Portugal era muito difícil encontrar essa comida, por isso, não podia jantar fora. Acho que comi muitas omeletes nos primeiros anos" conta, entre risos.

aqui estar. Acho que a prova disso é que estou aqui há vinte anos!"

E, de facto, depois de ter passado por tantos e tão variados países, a docente só pode ter assentado em Portugal por gostar. "Tomei a decisão de ficar porque achei que valia a pena. Aquele ponto dos dez anos foi fundamental. Aí realmente tive de decidir: ou fico aqui ou volto para Inglaterra", disse ao ACADÉMICO. Como se sabe, escolheu ficar e agora diz que a sua vida está cá, pelo que conta "ficar por aqui".


REPORTAGEM PÁGINA 12 // 21.OUT.14 //ACADÉMICO

John Yaphe

acabou por aceitar o convite do seu colega e encontrou na UMinho "uma receção muito calorosa" e ainda muita prontidão para tratar de todos os preparativos da sua licença, incluindo uma bolsa de investigação para o ano em que aqui esteve, o que, nas suas palavras, "foi uma grande ajuda". Findo o ano da sua licença sabática, John Yaphe quis ficar na UMinho e foi-lhe oferecido um lugar permanente, pelo que aqui está.

o canadiano que se apaixonou por Portugal Nasceu no Canadá. Aí estudou Medicina e aí viveu até que partiu para Israel, onde ficou e exerceu Medicina Familiar durante 27 anos. Atualmente, vive em Portugal, mais particularmente no Porto, mas trabalha em Braga, na Escola de Ciências da Saúde (ECS). "Vim para Portugal em 2007 inicialmente para uma licença sabática aqui na Universidade do Minho, acabei por me apaixonar

Apesar de ainda ter algumas (mas poucas) dificuldades em falar português, o docente não pensa em voltar ao Canadá, nem a Israel. "Portugal é agora a minha casa, atualmente tenho aqui uma família" explica.

pelo país e decidi ficar" conta-nos, na sua língua natal, o professor John Yaphe.

Portugal e da sua universidade com um grande orgulho", convidando-o constantemente para o vir visitar.

Mas porquê Portugal e porquê a UMinho? De acordo com o docente, a escolha ficou a dever-se ao Professor Jaime Correia de Sousa que conheceu num curso internacional de ensino e que, ao longo dos anos que trabalharam juntos, lhe "falava de

"Eu nunca tinha estado em Portugal, não tinha ideia de como era o país, por isso agradecia os seus convites, muito educadamente, mas nunca vim" confessa. Contudo, quando chegou a altura de tirar mais uma licença sabática, o Professor John

Além disso, mostra-se muito ligado à UMinho e o orgulho em fazer parte dela é notável. A academia minhota é para ele "um lugar muito especial". O professor enumera diversas qualidades nesta universidade que escolheu, elogiando os alunos, que descreve como "muito inteligentes, simpáticos e motivados", e mostrando o seu agrado no facto de aqui se procurar aliar, a prática à teoria, e também no facto de haver muito investimento na investigação.

Alessandra Silveira a brasileira que escolheu ser portuguesa Nasceu e cresceu no Brasil. Por meio de um programa de intercâmbio universitário, veio licenciar-se na Universidade do Minho. Depois de um mestrado e um doutoramento em Coimbra, regressou, em 2000, à UMinho para lecionar na Escola de Direito, onde continua até hoje e onde dirige o Centro de Estudos em Direito da União Europeia (CEDU). “De entre as possibilidades oferecidas [para o intercâmbio], figurava a Universidade do Minho com a indicação de que Braga era a cidade mais jovem da Europa. Pensei que seria um bom lugar para um brasileiro viver. Fui ficando porque

a vida assim determinou, não foi programado. E porque me apaixonei pela cidade, pelo ambiente académico, pelos saberes e sabores”, é assim que a professora Alessandra Silveira justifica a sua decisão de vir e aqui ficar. Há vinte anos em Braga, a docente mostra claramente que gosta de cá estar, tendo-se tornado até detentora de dupla nacionalidade. "Escolhi (deliberadamente) ser portuguesa. Não sou portuguesa por acaso, mas por escolha", afirma com veemência. A diretora do CEDU explica ainda que, apesar de algumas diferenças "de perspetiva de vida", encontrou

aqui muito do seu país natal. "Aprendi muito da essência da brasilidade em Portugal. Os "vícios e virtudes" dos brasileiros estão todos em Portugal. A origem é a mesma", explicita. Embora existam essas similaridades e a língua seja a mesma, continua a ser possível que ocorram algumas situações peculiares, derivadas das pequenas diferenças, como admite a professora da Escola de Direito. "Na Universidade de Coimbra recomendaram-me entusiasticamente que frequentasse a "sala G" (guê).

Como no Brasil nunca se diz "guê" mas "gê", compreendi "sala gay". Julguei muito progressista a iniciativa, mas não tive propriamente curiosidade. Viria posteriormente a saber que se tratava apenas de uma sala com bons recursos bibliográficos" confessa ao ACADÉMICO. Mas, como portuguesa que agora é, Alessandra Silveira diz que o seu lar é em Portugal. A docente sente-se agora uma "visita" no Brasil, mas não descarta a possibilidade de para lá voltar, desde que isso a faça sentir-se bem "afetiva e profissionalmente".


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Uma mensagem da ESN Minho De 23 a 26 de outubro, de Lisboa a Trieste, de Lille a Malta, passando por Barcelona, todos os responsáveis pelas secções ESN do sudoeste europeu (Portugal, Espanha, França, Itália e Malta) estarão em Braga e Guimarães. Apesar da sua recente criação, a ESN Minho é responsável pela organização da edição de 2014 da South Western European Platform (SWEP), um encontro anual de todas as secções da ESN que reúne cerca de 150 membros para troca de boas práticas, workshops e inserção na atividade internacional da ESN. Sob o lema “Building the Network”, a SWEP Minho 2014 também pretende contribuir para a melhoria da mobilidade internacional juvenil no Sudoeste europeu, naquele que é o ano de implementação do Erasmus+. O programa do evento é variado e inicia com uma cerimónia no Salão Medieval da Universidade do Minho que contará com a presença do Professor Rui Vieira de Castro (UM),

Dr. Pedro Soares (Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Ação), Professora Sameiro Araújo (CMB), Dr. Manuel Barros (IPDJ) e membros de vários quadrantes da rede ESN. Nesse mesmo dia os participantes irão ainda celebrar o terceiro, quinto e vigésimo quinto aniversários da ESN Minho, ESN Portugal e ESN Internacional respetivamente. A festa iniciará com um jantar intercultural que decorrerá na TOCA e que contará com a presença dos Bomboémia e TUM. Ao longo dos restantes dias os participantes terão também visitas culturais em Braga e Guimarães, um jantar de gala e animação noturna nos centros históricos bracarense e vimaranense. A organização deste evento representa o alcançar de um importante objetivo da estratégia de desenvolvimento da ESN Minho: a internacionalização da secção. Este crescimento tem resultado num importante estreitamento dos la-

ços com a Universidade do Minho, autarquias envolvidas e instituições nacionais ligadas à juventude e mobilidade internacional. A ESN é uma associação europeia de apoio à integração educativa, cultural e logística dos estudantes que se encontram a realizar programas de mobilidade internacional. A ESN encontra-se representada em 37 países europeus e conta com um total de 463 secções locais onde trabalham 15 mil membros voluntários em prol de cerca de 150 mil estudantes internacionais todos os anos. A ESN Minho é a secção residente em Braga e em Guimarães. Com apenas três anos de história, esta associação juvenil procura garantir que a experiência dos estudantes de mobilidade na região seja dinâmica, responsável e inesquecível. João Pinto (Presidente da Comissão Organizadora da SWEP Minho 2014)

A messagem from Minho ESN Between the 23rd and the 26th october, from Lisbon to Trieste and from Lille to Malta, passing by Barcelona, all South Western European ESN sections (Portugal, Spain, France, Italy and Malta) will be in Braga and Guimarães. Despite its recent foundation, ESN Minho is the section responsible for the organisation of this year’s edition of the South Western European Platform (SWEP). Under the motto “Building the Network”, this is an annual meeting which gathers around 150 ESN members and aims at exchanging good practices, giving workshops and introducing new members to the international activity of ESN. In the launching year of the Erasmus+ Programme SWEP Minho 2014 also aims at discussing the international mobility of youth in the Southwest of Europe. The event has a diversified programme. It begins with a ceremony

at the Medieval Room of the University of Minho with the presence of the Professor Rui Vieira de Castro (Rectory of the University), Pedro Soares (National Agency Erasmus+ Youth in Action), Professor Sameiro Araújo (Municipality of Braga), Manuel Barros (Portuguese Institute for Sports and Youth) and members from different levels of ESN. That day will end with the celebration of the third, fifth and twentyfifth anniversary of ESN Minho, ESN Portugal and ESN International respectively. The party will start with an intercultural dinner which will take place at the TOCA with the performance of Bomboémia and TUM. In the following days the participants will also visit Braga and Guimarães, have a gala dinner and meet the night vibe of the historical centres of both cities. The organisation of this event is the achievement of an important goal of ESN Minho’s strategy: the inter-

nationalisation of the section. This growth has had as results the deepening of the relationship between ESN Minho and the University of Minho, the municipalities and national institutions whose work is related with youth and international mobility. ESN is a European association which aims at supporting the integration of international students in the education, culture and logistics of their host university. It is represented in 37 European countries in a total of 463 local sections where 15000 volunteers work to help more than 150000 international students every year. With only three years of history ESN Minho, the section of Braga and Guimarães, works to create a dynamic, responsible and unforgettable experience to international students in the region. João Pinto (Head of the Organising Committee of SWEP Minho 2014)


DESPORTO PÁGINA 14 // 21.OUT.14 // ACADÉMICO

DESPORTO

SC Braga derrota Alcains

diogo pardal

Foto: DR

diogopardal@hotmail.com

O SC Braga derrotou o Alcains por 4-1. O Braga começou a partida a todo o gás, e logo aos seis minutos chegou à vantagem por intermédio de Pedro Tiba. Num erro defensivo da equipa visitante, a bola sobrou para o médio arsenalista, que na cara do guardião Oleh, não desperdiçou e fez o primeiro tento do jogo. A equipa do Alcains não baixou os braços e começou a crescer na partida, alcançando o golo do empate à passagem da meia hora de jogo. Canto cobrado por Rui Pedro e na pequena área, sem marcação, o avançado Kaby colocou o esférico dentro da baliza defendida por Kritciuk. Os minhotos, surpreendidos com

Foto: DR

o golo, foram em busca de nova vantagem, e volvidos apenas cinco minutos, Marcelo Goiano repôs a vantagem bracarense com um remate cruzado, aproveitando da melhor maneira um grande trabalho de Salvador Agra no lado direito do ataque. Estava feito o 2-1, resultado com que as equipas recolheram aos

balneários para o descanso. Na etapa complementar o SC Braga controlou o jogo e a equipa visitante já pouco pôde fazer, dada a superioridade do adversário. À passagem do minuto 66, Éder ampliou a vantagem dos bracarenses, concluindo com êxito um cruzamento largo do

lateral Tiago Gomes. Aos 72 minutos, Pedro Tiba passou a bola para Sami que, à entrada da área, não desperdiçou e sentenciou o resultado final em 4-1. Vitória tranquila e sem qualquer tipo de contestação por parte do SC Braga, que assim prossegue na sua caminhada rumo à Taça de Portugal.

Benfica vence SC Braga/ AAUM diogo pardal diogopardal@hotmail.com

A formação minhota perdeu neste domingo diante do SL Benfica por 3-0, no jogo que encerrou a sexta jornada do Campeonato Nacional de futsal. Numa primeira parte muito bem disputada, os encarnados entraram melhor na partida e chegaram à vantagem logo aos dois minutos, por intermédio de Chaguinha. Os minhotos reagiram e foram em busca do golo, mas o guardião Juanjo impediu o golo do SC Braga por diversas ocasiões.

O SL Benfica ia ganhando consistência e a partir da primeira parte ia controlando o jogo, tendo mais tarde chegado mesmo ao segundo golo. Jefferson aproveitou uma recarga de um primeiro remate efetuado por si, que havia sido defendido pelo guardião Vítor Hugo, para estabelecer o 2-0, resultado com que o jogo foi para intervalo.

No início da etapa complementar Tiago Brito ainda enviou a bola à barra da baliza dos homens da casa, mas à imagem do primeiro tempo, o SL Benfica foi controlando o jogo. Amílcar foi expulso e os homens da casa aproveitaram a superioridade numérica temporária para ampliar a vantagem no encontro, com Chaguinha a bisar.

Até final, o SC Braga/AAUM ainda tentou inverter a tendência do jogo, mas a partida terminaria mesmo com uma vitória dos visitantes por 3-0. Mesmo com Juanjo em destaque na baliza encarnada, o SC Braga/AAUM revelou não estar ao nível do que tinha mostrado até esta jornada.


DESPORTO PÁGINA 15 // 21.OUT.21 // ACADÉMICO

NEBAUM realiza Biosport NORBERTO VALENTE norbertosavalente@gmail.com

Realizou-se no passado dia 15 de outubro a primeira jornada do VIII Biosport. Este é um evento promovido pelo Núcleo de Estudantes de Biologia Aplicada da UMinho (NEBAUM) onde o objetivo é proporcionar momentos de convívio, partilha e competição saudável entre os cursos “bio” da UMinho. Para além dos alunos de Biologia Aplicada, o NEBAUM convidou para o evento os cursos de Biologia e Geologia, Optometria e Ciências da Visão, Engenharia Biológica, Engenharia Biomédica e Bioquímica. Os mestrados de Biofísica e Bionanossistemas, Biologia Molecular, Biotecnologia e Bioempreendedorismo em Plantas, Bioquímica Aplicada, Genética Molecular e Ecologia, Bioinformática, Bioengenharia e Ciências da Vida também foram convidados para esta oitava edição do Biosport. Este ano estão inscritas oito equipas – quatro de Biologia Aplicada, duas de Bioquímica, uma de Optometria e Ciências da Visão e outra de Biologia e Geologia. No primeiro dia de com-

Foto: Filipe Lima

petição, onde o desporto praticado foi voleibol, os participantes mostraram-se animados. Ficam assim a faltar dois dias para o final do evento

w w w. a a u m . p t /g i p gip@aaum.pt

que acontecerão nos próximos dias 22 e 29 deste mês, praticando-se nestes dias os desportos de futebol e basquetebol.

No final da primeira jornada, o top 3 é ocupado por uma equipa de Biologia Aplicada, outra de Bioquímica e a de Biologia e Geologia.

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- Domínio da língua inglesa (expressão escrita);

- Tenha conhecimento e domine o programa Microsoft Office na óptica de utilizador. Conhecimentos do programa de facturação e fichas técnicas.

- Elegível para Estágio Emprego/IEFP

- Elegível para Estágio Emprego/IEFP


CULTURA PÁGINA 16 // 21.OUT.14 // ACADÉMICO

CULTURA Co-fundador dos Sonic Youth visita Reitoria

PEDRO SOUSA pedro.mdesousa1@gmail.com

Nunca é demais relembrar o incontestável facto do GNRation se ter tornado num marco de enorme valor cultural na zona minhota. Um edifício de criação, incubação e inovação, aliado à opulenta história de Braga numa relação harmoniosa com a perspetiva contemporânea de uma cidade tão jovem. Agora, mais do que uma propriedade urbana revitalizada, o GNRation é um símbolo de mudança. A grande casa da criatividade. Sendo um espaço que acrescenta e gera talento, o GNRation criou uma iniciativa dinamizadora que

pretende levar atividades culturais a locais emblemáticos da cidade. Referimo-nos ao Ciclo GNRation que levou ao Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho no passado domingo, dia 19 de outubro, um músico reconhecido por, há 32 anos, ter fundado os Sonic Youth, uma das grandes bandas na história do rock, cujo percurso foi marcado pela inovação.

Matador Records – companhia discográfica célebre por ser constituída por respeitados músicos e bandas de indie rock. Aos 58 anos, sendo um artista com imensa experiência, Ranaldo ainda sente que “o prazer em palco é sempre igual e é sempre muito grande. Atuar para uma plateia é algo que nunca passa de moda. É sempre um desafio e uma diversão.”

Lee Ranaldo estreou-se em Braga a solo e em formato acústico. Nesta que foi uma atuação verdadeiramente intimista, o cantor apresentou faixas de Between the Times and the Tides (2012) e Last Night On Earth (2013), ambos editados pela

Na perspétiva de Isabel Vilela que não quis perder esta oportunidade, “Lee Ranaldo afastou-se do som elétrico com que se deu a conhecer. Entre canções, partilhou histórias que o inspiraram, o que deu ao concerto uma carga mais íntima e emotiva.”

Quando questionada acerca do local onde decorreu o concerto Isabel demonstrou-se surpreendida – “Jamais esperaria ver um dos ex-elementos de Sonic Youth numa sala em que estamos a escassos metros do palco” Durante cerca de 90 minutos, Lee Ranaldo manteve-se afável e sorridente ao longo de toda a actuação perante um público que não poderia ser mais heterogéneo. O lado acústico do cantor despertou emoções fortes, terminando até a actuação com encore. Este concerto contou com o apoio do Conselho Cultural da Universidade do Minho.


CULTURA PÁGINA 17 // 21.OUT.14 // ACADÉMICO

Trovas agendado para 25 rui marins ruifilipepm@mail.com

Está agendada para 25 de outubro, a XIX edição do Trovas – Festival de Tunas Femininas. O espectáculo é promovido pela Gatuna, Tuna Feminina Universitária do Minho e promete encher o Theatro Circo. O festival vai para a sua décima nona edição. A primeira edição realizou-se em 1994, um ano depois da criação da Gatuna. Já poderia ter chegado às vinte edições, mas não foi possível promover dois festivais. Para as jovens responsáveis pela Gatuna, o Trovas é o “climax máximo” da vida da tuna feminina universitária. “É um espaço para o convivio entre diversas tunas de diversas academias que já receberam a gatuna na sua cidade, tornando-se desta forma num momento de retribuição pelo acolhimento”. No início do ano é nomeada uma

Foto: Mónica Lopes

coordenadora reponsável pela organização do festival. Cabe-lhe a direcção de todo o trabalho e a definir um caminho a percorrer. Apesar da conjuntura a Gatuna tem reunido

esforços para a realização do festival, contando com diversos fundos/ apoios. A décima nona edição do Trovas

realizar-se-à dia 25 de outubro pelas 21h00 no Theatro Circo contando com a participação de diversas tunas como: Azeituna, Bomboémia, TFIST(Tuna Feminina do IST).

Jazz à vimaranense PEDRO RIBEIRO pedroeoribeiro.96@gmail.com

Já lá vão 22 anos do estilo jazzístico na cidade vimaranense. A edição nº 23 é afirmada como “o reflexo de uma identidade alicerçada e consolidada no compromisso entre tradição, vanguarda, rutura e citação”. Numa entrevista à RUM, Ivo Martins refere a existência de um esforço “para encontrar músicos, de preferência, que nunca tenham tocado em Guimarães”; para tal adianta que “exceto o Uri Caine, que vem em trio, todos os outros nunca o fizeram”. Nas suas palavras, visa-se “procurar equilibrar o cartaz e diversificar esse mesmo cartaz”. Ainda aponta um aspeto: “ é pensado para as pessoas que gostam de jazz e para aquelas que possam vir a gostar”. Além disso, considera o cartaz “equilibrado”, pois não é desejável, segundo o próprio “dar destaque a um artista”, tendo, com efeito, “um nível muito aproximado”. Continuando, o diretor artístico do ‘Guimarães Jazz’ entende que cada projeto “mantém a sua particularidade e a sua especificidade”. Questionado sobre a pujança do festival, indica que “o tempo não o faz perder for-

ça”. Num formato “onde há construção, há invenção, há uma procura de atingir novas coisas, ideias, tentamos preparar o ano e lançar o próximo”. Apontado com tendo um “cartaz de excelência”, o jazz traz a Guimarães David Murray Infinity Quartet, no primeiro dia, e, no segundo, James Carter Organ Trio, ambos pelas 22

horas; Adrián Oropeza Trio sobe ao palco da ‘Black Box’, da Plataforma das Artes e da Criatividade, a 8 de novembro, pelas 17 horas, sendo que, pelas 22, Theo Bleckmann interpreta Kate Bush; domingo, 9, é tempo para Big Band, Ensemble de Cordas e Coro da ESMAE, pela tarde, e, pela noite, Projeto Jazz Guimarães/ Porta Jazz; quinta-feira, 13, no período noturno, atua Uri Cai-

ne Trio, sexta-feira, 14, Lee Konitz Quartet, terminando no sábado, 15, com Trondheim Jazz Orchestra, Eirik Hegdal & Joshua Redman. Variando entre os 10 e os 20 euros, sem desconto, e entre os 7,50€ e os 17,50€, com desconto, a instituição cultural dispõe também várias assinaturas: a completa, por 90 euros; a semanal, por 50 euros.


TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

liftoff,

http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

gabinete do empreendedor da AAUM

StartPoint@UM’14 - Orienta o teu Futuro Decorreu a 14 e 15 de outubro a 3ª edição da Start Point, um evento que teve como objetivo principal promover o contacto direto entre entidades e alunos/ex-alunos da Universidade do Minho. Ao longe dos dois dias cerca de 4000 alunos tiveram, em Gualtar e Azurém, uma aproximação ao mercado de trabalho através de, aproximadamente, 70 entidades de diversas áreas que se deslocaram à Universidade do Minho com o objetivo de conhecer e recrutar os nossos estudantes. O evento visou ainda desenvolver competências empreendedoras e skills crucias aquando da chegada do momento de transição entre o contexto académico e o contexto laboral estando, para tal, preenchido com diversas sessões paralelas com diferentes temáticas. Um agradecimento a todos os participantes, oradores e empresas presentes.

Agenda Candidaturas ao Concurso de Ideias de Empreendedorismo Social 31 de outubro


RUM BOX TOP RUM - 42 / 2014 17 OUT 1 - TRICKY - Nicotine love 2 - CADEIRA ELÉCTRICA - O teu fim 3 - XINOBI - Mom and dad 4 - JUAN MACLEAN, THE A simple design 5 - MARK LANEGAN BAND Sad lover 6 - ALT-J Hunger of the pine 7 - JUNGLE Time 8 - BECK Blue moon 9 - CHET FAKER Talk is cheap 10 - CHUCK E. WEISS Boston blackie 11 - ERLEND OYE Garota

AGENDA CULTURAL BRAGA 12 - THOM YORKE A brain in a bottle 13 - CARIBOU Can’t do without you 14 - TY SEGALL Feel 15 - GOAT Hide from the sun 16 - SBTRKT New dorp, new york 17 - TEMPLES Keep in the dark 18 - WOODEN SHJIPS Back to land 19 - BLONDE REDHEAD Dripping 20 - CONOR OBERST Hundreds of ways STEREOSSAURO – Hold On THE DO – Miracles (Back In Time) KING TUFF – Black Moon Spell

Mark Lanegan Band – Phantom Radio No ano passado Mark Lanegan juntou algumas das músicas que costumava ouvir em casa de seus pais e interpretou-as em “Imitations”. Está de volta neste Outono com a sua banda e apresenta o primeiro disco de originais, depois do aclamado “Blues Funeral” de 2012.

Em “Phantom Radio”, Lanegan explora a vertente electrónica, o que é uma surpresa, no entanto, a sua so-

TEATRO “Moby-Dick” Teatromosca 23 e 24 de outubro– 21h30 Theatro Circo

24 de outubro – 22h00 CCVF

FAMALICÃO MÚSICA Noiserv 25 de outubro – 21h30 Casa das Artes

BARCELOS GUIMARÃES MÚSICA Blac Koyote 24 de outubro – 24h00 CCVF TEATRO “Cyrano de Berferac” Primeiros Sintomas

TEATRO “Quem Desdenha Quer Amar” Associação D’Improviso 22 de outubro – 21h30 Teatro Gil Vicente “A Lenda do Galo de Barcelos” Associação Amigos do Pato 24 de outubro – 21h30 Teatro Gil Vicente

LEITURA EM DIA Para ouvir de segunda a sexta (9:35/14:35/17:45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt. Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

20/10 - À Mesa com Frida Kahlo - Luz Martínez (editoraParsifal). O mote, é a vida e a pintura da artista mexicana, num livro esplêndido e belo, seguindo - se uma visita guiada à gastronomia mexicana, copiosa e farta, para verdadeiros apaixonados da boa mesa. Um livro de luxo.

ABEL DUARTE abel.duarte@rum.pt

Longe vão os tempos dos The Screaming Trees e há muito que grunge não faz parte do seu vocabulário, tendo já afirmado que não sabe qual o conceito que esteve na génese do estilo.

Música XIX Trovas 25 de outubro – 21h30 Theatro Circo

Post-it - 20 a 24 outubro

CD RUM

“Phantom Radio” é o nono disco em nome próprio, o vigésimo se tivermos em conta as suas parcerias e o quinquagésimo se incluirmos as colaborações como convidado.

MÚSICA

noridade resulta sempre atrelada a uma atmosfera escura, melancólica e soturna, nunca deixando de ser única e de rara beleza. Mais um disco que eleva Mark Lanegan para o topo da lista dos artistas rock modernos. O cantor e compositor irá passar por Portugal para dois concertos de apresentação do novo álbum. O primeiro terá lugar a 13 de março no Hard Club, no Porto, e o segundo, no dia seguinte, no Espaço Armazém F em Lisboa.

21/10 - Todos por um Risquinho - Alexandre Honrado (editora Bertrand). Um risquinho negro intriga meninos e meninas, uma família inteira, vizinhos e amigos, até na escola. O que será esse traço? Um ótimo livro para explorar e desenvolver por todos os educadores e educadoras. 22/10 - O Wagneriano Perfeito - George Bernard Shaw (editora Palimpsesto). O nome de Richard Wagner sempre deu azo a grandes polémicas e contestações. Pela mão de um dos mais importantes escritores irlandeses, este ensaio analisa o Anel. Um acontecimento editorial. 23/10 - Teremos Sempre Paris - Ray Bradbury (editora Bizâncio): Um

conjunto de contos do genial escritor de Crónicas Marcianas e Fahrenheit 451, onde o imprevisto e os jogos metafóricos são a tónica dominante. Exaltante, como sempre. 24/10 - A Mulher Louca - Juan José Millás (editora Planeta). Um dos grandes nomes do romance em língua castelhana, inovador como poucos, alia a mestria da escrita a temas sublimes, numa obra a todos os títulos genial.



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